Alargar prazo para rescisões? Meo remete para Anacom, que diz não ter poder

Problemas nos pedidos de rescisão sem custos levam Deco a pedir à Anacom para que aumente o prazo. Regulador diz estar de mãos e pés atados e atira para as operadoras. Meo atira para a Anacom.

Termina esta sexta-feira o prazo para que os clientes fidelizados da Meo, que viram os preços aumentar sem comunicação prévia, possam rescindir os contratos sem custos. A janela de oportunidade foi de menos de um mês e apanhou muitos clientes de férias. Também têm havido queixas por parte de quem quer rescindir e não consegue. Mas se está à espera de que o prazo venha a ser alargado, talvez o melhor é esquecer. As operadoras empurram para a Anacom, enquanto o regulador diz estar de mãos e pés atados.

A atualização de tarifas aconteceu no final do ano passado e foi mal vista pela Anacom, que impôs um pacote de medidas corretivas à Meo, Nos, Vodafone e Nowo: ou baixavam novamente os preços, ou aceitavam as rescisões. As operadoras optaram pela via das rescisões: o prazo da Meo está a terminar, enquanto o da Nos esgotou a 19 de agosto. Já a Vodafone garante que não aumentou preços a clientes fidelizados, mas que “as atualizações de preços em 2016 foram apenas para novos contratos”.

Mas o que seria fácil à partida tem vindo a revelar-se uma dor de cabeça. Como o ECO noticiou anteriormente, muitos clientes que ligaram para os centros de atendimento a pedir o fim do vínculo, ou que se deslocaram às lojas e acabaram ao telefone, ficaram horas à espera sem serem atendidos. As queixas surgiram um pouco por todo o lado, incluindo na associação de defesa do consumidor. A Deco acabou mesmo por fazer pressão junto do regulador das comunicações, apelando ao alargamento do prazo.

Anacom sem competências para alargar o prazo

Porém, segundo a rádio TSF, a Anacom recusa essa hipótese, garantindo não ter competência para isso, pelo que só as operadoras o podem fazer, de forma voluntária. Assim, emitiu apenas um comunicado em que alerta os clientes da existência de outras vias para rescindir contratos, como por email ou carta, por exemplo. Segundo o regulador, “os clientes que pretendam exercer o direito de rescisão podem fazê-lo, não só pessoalmente em qualquer loja ou por telefone, mas também por escrito”. Além do mais, a única documentação precisa é algo que confirme a “identificação do assinante”, indica.

E é aqui que o caso ganha contornos bizarros. Quando questionada sobre a possibilidade de alargamento dos prazos para rescisões sem custos, fonte oficial da Meo recordou ter dado “integral cumprimento à decisão do regulador, o qual decidiu a implementação desta decisão no mês de agosto bem como os perfis de clientes que estariam abrangidos pela mesma”. A Meo garante ter sido “diligente na implementação da medida, tendo sido o operador que, com total transparência, disponibilizou o prazo mais alargado para a rescisão sem custos”, sublinha a mesma fonte.

A operadora detida pela Altice vai ainda mais longe, apontando para as vias alternativas já indicadas pela Anacom. E confirma a “elevada procura nas linhas de atendimento, à qual não é alheia a aproximação do fim do prazo, razão pela qual os tempos de espera são diferentes dos habituais”. À semelhança das outras operadoras contactadas pelo ECO, a Meo escusou-se a revelar números concretos dos pedidos de rescisão.

"O Meo deu integral cumprimento à decisão do regulador, o qual decidiu a implementação desta decisão no mês de Agosto bem como os perfis de clientes que estariam abrangidos pela mesma. Foi diligente na implementação da medida, tendo sido o operador que, com total transparência, disponibilizou o prazo mais alargado para a rescisão sem custos.”

Fonte oficial da Meo

Já a Vodafone, sempre ressalvando estar noutro barco — por não ter aumentado preços a clientes fidelizados, mas sim a novos clientes –, também indicou ter acatado “a imposição de medidas corretivas, cumprindo-as escrupulosamente”. Sobre a hipótese do alargamento do prazo, fonte oficial da operadora disse ao ECO: “Se o regulador considerar que o prazo é insuficiente, a Vodafone cumprirá naturalmente as eventuais novas deliberações.” O mesmo foi dito pela Nowo, que garantiu que “irá sempre acatar as determinações da Anacom”.

