Marcelo promulga lei que aperta regras de nomeações governamentais e destaca “significado ético”

  • Lusa
  • 9 Agosto 2019

O Presidente da República promulgou aquela que é conhecida como a "lei dos primos”, tendo salientado o “significado ético e cívico do passo dado”.

A lei que aperta as regras de nomeações governamentais, conhecida por “lei dos primos”, foi hoje promulgada pelo Presidente da República, que salientou o “significado ético e cívico do passo dado”.

“Apesar do seu caráter circunscrito, atendendo ao significado ético e cívico do passo dado, que corresponde, aliás também, a iniciativa do Presidente da República, este promulgou o decreto que estabelece regras transversais às nomeações para os gabinetes de apoio aos titulares de cargos políticos, dirigentes da administração pública e gestores públicos”, lê-se numa nota divulgada no ‘site’ da Presidência da República.

O diploma, apresentado pelo PS, foi aprovado no parlamento em 19 de julho e mereceu os votos favoráveis dos socialistas, do BE, do PAN e do deputado não inscrito Paulo Trigo Pereira. O PSD votou contra, enquanto as bancadas do CDS-PP, do PCP e do PEV abstiveram-se.

A nova lei restringe as nomeações até parentes em 4.º grau na linha colateral e foi anunciado depois de, em abril, terem sido noticiadas nomeações de familiares para cargos públicos e no Estado, durante a vigência do atual executivo, mas também de outros governos.

Foi o caso do secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, que pediu a demissão, em abril, depois de ter sido tornado público de que nomeara o próprio primo, Armindo Alves, para adjunto no seu gabinete.

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Moody’s mantém rating de Portugal, mas melhora a perspetiva

Portugal passa agora a ter uma perspetiva positiva em todas as agências de notação financeira. A trajetória sustentada de descida da dívida explica a decisão da Moody's.

A Moody’s decidiu esta sexta-feira manter o rating de Portugal, no entanto melhorou o outlook de estável para positivo. A notação fica assim em ‘Baa3’, ou seja um nível acima de lixo. A descida sustentável da dívida portuguesa está na origem da decisão. Portugal passa agora a ter uma perspetiva positiva em todas as agências rating.

A queda contínua no peso da dívida pública a um ritmo mais rápido do que o esperado, com quedas efetivas adicionais prováveis nos próximos três a quatro anos“, é uma das razões apontadas pela Moody’s para melhorar a perspetiva do rating. A Moody’s antecipa que o rácio da dívida face ao PIB cai para 108% em 2022, quando na última avaliação antecipava uma dívida de 114% nessa data. Mário Centeno reiterou, em entrevista à Lusa, que até ao final do ano, Portugal vai pagar mais dois mil milhões de euros aos credores europeus, tal como antecipou ao ECO o secretário de Estado adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, em julho.

Por outro lado, a agência justifica a sua decisão com as “perspetivas de melhorias adicionais sustentadas na saúde do setor bancário português”. “Enquanto algumas instituições continuam a ter um impacto nas contas públicas”, diz a agência em comunicado, numa referência ao Novo Banco, “o sistema como um todo está a tornar-se mais robusto”, aumentando a sua capacidade de absorção de perdas. E o crédito malparado, “ainda que elevado, continua a descer”, frisa a Moody’s.

A agência optou por não subir o rating de Portugal porque, apesar das melhorias, o peso da dívida continua a ser um dos maiores “no universo da Moody’s”. “A notação ‘Baa3’ reflete, em primeiro lugar e acima de tudo, o peso da dívida que é um dos mais elevados no universo de rating da Moody’s e continuará a ser um constrangimento para o rating nos próximos anos apesar da sua descida progressiva”.

O peso da dívida continuará a ser um constrangimento para o rating nos próximos anos apesar da sua descida progressiva.

Comunicado da Moody's

Esta notação também “equilibra a riqueza e diversificação da economia” portuguesa com as “modestas perspetivas de crescimento” e “os constrangimentos económicos estruturais”.

A Moody’s elogia ainda o facto de “o Governo ter, até certo ponto, resistido com sucesso às pressões constantes de despesa apesar das eleições que se aproximam”. Uma postura que leva a agência a acreditar no cumprimento da meta de 0,2% de défice orçamental para 2019, definida pelo Executivo. Em termos futuros, a agência acredita que “o Governo será capaz de resistir à maior parte destas pressões [para aumentar a despesa pública] para manter um défice orçamental muito pequeno, que é inferior a 1% nos próximos anos”.

“O Governo vai enfrentar, nos próximos anos, pressões políticas significativas para aumentar a despesa, em particular na saúde e nos salários da Função Pública e, portanto, o nível de descida do peso da dívida que poderá ser ser alcançado, apesar destas pressões, continuará a ser importante nas avaliações do rating“, diz a Moody’s no seu comunicado.

Para a Moody’s continuar a prosseguir uma política de contas públicas sustentadas é fundamental para uma eventual subida de rating. No entanto, “um crescimento económico mais fraco do que o esperado, um forte aumento nos juros, incluindo na sequência de um choque de confiança negativo, ou a necessidade de um reforço de capital inesperado ao setor bancário, que exija medidas orçamentais adicionais para alcançar uma redução consistente do peso da dívida, que caso não se verifique será negativo para o rating“, explica a agência de notação financeira.

