Autarquias indicaram até outubro mais de 15 mil trabalhadores precários

  • Lusa
  • 16 Novembro 2017

Dado foi apresentado esta quinta-feira pelo ministro da Administração Interna no Parlamento. Em causa estão 298 dos 308 municípios do país e 1.872 freguesias.

Os municípios e freguesias indicaram ao Governo, até ao final de outubro, um total de 15.549 trabalhadores com vínculos precários, que poderão ver reavaliada a sua situação laboral, anunciou hoje, no parlamento, o ministro da Administração Interna.

“Até ao final de outubro, recolhemos um levantamento de situações de trabalhadores em situações várias de contrato a termo, de prestação de serviços, de contratos de emprego de inserção, em 298 dos 308 municípios do país e em 1.872 freguesias”, adiantou Eduardo Cabrita.

O governante, que falava numa audição de apreciação, na especialidade, da proposta de lei do Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), disse que o levantamento nos municípios e nas freguesias identificou 3.607 situações de trabalho de contrato a termo, 4.667 de situações prestações de serviços e 7.275 contratos de emprego de inserção.

O levantamento ficou “concluído esta semana” e o Governo deverá remeter em breve o relatório à Assembleia da República, acrescentou.

Embora o regime da regularização de trabalhadores precários seja alargado nos mesmos termos à administração local, Eduardo Cabrita esclareceu que nas autarquias será realizada “uma avaliação caso a caso, que tem de ser feita à escala local”.

“Também aqui a autonomia local não permitirá que existam comissões paritárias com participação governamental”, frisou o ministro, na audição conjunta das comissões de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa e do Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação.

De acordo com o governante, caberá assim aos órgãos municipais estabelecer as condições para que avaliarem a regularização dos “vínculos não permanentes” dos trabalhadores municipais.

O deputado João Vasconcelos salientou que o Bloco de Esquerda defende o fim dos contratos de inserção, de modo a terminar com esta “forma de trabalho forçado”.

O Governo abriu um Programa de Regularização Especial de Vínculos Precários na Administração Pública, em maio e junho, que recebeu cerca de 30 mil candidaturas, tendo aberto uma segunda fase que dia 17.

O prazo para a entrega de propostas de alteração à proposta do Governo de OE2018 termina na sexta-feira e a votação final global está agendada para 27 de novembro.

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Médias, o que são e como se calculam?

  • ECO
  • 16 Novembro 2017

É um dos conceitos mais conhecidos e reconhecidos mas... sabe como se calcula a média?

Basta somar para depois… dividir. A média é um dos conceitos mais falados quando se trata de números. Para a calcular, basta somar os valores em questão e, depois, dividir a sua soma pelo número de casos observados. Ora veja.

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Plano fiscal e tecnologias impulsionam ganhos em Wall Street

  • ECO
  • 16 Novembro 2017

Proposta de reforma fiscal e bons resultados empresariais marcaram o dia. Bolsas norte-americanas reagiram e fecharam no verde. Nasdaq atingiu novo máximo.

As bolsas norte-americanas encerraram em alta, num dia marcado por resultados empresariais positivos e pela aprovação, por parte da Câmara de Representantes, da proposta de reforma fiscal impulsionada por Trump.

Entre as medidas que integram esta proposta constam o corte do imposto de sociedade pago pelas empresas, de 35% a 20%, e a redução dos escalões de impostos, de sete para quatro. O plano ainda deverá ser votado no Senado para aprovação definitiva.

O índice de referência S&P 500 fechou a valorizar 0,82%, para 2.585,64 pontos, enquanto o industrial Dow Jones avançou 0,8%, para 23.458,36 pontos. O tecnológico Nasdaq destacou-se ao subir 1,3%, para 6.793,29 pontos, tocando um novo máximo na negociação intradiária.

As ações da Wal-Mart valorizaram 11,13%, impulsionados pelos resultados trimestrais. A Cisco também avançou 5,41%.

Os dados do desemprego divulgados esta quinta-feira parecem não influenciar negativamente as bolsas. Os pedidos de subsídio aumentaram para o máximo de seis semanas, atingindo 249 mil. Mas os dados costumam ser voláteis em semanas com feriados, como acontece com esta, explica a Bloomberg.