Contactada, a Nos NOS 0,27% escusou-se a prestar quaisquer comentários acerca do tema das medidas corretivas impostas pela Anacom.

Deco não teve resposta do regulador

Ao ECO, Rita Rodrigues, responsável pelas relações institucionais da Deco, adiantou que não houve qualquer resposta por parte da Anacom na sequência do pedido para alargamento dos prazos. “Não houve qualquer resposta da Anacom, o que nos entristece bastante, porque alguns dos prazos já terminaram. Parece-nos que o regulador não está a saber responder àquilo que são as reais necessidades dos consumidores que ele também deve representar.”

Face à falta de competências da Anacom, Rita Rodrigues comentou: “Parece-me inaceitável, porque a Anacom, quando tomou a decisão e notificou todos os operadores dessa decisão, poderia ter ela própria estabelecido o prazo. Ela deixou que fosse cada um dos operadores a fazê-lo e, portanto, nesse sentido, não pode agora dizer que não tem competência nessa matéria.”

(Notícia atualizada às 17h08 com declarações da Deco)

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PSI 20 a vermelho. BCP volta a deslizar

BCP volta às quedas. EDP e Jerónimo Martins também pesam no índice português. Fora do PSI-20, Estoril Sol destaca-se a brilhar.

O PSI-20, o principal índice da bolsa portuguesa, termina a semana a vermelho. BCP e Galp invertem a tendência positiva com que abriram os mercados esta sexta-feira, enquanto a Jerónimo Martins se mantém consistente nas perdas do dia de hoje.

O PSI-20 termina a semana a cair 0,58% para os 5.165,92 pontos. BCP, EDP e Jerónimo Martins pintam o índice de vermelho com as respetivas perdas. O BCP é a cotada que mais pesa na bolsa portuguesa e cai 1,83%, com as ações a valerem 22,58 cêntimos. É a nona sessão de perdas, interrompidas apenas pelos resultados positivos desta quinta-feira. O banco português destoa assim dos pares da praça europeia, que fecharam o dia a ganhar 0,15%, de acordo com o índice Bebanks que reúne os principais bancos e serviços financeiros da Europa.

A energia também teve uma prestação negativa. Os títulos da EDP desvalorizaram na ordem dos 0,92% para os 3,22 euros e os da Galp reduziram o valor em 0,65 % para os 13,76 euros. A retalhista Jerónimo Martins também não conquistou o apetite aos investidores, registando uma quebra de 0,60% que baixa o preço das ações para os 16,65 euros. A travar maiores perdas esteve a Mota Engil, que valorizou 1,79% para os 2,39 euros por ação.

Fora do PSI-20, de assinalar é também o desempenho do grupo Estoril Sol que convenceu os investidores após a subida de 283% nos lucros revelada esta quinta-feira. Esta sexta-feira, o grupo cuja sorte na bolsa se deve sobretudo ao desempenho dos três casinos que detém, fechou o dia com as ações a valerem 10,82 euros, um aumento de 20,89% em comparação com o dia anterior.

O grupo Impresa manteve-se consistente nos ganhos com que abriu os mercados, apesar de terem descido dos 4% da manhã de sexta-feira para os 2,93% com fechou a bolsa. Finalizar no verde é importante para o grupo de media português para que consiga corrigir as recentes perdas., que chegaram a atingir os 10%.

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Yellen: Vai haver menos crises, mas “otimismo excessivo” é um risco

A presidente da Fed pede aos reguladores que aprendam com as lições do passado e evitem novas bolhas. E assegura que qualquer retirada de estímulos à economia será apenas "modesta".

Janet Yellen acredita que a economia mundial vai passar por menos crises e irá recuperar mais rápido daquelas que vierem a acontecer. Mas a presidente da Reserva Federal norte-americana alerta também para os “riscos do otimismo excessivo”, pelo que os reguladores devem manter-se vigilantes para evitar novas bolhas.

“A evolução do sistema financeiro na resposta às forças económicas globais, à tecnologia e à regulação vai resultar, mais cedo ou mais tarde, em riscos demasiado familiares de otimismo excessivo”, disse Yellen, no discurso em Jackson Hole, que foi publicado no site da Fed.

"Nunca podemos ter a certeza de que novas crises não vão acontecer, mas temos razões para esperar que o sistema financeiro e a economia passem por menos crises e recuperem mais rapidamente de futuras crises.”

