Lucros do BCP disparam 67,5% para 150,6 milhões nos primeiros seis meses do ano

Os lucros do maior banco privado português aumentaram 67,5% nos primeiros seis meses do ano. São as primeiras contas semestrais apresentadas por Miguel Maya como CEO.

No primeiro semestre, o maior banco privado português contabilizou lucros de 150,6 milhões, o que representa uma subida de 67,5% face ao período homólogo de 2017. Para esta subida contribuiu a evolução “muito favorável do resultado da atividade em Portugal” que teve um contributo de 59 milhões nos resultados dos primeiros seis meses de 2018, contra os 1,6 milhões de euros do período homólogo.

O BPI já estimava que o banco apresentasse lucros de quase 150 milhões no acumulado dos primeiros seis meses.

Na atividade internacional, o banco registou um aumento de 3,1% do resultado (de 87,1 milhões de euros no primeiro semestre de 2017 para 89,9 milhões de euros no primeiro semestre de 2018). Esta evolução beneficia dos desempenhos positivos das operações na Polónia e em Moçambique. Já esta manhã, o banco tinha anunciado que a sua unidade polaca, o Bank Millennium, registou uma evolução positiva em vários indicadores, com o lucro a crescer 11% para os 82,3 milhões de euros.

A margem financeira cifrou-se em 687,7 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2018 (678,5 milhões de euros apurados em igual período do ano anterior), “apoiada no bom desempenho da atividade internacional”, justifica o banco em comunicado enviado à CMVM.

Comissões em alta

As comissões líquidas atingiram 340,2 milhões de euros no primeiro semestre de 2018, evidenciando um crescimento de 3% face aos 330,3 milhões de euros alcançados nos primeiros seis meses de 2017, “determinado essencialmente pelo desempenho favorável da atividade em Portugal, cujas comissões aumentaram 3,9%, mas também pelo contributo da atividade internacional, que registou uma subida de 1,1% face ao primeiro semestre de 2017, alicerçada na operação Polaca”.

A evolução das comissões líquidas no primeiro semestre de 2018 reflete o crescimento quer das comissões bancárias, quer das comissões relacionadas com os mercados financeiros que subiram 2,5% e 5,3% respetivamente.

No comunicado enviado à CMVM, o banco explica ainda que a imparidade do crédito (líquida de recuperações) apresentou uma diminuição de 27,6% face aos 305,0 milhões de euros registados nos primeiros seis meses de 2017, “devido maioritariamente ao desempenho positivo da atividade em Portugal, mas também da atividade internacional, que contou com o comportamento favorável de todas as subsidiárias, sendo de destacar o contributo das operações na Polónia e em Moçambique”.

A apresentação das contas semestrais acontece numa altura de mudança de pastas no BCP, com
Miguel Maya a ocupar o lugar de presidente executivo, substituindo Nuno Amado que passa a chairman.

Esta quarta-feira, Maya escreveu uma carta aos trabalhadores e lançou o Plano Mobilizar com a estratégia para colocar o banco na rota do crescimento. Nessa comunicação, o novo CEO do BCP garante que quer reter talento no banco e para isso quer voltar a pagar bónus aos trabalhadores, compromisso que já tinha sido assumido pela administração.

(Notícia atualizada às 17h35)

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Jerónimo Martins castiga bolsa de Lisboa. PSI-20 encerra a sessão em terreno negativo

  • ECO
  • 26 Julho 2018

A bolsa de Lisboa encerrou a sessão a cair 0,49%, muito penalizada pela queda expressiva dos títulos da Jerónimo Martins.

A praça bolsista lisboeta fechou, esta quinta-feira, no patamar vermelho, com uma queda de 0,49% para 5593.010 pontos. O setor do retalho esteve a pressionar o PSI-20, o índice de referência nacional, juntamente com a Pharol, que também empurrou a bolsa de Lisboa para baixo.

