Benfica dispara mais de 7% com tetra à vista

Ações do rival FC Porto, que ficou mais distante do título no fim de semana, também valorizam. Já o Sporting cede depois de falhar aproximação ao segundo lugar. Benfica no top-10 europeu na temporada.

Com o quarto título de campeão nacional à vista, o Benfica também soma pontos na bolsa. As ações da SAD encarnada estão a disparar na bolsa portuguesa para máximos de janeiro, numa altura em que falta apenas uma vitória à turma comandada por Rui Vitória para se sagrar vencedor da Liga portuguesa.

Os títulos do Benfica disparam esta segunda-feira 7,69% para 1,15 euros, o valor mais elevado desde 26 de janeiro. O clube da Luz venceu este domingo o Rio Ave por 1-0 e ficaram agora a uma vitória de voltar a conquistar o título de campeão português pelo quarto ano consecutivo, um feito inédito na história do clube.

As contas precipitaram-se a favor das águias depois do desaire do FC Porto na Madeira. No sábado, os dragões empataram a um golo com o Marítimo, tendo falhado os três pontos vitais na manutenção pela luta do título. Ainda assim, os títulos da SAD portista em bolsa também avançam, mas de forma menos acentuada: 1,61% para 0,63 euros.

Benfica avança com título à vista

Fonte: Bloomberg (valores em %)

Quanto ao Sporting, que terá ficado arredado do segundo lugar com a derrota caseira por 1-3 diante do Belenenses, as ações desvalorizam 1,59% para 0,62 euros.

Águias e dragões com destaque europeu

A edição 2016/2017 tem sido marcada pelo despique entre Benfica e FC Porto na Liga portuguesa. No campo da bolsa, esse despique também se mantém desde o dia 1 de julho. Desde esse dia, tanto águias e dragões acumulam valorizações acentuadas, desempenhos que permitem aos dois clubes nacionais posicionarem-se em zona de destaque no futebol do Velho Continente.

Enquanto a SAD portista acumula um ganho superior a 10%, a SAD encarnada valoriza 25% desde o início da época. Para o Benfica, trata-se do décimo melhor desempenho bolsista entre os clubes europeus que estão cotados em bolsa. No caso do FC Porto, a performance é a 14ª melhor europeia.

A liderar os ganhos está a Juventus, que acumula uma subida de 264% desde o início da temporada. A vecchia signora está a viver uma temporada de sonho. Está próxima de revalidar o scudetto em Itália, seguindo com 85 pontos na Serie A, mais sete pontos do que o segundo classificado, a AS Roma. Além disso, aproximou-se de forma decisiva da final da Liga dos Campeões, após derrotar o Mónaco, em França, por 2-0.

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CGD: Divulgar grandes devedores tem “efeitos extremamente perniciosos”

A Relação chumbou os recursos apresentados pela CGD, CMVM e Banco de Portugal, por considerar que foram apresentados fora do prazo. As três entidades discordam.

O Tribunal da Relação de Lisboa chumbou, na semana passada, os pedidos de recurso apresentados pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e Banco de Portugal, junto do Supremo Tribunal de Justiça, relativos ao levantamento do sigilo profissional. A CGD não aceita esta decisão e já apresentou uma reclamação ao Supremo Tribunal, argumentando que a divulgação dos maiores devedores do banco público “tem efeitos extremamente perniciosos”.

A informação é avançada, esta segunda-feira, pelo Jornal Económico, que teve acesso à reclamação.

“O Acórdão 17/01/2017 tem efeitos extremamente perniciosos para a instituição, para o sistema financeiro em geral e para os seus clientes, não se pode conformar com a Decisão em causa, e por estas razões já preparou e vai interpor a competente Reclamação, para o Supremo Tribunal de Justiça, dentro do prazo em curso, como a lei faculta, aguardando-se a ulterior Decisão do mais alto Tribunal”, pode ler-se na exposição a que o Jornal Económico teve acesso.

Foi a 17 de janeiro que o Tribunal da Relação decidiu autorizar o levantamento do sigilo profissional da CGD, CMVM e Banco de Portugal, que tinha sido requerido no âmbito da comissão de inquérito parlamentar à recapitalização do banco público. Um mês depois, estas três entidades recorreram da decisão junto do Supremo Tribunal. Contudo, os recursos foram apresentados fora do prazo.

