BBVA passa a sucursal em Portugal

Banco espanhol vai passar a ter uma sucursal no mercado nacional com o processo de integração da filial portuguesa. "Portugal continua a ser um mercado muito importante", dizem os espanhóis.

O BBVA vai passar a sucursal em Portugal, isto depois do processo de integração da filial portuguesa no banco espanhol, anunciou esta terça-feira a instituição. Mas o mercado português “continua a ser muito importante” e esta fusão visa assegurar “maior sustentabilidade e solidez ao negócio” em Portugal, justificam os responsáveis espanhóis.

É “mais um passo na sua estratégia de transformação” com o “início do processo de absorção da sua filial portuguesa”, informou o BBVA em comunicado no seu site. “A fusão encontra-se sujeita à aprovação dos órgãos sociais competentes e à obtenção das autorizações administrativas pertinentes”, adianta ainda o banco espanhol.

Assim que o processo estiver concluído, “o BBVA operará em Portugal através de uma sucursal que vai dispor das melhores capacidades de gestão do grupo e poderá aceder com maior agilidade às suas plataformas e soluções tecnológicas”, diz o banco. “Vai melhorar a sua oferta aos clientes em Portugal, aproveitando o rating do grupo”, acrescenta.

O BBVA dá mais um passo na sua estratégia de transformação e dá início ao processo de absorção da sua filial portuguesa. A fusão encontra-se sujeita à aprovação dos órgãos sociais competentes e à obtenção das autorizações administrativas pertinentes.

BBVA

O BBVA conta com 14 agências em Portugal, a maioria delas em Lisboa (oito). Foi constituído no mercado português em 1991, depois de ter integrado as operações do britânico Lloyds Bank e do espanhol Bilbao Vizacaya. Posteriormente, entre 2000 e 2002, integrou várias operações: Argentaria, Credit Lyonnais, Midas e a divisão de consumo do Banco Efisa, segundo se lê no site do banco em Portugal.

Nos últimos anos, o banco em Portugal passou por uma profunda reestruturação, que incluiu um despedimento coletivo que envolveu 148 trabalhadores e uma redução da dimensão das operações no país. Atualmente, o administrador delegado é Luís Castro e Almeida.

Com um modelo de negócio focado sobretudo nos segmentos de banca privada e de banca de empresas, o BBVA esclarece que “Portugal continua a ser um mercado muito importante” e frisa que, “com este processo de fusão, o banco quer assegurar a sustentabilidade e solidez do seu negócio no país“.

Em 2016, o BBVA Portugal registou prejuízos de 3,2 milhões de euros, contando um recursos de clientes na ordem dos 1,86 mil milhões de euros e com créditos em cerca de 3,05 mil milhões.

(Notícia atualizada às 10h25)

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BPI vê dividendo dos CTT a cair para 25 cêntimos em 2019

Analistas do BPI Research baixaram a avaliação do título por causa do "novo golpe" induzido pelo regulador no negócio dos CTT. E estima que o dividendo seja novamente cortado em 2019.

O BPI Research considera que os CTT CTT 0,64% sofreram um “novo golpe” com a decisão da Anacom de apertar os critérios de qualidade do serviço postal universal. Diz que o operador português vai sofrer com as alterações do quadro regulatório que estão previstas para os próximos anos. Por isso, o banco reviu em baixa o preço alvo do título e antecipa uma redução do dividendo dos 38 cêntimos para os 25 cêntimos em 2019.

Em causa está o Sentido Provável de Decisão para o triénio 2018-2020, onde o regulador obriga os CTT a cumprir 24 indicadores de qualidade de serviço, face aos atuais 11 indicadores que tem de cumprir. Já os preços do serviço postal universal deverá ser definida com base na inflação deduzida de 1,28 pontos percentuais, “tendo ainda em consideração fatores de correção para inflação e tráfego”.

Estas medidas levaram o BPI Research a baixar o preço-alvo dos CTT em 45 cêntimos, dos 4,7 euros para os 4,25 euros.

