Greve dos ferroviários na segunda-feira deverá causar perturbações a partir de domingo

  • Lusa
  • 1 Junho 2018

Os trabalhadores ferroviários da CP, Medway e Takargo vão estar em greve na segunda-feira contra a possibilidade de circulação de comboios com um único agente, o que deverá causar perturbações.

Os trabalhadores ferroviários da CP, Medway e Takargo vão estar em greve na segunda-feira contra a possibilidade de circulação de comboios com um único agente, o que deverá causar perturbações a partir de domingo.

Os sindicatos subscritores do pré-aviso de greve preveem que a paralisação tenha “um grande impacto na circulação de comboios” e a CP admite que deverão ocorrer “fortes perturbações na circulação”.

“Como não houve qualquer desenvolvimento ou contacto, a greve vai ocorrer, com grande impacto na circulação de comboios de passageiros e de mercadorias”, disse à agência Lusa José Manuel Oliveira, coordenador da Federação Sindical dos Transportes e Comunicações (FECTRANS), uma das seis estruturas envolvidas na greve.

Segundo o sindicalista, a maioria dos comboios suburbanos não deverão circular durante o período de greve.

Apesar da paralisação estar marcada para segunda-feira, os primeiros efeitos do protesto deverão surgir a partir das 22:00 de domingo, quando se iniciam os primeiros turnos.

Fonte oficial da CP disse à Lusa que ainda é cedo para ter uma perspetiva dos efeitos da greve, mas admitiu fortes perturbações ao longo de segunda-feira e nas últimas horas de domingo e primeiras de terça-feira.

Os sindicatos que marcaram a greve consideram que “a circulação de comboios só com um agente põe em causa a segurança ferroviária – trabalhadores, utentes e mercadorias”, e defendem, por isso, que “é preciso que não subsistam dúvidas no Regulamento Geral de Segurança (RGS)”.

Os ferroviários contestam que sejam feitas alterações ao RGS com o objetivo de reduzir custos operacionais.

O pré-aviso de greve foi emitido por sindicatos da CGTP, UGT e independentes, porque consideram que a redação do RGS, em discussão nos últimos meses, deixa em aberto a possibilidade de os operadores decidirem se colocam um ou dois agentes nos comboios. Posteriormente os sindicatos marcaram uma nova greve para os dias 12 e 13.

Em novembro, os sindicatos dos ferroviários suspenderam uma greve após terem acordado com o Governo que a redação do regulamento de segurança iria ser melhorada de forma a garantir que cada comboio circularia sempre com um maquinista e um revisor ou operador de mercadorias.

Atualmente, os comboios circulam sempre com dois trabalhadores, exceto na Fertagus que, ao abrigo do RGS, pode funcionar excecionalmente com agente único entre Setúbal e o Pragal. Os sindicatos envolvidos na paralisação tinham anunciado há dois dias uma greve para 04 de junho.

Os árbitros do CES não definiram serviços mínimos para a paralisação.

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Centeno sobre mudanças em Espanha e Itália: “Temos uma agenda e vamos continuar com ela”

  • Juliana Nogueira Santos
  • 1 Junho 2018

Centeno afirmou que não vai haver um tratamento especial para que as dúvidas dos eurocéticos se dissipem.

A mudança de liderança em Espanha e Itália não é vista pelos ministros da Finanças europeus como uma ameaça à coesão da União Europeia, mas sim como um acontecimento político habitual. E não haverá cedências nas políticas para nenhum destes países.

Quem o diz é Mário Centeno, presidente do Eurogrupo, em entrevista à Bloomberg. Quando questionado acerca daquilo que vai mudar, Centeno afirma que o caminho a seguir vai ser “uma continuação do que temos observado na Europa” e que a instituição que lidera desde janeiro deste ano tem uma agenda e vai continuar com ela.

As dúvidas dos italianos em relação ao modelo europeu foram o aspeto central desta entrevista, na qual Centeno afirmou que não vai haver um tratamento especial para que estas se dissipem. “Sabemos que a Itália é fundadora da Europa e a sua perspetiva é muito importante”, afirma o ministro português. Ainda assim, “as regras são iguais para todos os estados-membros e são muito robustas.”