Janet Yellen

Presidente da Reserva Federal norte-americana

“Nunca podemos ter a certeza de que novas crises não vão acontecer, mas, se tivermos esta lição fresca nas nossas memórias e atuarmos de acordo com isso, temos razões para esperar que o sistema financeiro e a economia passem por menos crises e recuperem mais rapidamente de futuras crises, poupando famílias e empresas a algum do sofrimento a que foram sujeitos durante a crise que nos atingiu há uma década”, acrescentou a presidente da Fed.

Durante o discurso em Jackson Hole, Janet Yellen abordou ainda a questão da retirada de estímulos à economia. A Fed já admitiu poder avançar com a redução do balanço em setembro, mas, agora, a presidente do banco central vem esclarecer que qualquer retirada dos estímulos deverá ser “modesta”. Isto porque foram estes estímulos que fortaleceram a banca e tornaram a economia mais resiliente.

“Qualquer ajustamento ao quadro regulatório deverá ser modesto e preservar o aumento da resiliência dos maiores bancos, que está associado às reformas feitas nos últimos anos”, declarou Yellen.

O balanço da Fed está avaliado em 4,5 biliões de dólares e os valores a reinvestir em dívida pública deverão começar a ser reduzidos em breve. As minutas da reunião de julho mostram que esta redução poderá acontecer já em setembro.

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Já há data para a reunião de credores da Oi

A reunião geral de credores já tem data marcada. Será no dia 9 de outubro, no Rio de Janeiro. É um dos passos mais importantes no processo de recuperação judicial da empresa.

Já foram homologadas as datas para a Assembleia Geral de Credores (AGC) da Oi, um passo essencial para o processo de recuperação judicial da maior operadora de telecomunicações do Brasil, informou a empresa num comunicado enviado aos investidores.

A primeira convocatória será feita para o dia 9 de outubro, enquanto a segunda convocatória, a ser feita, ficará marcada para 23 de outubro. A reunião realizar-se-á no centro de convenções Riocentro, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro (Brasil).

“[A Oi] informa a seus acionistas e ao mercado em geral que o Juízo da 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro homologou as datas sugeridas pelo administrador judicial para a AGC, designando a realização da AGC para os dias 09/10/2017, em primeira convocação, e 23/10/2017, em segunda convocação, a ser realizada no Riocentro”, lê-se na nota.

A Oi vê-se a braços com uma dívida global de cerca de 18 mil milhões de euros. Em causa está um total de mais de 55.000 credores, entre eles a Anatel, o regulador brasileiro das telecomunicações, com uma dívida na ordem dos milhares de milhões de euros.

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Receita cresce e défice recua 1.153 milhões até julho

  • Marta Santos Silva
  • 25 Agosto 2017

A execução orçamental até julho deixou o défice nos 3.763 milhões de euros, uma melhoria de mais de mil milhões em relação ao mesmo mês do ano passado.

O défice orçamental até ao mês de julho foi de 3.763 milhões de euros, 1.153 milhões abaixo do verificado no mesmo período de 2016, revela uma nota enviada esta sexta-feira pelo Ministério das Finanças às redações. A melhoria, esclarece o comunicado, deve-se ao “aumento expressivo da receita” assim como de um acréscimo de despesa de 0,5% em julhoem junho a despesa aumentara 1,6%.

A nota do Ministério das Finanças antecipou a publicação do relatório de execução orçamental preparado pela Direção-Geral do Orçamento (DGO), disponível aqui em PDF.

“A melhoria da execução orçamental em julho reflete a diluição da antecipação dos reembolsos fiscais, como já referido nas execuções orçamentais dos meses anteriores”, lê-se no comunicado. Numa conferência de imprensa após a publicação do relatório, o ministro das Finanças, Mário Centeno, disse à RTP 3 que a antecipação dos reembolsos “resultou de um aumento da eficiência da Autoridade Tributária”.

Os relatórios de execução orçamental de junho, maio e abril referiam os três que os sucessivos agravamentos registados do défice se deviam a reembolsos de IRS, cujos efeitos se esperava virem a diluir-se. A redução em julho do défice relativamente ao mesmo período do ano passado acontece, assim, após três meses de aumentos.