“O impacto das medidas anunciadas (revisões de preço mais baixas no correio) levou-nos a cortar a nossa avaliação em 30 cêntimos por ação. Incluímos custos não recorrentes de 54 milhões do plano de eficiência operacional anunciado, um capex de de 25 milhões e assumimos poupanças de 25 milhões nos custos fixos devido ao potencial impacto negativo das exigências dos indicadores de qualidade (-0,1 euro por ação). O resto da revisão em baixa da avaliação tem a ver com a afinação do modelo para incluir os contributos da inflação e dos impostos”, explicam Bruno Silva e Filipe Leite numa nota de análise publicada esta terça-feira.

Ainda assim, os analistas do Caixabank BPI Research mantêm a recomendação de compra sobre os CTT, que negoceiam “a níveis atrativos”. Adiantam mesmo que “a combinação de uma posição invejável em Portugal, a situação de liquidez e o momento da ação poderá desencadear um movimento de M&A” — este fim de semana foi noticiado que o operador postal estava na corrida ao Deutsche Bank Portugal.

Neste cenário, os analistas do Caixabank BPI Research estimam que o dividendo seja revisto em baixo dos 38 cêntimos que Lacerda disse que ia distribuir em 2018 para os 25 cêntimos em 2019, “refletindo a nova política de remuneração acionista, a redução do lucro e a erosão das reservas distribuíveis”.

As ações dos CTT somam esta terça-feira 1,58% para 3,562 euros.

CTT recuperam esta terça-feira

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

 

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El Corte Inglés ruma a Cuba com a sua marca branca

El Corte Inglés começou a vender produtos de marca branca para Cuba através da italiana Farmavenda. O objetivo é chegar a uma dezena de lojas até 2019.

O El Corte Inglés regressa às origens, mais exatamente ao local onde os seus fundadores se conheceram antes de regressar a Espanha, arregaçar as mangas e criar a cadeia de grandes armazéns. O grupo começou agora a vender massas, molhos, conservas, picles e outros produtos a Cuba. Um negócio possível graças à italiana Farmavenda, uma empresa italiana que tem boas relações com o Governo cubano.

A venda dos produtos de marca branca Aliada e El Corte Inglés podem ser encontrados nos supermercados de Havana desde dezembro de 2017, quando a Farmavenda, através da sua filial em Espanha, começou a comprar os produtos ao grupo de distribuição espanhol e a exportá-los para Cuba, avança o Expansión (conteúdo em espanhol).

Por agora a distribuição destes produtos está ainda circunscrita a duas lojas, na zona de Malecón e outra no centro da cidade de Havana, mas fontes citadas pelo jornal espanhol garantem que a sua venda aumentará a uma dezena de lojas ao longo do ano.

A fórmula de colocar produtos noutros países através de um acordo com um parceiro não é nova para o El Corte Inglés. A cadeia de grandes armazéns, há cerca de dois anos, chegou a acordo com o importador chinês Ou-Jue Internacional para distribuir as suas marcas próprias Clube Gourmet e El Corte Inglés, assim como de outros fabricantes espanhóis, na China.

 

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PS quer magistrados a entregar declaração de rendimentos no TC

  • ECO
  • 16 Janeiro 2018

Políticos e altos cargos públicos que não entreguem declarações de património e rendimentos passam a incorrer no crime de desobediência, defendem ainda os socialistas.

O PS revisitou as suas propostas de 2016 e avança agora várias medidas para reforçar a transparência em funções públicas. Desde logo, obriga os magistrados a apresentar declarações de rendimentos, escreve o Público esta terça-feira [acesso condicionado].

Políticos e titulares de altos cargos públicos que não entreguem as declarações de património e rendimentos incorrem no crime de desobediência, propõem ainda os socialistas, evitando assim situações como as que abrangeram a Caixa Geral de Depósitos e António Domingues. E quem omitir “acréscimos patrimoniais ou diminuições de passivo” injustificados acima de 50 salários mínimos (29 mil euros) “é punido com prisão até três anos”, sofrendo sanções fiscais que podem culminar na perda de 80% desse valor e apreensão cautelar de todo o património. Já os deputados-advogados deixam de poder representar o Estado como consultores, dar pareceres ou prestar serviços a favor ou contra o Estado, uma medida que o Diário Notícias avançou este fim de semana.

