Estudo defende capitalização da Segurança Social

Fernando Alexandre, um dos autores do livro "Poupança e Financiamento da Economia Portuguesa", diz que é preciso encontrar fontes de financiamento alternativas para a Segurança Social, como o IVA.

Fernando Alexandre, um dos autores do livro “Poupança e financiamento da economia portuguesa” diz que “num contexto de poupança reduzida, a evolução do rácio demográfico e a diminuição da população ativa, levará — caso nada seja feito — a uma variação do padrão de consumo das famílias e a uma redução abrupta dos seus rendimentos e vai ter impactos significativos na Segurança Social“.

O autor do livro, em declarações ao ECO e, à margem da conferência realizada na tarde desta terça-feira para apresentação do estudo, no Porto, diz que a solução tem de passar pela “capitalização do sistema”. A ideia, garante, não é ter uma capitalização privada. Mas “as pessoas têm de perceber que a capitalização implica que, quando estão a descontar, saibam que uma parte do que descontam vai ser uma poupança para elas“.

Fernando Alexandre diz mesmo que há “estudos que apontam para a necessidade de um aumento da taxa social única (TSU), de tal maneira que esta se situe entre os 40 e os 45%. Mas ainda assim essa subida não é suficiente para garantir a sustentabilidade da Segurança Social”.

"Há estudos que apontam para a necessidade de um aumento da taxa social única (TSU), de tal maneira que esta se situe entre os 40 e os 45%. Mas ainda assim essa subida não é suficiente para garantir a sustentabilidade da Segurança Social.”

Fernando Alexandre

O autor refere a necessidade de encontrar formas alternativas de financiamento. “Neste momento são os rendimentos do trabalho a sustentar a segurança social e o que dizemos é que é preciso encontrar outras fontes de financiamento. Uma parte do IVA pode ser canalizado para a segurança social”, admite o autor.

O livro promovido pela Associação Portuguesa de Seguradores aponta ainda o dedo ao Estado e às empresas como os grandes responsáveis pelo grande endividamento da economia. Já as famílias portuguesas são ilibadas. Aliás, o autor diz mesmo que o endividamento das famílias portuguesas é inferior a muitos países nórdicos.

"Neste momento são os rendimentos do trabalho a sustentar a Segurança Social e o que dizemos é que é preciso encontrar outras fontes de financiamento. Uma parte do IVA pode ser canalizada para a Segurança Social.”

Fernando Alexandre

Já as empresas estão entre as mais endividadas do mundo o que, segundo Fernando Alexandre, deve-se a “pagamentos de dividendos muito elevados”. “É preciso levar os empresários a reinvestirem nas empresas”, argumenta.

Para Fernando Alexandre, “numa economia muito endividada como a nossa, se quisermos ter investimento sustentável temos que ter um aumento da poupança, essa é um condição para que a economia possa crescer”.

O livro faz ainda uma análise comparativa com outros países que foram alvo de ajuda externa, como é o caso de Espanha e da Irlanda, países que apesar de terem sido resgatados têm taxas de poupança superiores a 25%.

O autor do livro diz mesmo que a análise destas economias é diferente. “Em Portugal, o investimento está a cair desde 2011. Irlanda e Espanha tiveram grandes aumentos de investimento até à crise, sendo que o endividamento desses países foi motivado pelo aumento do investimento, o nosso foi provocado pela queda da poupança”.

Paupério: “Não se pode promover investimento se não houver previsibilidade”

Para o co-CEO da Sonae, Ângelo Paupério “não se pode promover o investimento das empresas se não houver previsibilidade e estabilidade“. Paupério, que participou num painel de debate com Miguel Cadilhe, Alberto Castro e Pires de Lima, garantiu que “há uma redução da confiança em relação à sustentabilidade da poupança”.

“As pessoas não sentem a sua poupança segura. E assim uma pessoa sente-se parva por poupar e vai ter de contribuir com a sua poupança para compensar aquilo que foi o desvario de outros”.

Paupério garantiu ainda que o consumo das famílias com a crise foi alterado — “as pessoas mudaram hábitos de consumo” –, e lembrou que a ideia de poupar “não faz parte do discurso progressista. Já a necessidade de investir é mais consensual mas não se pode investir com o mesmo modelo que nos trouxe até aqui”.

