É mesmo verdade. Trump criou uma força de comando militar espacial

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2018

O objetivo deste Comando, que terá cerca de 600 efetivos, é supervisionar a investigação e ação militar no espaço. Fontes falam numorçamento de cerca de 800 milhões de dólares.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou esta terça-feira a criação de uma força militar dedicada a operações norte-americanas no espaço.

“Ordeno o estabelecimento, de acordo com a lei dos EUA, de um Comando Espacial como Comando de Combate Unificado”, diz o texto oficial que determina a criação deste serviço militar. O projeto ainda não será um ramo independente de serviço armado, como tinha prometido em julho o Presidente dos Estados Unidos, mas será constituído como um corpo de comando de combate de forças especiais, dentro do ramo da Força Aérea.

O objetivo deste Comando é supervisionar a investigação e ação militar no espaço, recriando um ramo que existiu entre 1985 e 2002 e que foi absorvido pelo Comando Estratégico da Força Aérea, pouco tempo após o ataque terrorista de 11 de setembro de 2001. De acordo com fontes militares citadas por media norte-americanos, o Comando Espacial terá cerca 600 efetivos, a que se juntarão mais mil, nos próximos anos.

Os custos deste projeto ainda não foram anunciados, mas as mesmas fontes falam num orçamento de cerca de 800 milhões de dólares (cerca de 600 milhões de euros) anuais. O tema será discutido por Mike Pence e os chefes dos diferentes ramos das Forças Armadas dos EUA, numa visita ao Pentágono programada para o final desta semana.

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Madrid baniu as trotinetas. É diferente em Lisboa?

A capital espanhola retirou as licenças às três empresas que partilhavam trotinetas elétricas na cidade. Em Lisboa, a moda já pegou e existem três empresas a operar. Mas quais são as perspetivas?

A moda das trotinetas elétricas veio para ficar, mas esta nova alternativa de mobilidade para as cidades está longe de ser consensual. No início deste mês, Madrid surpreendeu o mundo ao retirar as licenças às três empresas de trotinetas com presença na capital espanhola, alegando que as aplicações não obrigavam os utilizadores a iniciarem e terminarem as viagens em locais onde é legal circular nestes veículos. E em Lisboa, pode haver haver uma decisão semelhante?

Na capital portuguesa são também três as empresas a operar atualmente e todas elas entraram este ano no mercado: a Lime (que é parcialmente detida pela Uber), a Hive (que é um projeto piloto da myTaxi) e a Voi, que só mais recentemente começou a colocar trotinetas nas ruas. No caso da Lime, a primeira a entrar no mercado, está em cima da mesa a hipótese de lançar o serviço também no Porto, em Aveiro, em Braga e em Sintra.

A Lime foi a primeira empresa de trotinetas elétricas a entrar em Portugal.Lime

Para se entender a dimensão da oportunidade, o El País avançou um número: existem 18 empresas de trotinetas elétricas interessadas em começar a operar em Madrid. Em Lisboa, também se conhece este dado: no final de novembro, existiam 13 empresas interessadas em pôr os lisboetas a andar de trotineta, revelou ao ECO o vereador da mobilidade, Miguel Gaspar, sendo que três delas deverão ser a Iomo, a Bird e a Wind, que já anunciaram a intenção de arrancar com operações em Lisboa.

Aliás, esta terça-feira, a Lime revelou números e garantiu ter 53 mil utilizadores registados em Portugal. Num relatório global, que tem uma parte dedicada ao mercado lisboeta, a empresa assume também estar a trabalhar em “estreita parceria” com as autoridades.

Mas a maior autarquia portuguesa tem sido cautelosa a lidar com este tema. Por um lado, não tem interesse em passar uma imagem demasiado fechada à inovação — Lisboa é a cidade do Web Summit e um importante hub tecnológico em ascensão na Europa, uma onda positiva que o executivo liderado por Fernando Medina tem vindo a cavalgar. Por outro, o executivo sabe que estas startups da nova economia da partilha multiplicam-se rapidamente. E, embora Lisboa tenha, de facto, um problema de mobilidade, também não há interesse em encher as ruas da capital com trotinetas.

Fenómeno “está controlado”. Por quanto tempo?