Centeno admite que a Zona Euro e a moeda tem de ser “uma fonte de entusiasmo para todos”, e que essas são também parte das suas responsabilidades. “Temos de combater o populismo com a continuação da nossa agenda de uma forma paciente”, apontou ainda, considerando que a União Europeia tem de saber “lidar com as aspiração de todos os cidadãos”.

Tarifas comerciais são “uma decisão que todos lamentamos”

Acerca das tarifas alfandegárias sobre o aço e alumínio que os EUA impuseram à União Europeia, e que já mereceu a resposta de Juncker, Centeno considera que foi “uma decisão que todos lamentamos”, mas que as discussões bilaterais têm de continuar.

O ministro das Finanças português mostrou-se “cético” em relação ao resultado desta troca de galhardetes entre países num assunto que é tão importante como é o comércio. “Estou muito cético em relação a este tipo de guerras, não acho que resultem naquilo que era esperado pelos países que as iniciaram“, concluiu Centeno.

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Pagamentos com Visa com perturbações na Europa

De acordo com a empresa, os pagamentos estão a ser recusados em lojas e postos de combustíveis.

A rede de pagamentos da Visa está com perturbações em toda a Europa, de acordo com o The Guardian (conteúdo em inglês). Os utilizadores estão a ver os seus pagamentos recusados, tendo a empresa já confirmado esta falha. Já são várias as queixas partilhadas nas redes sociais.

Os pagamentos com Visa estão a ter problemas na Europa, com a escala desta falha técnica a ser, para já, incerta, de acordo com o mesmo jornal. A empresa já comentou a situação: “A Visa está a passar por uma interrupção no serviço. Este incidente está a impedir que algumas transações com Visa na Europa sejam processadas“.

“Estamos a investigar as causas e a trabalhar o mais rapidamente possível para resolver esta situação”, continuou. Os pagamentos estão a ser recusados em certas lojas e postos de combustíveis.

Por sua vez, a Mastercard informou que a sua rede de pagamentos está a funcionar normalmente: “Não detetamos nada de anormal até agora”, disse um porta-voz da empresa, citado pelo The Guardian.

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Registo da OPA dos chineses sobre EDP e EDP Renováveis já entrou na CMVM

A China Three Gorges acabou de entregar o pedido de registo da oferta pública de aquisição sobre a EDP e EDP Renováveis junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, apurou o ECO.

A China Three Gorges já entregou o pedido de registo da oferta pública de aquisição (OPA) sobre a EDP e EDP Renováveis junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), apurou o ECO junto de fonte oficial.

O grupo chinês tinha até ao final desta sexta-feira para entregar o pedido junto do regulador português, isto depois de ter lançado a oferta preliminar no dia 11 de maio com uma contrapartida de 3,26 euros por ação da EDP. No caso da EDP Renováveis, os chineses estão dispostos a pagar 7,33 euros por título.

Feito este requerimento à CMVM, os chineses terão de aguardar agora pela autorização do regulador, que vai analisar e apreciar os documentos que foram entregues esta sexta-feira, para que o registo e o subsequente lançamento da oferta seja concretizado. A CMVM dispõe de oito dias para aprovar ou rejeitar a operação a partir do momento em que considerar que possui as informações completas para avaliar o registo, incluindo autorizações regulatórias e autorização das assembleias gerais das empresas visadas, além da entrega do depósito da contrapartida ou garantia bancária.

Ao mesmo tempo, as administrações das duas empresas alvo da OPA chinesa terão oito dias para elaborar um relatório sobre a oportunidade e condições da oferta, nomeadamente sobre os projetos do prospeto e do anúncio de lançamento.

Numa primeira reação, António Mexia, presidente da EDP, já teve oportunidade de dizer que o preço que está em cima da mesa é baixo e não reflete o valor da empresa, enquanto o prémio oferecido aos investidores fica aquém do que tem sido a prática no setor das utilities europeias em situações de aquisição para assumir o controlo.

