Bankinter investe no crédito ao consumo. Lança bankintercard

  • ECO e Lusa
  • 5 Março 2018

O banco espera captar 37,4 mil cartões, entre clientes do banco e de fora com o lançamento do bankintercard. O objetivo é conseguir que o crédito ao consumo represente 15% da sua margem em Portugal.

O Bankinter está a reforçar a operação de financiamento ao consumo em Portugal, esperando conceder este ano 130 milhões de euros e, em cinco anos, que o negócio do Bankinter Consumer Finance represente 15% da margem em Portugal.

Estes objetivos foram apresentados esta segunda-feira, em conferência de imprensa, por responsáveis do Bankinter de Portugal e de Espanha.

Atualmente, o Bankinter Consumer Finance representa cerca de 8% para a margem financeira em Portugal e o banco quer que essa contribuição aumente para 15% em quatro ou cinco anos, segundo o responsável do Bankinter Consumer Finance em Portugal, António Seixas.

Quanto a crédito concedido em financiamento ao consumo, atualmente o Bankinter Consumer Finance (que começou a operar em Portugal em maio de 2017) tem atualmente 70 milhões de euros em carteira e quer chegar a 130 milhões de euros no final do ano.

Para isso os responsáveis do banco esperam que contribua o novo cartão Bankintercard, lançado este mês, com António Seixas a referir que esperam captar 37,4 mil cartões, entre clientes do banco (20 mil) e de fora (17,5 mil). Não é necessário ser cliente do Bankinter para ter o cartão. Já a cinco anos o objetivo do Bankinter Consumer Finance é ter 400 mil clientes.

A concessão de crédito ao consumo tem vindo a aumentar em Portugal, acompanhando a melhoria da economia.

Em dezembro de 2017, últimos dados disponíveis pelo Banco de Portugal, foram concedidos 601,346 milhões de euros em crédito ao consumo, abaixo dos 660,292 milhões registados em novembro, mas acima dos 570,492 milhões atingidos em dezembro de 2017. No total, em 2017, foram concedidos mais de 6.700 milhões de euros em crédito aos consumidores.

O grupo espanhol Bankinter está em Portugal desde 2016, quando comprou parte da atividade e a rede comercial do Barclays. Na altura, quando o Bankinter comprou a operação do Barclays em Portugal a operação de cartões deste último não estava à venda. Quando o Barclays colocou a unidade de cartões à venda em Portugal e Espanha a decisão do Bankinter foi o crescimento orgânico e não por aquisição.

O grupo Bankinter teve em 2017 um lucro de 495,2 milhões de euros, mais 1% do que no ano anterior, com o Bankinter Portugal a obter um resultado líquido positivo de 22,9 milhões de euros.

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Atribuição de vistos gold em Portugal revela falta de rigor

  • Lusa
  • 5 Março 2018

A atribuição dos vistos dourados no país revela falta de rigor, disse a Transparência Internacional, acrescentando que não existem diligências suficientes para confirmar a origem dos patrimónios.

Portugal é um dos países da União Europeia em que a atribuição de vistos gold regista falta de rigor, revelou esta segunda-feira a Transparência Internacional, que defendeu que não existem diligências suficientes para confirmar a origem do património dos candidatos.

Na apresentação de uma investigação conjunta com o Organized Crime and Corruption Reporting Project (OCCRP), em Bruxelas, o diretor estratégico da Transparência Internacional, Casey Kelso, apontou Portugal e Hungria como exemplos de países comunitários que não têm sido “suficientemente rigorosos” no cumprimento das diligências instituídas para a atribuição de vistos gold. Em Portugal, não há diligências suficientes para verificar a proveniência da riqueza dos candidatos”, sublinhou, indicando que basta a apresentação de um registo criminal.

Para corroborar a sua afirmação, o diretor estratégico da Transparência Internacional, que referiu que Portugal é um caso de estudo de como estes programas podem corromper um Governo, indicou o caso do ex-ministro da Administração Interna Miguel Macedo, que está a ser julgado no âmbito do processo em que se investiga a atribuição de vistos gold a cidadãos estrangeiros. “O julgamento que está a decorrer em Portugal é paradigmático [dos perigos dos vistos gold]. Há 11 pessoas que exerciam cargos públicos que estão a ser julgadas”, reforçou a responsável estratégica para a União Europeia (UE) da organização não-governamental Global Witness.

Rachel Owens elogiou a eurodeputada socialista Ana Gomes, que definiu como uma “campeã na luta contra os vistos gold”, e lembrou que uma vez que alguém obtém a cidadania portuguesa pode circular livremente na UE. No caso português, a investigação destaca a aquisição de vistos gold por parte de membros da “classe dirigente” de Angola, através da compra de propriedades em território nacional. “Não sabemos quanto está a ser investido no imobiliário, porque é um setor tão opaco que simplesmente não conseguimos obter os dados”, reconheceu Casey Kelso, argumentando que os preços “excessivos” da habitação registados neste momento em Lisboa são uma consequência do programa.