Já o chairman do Banco de Fomento, Alberto Castro falou na quadratura do círculo para dizer que é necessário mais investimento, sem mexer muito na poupança e sobretudo sem aumento da dívida pública. Para o economista, isto só é possível “com esforço de maior captação de investimento direto estrangeiro e com a melhor utilização de fundos estruturais”.

Por seu turno, o ex-ministro da Economia falou na cultura de facilitismo que se instalou em Portugal. Do ponto de vista de Pires de Lima, essa cultura assentou em três pilares fundamentais: um modelo de indemnização às nacionalizações que permitiu que ex-acionistas reconquistassem parte dos seus grupos com recurso a dívida, o aparecimento do euro e diminuição das taxas de juro e, ainda, à promiscuidade entre negócios de Estado e privados, que levou a que se confundisse empreendedorismo com ligações ao Estado.

Pires de Lima disse que estes fenómenos degeneraram “num ‘xico espertismo’, financiados em dívida, muitos deles até sem garantias adequadas”, Ainda assim, realçou “o percurso heroico que muitas empresas portuguesas fizeram de correção dos desequilíbrios num tão curto espaço de tempo”.

O ex-ministro falou ainda na importância da capitalização das empresas, e admitiu que não teme pelas empresas. “Não me assusta nada ver capital estrangeiro a entrar nas empresas portuguesas, isso é sinal de que há empresas nacionais atrativas”.

Miguel Cadilhe, que nesta conferência tinha o papel de moderador, disse concordar com Pires de Lima sobre a entrada de investidores estrangeiros. “O aumento de capital estrangeiro é bem-vindo porque é necessário”. Cadilhe recordou que “temos capitalistas sem capital o que, para uma economia de mercado, é uma curiosidade. Alguns têm capital graças à acumulação que fizeram mas, outros, têm dificuldade de fazer acumulação de capital”.

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Wall Street afunda mais de 1% na pior sessão do ano

Receios em relação a eventuais atrasos no plano de estímulo fiscal prometido por Donald Trump provoca pressão vendedora nas bolsas norte-americanas.

Foi a pior sessão do ano em Wall Street. Depois do intenso rally que as bolsas norte-americanas protagonizaram desde as eleições norte-americanas, os investidores receiam agora que alguns dos planos prometidos pela administração Trump registe alguns atrasos, nomeadamente a baixa de impostos às empresas.

Neste cenário, o S&P 500 afundou 1,24% para 2.342,38 pontos, registando a pior sessão desde setembro de 2016. Acompanhando as perdas do índice de referência mundial, também o tecnológico Nasdaq e o industrial Dow Jones cederam 1,14% e 1,83%, respetivamente.

Em termos setoriais, o mais penalizado foi o setor financeiro. Os bancos foram os que mais beneficiaram com as perspetivas de subida dos juros da Reserva Federal norte-americana e com atrasos nos planos que visam estimular a economia norte-americana o banco central pode também não vir a aumentar as taxas conforme previa.

Assim, o Bank of America viu as ações afundar quase 6% para 23,02 dólares. Os títulos do Morgan Stanley derraparam 4,33% para 42,66 dólares, num dia negativo para todo o setor financeiro.

“Houve o feeling de que a Fed iria ser possivelmente mais conservadora na última semana. Isso não aconteceu”, referiu Mark Kepner, da Themis Trading, citado pela Reuters. “Isso retira um pouco de margem para taxas de juro mais elevadas que os bancos querem”, disse ainda.

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Portugal pede afastamento de presidente do Eurogrupo

  • Lusa
  • 21 Março 2017

Augusto Santos Silva, pediu em Washington o afastamento do presidente do Eurogrupo, que disse que os países do sul não podem "gastar o dinheiro todo em álcool e em mulheres".

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, pediu hoje em Washington o afastamento do presidente do Eurogrupo, que disse que os países do sul não podem “gastar o dinheiro todo em álcool e em mulheres”.

“Hoje, no Parlamento Europeu, muita gente entende que o presidente do Eurogrupo não tem condições para permanecer à frente do Eurogrupo e o governo português partilha dessa opinião”, disse o ministro.

Numa entrevista ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung, publicada no domingo, Jeroen Dijsselbloem afirmou: “Como social-democrata, considero a solidariedade um valor extremamente importante. Mas também temos obrigações. Não se pode gastar todo o dinheiro em mulheres e álcool e, depois, pedir ajuda.”

Augusto Santos Silva considerou que estas “são declarações muito infelizes e, do ponto de vista português, absolutamente inaceitáveis.”