A China Three Gorges, a maior acionista da EDP com uma participação de 23,27%, apresentou no mês passado uma OPA sobre a totalidade do capital da elétrica, avaliando-a em 11,9 mil milhões de euros. A proposta chinesa tinha implícita um prémio de 4,8% face à última cotação antes da OPA, de 3,11 euros, mas os títulos rapidamente superaram o valor oferecido. Fecharam esta sexta-feira a valer 3,367 euros, conferindo à EDP um valor de mercado de 12,25 mil milhões de euros. Caso a OPA sobre a EDP tenha sucesso, os chineses avançarão com uma oferta pública obrigatória sobre 100% do capital social da EDP Renováveis.

(Notícia atualizada às 18h17)

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Raize avança para IPO em Lisboa. Empresa quer estrear-se na Euronext “nas próximas duas semanas”

A plataforma portuguesa de crowdfunding entregou esta terça-feira os documentos para início do processo de admissão à negociação na Euronext.

A Raize, plataforma portuguesa gestora de crowdfunding, entregou esta terça-feira os documentos para dar início ao processo de admissão à negociação na Euronext Lisbon.

“Foi entregue a documentação junto da Euronext para início do processo de admissão à negociação da Raize. A documentação está a ser analisada pelas equipas técnicas de Lisboa e de Paris com vista à sua aprovação durante as próximas semanas. A operação decorrerá nos moldes previamente anunciados e será dirigida a investidores de retalho e institucionais. Informaremos os investidores assim que tiver início o período de subscrição de ações”, avança a Raize em comunicado.

Em declarações ao ECO, José Maria Rego, cofundador da Raize, disse que esta entrega faz parte do processo e que a admissão poderá ocorrer “nas próximas duas semanas”. De acordo com a informação avançada pela empresa ainda em novembro, a oferta ficará abaixo da fasquia dos cinco milhões de euros. “A entrada em bolsa será um passo importante para a empresa reforçar a sua presença no mercado, afirmando-se como um dos financiadores de referência das PME portuguesas e uma das melhores alternativas de investimento para particulares”, acrescentam os fundadores em comunicado.

Com um crescimento de 150% em 2017 face ao ano anterior, a plataforma agrega mais de 14.000 investidores que foram responsáveis por mais de 500 operações de mercado. No total, e de acordo com os dados da empresa, estes investidores financiaram mais de dez milhões de euros que serviram para ajudar empresas a investir e reforçar a sua tesouraria.

“A Raize está totalmente preparada para este novo desafio, tanto ao nível do modelo de negócio como da capacidade de cumprimento de todos os requisitos. Em termos regulatórios, a Raize opera uma instituição de pagamentos que é supervisionada pelo Banco de Portugal. Com a entrada em Bolsa, a empresa estaria também sujeita à supervisão da CMVM”, explicava José Maria Rego, a 15 de novembro de 2017.

A Raize anunciou em novembro de 2017 que estava a preparar a entrada na bolsa de Lisboa em 2018. Oito meses depois, dá mais um passo na concretização desse objetivo, poucos dias depois de a CMVM ter dado luz verde à Raize para operar no negócio do financiamento colaborativo.

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PCP quer mudar aspetos “mais gravosos” do acordo sobre legislação laboral

  • Lusa
  • 1 Junho 2018

Jerónimo de Sousa diz que propostas do Governo “não merecem o apoio” dos comunistas, não esclarecendo se o PCP votará contra as mesmas.

O PCP está contra o acordo sobre a legislação laboral, entre o Governo e os parceiros sociais, à exceção da CGTP, mas admite fazer propostas no parlamento para alterar os problemas “mais gravosos”, disse esta sexta-feira o líder comunista.

Em declarações aos jornalistas em Almada, distrito de Setúbal, Jerónimo de Sousa confirmou, que as propostas do Governo “não merecem o apoio” dos comunistas, porque umas ficam “aquém e outras agravam a situação no mundo laboral”. Mas, isso não impedirá a bancada comunista de “procurar, na discussão na generalidade e na especialidade, alterar os conteúdos mais gravosos” das propostas acordadas pelo executivo com os parceiros sociais, acrescentou.

Jerónimo de Sousa não esclareceu se o PCP votará contra as propostas, quando forem a discussão no parlamento, a 6 de junho, admitindo que as leis passem na votação na generalidade, seguindo-se a discussão na especialidade.