“Independentemente da questão da recorribilidade da decisão para o Supremo Tribunal de Justiça, os requerimentos de recurso mostram-se interpostos fora de prazo“, pode ler-se na decisão do Tribunal da Relação, divulgada na semana passada. “Os recorrentes interpuseram os recursos ultrapassando, em muito, o prazo de 15 dias que, em nosso entender, se impunha para o efeito”, acrescenta a nota.

Além da CGD, também o Banco de Portugal e a CMVM rejeitam a decisão da Relação, tendo já anunciado que vão impugná-la, por considerarem que os recursos foram apresentados dentro do prazo estabelecido.

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Revista de imprensa internacional

O resultado das eleições francesas domina a agenda mediática mundial desta segunda-feira. Nesta revista de imprensa internacional fique a conhecer a equipa que acompanha Macron.

Os olhos do mundo estiveram concentrados em França esta segunda-feira. Depois do alívio, continuam algumas dúvidas, nomeadamente quanto às eleições legislativas que se realizam daqui a algumas semanas e vão ditar a forma de governar de Emmanuel Macron. Na Europa, a debilidade dos bancos e a desigualdade salarial continuam a ser duas problemáticas que dominam o discurso político e económico. Já em Macau, as autoridades chineses pedem uma maior diversificação das receitas do Estado.

The Guardian

O ‘boom’ do Brexit foi o ‘boom’ dos multimilionários

O Reino Unido atingiu os 134 multimilionários, um número recorde para o país. Segundo a lista Sunday Times Rich List, em ano de Brexit somaram-se mais 14 multimilionários, um sinal de que a economia britânica está a beneficiar mais os poucos que estão no topo do que a generalidade dos cidadãos. Há 15 anos, segundo o The Guardian, havia apenas 21 multimilionários. No total os 1.000 cidadãos mais ricos do Reino Unido têm 658 mil milhões de libras.

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Bloomberg

À terceira não foi de vez para a PPG

A farmacêutica norte-americana PPG Industries viu a sua terceira oferta pela farmacêutica holandesa Akzo Nobel rejeitada. Apesar de pressionada por alguns acionistas para negociar, a farmacêutica holandesa preferiu rejeitar a oferta, após duas semanas de avaliação, por causa das falhas e dos riscos da proposta. Face a esta situação, é expectável que a PPG Industries leve a proposta de aquisição por 29,5 mil milhões de dólares diretamente aos acionistas que detêm a empresa holandesa.

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Reuters

China pede a Macau para diversificar economia

O regime comunista chinês quer que a economia de Macau seja mais diversificada, indo para lá da indústria do jogo que alimenta os casinos da região. O alerta foi dado pelo número três do Governo chinês, Zhang Dejiang, que está em visita oficial à antiga colónia portuguesa. Atualmente, 80% das receitas do Estado provêm dessa indústria, mas a China prefere uma maior diversificação, também para proteger o país de esquemas de lavagem de dinheiro.

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Financial Times

As operações de aumento de capital realizadas pelas empresas europeias estão a disparar. Só nos primeiros quatro meses do ano foram obtidos 28,7 mil milhões de libras (34 mil milhões de euros) em novo capital, mais do que no total do ano passado. A explicação para o “fenómeno” está na banca. O setor financeiro tem estado particularmente ativo na captação de recursos através do mercado de capitais fruto da debilidade das bases de capital. A descapitalização das instituições financeiras tem exigido aumentos de capital, em muitos casos de vários milhares de milhões.

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Bloomberg

A equipa de Macron

Muito se tem especulado sobre quem será o primeiro-ministro de Emmanuel Macron, tendo até se especulado que a escolha pudesse recair sobre a atual diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde. Independentemente dessa escolha, a equipa de Macron é constituída pela elite francesa que estudou nas melhores escolas do país. O retrato da Bloomberg mostra os aliados mais veteranos, mas também os seus contemporâneos.

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Banca em stress faz disparar aumentos de capital

O valor captado pelas empresas junto dos investidores está a disparar. O saldo vai já nos 34 mil milhões de euros, bem mais do que o registado na totalidade do ano passado.