O ministro Mário Centeno esclareceu alguns dos números aos jornalistas numa conferência de imprensa.Paula Nunes / ECO

No entanto, ficam alertas para o resto do ano, que poderão ter impacto na execução orçamental e abrandar a melhoria do défice. O ministro Mário Centeno mencionou “o perfil do pagamento do subsídio de Natal”, que este ano terá 50% do valor pago na altura adequada, por oposição ao ano passado em que aconteceu por duodécimos, e “o acerto de margens financeiras com a União Europeia, que ocorreu no ano transato e não se repetirá”. O comunicado do Ministério acrescenta ainda a não repetição do PERES, que permitiu angariar 510 milhões de euros em 2016.

A receita do Estado aumentou significativamente, em 3,2%. O crescimento mais expressivo foi no imposto sobre os rendimentos das pessoas coletivas (empresas), o IRC, cuja receita cresceu 18,8% até julho, refere o Ministério no comunicado. Sobre esta subida, o ministro afirmou que “este crescimento ocorre num quadro de estabilidade fiscal tão importante para as empresas em Portugal”.

Também a receita de IVA subiu 6,9%. As contribuições para a Segurança Social também cresceram 6,1%, e as retenções na fonte mais do que 4%.

Do lado da despesa, escreve a tutela das Finanças, verificou-se um aumento de 4,5% na despesa do Serviço Nacional de Saúde, “o que revela a prioridade atribuída a este setor”. No entanto, a despesa primária das Administrações Públicas estabilizou face a 2016, com um pequeno aumento na despesa com pessoal de 0,2%, principalmente “nas áreas da saúde e da educação”, escreve o Ministério.

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Feira de negócios sobre o mar regressa a Portugal em 2018

  • Lusa e ECO
  • 25 Agosto 2017

Quatro anos depois, a feira de negócios Biomarine volta a Cascais.

Portugal vai receber no próximo ano a feira de negócios Biomarine dedicada à economia do mar. Cascais volta em 2018 a receber a Biomarine, que anualmente promove oportunidades de negócio e o desenvolvimento de investimentos, disse esta sexta-feira o presidente executivo (CEO) do evento, Pierre Erwes. Esta não é a primeira vez que Cascais recebe o evento — já tinha acontecido em 2014.

“Vai ser em Cascais, por que há uma boa sinergia. [..] E há um claro entendimento entre os governantes, a câmara municipal e nós adoramos o local e esperamos convencer o príncipe Alberto [do Mónaco] a voltar, porque ele também adora o local”, informou o CEO. O mesmo anúncio foi feito esta sexta-feira pelo Ministério do Mar.

Depois de a vila ter recebido o evento em 2014, Erwes já fez saber que haverá algumas alterações no próximo ano, como diversificação de reuniões, um novo tipo de exposição e o acompanhamento dos negócios fechados este ano. “Portugal escolheu-nos. É como quando se está viciado, é um país que vive junto do mar, que vive para o mar e não havia melhor local do que Portugal e, por isso, decidimos voltar e o que o país fez em cinco anos, é o líder azul da Europa”, justificou ainda o CEO.

Erwes informou que estará disponível para o público a iniciativa “my blue city [a minha cidade azul] para “se compreender o potencial de Portugal, tal como as tecnologias e os recursos” do país. O anúncio aconteceu depois da assinatura de um protocolo entre a Direção-Geral de Política do Mar, a Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos e a Biomarine Organization Clusters Association, em Lisboa.

A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, disse que este protocolo visa dar “maior centralidade às empresas portuguesas, no âmbito do Biomarine, que é a maior rede internacional em termos de parcerias na área do mar e engloba indústrias, mas também centros de investigação”. Este evento anual inclui conferências, encontros de alto nível e encontros um para um, enumerou a governante.

A edição deste ano decorre em Rimouski, Quebec (Canadá), onde Ana Paula Vitorino estará presente de 1 a 3 de outubro para assistir ao plenário de abertura do Biomarine 2017. Esta sexta-feira foi assinado um protocolo entre a Direção-Geral de Política do Mar, a Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos e a Biomarine Organization Clusters Association.

O evento já passou por Halifax, em 2013, Cascais, em 2014, Wilmington, em 2015, e Oslo, em 2016.

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Wall Street avança com Jackson Hole na mira

Dia positivo nos mercados mundiais e as bolsas norte-americanas não são exceção ao bom momentos. Wall Street avança com ouvidos colados ao que Yellen e Draghi terão para dizer em Jackson Hole.

Com Jackson Hole a concentrar todas as atenções do mercado, no dia em que Janet Yellen e Mario Draghi discursam, Wall Street abriu a sessão com algum apetite comprador depois de dois dias seguidos de quedas.

