Softbank esmaga avaliação da Uber. Quer pagar menos 30%

  • ECO
  • 28 Novembro 2017

A empresa japonesa quer comprar um mínimo de 14% da Uber. O valor oferecido coloca a avaliação da empresa de transporte nos 48 mil milhões de dólares.

A Softbank prepara-se para investir mil milhões de dólares na Uber numa operação que atribui à empresa de transportes uma avaliação bem abaixo da atual. A empresa japonesa avalia a tecnológica liderada por Dara Khosrowshahi em 48 mil milhões de dólares, um valor 30% abaixo do estipulado na última ronda de financiamento.

O investimento revelado esta terça-feira, avançado pelo Financial Times, faz parte de um investimento total de 10 mil milhões de dólares que a Uber vai receber, crucial para o seu plano de reestruturação.

Para fechar o negócio, a Softbank deve adquirir, pelo menos, 14% da participação da Uber nesta segunda oferta de compra. Caso os acionistas não pretendam vender as suas ações de acordo com a avaliação mais recente, a instituição poderá vir a subir a sua valorização da tecnológica.

A desvalorização face ao valor atribuído à Uber na última ronda de financiamento tem por base uma série de crises pelas quais a empresa de transporte tem vindo a atravessar, nomeadamente a demissão do antigo CEO Travis Kalanick e a perda de licença para operar em Londres.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

IRS, pensões, derrama… o que o novo OE reserva para 2018

  • ECO e Lusa
  • 28 Novembro 2017

Os escalões do IRS mudaram assim como as regras dos descontos para os recibos verdes. As pensões aumentam e a derrama para as maiores empresas também.

Os votos favoráveis do Partido Socialista, do Bloco de Esquerda, do Partido Comunista, do partido ecologista Os Verdes e também do PAN concretizaram a aprovação, esta segunda-feira, do Orçamento do Estado para 2018, o que estabelece assim as regras daquilo que muda no próximo ano para os contribuintes e as empresas em Portugal. Quais são, então, as alterações bandeira deste Orçamento do Estado?

  • IRS com mais escalões alivia carga fiscal

O número de escalões do IRS vai aumentar de cinco para sete, tendo sido desdobrados os segundo e terceiro escalões do imposto: serão tributados a 14,5% quem ganha até 7.091 euros, a 23% quem tem rendimentos anuais entre aquele valor e os 10.700 euros, a 28,5% os que auferem entre 10.700 e 20.261 euros, a 35% o intervalo de rendimentos entre os 20.261 e os 25 mil euros e a 37% os entre os 25 mil e os 36.856 euros.

Para os dois últimos escalões, a taxa dos contribuintes que ganham entre os 36.856 euros e os 80.640 fica nos 45% e a dos que ganham mais do que 80.640 euros fica nos 48%.

O mínimo de existência, que determina o nível de rendimento até ao qual trabalhadores e pensionistas ficam isentos de IRS, passará a abranger também os profissionais liberais. A fórmula de cálculo foi alterada para que deixe de ter um valor fixo (atualmente é de 8.500 euros) e passe a ser atualizado em função do Indexante dos Apoios Sociais (IAS), havendo uma “cláusula de salvaguarda” para garantir que, em resultado da aplicação desta nova fórmula, nunca possa resultar que o mínimo de existência seja inferior ao valor anual do salário mínimo.

  • Descongelamento das carreiras na Administração Pública

A partir do próximo ano, os trabalhadores da Administração Pública que, nos últimos sete anos de carreiras congeladas, reuniram as condições necessárias vão ter direito a progredir. O acréscimo salarial correspondente à progressão será, assim, pago de forma faseada: em 2018 serão pagos 25% em janeiro, mais 25% em setembro; em 2019 recebem mais 25% em maio e mais 25% em dezembro.

No caso das carreiras cuja progressão depende sobretudo da contagem do tempo, como é o caso dos professores, o tempo de serviço foi congelado entre 2011 e 2017, e o parlamento decidiu remeter para a discussão com os representantes dos trabalhadores a forma como será contabilizado o tempo no descongelamento destas carreiras, tendo em conta “os recursos disponíveis”.

  • Pensionistas e idosos com condições mais favoráveis

Os pensionistas que recebam até 632 euros (1,5 vezes o Indexante de Apoios Sociais – IAS) terão um acréscimo mínimo de seis ou 10 euros, consoante tenha ou não existido atualização da pensão entre 2011 e 2015.

Este aumento extraordinário abrangerá as pensões de invalidez, velhice e sobrevivência atribuídas pela Segurança Social e as pensões de aposentação, reforma e sobrevivência do regime de proteção social convergente atribuídas pela Caixa Geral de Aposentações (CGA), e já vai considerar a atualização de janeiro, em resultado da evolução da inflação e do crescimento da economia.

O Complemento Solidário para Idosos (CSI) será alargado a pensionistas que, independentemente da idade, pediram reformas antecipada a partir de 2014, ano em que foi introduzido um agravamento das regras de acesso à reforma antecipada pelo anterior Governo PSD/CDS-PP. A medida, que deverá abranger cerca de 7.600 pensionistas, prevê que durante o próximo ano quem se reformou por antecipação (por atividade profissional desgastante, desemprego de longa duração ou doença) a partir de 2014 possa candidatar-se a este complemento.