Segundo dados publicados pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, entre 8 de outubro de 2012, data de lançamento do programa, e 31 de janeiro de 2018, os vistos gold representaram um investimento de 3,5 mil milhões de euros, dos quais 3,1 mil milhões resultantes do setor imobiliário. O diretor da Transparência Internacional, Carl Dolan, assumiu “uma preocupação crescente” relativamente ao que estes esquemas representam para a integridade do Espaço Schengen. “Estas pessoas estão a comprar o acesso à cidadania comunitária e à UE”, completou.

A investigação concluiu que os programas dos vistos gold são vulneráveis a abusos e minam a luta contra a corrupção na UE e nos países vizinhos, devido, entre outras coisas, à ausência de um escrutínio rigoroso à origem da riqueza dos beneficiários dos vistos gold, e à opacidade quanto à identidade dos beneficiários. “[Os vistos gold] são irresistíveis para países pequenos, que tem alguns problemas económicos. Os governos tendem a manter o anonimato destas pessoas, que não querem ser expostas. O dinheiro é a base de tudo”, reconheceu Jody McPhillips, do OCCRP, que sublinhou que este é um negócio de milhares de milhões de euros para os Estados.

Os resultados da investigação que decorreu nos últimos seis meses, e que incidiu sobre os programas de oito Estados-Membros — Portugal, Áustria, Bulgária, Chipre, Hungria, Letónia, Lituânia e Malta –, e de Arménia e Montenegro, serão apresentados esta tarde junto de entidades comunitárias. “Vamos expor estes esquemas representam um risco para a integridade europeia e para os valores comunitários. A Comissão Europeia tem um papel crucial a desempenhar para proteger os seus cidadãos de esquemas de corrupção. Este estudo apresenta sugestões sobre as diligências que a União Europeia pode tomar para evitar que isto aconteça”, explicou Rachel Owens.

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Retoma não reverteu efeitos da crise no mercado de trabalho

  • Lusa
  • 5 Março 2018

Estudo “Mercado de trabalho em Portugal e nos países europeus: Estatísticas 2018” analisa as áreas do emprego, desemprego, tempo de trabalho, remunerações e relações laborais.

A “turbulência” causada pela crise no mercado de trabalho teve efeitos estruturais que a retoma económica não conseguiu reverter e deixou “um lastro de problemas” que “muito dificilmente” se resolverão num curto prazo, segundo um estudo.

O estudo “Mercado de trabalho em Portugal e nos países europeus: Estatísticas 2018”, que será apresentado na quarta-feira, em Lisboa, analisou as áreas do emprego, desemprego, tempo de trabalho, remunerações e relações laborais, com base em estatísticas apresentadas em estudos e relatórios, principalmente do INE e do Eurostat.

“A crise económica e financeira que assolou o país teve impactos fortíssimos no emprego e no desemprego em Portugal”, afirma o estudo.

Apesar da retoma económica ter permitido melhorar os valores do desemprego oficial, os impactos da crise tiveram consequências “devastadoras” na vida das famílias, no plano coletivo, destruindo “centenas de milhares de postos de trabalho”.

“Os mais pobres perderam mais do que o resto da população” devido ao desemprego e ao “recuo do estado social”, muitos desempregados não conseguiram arranjar trabalho, e “uma horda de ativos”, alguns bastante qualificados, “abandonou um país que ficou mais velho.

A exclusão social dos que ficaram e “a subtração à força de trabalho do país” devido à emigração deixaram “um lastro de problemas que muito dificilmente se resolvem no curto prazo”, sublinha o estudo, que é divulgado no colóquio comemorativo dos 10 anos do Observatório das Desigualdades.

Em declarações à agência Lusa, o autor do estudo e investigador do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES-IUL), Frederico Cantante, adiantou que o período da crise veio também agudizar a vinculação precária.

No setor privado, cerca de um terço dos trabalhadores tem contratos precários e dois terços da população que trabalha a tempo parcial gostaria de trabalhar mais horas.

“A emergência” da precarização das relações laborais “é cada vez mais clara”, disse Frederico Cantante, salientando que “Portugal é um dos países da União Europeia onde os contratos precários têm “uma disseminação maior”.

Para o aumento da precarização das relações laborais, contribui “o peso cada vez maior do setor dos serviços, e em alguns setores, onde as relações industriais típicas não se aplicam tanto” e a “elevada rotatividade na contratação de pessoas com este tipo de contratos”.

Por outro lado, “não existem penalizações em relação a este tipo de contratação”, disse.

Também os trabalhos criados nos últimos anos são “muitíssimo mal remunerados”, não se diferenciando muito do valor do salário mínimo nacional.

O estudo demonstra que é no “topo do topo” que se estabelece o principal hiato na distribuição dos ganhos salariais: “O ganho médio dos 0,01% mais bem pagos é cerca de 50 vezes superior face à média apurada para a generalidade dos trabalhadores”.

