A manhã num minuto

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

BCP, Santander Totta e BPI baixaram para 40 anos o prazo máximo dos contratos de crédito, cumprindo a recomendação do Banco de Portugal. Entre os mais pequenos, Crédito Agrícola e EuroBic também. Portugal teve, nos primeiros três meses do ano, a quarta maior subida homóloga do índice dos preços da habitação na União Europeia (UE) e a terceira face ao quarto trimestre de 2017.

Pedir um crédito à habitação a 50 anos já não é possível. Os bancos que ainda disponibilizavam empréstimos para a compra de casa com essa maturidade baixaram o prazo máximo dos contratos, para 40 anos. Este corte vai ao encontro dos novos limites recomendados pelo Banco de Portugal que entraram em vigor no início deste mês de julho e que têm como objetivo combater o facilitismo no crédito. É que a entidade liderada por Carlos Costa já avisou: caso as medidas recomendadas não sejam seguidas, estas passam a obrigatórias e vai aplicar coimas aos bancos infratores.

Portugal teve, nos primeiros três meses do ano, a quarta maior subida homóloga do índice dos preços da habitação na União Europeia (UE) e a terceira face ao quarto trimestre de 2017, segundo dados divulgados esta terça-feira pelo Eurostat.

As exportações e importações desaceleraram consideravelmente no mês de maio, de acordo com dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Enquanto as exportações ficaram num crescimento de 6,2%, comparativamente aos 17,7% homólogos registados em abril, as importações praticamente estagnaram com um crescimento de 0,3%, quando em abril tinha sido de 12,9%.

Desde o primeiro dia do ano passado até ao primeiro deste ano, a população da União Europeia (UE) aumentou para 512,6 milhões de pessoas, de acordo com as estimativas do Eurostat. Só no ano de 2017, essa tendência de crescimento manteve-se em 19 Estados-membros, mas Portugal ficou fora desse grupo, a registar uma diminuição da população de 1,8 por cada 1.000 habitantes.

O Centro Hospitalar de Lisboa Norte mostra grandes dificuldades em gerir o dinheiro atribuído pelo Estado, estando em “falência técnica”. Comparado com o Centro Hospitalar de São João no Porto, compara mal. A unidade do norte revela uma eficiência muito superior, segundo mostra a auditoria do Tribunal de Contas.

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Trabalhadores preocupados: Empresas da Volkswagen/Autoeuropa sem acordo de novo horário

  • Lusa
  • 10 Julho 2018

A Coordenadora das Comissões de Trabalhadores do Parque Industrial afeto à Autoeuropa, em Palmela, alerta para o facto de ainda não existirem acordos para a laboração contínua na maioria das empresas.

Os trabalhadores do Parque Industrial da Volkswagen/Autoeuropa manifestaram-se hoje preocupados com o facto da maioria das empresas ainda ter acordo para o horário de laboração contínua.

Em comunicado, a Coordenadora das Comissões de Trabalhadores do Parque Industrial da VW Autoeuropa, que estiveram reunidos no final da semana passada, diz que estes continuam preocupados com os horários, o agravamento das condições de trabalho, a deterioração do diálogo e a paz social.

“A maioria das empresas ainda não tem acordo para o horário de laboração contínua. Existem cerca de três ou quatro empresas que têm acordo, das dezanove empresas, existindo algumas que têm acordos mais vantajosos que a própria Autoeuropa”, referem. Segundo a coordenadora, nas empresas que estão em negociações existe “uma clara vontade” por parte das administrações de diminuírem os rendimentos dos trabalhadores e agravando as suas condições de trabalho, aumentando inclusive a precariedade.

Há empresas com cerca de 70% de trabalhadores precários, acrescentam ainda, salientando que “o crescimento das doenças profissionais é um facto e é resultado do agravamento das condições de trabalho também”.