As operações de aumento de capital realizadas pelas empresas europeias estão a disparar. Só nos primeiros quatro meses do ano foram obtidos 28,7 mil milhões de libras (34 mil milhões de euros) em novo capital, mais do que no total do ano passado. A explicação para o “fenómeno” é simples: a debilidade dos bancos.

De acordo com os dados da Olivetree Financial, citados pelo Financial Times (acesso pago), o montante captado pelas empresas europeias neste período supera já os 21 mil milhões angariados junto dos investidores no ano passado, tendo também superado os 22,1 mil milhões contabilizados em 2015.

Este valor avultado tem uma explicação: a banca. O setor financeiro tem estado particularmente ativo na captação de recursos através do mercado de capitais fruto da debilidade das bases de capital. A descapitalização das instituições financeiras tem exigido aumentos de capital, em muitos casos de vários milhares de milhões.

A Olivetree Financial dá dois bons exemplos: o Deutsche Bank avançou com uma operação de recapitalização avaliada em oito mil milhões de euros, mas foi o UniCredit quem “rebentou com a escala”. O banco italiano fez um aumento de capital de 13 mil milhões de euros, sendo um dos muitos bancos do país com necessidades de aumentar capital.

Além dos aumentos de capital, a suportar este forte aumento nos valores captados pelas empresas europeias nos mercados está também o crescimento das operações de fusões e aquisições. Martin Thorneycroft, do Morgan Stanley, diz que “temos visto também vários aumentos de capital para financiar aquisições”.

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Investidores contidos com vitória de Macron. C’est la vie

A primeira reação dos mercados após eleições francesas foi contida. A bolsa de Paris até abriu em perda. Os analistas justificam que investidores já tinham descontado cenário de Macron no Eliseu.

Contida e sem grandes euforias. Os investidores receberam a vitória a Emmanuel Macron nas eleições francesas com pouco entusiasmo. Descontentes com resultados? Não. Foram descontados os resultados na semana passada, justificam os analistas em relação ao comportamento tímido do mercado observado na manhã desta segunda-feira.

“A vitória de Macron é boa para a União Europeia, mas as iminentes eleições legislativas vão determinar quão eficaz pode ser esta vitória”, diz a Allianz Global Investors. “Apesar da incerteza sobre a Itália, os investidores devem poder agora concentrar-se mais no lado económico positivo da história europeia. Com um desemprego e números da produção em melhoria, os ativos na Europa devem continuam a apresentar melhores desempenhos que os ativos globais; prevê-se ainda um reforço do euro”, acrescenta.

“O recente comportamento dos mercados já tinha descontado uma vitória de Macron, limitando agora um ulterior rally”, referem os analistas do BPI no seu Diário de Bolsa.

Paris lidera perdas nas ações

No centro financeiro de França, onde se esperava maior entusiasmo, o cenário é diferente. O principal índice parisiense, o CAC-40, cede 0,61% para 5.398,16 pontos, liderando quedas nas bolsas europeias. Trata-se de uma ligeira correção em baixa após as valorizações de 3,13% e 4,11% nas últimas duas semanas. Acompanham nas perdas outras principais praças do Velho Continente, casos do DAX-30 de Frankfurt (-0,05%), do FTSE-Mib de Milão (-0,47%) ou do Ibex-35 de Madrid (-0,43%). Em Lisboa, o início é positivo para o PSI-20.

Juros franceses descem, juros portugueses sobem

No mercado secundário de dívida, se os juros da dívida francesa estão em queda, com a taxa a dez anos a ceder para 0,84%, em Portugal existe uma tendência de relativo agravamento das taxas. A yield associada às obrigações a dez anos sobe quase seis pontos base para 3,45%, antes de o IGCP proceder ao primeiro leilão do ano nesta maturidade na próxima quarta-feira. Diz o Barclays que muito já tinha sido descontado nos spreads das obrigações europeias. “O sentimento bearish (em baixa) em duração tem espaço para se manter a médio prazo, dependendo do Banco Central Europeu (BCE) e do cenário macroeconómico”, salientam os analistas daquele banco. Da parte do Citigroup, alerta-se para a periferia com a “tapering do BCE que pode estar já a acontecer, enquanto o próximo risco político em Itália começa a escalar”.

