Depois da Vodafone, Nos oferece 5G a todos os clientes até final de janeiro

Até 31 de janeiro, a Nos vai disponibilizar a todos os clientes, mediante cobertura, o acesso à tecnologia 5G, anunciou a operadora esta sexta-feira.

A Nos vai disponibilizar a todos os clientes, mediante cobertura e um equipamento compatível, o acesso à rede 5G até ao final de janeiro. A empresa quer deixar os consumidores experimentarem a quinta geração sem compromisso, anunciou a operadora esta sexta-feira via comunicado.

Depois de ser a primeira operadora a lançar o 5G em Portugal, a Nos avança agora com a sua oferta completa, oferecendo o acesso imediato à nova rede a um grupo de clientes, sem custos adicionais. Entre estes estão os clientes com tarifários “Sem Limites”, com plafond base de 10 GB ou superior, ou com internet móvel pós paga com todo o tráfego incluído.

Os clientes com outros tarifários também terão acesso ao 5G com experimentação gratuita até 31 de janeiro, e de modo a facilitar a transição, a operadora oferece ainda descontos na aquisição de equipamentos compatíveis com esta tecnologia, e 55 GB de dados móveis. A partir de fevereiro, os que desejarem manter o serviço, deverão ativar o Upgrade 5G, com um valor mensal de 5 euros adicionais.

O administrador da Nos para a área de consumo, Daniel Beato, defende que a oferta da operadora “cria as melhores condições para que todos possam tirar pleno partido de uma experiência de comunicações completa e revolucionária”, e refere ainda que o 5G representa um “salto para uma nova dimensão de conectividade”.

Também a Vodafone anunciou a chegada do 5G a todas as capitais de distrito, acessível a todos os seus clientes durante um período experimental até 31 de janeiro. Na sua página, a operadora compromete-se ainda a expandir a cobertura a outras zonas do país. Já a Meo, apesar de aceitar pré-assinaturas 5G por 30 euros por ano, ainda não fez o pagamento das licenças à Anacom.

Além da Nos e da Vodafone, outras operadoras já estão autorizadas a explorar a nova tecnologia: a Dense Air (grossista), a Nowo e a Dixarobil.

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Nos é a primeira operadora a lançar 5G em Portugal

A Nos já recebeu da Anacom a licença para a exploração do 5G, sendo a primeira operadora do país a lançar uma oferta comercial. Portugal é o penúltimo país da União Europeia a chegar à quinta geração.

A Nos anunciou esta sexta-feira ser “o primeiro operador a lançar” a tecnologia 5G em Portugal. Num comunicado, a empresa comandada por Miguel Almeida avança que a rede móvel de quinta geração já está acessível aos clientes do tarifário “Sem Limites Max” e “sem necessidade de qualquer ativação”.

Noutra nota enviada à imprensa, a Anacom confirma ter entregado à Nos a primeira licença de 5G. Afirmando que a empresa efetuou o pagamento dos direitos de utilização, o regulador informa que a Nos “pode dar início à exploração comercial das frequências atribuídas”.

O primeiro tarifário 5G em Portugal tem um custo base de 49,99 euros por mês. Esta sexta-feira, a empresa anuncia uma campanha de Black Friday, oferecendo as assinaturas a 39,99 euros mensais. O ECO noticiou esta semana que também a Meo está a aceitar pré-assinaturas de 5G por 30 euros por ano, valor a que se soma a mensalidade base do tarifário subscrito pelo utilizador.

Na quinta-feira, a Anacom avançou que as licenças de 5G já tinham sido pagas pela Dense Air, Nos e Vodafone. O facto de a Meo não estar nessa lista não passou despercebido no setor. Da mesma forma, o anúncio da Nos no mês passado, clamando-se “vencedora” do leilão, indiciou que a empresa estará a tentar posicionar-se como líder de mercado neste segmento.

Se o vai conseguir, ainda é cedo para dizer. Certo é que a notícia faz de Portugal o penúltimo país da União Europeia a ter oferta comercial de quinta geração — e a Lituânia, que se prepara agora para iniciar o leilão, deverá ser o último. Se a 8 de novembro o ECO noticiou que “só com sorte é que Portugal tem 5G este ano”, fazendo eco da dificuldade de se alinharem vários prazos entre as diferentes partes envolvidas, o facto de o 5G chegar ainda em novembro mostra a celeridade que empresas e regulador imprimiram nesta reta final do processo.

Apesar da notícia, as ações da Nos caem 1,35% esta sexta-feira, cotando a 3,36 euros, num dia em que os mercados de capitais em geral foram fortemente impactados pela descoberta de uma nova variante do coronavírus.

5G disponível em todas as capitais de distrito

“A partir de hoje [26 de novembro], clientes Nos em todo o país já podem tirar partido das características únicas do 5G, beneficiando de uma experiência de utilização superior”, promete a empresa no comunicado. A nota não diz, contudo, em que locais exatos do país a Nos já tem cobertura, nem refere quantas estações base já foram instaladas pela empresa.