“Há, por um lado, o aspeto de uma graçola que usa termos que hoje já não são concebíveis, essa ideia de gente que anda a gastar dinheiro com vinho e mulheres é uma forma de expressão que, com toda a certeza, não é própria de um ministro das Finanças europeu”, explicou.

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Corte de 10% no subsídio de desemprego: PS quer adiar discussão para OE2018

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 21 Março 2017

O PS não deve acompanhar para já os projetos do BE e do PCP que pretendem eliminar, a partir de 2018, o corte de 10% no subsídio de desemprego. Mas promete discutir o tema mais tarde, em sede de OE18.

O Bloco de Esquerda e o PCP querem eliminar, a partir de 2018, o corte de 10% que se aplica aos subsídios de desemprego atribuídos há mais de seis meses. No entanto, o PS não deverá acompanhar estas iniciativas para já, preferindo deixar a discussão para o próximo Orçamento do Estado.

Na quinta-feira, o tema é debatido no Parlamento e o PS vai defender um projeto de resolução, em que recomenda ao Governo que salvaguarde as prestações de valor mais baixo: o objetivo é que, depois do corte de 10%, o montante do subsídio não possa ficar abaixo de de 1 Indexante dos Apoios Sociais (IAS). E ao contrário do que chegou a ser admitido, esta alteração poderá entrar em vigor já este ano.

Esta medida é mais limitada do que a defendida por BE e PCP. Bloquistas e comunistas querem mesmo acabar com a redução de 10% nos subsídios de desemprego — mínimos ou não — pagos há mais de seis meses. E remetem esta alteração para 2018, indicando, nos seus projetos de lei, que a medida entra em vigor com o Orçamento do Estado posterior.

Ao ECO, o deputado socialista Tiago Barbosa Ribeiro defendeu que, tendo em conta que esta revogação é proposta para o próximo ano, o assunto deve ser discutido em sede de Orçamento do Estado. Neste formato, “alterações a meio do ano” têm “efeitos disruptivos” e provocam alguma instabilidade legislativa, afirma. Por isso mesmo, a bancada socialista não deverá acompanhar aqueles dois projetos para já, embora o sentido de voto ainda não esteja fechado, salientou ainda.

Ficando a discussão desta medida para mais tarde, Tiago Barbosa Ribeiro não exclui que possam ser equacionadas outras alterações ao subsídio de desemprego nessa altura, embora notando que, para já, não há nada na mesa.

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Governo coordena fundos para apostar na economia circular

  • Lusa
  • 21 Março 2017

“Devemos estar prontos a utilizar os instrumentos de que dispomos para estimular os vários setores para que possam adotar mais práticas de economia circular”, defendeu o ministro da Economia.

O ministro da Economia está a coordenar esforços para apostar na economia circular. O Executivo está a “coordenar os fundos estruturais da área da economia” para criar programas que “deem mais competitividade às empresas, fazendo-as utilizar melhor as oportunidades que há na economia circular”.

Em causa está um pacote de medidas aprovado pela Comissão Europeia superior a seis mil milhões de euros. As metas são ambiciosas, como criar 400 mil novos postos de trabalho na Europa até 2020. Bruxelas estima ainda que as medidas de prevenção de resíduos, ecodesign, reutilização e outras ações “circulares” possam vir a gerar poupanças líquidas a rondar os 600 mil milhões de euros às empresas europeias, ou seja, cerca de 8% do total do seu volume de negócios anual. Só no setor da gestão de resíduos a aposta é criar 170 mil empregos diretos, para além de reduzir dois a 4% as emissões totais anuais de gases de efeito de estufa.

“Está-se também a promover a utilização dos fundos da área do ambiente para estimular e acelerar essa mudança. O que queremos são empresas mais competitivas e mais sustentáveis em termos económicos e ambientais”, referiu o ministro.

Está-se também a promover a utilização dos fundos da área do ambiente para estimular e acelerar essa mudança. O que queremos são empresas mais competitivas e mais sustentáveis em termos económicos e ambientais.

Manuel Caldeira Cabral

Ministro da Economia

Caldeira Cabral falava no Workshop ECO.PME que juntou no Terminal de Cruzeiros de Leixões PME, em Matosinhos, ‘startups’ (novas empresas com rápido potencial de crescimento), incubadoras, investigadores e institutos públicos na discussão sobre a economia circular aplicada ao setor empresarial.

