Temer escapa a saída para já. Nova votação a 2 de agosto

  • Lusa e ECO
  • 14 Julho 2017

Temer vence a primeira batalha contra a denúncia de corrupção que pode levar à sua saída do cargo de presidente do Brasil. A 2 de agosto há nova votação.

O Presidente Michel Temer venceu esta quinta-feira a votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da câmara baixa do Brasil, sobre a aceitação ou não de uma denúncia de corrupção passiva que pode afastá-lo do cargo. Os 66 deputados da CCJ decidiram, com 40 votos contra o prosseguir com a denúncia, 25 votos favoráveis e uma abstenção, para não autorizar que o Supremo Tribunal Federal (STF) abra um processo contra o chefe de Estado brasileiro.

O resultado foi contra o relatório apresentado pelo deputado Sérgio Zveiter, relator do caso nesta comissão parlamentar, que havia recomendado a abertura do processo contra Michel Temer. A imprensa brasileira avançou que houve manobras no processo de votação que retiraram pelo menos sete votos que seriam a favor do relatório. No final do mês passado houve uma mudança da composição da comissão com 14 nomes a serem substituídos. Uma das deputadas que mudou votou a favor.

Agora, um novo relator com uma posição favorável à recusa da denúncia será escolhido e haverá uma segunda votação. A decisão da CCJ não é terminativa, ou seja, ainda precisa de ser referendada por pelo menos um terço dos 513 deputados, numa nova votação que acontecerá no plenário da câmara baixa.

A situação de Michel Temer complicou-se no final de junho, quando o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, apresentou formalmente uma denúncia contra o Presidente, baseando-se em investigações iniciadas a partir de uma colaboração judicial firmada com a empresa JBS. Neste acordo, executivos de alto escalão da JBS confessaram uma série de crimes e declararam à Justiça que subornaram o Presidente brasileiro em troca de favores junto de órgãos governamentais.

Michel Temer também foi gravado numa conversa comprometedora por um dos donos da JBS, o empresário Joesley Batista, na qual alegadamente autorizava o pagamento de subornos para silenciar o ex-deputado Eduardo Cunha, político que foi condenado por participação em crimes de corrupção cometidos petrolífera estatal Petrobras.

Se for processado, Michel Temer é afastado do cargo por até 180 dias e o presidente da câmara baixa, Rodrigo Maia, assume o comando do Brasil interinamente. Entretanto, o chefe de Estado deverá ser julgado pelos onze juízes do STF e caso seja declarado inocente, Michel Temer reassume a Presidência do Brasil. Na hipótese de condenação, a Constituição do Brasil determina que o novo Presidente será escolhido numa votação fechada que será decidida pelos membros do Congresso.

O Presidente da câmara baixa do Brasil, Rodrigo Maia, disse na quinta-feira que a votação final em plenário sobre a admissibilidade ou não da denúncia de corrupção contra o Presidente Michel Temer será no dia 02 de agosto. “Houve um acordo sobre a data do dia 02 de agosto às 09:00, tanto da base [do Governo] quanto da oposição”, disse Rodrigo Maia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Impresa dispara 15% à boleia da OPA da Altice à Media Capital

A compra da estação de Queluz de Baixo aumenta a especulação sobre novas mexidas nos media nacionais. As ações da dona da SIC são as que mais beneficiam. Sobem quase 15%.

A compra da Media Capital, dona da TVI, pela Altice está a ter um forte impacto positivo sobre a Impresa. As ações da dona da SIC aceleram quase 15% em bolsa, naquele que é o melhor registo na praça lisboeta, mas também do setor europeu.

As ações da empresa liderada por Francisco Pedro Balsemão seguem a valorizar 14,1%, para os 42,9 cêntimos, com o volume de títulos negociados apenas nas primeiras horas a superar largamente a média diária verificada ao longo das últimas sessões, quando já se dava como perto de ser concluída a compra da Media Capital pela Altice.

Nas primeiras três horas da sessão desta sexta-feira foram negociados mais de 2,2 milhões de títulos da Impresa. Este valor compara com os 558 mil títulos transacionados diariamente, em média, ao longo do últimos seis meses.

Mas desde que a 26 de junho foi confirmado oficialmente o interesse da Altice na compra da dona da Media Capital, que já era notória uma maior agitação em torno da negociação dos títulos da Impresa, com o volume das transações a aproximar-se da fasquia dos dois milhões diários.