Os socialistas recomendam ainda, na proposta de Código de Conduta, que os deputados não aceitem ofertas de valor igual ou superior a 150 euros, embora admitam exceções, escreve o Diário de Notícias. O limite de 150 euros é referência também para recusa de viagens. “Os deputados à Assembleia da República abstêm-se de aceitar convites de pessoas singulares ou coletivas privadas, nacionais ou estrangeiras, e de pessoas coletivas públicas estrangeiras, para assistência a eventos sociais, institucionais, desportivos ou culturais de acesso oneroso ou com custos de deslocação ou estadia associados, ou outros benefícios similares, que possam condicionar a independência no exercício do seu mandato”, lê-se no projeto de resolução do PS citado pelo DN.

Este projeto será discutido na comissão eventual que está a tratar do chamado “pacote da transparência” e que abrange um conjunto de propostas.

O PS também quer regulamentar a atividade de lobbying e já tem dois projetos nesse sentido, continua o Público [acesso condicionado]. Um para definir o que é e como se rege a atividade e outro para definir quem pode, e como, defender interesses junto do Parlamento, do Governo e dos municípios.

Titulares de cargos políticos e altos cargos públicos ficam proibidos de representar interesses enquanto estão em funções e nos três anos seguintes. Já os advogados podem registar-se como mediadores de interesses específicos mas não podem constituir-se como representantes profissionais de interesses, ou seja, lobbyistas profissionais.

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Estado está a dispensar precários que esperam concurso

  • ECO
  • 16 Janeiro 2018

O alerta é deixado pelos sindicatos. Há contratos a prazo que não estão a ser renovados enquanto os trabalhadores aguardam resposta ao requerimento para serem abrangidos pelo PREVPAP.

Há contratos a prazo no Estado que não estão a ser renovados e, por isso, os trabalhadores estão a ser dispensados sem que tenham resposta ao requerimento para serem abrangidos pelo programa de regularização de vínculos precários.

A notícia faz manchete esta terça-feira no Diário de Notícias, que cita fontes sindicais. “Há pessoas cujos contratos chegaram ao fim e não foram remuneradas, estando a ser dispensadas”, afirmou José Abraão, secretário-geral da Fesap, apontando casos na área da Defesa e em autarquias. Ana Avoila, coordenadora da Frente Comum, refere casos na Educação.

O alerta surge numa altura em que não há ainda data prevista para a abertura dos concursos para a integração destas pessoas nos quadros, escreve o jornal. Ainda que a lei que regula o PREVPAP determine que “os vínculos laborais das pessoas cujas situações são abrangidas pela regularização extraordinária” devam ser “prorrogados até à conclusão” dos procedimentos concursais, há casos em que isto não está a ser cumprido, dizem os sindicatos.

(Correção: O ECO escreveu inicialmente nesta notícia que “sem a renovação dos contratos, os trabalhadores não podem concorrer ao lugar que ocuparam de forma precária e que determinou a entrega do seu requerimento.” Esta informação não está correta e pelo facto pedimos desculpas aos nossos leitores).

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Telepizza vai unir-se à Pizza Hut. Portugal faz parte da expansão

A Telepizza vai avançar com uma parceria com a empresa responsável pela Pizza Hut, e os planos incluem uma expansão na Península Ibérica.

Já há alguns meses que a espanhola Telepizza tem estado em negociações com a YUM!Brands, Inc., empresa responsável pela Pizza Hut, para a criação de uma parceria. Estava a a ser estudado um acordo para a expansão de ambas nos mercados internacionais, mas sabe-se agora que Portugal e Espanha fazem parte dos planos de expansão.