Devemos estar prontos a utilizar os instrumentos de que dispomos para estimular os vários setores para que possam adotar mais práticas de economia circular”, defendeu Caldeira Cabral.

Para isso, propôs o ministro da Economia, “é preciso obviamente estar atento em cada setor, é preciso organizar e por as empresas a cooperarem mais, é preciso criar os incentivos certos, mas é também preciso que as empresas não fiquem dependentes ou de subsídios ou apenas de boa vontade”.

Sabemos que estas duas vias são muito vulneráveis a conjunturas económicas e sabemos que têm fortes limitações. Um sistema bem montado em que a própria competitividade das empresas sai reforçada é a melhor garantia de que a economia se generaliza e que se está a criar um sistema que contribui não só para a sustentabilidade ambiental, mas que é, ele próprio, sustentável em termos económicos”, sublinhou.

Em seu entender, “a economia circular tem de facto de afetar todo o círculo do produto […] A economia circular deve começar na concessão do produto, na utilização de materiais e na inovação, criando produtos que já estão pensados não apenas para servir um determinado fim, e depois pensa-se como reciclar o que resta desses produtos”.

“É preciso obviamente reduzir a utilização de materiais, quando isso é possível, é preciso aproveitar melhor os resíduos de produção – e temos ainda muitas indústrias com uma quantidade de resíduos não aproveitados muito grande -, é preciso criar toda uma cadeia de aproveitamento”, sublinhou.

O governante realçou que a economia circular é “um dos objetivos centrais” do programa Interface, lançado há pouco mais de um mês. Segundo explicou, este programa visa utilizar melhor o conhecimento das universidades, politécnicos e centros de investigação ao serviço das empresas.

 

Em termos gerais, no âmbito da Economia Circular, a implementação de medidas adicionais para aumentar a produtividade dos recursos em 30% até 2030 poderá aumentar o PIB em cerca de 1%, criando simultaneamente mais de dois milhões de postos de trabalho em comparação com a manutenção do cenário da situação atual, segundo a Comissão Europeia.

 

Já o ministro do ambiente sublinhou que é possível “alcançar um equilíbrio entre qualidade de vida e qualidade ambiental, sem comprometer salários ou padrões sociais, implica transformar o modo como fazemos, usamos e valorizamos os bens e serviços disponíveis”.

“A essa transformação chamamos economia circular”, disse Matos Fernandes. “Numa economia circular, os produtos são concebidos com zero desperdício e eliminando componentes tóxicos, podendo integrar materiais reciclados, desenhados para que seja fácil a reparação, a separação e reciclagem, uma e outra vez”, disse o ministro do Ambiente.

Numa economia circular, os produtos são concebidos com zero desperdício e eliminando componentes tóxicos, podendo integrar materiais reciclados, desenhados para que seja fácil a reparação, a separação e reciclagem, uma e outra vez.

Matos Fernandes

Ministro do Ambiente

Sublinhou que numa economia circular, devemos “fazer mais com menos” – mas garantir que o “menos” possa voltar à fábrica e ser atualizado ou remanufaturado, e colocado, outra vez, numa circulação rentável.

“Seremos mais produtivos, vendendo a qualidade, o desempenho e a durabilidade: ganha o produtor – que reduz custos e riscos com a aquisição de materiais, rentabiliza investimento, consegue a fidelização de clientes; ganha o consumidor, que obtém o melhor desempenho, pagando efetivamente por aquilo de que necessita”, salientou.

O ministro lembrou que as PME são 98% do tecido empresarial e, por isso, “uma força motriz de crescimento e emprego. E, apesar de muitas vezes existirem dificuldades técnicas ou financeiras que adiam a visão de longo prazo, é também entre as PME que emergem os novos modelos de negócio, inovação, flexibilidade e adaptabilidade”.

“Portugal deve agarrar esta ambição e não esperar que outros o façam primeiro para irmos atrás; quem começar hoje, irá, sem dúvida, liderar no amanhã. E nós estamos a fazer esse caminho”, frisou.

Referiu que o portal eco.nomia.pt tem informação sobre as políticas, exemplos, oportunidades de financiamento e ferramentas, e quer espoletar o diálogo através destes ‘workshops’ em áreas chave – na agricultura, construção, cidades ou consumo.

Apoiamos a I&D na conceção ecológica de produtos e serviços das empresas, majorando em 110% estas despesas para efeitos de IRCO Fundo Ambiental tem assegurado um milhão de euros em 2017 para apoiar a capacitação técnica na identificação destas oportunidades, conduzindo a planos de negócio que possam ser apoiados em fases subsequentes ou por outros mecanismos financeiros”, sustentou.