  • Novo regime simplificado de IRS

O novo regime irá abranger apenas os profissionais liberais e os outros prestadores de serviços (como os do alojamento local) e não se vai aplicar aos agricultores nem aos pequenos comerciantes.

A presunção automática de despesas do regime será limitada, mantendo-se os coeficientes que atualmente existem (e que garantem uma dedução automática ao rendimento tributável), mas uma parte ficará dependente das despesas suportadas e registadas no ‘e-fatura’, tendo estes trabalhadores de justificar 15% das despesas.

Para preencher estes requisitos é considerada automaticamente uma dedução de 4.014 euros (igual à admitida para os trabalhadores dependentes) e também as despesas com pessoal, as rendas e os encargos com imóveis e outras despesas, como “materiais de consumo corrente, eletricidade, água, transportes e comunicações e rendas”, entre outros.

  • Derrama aumenta para maiores empresas e acabam os duodécimos

A derrama estadual paga pelas empresas com lucros superiores a 35 milhões de euros será agravada em dois pontos percentuais, para os 9%, após a aprovação de uma proposta do PCP. Esta medida poderá ter impactos nos resultados das maiores empresas portuguesas. Ainda no campo das propostas que afetam diretamente as empresas, os trabalhadores do setor privado vão voltar a receber os subsídios de Natal e de férias de uma só vez a partir do próximo ano, deixando de receber metade de cada um dos subsídios em duodécimos ao longo do ano.

  • Novidades na prevenção e combate aos fogos

O Ministério das Finanças vai centralizar um pacote de 186 milhões de euros, dos quais 62 milhões para aplicação em ativos financeiros, destinada ao financiamento de despesas com indemnizações, apoios, prevenção e combate aos incêndios.

A este montante soma-se o apoio de 100 milhões de euros do IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação para apoio às empresas, a abertura de concursos no âmbito do Portugal 2020 com dotação até 80 milhões de euros para projetos geradores de emprego e 35 milhões de euros para a reposição dos equipamentos públicos municipais.

No próximo ano, os proprietários privados têm até 15 de março para limpar as áreas envolventes às casas isoladas, aldeias e estradas e, se isso não for feito, os municípios terão até ao final de maio para proceder a essa limpeza. Fica prevista ainda uma transferência extraordinária de 50 milhões de euros para as autarquias para execução de rede secundária de faixas de gestão de combustível (nas redes viárias e ferroviárias, na linha de transporte de energia e nas envolventes aos aglomerados populacionais).

O Fundo de Apoio Municipal (FAM) poderá atribuir 10 milhões de euros aos municípios para emprestarem às famílias cujas habitações não permanentes tenham sido danificadas ou destruídas pelos incêndios de grandes dimensões.

O Governo já tinha dito que o total de medidas de medidas de resposta, apoio, prevenção e combate aos incêndios em 2018 vai totalizar 650 milhões de euros, dos quais 230 milhões com impacto no défice. Assim, prevê-se agora um défice de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) no conjunto do próximo ano (acima do 1% previsto anteriormente).

  • Preço dos transportes baixa para jovens

No próximo ano, o desconto de 25% do passe de transportes para os estudantes entre os 4 e os 18 anos será alargado a todos os alunos, mesmo aos que não têm apoio social. Também o passe [email protected], dirigido aos estudantes do ensino superior até aos 23 anos, foi alargado aos serviços de transporte coletivo de passageiros autorizados ou concessionados pelos organismos da administração central e regional, bem como aos serviços de transporte de iniciativa dos municípios.

Além disso, foi ainda alargada a idade até à qual os estudantes de Medicina e de Arquitetura podem beneficiar deste título de transporte, até aos 24 anos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Altice Portugal renova patrocínio à seleção nacional até 2024

A Altice Portugal renovou o patrocínio à Federação Portuguesa de Futebol por mais sete anos, até 2024. "O objetivo único da tecnologia é tornar as pessoas mais felizes", disse o novo CEO.

A Altice Portugal renovou o patrocínio da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) por mais sete anos, até 2024. O anúncio da parceria foi feito esta terça-feira, numa conferência na Cidade do Futebol, em Lisboa. Em comunicado, a marca refere que “assume-se parceira tecnológica da FPF” para promover “a transformação digital da modalidade” futebolística.

“Esta associação permite estar presente nos equipamentos oficiais de treino, ter exposição publicitária em campo e estar presente em ações de marketing, eventos ou lançamento de produtos e serviços associados às seleções”, lê-se numa nota entregue aos jornalistas. O patrocínio abrange as seleções nacionais de futebol, futsal e futebol de praia, masculinas ou femininas.

"Esta é apenas a mais longa parceria da história da PT.”