Apesar de a empresa liderada por Pedro Soares dos Santos ter visto, nos primeiros seis meses do ano, os seus lucros crescer quase 4%, a Jerónimo Martins teve um dia difícil. Esta manhã os títulos começaram a cair quase 6% e, no fecho, terminaram a sessão com uma queda de 6,81% para 12,3850 euros, sendo a cotada que registou a maior desvalorização. A queda dos títulos da Jerónimo Martins pode ser justificada com o fraco crescimento entre trimestres, no segundo registou lucros de 95 milhões de euros, enquanto no primeiro tinha contabilizado lucros de 85 milhões de euros.

A Sonae, da mesma forma, pressionou a bolsa de Lisboa, não conseguindo sair do negativo. As ações da empresa dirigida por Paulo Azevedo desvalorizaram 2,50% para 0,9545 euros. Também a Sonae Capital encerrou a sessão a desvalorizar, mais precisamente 1,08% para 0,92 euros.

Além do setor do retalho, também a Pharol empurrou a bolsa de Lisboa para o terreno negativo. A empresa portuguesa, que é a maior acionista da operadora brasileira Oi, viu as suas ações descerem 2,95% para 0,23 euros.

Do outro lado, a puxar pelo PSI-20, esteve o setor energético. A EDP encerrou a sessão a ganhar 0,38% para 3,4580 euros, no dia em que a EDP Brasil divulgou os seus resultados até junho, que mostram um crescimento de 60% dos lucros, atingindo quase 100 milhões de euros. Os ganhos da energética portuguesa não foram, no entanto, suficientes para animar a bolsa de Lisboa.

Em terreno positivo ficou também a Galp, com ganhos de 1,69% para 17,43 euros e o BCP, valorizando 0,41% para 0,2685 euros. Durante a manhã desta quinta-feira, o Bank Millenium, do BCP na Polónia, anunciou que registou uma evolução positiva, até junho deste ano, tendo aumentado os seus lucros em 11%.

Lá fora, as praças europeias não seguem a tendência portuguesa, impulsionadas pelas tréguas na guerra comercial entre os Estados Unidos da América e a União Europeia. A reunião de ontem entre Donald Trump e Jean-Claude Juncker puxaram pelo Stoxx600, que fechou a ganhar 0,88% para 390.58 pontos.

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Lucro da EDP cai 16% para 380 milhões de euros no primeiro semestre

A EDP viu o lucro do primeiro semestre cair 16% para 380 milhões de euros, anunciou num comunicado enviado à CMVM. Perde com a contribuição para o setor e com menos receitas com origem nos CMEC.

Os lucros da EDP na primeira metade do ano fixaram-se em 380 milhões de euros. É uma queda de 16% face ao período homólogo. A empresa explica a quebra no resultado líquido com as “alterações regulatórias adversas” em Portugal, nomeadamente com a contribuição extraordinária para o setor energético e “a diferença entre o ajuste final” do valor a receber com os Custos de Manutenção de Equilíbrio Contratual (CMEC), que foi reconhecido em 2017, e o aprovado em maio de 2018.

Estes “eventos não recorrentes” levaram a empresa a uma queda nos lucros que, de outra forma, teriam subido 5%. Concretamente, a EDP descreve um impacto negativo de 64 milhões de euros “correspondente à contribuição extraordinária para o setor de energia”, e uma perda de 13 milhões de euros com os CMEC. Além disso, a empresa liderada por António Mexia fala de um ganho de 25 milhões com a venda da posição da REN, mas também do pagamento de uma contribuição para o setor no valor de 67 milhões de euros.

“No primeiro semestre de 2018, a EDP prosseguiu a sua estratégia de crescimento focada em energias renováveis e no Brasil“, escreve a companhia numa nota enviada à CMVM. “Excluindo efeitos não recorrentes, o resultado líquido recorrente subiu 5% em termos homólogos, para 457 milhões de euros, uma vez que o crescimento na EDP Brasil e a melhoria de mercado na Península Ibérica mais que compensaram o efeito de alterações regulatórias em Portugal, anunciadas no quarto trimestre de 2017″, informa a EDP.