Segundo Matos Fernandes, “o FITEC tem 15 milhões de euros para projetos de interface entre centros tecnológicos, universidades e empresas para também acelerar esta transição”.

“Estamos a trabalhar com os ministérios da Economia, da Agricultura e da Ciência num plano de ações concretas para o curto prazo, que possam apontar o caminho e fazê-lo desde já. Queremos que este plano seja composto por medidas que possam ser adaptáveis e revistas periodicamente para rapidamente poder integrar as exigências e conhecimento desta matéria, em permanente evolução”, salientou.

O ministro do Ambiente acrescentou que “mais cedo ou mais tarde teremos de repensar a fiscalidade, o valor do capital natural, o modo como são feitas as demonstrações financeiras ou mesmo a forma como medimos o desenvolvimento económico”.

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Upframe, ou o programa de pré-aceleração que a Startup Lisboa fez seu

Programa de aceleração dura seis sábados e conta com mentores nacionais e internacionais. Está direcionado para estudantes universitários e recém-graduados.

São 30 horas intensivas de formação que juntam estudantes universitários e recém-graduados de diferentes áreas e mentores num programa de pré-aceleração. A Upframe e a Startup Lisboa acabam de lançar um novo programa de pré-aceleração na capital portuguesa direcionado para estudantes e recém-formados que queiram dar os primeiros passos no ecossistema empreendedor e queiram desenvolver soluções digitais para problemas à escala global.

As candidaturas ao programa — com 18 vagas disponíveis — são feitas online e decorrem até 7 de abril. A formação, que decorre em seis sessões aos sábados, é dada em inglês e arranca a 19 de abril, com o Welcome Day. O último dia está marcado para 27 de maio, com a apresentação final dos projetos desenvolvidos.

“Por experiência própria sei que nós jovens temos muitas ideias, mas não as ferramentas base para fazer arrancar um negócio. Foi neste contexto que desenvolvemos a Upframe: para ligar aspirantes a empreendedores a mentores, startups, incubadoras e aceleradoras e que normalmente são desperdiçados“, explica Malik Piara, cofundador da Upframe, em comunicado.

"Esta é também a nossa forma de ajudar o ecossistema a crescer.”

Miguel Fontes

CEO Startup Lisboa

Da rede fazem parte nomes como Paulo Gonçalves (ex-Spotify, atualmente na Uniplaces), Colin Gillinghan (Tesla) e Inês Santos Silva (Startup Pirates), entre outros.

Miguel Fontes, CEO da Startup Lisboa, justifica a aposta com a crescente procura. “Somos muitas vezes contactados por jovens que estão a considerar criar o seu próprio negócio após a faculdade, mas não sabem por onde começar e precisam de ferramentas e orientação para poder iniciar o seu percurso. A Upframe, que está sediada na Startup Lisboa, pareceu-nos um parceiro ideal para promover uma pré-aceleração intensiva que poderá, com a ajuda de empreendedores com experiência, ajudar muitos desses jovens a criarem a sua empresa”.

Malik Piara, 19 anos, é cofundador da Upframe.

A primeira edição do programa tem um custo de 150 euros por pessoa. No entanto, quem se candidatar antes de 1 de abril terá um preço especial de 90 euros.

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Reações às palavras de Dijsselbloem? Há e não são boas

  • João Santana Lopes
  • 21 Março 2017

As declarações de Dijsselbloem sobre o sul da Europa geraram indignação em Portugal. Direita e esquerda estão unidas nas críticas. Mas também há quem opte por usar o humor para reagir.

Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, sugeriu que os países que pediram ajuda financeira, como Portugal, Grécia, Espanha, depois de terem desperdiçado dinheiro em “bebidas e mulheres”. Na sequência da entrevista que concedeu ao Frankfurter Allgemeine Zeitung, o holandês recusa-se a pedir desculpa pelos comentários que alguns eurodeputados consideraram ser “insultuosos” e “vulgares”.

Mas os eurodeputados não foram os únicos a reagir. As redes sociais encheram-se de comentários indignados com as palavras do ainda presidente do grupo que reúne os ministros das Finanças da zona euro. Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do Bloco de Esquerda, abriu as hostilidades.

Catarina Martins, coordenadora nacional do BE, também se juntou ao seu líder parlamentar, relembrando que o lugar de Dijsselbloem pode estar em risco depois das eleições da passada quarta-feira.