O Governo e os parceiros sociais, à exceção da CGTP, assinaram na quarta-feira um acordo na Concertação Social que prevê alterações ao Código do Trabalho e será discutido a 6 de julho no Parlamento.

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PSD questiona Governo sobre reprogramação de fundos para apoio a concelhos afetados

  • Lusa
  • 1 Junho 2018

Os democratas questionaram o Governo sobre as medidas que este pretende desenvolver para executar o programa Portugal2020.

O PSD questionou esta sexta-feira o Governo sobre uma eventual reprogramação do Portugal2020 (PT2020) para reforçar o apoio aos concelhos afetados pelos incêndios do ano passado, recordando que existem ainda 15 mil milhões de euros para executar.

Pretende o governo reprogramar o PT2020 no sentido de reforçar o apoio aos concelhos afetados pelos incêndios, combater a desertificação e reorganizar o território, tal como recomendado pelo Parlamento Europeu?, lê-se num requerimento subscrito por 50 deputados do PSD, endereçado ao ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques.

Na pergunta, entregue na Assembleia da República, os sociais-democratas questionam ainda o executivo sobre as medidas que pretende desenvolver para executar o programa, já que “faltam apenas menos de três anos para terminar o prazo de execução do PT2020 e de existirem ainda 15 mil milhões de euros para executar”.

Depois de, na quarta-feira, o Parlamento Europeu ter aprovado a mobilização do Fundo de Solidariedade da União Europeia para Portugal, num montante 50,6 milhões de euros para ajudar os concelhos afetados pelos incêndios de 2017, o PSD pergunta igualmente se o Governo já tem definidos os critérios para a distribuição da ajuda europeia. “É da mais elementar justiça que estas verbas sejam distribuídas de forma justa, equilibrada e proporcional aos concelhos cujos prejuízos foram contabilizados na candidatura portuguesa”, lê-se no requerimento dos sociais-democratas.

O PSD sugere também que o Governo deve propor, na reprogramação do Portugal2020, o reforço de fundos para fazer face aos prejuízos nas áreas atingidas pelos incêndios do ano passado, mas também para o combate à desertificação do interior e à reorganização do território.

A resolução aprovada pelo Parlamento Europeu, salientam os sociais-democratas, diz ser “favorável a que os Estados-Membros utilizem os Fundos Europeus Estruturais e de Investimento para a reconstrução das regiões afetadas” e “convida a Comissão a apoiar e a aprovar com celeridade a reafetação financeira dos acordos de parceria solicitada pelos Estados-Membros para esse efeito”.

“Após este apoio claro do Parlamento Europeu, fica apenas dependente da vontade política do governo português aproveitar parte dos cerca de 15 mil milhões de euros do Portugal2020 que estão por executar para reforçar o apoio e investimento nas regiões de baixa densidade, em particular no interior”, insiste o PSD.

Na sequência da proposta apresentada em 15 de fevereiro passado pela Comissão Europeia, a “luz verde” do Parlamento Europeu, concretizada na quarta-feira com 629 votos a favor, 21 votos contra e nove abstenções, era o último requisito legal necessário para a efetiva mobilização do Fundo, que estará disponível imediatamente, já que a decisão é aplicável a partir da data da sua adoção.

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Pedro Parente, presidente da Petrobras, apresenta demissão

  • Lusa
  • 1 Junho 2018

O diretor executivo da petrolífera nacional brasileira apresentou a sua demissão aos acionistas, com efeitos imediatos e sem implicar mais alterações no conselho de administração.

Pedro Parente, o diretor executivo da petrolífera nacional brasileira, a Petrobras, apresentou esta sexta-feira a decisão de se demitir, no seguimento da crise que grassa no país contra o preço dos combustíveis e das críticas à sua política favorável aos mercados.

De acordo com um comunicado da empresa, a demissão de Pedro Parente foi apresentada hoje aos acionistas, tem efeitos imediatos e não implica mais alterações no conselho de administração, pelo menos a curto prazo. Parente é mais recente vítima da greve dos condutores de camiões, que durou 11 dias e cujos efeitos tiveram um impacto muito significativo.