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Câmara dos Representantes dos EUA aprova reforma fiscal de Trump

  • Lusa
  • 16 Novembro 2017

Proposta de Donald Trump que prevê profundos cortes de impostos para trabalhadores e empresas foi aprovada esta quinta-feira pela Câmara dos Representantes.

A Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou hoje a proposta de reforma fiscal impulsionada pelo Presidente Donald Trump, que prevê profundos cortes de impostos para trabalhadores e empresas.

A votação refletiu a maioria republicana na Câmara baixa, com 227 votos a favor, todos republicanos, e 205 contra.

“O que estamos a fazer hoje não é determinar o sistema fiscal que vamos aplicar, o que estamos a fazer é determinar o género de país que vamos ter”, assegurou pouco antes da votação o congressista republicano Paul Ryan, presidente da Câmara e um dos principais mentores da proposta.

O plano, que ainda deverá ser votado no Senado para aprovação definitiva, incluiu uma baixa do imposto de sociedade, pago pelas empresas, de 35% a 20%, e reduz para quatro os atuais sete escalões de impostos.

Ryan insistiu que o plano implica um “alívio real” para a classe média e sustentou que as poupanças para uma família típica norte-americana serão de 1.182 dólares (1.000 euros) por ano.

O Presidente Trump, que designou esta reforma como “o maior acontecimento fiscal da história do país”, visitou hoje o Congresso para se reunir com os deputados antes do voto.

Em simultâneo com a Câmara, o Senado está a elaborar uma proposta paralela, com algumas alterações e que deverá ser submetida a votação em dezembro, num órgão onde os republicanos possuem uma maioria mais frágil, aguardando-se dificuldades para que seja ratificada.

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Governo propõe faseamento para professores a partir de 2020

  • Marta Santos Silva
  • 16 Novembro 2017

Sindicatos recebidos esta quinta-feira no Ministério da Educação estão a ser confrontados com proposta de faseamento dos anos "perdidos" a partir de 2020, que pode estender-se por duas legislaturas.

O Governo está preparado para contabilizar alguns dos anos de serviço dos docentes durante os anos do congelamento, mas só a partir de 2020. Além disso, o faseamento pode estender-se durante duas legislaturas.

A proposta de fasear os anos “perdidos” a partir de 2020 foi apresentada esta tarde aos sindicatos, segundo o representante da Frente Sindical dos Docentes, em declarações transmitidas pela SIC Notícias.

Além disso, o faseamento poderá estender-se por duas legislaturas, ou seja, para além de 2023, disse, por seu turno, o secretário-geral da Federação Nacional de Educação (FNE), João Dias da Silva, citado pela Lusa.

O Governo propõe ainda que só sejam recuperados os anos entre 2011 e 2017, excluindo parte dos anos reivindicados pelos sindicatos — os do primeiro congelamento das carreiras entre 2005 e 2007, avançou ainda a Frente Sindical dos Docentes.

Já se sabia que o Governo não previa impactos orçamentais para 2018 nem 2019 nas negociações com os professores, que fizeram ontem, quarta-feira, uma greve geral com uma adesão que os sindicatos consideraram “histórica”. Agora que recebe os sindicatos no Ministério da Educação, os governantes esclareceram que pretendem que o faseamento comece só a partir de 2020, na próxima legislatura, e possa terminar depois de 2023.

Fala-se aqui dos nove anos “perdidos” em que os professores trabalharam com as carreiras congeladas, entre 2003 e 2005 e depois entre 2011 e 2017, que não deverão ser contabilizados para a progressão nas carreiras agora que estas vão ser descongeladas, a 1 de janeiro de 2018. Os professores reivindicam essa contabilização, embora reconheçam que o seu custo total — estimado pelo primeiro-ministro António Costa em 650 milhões de euros — é elevado, aceitando assim um certo faseamento.

No entanto, os sindicalistas já tinham afirmado ontem, durante a greve, que não aceitariam um acordo que não fosse concreto no tempo, com especificação de quando e como começa e termina o faseamento que devolveria aos professores a contabilização dos anos do congelamento.

(notícia atualizada às 21:55 com declarações da FNE)

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Polícia Judiciária faz buscas na TAP após denúncia anónima

  • ECO
  • 16 Novembro 2017

A Unidade de Combate à Corrupção da PJ efetuou buscas e apreensões na TAP esta terça-feira. Em causa, suspeitas de corrupção na forma como são distribuídas as escalas.

A Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária (PJ) levou a cabo buscas na TAP, tendo apreendido material informático e documentos. A informação foi avançada esta quinta-feira pelo Correio da Manhã e Expresso e confirmada pelo ECO junto de fonte oficial da PJ. As buscas decorreram esta terça-feira.

Em causa, suspeitas de corrupção na forma como as escalas são distribuídas por pilotos e tripulantes, segundo os jornais. As suspeitas terão sido levantadas por uma denúncia anónima. De acordo com o Correio da Manhã, não foram constituídos, para já, quaisquer arguidos.

Ao Expresso, fonte oficial da empresa indicou que a investigação está em “segredo de Justiça” e confirmou que “estiveram nas instalações da empresa autoridades competentes no âmbito de uma investigação policial”. A TAP “colaborou, e colaborará inteiramente, no sentido de fornecer os elementos pretendidos” e acionou “mecanismos internos de averiguação no sentido de esclarecimento dos factos”.

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Direita quer travar mudanças nas deduções do regime simplificado

CDS já apresentou a sua proposta de alteração no Parlamento. PSD já anunciou que quer manter o regime atual no que toca às deduções.

A direita já tem solução para o regime simplificado do IRS: é não introduzir qualquer mudança ao nível das deduções e manter o regime tal como está neste ponto. A proposta de alteração do CDS já chegou ao Parlamento. A do PSD ainda não mas a intenção é conhecida.

Os centristas explicam esta proposta de alteração ao Orçamento do Estado dizendo que as mudanças projetadas pelo Governo “introduzem elementos que põem em causa o funcionamento do regime simplificado no apuramento da matéria tributável aos trabalhadores independentes e representam uma violação clara da confiança e do acordo previamente alcançado entre aqueles e o Estado“.

O CDS propõe assim eliminar as alterações propostas pelo Executivo ao artigo 31.º do Código do IRS. Com esta medida, alguns contribuintes do regime simplificado teriam de apresentar faturas para garantir a atual dedução de 25% do rendimento. Os dados apresentados pelo Governo indicam que só 10% dos cerca de um milhão de trabalhadores independentes abrangidos por este regime serão afetados pelas novas regras e terão assim de apresentar despesas para manter o atual nível de dedução. Mas o novo regime tem gerado críticas em diversos quadrantes.

O regime simplificado “representou uma solução de compromisso entre o Estado e os Cidadãos para determinar o rendimento tributável de sujeitos passivos de pequena dimensão”, diz o CDS na exposição de motivos da sua proposta de alteração. “Tal regime, que é opcional, pressupõe que os contribuintes prescindam do apuramento rigoroso do seu rendimento e o que Estado prescinda da validação exaustiva dos custos incorridos por estes no âmbito da sua atividade”, continua o CDS, dizendo que as alterações violam o acordo entre Estado e contribuintes.

O PSD ainda não apresentou a sua proposta, mas no guião das 75 propostas de alteração apresentado em conferência de imprensa, diz que quer “impedir o ataque aos trabalhadores independentes em sede de IRS”, “na parte em que restringe a aplicação da dedução de parte do rendimento”. Os social-democratas indicam assim que vão apresentar uma proposta que elimine esta alteração específica proposta pelo Governo. Isto deixa de fora outras mudanças, nomeadamente a aplicação do mínimo de existência também para os trabalhadores independentes.

“A proposta do Governo implica um aumento do IRS a pagar por milhares de trabalhadores independentes que em alguns casos poderá ultrapassar os 20%”, lê-se no documento do PSD. Eliminar esta proposta em concreto é a solução que “simultaneamente protege melhor os trabalhadores independentes de um enorme aumento da sua conta de IRS e defende a simplificação do regime fiscal dos trabalhadores independentes”, adianta ainda.

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A tarde num minuto

  • Rita Frade
  • 16 Novembro 2017

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

A eleição do próximo presidente do Eurogrupo e o novo imposto para os alimentos com elevado teor de sal estiveram em destaque esta tarde.