Euro trava contra o dólar

A moeda única está a perder terreno face às principais divisas mundiais, incluindo o dólar norte-americano, contra o qual cede 0,3% para um patamar inferior aos 1,10 dólares, num movimento de tomada de mais-valias em torno do euro. “O euro fica em posição de venda acima dos 1,10 dólares, à medida que a liderança sénior do BCE com Draghi e Praet continuam cautelosos em relação às perspetivas para a inflação na zona euro, enquanto os dados do emprego nos EUA sugerem que a Fed vai continuar a subir juros”, referiu Mansoor Mohi-uddin, da NatWest Markets.

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Presidente do Parlamento Europeu: “O pior para os portugueses já passou”

  • ECO
  • 8 Maio 2017

O italiano Antonio Tajani considera que a fase mais dura da crise portuguesa já passou. O atual Presidente do Parlamento Europeu deixa elogios aos esforços feitos pelos portugueses.

O líder do Parlamento Europeu, eleito pelo Partido Popular Europeu, deixou palavras de apreço ao esforço de Portugal: “Não tem sido fácil, ainda é difícil, mas graças à sua coragem e orgulho, estou convencido que o pior já passou”. Em entrevista à TSF por causa do Dia da Europa, que se comemora esta terça-feira, Antonio Tajani elogia ainda “os feitos e sacrifícios que o povo português fez durante a difícil crise económica”.

Não tem sido fácil, ainda é difícil, mas graças à sua coragem e orgulho, estou convencido que o pior já passou.

Antonio Tajani

Presidente do Parlamento Europeu

Nas declarações à rádio portuguesa, Antonio Tajani considerou ser “um verdadeiro amigo de Portugal”. “Nas palavras do nosso poeta, Fernando Pessoa, porque ele era português e europeu, também considero que Portugal é o rosto da Europa, a olhar para o Mundo”, comentou o atual Presidente do Parlamento Europeu. Essa importância de Portugal verificou-se no passado, mas Tajani espera que no futuro, depois de ultrapassada a crise, o país volte a ser uma referência.

Precisamos de encorajar mais África, através da diplomacia económica.

Antonio Tajani

Presidente do Parlamento Europeu

Em causa estão as relações da União Europeia com o resto do mundo, principalmente ao nível das causas da imigração. “Precisamos de encorajar mais África, através da diplomacia económica”, considera o italiano, referindo que “Portugal tem um papel decisivo a desenrolar na esfera lusa”. O objetivo é fortalecer os laços não só com África como com a América latina e o Brasil por “partilhamos ligações históricas e culturais, os mesmos valores e aspirações”. “Em conjunto com Portugal, queremos reforçar a nossa relação com a América latina avançando com negociações no Mercosul, criando uma economia mais forte, bem como ligações políticas”, concluiu.

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O que dizem as capas de jornais sobre a vitória de Macron?

Perante o alívio com a derrota de Le Pen, os jornais de todo o mundo estão fazer capa com o mais jovem Presidente de França. Macron, retratado como europeísta, é o protagonista das principais capas.

Depois de conquistar 24% do eleitorado francês na primeira volta, Emmanuel Macron atingiu os 65% na segunda volta, derrotou Marine Le Pen e foi eleito Presidente da República de França este domingo. O ex-ministro da Economia de Hollande conseguiu, num ano, passar de desconhecido da maior parte do mundo para ser proclamado como o homem que salvou o país da extrema-direita. As capas desta segunda-feira traduzem isso mesmo, ainda que mantenham reticências sobre a quantidade de votos de Le Pen e as aspirações reformistas do novo líder francês.

Uma das capas mais marcantes desta segunda-feira, na ressaca das eleições presidenciais francesas, é a do Liberátion. A frente retrata Emmanuel Macron como um bom jogador. Atrás aparece Marine Le Pen, a derrotada da noite, com a frase “bem feita”. O vencedor é o mais visado nas capas internacionais, do britânico Financial Times ao espanhol El País, um resultado que é visto como um alívio para a Europa, mas também como uma força de bloqueio perante as ondas de populismo mais recentes.