A sua saída marca o último passo num percurso em que lhe foi reconhecido mérito na gestão da maior empresa pública brasileira, afetada pela dívida, corrupção e má gestão, escreve a agência financeira Bloomberg. Parente chegou à direção da petrolífera em maio de 2016, prometendo orientar a empresa para o mercado e afastá-la dos interesses políticos, a ponto de estar no centro do maior escândalo de corrupção da história do Brasil.

A greve dos camionistas começou no dia 21 mas os profissionais voltaram gradualmente ao trabalho desde domingo, quando o Governo chegou a acordo com os sindicatos para reduzir os preços do gasóleo, cujos preços altos e contínuos aumentos tinham levado à paralisação. Segundo o Ministério das Finanças do Brasil, os subsídios que permitirão as reduções nos preços dos combustíveis custarão ao Estado 9,5 mil milhões de reais (mais de dois mil milhões de euros), que serão compensados com novos ajustes nos gastos, segundo um decreto publicado esta sexta-feira.

Os cortes afetarão os benefícios fiscais que o Governo dava ao setor exportador e à agricultura, bem como orçamentos de áreas como programas de reforma agrária ou o desenvolvimento de planos de ciência e tecnologia. O Presidente brasileiro, Michel Temer, não comentou os cortes anunciados mas disse que o fim da greve dos camionistas foi produto de um “esforço de diálogo” que, defendeu, deve nortear todos os responsáveis por dirigir o país.

Embora o Governo tenha admitido que há ainda algumas bolsas de protestos, na quarta-feira quase todos os camionistas já tinham abandonado os bloqueios de estradas e voltado ao trabalho. Devido à greve a distribuição de produtos básicos caiu para níveis críticos, sendo o retomar da normalidade a grande preocupação do Governo.

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Bolsas fecham semana complicada em alta. Lisboa soma 1% com BCP a brilhar

Aparentemente, Itália e Espanha já ultrapassaram as respetivas crises políticas e deram gás às bolsas. Mas há uma pedra no sapato dos investidores: a guerra comercial entre EUA e aliados.

Foi uma semana de emoções fortes para os investidores, com Espanha e Itália a assumirem maior protagonismo naquilo que parecia ser um caminho incerto quanto ao futuro da região. Mas, chegados ao final da semana, as coisas aparentam estar mais tranquilas, apesar da guerra comercial à vista entre EUA e os principais aliados comerciais. E as bolsas fecham esta sexta-feira em alta.

Em Lisboa, o PSI-20 somou 0,89% para 5.517,4 pontos. O BCP foi novamente a estrela da sessão, com um disparo de 4,94% para 0,2636 euros.

“O BCP é um título bastante reativo e quando cai, cai bastante e quando valoriza, valoriza bastante”, explicou Carla Santos, gestora da XTB Portugal. “E depois de tocar nos mínimos de novembro com a instabilidade italiana, também rapidamente recupera com o amenizar da situação e apresenta hoje uma valorização de 5%”, comentou ainda.

Também as grandes cotadas como a Jerónimo Martins, Galp e EDP apresentaram-se em alta de 0,63%, 0,38% e 0,51%, respetivamente. Para a elétrica nacional, hoje é um dia importante porque a China Three Gorges têm até ao final do dia para fazer o registo da oferta pública de aquisição sobre a EDP e EDP Renováveis nos próximos momentos.

Também as principais praças financeiras europeias encerraram o dia em grande. Por exemplo, o espanhol IBEX-35 ganhou 1,72% depois de uma montanha russa de sentimentos que viveu esta semana por causa da moção de censura apresentada pelo PSOE e que levou à queda do Governo de Mariano Rajoy esta manhã. Segue-se Pedro Sanchez como líder do próximo executivo espanhol.

Em Itália, depois de o Movimento 5 Estrelas e a Liga norte terem feito novo esforço para formar Governo, evitando-se eleições antecipadas, o FTSE-Mib também ganhou ânimo e terminou o dia com uma subida de 1,03%. O índice de referência europeu, o Stoxx 600, ganhou mais de 1%.