É público que a operadora instalou cobertura 5G em Matosinhos, no Estádio da Luz, no Hospital da Luz e no armazém da Sumol+Compal em Almeirim. A lista completa deverá ser bem mais extensa. Fonte oficial da Nos disse ao ECO que a rede 5G já está disponível em todas as capitais de distrito de Portugal.

Para acederem à rede 5G da Nos, não bastará aos clientes terem o tarifário indicado. É preciso ter um telemóvel que suporte a nova tecnologia. A chegada do 5G a tempo do Natal sinaliza que as campanhas comerciais deverão acelerar em dezembro, à medida que as marcas tentam renovar o parque de smartphones no país, colocando telemóveis mais modernos, e potencialmente mais caros, nos bolsos dos portugueses.

“Vamos, finalmente, poder entregar aos portugueses a tecnologia que vai transformar tudo e abrir possibilidades até aqui nunca imaginadas. O 5G será um pilar central no processo de transição digital da sociedade portuguesa e no reforço da competitividade da nossa economia. Com um ambicioso plano de investimento, a Nos assume a liderança desta nova era, ao serviço do país e dos nossos clientes”, reage Miguel Almeida, citado em comunicado.

A empresa aplicou 165,091 milhões de euros no longo leilão do 5G, tendo sido a concorrente que mais investiu na aquisição de frequências.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h06)

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Knok capta investimento de 4,4 milhões de euros do fundo Nos 5G e da Triple Point

O fundo Nos 5G e a Triple Point co-lideraram uma ronda de investimento na knok. É a segunda startup portuguesa a receber investimento pelo Fundo Nos 5G.

A startup portuguesa da área da saúde knok healthcare fechou uma ronda de investimento no valor de 4,4 milhões de euros, co-liderada pelo Fundo Nos 5G e pela Triple Point. Com o financiamento, a startup quer avançar para a tecnologia da nova geração de redes móveis e reforçar a presença nos mercados externos.

Com capital inicial de dez milhões de euros e um período de investimento estimado de cinco anos, o Fundo Nos 5G foi o primeiro em Portugal orientado para a nova tecnologia móvel. A knok é a segunda startup portuguesa a receber um investimento deste fundo, depois da Reckon.ai.

José Bastos, CEO e cofundador da knok, refere que a startup “entra numa nova fase de desenvolvimento após o fecho desta ronda de investimento”. “O conjunto de excelentes investidores que reunimos contribuirão para acelerar a expansão nacional e internacional da nossa solução integrada de saúde, reforçando a presença em Espanha, Brasil e outros países da América Latina e chegando à Índia, Reino Unido e Itália”, acrescenta.

“No nosso caminho para ser a porta de entrada digital nos cuidados de saúde, a Nos é um parceiro tecnológico fundamental, e estamos muito entusiasmados por poder contar com o seu apoio e know-how em 5G, que nos permitirá levar o nosso produto para outro nível, tornando-o cada vez mais diferenciado a nível global”, explica em comunicado João Magalhães, CTO e cofundador da startup.

João Magalhães, CTO, e José Bastos, CEO, são os fundadores da Knokknok

De acordo com a Knok, a tecnologia 5G irá melhorar a acessibilidade a cuidados de saúde, nomeadamente para quem vive em localidades mais remotas. Simultaneamente, o “5G trará maior flexibilidade ao corpo clínico, que conseguirá prestar estes serviços através de uma rede móvel fiável. Com a nova geração de rede móvel, a solução desenvolvida pela knok poderá ser alargada a especialidades que exigem alta qualidade de imagem para a observação, como é o caso da dermatologia”.

Do lado da Nos, Jorge Graça, CTO da empresa, salienta que “investir na knok é um importante marco para o Fundo Nos 5G, o único em Portugal constituído para apoiar startups tecnológicas a retirar o máximo partido das potencialidades do 5G. A saúde é uma das áreas que mais irá beneficiar desta tecnologia, permitindo conectar os melhores especialistas em qualquer parte do mundo com os pacientes, contribuindo para uma democratização no acesso aos cuidados de saúde”, destaca.

A plataforma permite a realização de vídeoconsultas, recolha de dados de saúde e a marcação de consultas — telefónicas e ao domicílio. Atualmente a knok já atende mais de 2 milhões de pacientes em quatro continentes.

A empresa conta já com cerca de 30 clientes (entre hospitais, clínicas e empresas do ramo segurador), uma rede de mais de 3.100 médicos ativos em nove especialidades e, desde o lançamento, já realizou mais de 160 mil consultas.

A knok foi fundada em 2015, por José Bastos, economista, e João Magalhães, médico, com o objetivo facilitar o acesso a médicos através do uso de uma aplicação.

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Nos pede demissão “imediata” do presidente da Anacom

A operadora liderada por Miguel Almeida considera que as críticas do primeiro-ministro à atuação do regulador não deixam "alternativa" que não a demissão "imediata" de João Cadete de Matos.