Impresa brilha em Lisboa… e na Europa

O foco das atenções dos investidores na Impresa resulta da expectativa de que, no seguimento da compra da TVI pela Meo, que anunciou o lançamento de uma oferta de compra sobre a Media Capital, possa surgir uma investida semelhante por parte da Nos, relativamente à empresa dona da SIC.

Esta expectativa está a puxar pela Impresa, levando-a a brilhar em Lisboa mas também na Europa. A valorização das ações da empresa liderada por Francisco Pedro Balsemão compara com uma subida de 2,41% registada pelas ações da Trinity Mirror, ou de 1,74%, protagonizada pelos títulos da Television Française (TF1).

Os ganhos registados em bolsa pela Impresa na sessão desta sexta-feira, permitem estender para mais de 125% a subida acumulada desde o início do ano, com a respetiva capitalização bolsista a elevar-se para mais de 71 milhões de euros. A Cofina, por seu lado, soma 1,48% para 41,1 cêntimos, elevando para 58% o ganho em 2017. Já esteve a valorizar mais de 5%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CMVM: Banco Best falhou na prestação de informação sobre produtos da PT/Oi

  • Lusa
  • 14 Julho 2017

O regulador do mercado considera que o banco Best não cumpriu na totalidade os deveres de intermediário financeiro na venda de produtos financeiros estruturados da PT/Oi.

A CMVM considera que o banco Best não cumpriu na totalidade os deveres de intermediário financeiro na venda de produtos financeiros estruturados da PT/Oi, numa carta enviada aos clientes que se consideram lesados, a que a Lusa teve acesso.

“No âmbito da Reclamação apresentada por V. Exa. junto desta Comissão contra o Best (…), a CMVM tem a informar que procedeu à análise da situação exposta por V. Exa., não tendo ficado demonstrado que o BEST tenha cumprido com todos os deveres de informação pós-contratual a que estava obrigado“, lê-se na informação enviada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários aos clientes que apresentaram reclamações.

"No âmbito da Reclamação apresentada por V. Exa. junto desta Comissão contra o Best (…), a CMVM tem a informar que procedeu à análise da situação exposta por V. Exa., não tendo ficado demonstrado que o BEST tenha cumprido com todos os deveres de informação pós-contratual a que estava obrigado.”

CMVM

O regulador dos mercados financeiros disse ainda que contactou o BEST para que este avaliasse a pretensão dos clientes de haver um processo de negociação para eventual compensação das perdas, mas diz que este não alterou a sua posição inicial de recusa. Assim, diz a CMVM que “esgotou os meios ao seu dispor no sentido de persuadir o intermediário financeiro face à situação em causa”.

A instituição liderada por Gabriela Dias acrescenta, contudo, que continuará a investigar para saber se houve práticas que justifiquem a contraordenação do BEST na venda destes produtos ligados a dívida da PT e na informação que deveria ter prestado aos clientes após a venda, referindo que essa “se encontra em segredo de justiça até [eventual] decisão condenatória”, tal como exige a lei.

A Lusa contactou o presidente da ALOPE – Associação de Lesados da PT/Oi, Francisco Mateus, que explicou que esta posição da CMVM diz respeito aos produtos CLN-Credit Link Notes PT, comercializados por vários bancos. O responsável pela associação, que agrega cerca de 170 clientes que se sentem lesados, diz que esta posição do regulador é um “sinal” no sentido positivo, considerando que agora têm mais argumentos para chamar os bancos BEST, mas também Barclays e Deutsche Bank, que serviram como intermediários financeiros, “à barra dos tribunais” por incumprimento de deveres contratuais.

Estes clientes também querem processar outros envolvidos nestes produtos financeiros, como o Haitong Bank (ex-BES Investimento, que montou estes produtos, ao transformar obrigações da antiga Portugal Telecom em produtos estruturados complexos), os ex-administradores da PT, Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, e até administradores da Oi.

Os produtos financeiros em causa são produtos estruturados complexos relacionados com dívida da antiga Portugal Telecom e que viriam a estar subjacentes à operadora brasileira Oi com a fusão entre as duas empresas.