As críticas surgem igualmente à direita. Os deputados do PSD Duarte Marques, Pedro Roque e Miguel Morgado mostraram o seu descontentamento na rede social Twitter.

Já no Facebook, os deputados do PS Tiago Barbosa Ribeiro e Porfírio Silva responderam com fortes críticas ao ministro das Finanças holandês. Porfírio Silva apelida Dijsselbloem de “traste austeritário”, enquanto Barbosa Ribeiro aproveita para deixar uma crítica ao Governo de Passos Coelho.

Nem o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, resistiu a comentar, mas de forma mais discreta, dizendo apenas que não se comenta este tipo de declarações.

Num tom mais descontraído, as declarações também motivaram algumas reações satíricas no Facebook.

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DBRS duvida que Caixa volte aos lucros em 2018

Para a DBRS, plano de reestruturação da Caixa apresenta muitos desafios na execução. Não acredita que banco regresse aos lucros já no próximo ano. E tem dúvidas em relação aos ativos problemáticos.

A agência DBRS não acredita que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) regresse aos lucros já em 2018. Para a agência, não bastam medidas de redução dos custos do banco, “são também necessárias mais iniciativas do lado das receitas”. Considerando desafiante o plano estratégico até 2020, a agência de notação financeira coloca ainda algumas reticências em relação a algumas das metas definidas pela administração do banco.

“Embora as iniciativas de redução de custos sejam necessárias para o banco regressar aos lucros sustentáveis, a DBRS acredita que mais iniciativas no lado das receitas serão também necessárias”, refere a agência canadiana, num comentário sobre o plano estratégico recentemente anunciado pelo banco público.

“A DBRS nota que o plano estratégico para 2017-2020 recentemente anunciado pela CGD apresenta desafios de execução. Alguns dos objetivos-chave do plano são ambiciosos, sobretudo em relação à significativa melhoria da qualidade dos ativos e o regresso do banco aos lucros em 2018“, salientam os analistas.

Paulo Macedo, presidente do banco, anunciou que a instituição deverá regressar aos lucros no próximo ano, na sequência do plano de reestruturação que está a implementar e que, entre outras medidas, incluem a redução do número de trabalhadores, do número de agências e da saída de alguns mercados internacionais. Mas para a DBRS não bastam medidas de corte de despesa. “O banco já registou uma redução significativa nos custos desde 2013, mas continua a ter prejuízos desde 2011, devido sobretudo à pressão nas receitas e a uma persistente deterioração da qualidade dos ativos”, explica a agência.

"A DBRS nota que o plano estratégico para 2017-2020 recentemente anunciado pela CGD apresenta desafios de execução. Alguns dos objetivos chave do plano são ambiciosos, sobretudo em relação à significativa melhoria da qualidade dos ativos e o regresso do banco aos lucros em 2018.”

DBRS

Outro dos pontos-chave que deixam a DBRS mais desconfiada tem a ver com o ritmo de redução dos ativos problemáticos do banco. Macedo pretende baixar a exposição do banco aos ativos problemáticos (NPE) para um rácio de 8% até 2020 face ao rácio de 16% reportado no final de 2016.

“A DBRS vê isto como uma redução ambiciosa, particularmente considerando que o banco não demonstrou uma redução bem-sucedida dos ativos problemáticos em termos homólogos e que recuperações através do encerramento do ativo demoram vários anos a materializar-se em Portugal”, argumenta, notando ainda que a redução dos ativos problemáticos continua também dependente das condições económicas em Portugal, “que está a recuperar de forma lenta”.

CGD abre caminho aos outros bancos

Sobre o plano de recapitalização, já avalizada pela Comissão Europeia, a DBRS acredita que a emissão de obrigações subordinadas da CGD num montante de 1.000 milhões de euros poderá abrir caminho para os outros bancos portugueses seguirem o mesmo caminho.

Emissão subordinada? “A DBRS acredita que, se for bem-sucedida, a emissão vai provavelmente abrir caminho para outros bancos portugueses considerarem emissões de instrumentos subordinados ou AT 1 (additional tier 1) no mercado”, dizem os canadianos.

“A DBRS vê que a CGD deverá pagar um custo elevado com este instrumento AT 1, o que poderá pesar ainda mais no regresso da CGD aos lucros, particularmente considerando a fraca geração de resultados do banco e os prejuízos pelo sexto ano seguido”, frisa ainda a agência que atribui ao banco público um rating BBB (low), com implicações negativas.