No final da semana passada, a Comissão de Trabalhadores (CT) da Autoeuropa acusou a administração da empresa de querer condicionar as regalias adquiridas pelos trabalhadores a uma cláusula de denúncia, que poderia ser acionada face ao resultado das negociações anuais com os trabalhadores. A CT adianta no comunicado que a administração da empresa, na prática, manteve os valores que já tinha proposto pelo trabalho ao domingo, ou seja, propõe-se pagar apenas um dos cinco de trabalho por turnos durante a semana como trabalho extraordinário, que será remunerado a 100%, valor que será ainda acrescido de mais 25% do prémio trimestral, caso sejam atingidos os objetivos de produção estabelecidos pela fábrica da Volkswagen em Palmela.

A nota refere ainda que a CT “manifestou de imediato o seu desagrado” pelo conteúdo das propostas apresentadas pela empresa, que “não acrescentam absolutamente nada e são claramente inaceitáveis”.

O comunicado da CT da Autoeuropa lembra ainda que as negociações com a administração prosseguem na próxima semana e adverte que aquele órgão representativo dos trabalhadores foi mandatado para discutir com a administração da empresa melhorias na compensação dos horários de laboração contínua, e não para reduzi-las.

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Aga Khan considera Portugal “um país de oportunidade”

  • Lusa
  • 10 Julho 2018

Para o líder ismaelita, Portugal é "um país de oportunidade", cuja visão pluralista se revelou ao longo da História e mais recentemente nos "fortes papéis" desempenhados nomeadamente na ONU.

O líder ismaelita, Aga Khan, considerou esta terça-feira Portugal “um país de oportunidade”, cuja visão pluralista se revelou ao longo da História e, mais recentemente, nos “fortes papéis” desempenhados na Organização das Nações Unidas (ONU), na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), na Comissão Europeia e na Organização Internacional para as Migrações (OIM).

“Esta visão pluralista tem vindo a ser refletida em muitos momentos, ao longo da História portuguesa, e tem sido expressada de uma forma poderosa, na recente emergência deste país no plano global, como influenciador”, disse o líder dos ismaelitas ao discursar o parlamento português.

Aga Khan citou, “apenas para mencionar alguns exemplos”, o que classificou como “fortes papéis desempenhados pela liderança portuguesa” nas Nações Unidas e na UNESCO, na Comissão Europeia e – desde a semana passada – na Organização Internacional para as Migrações.

Numa sessão no Salão Nobre, em que esteve ao lado do presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, Aga Khan definiu Portugal como “o local ideal” para concluir as celebrações do aniversário do jubileu de diamante, 60 anos como imã dos muçulmanos shia ismaili.

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Uber volta a investir na partilha de bicicletas com a Lime

  • Juliana Nogueira Santos
  • 10 Julho 2018

As bicicletas e trotinetas da Lime vão passar a estar disponíveis para alugar na aplicação da Uber. Por agora, só nos Estados Unidos, Alemanha e Suiça.

A Lime Bikes, empresa que disponibiliza um serviço de partilha de bicicletas, fechou uma ronda de financiamento de 335 milhões de dólares que contou com a participação de grandes empresas como a Uber e a Alphabet, a dona da Google. Mas para além do dinheiro, a Uber vai também oferecer uma parceria estratégica para que se tornem um só.

Sem desvendar o valor do investimento da empresa de Dara Khosrowshahi, a Lime anunciou que os seus veículos disponíveis vão passar a aparecer na plataforma de transporte mais popular do mundo. E podem mesmo ser alugados através da aplicação. Além da frota de bicicletas tradicionais e elétricas, a Lime disponibiliza ainda trotinetas elétricas aos seus clientes.

A Lime está presente em mais de 60 cidades e universidades nos Estados Unidos, mas também na Europa, podendo-se alugar bicicletas ou trotinetas em Berlim, Frankfurt e Zurique. Foi também em Berlim que a Uber decidiu lançar o seu serviço de bicicletas elétricas, após a aquisição da Jump. Junta agora ao seu portefólio a frota da Lime.

“Com o crescimento da popularidade das trotinetas, que se tornaram uma das formas favoritas de fazer pequenas distâncias, a parceria acrescenta mais valor à visão da Uber de se tornar a plataforma de transporte para todos, em todo o mundo”, pode ler-se no comunicado da Lime.