A Nos pediu a demissão “imediata” do presidente da Anacom, João Cadete de Matos, na sequência das fortes críticas do primeiro-ministro à forma como o regulador está a lidar com o dossiê do 5G. António Costa disse que a Anacom “inventou o pior modelo possível” de leilão e acusou o regulador de ter atrasado “imenso” o desenvolvimento da quinta geração no país.

Horas depois da intervenção do chefe do Governo no Parlamento, a operadora liderada por Miguel Almeida aproveitou a deixa para pedir a demissão de Cadete de Matos.

“Se dúvidas ainda restassem sobre a profunda incompetência deste regulador, as graves afirmações hoje [quarta-feira] produzidas pelo Sr. primeiro-ministro desfazem-nas por completo. Face aos danos que já causou ao país, e perante esta tomada de posição, não resta alternativa ao presidente da Anacom do que apresentar de forma imediata a sua demissão, permitindo desta forma evitar que Portugal seja ainda mais sacrificado do que já foi”, avançou fonte oficial da Nos.

A posição da Nos surge depois de, num debate na Assembleia da República, o primeiro-ministro ter apontado as baterias ao regulador, acusando-o de ter desenhado um leilão de frequências que nunca mais acaba e que já está a atrasar “imenso” o país nesta matéria.

“Estamos todos de acordo: o modelo de leilão que a Anacom inventou é, obviamente, o pior modelo de leilão possível, nunca mais termina e está a provocar um atraso imenso no desenvolvimento do 5G em Portugal”, acusou António Costa.

O primeiro-ministro foi ainda mais longe, criticando o atual modelo de regulação do setor das comunicações: “Quem construiu essa doutrina absolutamente extraordinária de que é preciso limitar os poderes dos governos para dar poder às entidades reguladoras, deve bem refletir sobre este exemplo do leilão do 5G, para ver se é este o bom modelo de governação económica do futuro”.

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Hugo de Matosinhos é o primeiro aluno 5G em Portugal

A Escola Secundária João Gonçalves Zarco, em Matosinhos, já tem rede 5G da Nos para projetos piloto na área educativa. Acordo com a Ericsson assegura “soluções de vanguarda" para esta experiência.

Hugo Escaleira sentou-se esta manhã numa sala de aulas em Matosinhos, colocou os óculos de realidade virtual na cara, segurou nas mãos um comando para controlar remotamente um robô equipado com uma câmara 360º e realizou uma visita de estudo virtual e em tempo real ao Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva, em Lisboa, a mais de 300 quilómetros de distância.

Atualmente a frequentar uma das turmas do 12.º ano de Ciências e Tecnologias na Escola Secundária João Gonçalves Zarco, em Matosinhos, com o sonho confessado ao ECO de entrar no próximo ano letivo no curso de Física na Universidade do Porto, este jovem matosinhense, um entusiasta das tecnologias, tornou-se esta terça-feira o primeiro aluno 5G em Portugal.

Esta experiência imersiva em que Hugo Escaleira assistiu a uma experiência com lentes óticas, a outra com uma esfera de plasma e ainda a uma simulação sobre como se forma um tornado, foi a primeira demonstração pública possibilitada pela rede 5G instalada pela Nos nesta escola do norte do país, frequentada por 1.320 alunos, para o desenvolvimento de projetos-pilotos na área da educação.

Hugo Escaleira realizou uma visita de estudo virtual e em tempo real ao Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa.D.R. 28 Setembro, 2021

Apresentada como “a primeira Escola 5G do país” e sediada num concelho que acolhe a primeira Zona Livre Tecnológica (ZLT) e onde a empresa de telecomunicações tem feito outras experiências, a secundária João Gonçalves Zarco passa a estar dotada da mais avançada rede de comunicações móveis “para que toda a comunidade escolar possa, desde já, começar a tirar partido da tecnologia que promete revolucionar todos os setores críticos da sociedade”.

Acordo com Ericsson para “soluções de vanguarda”

Presente em Matosinhos, o administrador da Nos, Manuel Ramalho Eanes, assinou um protocolo com a Ericsson, que reclama a liderança mundial a nível de patentes no 5G, em que as duas companhias se propõem “desenvolver em conjunto as soluções suficientes para que se tire partido pleno da tecnologia 5G no contexto educativo e para a aprendizagem”.

“A Nos disponibiliza os seus recursos tecnológicos à escola, compromete-se a criar um road map de projetos que corporize esse avanço e também a disponibilizar as plataformas e competências para acelerar essas inovações”, resumiu o administrador executivo da área empresarial, que recusou “fazer prognósticos” sobre o leilão 5G.

Lembrando que “as redes móveis vão ter um papel transformador na forma como os estudantes se conectam com os estabelecimentos escolares”, Sofia Vaz Pires, CEO da Ericsson Portugal, assumiu o “compromisso de trazer todas as soluções e recursos de vanguarda disponíveis no grupo para tornar o 5G uma realidade nesta escola, para trazer novas formas de aprendizagem e para eliminar as barreiras tradicionais, que tipicamente existiam no acesso à informação”.

