Paulo Macedo: CGD está mais digital, mas “há imenso por fazer”

O líder da CGD afirmou que "é irrealista" a ideia de que é possível tratar todos os clientes da mesma forma. Ainda assim, a CGD está mais digital, embora haja caminho a percorrer.

Paulo Macedo, presidente da comissão executiva da Caixa Geral de Depósitos (CGD), disse esta quarta-feira que o banco público já fez “um caminho muito significativo” perante a transformação digital, mas reconheceu que a instituição terá de continuar a “fazer um grande esforço” para dar “mais comodidade” e mais funcionalidades aos clientes. “Há imenso por fazer e precisa de ser feito rapidamente”, apontou o gestor.

Num painel sobre a economia digital em Portugal, inserido no congresso anual da APDC, Paulo Macedo indicou que, hoje, um estudante é capaz de abrir uma conta na CGD através da internet “em cinco minutos” e sem ter de preencher os dados pessoais, que são fornecidos pela Direção-Geral do Ensino Superior. Agora, o desafio é alargar esta opção a todos os clientes e não só aos estudantes universitários, reconheceu também.

Paulo Macedo lembrou ainda que a CGD lançou recentemente um simulador de crédito à habitação e que existe “um compromisso forte de cortar o período entre a simulação e a escritura”. A meta são dez dias, no máximo. E acrescentou: “Temos de ser mais ambiciosos: dar mais funcionalidades às pessoas. Porque é que não podemos dar uma certidão de registo predial [online]? Ou uma matriz predial?”

O líder da Caixa considerou também que, dentro da empresa, “a digitalização é indispensável para redução de custos e maior eficiência, mas com papel decisivo de reduzir o número de tarefas repetitivas”. Desde logo, o “carregamento de garantias” é já “feito de forma muitíssimo mais eficiente e eficaz” com recurso a robôs — algoritmos e software. O registo de insolvências, por exemplo, passou a ser feito em minuto e meio, ao invés dos 20 minutos que um humano levaria a concluir o processo.

“Estamos focados em dar uma melhor experiência ao cliente”, sumarizou Paulo Macedo.

O digital “vai afetar todos os clientes”

Paulo Macedo mostrou não estar esquecido dos “clientes mais idosos” do banco público, mas foi perentório: a velocidade da transformação digital faz com que ela vá “afetar todos os clientes”, mais tarde ou mais cedo. “A questão da velocidade é fator crítico de sucesso. É nós percebermos que temos de acompanhar esta velocidade, surfá-la”, atirou.

Ao mesmo tempo, e mais à frente na intervenção, o gestor da CGD defendeu: “Nós hoje, achar que podemos servir todos os clientes da mesma maneira é irrealista.” E concluiu: “A nossa preocupação é termos múltiplos processos na área do digital”, disse, reiterando que, enquanto líder do banco público, se obriga a ser “um insider de todo este processo”.

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BCE dá luz verde à fusão de bancos na Europa

  • Lusa
  • 27 Setembro 2017

"São necessários bancos corajosos que queiram conquistar novos territórios", avança o BCE. Em causa poderá estar a queda ou a fusão dos bancos mais fracos.

A presidente do conselho de supervisão do BCE, Danièle Nouy, defendeu hoje as fusões de bancos, a nível “nacional ou melhor além-fronteiras”, para reduzir o número de instituições de crédito que operam na Europa.

Na opinião de Nouy, o setor bancário europeu tem de ter um tamanho “adequado” para a economia e face à situação atual e à forte concorrência “nem toda a gente pode ganhar”.

Nouy – que falava em Madrid num encontro sobre o setor financeiro organizado pelo jornal espanhol Expansión – acredita que alguns bancos têm de sair do mercado, seja por deixarem de existir ou através de fusões com outros bancos, sejam dos seus próprios países ou de outros Estados, o que daria lugar a fusões além-fronteiras.