Os ministros das Finanças que quiserem candidatar-se à presidência do Eurogrupo vão ter de apresentar as suas prioridades oralmente no dia 4 de dezembro, antes da votação. Os procedimentos para a formalização das candidaturas e o modelo de votação foram definidos numa carta enviada aos governantes, a que o ECO teve acesso.

O líder parlamentar do PCP, João Oliveira, afirmou esta quinta-feira que o Governo não ficará surpreendido com o voto contra do PCP relativamente ao novo imposto do sal. Anteriormente, PSD e CDS também tinham demonstrado a sua discordância.

A ANA – Aeroportos de Portugal revela que o novo terminal da Portela já está a ser feito e garante que não será por falta de investimento que não haverá crescimento em Lisboa, mas deixa também um recado ao Governo, à Força Aérea e à NAV: se a ANA não tiver mais espaço aéreo, os investimentos em solo não servirão de nada e não poderá haver crescimento.

Na tomada de posse da nova gestão da Sonangol, o Presidente da República angolano, João Lourenço, pediu aos administradores que “cuidem bem” da petrolífera estatal “por ser a galinha dos ovos de ouro” de Angola.

Vai investir nesta emissão de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV)? Pense duas vezes antes de o fazer. É que com uma aplicação mínima 1.000 euros muito provavelmente vai ter prejuízo no seu bolso. Mesmo com 7.000 euros não é garantido que o investimento vá render.

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O legado que Isabel dos Santos diz ter deixado à Sonangol

Isabel dos Santos, dirigente exonerada da Sonangol, garante que o seu tempo na petrolífera angolana representou uma queda da dívida para pouco mais de metade.

Isabel dos Santos afirma que deixou a Sonangol melhor do que estava enquanto presidiu o seu conselho administrativo, fazendo chegar um comunicado às redações onde detalha o legado que diz ter deixado à petrolífera estatal angolana antes de ser exonerada pelo atual presidente. Entre as vitórias reivindicadas pela empresária está a redução do custo do barril de 14 dólares para sete dólares e a queda da dívida financeira.

Referindo que “a Sonangol não é uma empresa como as outras; é a coluna vertebral da economia nacional e o garante do futuro dos nossos filhos”, a filha do ex-presidente angolano José Eduardo dos Santos apresenta várias das mudanças que diz ter feito na empresa, incluindo um corte da dívida para pouco mais de metade e a redução do custo do barril em 50%.

“Sinto-me honrada por ter liderado uma equipa com notável qualidade profissional e de ética inquestionável”, escreve a empresária no princípio do comunicado, sublinhando a palavra “inquestionável”. Isabel dos Santos não deixa de agradecer ao Executivo angolano “que confiou nesta administração, e testemunhar, com sentido de missão, o trabalho desenvolvido desde o ponto em que encontrámos a empresa quando nela ingressamos, até à situação em que deixamos a mesma, à data da nossa saída”. A empresária tinha sido nomeada pelo Governo de Angola quando o seu pai ainda era presidente, em junho do ano passado.

A ex-presidente do conselho de administração da Sonangol faz questão de dizer que, “pela primeira vez na sua história”, em dezembro de 2015, a empresa não tinha conseguido cumprir “com as suas obrigações junto da Banca, tinha dívidas com os fornecedores e pesadas cash calls“. Depois de classificar a situação de “emergência”, Isabel dos Santos reivindica para a sua administração uma herança que culmina no financiamento de dois mil milhões de dólares “que garantirá o pagamento de todos os cash calls relativos a 2017, permitindo, assim, chegar ao final do ano sem dívidas aos nossos parceiros”.

Além de ter reduzido o custo do barril e a dívida, a empresária diz ter aumentado as receitas de 14,8 mil milhões de dólares em 2016 para os 15,6 mil milhões de dólares em 2017. Acresce ainda o aumento da produção da refinaria de Luanda de 50 mil para 60 mil barris. Esta quinta-feira, na tomada de posse da nova administração da Sonangol, João Lourenço deixou um recado: é preciso construir novas refinarias em Angola, projetos que Isabel dos Santos tinha deixado de lado.

O comunicado refere ainda que a Sonangol passou a produzir o combustível para aviões suficiente para as transportadoras angolanas, tendo começado a exportar esse produto. Do mesmo modo, aumentou a produção de gás em “238%”, mais do que o suficiente para o país, tendo exportado gás “pela primeira vez”. Isabel dos Santos congratula-se ainda por não ter despedido ninguém e por ter promovido 400 quadros angolanos.