Depois desta ronda de financiamento, a empresa fundada em janeiro de 2017 está agora avaliada em 1,1 mil milhões de dólares.

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Mota-Engil entra na Nigéria em parceria com a Shoreline

  • Lusa
  • 10 Julho 2018

A Mota-Engil África e a Shoreline celebraram um acordo para a constituir uma parceria para operar na Nigéria. A Mota-Engil África vai deter 51% e a Shoreline 49%.

A Mota-Engil África e a Shoreline celebraram esta terça-feira um acordo para a constituição de uma parceria para operar na Nigéria, assinalando a entrada do grupo português naquele mercado.

No comunicado divulgado, a Mota-Engil adianta que a joint-venture terá a designação Mota-Engil Nigeria Limited e será detida em 51% pela Mota-Engil África e em 49% pela Shoreline, um conglomerado africano com base na Nigéria. O presidente da nova empresa será o emir de Kano.

“A Mota-Engil Nigéria terá como foco da sua atividade a execução de contratos de construção, ambicionando tornar-se um operador de referência neste setor, tendo por objetivo concorrer aos principais concursos de infraestruturas e construção a ocorrer nos próximos anos na Nigéria”, lê-se no comunicado.

Os acionistas da Mota-Engil Nigéria “perspetivam ainda diversificar investimentos e, assim, fortalecer e desenvolver as relações existentes com os seus parceiros e clientes, procurando potenciar as suas forças combinadas em outras áreas de negócio como a gestão e tratamento de resíduos, podendo assim alavancar o conhecimento e experiência e maximizar o potencial da empresa”, segundo a mesma fonte.

O acordo foi celebrado durante a Conferência EurAfrican, que decorreu no Centro de Congressos do Estoril.

Para o presidente executivo da Mota-Engil África, Manuel Mota, a celebração do acordo “é o culminar de vários meses de conversações entre as empresas para a concretização do que se pretende que seja um relacionamento frutífero para atuar num mercado com uma preponderância determinante no desenvolvimento do continente africano”.

Já Kola Karim, fundador e presidente executivo da Shoreline Group, citado em comunicado afirmou-se satisfeito com esta parceria e com o facto de “começar a trabalhar em novas oportunidades de negócio na Nigéria”.

“A Mota-Engil é um construtor e operador de infraestruturas e indústrias associadas de nível mundial. Por essa razão, estamos muito entusiasmados por trazer essa capacidade para o mercado nigeriano. A nossa ambição é a de desenvolver projetos de engenharia e construção de dimensão em todo o país”, disse.

Adicionalmente, acrescentou, “iremos procurar identificar e participar em projetos de concessões de acordo com as iniciativas público-privadas que venham a ser lançadas”.

A Mota-Engil está presente em 28 países e apresenta-se como uma das 30 maiores construtoras europeias

Em África, o grupo está presente em 14 países, contando com uma carteira de encomendas na região de mais de 2,5 mil milhões de euros, tendo, em 2017, atingido uma faturação de 860 milhões de euros.

A Shoreline Group tem investimentos na indústria de Oil & Gas [petróleo e gás], energia, engenharia e construção, telecomunicações e trading tendo investimentos noutros países africanos, como Angola, Uganda, Quénia, Gana e Libéria, assim como na Europa (França, Alemanha e Reino Unido) e na Ásia.

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Bruxelas pagou milhões às maiores consultoras para aconselhamento fiscal

A Comissão Europeia celebrou contratos milionários com as quatro maiores consultoras mundiais para aconselhamento fiscal. Isto apesar do seu envolvimento no casos de evasão fiscal.

A Comissão Europeia celebrou contratos milionários com as quatro maiores consultoras mundiais para aconselhamento em assuntos fiscais, nos últimos cinco anos, avança o Financial Times. Estas relações com a Deloitte, KPMG, EY e PwC fizeram disparar os alertas de conflitos de interesse, já que, segundo as investigações mais recentes relativas à evasão fiscal e ao branqueamento de capitais, estas empresas estiveram envolvidas nos contratos entre empresários e paraísos fiscais. Tal aconteceu nos mediáticos casos Luxemburgo Leaks, Panamá Papers e ParadisePapers.