Contas feitas, superadas as crises políticas na Zona Euro, as atenções dos investidores estão agora centradas nos próximos desenvolvimentos da guerra comercial. Os EUA anunciaram tarifas sobre o aço e alumínio da União Europeia, Canadá e México, os principais parceiros comerciais dos norte-americanos que já prometeram retaliações.

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Prever o futuro é coisa de bruxo? Pode ser estratégia

Sem super-poderes de adivinhação? Este curso pode fazer com que o futuro deixe de ser um bicho de sete cabeças.

Pensar as cidades, as empresas e as organizações antecipando o futuro e projetando cenários e reações. Se fosse possível antecipar cenários futuros para tomar decisões hoje, o que faria? Foi para treinar estas lógicas que o ISEG criou o curso “Future, strategic design & innovation“, que quer formar os próximos Chief Futurist Officer e Future manager do país.

“Queremos dotar as pessoas e as organizações de competências e ferramentas que lhes permitam antecipar e agir sobre o futuro em contextos de elevada imprevisibilidade e aceleração da mudança. A grande ambição é capacitar as pessoas para serem agentes de mudança e inspirar as organizações a serem ‘alimentadas’ pelo futuro e não apenas pelo presente ou por uma visão de curto prazo”, explica Paulo Soeiro de Carvalho, coordenador do curso, ao ECO, justificando que “hoje as organizações têm muito pouco tempo para pensar o futuro: têm muita pressão operacional, sobre a execução, sobre a espuma dos dias”.

A primeira edição do curso dirige-se a líderes de topo de empresas que “pretendem trazer este tipo de atitude e competências para as suas empresas”, e a gestores que “veem nesta formação uma oportunidade de abrir os seus horizontes”, explica Soeiro de Carvalho, diretor do programa.

As organizações e as pessoas devem ser capazes de antecipar e explorar o futuro, cada vez mais turbulento, volátil e incerto.

Paulo Soeiro de Carvalho

Mas, na prática, o que é que implica antecipar o futuro? Paulo Soeiro de Carvalho explica: “Os cenários são futuros alternativos que permitem às organizações prever situações contrastadas, colocando o decisor individual ou coletivo perante as diferentes possibilidades. E os cenários são uma forma de contrastar os modelos mentais das pessoas. Normalmente, o decisor identifica-se com uma forma de ver o futuro. Quando tens cenários, colocas-te sempre numa posição mais desconfortável: ou porque a tua empresa não resiste, vai à falência, a estratégia não funciona. E isso coloca sempre em causa as ortodoxias e o modelo mental das organizações”, detalha.

Scanning, sensing & acting

Baseado numa metodologia própria, a estrutura-base do programa do curso assenta em fatores como tendências, sinais de fraqueza, insights e incertezas, e na posterior construção de cenários para o futuro. Paulo Soeiro de Carvalho garante que, num momento posterior, as organizações poderão “prototipar, desenhar e implementar novas estratégias, marcas, produtos e serviços”.

"Não é possível prever o futuro. Mas isso não quer dizer que não possamos antecipá-lo.”

Paulo Soeiro de Carvalho

“É um framework para as empresas pensarem e agirem sobre o futuro em função de um determinado horizonte temporal. Tem a ver com a ambição de querer tomar uma decisão, que permite à organização fazê-lo de uma forma estruturada e sistemática, seja através da análise de tendências ou da construção de cenários. E como é que a partir daí se podem desenhar novas estratégias, respostas estratégicas, produto, serviços, conceitos ou experiências. E é essa maneira de trabalhar que vai guiar as pessoas: scaning (identificar), sensing and acting“, explica Soeiro de Carvalho, acrescentando que “não é possível prever o futuro. Mas isso não quer dizer que não possamos antecipá-lo”.