“São necessários bancos corajosos que queiram conquistar novos territórios”, afirmou a responsável do BCE, sublinhando que a consolidação das entidades deve ser deixada “às forças de mercado” sem qualquer intervenção dos supervisores.

Contudo, Nouy reconheceu que os supervisores podem ajudar a criar as condições de mercado, por exemplo, contribuindo para reduzir a incerteza sobre a qualidade dos ativos bancários.

A principal ideia exposta pela presidente do conselho de supervisão do BCE é a de que pode haver problemas em “muitos bancos” se houver algumas entidades débeis, porque a grande concorrência leva a que os benefícios do setor sejam mais baixos e aumente as dificuldades para gerar capital.

Em última instância, a existência de “entidades débeis” podem acabar por minar a estabilidade do sistema financeiro no seu conjunto e da economia, se se mantiverem os níveis de endividamento muito altos pela dependência do crédito, que chega a converter-se numa “droga”, e superarem o Produto Interno Bruto (PIB).

A defesa das fusões entre bancos pela responsável do BCE surge depois de vários anos de consolidação do setor, que fizeram com que o número de entidades se tenha reduzido significativamente.

Mesmo assim, os ativos totais do setor bancário na Europa em 2012 equivaliam a 314% do PIB da região e agora representam 280% do PIB, ainda muito acima da percentagem de 88% do PIB nos Estados Unidos.

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Balsemão vai ser conselheiro externo do presidente da Assembleia-Geral da ONU

  • Lusa
  • 27 Setembro 2017

Balsemão será o único português na lista de conselheiros externos do novo presidente da Assembleia-Geral da ONU, Miroslav Lajcák.

O antigo primeiro-ministro Francisco Pinto Balsemão vai ser um dos conselheiros externos do novo presidente da Assembleia-Geral (AG) da Organização das Nações Unidas (ONU), Miroslav Lajcák.

Segundo o comunicado enviado às redações, Balsemão “será o único português na lista de conselheiros externos do novo presidente da AG da ONU”.

A lista dos quinze Conselheiros Externos de Lajcák foi anunciada em Nova Iorque.

Além de Francisco Pinto Balsemão, farão também parte personalidades como José Ramos-Horta, antigo presidente de Timor-Leste, Carl Bildt, antigo primeiro-ministro da Suécia, António Patriota, antigo ministro das Relações Externas do Brasil, ou Irina Bokova, diretora-geral da UNESCO.

O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros de Singapura Kishore Mahbubani, a ministra das Relações Exteriores da Argentina, Susana Malcorra, e o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros da Indonésia Marty Natalegawa são outras das personalidades que integram a lista.

A primeira reunião dos conselheiros externos do presidente da AG da ONU está agendada para 6 de outubro, em Nova Iorque.

O mandato de Miroslav Lajcák começou em setembro e tem a duração de um ano.

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Grupo que detém Correio da Manhã obtém licença para operar plataforma de jogos e apostas online

  • Lusa
  • 27 Setembro 2017

Comunicado da Cofina foi divulgado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.A licença é válida pelo prazo inicial de três anos.

O grupo Cofina anunciou esta quarta-feira ter obtido da Comissão de Jogos do Turismo de Portugal licença para exploração por três anos de jogos de fortuna ou azar na plataforma na Internet www.nossaaposta.pt.

Detida em 40% pela Cofina Media, que por sua vez é integralmente detida pela Cofina SGPS, a sociedade ‘A Nossa Aposta – Jogos e Apostas Online’ é apresentada como “uma plataforma que assenta na inovação, entretenimento e responsabilidade social”, num comunicado da Cofina hoje divulgado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A licença – cuja atribuição foi deliberada pela Comissão de Jogos do Turismo de Portugal em reunião realizada na passada sexta-feira – “é válida pelo prazo inicial de três anos, contado a partir da data da sua emissão, caducando em 21 de setembro de 2020, caso não seja prorrogado, nos termos e condições previstos no Regime Jurídico dos Jogos e Apostas Online (RJO)”, lê-se no comunicado.