A notícia é avançada pelo jornal elEconomista (conteúdo em espanhol), que dá conta de uma conclusão da parceria e de certos pontos acordados. Após ter comunicado à CNVM que a prioridade seria a América Latina, fontes próximas da empresa confirmaram recentemente ao jornal espanhol que a Península Ibérica também está incluída nos planos de expansão.

Em Espanha, a norte-americana Pizza Hut sempre foi a maior concorrente da Telepizza, até que, em abril de 2009, o grupo Zena, empresa responsável pela gestão das franquias da marca espanhola, decidiu não renovar o contrato e, ao invés disso, assinou um semelhante com a cadeia Domino’s Pizza. A Pizza Hut, que tinha nessa altura 130 lojas em território espanhol, acabou por perder cerca de uma centena delas. E foi então que começou a surgir a procura por um novo sócio, acabando por ser feita uma parceria com o grupo português Ibersol.

Na altura, a Ibersol já explorava mais de 90 restaurantes Pizza Hut em Portugal e, com esse acordo assinado, comprometeu-se a transformar, num espaço aproximado de um ano, os 69 restaurantes Pizza Móvil que detinha em Espanha, nomeadamente na Galícia. No entanto, conforme consta no site da Pizza Hut, a cadeira norte-americana conta apenas com 23 lojas no país vizinho.

Esta aliança entre a Telepizza e a Pizza Hut representa mais um passo estratégico para a marca espanhola, com o delinear de acordos internacionais. Recorde-se que, em outubro de 2016, a marca assinou um contrato com o grupo iraniano Momenin Investment para a abertura de 200 lojas num espaço de dez anos. Nos mesmos termos, foi celebrado também um contrato com uma empresa da Arábia Saudita para a implementação de 100 lojas.

(Notícia atualizada às 08h55)

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Energia anima bolsa, Lisboa volta a sorrir três sessões depois

Há três sessões em queda, Lisboa voltou hoje a despertar com sorrisos, sobretudo graças à boa energia da EDP, EDP Renováveis e da Galp.

Depois de três sessões em queda, a bolsa nacional volta a despertar com sentimento mais positivo. Em destaque no arranque da sessão está sobretudo o setor energético, com EDP, EDP Renováveis e Galp a imprimirem um ritmo confiante nesta terça-feira.

O PSI-20, o principal índice português, começou o dia ligeiramente abaixo da linha de água. Mas não foram precisos cinco minutos para voltar para terreno positivo e avança agora 0,12% para 5.627,54 pontos.

Dez cotadas dão suporte na abertura da praça portuguesa, mas são os pesos pesados EDP, EDP Renováveis e Galp — as ações com maior importância em Lisboa — que estão a dar conta do recado. As duas elétricas da família EDP avançam ambas em torno de 0,3%. E a Galp soma 0,8% — o ECO noticiou esta segunda-feira que a petrolífera portuguesa estuda parcerias para ir a leilão no México no final do mês.

Nota ainda para os CTT, que recuperam das quedas acentuadas das últimas duas sessões, penalizados pela decisão da Anacom de apertar os critérios de qualidade do serviço postal universal. As ações dos Correios ganham esta terça-feira 1,82% para 3,58 euros.

“Após o forte início do ano, tínhamos antecipado que alguns dos títulos que até à data tinham liderado o rally da bolsa nacional (BCP, CTT, Sonae) poderiam sofrer uma correção de curto prazo, a qual não deveria invalidar a tendência de fundo”, salientam os analistas do BPI no seu Diário de Bolsa. “Apesar de após essa altura as referidas ações se terem valorizado mais um pouco, nas últimas sessões começaram a corrigir. Agora, a questão que se coloca é saber até onde se prolongará essa correção”, explicam ainda.

Lá por fora, os mercados acionistas europeus iniciam o dia com ganhos tímidos. Melhor arranque para a bolsa de Paris, que se apresenta em alta de 0,28%. Em Madrid e Milão, os primeiros minutos da sessão não vão além dos 0,1% acima da linha de água.

No mercado cambial, o euro tem vindo a valorizar-se de forma acentuada neste início de ano. Negoceia no valor mais alto dos últimos três anos. Esta terça-feira corrige ligeiramente em baixa, seguindo a desvalorizar 0,1% para 1,2252 dólares.