“Portugal é um dos países europeus em que o nível de concentração dos salários nos 20% mais bem pagos é maior”, observou Frederico Cantante.

Também se situa acima da média dos países europeus em relação ao tempo de trabalho anual e semanal, “o que vem desconstruir a ideia que somos uns malandros, uns preguiçosos”, adiantou.

Mas a questão que se coloca não se prende com o tempo de trabalho, mas com a produtividade, sendo a este nível que Portugal “diverge negativamente” dos países europeus.

O investigador salienta que a Educação “é o principal fator de entrave” ao desenvolvimento e crescimento sustentável da economia a médio e longo prazo.

“Apesar dos aumentos bastantes acentuados da escolaridade dos portugueses, cerca de metade da população empregada não vai além do ensino básico”, uma situação que apenas se compara com Malta.

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Economia da Grécia cresceu 1,4% em 2017. Mas fica abaixo das previsões

  • Lusa
  • 5 Março 2018

A economia da Grécia cresceu 1,4% o ano passado, alcançando um volume de 187.089 milhões de euros. Os dados ficaram duas décimas abaixo das previsões.

A economia grega cresceu 1,4% em 2017, duas décimas abaixo do previsto pelo Governo, segundo as primeiras estimativas publicadas esta segunda-feira pela agência de estatística grega (Elstat).

Os dados apresentados foram calculados a partir da soma dos resultados trimestrais, mas não corrigidos das variações sazonais, sublinha a Elstat. Em termos absolutos o Produto Interno Bruto (PIB) alcançou um volume de 187.089 milhões de euros, contra 184.594 milhões em 2016.

O gasto em consumo final caiu em 0,2% o ano passado devido à redução do gasto público em 1,1%. Em contrapartida, o consumo das famílias aumentou 0,1%, as importações de bens e serviços aumentaram 7,2% e as exportações registaram um acréscimo de 6,8%.

A formação bruta de capital fixo cresceu 15,7% face a 2016. No quarto trimestre, o PIB cresceu 0,1% face ao trimestre anterior e 1,9% face ao mesmo período de 2016, segundo os dados revistos de variações sazonais.

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Nos próximos dois anos, países deverão produzir mais petróleo

  • Lusa
  • 5 Março 2018

A Agência Internacional de Energia prevê que o Brasil, Canadá, Noruega e sobretudo os EUA aumentem a produção de petróleo, o suficiente para satisfazer a procura nos próximos dois anos.

A Agência Internacional de Energia (AIE) anunciou esta segunda-feira que prevê um aumento da produção de petróleo do Brasil, Canadá, Noruega e sobretudo dos Estados Unidos, que bastará para satisfazer a procura mundial nos próximos dois anos.

No relatório anual sobre os mercados do petróleo, apresentado na conferência energética IHS CERAWeek de Houston (Texas), a AIE assegura, contudo, que a partir de 2020 “vai ser necessário mais investimento para impulsionar a produção” mundial. “A indústria petrolífera ainda não recuperou dos dois anos de queda sem precedentes do investimento registado em 2015 e 2016”, adianta o relatório, que afirma que para 2017 e para 2018 a AIE estima um investimento “muito escasso ou nulo” fora dos Estados Unidos.

Nos próximos três anos, só os ganhos (da produção) dos Estados Unidos representarão 80% do crescimento da procura mundial, enquanto que o Brasil, o Canadá e a Noruega (…) terão capacidade para assegurar o restante“, adianta o documento da AIE. “Os Estados Unidos estão prontos para marcar a sua impressão nos mercados petrolíferos mundiais nos próximos cinco anos”, sublinha no prólogo do relatório para o próximo quinquénio o diretor executivo da AIE, o turco Fatih Birol, quem, contudo, se mostra preocupado com o “débil investimento global”.

Além de satisfazer o “sólido crescimento” da procura que se prevê, “o mundo precisa de repor três milhões de barris diários de diminuição em cada ano (devido ao esgotamento dos campos de petróleo), equivalentes à (produção do) Mar do Norte”, adianta Birol. No terreno da procura, a força da economia mundial deve apoiar “sólidos acréscimos”, assegura o texto, que cita a projeção de crescimento global de 3,9% do Fundo Monetário Internacional (FMI) para os próximos anos, com um bom desempenho em praticamente todas as regiões.

Mas o documento atribui a maior parte do acréscimo da procura mundial de petróleo à produção de produtos petroquímicos para elaborar artigos de cuidado pessoal, alimentos, conservantes, fertilizantes, móveis, pinturas ou lubrificantes para automóveis, particularmente nos Estados Unidos e na China. “Esperamos que a procura cresça a uma taxa média anual de 1,2 milhões de barris por dia”. Para 2023, a procura de petróleo alcançará 104,7 milhões de barris por dia, com um aumento de 6,9 milhões desde 2018“, adianta.