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Médicos formalizam greve a partir de 11 de outubro

  • Lusa
  • 27 Setembro 2017

FNAM formalizou a greve anunciada para ter início no dia 11 de outubro na região norte. Esta é a primeira de uma série de greves rotativas em três regiões.

A Federação Nacional de Médicos (FNAM) formalizou esta quarta-feira a greve anunciada para ter início no dia 11 de outubro na região norte, em protesto por menos horas de trabalho extraordinárias e outras reivindicações.

Numa nota enviada à Lusa, a FNAM divulgou hoje o pré-aviso de greve na região norte, a primeira de uma série de greves rotativas em três regiões e que culminará numa paralisação total em 8 de novembro, abrangendo hospitais, centros de saúde, todos os serviços de saúde do Estado e privados.

De uma lista com 25 reivindicações, destaca-se a diminuição do trabalho suplementar nas urgências de 200 para 150 horas anuais, turnos de urgência de 12 horas, em vez de 18, e listas de doentes mais pequenas, descendo dos atuais 1900 para 1550.

As greves regionais começam em 11 de outubro na região norte, seguindo-se a região centro em 18 de outubro e a região sul em 25 de outubro, antes da paralisação nacional a 8 de novembro.

Os sindicatos médicos têm estado em negociações com o Ministério da Saúde em várias matérias, avisando várias vezes que, se a postura do Governo se mantivesse, avançariam para uma nova greve nacional depois das eleições autárquicas, a segunda este ano, após a paralisação de maio.

Os serviços mínimos serão equivalentes aos que funcionam aos domingos e feriados e estão garantidos serviços como quimioterapia, diálise ou cuidados paliativos, segundo

O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, afirmou na terça-feira à Lusa que acredita num entendimento entre os médicos e o Ministério da Saúde, apelando ao ministro para que “chegue a um entendimento” com os sindicatos.

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Portugal ganha competitividade. Opinião das empresas piora

A competitividade da economia portuguesa melhorou face aos restantes países, ultrapassando até Itália. No entanto, a opinião dos empresários portugueses inquiridos piorou significativamente.

Os principais fatores problemáticos apontados pelos empresários portugueses no Ranking de Competitividade 2017 do Fórum Económico Mundial pioraram ainda mais em 2017. Porém, no panorama geral, Portugal conseguiu melhorar a sua posição relativa: a economia portuguesa avançou quatro posições, ultrapassando inclusive Itália e alargando a vantagem perante a Grécia. Ainda assim, fica mal na fotografia face à maior parte das economias europeias.

A falta de eficiência da burocracia do Estado, os impostos — apesar de a carga fiscal ter diminuído –, a “restritiva” legislação laboral e o acesso ao financiamento foram os quatro problemas que pioraram, face ao ano passado, na análise dos 140 empresários portugueses inquiridos. A opinião interna, no global, piorou face ao ano passado mas há duas áreas onde os executivos notam progresso: a legislação fiscal e a instabilidade de políticas públicas.

O resultado dos inquéritos aos empresários pesam 75% da ponderação para o índice de competitividade global cujo relatório do Fórum Económico Mundial foi apresentado esta quarta-feira. Ainda assim, Portugal conseguiu a proeza de não ser ultrapassado por nenhum país, tendo inclusive superado a Itália neste ranking de 137 países. Entre as principais melhorias face a 2016 registaram-se na estabilidade macroeconómica (inclui PIB, défice, dívida, poupança — subiu 15 lugares), na eficiência do mercado de trabalho, a saúde, a educação e as infraestruturas. Estes são os indicadores estatísticos que pesam os restantes 25% na ponderação.