José Ramos, diretor da Escola Secundária João Gonçalves Zarco; Sofia Vaz Pires, CEO da Ericsson Portugal; e Manuel Ramalho Eanes, administrador da Nos.D.R. 28 Setembro, 2021

Na primeira cerimónia em que participou no exterior do município depois da reeleição nas autárquicas deste domingo, Luísa Salgueiro prometeu “manter a educação como uma prioridade na intervenção local”. A presidente da Câmara de Matosinhos disse ser “especial” liderar “o primeiro concelho 5G do país e que tem a primeira ZLT, o que significa que [a cidade] está preparada para testar todos os modelos de inovação, assim que a legislação o permita, como é o caso da condução autónoma”.

O diretor da escola, José Ramos, confessou “grande expectativa” com este projeto, até porque, lembrou, “hoje é mais importante o processo de aprendizagem do que o modelo de ensino”. “Acredito que as novas tecnologias, como o 5G e o 6G, consigam transplantar os alunos da sala de aulas para o mundo inteiro, onde as coisas acontecem. Desta forma, os alunos têm maior capacidade de aprendizagem e de retenção das aprendizagens”, concluiu.

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Nos recusa “fazer prognósticos” sobre o leilão 5G

“Não sou muito bom a futurologia”, ironizou o administrador Manuel Ramalho Eanes, recusando comentar a providência cautelar da Vodafone contra as novas regras do leilão 5G.

Com o leilão de 5G a arrastar-se há mais de oito meses em Portugal, o administrador da Nos, Manuel Ramalho Eanes, considerou esta terça-feira que “o verdadeiramente importante é que a [empresa] está preparada e está a fazer acontecer o 5G” e que “assim que for possível tê-la comercialmente, estará já muitíssimo acelerada”.

Na União Europeia, Portugal e a Lituânia são os únicos países sem ofertas comerciais de 5G. Em declarações aos jornalistas em Matosinhos, o gestor da Nos recusou “fazer prognósticos” sobre o fim deste processo, com o argumento de que “não [é] muito bom a futurologia”, notando apenas que, no que depender da empresa, “seguramente que o 5G vai acontecer em Portugal e em bom”.

Depois da alteração que reduziu a duração de cada ronda, permitindo aumentar para 12 o número de rondas de licitação diárias, esta segunda-feira entraram em vigor novas regras para tentar acelerar o leilão de 5G, que inibem a utilização dos incrementos de 1% e 3%, determinando que as operadoras licitem com aumentos mínimos de 5%.

A Vodafone Portugal interpôs uma providência cautelar contra esta mudança de regras recentemente aprovada pela Anacom – Autoridade Nacional de Comunicações, considerando que a eliminação de incrementos de 1% e 3% é “ostensivamente ilegal e redunda numa violação dos princípios que são traves mestras dos procedimentos de seleção concorrencial, pois terá impacto na execução do leilão e, consequentemente, terá repercussões no resultado final”.

Questionado sobre esta decisão da concorrente, Manuel Ramalho Eanes respondeu apenas que “o mais importante de tudo é dizer que [a Nos está] preparada, que [quer] garantir que a sociedade portuguesa também está preparada para o 5G, e que tem a ambição de liderar no 5G”.

E não é frustrante para a empresa estar a fazer esse investimento sem conseguir ver os resultados efetivos no terreno? “Acreditamos que o 5G é uma revolução tecnológica enorme, que implica muita preparação e muito trabalho conjunto com os inovadores. É isso que estamos a fazer e não acreditamos estar a perder tempo”, ripostou o administrador.

Durante a apresentação da “primeira escola 5G do país” – a secundária João Gonçalves Zarco, em Matosinhos, que já tem rede 5G da Nos para desenvolvimento de pilotos na área da Educação -, Manuel Ramalho Eanes destacou o investimento de 167 milhões de euros em investigação e desenvolvimento (I&D) feito pela empresa em Portugal, ao longo dos últimos dois, com o contributo direto de cerca de 200 pessoas.

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Dividendos da Nos para Isabel dos Santos congelados na CGD

Ministério Público determinou ainda que os dividendos da Zopt -- que controla a telecom -- não podem ser usados para a empresária angolana pagar a dívida ao banco público.

Os dividendos que a Nos distribua junto das empresas de Isabel dos Santos através da Zopt — veículo que criou com a Sonae para controlar a telecom — vão ter de ficar guardados na Caixa Geral de Depósitos (CGD), de acordo com o Ministério Público. Estes dividendos, determina ainda o MP, não podem servir para pagar a dívida da empresária angolana junto do banco público.

A Zopt controla 52,15% da Nos, sendo que este veículo é detido em partes iguais por Isabel dos Santos — através das sociedades Kento Holding (17,35% da Zopt) e Unitel (32,65%) — e pela Sonae.