Ainda assim, o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) da empresa cifrou-se em 1.722 milhões de euros, uma queda de 10% face ao primeiro semestre de 2017, enquanto a margem bruta desceu 7% para 2.692 milhões de euros. Detalhando por mercados, 40% do EBITDA diz respeito a Portugal, 19% a Espanha, 18% ao Brasil, 18% à América do Norte e 2% a outros países. Em termos operacionais, a EDP teve mais despesa com pessoal e serviços externos. Os custos nesta vertente, excluindo o efeito cambial, aumentaram 1%, informa a empresa.

No mesmo período, a empresa aumentou a capacidade instalada em 2% em termos homólogos e fez subir “o peso de energias renováveis no mix de geração” para 74%. “O portefólio de contratos com clientes cresceu 44 mil nos últimos doze meses, para 11,43 milhões de contratos, distribuídos entre a Península Ibérica e Brasil e refletindo a forte aposta na satisfação de cliente, qualidade de serviços e maior envolvimento”, refere a empresa no comunicado.

Em relação ao investimento, a EDP reduziu em 19% o investimento operacional de manutenção, para 229 milhões de euros, enquanto o investimento operacional consolidado, no global, caiu 2% para 729 milhões de euros. Concretamente, em expansão, a EDP investiu 465 milhões de euros em nova capacidade eólica e solar e, em relação a novas linhas de transmissão no Brasil, a empresa admite ter sido um investimento “ainda reduzido”, de 16 milhões de euros. “Em conclusão, a atividade de expansão líquida resultou num investimento líquido total de 529 milhões de euros no primeiro semestre”, refere a empresa na nota.

A EDP fechou ainda o semestre com uma dívida líquida de 14.172 milhões de euros, mais 2% do que no mesmo período do ano passado. A explicar a subida de quase 270 milhões de euros está o pagamento “referente ao dividendo anual” em 2 de maio deste ano.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h40)

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Miguel Maya: “A Sonangol está para ficar no BCP”

O BCP apresenta contas e Miguel Maya, o novo CEO do banco, prepara-se para a sua primeira conferência de imprensa para explicar os resultados. Acompanhe em direto.

O BCP apresenta contas no primeiro semestre do ano. Mas há outro ponto de interesse: Miguel Maya prepara-se para a sua primeira conferência de imprensa enquanto CEO do banco. Acompanhe aqui em direto.

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Depois do agravamento de maio, défice melhorou 406 milhões no primeiro semestre

Finanças revelam dados sobre execução do Orçamento do Estado até junho. Cenário melhorou face a maio. Meta para o conjunto do ano é de 0,7% do PIB.

O défice das Administrações Públicas atingiu em junho 2.616 milhões de euros, “melhorando 406 milhões de euros face ao período homólogo”, revelam as Finanças. A receita cresceu acima da despesa, o que permitiu apresentar um quadro mais confortável do que o registado em maio.

No mês passado, o défice tinha-se agravado mais de 1.500 milhões de euros, um cenário que na altura foi justificado pelo Ministério das Finanças com fatores “temporários”.

O comunicado enviado esta quinta-feira revela que “a melhoria do saldo global é explicada por um crescimento da receita (2,5%) superior ao aumento da despesa (1,3%)”.

A melhoria do quadro orçamental acontece numa altura em que o Governo já começou a negociar com os parceiros políticos o Orçamento do Estado para 2019. O ministro das Finanças, Mário Centeno, tem defendido a necessidade de manter uma trajetória de redução do défice, que este ano terá de baixar para 0,7% do PIB e no próximo para 0,2%.

Segundo as Finanças, a receita de IVA e as contribuições sociais para a Segurança Social assumiram um contributo importante para a evolução da receita, respetivamente 4,4% e 6,8%.

Do lado da despesa, as Finanças adiantam que os gastos cresceram 1,3%. Uma subida explicada “em grande parte pelo aumento da despesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e das prestações sociais, em particular com a prestação social para a inclusão”.

Numa altura em que o Governo é criticado, à esquerda e à direita, pela falta de aposta no setor da saúde, as Finanças salientam que a “despesa no SNS cresce 4,1% atingindo máximos do período pré-troika”, uma ideia que o gabinete de Mário Centeno tem vinho a sublinhar nos comunicados que antecipam a publicação do Boletim de Execução Orçamental pela Direção-Geral do Orçamento (DGO).