O S&P 500, o índice de referência mundial, soma 0,37% para 2.448,00 pontos, sendo acompanhado pelos outros dois principais índices: o tecnológico Nasdaq e o industrial Dow Jones, que avançam 0,32% e 0,3%, respetivamente.

O sentimento geral é positivo. As ações mundiais vão a caminho da melhor semana das últimas seis, de acordo com a agência Reuters. Os mercados emergentes dão um forte contributo, negociando em máximos de três anos, o que está a dar força às mercadorias como os metais e o petróleo, perante a perspetiva de que a retoma mundial vai aumentar a procura por commodities.

Ainda que sejam aguardados com muita expectativa pelo que podem preanunciar, os analistas não esperam grandes novidades nos discursos previstos para o dia de hoje dos presidentes da Reserva Federal norte-americana e do Banco Central Europeu no simpósio económico anual organizado pelo Fed de Kansas no pequeno retiro de montanha Jackson Hole. Novidades acerca da retirada dos estímulos monetários sem precedentes nos EUA e na Zona Euro deverão surgir mais tarde.

“Os resultados e o crescimento económico são suficientemente fortes e a política do banco central de maior aperto sugere isso mesmo. Na ausência de um choque, os mercados deverão apresentar uma tendência altista nos próximos seis meses”, referiu Mark Haefele, diretor de investimentos da UBS Wealth Management, numa nota citada pela Reuters.

"Os resultados e o crescimento económico são suficientemente fortes e a política do banco central de maior aperto sugere isso mesmo. Na ausência de um choque, os mercados deverão apresentar uma tendência altista nos próximos seis meses.”

Mark Haefele

Diretor de investimentos da UBS Wealth Management

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MPLA perde 25 deputados, UNITA com resultado histórico

  • Lusa
  • 25 Agosto 2017

O MPLA perdeu 25 deputados na Assembleia Nacional angolana nas eleições gerais de quarta-feira, de acordo com os dados provisórios. A UNITA a obteve o melhor resultado de sempre desde a paz.

O MPLA perdeu 25 deputados na Assembleia Nacional angolana nas eleições gerais de quarta-feira, de acordo com os dados provisórios anunciados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), com a UNITA a obter o seu melhor resultado desde a paz.

De acordo com os dados avançados esta sexta-feira pela porta-voz da CNE, Júlia Ferreira, quando estão escrutinados 9.114.386 votos (97,82% do total), o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) lidera a contagem nacional, com 4.071.525 votos (61,10%), o que corresponde a 150 deputados e à eleição de João Lourenço para Presidente da República.

O secretário do Bureau Político do MPLA para as questões políticas e eleitorais, João Martins, já disse que o partido, depois de apurados os dados definitivos, vai analisar o resultado eleitoral nas várias estruturas partidárias.

Nas eleições gerais de 2012, a última às quais concorreu como cabeça-de-lista do MPLA José Eduardo dos Santos, Presidente da República desde 1979, que decorreram nos mesmos moldes, o MPLA arrecadou 4.135.503 votos, equivalente a 71,80% da votação e 175 deputados, o que na altura já representou menos 16 mandatos.

No plano oposto, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), liderada por Isaías Samakuva, sobe para 1.780.038 votos e 26,71% do total, com 51 deputados, quando nas eleições gerais de 2012 conquistou 1.074.565 votos (18,7% do total) e 32 deputados à Assembleia Nacional.

Em 2008, a UNITA arrecadou 10,36% dos votos.

A Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), que tem Abel Chivukuvuku como presidente e que se estreou nas eleições de 2012, arrecadando então 345.589 (6%) e oito deputados, duplicou o número de mandatos nas eleições de 2017, para 16, com 630.234 votos (9,46% do total).

O Partido de Renovação Social (PRS), liderado desde maio por Benedito Daniel, perdeu um dos três deputados que tinha conquistado em 2012, enquanto a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) viu apenas o seu líder, Lucas Ngonda, ser eleito ao parlamento, contrariamente aos atuais dois deputados.

De acordo com os dados avançados hoje pela CNE, estão apuradas 24.807 das mesas de voto (97,38%), correspondentes a 9.114.386 eleitores (97,82%).

Oposição contesta

Os comissários nacionais eleitorais representantes dos partidos UNITA e CASA-CE demarcaram-se na quinta-feira dos primeiros resultados apresentados CNE. Em conferência de imprensa, os comissários, que fazem parte do grupo técnico, referem que a posição é tomada devido ao procedimento como foi feito e avaliado o documento que reportou os resultados provisórios.