Em março deste ano, a operadora de telecomunicações pagou mais de 143 milhões de euros aos acionistas, com 74 milhões de euros a serem transferidos para a Zopt.

No caso da Kento e da Unitel — onde estão os ativos de Isabel dos Santos que se encontram arrestados pela Justiça por causa da ação colocada pelo Estado angolano –, os dividendos estão congelados, o que levou o Ministério Público português a requerer à Zopt que os montantes que cabiam às duas sociedades fossem depositados na CGD para “garantir que os mesmos fiquem à ordem destes autos”. A informação consta no relatório e contas do primeiro semestre da Sonaecom, divulgado esta terça-feira.

Além disso, o Ministério Público manifestou outra posição junto da Zopt: que os dividendos não podem ser usados “para satisfazer um alegado crédito da CGD sobre a Kento Holding Limited”.

Antes, se a Caixa quiser reaver o financiamento que concedeu ao veículo de Isabel dos Santos, deve “fazer valer os seus alegados direitos pelo meio processualmente adequado”, segundo o entendimento dos procuradores.

Contactada pelo ECO, a Caixa não quis prestar qualquer declaração sobre este assunto, embora o banco do Estado tenha já avançado, em março, com uma ação de execução no valor de 6,2 milhões de euros justamente contra a Kento.

Antes disso, a instituição liderada por Paulo Macedo já havia assumido o controlo da posição da Kento na Zopt “na qualidade de entidade beneficiária do penhor das ações detidas pela Kento” no veículo que une Isabel dos Santos e a Sonae na operadora portuguesa e que está em processo de dissolução.

(Notícia atualizada às 19h47)

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Inteligência artificial na Nos é “mais um membro da equipa”

Jorge Graça, administrador executivo da Nos com o pelouro da tecnologia, fala sobre inteligência artificial e de como pode mudar a forma como trabalhamos. E aborda as questões éticas que ela levanta.

O administrador executivo da Nos com o pelouro da tecnologia está convencido de que a inteligência artificial (IA) vai “mudar” a forma como as pessoas trabalham. Na Nos, alguns modelos já são considerados membros da equipa, diz Jorge Graça, em entrevista ao ECO.

Destacando que a Nos tem “acompanhado” a IA há “muitos anos”, o gestor recordou os tempos em que era preciso “um mês para treinar um modelo”. ” Punhamos a informação lá para dentro e depois estávamos um mês — um mês! — à espera da resposta. São coisas que hoje carregamos no botão, iluminam-se não sei quantos data centers numa parte do mundo e a resposta sai logo”, lembrou.

“Lembro-me também da primeira vez que olhei para um resultado, e para um modelo, e para os fatores de decisão, e pensar assim: ‘eu não percebo, por que carga de água é que o modelo está a dizer para fazermos isto?’ E nós aplicávamos o modelo e, contra o grupo de controlo, tínhamos um lift. Se há pessoa que é crente no potencial de mudar a maneira como nós trabalhamos, sou eu”, rematou Jorge Graça, referindo-se à IA.

Para o administrador da Nos, o potencial é maior quando se soma a IA à inteligência humana. “O melhor jogador de xadrez do mundo é uma coisa que se chama um Centauro. É a combinação de um jogador humano com um destes algoritmos. São duplas em que se partilha a componente humana com o algoritmo, e é na combinação das duas que fazem o jogo”, afirmou. “Efetivamente, a transformação que vem é nesta lógica de conseguirmos fundir as duas, para que a soma das duas peças seja superior à soma de um mais um. Que um mais um seja três. Se eu tenho um processo que está automatizado, filosoficamente, olhamos para ele como mais um membro da equipa”, rematou.

Questionado sobre se os responsáveis políticos em Portugal estão conscientes desse potencial revolucionador da IA, Jorge Graça recordou que “a profundidade da discussão é grande, porque não são temas triviais”. “Como é que formalizamos ética? Como é que definimos o que é uma decisão em que não há uma resposta óbvia?”, retorquiu.

“Há um nível mínimo de educação e de entendimento que tem de ser assegurado em todas as empresas que vão fazer o deploy desta tecnologia. Porque não basta nós confiarmos na palavra de terceiros”, considerou, sinalizando que a União Europeia “está a fazer um caminho” mais “estruturado” do que o que foi “feito pelos EUA”.

“A Google tinha aquele mantra do no evil [não faças o mal]. Gosto muito desse mantra, mas a pergunta não deixa de ser: qual é a tua definição de evil? É tudo muito bonito, mas se a tua definição de evil não é igual à minha, é-me irrelevante que se diga do no evil…”, disse.

“Isto parece uma coisa pouco interessante ou pouco relevante, mas ela é fundamental para o que aí vem”, sublinhou o administrador executivo da Nos. “Se vou pôr a minha vida e a vida de outras pessoas nas mãos de uma IA que vai guiar o meu carro, eu gostava de saber quais são os princípios. O que é que vai acontecer? Se ele for confrontado com uma decisão de ‘atropela uma pessoa’ ou ‘morrem os quatro ocupantes do carro’, qual é a decisão que vai tomar?”, exemplificou.