Contudo, a comparação europeia continuar a deixar Portugal com má imagem. Ainda que tenha ultrapassado a economia italiana, a economia portuguesa continua a ser menos competitiva do que a espanhola, irlandesa, francesa e a alemã. Apesar de comparar ombro a ombro em áreas como as infraestruturas, saúde, educação, eficiência do mercado de bens, inovação e maturidade tecnológica, ainda há fatores a penalizar significativamente a competitividade do pais: o elevado rácio de dívida pública, a fraca solidez da banca nacional e a falta de flexibilidade do mercado de trabalho.

Além disso, a dimensão do mercado português piorou a sua posição face aos restantes países. O mesmo aconteceu com o crédito bancário, a inovação, a entrada na educação primária e a eficiência nas disputas legais. Por outro lado, Portugal conseguiu melhorar significativamente, em comparação como os outros países, na regulação dos mercados, na qualidade das escolas de gestão, no Orçamento do Estado (subiu 41 lugares), na despesa do Estado, na formação especializada e na remuneração e produtividade.

Caldeira Cabral compreende preocupações dos empresários

Questionado pelo ECO sobre o resultado do inquérito aos empresários, o ministro da Economia admitiu que ainda existem problemas por resolver, nomeadamente a burocracia. “O que esperamos é que os empresários também contribuam com sugestões porque o programa Simplex do ano passado e deste ano beneficiaram muitíssimo dos contribuintes e das sugestões dos empresários“, apontou Caldeira Cabral, assinalando que, na sua opinião, a avaliação da competitividade pelos empresários portugueses “melhorou muito”.

“Portugal atinge um melhor score, o melhor resultado desde 2007, depois de em muitos anos ter piorado, melhora quatro posições no ranking”, argumentou o ministro da Economia. Ainda assim, há trabalho a fazer, nomeadamente ao nível do financiamento das empresas: “o financiamento, onde de facto as empresas portuguesas ainda reconhecem ter problemas, é uma área em que há uma enorme melhoria este ano”. Além disso, a aposta do Governo passa pela internacionalização, a inovação e a economia digital.

Quem é o mais competitivo?

Os países que dominam continuaram praticamente inalterados durante os últimos anos. A Suíça, por exemplo, tem vindo a dominar o pódio dos países mais competitivos do mundo. Habitualmente, o segundo lugar tinha sido ocupado por Singapura, mas os Estados Unidos ultrapassaram este ano. Na Europa, a Holanda foi progressivamente melhorando a sua posição, tendo chegado ao quarto lugar em 2016, mantendo-o em 2017. A Alemanha completa o top cinco.

Hong Kong saltou da nona posição para a sexta posição de 2016 para 2017. Seguem-se a Suécia, o Reino Unido, o Japão e a Finlândia. Espanha, com quem Portugal é comparado frequentemente, ficou em 34º lugar, tendo descido duas posições. À frente de Portugal estão países como Israel, os Árabes Unidos, a Áustria, a Malásia, o Qatar, a Estónia, a Arábia Saudita, a República Checa, a Tailândia, o Chile, o Azerbaijão, a Indonésia, Malta, Rússia e a Lituânia.

Este estudo é elaborado, a nível nacional, em parceria entre o Fórum de Administradores e Gestores de Empresas e pela Associação para o Desenvolvimento da Engenharia e a AESE Business School. A metodologia do Fórum obriga que a amostra seja diversificada, seja ao nível da dimensão das empresas, dos setores e da dispersão geográfica. Ao todo são ponderados 118 critérios. O inquérito português reuniu 140 participações, menos do que as 220 de 2016, mas o rácio entre a população e os inquiridos continua a ser superior à maior parte dos países. A ponderação final é uma média móvel de dois anos.

(Atualizado às 14h40 com declarações do ministro da Economia)

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Esperança média de vida aumentou para 80,62 anos. Mulheres vivem mais tempo

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 27 Setembro 2017

Os homens podem esperar viver até aos 77,62 anos e as mulheres até aos 83,33 anos. É no Norte que se registam os valores mais elevados para o total da população.