O vereador Miguel Gaspar tem dado a cara por este dossiê. Aliás, chegou a aceitar estar presente no lançamento de uma destas empresas de trotinetas, a Hive. Foi aí, numa apresentação num hotel no Saldanha, que considerou que o fenómeno das trotinetas em Lisboa ainda “é suportável” e “está controlado”. Sobre as 13 empresas interessadas em partilhar estes veículos na capital, meteu água na fervura e lembrou que “há uma diferença” entre o querer entrar no mercado e o entrar efetivamente nele.

Poderá a Câmara Municipal de Lisboa vir a proibir as trotinetas elétricas? Face à informação atual, a curto prazo, é pouco provável (mas não impossível). A autarquia tem encarado estas empresas como parceiras na resolução do problema de mobilidade, que só entraram no mercado da capital com o compromisso de que, no final de cada dia, todas as trotinetas são recolhidas pelas promotoras e reposicionadas nos locais destinados para o efeito, assinalados nas ruas da cidade com grandes autocolantes verdes colados no chão.

Em simultâneo, estas empresas estarão a partilhar com a Câmara Municipal de Lisboa informação em tempo real da localização das trotinetas elétricas, para que a autarquia tenha dados e informações que ajudem ao processo de decisão. No entanto, o vereador Miguel Gaspar admite a hipótese de, no futuro, obrigar estas empresas a que só permitam aos utilizadores que terminem as viagens em zonas próprias para o estacionamento destes veículos. Até porque, atualmente, muitos são estacionados pelos utilizadores, aleatoriamente, em plena via pública. Só não se sabe o quão longe estará esse futuro.

Claro que a hipótese de retirar as licenças às empresas em Lisboa, como fez Madrid, não está totalmente afastada. Mas seria sempre uma decisão fraturante entre a opinião pública. Apesar de muitos enaltecerem a existência destas alternativas ecológicas, existem críticas não só ao estacionamento das trotinetas como também em relação à circulação das mesmas no passeio, com velocidades de cerca de 25 km/h, e à ausência de um mecanismo que obrigue os utilizadores a usarem capacete, o que levanta questões de segurança (a Hive ofereceu capacetes aos jornalistas no dia da apresentação e a Lime realizou esta quinta-feira, em Lisboa, uma ação de sensibilização para o uso do capacete).

Trotinetas da Hive estacionadas na zona do Saldanha, em Lisboa.Flávio Nunes/ECO

Se houver retirada, não é a primeira

De qualquer forma, se Lisboa avançar com uma ordem de retirada às trotinetas, como fez Madrid, a decisão não seria inédita. Em março, a oBike, uma empresa com origem em Singapura trouxe para a capital portuguesa cerca de 350 bicicletas, mas o serviço nem durou um mês. A empresa entrou no mercado de forma unilateral, sem contactar a autarquia, pelo que foi dada uma ordem à Polícia Municipal para recolher todas as bicicletas que encontrasse na cidade. Essas bicicletas, ainda hoje, estão armazenadas nas instalações da polícia.

Naquela altura, como explicou Miguel Gaspar, o problema prendia-se também com a “ocupação abusiva do espaço público”. Muitas das bicicletas da oBike eram abandonadas no chão, em pleno passeio e, em alguns casos, algumas até apareceram em cima de árvores.

Já em novembro, meses depois da ocorrência, o mesmo vereador foi mais transparente em relação à empresa. Endurecendo o discurso, apontou para as “táticas que este tipo de empresas usam” para entrarem nas cidades: “A primeira é: entra e pede desculpa, como a oBike, que nem sequer pediu desculpa. A segunda é: vou falar com a cidade e, se tiver condições para entrar, entro.” Desde abril que a oBike promete regressar a Lisboa. Mas, até agora, segundo o vereador, não foi capaz de indicar à Câmara Municipal um representante legal da empresa em Portugal. E, como diz a sabedoria popular, o que nasce torto tarde ou nunca se endireita.

Sem capacete. E fora do passeio

Também não é despiciente o braço de ferro entre o município de Lisboa e a PSP, uma “guerra” comprada pela Câmara Municipal, que acabou por ser vencida pelo executivo de Fernando Medina. Apesar de dizer respeito às bicicletas elétricas da Emel, a decisão final não deixa indiferentes os fãs das trotinetas. Em causa, o capacete de segurança.

Quando lançou o serviço Gira, Lisboa sempre disse aos utilizadores que o capacete não é obrigatório. Mas a autarquia foi contrariada quando, nas últimas semanas, alguns utilizadores de bicicletas foram multados pela PSP, por circularem sem esse acessório. A decisão gerou alguma revolta entre os utilizadores, num assunto fraturante em que os defensores de ambas as posições garantiam ter a certeza do que estavam a dizer.