“Foi também implementada na Sonangol uma cultura de transparência e abertura à sociedade angolana, permitindo uma auditoria constante da ação da equipa de gestão e dos destinos desta nossa empresa”, garante a ex-líder da petrolífera estatal, argumentando que o legado deixado permite a continuidade de crescimento da empresa no futuro.

As principais reivindicações de Isabel dos Santos

  1. Redução da dívida financeira de 13 mil milhões de dólares para os sete mil milhões de dólares;
  2. Aumento das receitas de 14,8 mil milhões de dólares em 2016 para 15,6 mil milhões de dólares em 2017;
  3. Redução do custo do barril de 14 dólares para sete dólares;
  4. Aumento da produção de gás em 238%;
  5. Nenhum despedimento e promoção de 400 quadros angolanos.

(Notícia atualizada às 20h)

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Sonae Indústria lucra 20,9 milhões até setembro

Nos primeiros nove meses de 2017, a Sonae Indústria lucrou quase 21 milhões de euros, o 5º trimestre consecutivo com resultados positivos. No final de setembro, dívida líquida caiu quase três milhões.

A Sonae Indústria registou lucros de 20,9 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2017, o que representou um aumento de significativo face ao mesmo período do ano anterior. Neste terceiro trimestre lucrou mais 0,7 milhões do que no terceiro trimestre do ano anterior, adiantou a empresa em comunicado enviado à CMVM.

A empresa de derivados de madeira apresentou esta quinta-feira os lucros referentes ao período entre janeiro e setembro deste ano, onde se registou um aumento de 41,2 milhões de euros face ao período homólogo do ano passado. Nestes primeiros nove meses, a Sonae Indústria teve um resultado líquido consolidado de 20,9 milhões de euros.

O volume de negócios consolidado nos primeiros nove meses do ano atingiu os 178,8 milhões de euros, o que representou uma quebra de 2,1% face ao mesmo período do ano passado (-3,9 milhões de euros), que a empresa justifica com as “menores vendas para os mercados nórdicos no negócio de Laminados e Componentes e menores volumes de vendas para o mercado do Canadá no negócio da América do Norte”, pode ler-se no comunicado.

Quanto a este terceiro trimestre, a empresa lucrou 6,9 milhões de euros, mais 0,7 milhões de euros face ao mesmo período do ano anterior. Paulo Azevedo, presidente do Conselho de Administração da Sonae Indústria, disse que a empresa apresentou, este período, “o quinto trimestre consecutivo com resultados líquidos positivos e quer os negócios integralmente detidos quer a Sonae Arauco contribuíram positivamente para estes resultados”.

No que diz respeito ao EBITDA destes primeiros nove meses de 2017, atingiu 30,8 milhões de euros, havendo uma redução de um milhão (3,1%) face ao mesmo período homólogo, “devido à diminuição na contribuição do negócio na América do Norte, negativamente afetado pelo aumento do custo dos químicos e a menores volumes de produção”, segundo avança a empresa em comunicado.

Relativamente ao terceiro trimestre do ano, o EBITDA situou-se em 10,1 milhões de euros, reduzindo 2,9 milhões de euros quando comparado com o mesmo período homólogo. Um valor que se deveu, sobretudo “ao negócio na América do Norte que atingiu um nível recorde de EBITDA Recorrente no terceiro trimestre de 2016, período em que o custo dos químicos foi significativamente inferior ao registado no terceiro trimestre de 2017”.

Quanto à dívida líquida da Sonae Indústria, esta fixou-se nos 209,9 milhões de euros no final de setembro deste ano, o que representou uma diminuição de 2,9 milhões quando comparada com o final do primeiro semestre de 2017. Comparado com o final de 2016, a dívida líquida diminui de igual forma, fixando-se nos 3,6 milhões de euros.

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BCP sem medo das novas regras do malparado do BCE. Impacto “é marginal”, diz Nuno Amado

Mario Draghi quer impor novas regras para o malparado. Mas, se forem apenas aplicadas a novo crédito, o presidente do BCP considera que o impacto será "marginal" no banco.