Apesar das críticas, a Comissão Europeia defende a sua decisão: “Solicitamos regularmente análises a consultoras de todo o mundo. Estas são apenas quatro das milhares de empresas que já fizeram estudos a pedido nosso”.

Em 2014, foram atribuídos à PwC, à Deloitte e à EY cerca de sete milhões de euros por serviços de consultoria e por uma série de estudos comparativos relativos a assuntos fiscais. Em 2016, as quatro consultoras conhecidas com “big four” receberam quase oito milhões de euros de Bruxelas e, no início deste ano, a PwC, a Deloitte e a KPMG voltaram a receber fundos da Comissão Europeia para estudarem várias matérias “fiscais e aduaneiras”. Desta vez, foram entregues às consultoras 10,5 milhões de euros.

Os dados mostram que as consultoras que facilitaram a fuga a impostos “estão a ser pagas para produzir estudos que servem de base à legislação fiscal”, defende o Corporate Europe Observatory. “Recorrer ao conhecimento de especialistas que facilitam a evasão fiscal é um claro conflito de interesses”, determina o observatório.

Questionadas pelo jornal referido, só a EY decidiu prestar esclarecimentos. “Acreditamos que sistemas fiscais robustos, transparentes e consistentes são fundamentais para o funcionamento efetivo da economia global”, lê-se na nota.

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Altice põe fim ao conflito com trabalhadores. Há descontos nos tarifários, aumentos nos salários e mais dias de férias

A Altice Portugal e os sindicatos vão assinar esta quarta-feira o novo acordo coletivo de trabalho, que entrou em vigor já este mês. Deverá pôr fim a um conflito que dura há mais de um ano.

Com Alexandre Fonseca ao leme, a Altice Portugal poderá finalmente ter alcançado a tão esperada “paz social”.Paula Nunes/ECO

Os sindicatos do setor das telecomunicações e a Altice Portugal vão assinar esta quarta-feira um acordo coletivo de trabalho que é considerado “um entendimento inédito” pela empresa. Espera-se que o documento ponha fim a um braço de ferro que dura há mais de um ano e que chegou a motivar uma greve geral em meados do ano passado.

“Esta assinatura é o culminar de um processo de mais de dois meses de intensas negociações e que as partes acreditam servir a comunidade de trabalho da Altice Portugal em diversas vertentes”, escreve a dona da Meo num comunicado. O acordo será assinado por volta das 10h00 e entra em vigor já neste mês de julho.

O novo acordo coletivo de trabalho, que abrange milhares de trabalhadores do tempo da Portugal Telecom, prevê aumentos salariais entre 1% e 4%, e entre os 10 e os 25 euros, consoante o rendimento base do funcionário. Isto é, os aumentos “começam nos 4% para salários mais baixos”, revelou a empresa no final de junho.

Nessa altura, quando foi anunciado este entendimento, Jorge Félix, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Portugal Telecom (STPT), explicou que “os trabalhadores até 800 euros vão levar mais 25 euros por mês para casa, valor que é de 20 euros para quem ganha entre 800 e 1.000 euros, de 15 euros para quem recebe 1.000 a 1.500 e de 10 euros para quem ganha até 3.000 euros”.

Esta revisão é considerada “ambiciosa e abrangente” pela Altice Portugal, pois “cobre um conjunto de diferentes matérias”. O acordo dá mais um dia de férias aos trabalhadores, “indexado à assiduidade” e reforça a “proteção da parentalidade, da conciliação entre a vida pessoal e profissional e de medidas de responsabilidade social”.

Também cria “condições mais atrativas em determinados regimes de trabalho caracterizados por penosidade acrescida”, dá “melhores condições de acesso à reforma e revê os “benefícios de comunicações concedidos” aos funcionários da dona da Meo.