A Câmara Municipal recorreu ao Facebook e ao Twitter para assumir isso mesmo: garantiu que o capacete não é obrigatório e pressionou a PSP a parar de multar os utilizadores. Depois de uma reunião entre Miguel Gaspar e o secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) foi instada a emitir um parecer definitivo com a interpretação da lei.

Esse parecer foi conhecido esta sexta-feira e avançado pelo ECO em primeira mão: o regulador considera que o uso do capacete não é obrigatório, mas que é recomendável. No entanto, na mesma instrução técnica, “é salientada a perigosidade da invasão do espaço destinado aos peões” por parte de bicicletas e de trotinetas, “devendo a fiscalização ser intensificada no que concerne à adequada utilização do espaço público por parte dos condutores” destes veículos.

Espera-se, por isso, mais multas — desta vez, não para quem não anda com capacete, mas para quem circula no passeio, destinado a peões. Em causa, segundo a instrução técnica, estão os velocípedes “equipados com motor auxiliar até 0,25 kW, cuja alimentação é interrompida se atingir a velocidade de 25 km/h, ou antes, se o condutor deixar de pedalar”, bem como “as trotinetas com motor elétrico” e também os “dispositivos de circulação com motor elétrico, autoequilibrados e automotores, ou outros meios análogos com motor”.

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Proposta do PSD chumbada. Lisboetas continuam a pagar taxa turística

A proposta do Partido Social Democrata teve os votos contra do PS, Bloco de Esquerda e de sete deputados independentes, e a abstenção dos outros partidos.

Os lisboetas vão continuar a pagar taxa turística, pelo menos por agora. A proposta do PSD, de isentar os residentes na cidade do pagamento da taxa, foi chumbada. Teve os votos contra do PS, Bloco de Esquerda e de sete deputados independentes, e a abstenção dos outros partidos.

Todos aqueles que pernoitam em Lisboa, em estabelecimentos turísticos, continuam assim sujeitos ao pagamento de uma taxa, avança o Diário de Notícias (acesso livre). A moção proposta pelo PSD sugeria que os residentes na cidade, ao apresentar a “certidão do domicílio fiscal emitida pela Autoridade Tributária Aduaneira”, não tivessem de pagar esse imposto.

Na base desta medida estava o facto de que os residentes de Lisboa não representam um encargo adicional no turismo, e que “já dão o seu contributo financeiro para as diversas políticas públicas levadas a cabo pela Câmara”, segundo explicou o deputado Rodrigo Mello Gonçalves. A medida já é aplicada em cidades como Paris e Roma.

A taxa turística cobrada em Lisboa vai duplicar no próximo ano, passando de um para dois euros por noite, para reforçar a limpeza urbana e os transportes nas zonas com maior pressão do turismo. A alteração deverá entrar em vigor a 1 de janeiro.

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Galp Energia e BCP pesam no PSI-20. Mota-Engil brilha com subida de 4%

As bolsas europeias fecharam no vermelho. No mercado de dívida, a sessão fica marcada por dados que mostram que o terceiro trimestre registou o menor volume de transações em, pelo menos, cinco anos.

A bolsa de Lisboa fechou, esta terça-feira, em queda, em linha com as principais pares europeias. O sentimento negativo que se vive de forma geral nas ações tem sido causado pelos receios de desaceleração da economia global e não passou ao lado do PSI-20, que perdeu 0,59% para 4.702,63 pontos. A EDP, a Galp Energia e o BCP a destacarem-se pela negativa.

Entre as cotadas que mais penalizaram o índice esteve o BCP, com uma queda de 1,60% para 0,233 euros por ação. A EDP desvalorizou 2,51% para 2,95 euros por ação e a eólica EDP Renováveis — cujo CEO está esta terça-feira a ser ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito às rendas excessivas da energia — perdeu 0,79% para 7,58 euros.

As ações da petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva desvalorizaram 1,88%, num de fortes quedas do preço do petróleo. O preço do barril de brent — referência para as importações nacionais — cai 4,23%, para os 57,09 dólares, em Londres, em mínimos de mais de um ano. Já o crude negociado em Nova Iorque desvaloriza 5,47%, para os 47,15 dólares por barril.