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Like & Dislike: Tomás Correia deve sair do Montepio? Sim

Dezembro, janeiro, fevereiro, março. Esperemos que o calendário de Tomás Correia não tenha 12 meses.

À mulher de César não basta ser honesta, tem de parecer honesta. Ao presidente da Montepio Geral Associação Mutualista não basta ser honesto, tem de parecer honesto.

Nos últimos meses, à razão de uma por mês, têm saído notícias envolvendo Tomás Correia, presidente da Associação Mutualista, com uma gravidade tal que é com perplexidade que vemos que o responsável da instituição ainda não saiu pelo próprio pé.

Vamos começar a folhear o calendário:

Dezembro

O jornal Público noticia que o Banco de Portugal deduziu acusações contra a Caixa Económica Montepio Geral e ainda contra Tomás Correia, o anterior presidente, por não ter introduzido atempadamente os procedimentos necessários ao controlo de movimentos financeiros ilícitos.

Janeiro

O Expresso revela que Tomás Correia está a ser investigado pela justiça por alegadamente ter recebido 1,5 milhões de euros de José Guilherme, construtor civil da Amadora que ficou conhecido por ter dado 14 milhões de dólares “de presente” a Ricardo Salgado. A notícia contava ainda que o ex-banqueiro foi implicado num novo inquérito-crime do DCIAP sobre burla qualificada, abuso de confiança, branqueamento de capitais, fraude fiscal e “eventualmente corrupção”.

Fevereiro

O jornal Público conta que Tomás Correia e outras 14 pessoas foram constituídos arguidos. Sobre eles recaem suspeitas de insolvência dolosa e de burla qualificada, emissão de cheques sem provisão e outras acusações quejandas num negócio a envolver um terreno em Coimbra.

Março

Esta semana foi a vez de o Jornal de Negócios noticiar que Tomás Correia e oito ex-gestores da Caixa Económica Montepio foram acusados pelo Banco de Portugal de irregularidades graves. Em causa estarão alegadamente financiamentos a empresas do grupo GES, numa altura em que o grupo já estava em dificuldades evidentes. Além disso, o banco terá dado um empréstimo a Paulo Guilherme (o filho de José Guilherme), tendo este usado o dinheiro para comprar uma posição no próprio Montepio.

O calendário de Tomás Correia tem doze meses?

Dezembro, janeiro, fevereiro e março. Nem o calendário da Pirelli tem meses assim com tanta atividade. Ainda falta abril, maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro e dezembro para terminar o ano. Esperemos que o calendário de Tomás Correia não tenha 12 meses.

Neste momento, o grupo — o banco e a associação — voltou à ribalta com notícias relacionadas com as contas deficitárias da Associação, com alertas do Banco de Portugal sobre o perfil de risco do banco e com operações contabilísticas criativas de legalidade duvidosa no terceiro trimestre, com o objetivo de alindar o balanço.

O que os mutualistas e os clientes do banco precisam nesta altura é de confiança, um bem que começa a escassear no universo Montepio. A propósito das notícias do calendário do mês de março, Tomás Correia já veio dizer que “se alguma vez se colocar a possibilidade de transitar em julgado algo a meu desfavor, em qualquer tribunal, por quaisquer atos ilícitos, abdicarei do exercício das minhas funções”.

É um direito que lhe assiste. Mas até lá, se não sair pelo próprio pé, e se continuar a posar mensalmente no calendário das notícias suspeitas, vai continuar a desbaratar a confiança de uma instituição com 176 anos de histórias para contar. E esta, a de Tomás Correia, não é uma de que se orgulhe de contar.

O Like & Dislike é um espaço de opinião.

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BioMimetx recebe 1,4 milhões de fundos europeus

  • Juliana Nogueira Santos
  • 21 Março 2017

A startup portuguesa que está a desenvolver um aditivo verde para tintas marinhas que impede o crescimento organismos nos cascos das embarcações recebeu 1,4 milhões através de um fundo comunitário.

A BioMimetx, uma startup portuguesa que dedica ao desenvolvimento de soluções sustentáveis para travar o crescimento de organismos nos cascos das embarcações, obteve 1,4 milhões de euros através do Horizonte 2020, um fundo gerido pela Comissão Europeia.