Contudo, o texto refere que o crescimento do consumo da China deverá ser travado devido à aplicação das políticas verdes em curso para reduzir a contaminação, especialmente pelo fomento dos autocarros elétricos e dos pesados que consomem gás natural, em detrimento do gasóleo. Apesar disto, a AIE estima que, como tem vindo a ocorrer nos últimos anos, a China e a Índia somarão quase a metade da procura mundial de petróleo, e se o acréscimo da procura da China desacelerar o da Índia “aumentará ligeiramente”. Assim, se o ritmo de crescimento da procura alcançar 1,4 milhões de barris por dia este ano, para 2023 haverá uma diminuição de um milhão de barris por dia, segundo as previsões da AIE.

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TVI também larga a Champions. Jogos, só no cabo

À semelhança da RTP, a TVI decidiu não investir na compra dos direitos da Liga dos Campeões e a SIC também não terá concorrido. Próxima temporada da Champions, só na TV paga.

Os três canais de acesso livre na TDT descartaram comprar os direitos televisivos da próxima época da Liga dos Campeões. SportTV terá apresentado uma proposta.Pixabay

Depois da RTP, também a TVI decidiu não apresentar uma proposta de compra dos direitos televisivos da Liga dos Campeões, alegando que “os preços estão inflacionados”, apurou o ECO junto de fonte oficial do grupo Media Capital. Para a estação de Queluz de Baixo, os custos elevados da próxima temporada desta prova pesaram na decisão, à semelhança do que explicou a estação pública. A SIC também não terá concorrido à prova, deixando estes conteúdos para a televisão por subscrição.

Segundo disse fonte oficial da Media Capital MCP 0,00% ao ECO, “a TVI não ficou com a Champions porque os preços apresentados não são um bom negócio”. “Temos de ter margens. Os preços estão inflacionados. Não são um bom negócio”, reforçou a mesma fonte. Questionada sobre se o facto de a Media Capital estar no centro de um processo de aquisição por parte da Altice também teve peso na decisão, a mesma fonte indicou que os factos não se relacionam.

No início deste mês, também o presidente executivo da RTP, Gonçalo Reis, explicou o porquê de o canal público não ter concorrido à compra dos direitos da Liga dos Campeões. Segundo o gestor, tendo em conta “os valores atuais, não faz sentido, embora a Champions seja um bom produto”.

Só a SIC ainda não disse nada em relação aos direitos da Champions, e é provável que também não vá dizer: o Correio da Manhã garante que a estação de Carnaxide também não concorreu à compra dos diretos da prova e que o concurso terá terminado a 27 de fevereiro. Contactada pelo ECO, fonte oficial do grupo Impresa IPR 1,75% não quis fazer comentários.

Isto significa que quem quiser ver os jogos da Champions na próxima temporada terá de optar por um canal da televisão por cabo, pois nenhum dos canais de acesso livre (free-to-air) na TDT disputaram os direitos da prova. Desde 2014 que era a RTP a transmitir estes jogos de futebol profissional, num contrato com a UEFA avaliado em quase 18 milhões de euros. Antes disso, era a TVI que garantia a transmissão das partidas.

O mesmo jornal refere que a SportTV apresentou uma proposta para comprar os direitos da Champions e da Liga Europa. A SIC também terá apresentado uma proposta para continuar a emitir os jogos da Liga Europa até à época que termina em 2021, algo que faz desde 2009.

A TVI não ficou com a Champions porque os preços apresentados não são um bom negócio.

Media Capital

Fonte oficial

RTP aposta no Mundial e Taça de Portugal

Para já, da parte da RTP, sabe-se também que a estação pública já comprou os direitos de transmissão de todos os jogos da Taça de Portugal. Nas próximas duas épocas, a RTP irá “transmitir em aberto todas as etapas”, uma escolha que, para Gonçalo Reis, vai “dar maios opções aos cidadãos”. “A RTP está especialmente equipada para tratar deste produto”, afirmou o líder da RTP em declarações à Lusa.

Mas, para além da Taça de Portugal, a grande aposta da RTP no imediato é mesmo o Mundial. Depois de ter comprado os direitos dos campeonatos mundiais de futebol de 2018 e 2022 por, alegadamente, 25,8 milhões de euros — 12,6 milhões pelos jogos deste ano e 13,2 milhões pelos jogos de 2022, de acordo com o jornal Público [acesso condicionado] –, a estação pública já começou a rentabilizar o investimento.

Em meados de fevereiro, a estação chegou a acordo para cedência de oito jogos do Mundial deste ano à SIC, um deles da seleção nacional. Estará ainda em negociações com a SportTV para cedência de um outro conjunto de encontros do Mundial, que se realiza na Rússia entre junho e julho.

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Matteo Renzi demite-se após projeções dos resultados das eleições italianas

O líder do Partido Democrático de Itália apresentou a sua demissão após serem divulgadas as projeções dos resultados das eleições do país.