Alexandre Fonseca

Presidente executivo da Altice Portugal

Foi também a ocasião em que Alexandre Fonseca falou pela primeira vez em público enquanto novo presidente executivo da Altice Portugal. O ex-diretor tecnológico da empresa falou da “renovação e ampliação de uma parceria estratégica”, salientando ser “apenas a mais longa parceria da história da PT”. “Há quase 20 anos que levamos este desafio de ter o futebol e as comunicações lado a lado”, frisou, indicando que a parceria integra “desafios alargados e um conjunto de ambições desmesuradamente grandes”.

“Temos a perfeita noção de que, para além de um patrocinador, queremos ser um parceiro tecnológico da federação. A transformação digital é algo que conhecemos, pois fazemo-la na nossa casa. Sabemos que a transformação digital traz novos processos, novos desafios. Podemos ajudar. Sermos capazes de reinventar o futebol é um desafio”, reiterou Alexandre Fonseca. E concluiu, apontando para os “novos paradigmas de ver futebol”, como é o caso dos estádios inteligentes. “É criar uma experiência única de ver futebol. Nós, na Altice, temos a perfeita convicção de que o objetivo único da tecnologia é, no fim do dia, tornar as pessoas mais felizes.”

Fernando Gomes, presidente da FPF, considerou, que este anúncio é mais do que uma renovação de patrocínio, uma associação entre as entidades que dura há já duas décadas. É uma “ambição nova” para “chegar mais longe”. “Sabemos exatamente onde nos podemos ajudar mutuamente. A Meo será a primeira marca a estar em todas as nossas seleções”, afirmou. O presidente fez referência à alteração no paradigma dos conteúdos, em que o público vê cada vez mais conteúdos em diferido do que em direto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cuatrecasas assessora privatização da tecnológica EID

A Cuatrecasas assessorou o Estado português - através da Empordef e demais accionistas - na operação de venda de 80% do capital social da EID ao grupo britânico Cohort.

A Cuatrecasas assessorou juridicamente o Estado português, através da Empordef, e demais accionistas na operação, concluída na passada sexta-feira, de venda de 80% do capital social da Empresa de Investigação e Desenvolvimento da Eletrónica, SA (EID) ao grupo britânico Cohort.

O negócio representa um investimento global de €15,185,000 da Cohort naquela que o Governo português reconhece como “uma das empresas portuguesas de desenvolvimento tecnológico mais avançadas e estratégicas no domínio da eletrónica e das comunicações militares”.

A Cuatrecasas acompanhou a Empordef e demais accionistas desde o início desta operação, cuja primeira fase culminou em Julho de 2015, quando foi assinado o contrato promessa de compra e venda das participações detidas pela Efacec, Rohde & Schwarz e o IAPMEI (os principais accionistas com maior representação na EID) à Thunderwaves S.A., detentora da Cohort.

A equipa, coordenada pelo sócio de Direito Societário João Mattamouros Resende contou ainda com os sócios de Direito Público, Duarte Abecasis e Lourenço Vilhena de Freitas, com a consultora de Direito Europeu e da Concorrência, Rita Leandro Vasconcelos, e com os associados Marta Flores da Silva, João Von Funcke, Francisca Sá Carneiro, João Sequeira Sena, Afonso Moucho Diogo e Duarte Peres.

O Ministério da Defesa Nacional explicou na segunda-feira em comunicado que o executivo anterior tinha determinado que seria vendida a totalidade do capital social da EID (Julho de 2015), tendo o actual Governo iniciado, em Fevereiro de 2016, um processo de renegociação com a Cohort.

Segundo revela o comunicado, a concretização da venda de 23,09% de acções das duas entidades públicas accionistas da EID – 20,57% da Empordef e 2,52% do IAPMEI, pelo valor global final de €4.382.604, traduz-se na manutenção de 20% do capital social da EID no Estado. O capital social da EID fica, assim, distribuído pela Cohort (80%), a Empordef (18%) e IAPMEI (2%).

Esta é mais uma privatização assessorada pela sociedade de advogados Cuatrecasas. Também as privatizações da TAP, CP Carga, EGF, Caixa Seguros, ANA, Grupo HPP, Águas do Porto, EDP (8.ª fase de reprivatização) e BPN (reprivatização) contaram com assessoria jurídica desta sociedade de advogados, em alguns casos do lado do vendedor, outras do lado do investidor.

A EID é especializada na concepção e fornecimento de equipamentos e tecnologias de informação para o mercado de defesa e segurança. Facturou 28,3 milhões de euros entre Janeiro de 2016 a Abril de 2017, 24,2 milhões dos quais em exportações.

A Cohort plc é uma empresa cotada e sedeada no Reino Unido, focada sobretudo na área da defesa (terrestre, marítima e aérea) para governos e clientes industriais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Brexit: Bancos não precisam de reforçar capital, diz o BoE

  • Lusa
  • 28 Novembro 2017

Os bancos no Reino Unido demonstraram ser resistentes a uma possível recessão, de acordo com o resultados dos testes de stress revelados pelo Banco de Inglaterra.