Em contraciclo, a Mota-Engil disparou 3,64% para 1,652 euros por ação. A sessão também foi positiva para o retalho, com a Sonae a ganhar 1,76% e a Jerónimo Martins a subir 0,15%. A Navigator ganhou 2,10% e a Altri 0,73%.

Quedas nas bolsas aguça apetite por dívida

O sentimento foi generalizado às bolsas europeias. O índice pan-europeu Euro Stoxx 600 perdeu 0,6%, enquanto o alemão DAX deslizou 0,1%, o francês CAC 40 perdeu 0,7%, o espanhol IBEX 35 tombou 1,6%, o italiano FTSE MIB recuou 0,26% e o britânico FTSE 100 desvalorizou 0,9%.

Os juros das dívidas soberanas recuaram com os investidores a recorrem às obrigações devido ao selloff acionista. A yield das Bunds alemãs a 10 anos caiu para 0,244% e a das Obrigações de França com o mesmo prazo para 0,71%. Em Portugal, o juro da dívida benchmark cedeu para 1,635%.

A sessão contrariou, no entanto, a tendência dos últimos meses. No terceiro trimestre do ano, o volume de transações diárias caiu 20,3% face ao trimestre anterior e 7,2% em comparação com o período homólogo, de acordo com a Associação de Mercados Financeiros na Europa, divulgados esta terça-feira. O montante é o mais baixo desde que a associação faz o registo, ou seja, desde pelo menos 2013. A diminuição da liquidez deveu-se ao aumento do risco em Itália, mas também a fortes quebras na Suécia e na Alemanha, de acordo com os dados citados pela Reuters.

No mercado cambial, o euro aprecia-se 0,12% contra a par norte-americana, para 1,1362 dólares, e desvaloriza 0,05% contra a par britânica, para 0,898 libras esterlinas.

(Notícia atualizada às 17h05)

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Manso Neto: “EDP interagiu com os governos todos. Não foi só com o de José Sócrates”

O gestor da EDP considera que a interação da empresa com os governos na elaboração dos CMEC é normal e admite mesmo que o rascunho da resolução do Conselho de Ministros foi pedido por um governante.

“A EDP interagiu com os governos todos. Não foi só com o do engenheiro José Sócrates”. A garantia é dada por João Manso Neto, administrador da EDP, que, esta terça-feira, está a ser ouvido na comissão parlamentar de inquérito ao pagamento de rendas excessivas aos produtores de eletricidade. O gestor considera que esta interação com os sucessivos governos para a elaboração dos custos de manutenção do equilíbrio contratual (CMEC) é normal e defende que, sendo a EDP uma parte interessada desta legislação, é legítimo que tenha feito propostas para o desenho da legislação. Aliás, o rascunho da resolução do Conselho de Ministros que introduziu os CMEC foi feita a pedido do Governo de José Sócrates, garante.

João Manso Neto respondia, desta forma, ao deputado social-democrata Jorge Paulo Oliveira, que o questionou sobre o draft da resolução do Conselho de Ministros, de 2006, que a EDP enviou ao Governo. Jorge Paulo Oliveira referia-se a um email que, segundo noticiou o Expresso no ano passado, provou a participação da EDP na elaboração dos CMEC. “Este é o draft de RCM [resolução de Conselho de Ministros] que propusemos ao Governo. Sei que o Dr. Miguel Barreto e o Dr. Rui Cartaxo estão a fazer-lhe alguns ajustes formais”, lê-se no email enviado por João Manso Neto a António Mexia, em novembro de 2006. À data, Miguel Barreto era o diretor-geral de energia e Rui Cartaxo era assessor de Manuel Pinho, então ministro da Economia do Governo de José Sócrates.

Esta proximidade entre a empresa e o legislador, classificou o deputado, é “indesejável”, uma acusação que é rejeitada por João Manso Neto. “A EDP interagiu com os governos todos. Não foi só com o do engenheiro José Sócrates. Foi com todos. Não houve nenhuma relação privilegiada com esse governo. Há discussões com governos desde 2004”. Em 2004, os governos em exercício foram liderados por Durão Barroso e por Santana Lopes.

A EDP interagiu com os governos todos. Não foi só com o do engenheiro José Sócrates. Foi com todos. Não houve nenhuma relação privilegiada com esse governo.

João Manso Neto

Administrador da EDP

Seja como for, admitiu Manso Neto, o draft da resolução do Conselho de Ministros foi pedido pelo Governo de José Sócrates à EDP. “Houve uma reunião em que o professor Castro Guerra nos terá pedido para fazer isso”, recordou. António Castro Guerra foi secretário de Estado da Indústria quando Manuel Pinho era ministro da Economia.