(Notícia atualizada às 8h30)

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Metro de Lisboa quer aumentar velocidade para ter mais oferta

  • ECO
  • 16 Janeiro 2018

Empresa está a estudar a possibilidade de aumentar a velocidade máxima de circulação para 60 Km/hora, para responder ao aumento de procura resultante dos maiores fluxos de turistas.

O Metro de Lisboa está a estudar a possibilidade de aumentar a velocidade máxima de circulação para 60 Km/hora para “aumentar a regularidade por via da redução do risco de atrasos na operação”, justifica a empresa no seu plano de atividades para 2018.

De acordo com o Jornal de Negócios, esta opção, que é um regresso ao passado, após a decisão de 2012 de reduzir a velocidade de circulação para conter custos, visa responder ao aumento de procura resultante dos maiores fluxos de turistas que existem agora durante todo o ano em Lisboa. O Metro de Lisboa pretende assim assegurar “uma maior regularidade de serviço”, e prevê aumentar a oferta este ano em termos de lugares por quilómetro em 13,5%.

As estimativas da empresa apontam para 153,2 milhões de passageiros transportados, em 2017, um valor que deverá aumentar para 158,5 milhões em 2018 e para 163,1 milhões em 2019.

Este aumento de procura levou mesmo a empresa a avançar com um pedido de exceção à Secretaria de Estado do Tesouro para não cumprir os princípios financeiros impostos pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças para 2018. Em causa está não só a contratação de mais funcionários — em setembro já teve autorização para reforçar o quadro com 78 efetivos –, que vão incrementar os gastos com pessoal em 9,9%, face a 2017, mas também os custos inerentes ao prolongamento da ligação do Rato ao Cais do Sodré, mas também recuperação de carruagens e escadas rolantes.

O orçamento da empresa estima uma subida de 13,3% das receitas totais, para mais de 107 milhões de euros, dos quais 104,8 milhões de proveitos de títulos de transporte. Em 2016 essas receitas ficaram abaixo dos 93 milhões e em 2017 dos 100 milhões. Para aumentar as receitas a empresa prevê também vender património imobiliário não operacional, nomeadamente 36 apartamentos que detém em Sintra e Odivelas, cujo valor global de venda foi orçamentado em 300 mil euros.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 16 Janeiro 2018

Evolução orçamental, Função Pública, perspetivas económicas e precariedade. Saiba o que vai marcar o dia.

O Conselho das Finanças Públicas apresenta o seu relatório sobre a evolução orçamental até ao terceiro trimestre, no mesmo dia em os sindicatos da Função Pública voltam a discutir o descongelamento de carreiras com o Governo. Paulo Portas fala sobre perspetivas económicas e políticas para 2018 e o Observatório sobre Crises e Alternativas aborda o tema da precariedade. Saiba o que marca o dia.

CFP divulga relatório sobre evolução orçamental

O Conselho das Finanças Públicas publica esta terça-feira o relatório sobre a evolução orçamental até ao final do terceiro trimestre. Em outubro, quando foi divulgado o relatório relativo ao segundo trimestre, a instituição liderada por Teodora Cardoso afirmava que o défice no primeiro semestre se situava “ainda acima do cumprimento das metas fixadas pelo Governo”, mas reconhecia que a melhoria em termos homólogos foi “superior ao previsto para a totalidade do ano”.

Negociações prosseguem com sindicatos da Função Pública

Governo e sindicatos da Função Pública voltam a reunir-se no Ministério das Finanças para prosseguirem as negociações. Na ordem de trabalhos consta o projeto de diploma que transpõe a diretiva europeia em matéria de saúde e segurança do trabalho, o acordo para negociação coletiva para 2018 e o processo de descongelamento de carreiras.