Nos Estados Unidos, o influente The New York Times marca a vitória de Macron sobretudo por ter evitado a tomada do poder por uma “extrema-direita emergente”. Apelidado de centrista, Emmanuel Macron é visto como a rolha que tapou a “raiva” de populismo, um fenómeno que se tem vivido em França tal como em vários países do Ocidente.

O francês Le Figaro opta por jogar com o nome do movimento criado por Emmanuel Macron, “En Marche”. Este domingo marca o dia em que começa a jornada do francês de 39 anos — o mais jovem da história da República francesa — à frente dos destinos do país. “Uma maioria para a mudança”, cita o jornal francês do discurso de vitória de Emmanuel Macron.

O La Vanguardia vinca a opção dos franceses por continuar na União Europeia. “França vota sim à Europa”, destaca o jornal, descrevendo como foi a festa de vitória de Emmanuel Macron, nomeadamente o hino da Europa que se ouviu nas comemorações. Contudo, o La Vanguardia também refere que a abstenção e os votos em branco atingiram recordes nesta segunda volta.

O El País é claro também: “França derrota o radicalismo” de Le Pen. O jornal espanhol faz uma retrospetiva das últimas eleições, na segunda volta, o que mostra a diferença entre Chirac e o pai Le Pen em 2002 e os resultados desta domingo entre Marine Le Pen e Emmanuel Macron.

“Macron vence as presidenciais francesas – mas o país continua dividido”. É assim que a capa do The Guardian retrata a vitória do independente, mostrando como a derrota de Le Pen agora não significa uma queda nas intenções de voto. De tal forma que o jornal retrata a forma como os apoiantes da Frente Nacional festejaram os 35%, ainda que significassem uma derrota.

O Daily Telegraph retrata Emmanuel Macron como a esperança de França, mas a dúvida do Reino Unido. Já o Wall Street Journal vê a vitória do centrista como prova do sucesso do establishment pró-europeu que se tem sentido principalmente depois dos britânicos terem optado, há quase um ano, sair da União Europeia. O Financial Times também dá destaque à vitória de Macron e à opção do eleitorado francês pela globalização face ao populismo, principalmente por ser mais um alívio para o status quo da União Europeia.

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Galamba: “Não tem de haver tensão com Banco de Portugal, tem de haver rigor”

  • ECO
  • 8 Maio 2017

O deputado socialista defende que o banco central não deve criar provisões por causa da dívida pública que compra. "São provisões injustificadas", diz. A ideia é mudar a lei para clarificar.

João Galamba rejeita a ideia de que a diminuição de provisões seja um instrumento para pressionar o Banco de Portugal. O deputado socialista argumenta que o que está em causa é haver uma fundamentação detalhada. Em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago), Galamba refere mesmo que “não devem ser criadas quaisquer provisões no âmbito da dívida comprada ao abrigo do PSPP [programa de compra de dívida pública do Banco Central Europeu]”. O objetivo final é que haja um impacto positivo nas contas públicas.

“Não tem que haver tensão nenhuma com o Banco de Portugal, tem que haver apenas rigor nos princípios e respeito pela lei”, afirma um dos membros do grupo de trabalho sobre a sustentabilidade a dívida pública e externa, que sentou na mesma mesa Governo, PS, BE e vários economistas. Para Galamba, se o Banco de Portugal “quer criar provisões tem de fundamentar como é que através das metodologias de risco relacionadas com a dívida pública no âmbito do PSPP é possível chegar a perdas estimadas”. A opinião do grupo de trabalho é que isso não é possível.

Confrontado com as declarações do Presidente da República sobre o assunto, o porta-voz do PS deu o seu entendimento: “Sobre o Presidente da República diria que tem toda a razão: não se deve mexer nas reservas do Banco de Portugal, e o relatório não propõe isso“. E, seguindo a sua interpretação de que Marcelo Rebelo de Sousa falava de reservas, Galamba adianta que “as reservas até aumentam com a redução das provisões, porque 20% dos lucros vão obrigatoriamente para as reservas”.