Esta segunda-feira, após as projeções dos resultados das eleições italianas que dão a vitória ao Movimento 5 Estrelas, Matteo Renzi, líder do Partido Democrático, apresentou a sua demissão, de acordo com a notícia adiantada pela agência Ansa (conteúdo em italiano). Um porta-voz de Renzi disse não ter conhecimento desta decisão.

De acordo com a Reuters (conteúdo em inglês/ acesso livre), Renzi saiu mas vinca a posição: o partido não deverá fazer qualquer pacto após as eleições com os “partidos extremistas”. Assumirá, antes, o papel de oposição ao próximo governo.

Ontem à noite, as projeções divulgadas pela RAI, cerca de uma hora antes de as urnas de voto fecharem, já davam a vitória à direita mas sem nenhum dos blocos a aproximar-se da maioria absoluta. As previsões indicavam que a coligação de direita e extrema-direita deveria alcançar entre 33,5 e 36,6% dos votos no Senado e, entre 33 e 36% na Câmara dos Deputados. As primeiras estimativas davam a vitória como partido individual ao Movimento 5 Estrelas, com entre 31 e 32% no Senado e entre 29,5 a 32,5% na Câmara.

Já a coligação de centro-esquerda, encabeçada pelo Partido Democrático, estimava-se que conseguisse entre 22,5 a 28%, e 24,5 a 27,5% no Senado e na Câmara, respetivamente.

Sem maioria absoluta de qualquer um dos blocos, nem no Senado nem no Câmara, será o Presidente da República a decidir: seguir-se-á, ou um pedido a um líder para formar governo, ou a formação de uma coligação entre a centro-esquerda com a direita ou, numa terceira opção, a constatação de que nenhuma das partes tem condições para governar.

 

 

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Financeiras deram nove mil milhões de euros em crédito no ano passado

De acordo com os números da ASFAC, o crédito concedido pelas financeiras suas associadas cresceu 18,3% no ano passado, apoiado no crescimento da economia.

Não só os bancos como as financeiras registaram um forte crescimento da concessão de crédito em 2017. De acordo com a Associação de Instituições de Crédito Especializado (ASFAC), as financeiras concederam mais de nove mil milhões de euros em crédito às famílias e empresas no ano passado, um aumento de quase 20% em termos homólogos. Mais de dois mil milhões de euros tiveram como destino a compra de veículos.

As financeiras disponibilizaram um total de 9.263 milhões de euros, em 2017, o que compara com os 7.829 milhões que se verificaram no mesmo período do ano anterior, e representa um crescimento de 18,3%, divulgou nesta segunda-feira a ASFAC.

De acordo com esta associação, o aumento foi generalizado a todos os segmentos de crédito, salientando o papel do crescimento económico para a subida dos níveis de concessão. Segundo a ASFAC é “uma situação que tem efeito direto na situação financeira dos portugueses, que tem vindo a melhorar substancialmente. Para isso também tem contribuído a diminuição do desemprego”.

O crédito clássico concedido a particulares, que representa 30,9% do total deste tipo de financiamento, subiu 37,8% face a 2016, para 2.867 milhões de euros. Por sua vez o crédito clássico atribuído a empresas teve um aumento de 26,2 % comparando com o ano anterior, para ascender a 176,6 milhões de euros. Quanto ao crédito stock, foi o que apresentou menor crescimento em 2017 (8,4%), para 4.315 milhões, enquanto o crédito revolving subiu 17,1%, para 1.905 milhões de euros.

A aquisição de meios de transporte continuou a liderar o destino dos montantes concedidos em crédito clássico com 69,6% do total do financiamento, situando-se nos 2.119 milhões de euros, mais 24,2% do que em 2016. “É também o reflexo da dinamização da economia portuguesa e da consequente mobilização dos agentes económicos no sentido de financiarem os meios de transporte”, explica a ASFAC. Segue-se o crédito pessoal com 21% do financiamento pedido e o financiamento para a aquisição de artigos para o lar com 5,9%. A concessão nestes segmentos ascendeu a 640 milhões e 179 milhões de euros, respetivamente, 70% e 40% acima dos níveis de 2016.

Para o presidente da ASFAC, António Menezes Rodrigues, os dados de 2017, evidenciam que o setor está “a ter um crescimento sustentável” destacando precisamente que “é o financiamento das empresas da área automóvel que está a funcionar como principal impulsionador”.

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Este é o Velar… Mas como é que se entra?

Não é o primeiro automóvel a escamotear os puxadores das portas, mas nunca ninguém o tinha feito com tanto estilo. Estilo é, aliás, um dos grandes argumentos do novo SUV da Land Rover. Mas há mais.

Num primeiro olhar, o Velar é… grande. Muito grande. Comprido, largo, mas baixo. Tão baixinho quanto um SUV pode ser. Parece um coupé, look para o qual contribuem as linhas fluidas em que nem os puxadores interferem. Como? Simplesmente não estão lá. Estão escondidos, pelo menos até se carregar no botão para abrir a porta. E se por fora este novo Range Rover impressiona, por dentro reina o luxo… e a tecnologia. Há ecrãs por todo o lado.