No ano passado, com a insolvência da Oi (que está agora em tentativa de recuperação,), estes produtos sofreram perdas consideráveis, na ordem dos 80% do montante investido, pelo que os clientes pediram negociação com os bancos que venderam esses produtos para encontrarem formas de serem compensados (caso do Best e do Deutsche Bank) e estão mesmo a avançar para tribunal. A ALOPE estimava, em maio, que o montante das perdas entre os seus associados é de “50 a 100 milhões de euros”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hotelaria fatura mil milhões até maio. Hóspedes crescem a dois dígitos

Entre janeiro e maio, os estabelecimentos hoteleiros nacionais receberam 7,3 milhões de hóspedes, que responderam por mais de 19 milhões de dormidas.

Os estabelecimentos turísticos nacionais ultrapassaram os mil milhões de euros em proveitos no conjunto dos cinco primeiros meses do ano. Entre janeiro e maio, o número de hóspedes e de dormidas continuou a crescer acima de 10%.

Ao todo, segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a hotelaria nacional recebeu, no conjunto de janeiro a maio, 7,3 milhões de hóspedes, que responderam por 19,3 milhões de dormidas, valores que correspondem a aumentos de 10,4% em ambos os casos. A taxa de ocupação subiu assim em 3,6 pontos percentuais, para 43,6%, enquanto o rendimento médio por quarto disponível disparou quase 20% neste período, fixando-se em 36,9 euros.

Considerando apenas o mês de maio, a hotelaria alojou perto de 2 milhões de hóspedes e contabilizaram-se 5,4 milhões de dormidas, números que correspondem a aumentos de 7,9% e 7,2%, respetivamente. Há uma desaceleração expressiva face aos crescimentos registados em abril, o que se explica com o efeito Páscoa, que este ano decorreu em abril e no ano passado tinha sido em março.

Feitas as contas, a hotelaria alcançou proveitos totais de 1.037 milhões de euros entre janeiro e maio deste ano, mais 19,4% do que em igual período do ano passado.

Visita do Papa dá impulso ao Centro

A região Centro foi a que registou o maior crescimento do número de dormidas em Portugal Continental. Com a visita do Papa Francisco a Fátima, em maio, a região aumentou o número de dormidas em 15,3%, contabilizando 1,8 milhões de dormidas entre janeiro e maio.

Segue-se a região de Lisboa, onde o número de dormidas aumentou perto de 13%, para um total de 5,2 milhões no conjunto dos cinco primeiros meses do ano.

Notícia atualizada pela última vez às 11h24.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Casalinho: Há investidores que já estão à espera da subida do rating

Presidente do IGCP considera que resultado do leilão a 28 anos é encorajador. E adianta que já há investidores no mercado português de dívida a anteciparem um melhoria do rating de Portugal.

Cristina Casalinho, presidente do IGCP, adiantou esta sexta-feira no Parlamento que há cada vez mais investidores confortáveis com a dívida pública e que já estão a antecipar a uma melhoria do rating de Portugal. E considerou que os resultados do leilão de muito longo prazo são “encorajadores”.

“Há investidores a posicionarem Portugal num intervalo temporal aceitável no universo do grau de investimento”, declarou Casalinho na audição anual na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa.

As três principais agências de rating mundiais — Fitch, Moody’s, Standard & Poor’s — colocam a dívida portuguesa com um rating considerado de “investimento especulativo. Na sua última avaliação, a Fitch melhorou o outlook para positivo, deixando a porta aberta a uma melhoria da notação para um grau de investimento, fora da categoria lixo. Mas Casalinho recusa antecipar qualquer melhoria do rating.

“Se o mundo fosse perfeito, a Fitch alterou o outlook para positivo e daqui a seis meses faria a melhoria do rating. Nós vimos que, no caso da Fitch manteve Portugal com um outlook positivo durante dois anos e depois retrocedeu”, recordou a líder da agência de gere a dívida pública.

Confrontada pelos deputados acerca dos desafios na gestão da dívida, Casalinho assumiu que 2021 é o ano mais exigente em termos de reembolsos, mas adiantou que o IGCP está a fazer o seu “trabalho de formiguinha” no sentido de mitigar os efeitos daquela que é a “maior vulnerabilidade” do perfil de reembolsos. “Achamos que ainda é gerível. Temos de fazer os reembolsos ao FMI que vão retirar 2.000 milhões ao bolo de reembolsos em 2021. Este ano já fizemos recompras. Esperamos continuar a fazer este ano, embora privilegiando o FMI. É um trabalho de formiguinha a fazer ano a ano”, precisou a responsável.