Esta sábado, no semanário Expresso, Marcelo afirmava que o primeiro-ministro nunca lhe tinha falado desta possível alteração à lei do Banco de Portugal. Questionado sobre se a posição do PS no relatório estava alinhada com a de António Costa, João Galamba disse apenas que ainda não ouviu “qualquer declaração do primeiro-ministro que me levasse a crer que está contra a posição assumida neste relatório”.

Sobre as negociações a nível europeu para aumentar a maturidade da dívida e diminuir o juro, o deputado socialista admite que “se se mantiver a total indisponibilidade da maioria dos parceiros europeus para sequer discutir, dificilmente poderá ser colocada, por uma questão de eficácia”. Por isso, João Galamba defende que o Governo deverá propor a reestruturação da dívida se houver abertura na Zona Euro e na União Europeia para que isso aconteça, após as eleições francesas e alemãs.

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Lisboa avança pela quinta sessão à boleia de Macron

Vitória de Macron em França não aumentou apetite dos investidores pelo risco. Bolsas europeias sem grandes oscilações, embora Lisboa siga em alta reforçando posição em pleno terreno bull market.

Depois da vitória de Macron nas eleições presidenciais francesas, a primeira reação das bolsas europeias foi tímida. O apetite dos investidores pelo risco não é muito apesar do triunfo ter colocado a extrema direita de fora do Eliseu. Ainda assim, a praça portuguesa mantém-se em alta pela quinta sessão seguida, reforçando o seu posicionamento em terreno bull market.

O PSI-20, o principal índice português, avança 0,51% para 5.277,66 pontos, mantendo-se em zona de ganhos há uma semana. São 15 as cotadas que abriram em alta, com destaque para a Galp (+0,43%), BCP (+1,57%) e Nos (+1,95%), naqueles que são os melhores desempenhos em Lisboa.

No lado negativo, a EDP cai 0,55% para 3,24 euros, depois da multa da Autoridade da Concorrência de 38,3 milhões de euros aplica à elétrica e à Sonae por práticas anti-concorrenciais. Os títulos da cotada liderada por António Mexia seguiam ainda pressionados após a Macquarie ter baixado a recomendação do título de “outperform” para “neutral, mantendo o preço-alvo nos 3,10 euros. Já a retalhista ganha 0,41%.

EDP cede após multa

A decisão tem impacto “neutro na EDP e na Sonae”, dizem os analistas do Haitong, que consideram que, embora admita que é negativa para o sentimento, a multa da AdC não tem impacto material. “No caso da EDP, a multa proposta representa 0,2% da sua capitalização bolsista, enquanto no caso da Sonae o peso é de 0,5%. Além disso, ambas as empresas manifestaram muita confiança em relação à contestação da decisão da AdC nos tribunais”, referiu ainda o banco de investimento.

Lá por fora, o CAC-40 e Paris cede 0,37%. Em sentido contrário, o IBEX-35 de Madrid e o FTSE-Mib de Milão avançam 0,35% e 0,49%.

Os analistas explicam esta abertura sem grande entusiasmo com o facto de os investidores já terem antecipado na última semana uma vitória de Macron.

“Os mercados europeus negociavam em trajetória ascendente, depois de ontem se terem realizado as eleições presidenciais em França, cujo desfecho foi aquele que os mercados já antecipavam: uma vitória de Emmanuel Macron com 66,06% dos votos”, comentam o BPI no seu Diário de Bolsa.

(Notícia atualizada às 8h20)

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Arábia Saudita admite corte de produção além do final do ano

O ministro do Petróleo saudita diz estar confiante de que será possível chegar a um acordo para prolongar o corte de produção entre os países da OPEP na reunião que se realiza dia 25.

A Arábia Saudita, o maior produtor mundial de petróleo, está confiante na capacidade de os países que fazem parte do maior cartel petrolífero serão capazes de chegar a um acordo quando ao prolongamento do corte na produção da matéria-prima. O ministro do Petróleo antecipa que esse possa ser o resultado da reunião da OPEP, antecipando a extensão do corte até ao fim do ano, ou mesmo além disso.