Não é um “monstro” como o Range Rover Sport. Também não é um baby SUV, como um Evoque, que redefiniu as linhas da marca. Fica no meio, em termos de tamanho. Mas está longe de ser um modelo de meio da tabela… É, definitivamente, um modelo que se destaca pelo ar imponente, conferido pela grelha proeminente na dianteira, as entradas de ar bem vincadas, assim com as jantes de grandes dimensões, mas também pelo requinte.

Apesar de estarmos perante um SUV capaz de assustar quem segue à sua frente, o Velar deslumbra pelas suas linhas bem desenhadas. A ausência de puxadores nas portas ajuda à imagem elegante de um modelo que, com a combinação de cores certa (o branco não lhe fica muito bem), faz rolar cabeças de quem o vê, sempre que passa na estrada, seja em passeio, seja em velocidade cruzeiro.

Botões? Não. É tudo touch

A simplicidade do exterior é importada para o interior. Uma vez desvendados os puxadores das portas – parece um bailado –, abre-se a porta (e que porta!). Se primeiro o olho foge para o perfil do Velar projetado no chão, logo de seguida as atenções viram-se para a elegância com que a marca desenhou o habitáculo. Há bancos (extremamente confortáveis), um volante… mas o que brilha mesmo são os ecrãs. Sim, plural. E não são dois. São três (muito grandes).

No sítio do conta-quilómetros está… um ecrã de 12,3 polegadas. No meio do tablier está outro, aquele que controla tudo e mais alguma coisa, desde o rádio à navegação, passando pelo telemóvel. Sendo que abaixo desta há ainda mais um, para ajustar a climatização mas, mais importante que isso é que, é neste ecrã, totalmente touch, onde se escolhe entre os vários modos de condução. Consoante a opção selecionada, tanto se pode ver o capot levantar, seguido da traseira, como o inverso, deixando o Velar “colado” ao chão.

Haja motor para as toneladas

Se com a suspensão toda levantada nem se sentem os buracos de um qualquer estradão, na posição normal, ou mesmo na rebaixada, o conforto mantém-se. Parece que estamos a conduzir sentados no sofá, tal a suavidade da suspensão, mas também do motor. Há a gasolina, um 2.0 que vai dos 250 aos 300 cv, e um 3.0 que chega aos 380 cv, mas o foco recai nos diesel, especialmente no 2.0 (há outro, um 3.0 com 300 cv). O que o ECO ensaiou foi o mais potente, o de 240 cv (o base tem 180 cv).

O “dois litros” é um bom compromisso. Garante força, mas também velocidade ao Velar (que conta com uma caixa automática de oito velocidades), ainda que, por vezes, se sinta falta de mais um bocadinho de potência. É que são 240 cv, mas também estamos a falar de um SUV com quase duas toneladas e meia! Estão garantidos consumos comedidos, tendo em conta do automóvel que estamos a falar, já relativamente aos preços é que facilmente a fatura ganha seis números. Os preços dos diesel começam nos 71 mil, chegando a 78 mil no caso do de 240 cv.

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Revista de imprensa internacional

Enquanto na Rússia Putin recusa extraditar os seus cidadãos acusados de interferirem nas eleições norte-americanas, no Oriente a Arábia Saudita e o Egito assinam acordos.

Na Rússia, Vladimir Putin defende os seus cidadãos acusados de interferirem nas eleições norte-americanas. No Oriente, criam-se acordos para a construção de uma cidade fronteiriça entre a Jordânia e o Egito. Na Suíça, o CEO do Credit Suisse envia um pedido de desculpas a uma ex-funcionário que diz ter sido vítima de assédio sexual. No setor dos seguros, a seguradora AXA concordou em adquirir o XL Group por mais de 15 mil milhões.

The Guardian

Putin não vai extraditar cidadãos acusados de interferir nas eleições norte-americanas

Os 13 cidadãos acusados pelo advogado Robert Mueller de terem interferido nas eleições norte-americanas não vão ser extraditados da Rússia, afirmou Vladimir Putin. O presidente russo alega que estes não agiram em nome do Governo. Em entrevista à NBC, Putin disse: “Nunca. A Rússia não extradita os seus cidadãos para nenhum país”. Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês)

CNBC

AXA concorda em comprar o XL Group por cerca de 15 mil milhões de dólares

A segunda maior seguradora da Europa concordou em comprar a companhia de seguros britânica XL Group por um total de 15 mil milhões de dólares. A AXA estava a oferecer 57,60 dólares por cada ação, uma valorização de 33% no fecho da sessão de 2 de março. O negócio vai ultrapassar os 15,3 mil milhões. Leia a notícia completa na CNBC (acesso livre, conteúdo em inglês)