No caso de Lisboa, autarquia onde Paulo Soeiro de Carvalho trabalha como diretor de Economia e Inovação, passa-se o mesmo. “Não podemos dizer que eu trouxe para dentro da Câmara estas ferramentas. Posso ter trazido um bocadinho esta forma de pensar, e tentar colocar uma cidade como Lisboa no mapa”, defende. No entanto, há sete ou oito anos, a autarquia começou a pensar nestas questões. “O que se tentou fazer na cidade embora, não fazendo um projeto formal de posicionamento da cidade de Lisboa a 20 ou a 30 anos, foi trazer algumas das grandes forças globais e tendências e alinhar a cidade na atração do investimento ou na componente do empreendedorismo. E, dentro dela, alguns setores e verticais que são importantes, a própria atração de talento e retenção, e construir a cidade como um laboratório aberto”, conta.

Entre os oradores dos quatro dias de curso estão nomes como Amit Pandey, chief scientific officer da Softbank Robotics, a maior empresa de robótica do mundo, Andrew Tuck, cofundador da revista Monocle e até o chef português José Avillez. Consulte aqui o programa completo.

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Espanhóis põem edifício em Santos à venda por 15 milhões de euros

O imóvel, localizado no Largo de Santos, pertence à espanhola Drago Capital e conta com um total de 19 apartamentos. Já há várias propostas.

Há mais um edifico à procura de comprador em Lisboa. E, mais uma vez, a ser vendido por uma entidade internacional. Localizado no Largo Vitorino Damásio, em Santos, o imóvel contempla dois edifícios com 19 apartamentos, numa área total superior a 4.000 metros quadrados. Pertence a uma plataforma de investimento imobiliário espanhola. O preço? Arranca nos 15 milhões de euros.

Quem passa na Calçada Marquês de Abrantes não fica indiferente ao enorme edifício lilás, de características tipicamente lisboetas. Totalmente renovado recentemente a nível de cobertura, fachada e zonas comuns, o imóvel conta, na verdade, com dois edifícios “colados”, que contemplam 19 apartamentos residenciais, com atualmente três inquilinos. As lojas localizadas no rés-do-chão não estão incluídas no negócio, uma vez que não pertencem ao mesmo proprietário.

A venda está a ser comercializada pela CBRE, que revelou ao ECO que o proprietário do imóvel é a Drago Capital, uma plataforma de investimento e gestão imobiliária, que atua na Península Ibérica desde 2001. Foi adquirido pela empresa espanhola em 2007 e colocado à venda há cerca de três semanas. E já está na mira de vários investidores.

O ECO sabe que o imóvel está à venda por 15 milhões de euros e que já recebeu algumas propostas. Contactadas ambas as entidades, estas não confirmaram nem desmentiram a informação.

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89 dias depois das eleições, Governo italiano tomou posse

Itália tem um novo Executivo desde esta sexta-feira. Cerca de três meses depois da ida à urnas,uma aliança entre o Movimento 5 Estrelas e a Liga permitiu a formação de um Governo.

O novo Governo italiano liderado por Giuseppe Conte tomou posse esta sexta-feira perante o Presidente Sergio Mattarella, depois de a coligação entre o Movimento 5 Estrelas e a Liga ter chegado a um acordo que permitiu pôr fim ao impasse político que saiu das eleições de 4 de março.

Durante as tentativas para a formação de um Executivo, os mercados financeiros e a União Europeia deram sinais de preocupação perante a possibilidade de um eurocético ocupar a pasta das Finanças e de as política anti-imigração fazerem parte do programa a executar.

Esta sexta-feira, Giuseppe Conte tomou posse como primeiro-ministro. Luigi di Maio, o líder do 5 Estrelas — o partido antissistema que suporta o Executivo –, vai ser vice-primeiro-ministro e ministro do Desenvolvimento Económico, Trabalho e Bem-Estar social. Matteo Salvani, o líder da Liga (partido de extrema-direita), o outro partido que apoia o Executivo, será também vice-primeiro-ministro, acumulando com a pasta do Interior.

Giovanni Tria assume a pasta da Economia (onde as Finanças estão incluídas), com Enzo Moavero Milanesi a tomar posse como ministro dos Negócios Estrangeiros e Paolo Savona a ficar com a pasta dos Assuntos Europeus, adianta o Il Sole 24 Ore.

Segundo a Lusa, a lista completa incluí o primeiro-ministro, os dois vices e 18 ministros.

Giovanni Tria é professor de economia, macroeconomia e história do pensamento económico, e sucede a Padoan nas Finanças.

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