O sistema bancário britânico demonstrou ser resistente à eventualidade de uma recessão e nenhuma entidade do Reino Unido terá necessidade de reforçar o seu capital, sinalizou o Banco de Inglaterra. Em relação à saída do Reino Unido da União Europeia, o banco central concluiu que os bancos britânicos estão preparados para uma “saída ordenada”.

De acordo com os resultados das provas de resistência aos bancos britânicos, os sete bancos avaliados estão em posição de força perante a eventualidade de recessões no Reino Unido e na economia global e encontram-se preparados para uma saída “desordenada” da União Europeia, garantiu o Banco de Inglaterra.

Esta é a quarta vez que o Banco de Inglaterra submete as principais entidades financeiras a este tipo de avaliação, desde a crise financeira de 2007-09 e que obrigou o governo a resgatar algumas delas, entre a quais o Royal Bank of Scotland (RBS). Os testes de stress incidiram sobre o Barclays, HSBC, Lloyds Banking Group, Natinwide, RBS, Santander UK e Standard Chartered.

De acordo com o relatório, o Barclays e o RBS tiveram dificuldades num cenário económico de stress mas superaram as provas, depois de terem tomado medidas para fortalecer as suas contas desde o final de 2016.

O banco também observou durante a avaliação um panorama adverso perante a saída do país na União Europeia (UE) – que ocorrerá a 29 de março de 2019 – e concluiu que a banca estará preparada para uma “saída desordenada”. O banco central referiu como medida para mitigar o impacto do Brexit que o quadro normativo entre o Reino Unido e a UE seja concretizado de forma clara.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 28 Novembro 2017

Softbank quer comprar ações da Uber com desconto de 30%. Bancos ingleses mostram-se preparados para um cenário de caos. Saiba quais as notícias que marcam a atualidade internacional.

Os bancos ingleses estão preparados para passarem nos testes de stress, caso o Brexit traga um cenário de desordem na banca. Bruxelas está prestes a dar um passo em frente para criar um Fundo Monetário Europeu. Os japoneses da Softbank preparam-se para comprar ações já existentes da Uber, numa operação que avalia a empresa 30% abaixo da última ronda de financiamento. Conheça estes e outros destaques que marcam a atualidade internacional desta terça-feira.

Bloomberg

Bancos ingleses preparados para um cenário de “desordem”, diz o Banco de Inglaterra

Cinco em sete entidades bancárias conseguem garantir o seu poder de empréstimo num cenário caótico trazido pelo Brexit, afirma o Banco de Inglaterra. O Barclays e o Royal Bank of Scotland foram os bancos que ficaram aquém nos testes de stress. O teste colocou os bancos perante um cenário marcado por uma queda de 4,7% da economia do Reino Unido, uma desvalorização de 27% da libra face ao dólar, uma queda de um terço nos preços da habitação e multas de 40 mil milhões de libras por má conduta.

El País

Comissão Europeia vai avançar com um Fundo Monetário Europeu

Bruxelas apresentará a 6 de dezembro uma proposta para transformar o Mecanismo Europeu de Estabilidade num órgão económico e financeiro do género do FMI, mas à escala europeia. Segundo o El País, trata-se de um plano menos ambicioso do que aquele apresentado pela Alemanha recentemente. O Fundo Monetário Europeu começa com 500 mil milhões de euros para resgatar as economias nacionais “a troco de uma política restrita de condições”. De acordo com o jornal, será a peça que faltava para completar a união bancária na União Europeia. A proposta estende-se por um documento de 47 páginas e pressupõe a nomeação de um ministro da Economia da União Europeia.

Leia a notícia completa aqui (Acesso livre/ Conteúdo em Espanhol).

Financial Times

Softbank avalia Uber 30% abaixo do valor atual

A Softbank irá apresentar aos acionistas da Uber uma oferta para a compra de uma participação na empresa de transportes que a avalia em 48 mil milhões de dólares, um desconto significativo face ao valor implícito na última ronda de financiamento. A instituição, que pretende investir mil milhões na Uber, atribui à empresa uma avaliação 30% mais baixa do que a assumida pelos atuais acionistas. Este investimento, associado ao de outros nove mil milhões por parte de outros investidores, é visto como crucial para que a Uber acelere o seu processo de reestruturação.

Leia a notícia completa aqui (Acesso condicionado/ Conteúdo em Inglês).

El Mundo

Seat prepara-se para encerrar instalações na Catalunha

A fabricante automóvel anunciou que poderá encerrar as suas instalações na região autónoma caso as eleições de 21 de dezembro apurem um Governo que pretenda avançar com um processo de independência de Espanha e da União Europeia. A Volkswagen deu recentemente “luz verde” à Seat para que mude a sua sede para outra região espanhola caso sentisse os efeitos da instabilidade política. “A estabilidade política, a segurança jurídica e a permanência na UE são imprescindíveis para assegurar a sustentabilidade económica e laboral da nossa companhia e das suas filiais, e para manter a confiança dos nossos clientes e acionistas”, afirma Luca de Meo, presidente da comissão executiva da Seat.

Leia a notícia completa aqui (Acesso livre/ Conteúdo em espanhol).