O Banco Central Europeu (BCE) quer impor novas regras para o malparado a partir do próximo ano. Regras que obrigam a que os empréstimos em incumprimento estejam totalmente provisionados. No entender do presidente do BCP, isto apenas se aplica ao novo crédito. E, neste caso, Nuno Amado diz que terá um impacto “marginal” no banco que lidera.

Se [as novas regras do BCE para o malparado] são mesmo para novo crédito, então terão um impacto muito marginal no nosso caso, porque o crédito que temos gerado tem uma taxa muita baixa de incumprimento”, afirmou o presidente do BCP na conferência com analistas. Isto depois de a instituição financeira ter registado lucros de 133,3 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano.

No mesmo período do ano passado, o banco foi fortemente penalizado pelas provisões associadas ao malparado. Este ano, o banco liderado por Nuno Amado está a reduzir de forma expressiva a exposição a estes créditos. Na apresentação dos resultados, Nuno Amado destacou a redução aos NPE [exposição ao malparado], que caiu em 1,4 mil milhões de euros, “já abaixo do objetivo de 7,5 mil milhões anunciado para o final de 2017”.

As novas orientações do banco central, que devem entrar vigor a partir de janeiro do próximo ano, dizem que os empréstimos em incumprimento sem garantias devem estar totalmente provisionados em dois anos e o malparado com garantia [ou seja, que estão associados a, por exemplo, imóveis] no máximo em sete anos, isto após serem classificados como problemáticos. Mas não foram bem recebidas pelos eurodeputados.

O Parlamento Europeu acusou o banco liderado por Mario Draghi de ter ultrapassado as suas competências na definição das novas regras para o crédito malparado. A responsável do banco central, Danièle Nouy, recusou estas críticas, dizendo que a proposta está “dentro do mandato do BCE”. Mas admitiu que a entidade venha a adiar a implementação das novas regras, que deveriam entrar em vigor em janeiro de 2018.

Para os deputados europeus, a proposta do BCE que forçaria as instituições financeiras a aumentarem as provisões seria de “caráter legalmente vinculativo” e obrigaria os bancos a apresentarem requisitos de capital mais elevados do que aqueles definidos pela lei da União Europeia. Isto, dizem, ultrapassa o mandato do BCE.

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Há menos casos de insolvência e falência pendentes

  • Lusa
  • 16 Novembro 2017

O Ministério da Justiça fez as contas e concluiu que existem menos processos pendentes desde o ano passado. A duração média da resolução manteve-se nos dois meses.

O número de processos de insolvência, falência e recuperação de empresas pendentes nos tribunais no final do segundo trimestre diminuiu face ao período homólogo de 2016, registando um decréscimo de 12,1%, segundo dados do ministério da Justiça.

As estatísticas da Direção-Geral da Política de Justiça (DGPJ), publicadas esta quinta-feira, mostram contudo que, comparativamente a igual período de 2007, registou-se um aumento de 10,6% do número de processos.

Quanto à duração média de resolução dos processos, entre a sua entrada e a decisão judicial, ou seja, a declaração de insolvência ou análoga, os dados mostram que houve um decréscimo entre o segundo trimestre de 2007 e o deste ano, passando de nove para dois meses. Face ao segundo trimestre de 2016, a duração média dos processos terminados no segundo trimestre deste ano manteve-se constante.

Relativamente ao tipo de pessoa envolvida nas insolvências decretadas, os dados mostram um aumento do peso das pessoas singulares no total de processos (passando de 18,5% para 78,6%) na comparação homóloga do segundo trimestre de 2007 com o segundo trimestre deste ano. Registou-se também uma redução ao nível das pessoas coletivas de direito privado (passando de 80,2% para 21,4%).

Quanto ao custo dos processos de falência, insolvência e recuperação de empresas apurou-se o valor médio de 2.130,71 euros, tendo em consideração os processos com visto em correição (uma nota do juiz que confirma que não existe qualquer irregularidade) no segundo trimestre deste ano em que houve montantes indicados para pagamento pelo Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (1.463 processos).

Tendo em conta a Classificação Portuguesa das Atividades Económicas (CAE) das empresas com insolvência decretada, verifica-se que 26,6% eram de comércio por grosso, retalho e reparação de veículos e 19,5% da indústria transformadora.

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