Destacou ainda o resultado do leilão da 28 anos realizado esta semana. O IGCP foi ao mercado levantar 315 milhões de euros em obrigações a 28 anos, tendo pago um juro abaixo de 4%. Para Casalinho, foi um resultado “bastante mais encorajador” comparando com o leilão semelhante realizado em 2016.

“Permite-nos acalentar condições de mercado, apesar da retirada dos estímulos, em que os investidores estão mais confortáveis com o crédito português”, disse Casalinho.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Compra da TVI pela Altice pode enfrentar “entraves políticos”

A Altice vai mesmo comprar a TVI. É um negócio de milhões de euros que pode enfrentar barreiras em termos de concorrência, mas também políticos. O BPI receia o ataque de António Costa a Drahi.

A Altice chegou a acordo para a compra da dona da TVI. A companhia de Patrick Drahi oferece 440 milhões de euros num negócio que, dizem os analistas, vai fazer mexer com o mercado de media, podendo obrigar os concorrente, a Nos e a Vodafone, a ripostarem. Mas para que seja concluída, é preciso que esta operação receba luz verde da concorrência. E, alerta o BPI, “poderá haver também entraves políticos à aquisição”.

"Depois dos comentários do primeiro-ministro, António Costa, relativamente à Altice, acreditamos que possam existir barreiras políticas para a conclusão deste negócio por parte da Altice.”

Pedro Oliveira

Analista do BPI

“Acreditamos que a aprovação por parte das autoridades portuguesas arrastar o processo, sendo que não afastamos a possibilidade de haver uma investigação aprofundada à operação que pode criar barreiras ao negócio”, refere o analista Pedro Oliveira, do BPI. “Qualquer investigação à operação deverá ser sempre limitada”, diz, por seu lado, o Haitong, notando que haverá sempre a obrigação de acesso de terceiros à TVI, da Media Capital.

Se em termos de concorrência podem existir barreiras, embora nada que os analistas considerem excecional, há o risco de surgirem entraves a nível político. “Depois dos comentários do primeiro-ministro, António Costa, relativamente à Altice, acreditamos que possam existir barreiras políticas para a conclusão deste negócio por parte da Altice”, nota o BPI.

“Partilho os receios sobre a evolução da PT [comprada pela Altice]. Porque receio bastante que a forma irresponsável como foi feita aquela privatização, possamos vir a ter um novo caso Cimpor e um novo desmembramento que ponha em causa não só os postos de trabalho como o futuro da empresa”, afirmou António Costa no debate do Estado da Nação. E até disse: “já fiz a minha escolha da companhia que utilizo”.

Se passar, os outros vão ter de se mexer

Se passar na avaliação da concorrência, mas também no campo político, a compra da Media Capital por parte da Altice vai ser “disruptiva” para o mercado, diz o BPI. “A Altice tentará encontrar vantagens competitivas em termos de conteúdos e forçará os concorrentes a mexerem-se”, salienta o analista Pedro Oliveira.

“Assumindo como valido o cenário em que a Altice adquire a Media Capital, somos da opinião que uma nova disputa entre os operadores por conteúdos possa intensificar-se”, refere Artur Amaro, analista do CaixaBI. É neste sentido que a Impresa tem brilhado em bolsa. A especulação em torno de uma oferta sobre a dona da SIC já mais do que duplicou o valor dos títulos em bolsa. A Cofina ganha 58% em 2017.

Nuno Matias, do Haitong, diz que tanto a Nos como a Vodafone “têm a possibilidade de replicar [o que a Altice consegue com a compra da Media Capital] através de parcerias com outras empresas de media”, notando que o investimento necessário será, ainda assim, “limitado”. O BPI teme que o esforço de investimento por parte, nomeadamente, da Nos tenha de ser reforçado, o que pode não ser bem visto pelos investidores.

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

TVI é a nova “aventura” da Altice. Rosa Cullell fica

A Altice apresentou esta sexta-feira o negócio da compra da dona da TVI aos espanhóis da Prisa, por 440 milhões de euros. Rosa Cullell, CEO da Media Capital, deverá continuar à frente da dona da TVI.

Michel Combes.