The Guardian

Primeiro-ministro irlandês em conversações com a oposição

Leo Varadkar, primeiro-ministro da Irlanda, tem vindo a negociar com os partidos da oposição de forma a evitar um colapso do seu Governo. Esta terça-feira, Varadkar reunir-se-á com Fianna Fáil, líder do maior partido da oposição, para contornar uma moção de censura. Do lado do partido de Frances Fitzgerald têm surgido apelos à demissão do chefe do executivo. Se Varadkar e Fitzgerald não chegarem a um acordo, o Governo de Dublin poderá sofrer a moção no Parlamento e consequentemente cair.

Leia a notícia completa aqui (Acesso livre/ Conteúdo em inglês).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

A partir de agora, a Uber pode levar-lhe o jantar a casa

Aplicação UberEATS chega à capital portuguesa para permitir aos utilizadores encomendarem uma refeição através de um clique. McDonalds é um dos parceiros da app.

Lisboa é a 200ª cidade do mundo a ter o serviço de entrega de refeições UberEATS.Uber

O serviço da UberEATS, considerado a “galinha dos ovos de ouro” da empresa multinacional, chegou a Lisboa esta terça-feira. A entrega das refeições, feita num período máximo de trinta minutos, contempla uma área de serviço entre Alcântara e a Penha de França, e desde a Baixa a Telheiras. O facto de Lisboa ser a 200ª cidade a acolher o serviço é, explica Rui Bento, responsável da Uber no mercado ibérico, uma demonstração de “mais um reforço da Uber no mercado português”.

É uma forma de fazer a “ligação entre a cultura gastronómica e a versatilidade de um serviço da Uber”, explica o responsável. A primeira versão da app inclui 90 restaurantes de Lisboa, entre os quais a McDonald’s que, pela primeira vez, conta com a entrega das suas refeições onde quer que os clientes estejam. Na lista estão também nomes como Go Natural, Aruki, Osteria e Pistola y Corazón. Os pedidos têm uma garantia de período de entrega de 30 minutos.

"Com o UberEATS pode ter a comida que deseja, onde quiser e com entrega à velocidade da Uber.”

Rui Bento

Diretor-geral da Uber Ibéria

A utilização do serviço requer o download da aplicação UberEATS ou o acesso ao site e vai estar disponível apenas em algumas zonas da cidade, durante a fase piloto. O interface conta com filtros de preço, de tipo de refeição e também com recomendações com base num algoritmo que estuda as preferências dos utilizadores. Feito o pedido, o utilizador tem acesso ao tempo estimado até à entrega.

“Vamos começar por cobrir grande parte da cidade de Lisboa para garantir qualidade e velocidade do serviço. Mas certamente que chegaremos a novas áreas em redor da cidade”, esclarece Rui Bento, diretor-geral da Uber para a Ibéria, em conversa com os jornalistas.

O valor da refeição é pago segundo a carta de cada restaurante, preço ao qual acresce a tarifa fixa de 2,90 euros. Neste caso, a Uber cobra uma taxa de serviço aos parceiros cujo valor não foi revelado por Rui Bento mas que é calculado com base no valor total do pedido.

McDelivery à boleia da Uber

McDonalds é um dos primeiros 90 parceiros da UberEATS em Lisboa.Uber

Com o lançamento do novo serviço UberEATS, a McDonalds aproveita para implementar o McDelivery em Lisboa. O serviço está agora disponível em 14 restaurantes McDonald’s na cidade de Lisboa.

“Era um serviço que já nos era pedido há muito tempo pelos nossos consumidores e que agora, com o UberEATS, estamos em condições de poder fazê-lo de uma forma rápida, em que garantimos a qualidade e que a comida chega quentinha”, explica Inês Lima, diretora de marketing da McDonalds, em declarações ao ECO.

A Uber é o nosso parceiro preferencial no mundo. A McDonalds já tem 6.000 restaurantes e já temos mais de 20 países com McDelivery. Tem funcionado muito bem, tem sido um grande sucesso por ser muito conveniente em determinadas alturas. Os resultados que temos de outros países são muito encorajadores.

Inês Lima

Diretora de marketing da McDonalds Portugal

Em 2014, a Uber criou a app para o serviço Fresh, que garantia uma seleção “não muito boa” de refeições entregues em dez minutos em Los Angeles, escolhida como cidade-piloto.

Neste momento, o serviço UberEATS está em 29 países nos cinco continentes, e abrange 199 cidades e um tempo médio de entrega das refeições de 30 minutos. “Juntar o gosto de tecnologia de Lisboa com a paixão pela comida faz-nos estar muito entusiasmados com este lançamento”, disse Filip Nuytemans, general manager da UberEATS para a Europa.

E os restaurantes?

Os parceiros da Uber neste serviço podem gerir a encomenda através de um interface, que permite aos restaurantes acompanharem a entrega “e garantirem que prestam os melhores serviços aos seus clientes”, explica Rui Bento.