Tribunal de Contas ouvido no Parlamento sobre Conta Geral do Estado

O Tribunal de Contas é ouvido hoje no Parlamento, no âmbito da apreciação da Conta Geral do Estado de 2016. No seu parecer, o Tribunal identificou “riscos para a sustentabilidade das finanças públicas”. O presidente, Vítor Caldeira, sublinhou, em conferência de imprensa realizada em dezembro, que “os riscos mais severos” são os relacionados com as pensões e as alterações climáticas”.

Paulo Portas fala sobre perspetivas económicas e políticas para 2018

A Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP) organiza um encontro subordinado ao tema “Geoestratégia do Mundo em 2018”, que conta com a participação de Paulo Portas. O ex-ministro e vice-presidente da CCCIP aborda perspetivas económicas e políticas para 2018 e os mercados que poderão oferecer maior potencial de negócio para as empresas portuguesas.

Observatório debate emprego e precariedade

O Observatório sobre Crises e Alternativas do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra debate “A recuperação económica: mais emprego, mais precariedade?”, contando com a presença dos deputados João Galamba (PS) e José Soeiro (Bloco de Esquerda). No seu último relatório, o Observatório notava que a precariedade laboral continua a dominar apesar da retoma económica.

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CIP diz que Rio à frente do PSD pode proporcionar acordos parlamentares com PS

  • Lusa
  • 16 Janeiro 2018

"Hoje diferentes condições para esse entendimento", disse António Saraiva que anunciou para 2019 a sua saída da liderança da CIP, ao fim de três mandatos.

O presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, António Saraiva, disse esta segunda-feira esperar que a eleição de Rui Rio para a liderança do PSD possa proporcionar “novos acordos parlamentares” a um Governo “refém” da Esquerda.

António Saraiva, no final de uma conferência promovida pelo “Clube dos Pensadores”, em Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, na qual deixou críticas ao Governo, considerou o salário mínimo nacional baixo e anunciou para 2019 a sua saída da liderança da CIP, ao fim de três mandatos.

“Obviamente que havendo uma diferente liderança no PSD, aquilo que se espera – e o Rui Rio já fez afirmações nesse sentido – é que possa dar ao país a possibilidade de, em sede parlamentar, se encontrarem apoios diferentes daqueles que se têm encontrado, para que todos ganhemos”, disse o representante do patronato.

Obviamente que havendo uma diferente liderança no PSD, aquilo que se espera – e o Rui Rio já fez afirmações nesse sentido – é que possa dar ao país a possibilidade de, em sede parlamentar, se encontrarem apoios diferentes daqueles que se têm encontrado, para que todos ganhemos.

António Saraiva

Presidente da CIP

Questionado sobre se com Rui Rio estão reunidas melhores condições de entendimento com o PS, António Saraiva respondeu que isso “dependerá de um conjunto de fatores, das políticas, das reformas e das soluções que foram encontradas”.

“Se o PS, Governo, não estiver refém de uma só das áreas parlamentares tem condições diferentes, mais liberdade de ação para as políticas que tem de desenvolver para fazer as reformas que o país precisa”, acrescentou.

“Por aquilo que Rui Rio já disse, acho que há hoje diferentes condições para esse entendimento, porque, muitas vezes, as lideranças condicionam as vontades das organizações”, afirmou, salientando que “era importante para o país que houvesse esse entendimento, até porque muitas das reformas exigem maiorias qualificadas de dois terços e existem, muitas vezes, iniciativas do Governo que são bloqueadas ou desvirtuadas porque os apoios que reúne são de determinada composição. Assim, tem um espetro maior para poder fazer as reformas que entender”.

Admitindo que o “país está melhor” depois das dúvidas que o acordo parlamentar à esquerda levantou aos empresários, afirmou que os últimos dois anos “tranquilizaram receios de investimento“.

Para António Saraiva, o salário mínimo nacional “é baixo”, mas ressalvou que “há que ver a posição em que as empresas portuguesas se encontram”, defendendo uma “fiscalidade amiga do investimento, o financiamento da recapitalização das empresas e recursos humanos mais qualificados”.

Sobre a polémica na Autoeuropa, considerou “estar inquinada de falta de diálogo social” devido às “lutas político-sindicais”.