Os portugueses vivem cada vez mais tempo. A esperança média de vida aumentou para 77,61 anos no caso dos homens e para 83,33 anos no caso das mulheres no triénio 2014-2016.

Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) publicados esta quarta-feira revelam ainda que em causa está um ganho de 1,44 anos para os homens e de 1,14 anos para as mulheres face aos valores estimados para 2008-2010.

“À nascença, a esperança de vida continua a ser superior para as mulheres; mas a diferença para os homens tem vindo a diminuir, sendo agora de 5,72 anos (face a 6,02 em 2008-2010)”, indica o destaque do INE relativo às tábuas de mortalidade.

Para o total da população, a esperança de vida à nascença foi estimada em 80,62 anos. É na região Norte que se verificam os valores mais altos tanto para o total da população (80,99 anos) como para os homens. No caso das mulheres, o valor mais elevado regista-se no Centro (83,66 anos).

A maior diferença entre homens e mulheres verifica-se nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores, “onde as mulheres podem esperar viver em média, respetivamente, mais 7,45 anos e mais 7,03 anos do que os homens”, indica o INE.

A esperança de vida aos 65 anos aumentou para 19,31 anos para o total da população no triénio em análise. É com este dado que o Governo tem vindo a calcular o fator de sustentabilidade a aplicar às novas pensões antecipadas — o valor para 2017 foi conhecido no final de 2016, quando o INE publicou os dados provisórios. Porém, o Executivo já anunciou a intenção de acabar com o fator de sustentabilidade, começando pelos trabalhadores com carreiras contributivas muito longas.

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Bruxelas multa Scania em quase 900 milhões de euros

  • ECO e Lusa
  • 27 Setembro 2017

A União Europeia mostrou mão pesada junto do fabricante de camiões sueca. Trata-se da segunda maior multa de sempre num caso relacionado com violação de regras de concorrência.

A União Europeia multou a Scania num total de 880,5 milhões de euros por desrespeito de regras de concorrência. Trata-se da segunda maior multa do género, depois da de mil milhões de euros à Dailmer no ano passado. Em causa está a prática de cartel com outros cinco: MAN, DAF, Daimler, Iveco e Volvo/Renault. A Scania recusou-se a chegar a um acordo com a Comissão Europeia.

Margrethe Vestager, comissária europeia para questões de concorrência, afirma em comunicado que “este cartel afetou substancialmente vários fabricantes europeus, uma vez que a Scania e outros construtores de camiões no grupo produziram mais de 90% dos veículos pesados vendidos na Europa”. Além disso, a fabricante sueca fez recair sobre os seus clientes os custos necessários para as suas atualizações tecnológicas, nomeadamente no que toca a emissões de gases.

De acordo com a Bloomberg, a empresa sueca já teria guardado um montante de 3,8 mil milhões de coroas suecas (398 milhões de euros) para cobrir possíveis acusações de antitrust, após a cobrança de três mil milhões de euros por Bruxelas a um conjunto de fabricantes (Daimler, Volvo/Renault e Iveco e DAF) por terem constituído um cartel entre si, combinando os preços praticados no mercado durante mais de 14 anos.

 

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Dólar ganha terreno junto dos investidores. Euro reforça queda

  • ECO
  • 27 Setembro 2017

O euro está a perder atratividade nos mercados. Nos EUA, o dólar ganha terreno rumo à valorização, com as recentes medidas fiscais de Trump e a possível subida das taxas de juro anunciadas por Yellen.

O euro continua a cair, acentuando a tendência registada desde o início desta semana. A moeda europeia segue a desvalorizar 0,44% para os 1,1742 dólares. A empurrar a divisa ainda mais para baixo estão as recentes declarações de Janet Yellen sobre as taxas de juro norte-americanas, mas também a política fiscal do presidente Donald Trump.