A revisão do ACT [acordo coletivo de trabalho], ambiciosa e abrangente, cobre um conjunto de diferentes matérias e vai ter reflexo já a partir deste mês de julho.

Altice Portugal

O conflito entre os trabalhadores e a Altice Portugal começou ainda no tempo em que Paulo Neves era presidente executivo da companhia. Na altura, centenas de funcionários foram transferidos para o chamado “quadro de mobilidade”, ficando empregados mas sem funções, à espera de um acordo de rescisão contratual amigável. A empresa chegou mesmo a ser acusada de assédio moral pelos sindicatos.

Depois, com Cláudia Goya na liderança, foram promovidas reuniões entre sindicatos e administração da companhia. Mas o facto de alguns trabalhadores estarem a ser transferidos para empresas parceiras ou subsidiárias da Altice, bem como o relatório da Autoridade para as Condições do Trabalho que detetou 150 infrações na companhia, acabou por deitar as negociações por terra. Os sindicatos acabaram em greve geral a 21 de julho de 2017, com os trabalhadores a desfilarem de Picoas até São Bento em protesto.

Este foi um dossiê que acabou por transitar para as mãos de Alexandre Fonseca, antigo administrador tecnológico da PT Portugal, que assumiu a liderança da dona da Meo em novembro do ano passado. O gestor, agora presidente, acabou por promover reuniões regulares com as estruturas representativas dos trabalhadores da companhia e criou um conselho consultivo para garantir a “paz social”.

Agora, ficando firmado o acordo de trabalho, a Altice Portugal vem reafirmar o “esforço pelo consenso e a importância que tem sido dada à política de proximidade interna e à estabilidade laboral, essencial para a prossecução do melhor caminho para a consolidação da liderança de mercado”. A assinatura do documento irá decorrer na sede da Altice Portugal.

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Mark Zuckerberg já é o terceiro mais rico do mundo. Superou Warren Buffett

  • ECO
  • 10 Julho 2018

O CEO do Facebook ultrapassou o lendário investidor Warren Buffett para ocupar o terceiro lugar da tabela da Bloomberg. O património de Zuckerberg está avaliado em cerca de 82 biliões de dólares.

O CEO da rede social Facebook já é considerado a terceira pessoa mais rica do mundo, de acordo com os cálculos da Bloomberg. Mark Zuckerberg registou, no final da semana passada, um património total de aproximadamente 82 mil milhões de dólares, valor que o colocou imediatamente à frente do investidor e CEO da Berkshire Hathaway, Warren Buffett. A vantagem do multimilionário de 34 anos é de mais de 300 milhões de dólares.

No Índice “Bloomberg Billionaires”, Zuckerberg é o terceiro nome que aparece na lista, ao que o próprio diz dever-se à subida de 2,4% das ações do Facebook. Este ano, as ações da rede social fundada em 2004 já subiram cerca de 15%.

Esta é a primeira vez que as três pessoas mais ricas do mundo trabalham todas no setor da tecnologia. Na tabela da Bloomberg, Jeff Bezos, da Amazon, ocupa o primeiro lugar do pódio, com uma fortuna avaliada em cerca de 144 mil milhões de dólares. Em segundo lugar está Bill Gates, co-fundador da Microsoft, com um património de 94,9 mil milhões.

Warren Buffett, que passa assim para o quarto lugar do ranking, está também a apostar na tecnologia, embora o seu negócio seja classificado na tabela como indústria diversificada. No primeiro trimestre deste ano, a Berkshire Hathaway comprou cerca de 75 milhões de ações da Apple, que se somam às 165 milhões de ações que já possuía.

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União Europeia tem mais 1,1 milhões de habitantes. Portugal perde 18 mil

Desde o ano passado, a população da UE aumentou em 1,1 milhões de pessoas, mas Portugal registou uma diminuição de 0,18%. A Alemanha passou a ser o Estado-membro mais populoso.