António Saraiva aproveitou a ocasião para dizer que sai da liderança da CIP no “final de 2019”, depois de ter “imposto a si mesmo um limite de três mandatos”.

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Quanto vale o Montepio? Muito menos do que a Associação diz que vale

Quanto vale o Montepio? Tomás Correia avalia o banco em 2.000 milhões. Mas o mercado torce o nariz. Múltiplos apontam para um valor de mercado de 1.300 milhões. E não dão mais do que 1.700 milhões.

Tomás Correia não quer dar descontos, mas investidores torcem o nariz à avaliação que a Associação Mutualista faz do Montepio.Paula Nunes / ECO

Afinal, quanto vale o Montepio? A julgar pelo valor que o mercado está a atribuir ao BCP e ao setor financeiro europeu, o banco da Associação Mutualista deverá valer aproximadamente 1.300 milhões de euros. Até pode estar avaliado em 1.700 milhões, nas melhores estimativas. Mas, seja como for, os investidores torcem o nariz à avaliação que Tomás Correia faz da Caixa Económica: 2.000 mil milhões de euros. É muito dinheiro e a Santa Casa já disse que vai querer um desconto.

À espera da avaliação independente do Haitong, que deverá trazer maior clareza em relação àquilo que a Santa Casa poderá investir no Montepio, a Associação Mutualista tem já um valor fixado pelos 10% do banco que quer alienar à instituição liderada por Edmundo Martinho: 200 milhões de euros. E Tomás Correia parece pouco disponível para rever esta avaliação que tem implícita uma regra de três simples — se o banco está contabilizado no balanço da Mutualista em cerca de 2.000 milhões de euros, logo 10% custam 200 milhões. Simples? Não é bem assim.

Fontes do mercado explicaram ao ECO que valor contabilístico do Montepio não é o indicador mais razoável para calcular o valor justo do banco. Isto porque o valor patrimonial resulta de uma avaliação que a própria associação fez do banco num determinado momento no tempo. Além disso, também incorpora ativos intangíveis (como a marca e reputação, por exemplo) e que são de difícil mensuração, trazendo subjetividade a um exercício de avaliação de uma empresa.

Alternativamente, o mercado recorre com frequência a indicadores financeiros mais objetivos para isolar essa análise de elementos de dúvida. Desse modo, os investidores conseguem comparar determinada empresa com a avaliação que se faz dos pares: são os chamados múltiplos. Foi esse exercício que fizemos, com a ajuda de analistas.

Afinal, quanto vale?

Um analista esclareceu que o total dos capitais próprios do Montepio “é um bom proxy, uma boa aproximação ao valor do banco em termos daquilo que está a ser negociado nos mercados”. “Mas depois há muitas especificidades em cada banco, e isso pode fazer toda a diferença”, sinalizou a mesma fonte. Ou seja, este exercício também não está isento de “impurezas”.

Em todo o caso, essa informação está disponível na demonstração de resultados trimestrais do banco — aliás, é com base em dados na sua maioria já conhecidos que os especialistas do Haitong estão a fazer a sua análise. O Expresso revelou que não foi feita qualquer due dilligence, um procedimento habitual nestas avaliações e que iria permitir verificar toda e qualquer informação financeira.

Adiante. A 30 de setembro, o total dos capitais próprios do Montepio situava-se nos 1.764 milhões de euros. A partir deste valor é possível comparar com o BCP, por exemplo, que está cotado na bolsa portuguesa. O banco liderado por Nuno Amado apresentava-se na mesma data com capitais próprios de cerca de seis mil milhões de euros. Mas os investidores avaliam-no em apenas 4,3 mil milhões. Isto quer dizer que o mercado dá apenas 72% pelo banco face ao total dos capitais próprios, incorporando um múltiplo de 0,72.

Se aplicássemos o múltiplo do BCP ao Montepio, o banco da mutualista apresentar-se-ia com uma avaliação de 1.270 milhões de euros se estivesse cotado na bolsa. E, nesse caso, os 10% custariam aos cofres da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa aproximadamente 127 milhões de euros — acima, ainda assim, do teto de 75 milhões estabelecido pelo parecer não vinculativo da Santa Casa que recomenda que a Misericórdia não aplique mais do que 10% do seu ativo de 743 milhões de euros num único investimento.