A produção de petróleo de xisto nos EUA está a aumentar, mas Khalid Al-Falih, o ministro do petróleo da Arábia Saudita, diz que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) mantém o objetivo de reduzir o excesso de petróleo no mercado — abrindo a porta à extensão dos cortes na reunião de 25 de maio em Viena, na Áustria. Nesse sentido, diz à Bloomberg, está confiante que o mercado irá regressar a “um estado saudável”.

“Com base nas consulta que tive com os membros de outros países, estou bastante confiante de que o acordo [para o corte de produção da OPEP] será estendido para a segunda metade do ano e, possivelmente, além disso“, disse Al-Falih. “O cartel está determinado a fazer o que for necessário para atingir o objetivo de reduzir os inventários mundiais para a média dos últimos cinco anos”, acrescentou.

Esta perspetiva de manutenção do corte de produção por parte da OPEP até ao final do ano, ou mesmo além disso, está a puxar pelos preços do petróleo nos mercados internacionais. Depois das fortes quedas no final da semana passada, que levaram o WTI até aos 45 dólares, o crude segue a valorizar 0,5% para 46,45 dólares. Em Londres, o Brent está a subir 0,55% para 49,37 dólares.

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Salgado procurou aliados no Dubai contra OPA da Sonae sobre a PT

  • ECO
  • 8 Maio 2017

Ex-administrador da Escom, do grupo Espírito Santo, viajou ao Dubai a pedido de Ricardo Salgado para uma reunião com um operador de telecomunicações daquele país para entrar na PT.

Ricardo Salgado, ex-presidente do BES, tentou encontrar investidores no Dubai para reforçar o núcleo de acionistas opositores à Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pela Sonae sobre a Portugal Telecom em 2006.

De acordo com o Jornal de Negócios (acesso pago), Pedro Ferreira Neto, ex-administrador da Escom, revelou na inquirição como testemunha no caso da Operação Marquês que foi ao Dubai em 2006 (ano em que a OPA foi lançada), a pedido de Salgado, para se encontrar com um operador de telecomunicações daquele país para entrar na PT, com o objetivo de encontrar aliados contra a OPA.

Contou aquele ex-administrador que estava no Algarve quando o antigo presidente do BES o chamou para se deslocar ao Dubai para uma reunião com esse operador de telecomunicações. Foi acompanhado na deslocação ao Médio Oriente por Hélder Bataglia e alguém da PT, que Ferreira Neto não identificou porque não se lembra.

O ex-administrador da Escom (Espírito Santo Comercial) adiantou ainda que a abordagem no Dubai não foi bem-sucedida.

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Afinal professores e investigadores também vão poder deixar de ser precários

  • ECO
  • 8 Maio 2017

O programa de regularização de vínculos dos trabalhadores do Estado vai incluir professores e investigadores, ao contrário do que estava previsto. Governo cedeu às exigências dos sindicatos.

Inicialmente, não estava previsto que os professores do ensino superior (politécnico e universitário) e os investigadores científicos fizessem parte do programa de regularização dos precários do Estado. Contudo, depois de contestação por parte dos sindicatos, o Governo cedeu às exigências e irá incluir os profissionais destas duas carreiras que tenham vínculos precários no processo, conta o Público (acesso condicionado) esta segunda-feira.

Na portaria publicada na semana passada em Diário da República, o Governo estipula que o programa de regularização de precários é alargado a todas as carreiras da Função Pública, mesmo as que têm regras próprias de vinculação. Contudo, da equação ficavam de fora os professores, uma vez que estes se encontram abrangidos por um concurso de vinculação extraordinária.

Em resposta ao diário, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), liderado por Manuel Heitor, deu uma passo atrás: “Encontram-se abrangidas as situações que correspondem ao exercício de funções equiparadas a categorias da Carreira Docente Universitária, da Carreira Docente do Ensino Superior Politécnico e da Carreira de Investigação Científica”.

Ao todo, segundo o Snesup, são 16 mil os profissionais que se encaixam nestas características. Na semana passada, em reação à portaria, o Movimento – Professores Precários considerava “injustificável que um Governo que refere querer acabar com a precariedade do Estado impeça mais de 20 mil docentes de aceder ao programa de regularização devido a um concurso de vinculação extraordinário onde existem 3.019 vagas”.

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