Os comissários sublinharam que “não se reveem” na comunicação da CNE, porque “não foi feita com base nos termos legais”.

Segundo os comissários, a lei estabelece que é à CNE que cabe congregar os resultados eleitorais, apurar cada uma das candidaturas nas mesas de voto, com base nas informações produzidas pelas comissões municipais e provinciais.

“Nenhuma comissão provincial eleitoral, de Cabinda ao Cunene, se reuniu para se produzirem os resultados que foram anunciados. Aqui estão membros que fazem parte da coordenação técnica do centro de escrutínio, igualmente eles não participaram na produção daqueles resultados”, disse o comissário da UNITA, Cláudio da Silva.

"Nenhuma comissão provincial eleitoral, de Cabinda ao Cunene, se reuniu para se produzirem os resultados que foram anunciados. Aqui estão membros que fazem parte da coordenação técnica do centro de escrutínio, igualmente eles não participaram na produção daqueles resultados.”

Cláudio da Silva

Comissário da UNITA

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Há mais um jogador no clube dos 100 milhões

Mais uma transferência sensacional no futebol. Desta vez, é Dembélé o protagonista. Transfere-se do Dortmund para o Barcelona e junta-se ao clube dos jogadores avaliados em mais de 100 milhões.

Retorno de 700% no mercado? O Borussia de Dortmund está prestes a consegui-lo no mercado… de transferências. Depois de o PSG ter concretizado a compra de Neymar ao Barcelona por 222 milhões de euros, a equipa catalã procurava um substituto. Encontrou-o na Alemanha. Chama-se Ousmane Dembélé, um avançado francês de 20 anos pelo qual o Dortmund havia pago apenas 15 milhões há um ano. Transfere-se para a capital da Catalunha a troco de 105 milhões de euros.

De acordo com a imprensa alemã, o valor que o Barcelona paga ao clube alemão pode chegar aos 150 milhões de euros. Mas paga já 105 milhões, o que permite a Dembélé juntar-se ao restrito clube dos jogadores transferidos por mais de 100 milhões. Nesta lista exclusiva não está Ronaldo. Inclui Paul Pogba (105 milhões de euros da Juventus para o Manchester United, em 2016) e Gareth Bale (101 milhões de euros do Tottenham para o Real Madrid, em 2013).

O mercado de transferências só encerra no final do mês na maioria das ligas europeias e até lá poderá conhecer novo negócio acima 100 milhões de euros. Isto porque o Barcelona não está satisfeito com a alternativa à saída de Neymar e pondera avançar para a aquisição de Phillippe Coutinho, do Liverpool.

De acordo com o Mundo Deportivo (acesso livre/conteúdo em espanhol), a última proposta que chegou à cidade dos Beatles atingiu os 125 milhões de euros, que foram insuficientes para convencer os responsáveis britânicos a libertar o avançado brasileiro. Um cheque mais chorudo espera-se nos próximos dias.

Éderson chega ao top-5 em Portugal

Foi o guarda-redes mais caro da história da Premier League. Ederson transferiu-se este verão para os ingleses do Manchester City por 40 milhões de euros proveniente do Benfica. Mas o negócio mais caro de sempre envolvendo clubes portugueses continua a ser o de James Rodríguez, que em 2013 rendeu 45 milhões ao FC Porto.

De acordo com o site especializado Transfermarkt, as maiores transferências na liga portuguesa incluem ainda João Mário (Sporting-Inter Milão), Hulk (FC Porto-Zenit), Witsel (Benfica-Zenit) e Falcão (FC Porto-Atlético Madrid). Todos estes negócios foram realizados por 40 milhões de euros. Não estão descontados montantes relativos a comissões ou outros direitos, como de formação.

As transferências mais caras de sempre

(Notícia atualizada às 16h35 com valores oficiais da transferência de Dembélé)

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PJ desmantela fábrica de contrafação de notas de 20 euros

  • Juliana Nogueira Santos
  • 25 Agosto 2017

Os dois homens que geriam a fábrica, um de 59 e outro de 64 anos, foram detidos e todo o material foi apreendido. Foi-lhes aplicada a medida de coação de prisão preventiva.