A rede de restaurantes conta com 90 referências numa primeira fase mas Rui Bento afirma que a rede deverá aumentar em breve. Em Lisboa, a entrega deverá ser feita primordialmente através de scooters.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Avaliação bancária das casas bate novo máximo de 2011

O preço do metro quadrado no país estava avaliado em 1.141 euros, naquele que é o valor mais elevado desde maio de 2011. A avaliação bancária das casas aumenta há sete meses consecutivos.

O preço a que os bancos avaliam as casas na hora de concederem crédito à habitação não para de aumentar. Em outubro, o valor da avaliação bancária atingiu um novo máximo de maio de 2011. O rumo deste indicador acompanha a tendência de subida dos preços das casas em Portugal.

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o valor médio da avaliação bancária das casas situou-se em outubro nos 1.141 euros por metro quadrado. Este valor corresponde a uma subida de seis euros face ao valor registado no mês precedente, e é também o patamar mais elevado desde maio de 2011.

Evolução da avaliação bancária em 2017

Fonte: INE

A subida da avaliação das casas acontece numa altura em que os preços das casas também não param de aumentar em Portugal. Dados divulgados pelo Eurostat no final de outubro indicam que os preços dos imóveis estão a crescer em Portugal o dobro da média da Zona Euro. No segundo trimestre deste ano, os preços das casas aumentaram 8%, em média, face ao verificado no mesmo período do ano passado. Na Zona Euro, a subida média foi de 4,4%.

Mas grande parte da justificação para o aumento deste indicador, resulta da maior disponibilidade dos bancos para conceder crédito, e em específico para a compra de casa. Ilustrativo disso mesmo são as sucessivas revisões em baixa dos spreads em vigor nos bancos portugueses. Só em novembro, duas instituições financeiras reviram em baixa a sua margem mínima de spreads cobrados na concessão de crédito para a compra de casa. Foi o que aconteceu como o Bankinter que tem agora a margem mínima mais baixa do mercado, mas também com o BPI que deixou de ter o limite mínimo mais elevado do mercado, para passar a praticar o mesmo valor do Novo Banco.

A avaliação bancária é um indicador muito importante porque atesta a disponibilidade dos bancos em financiar quantias mais elevadas face ao preço dos imóveis. Ou seja, quanto maior for essa avaliação, a probabilidade de os clientes bancários terem acesso a um rácio de financiamento face ao preço do imóvel mais alto. Em termos de montantes de financiamento concedido para a compra de casa, a tendência de subida persiste. Desde o início do ano até ao final de setembro foram disponibilizados quase seis mil milhões de euros em novos empréstimos com esse fim.

Algarve e Madeira lideram subidas

O aumento da avaliação bancária foi transversal à generalidade das regiões do país. A única exceção foi a Região Autónoma dos Açores onde foi visível uma quebra na avaliação bancária em outubro. Na região, este indicador baixou de cinco euros entre setembro e outubro, para se situar nos 989 euros por metro quadrado. No lado oposto, destaque para o aumento em 22 euros no preço médio da avaliação bancária das casas no Algarve, para os 1.450 euros, com aquela região a manter-se com os níveis de avaliação mais elevados do país.

Segue-se a Área Metropolitana de Lisboa, com a avaliação das casas pelos bancos a situar-se em outubro nos 1.382 euros, mais um euro do que no mês anterior. Já a Região autónoma da Madeira manteve-se como a terceira região do país com a avaliação bancária dos imóveis mais elevada do país. Este indicador situou-se numa média de 1.291 euros, em outubro, mais 21 euros do que no mês precedente.

(Notícia atualizada às 11h35 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Porto diz que transferência do Infarmed “não deve ser um ato isolado”

Num documento assinado pelos maiores partidos do Porto, é exigido ao Governo que "leve a cabo todas as medidas necessárias para que esta transferência inclua competências que tenham impacto no setor".

Continua a saga da transferência do Infarmed de Lisboa para o Porto. A Câmara Municipal do Porto, que esta terça-feira está reunida, acaba de aprovar um documento em que é exigido ao Governo a deslocalização efetiva do Infarmed para o Porto, tal como foi anunciado há precisamente uma semana pelo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

O documento, que o ECO noticiou em primeira mão, esta terça-feira é uma tomada de “posição clara e inequívoca” por parte do executivo liderado por Rui Moreira e surge no âmbito da polémica que se tem instalado em torno desta matéria e, que teve o seu ponto alto na entrevista concedida na passada segunda-feira, pela presidente do Infarmed dando conta da sua perplexidade com a medida e garantindo que o ministro lhe deu conta de que isto era “uma intenção”.

O documento começa por apoiar a decisão de deslocalização, mas adianta que “este processo não deve ser um ato isolado, constituindo, antes pelo contrário, o início de um caminho que conduza a uma efetiva descentralização do país que venha a beneficiar o todo nacional”.

No documento assinado pelos principais partidos políticos (PS, PSD e o movimento Porto, o Nosso Partido) é pedido ao Governo que “leve a cabo todas as medidas necessárias para que esta transferência inclua competências que tenham impacto no setor regional da saúde e do medicamento“. Fica claro, que a cidade não aceita que a sede se transfira para o Porto mas sem competências.