“A despesa do SNS na ótica financeira registou um crescimento de 4,1%, acima do orçamentado, refletindo um aumento de 4,4% das despesas com bens e serviços e o crescimento de 56% do investimento”, detalham as Finanças. As dívidas a fornecedores baixaram 33 milhões de euros face ao mesmo período do ano anterior.

O ministério liderado por Centeno antecipa porém que a evolução da despesa está a beneficiar de fatores relacionados com os diferentes perfis face ao ano passado. “A execução do primeiro semestre beneficia do efeito do diferente perfil no pagamento do subsídio de natal – com impacto em despesas com pessoal e pensões – bem como do facto do impacto do descongelamento ainda não se encontrar refletido de forma integral nas despesas com pessoal, em especial devido ao faseamento que ocorre ao longo do ano.”

As Finanças acrescentam ainda que a “despesa com pensões da Segurança Social diminuiu 1% influenciada pelo efeito do fim do pagamento de subsídio de natal em duodécimos”. Sem este efeito, “a despesa com pensões cresce cerca de 3%. Este crescimento reflete o facto de, pela primeira vez na última década, a grande maioria dos pensionistas ter aumentos superiores à inflação e também o aumento extraordinário de pensões de agosto de 2017″.

O investimento das Administrações Públicas cresceu 3,7%.

(Notícia atualizada)

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Telles com novo escritório no Porto

O escritório da Telles no Porto anuncia novas instalações: passa a estar na Avenida Marechal Gomes da Costa, depois de um projeto de reabilitação.

É no número 1131 da Avenida Marechal Gomes da Costa que a Telles anuncia novas instalações no Porto. A avenida, uma das mais conhecidas da cidade passa a receber o escritório do Porto desta sociedade, com instalações novas que resultam de um projeto de reabilitação que permitiu a adaptação do edifício à necessidade de espaço e organização da sociedade.

Miguel Torres, managing partner da Telles, diz que a sociedade tomou “como mote a necessidade de espaço para acolher o crescimento da equipa, e aproveitámos para também repensarmos a forma como estávamos organizados, procurando uma configuração que correspondesse à nossa forma de trabalhar, definindo equipas que se adaptam às necessidades dos clientes”, em comunicado à Advocatus.

Recorde-se que em janeiro deste ano também a sede de Lisboa da Telles tinha mudado instalações para os escritórios da Rua Castilho, uma das principais artérias da capital.

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Presidente da União Internacional de Advogados lança desafio em visita a Cabo Verde

O presidente da União Internacional dos Advogados (UIA), Pedro Pais de Almeida, está numa visita a Cabo Verde. O objetivo é reforçar a presença internacional dos advogados lusófonos.

O presidente da União Internacional dos Advogados (UIA), Pedro Pais de Almeida, está numa visita a Cabo Verde, a convite da Ordem dos Advogados Cabo Verdianos. O objetivo é reforçar a presença internacional dos advogados lusófonos. Neste âmbito, a sua visita contou com a presença do primeiro ministro e do ministro da Justiça de Cabo Verde, tendo discursado ontem na Assembleia Nacional sobre o tema “Escravatura dos Tempos Modernos”.

Um dos objetivos da atual presidência da UIA é potenciar o papel dos advogados lusófonos nas instituições internacionais, onde atualmente têm pouco peso relativamente ao número de advogados que representa.

“Em termos de cobertura geográfica, os advogados lusófonos estão espalhados por quatro continentes, África, América do Sul, Ásia e Europa. É voz corrente que, em conjunto, representam mais de 20% dos advogados a nível mundial, mas a sua influência é muito menor do que aquela que têm os advogados com outras línguas maternas”, afrma Pedro Pais de Almeida em comunicado. “É urgente dinamizar a UALP como plataforma de diálogo e aproximação contínua entre os advogados lusófonos e reforçar a sua posição na comunidade internacional dos advogados, enriquecendo a cultura jurídica da lusofonia e reforçando as competências dos advogados lusófonos”, reforça.