Desde o primeiro dia do ano passado até ao primeiro deste ano, a população da União Europeia (UE) aumentou para 512,6 milhões de pessoas, de acordo com as estimativas do Eurostat. Só no ano de 2017, essa tendência de crescimento manteve-se em 19 Estados-membros, mas Portugal ficou fora desse grupo, a registar uma diminuição da população de 1,8 por cada 1.000 habitantes.

A 1 de janeiro deste ano, estima-se que a população da UE tenha sido de 512,6 milhões de pessoas, comparativamente com as 511,5 milhões de 1 de janeiro de 2017, um aumento que, segundo o Instituto de Estatística da UE se deveu à migração. Relativamente aos Estados-membros, tendo em conta o primeiro dia do ano, a Alemanha é o mais populoso com 82,9 milhões de habitantes, à frente da França com 67,2 milhões e do Reino Unido com 66,2 milhões.

Por sua vez, Liechtenstein é o menos populoso, com 38,1 mil habitantes, seguido da Irlanda com 348,5 mil e de Malta com 475,7 mil residentes. A meio da tabela está Portugal, com uma população de cerca de 10,3 milhões de pessoas.

No entanto, se falarmos em variação populacional, os números mudam. Foram 19 os Estados-membros que viram os seus habitantes aumentarem, com apenas nove a registarem quedas. A nível da UE, a população aumentou em 1,1 milhões de pessoas, representando uma variação positiva de 2,1% durante 2017.

Destaque para Malta, onde se verificou um aumento de 32,9% de residentes, à frente do Luxemburgo (19%) e da Suécia (12,4%). Em contrapartida, as maiores diminuições verificaram-se na Lituânia (-13,8%), na Croácia (-11,8%) e na Letónia (-8,1%). Portugal manteve-se na tabela dos valores negativos, com uma queda populacional de 0,18% — de 10.309 milhões de pessoas o ano passado para 10.291 milhões este ano.

Irlanda com a maior taxa de natalidade

Durante o ano passado, a UE viu nascer 5,1 milhões de bebés, menos quase 90 mil do que no ano anterior. Isto representa uma taxa bruta de natalidade de 9,9 por cada 1.000 residentes. Os Estados-membros com as taxas mais elevadas foram a Irlanda (12,9 nascimentos por cada 1.000 residentes), na Suécia (11,5‰) e no Reino Unido e França (ambos com 11,4‰). Por sua vez, as taxas de natalidade mais baixas foram registadas em Itália (7,6‰), na Grécia (8,2‰) e em Portugal e Espanha (ambos com 8,4‰).

Em termos de mortalidade, morreram 5,3 milhões de pessoas na UE o ano passado, menos 134,2 mil do que no ano anterior, representando uma taxa bruta de mortalidade de 10,3 pessoas por cada 1.000 residentes. As taxas mais baixas foram registadas na Irlanda (6,3 pessoas por cada 1.000 habitantes), no Chipre (7‰) e no Luxemburgo (7,1‰). No extremo oposto, a Bulgária (15,5‰), a Letónia (14,8‰) e a Lituânia (14,2‰) registaram as mais elevadas. Portugal manteve-se com uma taxa de 10,6‰.

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Banca já deu mais de 3,5 mil milhões para a compra de casa este ano

Nos primeiros cinco meses de 2018, os portugueses foram buscar à banca 3.784 milhões de euros em crédito à habitação. Trata-se de um aumento de 23% face ao verificado no mesmo período de 2017.

A concessão de crédito para a compra de casa não para de crescer em Portugal. Nos primeiros cinco meses do ano, o valor disponibilizado pelos bancos com esse fim ultrapassou a fasquia dos 3,5 mil milhões de euros. Face ao mesmo período do ano passado, este montante corresponde a um aumento de 23% mostram dados do Banco de Portugal.

De acordo com dados disponibilizados, esta terça-feira, pela entidade liderada por Carlos Costa, os bancos concederam em maio 815 milhões de euros em empréstimos para a compra de casa. Este valor representa um aumento de face aos 783 milhões disponibilizados em abril, e eleva para 3.784 milhões de euros o total do crédito à habitação concedido nos primeiros cinco meses deste ano.