Reuters

Arábia Saudita e Egito criam fundo de dez mil milhões de dólares

O príncipe Mohammed bin Salman assinou um acordo com o presidente do Egito para a criação de um fundo de dez mil milhões de dólares, que servirá para ajudar a desenvolver o projeto NEOM — uma cidade fronteiriça entre o Egito e a Jordânia –, revelado no final do ano passado. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Financial Times

Credit Suisse promete “revisão completa” da queixa de assédio sexual

O CEO do banco suíço enviou um pedido de desculpas à ex-funcionária que apresentou queixa por assédio sexual contra um gerente da instituição. À carta que a vítima tinha enviado há dois meses para o banco, ainda não tinha sido dada resposta e Tidjane Thiam acrescentou ainda que ia pedir uma “revisão completa” do assunto. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Valor Econômico

PIB chinês deverá crescer 6,5% este ano

De acordo com um relatório entregue pelo primeiro-ministro do país, o Governo chinês estipulou uma meta de crescimento de 6,5% para o seu Produto Interno Bruto (PIB) para este ano. A economia chinesa cresceu 6,9% o ano passado, sendo a primeira vez em sete anos que conseguiu crescer. Leia a notícia completa no Valor Econômico (acesso livre, conteúdo em português)

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Isabel dos Santos: “Gostaria de continuar a investir em Portugal”

  • ECO
  • 5 Março 2018

A empresária angolana diz que tem parceiros em Portugal em quem confia e que gostaria de continuar a investir no país. Mobilidade elétrica é uma aposta forte de Isabel dos Santos.

Numa altura em que Isabel dos Santos está sob forte fogo em Angola, com a sua atuação como presidente da Sonangol a ser investigada pelas autoridades judiciais, os olhos da empresária angolana estão virados para Portugal. Em entrevista ao Jornal de negócios (acesso pago) Isabel dos Santos diz que o seu objetivo é continuar a investir em Portugal, considerando encerrado o capítulo BPI e focando as suas atenções agora no negócio da mobilidade elétrica, onde gostaria que a Efacec fosse líder. Relativamente à investigação de que é alvo diz estar “confortável”, mas que vai apresentar um queixa-crime contra o presidente da Sonangol.

“Tenho parceiros em quem confio e gostaria de continuar a investir em Portugal“, começa por dizer Isabel dos Santos quando questionada sobre se pretende manter os seus investimentos em território nacional, desvalorizando a perda relativamente recente da sua posição no BPI aquando da OPA do CaixaBank.

“Os negócios são mesmo assim” diz a esse propósito, acrescentando que mantém “uma parceria ainda bastante forte com o BPI em Angola, no BFA, e de alguma forma continuamos a trabalhar juntos como parceiros”.

Após considerar encerrado o capítulo BPI, Isabel dos Santos diz que em termos estratégicos, para além da banca, as suas apostas como empresária recaem atualmente sobre os setores da energia e da grande distribuição, e “futuramente a mobilidade elétrica”, onde acredita que a Efacec poderá desempenhar um papel muito importante.

“Acho que há aí um grande mercado e gostava que a Efacec fosse líder nesse mercado“, refere a filha do antigo presidente de Angola, José Eduardo dos Santos. “Em Portugal há muito talento, estamos a fazer parcerias com algumas universidades e a olhar para o desenvolvimento de aplicações, software, programação, enfim, tudo o que é parte integrante da gestão da mobilidade elétrica” especifica a empresária, defendendo a posição de que “Portugal vai ser líder nesse mercado“.

Recentemente, a empresária angolana esteve em Portugal precisamente para a inauguração de uma nova fábrica de mobilidade elétrica da Efacec. Desde há três anos que Isabel dos santos controla 66% do capital através da Winterfell, que resulta de uma parceria com a Empresa Nacional de distribuição de Eletricidade (ENDE) de Angola.

Queixa-crime contra presidente da Sonangol na calha

No seguimento daquilo que considera serem “afirmações e alegações difamatórias” de que é alvo por parte do atual presidente da Sonangol, Carlos Saturnino, a propósito da sua gestão da empresa petrolífera angolana, Isabel dos Santos diz que vai apresentar uma queixa-crime. Na mesma entrevista ao Jornal de Negócios, a empresária angolana classifica ainda como “normal”, o facto de a Procuradoria da República de Angola ter aberto um inquérito, na sequência das denúncias à sua gestão da petrolífera.

As declarações de Isabel dos Santos surgem na sequência das acusações do seu sucessor, Carlos Saturnino, na conferência de imprensa realizada a 28 de fevereiro sobre o estado atual da Sonangol.

Nessa conferência de imprensa, Carlos Saturnino acusou a antiga administração de ter realizado uma transferência de 38 milhões de dólares já após ter sido exonerada, denúncia que já levou a Procuradoria-Geral da República a abrir um inquérito.