A Meo comprou a TVI. Ou melhor, a Altice comprou a Media Capital aos espanhóis da Prisa. É um negócio de 440 milhões de euros que promete fazer correr muita tinta ao longo dos próximos meses. Michel Combes (CEO do grupo Altice), Alain Weill (CEO da Altice Media) e Paulo Neves (chairman e CEO da PT Portugal) vão esta sexta-feira apresentar publicamente o negócio, numa conferência de imprensa num hotel em Lisboa. Acompanhe aqui em direto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pela primeira vez britânicos assumem fatura do Brexit

  • ECO
  • 14 Julho 2017

Até ao momento, os britânicos queriam sair da mesa da União Europeia sem pagar a conta. Contudo, um documento entregue no Parlamento reconhece pela primeira vez que o Reino Unido vai ter de pagar.

Inicialmente eram 58 mil milhões de euros. Pouco tempo depois a fatura aumentou para os 100 mil milhões de euros, mas na realidade ainda pode voltar a mudar. Tudo depende das negociações do Reino Unido com a União Europeia a vários níveis, seja o mercado interno, seja os programas europeus onde os britânicos estão envolvidos. No entanto, houve algo que mudou: o Governo britânico passou a reconhecer a obrigação desse pagamento à UE.

É uma mudança de discurso. Ainda esta terça-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Boris Johnson, dizia que a UE “bem pode esperar sentada” se cobrar demasiado. “As verbas que eu vi mencionadas, que eles propõem pedir a este país parecem-se extorsivas“, criticou. “Penso que ‘vão assobiar’ é uma expressão completamente apropriada”, disse ainda, mostrando nenhum compromisso com o pagamento da fatura de saída.

No entanto, um documento entregue ao Parlamento britânico esta quinta-feira mostra pela primeira vez e de forma explícita que o Reino unido terá obrigações financeira perante a UE depois do Brexit, conta o Financial Times (acesso pago). “O Governo britânico reconhece que o Reino Unido tem obrigações para com a UE e que a UE tem obrigações, que vamos sobreviver à retirada [da União Europeia] e que isso precisa de ser resolvido“, lê-se no comunicado enviado pelo Executivo de Theresa May.

O texto, enviado pela ministra para o Brexit, Joyce Anelay, foi imediatamente visto pelas instituições europeias como um importante desenvolvimento nas negociações. As palavras dos britânicos vão assim mais longe do que alguma tinham ido neste processo que se iniciou no começo do ano.

Algumas estimativas do montante que a UE pode pedir ao Reino Unido apontam para 100 mil milhões de euros. Este valor resulta de um pedido dos Estados-membros, tendo os negociadores da UE revisto os cálculos iniciais para maximizar as responsabilidades que a Grã-Bretanha deve cobrir, incluindo pagamentos agrícolas pós-Brexit e taxas de administração da UE em 2019 e 2020.

Mas o próprio presidente da Comissão Europeia tinha apontado que as contas de Bruxelas fixavam-se nos 58 mil milhões de euros. Esta fatura não deve ser vista como uma “multa”, advertiu na altura o líder da CE, referindo que não se pode fingir que o país nunca foi um Estado-membro. No entanto, há algo que Juncker tem a certeza: o Brexit é uma “tragédia” e um “falhanço”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

easyJet põe Portugal de lado. Cria subsidiária na Áustria

A nova empresa vai chamar-se easyJet Europe, terá sede em Viena e permitirá à companhia aérea britânica continuar a operar na União Europeia após o Brexit.

A easyJet escolheu a Áustria para criar a sua nova subsidiária, confirmou a companhia aérea, esta sexta-feira, em comunicado. A nova empresa vai chamar-se easyJet Europe, com sede em Viena, e vai permitir à lowcost britânica continuar a operar na União Europeia depois de o Reino Unido formalizar o Brexit.

“Após um processo rigoroso e aprofundado, a easyJet candidatou-se, este ano, à obtenção de um Certificado de Operação Aérea (COA) junto do Austro Control e de uma licença de operação aérea junto do Ministério Federal para os Transportes, Inovação e Tecnologia da Áustria”, anunciou a empresa.

Os aviões e os trabalhadores que farão a operação os voos da easyJet Europe já estão empregados e baseados nos 27 países da União Europeia, detalha ainda. A empresa acrescenta que a subsidiária vai criar postos de trabalho na Áustria, mas aqueles que já existem no Reino Unido vão manter-se no país. “Todos os trabalhadores da easyJet no Reino Unido vão continuar baseados em Luton e nas nossas 11 bases, como atualmente”.