Os eventos recentes fazem subir as expetativas de valorização do dólar, tornando a moeda mais atrativa para os investidores, em detrimento do euro. Janet Yellen, líder da Reserva Federal dos EUA, anunciou uma possível subida das taxas de juro no final deste ano. Para Yellen seria imprudente deixar as taxas intactas até a economia norte-americana atingir uma inflação de 2%.

A contribuir para esta evolução do euro no mercado cambial está também Donald Trump, que anunciará uma reforma fiscal que passa por aliviar a carga de impostos junto das empresas e dos contribuintes com maiores rendimentos. Segundo a Axios, o IRC poderá cair 35% para 20%, e os impostos mais altos terão um corte dos atuais 39,6% para os 35%. Já o os contribuintes com menores rendimentos passarão por um aumento dos 10% para os 12% de impostos.

Os planos de Trump poderão assim levar a Fed a aumentar ainda mais as taxas de juro, tornando mais apetecível o investimento na moeda norte-americana face à europeia. Simultaneamente, o Banco Central Europeu mantém a taxa de juro de referência para a Zona Euro em mínimos históricos de 0%, retirando o poder atrativo do euro.

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Ministra admite uso da blockchain na votação do orçamento participativo em Portugal

Maria Manuel Leitão Marques deixou em aberto a hipótese de a blockchain vir a ser usada para permitir votar online, com integridade, no Orçamento Participativo Portugal. Chatbots também estão na mira.

A ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, colocou em cima da mesa a hipótese de a blockchain vir a ser usada em Portugal para registar votos online na votação do Orçamento Participativo Portugal. A blockchain é o livro de registo digital, inviolável, que está na base do funcionamento da moeda digital bitcoin.

Maria Manuel Leitão Marques falava na sessão de abertura do 27º Digital Business Congress da APDC quando levantou três questões acerca da aplicação de novas tecnologias, inovadoras, na administração pública portuguesa. A primeira foi: “Será possível utilizar tecnologia blockchain para registar votos online no OPP e garantir a integridade dos resultados finais?”

A blockchain permitiria maior segurança na votação eletrónica ou online, sendo que a blockchain é uma tecnologia conhecida por permitir, pelo menos em teoria, o anonimato de quem executa a operação e a integridade de toda a cadeia.

O slide em que Maria Manuel Leitão Marques levantou três hipóteses tecnológicas para o setor público, incluindo o uso da blockchain na votação do Orçamento Participativo Portugal

“Será possível garantir ao cidadão o controlo sobre os seus dados, autorizando os serviços públicos ou privados a aceder apenas à informação necessária para a realização de um determinado serviço? Será que a blockchain vai finalmente tornar viável, com muito mais ambição e rapidez, concretizar o princípio once-only?“, acrescentou a ministra.

Outra das questões, ao nível tecnológica, foi: “Será possível substituir alguns serviços de atendimento online por chatbots [algoritmos informáticos capazes de manter uma conversa com um humano e de executar operações]?” A terceira questão foi: “Será possível prever o grau de risco de desemprego de longa duração por cada novo instituto no IEFP?”

A ministra da Presidência e da Modernização Administrativa reconheceu, porém, que é preciso experimentar tudo primeiro e só depois escalar estas inovações. Além do mais, não é possível adotá-las “todas de uma vez na Administração Pública” nem é possível fazê-lo “simplesmente por terem o brilho da novidade”.

Por fim, a ministra alertou que existem riscos ligados à cibersegurança, que 26% dos portugueses ainda não utiliza a internet e que “não há uma solução fácil” para resolver este problema. Ainda assim, reiterou o compromisso de empenhar esforços para “melhorar estes indicadores em estrita colaboração com a administração local”. “Por cada cidadão digitalizado, todos ficamos a ganhar”, concluiu.

Nota de correção: Numa versão anterior deste artigo, era indicado que a ministra Maria Manuel Leitão Marques teria deixado em aberto o uso da blockchain nas eleições em Portugal. No entanto, a governante referia-se, sim, ao uso desta tecnologia na votação do Orçamento Participativo Portugal.