O administrador da EDP defendeu ainda que, nesta altura que antecedeu a introdução dos CMEC, a EDP “tinha muitos contactos com o governo”, uma relação que considera normal. “O Ministério da Economia não tinha de nos pedir opinião, mas acho bem que o tenha feito. Na minha vida, quando faço alguma coisa importante, tendo a ouvir as partes interessadas“, afirmou. Neste caso em particular, argumenta, a empresa teria mesmo de ser ouvida, já que o que estava em causa era a passagem dos antigos contratos de aquisição de energia (CAE) para os CMEC. “Para acabar com os contratos é conveniente que nós estejamos de acordo”, sublinhou.

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Londres decide dar prioridade a preparativos para saída sem acordo

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2018

“O Governo concordou que a preparação para uma ausência de acordo será uma prioridade operativa dentro do Governo, mas a nossa prioridade geral será conseguir um compromisso", disse Steve Barclay.

O Governo britânico decidiu esta terça-feira iniciar os preparativos para uma retirada do Reino Unido da União Europeia (UE) sem acordo, apesar de ainda manter o objetivo de uma saída consensual com Bruxelas, informou o ministro do Brexit, Steve Barclay.

A decisão foi adotada durante uma reunião do Governo para avaliar a necessidade de fornecer “prioridade operativa” a um possível Brexit sem acordo, na sequência da indecisão do Parlamento britânico em aprovar o acordo negociado entre Londres e Bruxelas. “Na sequência dos contínuos preparativos para [uma saída] sem acordo, um Governo responsável necessita assegurar que estamos preparados para essa opção, que não queremos que passe, e estar preparados no caso de suceder”, acrescentou.

“É por isso que o Governo concordou que a preparação para uma ausência de acordo será uma prioridade operativa dentro do Governo, mas a nossa prioridade geral será conseguir um compromisso”, explicou o ministro. Steve Barclay acrescentou que o Governo vai emitir diretrizes a instituições e empresas, extensíveis à setores da população, sobre a forma como devem preparar-se caso o Reino Unido abandone a UE em 29 de março de 2019 sem um texto ratificado.

“A prioridade do Governo continua dirigida para a obtenção de um plano, mas necessitamos de admitir que, quando faltam 14 semanas [para o Brexit], um Governo responsável prepara-se para a eventualidade de sairmos sem acordo”, insistiu Barclay. Na perspetiva de uma saída “desordenada” do país, o Ministério da Defesa britânico anunciou esta terça-feira que vai colocar 3.500 soldados “em alerta” e que serão colocados em diversos departamentos governamentais, incluindo em portos e aeroportos.

No decurso de uma intervenção na Câmara dos comuns (Parlamento), o ministro da Defesa, Gavin Williamson, precisou que o contingente vai incluir militares “regulares e da reserva”, preparados para as funções que foram consideradas necessárias.

O Parlamento britânico deverá pronunciar-se sobre o acordo do Brexit, firmado entre o Governo da primeira-ministra conservadora Theresa May e os líderes da UE na semana que se inicia em 14 de janeiro, após a suspensão da votação em 11 de dezembro, perante uma eventual clara rejeição do acordo por muitos deputados conservadores e pela oposição. May já anunciou que os líderes da UE se mostraram favoráveis em fornecer “esclarecimentos” sobre diversos aspetos do acordo que suscitaram dúvidas nos deputados, em particular as “garantias” para evitar uma fronteira física entre as duas Irlandas.

Essa “garantia” prevê que o Reino Unido permaneça na união aduaneira e que a Irlanda do Norte também permaneça à margem de certas normas do mercado único até ao estabelecimento de uma nova relação comercial entre as duas partes que deverá ser negociada no período de transição, entre 29 de março de 2019 e finais de 2020.

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Manso Neto: “O termo ‘rendas excessivas’ resulta de más interpretações”

O administrador da EDP admite que a interação da empresa com os governos para a elaboração dos CMEC era "inevitável", mas garante que não há rendas excessivas.