Este vai ser um dos temas do 62.º Congresso da UIA, a ter lugar no Porto, entre 30 de outubro e 3 de novembro, que terá como painéisos “Desafios Jurídicos da Escravatura dos Tempos Modernos” (Legal Challenges of Modern Day Slavery) e “Prática Jurídica na Era Digital” (Legal Practice in the Digital Era)”. O congresso deve contar com cerca de 1.200 advogados de todo o mundo, tendo já o Alto Patrocínio do Presidente da República Portuguesa.

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Juízos de proximidade vão realizar julgamentos cíveis de valor até 50 mil euros

  • Lusa
  • 26 Julho 2018

Para a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, esta medida vai aproximar a Justiça dos cidadãos, e contribuirá para uma maior rapidez processual.

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira uma proposta que determina que, à semelhança dos processos criminais, também os julgamentos cíveis possam ser realizados nos juízos de proximidade, desde que tenham um valor de até 50 mil euros.

Através desta alteração da Organização do Sistema Judiciário, é estabelecido que as “audiências de julgamento dos processos de natureza cível da competência dos juízos locais cíveis e dos juízos de competência genérica são realizadas no juízo territorialmente competente, de acordo com as regras processuais aplicáveis”, indica o comunicado do Conselho de Ministros.

A ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, adiantou aos jornalistas que os juízos de proximidade poderão julgar processos de natureza cível até um valor de 50 mil euros. Em matéria criminal, os juízos de proximidade já efetuam julgamentos de processos com penas de prisão até cinco anos.

Questionada sobre se a realização de julgamentos de processos cíveis nos juízos de proximidade, além de aproximar a Justiça dos cidadãos, contribuirá para uma maior rapidez processual, a ministra mostrou-se confiante: “Claramente também terá efeitos em termos de celeridade”.

O comunicado do Conselho de Ministros realça que o diploma a apresentar à Assembleia da República representa “mais um importante passo no sentido de reaproximar a justiça dos cidadãos“, cumprindo a promessa do Governo de “assegurar a realização em cada concelho de julgamentos que respeitem aos cidadãos desse mesmo concelho”.

Uma vez que a proposta de lei será agora enviada ao parlamento para discussão, a ministra não se comprometeu com uma data para a entrada em vigor da medida, mas manifestou o desejo de que a proposta entre em vigor “o mais breve possível”.

Francisca Van Dunem lembrou que, no âmbito da Organização do Sistema Judiciário, o Ministério da Justiça reabriu 20 tribunais que tinham sido encerrados e alargou o número dos juízos de proximidade, por forma a proteger o interior do país, onde a população está envelhecida e existem maiores dificuldades económicas das populações.

A ideia, disse, é que tais populações possam aceder à justiça e aos tribunais em “condições de igualdade”.

Quanto à introdução dos julgamentos cíveis nos juízos de proximidade, a ministra sublinhou que se tratou de uma decisão tomada com base em experiências realizadas e na convicção de que é compatível a sua realização com a de julgamentos criminais. “Não vai haver sobrecarga excessiva” para os juízos de proximidade, garantiu.

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SRS Advogados assessora venda da 321 Crédito ao Banco CTT

A SRS Advogados prestou assessoria à Cabot Square Capital na venda da 321 Crédito ao Banco CTT. A advogada Alexandra Valente esteve à frente da operação.

A SRS Advogados assessorou a Cabot Square Capital na venda da 321 Crédito, instituição especializada na concessão de crédito ao consumo, ao Banco CTT por 100 milhões de euros.

A equipa da sociedade responsável pela operação foi coordenada por Alexandra Valente, sócia da área de Financeiro e M&A, e contou com a colaboração de William Smithson e Kathleen Barley, bem como com o apoio de vários departamentos da SRS, envolvidos nas fases de due diligence, preparação e negociação de contratos.