“Eu quero saber isso. Não quero que seja decidido por uma black box de um tipo que, quando lança um foguetão, fuma um charro em celebração. Peço desculpa, mas gostava que o Elon Musk me explicasse qual é o sentido de ética que ele tem”, atirou, numa referência direta ao controverso gestor que lidera a Tesla e fundou a SpaceX, uma empresa privada de transporte espacial.

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Costa da Caparica vai ser a primeira praia 5G em Portugal

  • Joana Abrantes Gomes
  • 2 Agosto 2021

Parceria da Nos com a Câmara de Almada vai cobrir mais de cinco quilómetros do areal das praias da Costa da Caparica e detetar automaticamente situações anómalas ou de risco para os banhistas.

Portugal vai ter a primeira praia com rede 5G. Este é o resultado de uma parceria entre a Nos e a Câmara Municipal de Almada, celebrada esta segunda-feira, que vai cobrir mais de cinco quilómetros de extensão do areal das praias da Costa da Caparica e monitorizar a zona de banho, o número de banhistas e as aglomerações no areal.

A parceria permitirá tornar a praia “mais segura e inteligente” e “antecipar como será a praia do futuro”, através da instalação de “soluções inovadoras de inteligência artificial e vídeo analytics” na praia Tarquínio-Paraíso, que serão “assentes na rede 5G da Nos”, lê-se no comunicado enviado pela empresa às redações. O objetivo passa por “detetar automaticamente situações anómalas ou de risco para a segurança dos cidadãos” que, uma vez detetadas, irão desencadear “o envio de alertas para as entidades responsáveis pela segurança das praias”, como a polícia marítima, nadadores-salvadores e entidades camarárias, ou “a alteração da cor do semáforo que regula o acesso à praia em contexto da pandemia de Covid-19”.

Citado no mesmo comunicado, o administrador da Nos, Manuel Ramalho Eanes, sublinha a “ambição” em liderar o caminho para a nova era de comunicações móveis em Portugal. “A partir de agora, Almada encontra-se na vanguarda tecnológica quanto às soluções de proteção e segurança na comunidade em contexto de turismo, um dos setores mais estruturantes da sociedade portuguesa“, acrescenta.

Por seu lado, a presidente da Câmara Municipal de Almada, Inês de Medeiros, afirma que a autarquia “aposta no melhor da inovação e da tecnologia, alicerçadas no valor das parcerias e da colaboração, para proporcionar níveis mais elevados de segurança e bem-estar para os seus cidadãos” e todos aqueles que a visitam.

A Nos garante ainda que esta solução “ganhará funcionalidades mais avançadas” no futuro, tendo perspetivas de “deteção de cenários de afogamento, que desencadearão alertas imediatos”, “a identificação de crianças ou objetos perdidos na praia”, “a monitorização do mar e de outros indicadores meteorológicos através de drones autónomos”, “a deteção de lixo também no mar e a sua limpeza por robôs”.

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Realidade aumentada para a indústria vence Acelerador 5G

  • Helena C. Peralta
  • 22 Julho 2021

Desenvolvido em parceria entre a Nos e a Amazon Web Services, e com o apoio da Startup Lisboa e da Armilar Venture Partners, o Acelerador 5G recebeu mais de 50 candidaturas.

Selecionada entre mais de 50 candidaturas, a KIT-AR é a vencedora da edição Acelerador 5G – Programa de Inovação Colaborativa, projeto que resulta de uma parceria entre a Nos e a Amazon Web Services (AWS), e que contou ainda com o apoio da Startup Lisboa e da Armilar Ventures Partners, sociedade gestora do Fundo Nos 5G.

Lançado em março deste ano, este programa foi desenvolvido com o objetivo impulsionar startups com ideias ou negócios que possam vir a ser potenciados pela tecnologia 5G. Com velocidades muito mais rápidas, baixa latência e com capacidade de ligar entre si milhões de equipamentos e dispositivos, o 5G será um dos principais impulsionadores de uma verdadeira economia digital, necessidade que a pandemia de Covid 19 veio acelerar. A Nos e a AWS pretendem, com este programa, apoiar a construção de um ecossistema de inovação e empreendedorismo 5G no País, potenciando a criação de oportunidades associadas a esta tecnologia.

Das cinco dezenas de projetos candidatos chegaram à fase final 13, envolvendo 29 participantes oriundos de Portugal, Brasil, Espanha e México. Em fase de maturidade média-elevado, algumas das startups tinham já uma sólida base de clientes, em áreas tão diversas como a do turismo, do ambiente, das smart cities, da saúde e da indústria. Todas elas envolviam tecnologias passíveis de serem exponenciadas pela quinta geração de redes móveis, tais como a Internet das Coisas (IoT), realidade virtual, realidade aumentada, entre outras.