A Polícia Judiciária deteve os dois homens que geriam a fábrica de contrafação de notas de 20 euros.PJ

A Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária (PJ) desmantelou um esquema de produção de notas falsas na zona da Grande Lisboa, tendo detido os dois homens que a montavam. Já tinham sido detetadas mais de duas centenas de notas contrafeitas em circulação. A detenção foi comunicada às redações esta sexta-feira.

Para produzirem notas de 20 euros, os homens de 59 e 64 anos utilizavam uma máquina de estampar a quente, tipo prensa, um molde, uma guilhotina própria para cortar papel, um computador portátil e uma impressora, para além de diverso material e consumíveis. O material “foi apreendido”, segundo o comunicado da PJ.

“Os dois detidos, de 59 e 64 anos de idade, foram sujeitos a primeiro interrogatório judicial, tendo-lhes sido aplicada a medida de coação de prisão preventiva“, garante a Polícia Judiciária.

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Amazon na Whole Foods celebra-se com promoções em… repolho bebé

  • Juliana Nogueira Santos
  • 25 Agosto 2017

A festa na Whole Foods vai ser feita com promoções nos produtos mais populares, incluindo o inusitado 'baby kale', o repolho bebé.

‘Baby kale’ é a aposta da Amazon para os primeiros dias de controlo da Whole Foods.Pixabay

O negócio de 13,7 mil milhões de dólares da Whole Foods foi aprovado há dois dias, mas a Amazon não quer perder tempo e quer já pôr as mãos na massa — ou melhor, no repolho bebé –, na próxima segunda-feira. A retalhista anunciou que vai baixar os preços dos produtos mais populares, como é o caso do repolho e da alface bebé, dos abacates e das bananas, todos orgânicos.

O supermercado, conhecido por ser especialista em produtos orgânicos e saudáveis, faz agora parte do portefólio de empresas de Jeff Bezos. A união das duas empresas vai permitir à Amazon integrar os produtos da Whole Foods através do Prime, acumulando também as promoções especiais do site.

“Ao trabalharmos com a Amazon em diversas áreas-chave, conseguimos baixar os preços e reiterar a nossa missão da atingir mais pessoas”, afirmou John Mackey, fundador do supermercado saudável. Da parte da Amazon, a promessa é de “manter os standards altos”, como afirma Jeff Wilke, CEO da Amazon Consumer.

Ainda que a Whole Foods passe para a mão da Amazon, a imagem e a equipa de administração vai ficar inalteradas. O que poderá sofrer algumas alterações será a força de trabalho: para aumentar a competitividade em relação ao WalMart e outros grandes retalhistas, a Amazon quer os postos de trabalho da cadeia.

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Atualização dos resultados em Angola: MPLA desce mas vence

  • Lusa e ECO
  • 25 Agosto 2017

É uma segunda atualização: a Comissão Nacional Eleitoral de Angola confirmou a vitória de João Lourenço, mas baixou os votos do MPLA de 64,57% para 61,7%.

O MPLA venceu as eleições gerais angolanas com 61,70% dos votos, de acordo com a atualização dos dados provisórios da votação de quarta-feira divulgada pela Comissão Nacional Eleitoral, elegendo João Lourenço como o próximo Presidente da República.

De acordo com os dados avançados pela porta-voz da CNE, Júlia Ferreira, quando estão escrutinados 9.114.386 votos (97,82% do total), o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) lidera a contagem nacional, com 4.071.525 votos (61,10%), seguido da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), com 1.780.038 votos (26,71%)

Com este resultado, que corresponde a um total de 150 mandatos para o MPLA, o partido no Governo em Angola consegue também manter a maioria qualificada (acima dos 147 deputados eleitos), apesar da forte quebra da votação face às eleições gerais de 2012.

Esta quinta-feira a CNE tinha divulgado pela primeira vez dados provisórios, que também davam a vitória ao MPLA com 64,57% dos votos. Seguia-se a UNITA, com 24,4% dos votos, e a CASA-CE, com 8,56%. A abstenção, informou ainda a CNE, terá sido de 23,17%.

Entretanto, João Lourença já reivindicou para si o título de “novo presidente” tendo por base os “primeiros resultados parciais”. No Twitter, o que para já parecer ser o vencedor das eleições, afirmou “a vitória é nossa”.

Há ainda 15 assembleias de voto, de três províncias angolanas, que só vão votar no sábado. Os resultados definitivos só serão conhecidos a 6 de setembro e a tomada de posse do novo Presidente da República de Angola decorrerá a 21 de setembro.

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