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Autoridade Tributária apreende mais de 700 mil cigarros em bagagem de porão

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 27 Setembro 2017

Em causa está uma dívida potencial de 125 mil euros a título de direitos aduaneiros, IVA e imposto sobre o tabaco, refere o Ministério das Finanças.

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) apreendeu 706.320 cigarros transportados em 50 bagagens de porão. Em causa está uma dívida potencial de 125 mil euros a título de direitos aduaneiros, IVA e imposto sobre o tabaco, refere um comunicado do Ministério das Finanças. Os cigarros, de várias marcas, eram transportados em voo proveniente de Luanda.

“No âmbito da defesa da fronteira externa, a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), através da Alfândega do Aeroporto de Lisboa, procedeu à apreensão de 706.320 cigarros de várias marcas (Camel, Kingsport, Marlboro e Rothmans) transportados em 50 bagagens de porão, por viajantes de ambos os sexos, em voo procedente de Luanda”, avança o comunicado enviado às redações.

O tabaco será agora “objeto de inutilização conforme imposição legal”, adianta ainda. De acordo com o Ministério das Finanças, a apreensão do tabaco “só foi possível com a colaboração da equipa da PSP que assegurou a manutenção da ordem pública, e da GNR”.

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APDC: “Haverá uma destruição maciça de postos de trabalho”

Rogério Carapuça, presidente da APDC, alertou que a transformação digital está mais rápida e que "haverá uma destruição maciça" de empregos e criação de outros altamente qualificados noutras áreas.

O presidente da APDC, Rogério Carapuça, alertou esta quarta-feira que a transformação digital está a acelerar de forma “exponencial” e que “haverá uma destruição maciça de postos de trabalho”, enquanto serão criados novos empregos altamente qualificados “em áreas completamente distintas”.

“Haverá uma destruição maciça de postos de trabalho. É bom que tenhamos noção disso. Mas haverá criação de novos postos de trabalho em áreas completamente distintas. Empregos altamente qualificados”, defendeu o presidente da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), que organiza esta quarta e quinta-feira um congresso dedicado ao mundo digital.

“É urgente transitar para o digital e é preciso continuar a estudar”, referiu Rogério Carapuça. “Com os dados que todos os dias são gerados, com os novos modelos de computação, com a inteligência artificial e com a robotização, agora sim, a transformação digital começa a ser exponencial. Agora sim, tudo é possível. A transformação digital é uma revolução como outras que existiram na humanidade. Está mais rápida, mais caótica. Não é mais uma revolução. É a revolução instantânea”, declarou.

Haverá uma destruição maciça de postos de trabalho. É bom que tenhamos noção disso.

Rogério Carapuça

Presidente da APDC

Pondo as coisas em perspetiva, o presidente da APDC recordou que, hoje, a economia portuguesa vale 1/4 da Apple, a fabricante do iPhone, enquanto a espanhola vale apenas uma Apple. Já os Estados Unidos, a maior economia do mundo, vale “apenas” 25 vezes a marca da maçã.

Por fim, Rogério Carapuça apontou que os portugueses precisam de obter mais competências digitais e que estas “devem começar” a ser lecionadas “nas escolas primárias”, porque “mesmo para aqueles que não vão trabalhar no setor, as competências digitais serão sempre necessárias”, salientou. Deixou ainda o alerta de que é necessário “promover a inclusão de todos os cidadãos” neste universo digital, pois “a liberdade, hoje, significa saber o suficiente para se poder escolher”, concluiu.

O 27º Digital Business Congress da APDC reúne no CCB os responsáveis por empresas que valem quase 10% de toda a riqueza gerada no país durante um ano. Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, deveria ter estado presente nesta sessão, mas a visita oficial a Angola não permitiu que chegasse a tempo do congresso.

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