Não só não existem rendas excessivas no setor energético, como a EDP foi prejudicada quando aceitou passar dos contratos de aquisição energética (CAE) para os custos de manutenção do equilíbrio contratual (os chamados CMEC). A ideia foi defendida, esta terça-feira, por João Manso Neto, o primeiro administrador em funções da EDP a ser chamado à comissão parlamentar de inquérito ao pagamento de rendas excessivas aos produtores de eletricidade. O gestor, que tem sido apontado, por várias das personalidades já ouvidas nesta comissão de inquérito, como o responsável da EDP que liderou as negociações dos CMEC com os governos da altura, admite que a interação da empresa energética com o Governo para a elaboração desta legislação era “inevitável”. Mas garante que “o termo ‘rendas excessivas’ resulta de más interpretações”.

Na intervenção inicial que fez esta tarde, João Manso Neto começou por referir que participou nos vários processos de alterações legislativas no setor energético. “A minha participação foi grande e interação da EDP com o Governo foi inevitável, como não podia deixar de ser“, reconheceu. Ainda assim, ressalvou, a empresa procurou sempre “soluções de utilidade” e a decisão foi do Governo. “Não nos coibimos de fazer propostas quando nos são pedidas, mas a decisão cabe ao Governo”, salientou.

De resto, o administrador da EDP dedicou uma longa intervenção a tentar provar que “não existem rendas excessivas associadas ao setor” energético. Desde logo, defendeu, porque os CMEC comportam maior risco para os produtores do que os CAE, os anteriores contratos. Mesmo assim, a EDP aceitou passar para o novo modelo de rendas, não só porque era essa a vontade do maior acionista (na altura, o Estado português), mas porque os administradores decidiram que não queriam “ficar presos ao passado”, leia-se, decidiram passar para o mercado liberalizado, mesmo assumindo que estariam sujeitos a um maior risco.

“Sendo essa a vontade do acionista, achámos que devíamos aceitar a passagem para o mercado, com uma condição: que houvesse neutralidade económica”, disse Manso Neto. É essa neutralidade económica que a EDP argumenta não ter sido alcançada. “Se queremos ser muito rigorosos, a EDP até foi prejudicada”, acrescentou.

Sendo essa a vontade do acionista, achámos que devíamos aceitar a passagem para o mercado, com uma condição: que houvesse neutralidade económica.

João Manso Neto

Administrador da EDP

Especificamente, João Manso Neto defende que a EDP terá perdido 501 milhões de euros, por “incumprimentos contratuais” por parte dos sucessivos governos. Aqui, Manso Neto inclui uma redução da taxa de juro recebida pela EDP, que ocorreu em 2013 por decisão do Governo de Passos Coelho, bem como a contribuição especial sobre o setor energético (CESE) e os encargos com a tarifa social a centrais abrangida pelo regime dos CMEC. O gestor aponta ainda para perdas de 241 milhões devido a uma “simplificação metodológica” na avaliação do valor dos antigos CAE. Feitas as contas, ao longo da última década, em que os CMEC estão em vigor, a EDP argumenta que perdeu 741 milhões de euros em relação ao que teria recebido com os CAE.

Onde estão as rendas excessivas? Podemos discutir o que quisermos, mas não há rendas excessivas. E não sou eu que o digo, já cá vieram especialistas dizê-lo“, concluiu, sobre este ponto, João Manso Neto.

(Notícia atualizada às 15h22 com mais informação)

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Fatura da eletricidade baixa em 2019 “para todos”, garante o ministro do Ambiente

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2018

"Um euro e meio todos os portugueses vão pagar menos porque para todos a tarifa vai baixar", disse o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.

O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, esclareceu esta terça-feira que a fatura da eletricidade vai baixar em 2019 “para todos os portugueses”, não apenas para os consumidores do mercado regulado, num valor correspondente a 1,5 euros mensais.

“A energia elétrica vai baixar para todos os portugueses”, disse o governante em declarações à Lusa, à margem de uma conferência sobre eficiência energética e hídrica organizada pela Agência para a Energia. A redução do valor pago pela energia elétrica resulta da diminuição de quase 17% da tarifa de acesso a rede, que beneficia os seis milhões de contratos existentes.

“Destes seis milhões, cerca de um milhão estão no mercado regulado e esses são aqueles para os quais a ERSE fixa a tarifa. E para esses podemos dizer que vai baixar 3,5%, nos outros a percentagem não há de ser muito diferente dessa, mas os contratos são diferentes entre si e portanto não podemos ser tão rigorosos na fixação desse valor. Agora, um euro e meio todos os portugueses vão pagar menos porque para todos a tarifa vai baixar”, disse.