Em comunicado, Alexandra Valente afirmou que assessorar a Cabot Square “foi um orgulho e um enorme desafio, desde o primeiro momento em que chegaram a Portugal — inicialmente com a aquisição da 321 Crédito (na altura BPN Crédito) em 2014 –, tendo sido um prazer trabalhar com a equipa da Cabot Square e da 321 Crédito”.

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Conheça os novos diretores adjuntos da PJ. Entre eles há uma mulher, pela primeira vez

A Direção Nacional da Polícia Judiciária anunciou novos membros. Entre eles está Luísa Proença, a primeira mulher a chegar a diretora adjunta da organização. Tomam posse sexta-feira, dia 27 de julho.

A Polícia Judiciária (PJ) anunciou novos nomes para a Direção Nacional. Depois de Luís Neves ter tomado posse em junho como diretor, foram hoje conhecidos os diretores adjuntos que farão parte do mandato dos próximos três anos: Carlos Farinha, Veríssimo Milhazes e Luísa Proença — a primeira mulher a ocupar este cargo na organização, responsável pela área financeira.

A nova diretora adjunta ocupava desde 2015 o cargo de responsável pelos fundos europeus para a Justiça, no gabinete da secretária de Estado, onde assegurava a representação legal do Ministério da Justiça em vários comités europeus e coordenou a representação deste ministério em vários projetos de “interoperabilidade europeia de serviços de justiça, em matéria civil e criminal”, segundo nota curricular do Diário da República. O novo cargo é um regresso aos quadros da PJ, onde já tinha sido chefe de área de projetos, inovação e conhecimento entre 2005 e 2015.

Carlos Farinha integra a PJ desde 1981, onde começou como perito de criminalística e passou por vários cargos, sendo diretor do Laboratório de Polícia Científica (LPC) desde 2009 até ao presente. É representante permanente de Portugal junto do European Network Forensic Science Institutes (ENFC) e membro do Diretório da Associação Ibero-Americana de Criminalística e Ciências Forenses (AICEF) desde 2011.

Já Veríssimo Milhazes deixa o cargo de diretor da Unidade de Informação de Investigação Criminal, onde esteve desde 2012. É ainda membro de diversos júris de recrutamento e seleção da PJ e já foi agraciado com três louvores atribuídos pelo Ministério da Justiça.

A tomada de posse decorre esta sexta-feira, dia 27, na sede da Policia Judiciária, presidida pela ministra da Justiça, Francisca Van Dunem.

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Acordo comercial com EUA? “É um bom sinal”, diz Draghi

Presidente do BCE diz que é um "bom sinal" existir vontade entre EUA e União Europeia para travar escalada das tensões comerciais, isto depois do acordo entre Donald Trump e Jean-Claude Juncker.

O que pensa do acordo entre Donald Trump e Jean-Claude Juncker sobre o comércio entre os EUA e a União Europeia? “Tomámos nota disso. É demasiado cedo para avaliar o conteúdo atual… Mas se temos alguma coisa a dizer em termos gerais, é um bom sinal”, declarou Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), esta quinta-feira.

“É um bom sinal porque de alguma forma mostra que há vontade para discutir o tema do comércio novamente dentro de um enquadramento multilateral”, explicou de seguida. E não fez mais comentários sobre o assunto: “Será muito difícil ir além desta opinião dado que não conhecemos a substância do acordo”.

Depois de mais uma reunião do Conselho de Governadores sobre política monetária, Mario Draghi não mudou o tom da mensagem do banco central: manteve os juros em mínimos históricos — e nesses níveis deverão continuar “até durante o verão de 2019” — e reafirmou a intenção de por termo aos estímulos monetários no final do ano.

“Neste momento, não vemos necessidade de modificar ou adicionar nova linguagem à nossa orientação sobre as taxas de juro”, frisou o italiano.

Ainda assim, não deixou de apontar algumas fragilidades que começam a aparecer no bloco da moeda única: por exemplo, as exportações perderam algum gás e o cenário internacional pode mudar com uma guerra comercial à escala mundial.

“Uma guerra comercial, onde temos retaliações e respostas, poderá criar um clima totalmente diferente. E temos de avaliar tanto os efeitos diretos, que poderão ser significativos, e os efeitos indiretos na confiança, especialmente no investimento empresarial. Temos de avaliar isso no futuro“, disse.