Crédito da casa nos primeiros cinco meses de cada ano

Fonte: Banco de Portugal

Este total corresponde a um crescimento de 23% face ao total de empréstimos com esse fim concedidos no mesmo período do ano passado, dando assim seguimento à corrida dos portugueses à banca em busca de financiamento para a compra de casa. Movimento que está a ser apoiado pela banca que mantém a tendência de redução dos spreads exigidos aos clientes.

O Montepio foi o último banco a cortar a margem mínima que exige para emprestar dinheiro para a aquisição de habitação. Foi na semana passada, altura em que reduziu o seu spread mínimo pela primeira vez em dois anos, passando-o dos 1,55% para os 1,5%.

Crédito ao consumo em máximos de 2006

As restantes finalidades de crédito às famílias também apresentaram um movimento de subida. Nos empréstimos para consumo, em maio foram dados 429 milhões de euros, o que corresponde ao montante mensal mais elevado alto desde junho de 2006, elevando para 1.922 milhões de euros o total da concessão com este fim no acumulado do ano. Ou seja, mais 16,5% do que nos cinco primeiros meses do ano passado.

Nos empréstimos com outros fins, em maio, foram disponibilizados 162 milhões de euros, acima dos 142 milhões verificados no mês anterior. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, esta finalidade ascende a 761 milhões de euros de crédito concedido.

De forma agregada, os bancos já deram às famílias 6.467 milhões de euros em crédito, este ano, o que corresponde a um aumento de 17% face ao verificado no ano passado.

Empresas também recebem mais dinheiro

No setor empresarial também se observou um aumento da disponibilização de empréstimos no mês de maio, tanto nas de maior dimensão como nas mais pequenas. As operações de financiamento até um milhão de euros ascenderam a 1.535 milhões de euros, acima dos 1.442 milhões de euros concedidos em abril. Já as operações acima de um milhão de euros totalizaram 1.039 milhões de euros, superando os 1.019 milhões de euros disponibilizados no mês anterior.

No total, em maio, os bancos concederam 2.574 milhões de euros às empresas, elevando para 12.507 milhões de euros a quantia emprestada nos primeiros cinco meses do ano. Face ao mesmo período do ano passado, este valor representa um aumento de 11,6%.

(Notícia atualizada às 11h51)

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Exportações portuguesas desaceleram. Importações estagnam

  • Marta Santos Silva
  • 10 Julho 2018

As exportações aumentaram mais do que as importações no mês de maio, tendo crescido 6,2% contra os 0,3% das importações. No entanto, ambas ficam bastante abaixo do crescimento de 2017.

As exportações e importações desaceleraram consideravelmente no mês de maio, de acordo com dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Enquanto as exportações ficaram num crescimento de 6,2%, comparativamente aos 17,7% homólogos registados em abril, as importações praticamente estagnaram com um crescimento de 0,3%, quando em abril tinha sido de 12,9%.

O défice da balança comercial diminuiu relativamente ao mesmo mês no ano anterior: em maio de 2018 fixou-se nos 1.122 milhões de euros, enquanto no ano anterior o valor era 284 milhões de euros superior.

As exportações cresceram principalmente devido a um aumento de 8,7% no comércio internacional dentro da União Europeia. As exportações portuguesas para foram da União Europeia viram, na verdade, uma redução de 1,1%. As importações também aumentaram menos pela mesma tendência — houve uma queda de 11,9% nas importações de países de fora da UE. A desaceleração em relação ao ano anterior também se deve, porém, ao facto de maio de 2018 ter menos um dia útil que maio de 2017.

Crescimento das exportações diminui em maio

Dados: INE. Em percentagem. Valores homólogos.

Já comparando a evolução registada neste mês de maio com o mês anterior, abril, “em maio de 2018 as exportações aumentaram 6,7%, sobretudo em resultado do comportamento do comércio Intra-UE. As importações cresceram 3,0%, reflexo do aumento verificado no comércio Intra-UE, dado que no comércio Extra-UE se registou uma redução”.