O ministro lembrou ainda que, além desta redução, será possível aos consumidores domésticos baixarem a fatura que pagam pela eletricidade se optarem por ter uma potência instalada inferior a 3,45 kva, uma vez que o IVA deixa de ser 23% e passa a ser 6%. “Este valor e esta redução é somada à redução que já vão ter todos, de 3,5% naqueles que têm a tarifa regulada e que corresponde a 1,5 euros para todos os consumidores portugueses”, sublinhou.

Na segunda-feira, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) anunciou que as tarifas de eletricidade no mercado regulado vão descer 3,5% para os consumidores domésticos a partir de 1 de janeiro. Os preços da eletricidade para as famílias que ainda estão em mercado regulado descem assim pelo segundo ano consecutivo, depois de a ERSE ter revisto a proposta feita em outubro, que previa uma subida das tarifas de 0,1%. Esta redução de 3,5% representa uma diminuição de 1,58 euros para uma fatura mensal de 45,1 euros, de acordo com as contas divulgadas pelo regulador. Nas regiões autónomas dos Açores e Madeira a redução é de 0,6%, segundo a mesma entidade.

A ERSE informa ainda que “os consumidores com tarifa social beneficiarão de um desconto de 33,8% sobre as tarifas de venda a clientes finais, de acordo com o estabelecido por despacho do membro do Governo responsável pela área da energia”. Já para os consumidores que tenham tarifas sociais de venda a clientes finais, “prevê-se uma redução na fatura média mensal de eletricidade de 13,67 euros”, tendo em conta uma fatura média mensal de 26,8 euros, “valor que já integra a aplicação de um desconto social mensal de 13,67 euros”, detalha o regulador.

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Depois do trambolhão, Wall Street sobe à espera da Fed

Wall Street abriu a semana com um trambolhão: caiu mais de 2% e tocou em mínimos de 14 meses. Na sessão desta terça-feira, a praça norte-americana já está, contudo, a recuperar, tendo aberto no verde.

Depois de ter arrancado a semana em mínimos de 14 meses, Wall Street está agora a recuperar. O receio de que a Reserva Federal aumente de novo as taxas de juro continua presente, mas a perspetiva de que estejam no horizonte bons resultados empresariais está a animar as negociações. Esta terça-feira, a bolsa norte-americana abriu, assim, em terreno positivo.

Na segunda sessão da semana, o índice de referência, o S&P 500, está a valorizar 0,76% para 2.565,27 pontos. A recuperar também estão o tecnológico Nasdaq e o industrial Dow Jones, que estão a somar 0,90% para 6.814,76 pontos e 0,84% para 23.790,53 pontos, respetivamente.

Isto depois do S&P 500 ter caído mais de 2% e tocado em mínimos de 14 meses, na primeira sessão da semana. Esse desempenho explicou-se pelo receio de que a Reserva Federal anuncie, na quarta-feira, mais uma subida das taxas de juro (a quarta do ano), o que poderia implicar uma desaceleração da economia global.

A propósito, o Presidente dos Estados Unidos colocou-se ao lado dos investidores contra tal decisão, referindo que seria uma “tolice”.

Apesar deste cenário, Wall Street recuperou o fôlego, esta terça-feira, à boleia da perspetiva de bons resultados empresariais.

Prova disso é o desempenho dos títulos da Oracle. A estimativa de que a empresa feche o quarto trimestre com resultados forte está a puxar pelos seus títulos, que sobem 3,93% para 47,53 dólares.

Acima da linha de água estão também as ações do setor financeiro (o mais sensível à eventual decisão da Fed). Os títulos do JPMorgan estão a subir 1,13% para 100,13 dólares, os do Citigroup 2,12% para 55,40 dólares, os do Goldman Sachs 2,06% para 171,46 dólares e dos Bank of America 2,04% para 24,97 dólares.

“Há uma falta de confiança em qualquer movimento de recuperação e precisamos de algo mais tangível para trazer confiança ao mercado”, avisa o analista Andre Bakhos, citado pela Reuters. “Houve um sell-off significativo e, antes de o mercado estabilizar, precisamos de algo tangível, seja um acordo comercial [com a China] ou uma decisão da Fed”, avisa.

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Amadeu Guerra substitui Maria José Morgado na procuradoria distrital de Lisboa

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2018

O atual diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) vai substituir Maria José Morgado no cargo de procurador-geral Distrital de Lisboa.