"Ficámos bastante satisfeitos com o nível dos projetos participantes, alguns já com o produto estabilizado, com clientes e com um bom nível de maturidade.

Pedro Abrantes

Diretor de Estratégia e Desenvolvimento de Negócio da NOS

“Ficámos bastante satisfeitos com o nível dos projetos participantes, alguns já com o produto estabilizado, com clientes e com um bom nível de maturidade. O programa tinha também como objetivo selecionar oportunidades de investimento nesta área e acreditamos que isso foi conseguido, pois os projetos conseguiram alcançar uma boa exposição. Temos já algumas startups no radar e queremos continuar a acompanhar estes projetos. Acreditamos que podemos ajudar no crescimento destes negócios”, afirma Pedro Abrantes, diretor de Estratégia e Desenvolvimento de Negócio da Nos.

Esta foi a primeira edição do programa, não havendo, para já planos, para uma segunda, ainda que Pedro Abrantes refira que foi uma iniciativa que correu de uma forma muito satisfatória, pelo que todas as possibilidades estão em aberto.

O mesmo responsável afirma ainda que um outro objetivo deste programa de aceleração se prende com a área de responsabilidade corporativa, ou seja, a empresa pretende “dar ao tecido empresarial condições para poderem acelerar os seus ativos e ainda estar na linha da frente na oferta de infraestruturas tecnológicas no 5G”. Para Pedro Abrantes estes programas fomentam uma importante discussão sobre a necessidade de ter infraestruturas para dar resposta às soluções que o mercado está a desenvolver. “Vimos muito potencial nestes projetos, e em várias áreas, como por exemplo, na agricultura. Isto leva-nos a perceber que temos de ter a infraestrutura disponível também nesta atividade”, refere Pedro Abrantes.

KIT-AR foi a grande vencedora

A KIT-AR, que apresenta uma solução de realidade aumentada e machine learning para a indústria, destacou-se entre as demais concorrentes e vai ter acesso direto à fase de incubação na Startup Lisboa. Este projeto vai receber ainda um prémio monetário de 7.500 euros, cerca de 100 mil euros em créditos AWS e ainda 10 mil euros em suporte técnico.

O júri do Programa – constituído por elementos da Nos, da AWS, da Armilar Ventures Partners e da Startup Lisboa – considerou a KIT-AR como o projeto mais inovador e promissor, destacando-se como o que melhor conseguiu aplicar as potencialidades da tecnologia 5G. Esta solução de realidade aumentada e machine learning destinada à indústria visa capacitar os operadores das fábricas e optimizar os processos de produção através de tecnologia 5G, aumentando assim a capacidade de processamento de dados e disponibilizando métodos sofisticados para aplicação na Indústria 4.0.

"Na KIT-AR, focamo-nos em melhorar a qualidade nas linhas de produção valorizando um dos elementos mais centrais da Indústria 4.0: o trabalhador.”

Manuel Oliveira

CEO da KIT-AR

O piloto desta solução já está disponível no mercado, e empresa terá agora o apoio necessário ao seu desenvolvimento. “Na KIT-AR, focamo-nos em melhorar a qualidade nas linhas de produção valorizando um dos elementos mais centrais da Indústria 4.0: o trabalhador. O nosso produto permite que cada trabalhador, utilizando tecnologias emergentes como realidade aumentada e inteligência artificial, contribua para reduzir ou até eliminar erros e desperdícios nas linhas de produção”, explica Manuel Oliveira, CEO da KIT-AR, explicando ainda que a solução permite ainda recolher insights mais completos de todos os processos, essenciais para a melhoria contínua da empresa.

Manuel Oliveira explica ainda que participar no Programa de Inovação Colaborativa “precipitou a integração do 5G no nosso plano de desenvolvimento e a abordagem altamente prática e a disponibilidade da Nos em nos apoiar ao longo de todo o processo fizeram toda a diferença”. Para este responsável, “igualmente importante foi o calibre dos mentores colocados à nossa disposição, que tiveram um impacto visível e muito positivo. Conhecendo os projetos e tendo trabalhado com as restantes empresas ao longo destes dois meses, posso afirmar, sem dúvida alguma, que é um privilégio enorme sermos os vencedores desta primeira edição”.

O programa envolveu, ao longo de sete semanas, mais de 150 sessões de mentoring, com recurso a cerca de 40 mentores nacionais e internacionais, que contribuíram, através das suas áreas de conhecimento e recursos em tecnologia, para a melhoria dos projetos participantes. As startups puderam ainda testar as suas soluções através da rede 5G da Nos e do apoio técnico desta operadora.

As finalistas estiveram reunidas num bootcamp virtual durante dois dias, que decorreu em maio último, em que o objetivo foi perceber melhor as potencialidades da nova tecnologia, aplicações futuras do 5G, discutir o seu estado de implementação a nível mundial e explorar casos de uso relevantes. Manuel Oliveira afirma ainda que “a visibilidade nacional e internacional deste prémio já criou diversas oportunidades comerciais, que estamos a acompanhar de perto”.