"[Porto pede ao Governo] que leve a cabo todas as medidas necessárias para que esta transferência inclua competências que tenham impacto no setor regional da saúde e do medicamento.”

Câmara Municipal do Porto

O documento exige ainda que o Governo inclua “a elaboração de um calendário de transferência de competências, acautelando os diferentes interesses em presença, designadamente os dos trabalhadores envolvidos”.

É necessário “garantir que colaborará no sentido de apoiar esta transferência, no prazo previsto, utilizando nomeadamente os estudos e levantamentos que foram feitos por ocasião da candidatura à EMA”, refere o mesmo documento.

A Câmara reconhece que esta transferência tem custos e lamenta que “se pretenda converter esta decisão estratégica do Governo num impulso precipitado, num favor político, ou numa mera compensação. Tanto mais que só poderia fazer sentido falar em favor político se houvesse um qualquer contra-favor, que não existe”.

Sobre os custos propriamente ditos, a autarquia adianta que “o custo desta deslocalização, é um investimento inicial que decorrer inevitavelmente da instalação“. O executivo lembra porém que “a alteração deste paradigma terá um menor custo se não for sucessivamente adiada, terá resultados positivos a médio e longo prazo, diminuirá a necessidade de migração de quadros, contribuirá para a coesão nacional e para o reequilibro territorial”.

O documento dá ainda conta que “o caso do Infarmed é um sério teste à vontade política de promover esta reforma central e sempre adiada através de atos concretos”.

A Câmara refere que “não se pode esperar que a descentralização ocorra, apenas, com novos instrumentos a serem criados pela administração pública”, até porque “o país está hoje dotado de um sem número de serviços, de instituições públicas e institutos, e não se antevê recomendável, necessário, ou sequer provável, que venham a ser criados outros de dimensão relevante”.

Trabalhadores não são esquecidos

A eventual deslocalização da sede do Infarmed de Lisboa para o Porto foi chumbada pela maioria dos trabalhadores. O documento reconhece que a medida vai ter “impacto na vida de muitas pessoas e famílias com as quais todos simpatizamos e cujas dúvidas e reclamações compreendemos, tanto mais que a mobilidade é mais difícil em Portugal do que noutros países europeus“.

Confiante de que muitos dos trabalhadores do Infarmed acabarão por criar condições para se deslocarem para o Porto, o documento frisa no entanto que “outros continuarão a trabalhar no Infarmed em Lisboa e não faltarão certamente outras instituições do Estado, também ela sediadas em Lisboa, que poderão acolher em regime de mobilidade aqueles para quem nenhuma destas soluções se revele exequível. Mas também não temos dúvida que haverá muitos trabalhadores que se viram obrigados a mudar as suas vidas e a migrar para a capital e que estarão interessados em se candidatar a um lugar no Porto”.

Em qualquer caso, lê-se no documento, os direitos dos trabalhadores têm que ser respeitados e acrescenta: “Não antevemos que se possam invocar questões de legalidade sobre esta deslocalização”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

António Costa quer Sines como “nova porta” de entrada do gás natural na Europa

  • Lusa
  • 28 Novembro 2017

O primeiro-ministro quer que Sines se torne na "nova porta" de entrada de gás natural na Europa. É uma forma de melhorar a "segurança energética" no continente, afirma António Costa.

O primeiro-ministro deseja que Sines se torne a “nova porta” de entrada do gás natural na Europa, melhorando assim a “segurança energética” do continente, ao invés da atual sujeição à Rússia ou à Argélia.

“Por exemplo, a segurança da Europa em matéria energética tem tudo a ganhar com a criação e desenvolvimento de um novo terminal que nos permita receber gás natural na fachada atlântica, no Porto de Sines, e diversificar as fontes de abastecimento da Europa, hoje dependentes da Rússia ou da Argélia. Podemos ser a nova porta para melhorar a segurança energética da Europa”, disse António Costa. O líder do executivo socialista discursava num evento sobre a estratégia portuguesa para a próxima década, em Lisboa.

“A defesa da Europa não se faz só com maior investimento em capacidade militar. Faz-se também investindo na ciência e desenvolvimento, novas competências e capacidades“, declarou, no “‘workshop’ (oficina intelectual) Estratégia Portugal 2030” no Teatro Thalia, Lisboa, que reúne diversos especialistas internacionais sobre vários temas: desafio demográfico, digitalização, urbanização e mobilidade ou uso de recursos e economia circular.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Natal chegou à Casa Branca. Veja a decoração de Melania Trump

  • ECO
  • 28 Novembro 2017

Os Trump passam, pela primeira vez, o Natal na Casa Branca. Melania fez questão de supervisionar cada detalhe da decoração. "Tradições consagradas no tempo" serviram de mote.

No seu primeiro Natal na Casa Branca, Melania Trump escolheu honrar as “tradições consagradas no tempo”. A primeira-dama norte-americana supervisionou pessoalmente todos os detalhes da decoração da residência presidencial, que incluiu uma árvore enfeitada com adornos de vidro em representação de cada estado desse país e uma outra em tributo às famílias dos militares que morreram em batalha. Na Ala Este, os visitantes podem também deixar mensagens aos familiares e amigos em serviço militar, no estrangeiro.