Este prémio vai ser utilizado para desenvolver o BMX-11, um aditivo para tintas marinhas que impede o crescimento de incrustações nas embarcações ou em estrutura submersas, que, ao contrário dos utilizados atualmente, não é tóxico, não tem impacto ambiental nem restrições regulamentares.

Os próximos passos da empresa serão finalizar a formulação do aditivo, concluir o registo do produto nos Estados Unidos e começar o registo na Europa. Para isto serão também utilizados os 1,6 milhões que a empresa conseguiu angariar numa ronda de financiamento liderada pela Caixa Capital.

Patrick Freire, co-fundador da BioMimetx, afirmou que “para além do selo de excelência e reconhecimento da Comissão Europeia”, esta verba permite-lhes “acelerar o desenvolvimento do BMX-11 e oferecer ao mercado um agente antivegetativo verde que seja eficiente”.

Este programa comunitário, que tem como principais destinatários as pequenas e médias empresas europeias que mostrem um alto nível de inovação e um igual potencial de crescimento, premiou mais três startups portuguesas entre milhares de empresas europeias.

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Marcelo desautoriza “indignação” de Belém com o BCE

  • ECO
  • 21 Março 2017

Fonte de Belém tinha dito ao Expresso que o Presidente estaria indignado com o facto de o BCE defender a aplicação de sanções a Portugal. Marcelo já veio desmentir a fonte da sua Casa Civil.

O Presidente da República desmentiu a informação inicialmente avançada por fonte da sua Casa Civil, ao Expresso (acesso pago), segundo a qual estaria indignado com o facto de o Banco Central Europeu (BCE) defender que Portugal deveria ser multado por não estar a adotar medidas para corrigir os desequilíbrios macroeconómicos excessivos, segundo avançou o Jornal de Negócios esta segunda-feira.

Afinal, Marcelo Rebelo de Sousa considera um erro valorizar “relatórios técnicos” do BCE e prefere “não dar grande importância” ao documento.

O Presidente da República sublinhou, em declarações também ao Expresso, ser “o único porta-voz de Belém”. O “Presidente da República é o único porta-voz de Belém e esclarece que não se pronunciou sobre qualquer pretensa ameaça do BCE de multas a Portugal. Não tem, por isso, o mínimo fundamento a notícia relativa a reações de Belém quanto à pretensa intenção do Banco Central Europeu”, esclarece o Expresso.

O dito por não dito do Presidente da República já está a gerar reações. Por exemplo, o deputado bloquista, Pedro Filipe Soares, disse nas redes sociais que ficou desiludido com o aparente recuo do Chefe de Estado.

Vítor Constâncio, vice-presidente do BCE, concorda com a aplicação de sanções a Portugal, que poderão ascender a 190 milhões de euros (o equivalente a 0,1% do PIB ao ano). Uma posição que surge numa altura em que Portugal vai conseguir, pela primeira vez, um défice inferior os 3%, que poderá permitir ao país sair do Procedimento por Défice Excessivo em abril, tal como o Executivo já prometeu por inúmeras ocasiões, nas últimas semanas.

Recorde-se que o Presidente da República estará em Bruxelas, na quarta-feira, onde irá estar em reuniões com altos responsáveis do Conselho Europeu, a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu, além de ir a um jantar com o colégio de comissários. De acordo com o Público (acesso pago), Marcelo irá tentar afastar esta ameaça de sanções deixada pelo BCE, provavelmente repetindo os argumentos de António Costa, quando o primeiro-ministro respondeu aos avisos de Wolfgang Schäuble de que Portugal deveria precaver-se de um novo resgate.

E os argumentos são apenas números: um défice abaixo de 3%, um saldo primário positivo, a diminuição da dívida líquida e estabilização da dívida bruta, bem como a melhoria do mercado de trabalho.

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Sol de pouca dura para as estreantes do PSI-20

Depois de uma primeira sessão de ganhos, a Novabase e a Ibersol caíram em bolsa. Índice nacional remou contra a maré vermelha na Europa e, ainda assim, fechou no verde.

A maré foi vermelha em praticamente todas as bolsas europeias, mas a praça de Lisboa contrariou e encerrou no verde. A banca e a energia ajudaram aos ganhos, com o Montepio a registar o melhor desempenho do dia, avançado mais de 5%. Menos entusiasmo nas duas estreantes do PSI-20: a Novabase e a Ibersol caíram à segunda sessão de negociações, depois de terem brilhado na segunda-feira. Foi sol de pouca dura.

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