Fundo NOS 5G com 10 milhões para investir

Esta iniciativa vem reforçar a aposta no ecossistema de empreendedorismo no 5G nacional, que a Nos já fizera em 2019 com a constituição do Fundo de Capital de Risco NOS 5G, com uma dotação de 10 milhões de euros. Este programa de aceleração tinha também como objetivo identificar potenciais oportunidades de investimento através deste fundo.

Duarte Mineiro, responsável pela sociedade de capital de risco portuguesa, e um dos jurados do Acelerador 5G, congratula-se pela qualidade dos projetos participantes e pelo bom mix conseguido entre projetos mais pequenos e desconhecidos e outros maiores e mais consistentes. Esta diversidade permitiu ao fundo analisar várias startups, no sentido de um possível investimento futuro. Para já, nada avança em concreto.

Além da empresa vencedora do Acelerador 5G, foi ainda atribuída uma menção honrosa à startup GoClever, que recebeu um prémio monetário de 2.500 euros. A sociedade é responsável pelo desenvolvimento de uma solução para digitalizar o mundo físico em busca de ganhos económicos. Focada em portos marítimos, a solução cria gémeos digitais tridimensionais dos portos, usando sensores remotos e processamento na cloud e através de inteligência artificial permite análises em tempo real, automatizar operações, detetar anomalias e remover ineficiências.

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Nos mais que duplica lucros para 73,9 milhões no primeiro semestre

A Nos viu os lucros mais do que duplicarem no semestre, para 73,9 milhões de euros. EBITDA recuou no semestre: mais receita e reabertura dos cinemas não compensou aumento dos custos.

Os lucros da Nos NOS 1,46% mais do que duplicaram no primeiro semestre, crescendo 111,2% face ao semestre homólogo de 2020, para 73,9 milhões de euros, anunciou a operadora. A catapultar os resultados esteve o aumento das receitas resultante do crescimento do número de serviços, que passou a marca dos 10 milhões pela primeira vez.

Em comunicado enviado à CMVM, a Nos refere que o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) consolidado recuou 1,3%, para 306,6 milhões de euros. “O crescimento das receitas e a reabertura condicionada dos cinemas não foi suficiente para compensar o aumento dos custos diretos”, justifica a empresa. Neste contexto, a margem EBITDA ressentiu-se em 1,4 pontos percentuais nos primeiros seis meses de 2021, para 45,2%.

Resumo dos resultados da Nos:

Fonte: Nos

As receitas da Nos entre janeiro e junho cresceram 1,8%, para 678,5 milhões de euros. Contabilizando apenas o negócio das telecomunicações, o aumento foi de 3%, para 672,4 milhões.

Em termos operacionais, a Nos aproximou-se dos cinco milhões de casas passadas: são já 4,986 milhões, das quais 46% com fibra ótica. Pela primeira vez, a Nos superou os 10 milhões de serviços prestados, um aumento de 2,6% face ao semestre homólogo — destes, cinco milhões são clientes móveis.

No segmento empresarial, a Nos fechou o semestre com 1,54 milhões de clientes empresariais. É um crescimento de 37 mil serviços face ao primeiro semestre de 2020.

Em termos de investimento, a Nos investiu 200,1 milhões de euros, um aumento de 16,5%, de acordo com a empresa. A dívida financeira líquida a 30 de junho era de 895 milhões de euros.

Evolução das ações da Nos em Lisboa:

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Nos obtém 150 milhões de euros em dívida sustentável

A operadora Nos contratou novas linhas de financiamento indexadas a critérios de sustentabilidade, junto do BCP, BBVA e BPI, no valor total de 150 milhões de euros.

A Nos NOS 1,46% contratou 150 milhões de euros em linhas de financiamento com maturidade em 2026 junto do BCP, BBVA e BPI, estando esta dívida associada a critérios de sustentabilidade. A informação foi avançada pela operadora num comunicado enviado à CMVM.

Os termos acordados com o BCP incluem uma componente relativa à avaliação que o Carbon Disclosure Project faz à empresa liderada por Miguel Almeida, que é de A-, indica a operadora.

No caso do BPI e do BBVA, “os objetivos de sustentabilidade passam pela redução da pegada de carbono da operação própria […] em 50% até 2025, em relação a 2015, e pelo consumo de 65% de eletricidade proveniente de fontes renováveis, também até 2025”.

Estes financiamentos somam-se ao que foi anunciado em dezembro passado, em que a Nos emitiu 100 milhões de euros em dívida sustentável com maturidade também em 2016. A empresa indica que as novas linhas elevam “a 250 milhões de euros o valor da sua dívida indexada” a critérios de sustentabilidade.

No comunicado, a Nos sublinha, por fim, que “estas linhas contribuem positivamente para o custo médio da dívida” da operadora”, bem como “para a diversificação dos instrumentos de financiamento e alongamento de maturidades”.

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