Esta quarta-feira, Trump e Juncker chegaram a um entendimento quanto às tarifas a aplicar sobre as trocas comerciais entre ambos os blocos, deixando ainda o compromisso de que EUA e União Europeia se vão sentar à mesa das negociações antes de implementarem mais taxas, algo que deixou os investidores satisfeitos porque poderá ser um primeiro passo para se evitar uma escalada das tensões comerciais.

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Presidente da Associação dos bancos diz que geringonça não vai durar

Faria de Oliveira critica os modelos dos governos de Portugal e de Espanha. O presidente da APB diz serem "soluções temporárias e precárias". Relativamente aos juros negativos fala em populismo.

Faria de Oliveira teceu críticas aos modelos dos atuais governos tanto de Portugal como de Espanha. O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) considera que são “soluções temporárias e precárias” e que resultam de “acordos de conveniência”.

As críticas do presidente da APB foram proferidas esta quinta-feira, no âmbito de uma conferência organizada pelo International Club of Portugal, da qual foi o orador principal. Perante uma plateia que incluiu responsáveis da banca, dos seguros, empresários e diplomatas, Faria de Oliveira começou por falar numa falta de “cultura de compromisso” no atual ambiente político que torna “difícil gerar soluções políticas estáveis”. Salientou ainda que o processo governativo se torna mais complexo quando, “em acordos governativos, com vista à obtenção de uma maioria parlamentar, estão partidos que não acreditam ou rejeitam a economia de mercado“.

Neste sentido, fala em “soluções governativas que não são projetos políticos, mas acordos de conveniência, não têm consistência e comportam riscos para o futuro”. Estas declarações são feitas a pouco mais de um ano das eleições legislativas e numa altura em que se discute politicamente a viabilidade da geringonça para a próxima legislatura.

O presidente da associação que representa os bancos, que também já assumiu cargos em governos do PSD, apelou ainda que “a formação de governos deve privilegiar soluções estáveis com projetos políticos consistentes com os modelos políticos e económicos apresentados a escrutínio eleitoral”.

Devolução dos juros negativos da casa? Medida “populista”

Mas Faria de Oliveira lançou mais farpas ao Governo de António Costa, nomeadamente no que respeita ao novo regime que obriga os bancos a devolverem os juros negativos no crédito à habitação. “Não faz sentido que se introduzam em Portugal medidas legislativas várias de caráter populista que penalizam os bancos portugueses em relação aos congéneres europeus”, disse, fazendo alusão a esse novo regime que entrou em vigor há poucos dias.

Em declarações aos jornalistas à margem desta conferência, Faria de Oliveira assumiu que esta declaração se referiu aos juros negativos da casa, bem como outras medidas que considera que estão a ser tomadas em prejuízo dos bancos.

“Há vários projetos legislativos que foram sendo apresentados e que, do nosso ponto de vista, têm implicações enormes de solidez das instituições bancárias“, disse. E acrescentou: “Os bancos exercem uma função fundamental para a sociedade e não podem ser discriminados em Portugal em relação ao que se passa em todos os outros países da Europa. E, algumas dessas medidas, não têm paralelo em nenhum país da Europa ou Estados Unidos. Não fazem nenhum sentido. Procuram responder a certo tipo de reivindicações“.

Faria de Oliveira não se mostra preocupado com o impacto imediato da medida, lembrando que a devolução de juros do crédito da casa se aplica a um conjunto muito reduzido de contratos. Aquilo que receia é o futuro impacto que a medida pode vir a ter. “Não é o impacto imediato que me assusta. Vai aplicar-se a muito poucas pessoas e, principalmente, só aquelas que têm spreads muito baixos”, diz. “O problema é o precedente terrível. Se houvesse por qualquer razão uma situação bem mais complicada, o impacto global seria então verdadeiramente sistémico“, avisa. “É contra este tipo de medidas que nós não podemos concordar”, concluiu.

(Notícia atualizada às 16h17)

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