Independentemente deste novo Certificado de Operação Aérea, a easyJet diz que vai continuar a lutar por um acordo entre o Reino Unido e a União Europeia para o setor da aviação, que “permita, no mínimo, a operação de voos entre o Reino Unido e a União Europeia”.

Portugal era outra das hipóteses para a criação da subsidiária, mas acabou por desistir por não aceitar as exigências da companhia aérea. Segundo noticiaram o Jornal de Negócios e o Dinheiro Vivo esta semana, a easyJet pretendia manter-se sob a supervisão do regulador da aviação do Reino Unido, o que implicaria que a Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), que regula a aviação em Portugal, abrisse uma exceção para esta companhia aérea. As autoridades portuguesas decidiram, assim, retirar-se da corrida.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Passos Coelho compara Costa a Trump na crítica sobre Altice

  • ECO
  • 14 Julho 2017

O ex-primeiro-ministro acusa o atual chefe do Governo de ter as mesmas práticas do presidente dos Estados Unidos, censurando as palavras de Costa sobre a Altice no debate do Estado da Nação.

Pedro Passos Coelho criticou António Costa pelas palavras que disse sobre a Altice no Parlamento, comparando a atitude com a de Donald Trump. Na quarta-feira, o atual primeiro-ministro fez várias acusações sobre a PT (detida pela Altice), chegando mesmo a dizer que já tinha feito a sua escolha de operadora de telecomunicações. Um comentário que o líder da oposição censurou. Esta sexta-feira a Altice anunciou a compra da Media Capital, a dona da TVI e Rádio Comercial, por 440 milhões de euros.

No debate do Estado da Nação, a esquerda confrontou o António Costa com a situação dos trabalhadores da PT. Em resposta, o primeiro-ministro alinhou nas críticas: “Receio bastante que a forma irresponsável como foi feita aquela privatização, possamos vir a ter um novo caso Cimpor e um novo desmembramento que ponha em causa não só os postos de trabalho como o futuro da empresa”, disse o chefe do Governo.

António Costa disse ainda esperar que a Anacom “olhe com atenção” para o que aconteceu em Pedrógão Grande com as diferentes operadoras. “Espero que a autoridade reguladora olhe com atenção para o que aconteceu só nestes incêndios de Pedrógão Grande com as diferentes operadoras, para compreender bem como houve algumas que conseguiram manter sempre as comunicações e como é que houve outra que esteve muito tempo sem conseguir manter comunicações nenhumas”, sublinhou. “Eu, cá por mim, já fiz a minha escolha da companhia que utilizo”, concluiu.

A reação a estas palavras chegou nesta quinta-feira à noite, na apresentação do polémico candidato do PSD/CDS a Loures, André Ventura, com Passos Coelho a fazer uma comparação entre Costa e Trump. “Lembro-me de aqui há uns meses do escândalo que foi quando o presidente dos Estados Unidos ter discriminado negativamente uma cadeia de empresas norte-americanas”, começou por dizer.

E a crítica chegou: “Não sei o que é que terá levado o dr. António Costa a, de certa maneira, fazer uma admoestação pública a uma empresa“, afirmou Passos Coelho, referindo que “nunca” tinha ouvido um primeiro-ministro “a atirar-se assim a uma empresa”. “Nem o engenheiro Sócrates teve coragem para fazer isto”, terminou, em declarações transmitidas pela SIC Notícias.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Revista de imprensa internacional

Alguns dos principais temas na imprensa internacional giram em torno do Brexit, do plano de saúde da administração de Donald Trump, da resolução do Popular e também da condenação de Lula da Silva.

Enquanto Donald Trump se encontra de visita a França neste 14 de julho, data em que se comemora o Dia da Bastilha, nos EUA fica-se a saber que os republicanos pretendem dar um passo atrás na redução de impostos aos mais ricos, como forma de fazer passar o seu plano de saúde. Do lado de cá do Atlântico, o Reino Unido reconheceu pela primeira vez que vai ter de pagar para sair da União Europeia. Conheça mais em destaque estes e outros temas abordados na imprensa internacional nesta sexta-feira.

Bloomberg

Reino Unido assume que vai pagar para sair da UE

O Brexit volta a fazer manchete em várias publicações, incluindo a Bloomberg, que salienta o facto de que o Reino Unido ter reconhecido pela primeira vez que o Governo vai ter de pagar à União Europeia para ter de sair do bloco. “Ficou claro para o Governo de que iremos trabalhar com a UE para determinar um acordo justo sobre os direitos e as obrigações do Reino Unido, como membro que está de saída”, diz a agência de notícias citando uma declaração escrita de Joyce Aneley, ministra responsável pelo Brexit, que foi enviada ao parlamento, e que fala especificamente numa “acordo financeiro”.