“O Presidente, Barron e eu estamos muito entusiasmados para o nosso primeiro Natal na Casa Branca”, confessou Melania Trump em comunicado. “Como muitas famílias por todo o país, estas tradições são muito importantes para nós. Espero que quem visitar a Casa Branca se sinta como se estivesse em casa para esta ocasião festiva“, sublinhou a ex-modelo.

Em dezembro, mais de 25 mil pessoas terão a possibilidade de visitar a residência oficial do Presidente norte-americano, apreciar o esforço decorativo de Melania e dar de caras com uma representação em bolachas de gengibre de quase 160 quilos da Casa Branca.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

OCDE alerta: choques externos serão um desafio para Portugal

A OCDE alerta que a economia portuguesa será "particularmente" desafiada caso exista um impacto externo. A Organização diz que há uma reduzida capacidade de suportar um choque económico.

A economia portuguesa ainda está vulnerável a impactos externos negativos. O alerta é dado esta terça-feira pela OCDE no Economic Outlook de novembro. A Organização considera que a recuperação económica ganhou “tração” em 2017 graças às reformas estruturais do passado e ao reforço do consumo privado. Para 2018, até é mais otimista do que o Governo: aponta para uma subida do PIB de 2,3% face aos 2,2% esperados por Mário Centeno. Contudo, os riscos de um choque externo persistem, principalmente no setor financeiro.

“Embora a estabilidade do setor financeiro tenha aumentado durante os últimos anos, os ativos de baixa qualidade e a fraca rentabilidade [dos bancos] reduz a sua capacidade de aguentar um choque económico adverso“, assinala a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico. No capítulo dedicado a Portugal, a OCDE nota ainda que o “elevado” nível de crédito malparado e a dívida pública “elevada” fazem com que a economia “real” venha a ser “particularmente desafiada” perante um qualquer choque externo negativo.

A dívida pública mantém-se muito alta, o que limita a capacidade do Governo de responder na eventualidade de existirem choques externos futuros.

OCDE

Economic Outlook de novembro

Além disso, existem outros fatores que mantêm a economia portuguesa em perigo face crises externas. “O setor privado, especialmente as empresas, continuam a estar altamente endividadas“, assinala a organização liderada por Angel Gurría. Do lado do setor público, a OCDE alerta o Governo de que mais expansão orçamental “pode ter o risco de debilitar a sustentabilidade orçamental”. “A dívida pública mantém-se muito alta, o que limita a capacidade do Governo de responder na eventualidade de existirem choques externos futuros”, aponta o documento.

OCDE mais otimista que o Governo no PIB de 2018

Apesar dos avisos, a OCDE está mais confiante no crescimento económico de Portugal do que o Governo: no Economic Outlook prevê-se uma subida do PIB de 2,3% para 2018 e 2019, enquanto o Executivo prevê um crescimento de 2,2%. Os motores da economia serão a procura interna e as exportações, na ótica da OCDE, uma vez que o consumo vai continuar acelerar devido à criação de emprego. “O crescente consumo privado tem refletido a notável subida do real rendimento disponível e a aceleração do emprego”, assinala a OCDE.

Além disso, o investimento também deverá continuar a acelerar, principalmente pela promessa do Executivo de subir consideravelmente o investimento público no próximo ano. Ao mesmo tempo, o setor privado está a responder à aceleração do consumo privado e aos aumentos da rentabilidade — “o investimento privado tem aumentado rapidamente e existem indicadores que apontam para uma maior intenção de contratar”.

Do lado das contas públicas, a OCDE prevê que o défice de 2017 fique nos 1,5%, acima do objetivo de 1,4% do Governo. Para 2018, a estimativa é de 1%, face aos 1,1% do Executivo. A Organização considera que a política orçamental nesses dois anos será “levemente expansionista”. Contudo, a organização alerta que, no futuro, a política orçamental expansionista deve ser “evitada” dado que é preciso diminuir a dívida pública. Ainda assim, a OCDE sugere que há espaço para tornar a política orçamental mais amiga do crescimento fazendo um ajustamento na composição da despesa e dos impostos.

O crescente consumo privado tem refletido a notável subida do real rendimento disponível e a aceleração do emprego.

OCDE

Economic Outlook de novembro

“Reformas que promovam a produtividade e facilitem a entrada dos profissionais de serviços iria reforçar a força da recuperação” económica, aconselha a OCDE. Este deveria ser o foco do país, segundo o documento, uma vez que iria promover a produtividade e o dinamismo empresarial.

No futuro, a Organização prevê que o crescimento dos salários aconteça em breve, o que irá “eventualmente traduzir-se” no aumento da inflação. Além disso, a OCDE refere que se a recuperação económica nos parceiros comerciais de Portugal for melhor do que a esperada, isso poderá alavancar as exportações portuguesas e o investimento privado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.