Importação de combustíveis e lubrificantes cai

Em maio de 2018, a importação na área dos combustíveis e lubrificantes caiu 15,5% relativamente ao mesmo período em 2017. As exportações nessa área, por sua vez, dispararam: Portugal exportou mais 32,3% de produtos na área dos combustíveis e lubrificantes em maio deste ano do que em maio do ano passado.

Outras categorias de produtos que afetam a balança comercial portuguesa com mais peso são a do material de transporte, onde Portugal exportou mais 18% — em parte, esta subida dever-se-á ao aumento da produção da fábrica da Volkswagen em Palmela, que implementou horários alargados para ter maior produção — e também a das Máquinas e outros bens de capital, onde Portugal importou mais 7,6% este mês do que em maio de 2017.

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Portuguesa GoParity ganha bolsa de 25 mil euros para promover inclusão financeira

Espanhola OpSeeker foi a grande vencedora da edição ibérica do Inclusion Plus. Em segundo lugar no pódio, ficou a portuguesa GoParity, que levou para casa 25 mil euros.

Já se conhecem as vencedoras da edição ibérica do Inclusion Plus. A espanhola OpSeeker foi considerada pelo júri a melhor startup a concurso e recebeu, por isso, o grande prémio de 40 mil euros. Em segundo lugar no pódio, ficou a portuguesa GoParity, que levou assim para casa uma bolsa de 25 mil euros. O objetivo desta competição era encontrar soluções inovadoras para aumentar o bem-estar financeiro das famílias com baixos rendimentos e promover a inclusão financeira em geral.

GoParity venceu uma bolsa de 25 mil euros.

“O programa foi muito bom, porque nos obrigou a atualizar-nos, a pensar na nossa estratégia e — a cereja no topo do bolo — tem um prémio monetário, o que não é comum em concursos para startups“, sublinha o cofundador da empresa lusitana Nuno Brito Jorge, em declarações ao ECO. A GoParity trabalha com pequenos investidores e startups no sentido de promover o “investimento sustentável, a poupança e a educação financeira”. Já a grande vencedora, a OpSeeker, oferece um coach financeiro, baseado em tecnologia de Inteligência Artificial, que ajuda os jovens com baixos rendimentos a melhorar as suas práticas de gestão do dinheiro.

Segundo o empreendedor português, a bolsa de 25 mil euros servirá para reforçar a equipa informática da GoParity, bem como apostar na vertente de comunicação da empresa. “Estamos agora num momento chave da nossa existência e temos o desafio de escalar. Este dinheiro vai ser dedicado a potenciar a comunicação e a algum desenvolvimento informático“, salienta Brito Jorge.

Depois de ter ficado em segundo lugar na edição ibérica do Inclusion Plus, a GoParity vai agora à final mundial do concurso, em Nova Iorque, que está marcada para outubro. “Vai ser dificílimo”, reconhece o responsável pela empresa. Ainda assim, Nuno Brito Jorge diz que a GoParity tem a vantagem de “realmente ter impacto” com os seus projetos.

Além da startup de Nuno Brito Jorge, também a portuguesa Raize ganhou quatro mil euros, neste concurso, por ter chegado à fase final.

O Inclusion Plus é apoiado pela norte-americana MetLife, uma das maiores fornecedoras de seguros de vida, pensões e gestão de ativos do mundo.

“A inclusão financeira é a chave para impulsionar a prosperidade de um país. Deste modo, torna-se prioritário promover a concorrência, favorecendo a inovação e expandindo o acesso aos serviços financeiros para todos. Este é precisamente um dos nossos compromissos que materializamos através de iniciativas como o Inclusion Plus”, nota, em comunicado, o Diretor Geral da MetLife Ibérica. De acordo com Oscar Herencia, todos o projetos selecionados para esta última etapa do concurso vão “contribuir para uma mudança de paradigma no setor financeiro ibérico”.

Além da Península Ibérica, o Inclusion Plus também já foi experimentado nos Estados Unidos, na Austrália, no Egito, na Coreia do Sul, na Índia, no México, na China, na Irlanda, no Líbano e até em Bangladesh.

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