Leia a notícia completa aqui. (conteúdo em inglês / acesso gratuito)

Expansión

Como serão compensados os investidores do Popular

O jornal, à semelhança de outras publicações espanholas, dá destaque à compensação de 980 milhões de euros que o Santander irá distribuir pelos acionistas e obrigacionistas do popular, que foi alvo de uma resolução em junho deste ano. Num texto em destaque no site da publicação espanhola, é explicada a forma como os acionistas do Popular podem recuperar as perdas sofridas.

Leia a notícia completa aqui. (conteúdo em espanhol / acesso gratuito)

Financial Times

Republicanos recuam no impostos para avançar no plano da saúde

Os republicanos lançaram a última tentativa para garantir uma vitória na reforma do plano de cuidados de saúde dos EUA. O tema é abordado pelo Financial Times que diz que, na última quinta-feira, o partido de Donald Trump recuou no plano que previa a redução de impostos para os mais ricos. Este passo foi tomado como forma de garantir o apoio dos republicanos mais moderados.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / acesso pago)

Estadão

Lula da Silva julgado ainda antes das eleições de 2018

Depois de saber que tinha sido condenado a nove anos e meio de prisão por corrupção, Lula da Silva anunciou que pretende candidatar-se novamente à Presidência do Brasil. Esta sexta-feira, o Estadão diz que os tribunais deverão julgar o antigo presidente brasileiro ainda antes das eleições. Quem o antecipa é o desembargador, Carlos Eduardo Thompson, que acredita que o recurso da defesa do ex-presidente Lula contra a decisão do juiz Sérgio Moro que o condenou deve ser julgado até agosto de 2018, antes portanto das eleições presidenciais.

Leia a notícia completa aqui. (conteúdo em português / acesso gratuito)

El País

Cientista espanhola vai ter de devolver quase 2 milhões à UE

A protagonista do maior escândalo científico em Espanha vai ter de devolver 1,86 milhões de euros de apoios que recebeu da União Europeia. A história é contada pelo El País que diz que quatro dos estudos revolucionários realizados pela biólogo Susana González são alvo de dúvidas sobre a sua autenticidade.

Leia a notícia completa aqui. (conteúdo em espanhol / acesso gratuito)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CaixaBI: Luta por conteúdos vai intensificar-se

A Altice deu o passo oficial para comprar a Media Capital. Esta confirmação deverá intensificar a luta pelos conteúdos audiovisuais, avisam os analistas do Caixa BI.

Já estava tudo previsto. Faltava apenas confirmação. E a luz verde chegou esta sexta-feira com o anúncio oficial de que a Altice vai lançar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) à Media Capital. Na opinião dos analistas do Caixa BI, este interesse não é novo, mas confirma o que se pensa que vai acontecer num futuro próximo: a luta pelos conteúdos entre os operadores de telecomunicações vai intensificar-se.

“O interesse da Altice na Media Capital não era novo e já tinha sido noticiado por várias vezes, sendo também conhecido que as negociações entre as partes estavam a decorrer”, lê-se na nota de research publicada esta sexta-feira. Ainda assim, com esta confirmação, os analistas do Caixa BI são da opinião que “uma nova disputa entre os operadores de Telecom por conteúdos possa intensificar-se”.

Esta manhã, a Impresa disparou mais de 10% e a Cofina valorizou, depois dos comunicados que davam conta da Oferta Pública de Aquisição da Altice — pela Meo — à participação maioritária que o Grupo Prisa tem na Media Capital, dona da TVI. De acordo com a informação avançada em comunicado pela Meo, a Altice quer fazer crescer o grupo no mercado português, tendo planos de aumento de investimento e aposta na TVI 24 e nos conteúdos da Plural, que quer produzir a nível mundial.

O PSI-20 abriu com ganhos ligeiros, mas inverteu para terreno negativo perante a correção dos títulos do BCP, no dia em que a OPA da Meo sobre a Media Capital marca a agenda dos investidores. As ações da Nos — rival da Altice — estão neste momento a valorizar 0,33% para os 5,49 euros.

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.