O atual diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) vai substituir Maria José Morgado no cargo de procurador-geral Distrital de Lisboa, depois da sua jubilação e de o Conselho Superior do Ministério Público ter reunido esta terça-feira.

“O Conselho Superior do Ministério Público deliberou nomear, em comissão de serviço, para o lugar de procurador-geral distrital de Lisboa o procurador-geral adjunto Amadeu Guerra”, confirmou a Procuradoria-geral da República à agência Lusa.

Amadeu Guerra ia terminar o mandato no DCIAP em março de 2019, tendo iniciado funções em 2013, sucedendo a Cândida Almeida.

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Indaqua compra 55% do capital da angolana Vista Water à Mota-Engil

Visa Water é uma empresa vocacionada para a consultoria e assistência técnica nas áreas dos serviços de gestão de abastecimento de água e de recolha de águas residuais.

Negócio fechado. O grupo Indaqua adquiriu 55% do capital da angolana Vista Water à construtora Mota-Engil, passando, assim, a deter a totalidade do seu capital. A operação confirma o interesse da empresa num país que apresenta tantos problemas com o acesso à água potável.

“Queremos muito participar e contribuir de forma efetiva para o desenvolvimento de Angola, melhorando os níveis acessibilidade à água potável, num país que apresenta atualmente a segunda taxa mais baixa de cobertura do mundo. Esta aposta reflete exatamente o nosso compromisso com Angola”, afirma Enrique Castiblanques, CEO da Indaqua, em comunicado.

Criada em 2009, a Visa Water é uma empresa vocacionada para a consultoria e assistência técnica nas áreas dos serviços de gestão de abastecimento de água e de recolha de águas residuais. Atualmente, está empenhada, sobretudo, em dois projetos: uma com a Direção Nacional de Água em Sumbe (valor a rondar os 3,5 milhões de dólares) e outro na província do Bié (valor a rondar os seis milhões de dólares), que assegura o abastecimento a mais de 350 mil habitantes.

Das 18 províncias existentes em Angola, a Vista Water teve ou tem desenvolvido projetos em 11 províncias. “É o conhecimento especializado e a profunda experiência que temos no setor da água em Portugal e Angola que, claramente, está a sustentar a nossa expansão internacional e esta aquisição só é possível graças a esses recursos”, acrescenta o CEO da empresa.

Recorde-se ainda que a Indaqua foi, recentemente, distinguida com seis galardões nos Prémios ERSAR, onde as suas concessões foram reconhecidas pela qualidade do serviço, eficiência e excelência no serviço de abastecimento público de Água em Portugal.

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“É muita falha. E isso significa que o Estado falhou”, diz Marcelo

Sobre a queda do helicóptero do INEM, que vitimou quatro pessoas, o Presidente da República fala em "muita falha", um sinónimo de que "o Estado falhou".

No relatório apresentado pela Proteção Civil ao Ministério da Administração Interna (MAI) sobre a queda do helicóptero do INEM que vitimou quatro pessoas, foram apontadas várias falhas, nomeadamente a nível dos procedimentos. Para Marcelo Rebelo de Sousa, trata-se de “muita falha e isso significa que o Estado falhou”. O Presidente da República sublinha que este tipo de falhas “não são boas para a confiança das pessoas nas instituições”.

“Espero que não se confirme no relatório definitivo aquilo que consta do relatório preliminar. Constam quatro falhas: duas da Navegação Aérea de Portugal (NAV) e duas do 112. É muita falha, e isso significa que o Estado falhou“, disse Marcelo, em declarações aos jornalistas durante um almoço com camionistas.

A confirmarem-se estas falhas, “isto não cria confiança nem segurança nas pessoas”. “Se se confirmar aquilo que resulta deste relatório preliminar, são falhas demais de comunicação e tempo demais que resulta dessas falhas. E isso não é bom para a confiança das pessoas nas instituições, porque no fundo é tudo Estado”, continuou o chefe de Estado.

Face a estes resultados, “é preciso apurar” como decorreram os procedimentos e, a confirmarem-se estas falhas, “é preciso responsabilizar e corrigir”.

Para Marcelo, há duas maneiras de olhar para este momento: “uma é banalizar, dizer que isto é um caso que acontece de vez em quando; a outra é levar a sério e acho que deve ser levado a sério porque os portugueses vão perdendo confiança nas instituições“.

(Notícia atualizada às 13h48 com mais informação)

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