Múltiplos para Santa Casa ver

Fonte: BCP e Reuters

Na Europa, o setor da banca está a negociar com um múltiplo mais alto, de 0,87 — o que na prática quer dizer que os investidores avaliam o setor a um nível mais próximo dos capitais próprios. Num exercício semelhante, este múltiplo europeu aplicado ao Montepio permitiria chegar a um valor de mercado de 1.500 milhões de euros. E, comparando com o setor espanhol, o múltiplo de 0,97 daria uma avaliação de 1.700 milhões de euros à Caixa Económica, a melhor avaliação de todas.

Explicou uma fonte do setor ao ECO: “Aplicando o múltiplo do BCP e da média espanhola e europeia, conseguimos ter uma amplitude razoável relativamente à avaliação do banco”. A Santa Casa decide até final do mês.

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Há um ano à espera, ok do BdP ao Haitong está para breve

  • Rita Atalaia
  • 15 Janeiro 2018

Foi em dezembro de 2016 que caducou o mandato da administração do Haitong. Apenas CEO e chairman foram validados pelo BdP. Restantes administradores devem ter ok nas próximas semanas.

O Haitong está há mais de um ano à espera de “luz verde” para ver o seu conselho de administração assumir funções. Chairman e CEO foram validados pelo Banco de Portugal (BdP), mas os restantes membros continuam à espera da conclusão do processo de avaliação que é feito pelo regulador da banca a todos os responsáveis de instituições financeiras.

O BdP, questionado sobre o estado do processo de avaliação da adequação dos membros dos órgãos de administração e fiscalização, ou mais conhecido como fit and proper dos nomes propostos para a administração do banco de investimento que pertencia ao BES, não comenta. Mas, sabe o ECO, esse ok está para breve. Será uma questão de semanas, diz uma fonte. Contactado pelo ECO, o Haitong não respondeu.

Nestes 13 meses, ou seja, desde que expirou o mandato da administração do Haitong, o antigo BESI, apenas o presidente da comissão executiva, Wu Min, e o chairman, Lin Yong, tiveram o ok do regulador liderado por Carlos Costa. Vieram substituir Hiroki Miyazato como chairman e José Maria Ricciardi como presidente executivo, após a saída de ambos no final de 2016.

Foi em dezembro de 2016 que o banco de investimento português que foi comprado pelos chineses do Haitong teve de escolher uma nova administração para os três anos seguintes. Paulo Martins, Christian Minzolini, Alan Fernandes e o administrador financeiro Mo Yiu Poon são os nomes que ainda aguardam a validação. Nuno Santos era outro dos responsáveis que constava desta lista. Mas, segundo o Jornal Económico, acabou por ser retirado no contexto da venda das subsidiárias de Nova Iorque e Londres.

Está em curso um plano de reestruturação do Haitong Bank, que implicou a descontinuação de algumas operações e ainda a saída de trabalhadores do banco. Isto depois de os resultados se terem agravado, o que reflete a dificuldade do antigo BESI em encontrar um modelo de negócio para gerar receitas. É neste cenário que o banco está a alienar ativos, tendo registado uma mais-valia de 15,8 milhões de euros com a venda das subsidiárias de Londres e Nova Iorque.

Entre janeiro e junho, o Haitong Bank registou prejuízos de quase 80 milhões de euros, depois de o produto bancário ter afundando 45% e os custos operacionais terem aumentado em função do plano de reestruturação. Em 2017, o grupo Haitong aumentou o capital do antigo BES Investimento em 419 milhões de euros.

Aquando do regaste do Banco Espírito Santo, em agosto de 2014, o BESI foi integrado no Novo Banco, tendo sido depois vendido em setembro de 2015 ao grupo chinês Haitong por 379 milhões de euros e denominado Haitong Bank.

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