Fiquei muito dececionada com a conferência de imprensa. Estava à espera que se falasse do futuro da Sonangol e dos resultados que se tinha conseguido atingir para, no fundo, perceber as soluções, mas em vez disso lançou-se num ataque direto ao antigo conselho de administração e à minha pessoa em particular. Vou apresentar uma queixa-crime. Estou neste momento a trabalhar com advogados nesse sentido e apresentarei essa queixa em função das afirmações e alegações que foram feitas. São difamatórias. Sem dúvida”, disse.

Na entrevista ao Jornal de Negócios, Isabel dos Santos diz que as acusações de Carlos Saturnino são “completamente infundadas” e que está “confortável” com o inquérito aberto pela Procuradoria-Geral da República de Angola.

“Estou completamente confortável com o procedimento em si. Acho que é bem-vindo. Agora, foi com muito espanto que acompanhei as declarações feitas na conferência de imprensa. As palavras do presidente do conselho de administração atual, Carlos Saturnino, para mim, foram chocantes. Faltaram imenso à verdade”, salientou.

De acordo com a empresária angolana, as palavras de Carlos Satunino “faltaram à verdade de forma completa e total”, salientando que os factos “são simples e facilmente verificáveis”.

Isabel dos Santos diz que não esperava ser logo exonerada pelo Presidente de Angola, João Lourenço, salientando que “há uma campanha política forte contra o governo anterior”.

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Quer um dividendo generoso? Estas são as melhores apostas no PSI-20

Está prestes a abrir a época de caça ao dividendo na bolsa de Lisboa. E Portugal é campeão da Europa nesta liga. Mas sabe onde estão as melhores apostas?

Não há volta a dar: está a chegar a época dos dividendos à bolsa portuguesa, um dos pontos mais altos do ano para os investidores. Neste campeonato, Portugal merece honras de campeão europeu. Mas há em Lisboa os bons dividendos, aqueles assim-assim e outros que merecem uma maior reflexão. Está à procura de um dividendo generoso? Então tome nota.

Há uma mão cheia de oportunidades no PSI-20, segundo identificaram os analistas contactados pelo ECO: REN, Navigator, Galp, EDP Renováveis e Corticeira Amorim. Mas cada caso é um caso e vale a pena notar que o dividend yield, a ferramenta utilizada para avaliar a atratividade de um dividendo, está bastante longe de ser a principal indicador de referência para os especialistas.

O dividend yield compara o valor do dividendo com o valor da ação: quanto maior for o rácio, mais atrativo é o dividendo em função do preço da ação. Na teoria… porque há outros fatores que importa considerar na hora de procurar um bom dividendo.

Na praça nacional, são os CTT quem se apresenta com o maior retorno de dividendo. A dividend yield supera os 10%, mais do dobro da média no PSI-20. Mas por que razão o operador dos correios postais não convence os analistas?

“Após o corte no dividendo anunciado com a apresentação dos resultados do terceiro trimestre de 2017 (-21% para 0,38 euros por ação), a indicação da empresa é que o dividendo irá acompanhar a evolução do resultado líquido do grupo”, explicou Albino Oliveira, gestor da Patris.

As cinco ações com maior retorno do dividendo em Lisboa

Fonte: Reuters e CMVM

Tão pouco a Sonae Capital, que surge com o quinto maior dividend yield em Lisboa, chama a atenção dos analistas. A empresa de capital de risco registou prejuízos no ano passado, mas vai dar um dividendo de seis cêntimos, um total de 15 milhões de euros.

Explica a equipa de research do BiG: “Caso a empresa pague de forma consistente (por vários anos) mais em dividendos do que gera em lucros, a sustentabilidade dos dividendos poderá ser um fator de preocupação, dado que a empresa terá que aceder a reservas de capital próprio, ou ao mercado de dívida, para obter o diferencial entre os dividendos distribuídos e os lucros gerados”.

As oportunidades

Quais são os principais destaques? “Talvez referir duas empresas: a REN e a Navigator”, diz Albino Oliveira. “Ambas apresentam dividend yield bem acima de 6% às suas atuais cotações. A primeira beneficia agora de maior visibilidade no contexto regulatório, após a ERSE ter publicado os parâmetros para a área da eletricidade referente ao período 2018-2020. No que se refere à Navigator, o mercado do papel UWF continua a fornecer sinais positivos”, contextualiza o gestor da Patris.

Do lado do BiG, são destacados dos dividendos que Galp, EDP Renováveis e Corticeira Amorim vão distribuir pelos seus acionistas. Um pormenor: nenhuma das cotadas apresenta um dividend yield acima de 4%, bem abaixo do rácio médio que coloca Lisboa no trono europeu.

Portugal é campeão da Europa nos dividendos

Fonte: Allianz Global Investors

Em média, é expectável que o rendimento dos dividendos nacionais atinja os 4,47% face ao preços das ações, segunda uma análise do Allianz. É o maior dividend yield em toda a Europa, imediatamente à frente de Espanha (4,47%) e Finlândia (4,02%).

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