Mas há mais riscos. “Uma reversão das reformas anteriores, nomeadamente ao nível das pensões e mercado laboral — também colocaria uma pressão negativa sobre o rating de Portugal”, alerta a Moody’s.

Uma reversão das reformas anteriores, nomeadamente ao nível das pensões e mercado laboral — também colocaria uma pressão negativa sobre o rating de Portugal.

Comunicado da Moody's

Desde 12 de outubro de 2018 que a Moody’s tem uma nota de ‘Baa3‘ para a dívida soberana de Portugal, com uma perspetiva estável, tendo sido a última agência de notação financeira a retirar Portugal de um grau de especulação ou ‘lixo’, quando já a Standard & Poor’s (S&P), a Fitch e a DBRS tinham colocado o país no patamar de investimento — a primeira apenas no primeiro nível de investimento tal como a Moody’s, as outras duas, dois níveis acima de ‘lixo’. A 15 de fevereiro, a Moody’s não se pronunciou sobre o rating atribuído a Portugal.

A decisão desta sexta-feira vai ajudar a que os mercados não penalizem Portugal em termos de juros, que estão em níveis historicamente baixos. Em reação à decisão da Moody’s, o Ministério das Finanças emitiu um comunicado sublinhando que “a dívida pública portuguesa beneficia hoje da classificação de investimento pelas quatro principais agências de rating internacionais. A taxa de juro das obrigações da República Portuguesa a dez anos está abaixo de 0.3%, um valor sem paralelo histórico e o diferencial face a Espanha tem vindo a reduzir-se ao longo de 2019, estando hoje as taxas de juro da dívida pública portuguesa praticamente em linha com as taxas de juro da dívida espanhola”.

(Notícia atualizada)

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Farfetch tomba 45% no fim de uma semana volátil em Wall Street

Os índices norte-americanos encerraram no vermelho após uma semana muito volátil à boleia dos humores da guerra comercial. A última sessão da semana fica marcada pelo tombo das ações da Farfetch.

As ações norte-americanas encerraram com tendência negativa, após uma semana volátil em Wall Street marcada pelos humores em torno da guerra comercial entre os EUA e a China. Donald Trump voltou a colocar “fermento” nas tensões entre os dois países ao dizer que os EUA “não estão preparados” para assinar um acordo comercial com a China. Pelas piores razões, destaque para a Farfetch que viu as suas ações tombarem perto de 45% após um forte agravamento dos seus prejuízos.

O S&P 500 recuou 0,66%, para os 2.918,79 pontos, enquanto o Dow Jones e o Nasdaq desvalorizaram 0,34% e 1%, respetivamente, para os 26.287,51 e 7.959,14 pontos.

“Não estamos preparados para assinar um acordo”, afirmou esta sexta-feira o Presidente norte-americano na Casa Branca, em Washington, antes de partir para um período de férias no seu clube de golfe em Bedminster, em New Jersey, formalizando desta forma o impasse que tem marcado as negociações para acabar com a guerra comercial entre Washington e Pequim.

“Denunciamo-los por manipulação (da moeda). Veremos se vamos manter o nosso encontro para setembro. Se o fizermos, é bom, se não o fizermos, é bom também”, referiu. O governante acrescentou que os Estados Unidos “têm todas as cartas” nas negociações comerciais.

Essas declarações não passaram ao lado dos investidores, mas ainda assim não fizeram danos substanciais nos índices bolsistas norte-americanos.

“A atuação do mercado hoje e ontem apenas mostra que os investidores se sentem indecisos sobre onde tudo isto vai levar“, afirmou Rick Meckler, sócio da Cherry Lane Investments, citado pela Reuters.

Ainda assim a última sessão da semana foi marcada pelo recuo dos títulos das fabricantes de chips e de outras empresas tecnológicas sensíveis às tarifas comerciais.

A Uber Technologies foi um dos principais destaque negativos da sessão. A empresa de transporte privado de passageiros derrapou perto de 7% em bolsa, depois de ter multiplicado por seis os seus prejuízos no segundo trimestre do ano. Estes ascenderam a 5,24 mil milhões de dólares, em grande medida devido aos custos do IPO que decorreu no início do ano.

Mas o destaque das perdas coube à Farfetch. As ações tombaram 44,5%, depois de a empresa de comércio online de artigos de luxo também ter multiplicado por cinco vezes os registados há um ano, para 89,6 milhões de dólares.

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António Costa convoca gabinete de crise para este sábado às 10h00

O primeiro-ministro António Costa convocou o gabinete de crise para discutir a greve dos camionistas. A reunião foi marcada para as 10h00 deste sábado, avança a RTP3.

O primeiro-ministro, António Costa, convocou o gabinete de crise para discutir a greve dos camionistas que arranca na próxima segunda-feira, 12 de agosto. A reunião foi marcada para as 10h00 deste sábado, noticia a RTP3.

Para o encontro que decorrerá no Palácio de São Bento, António Costa chamou os ministros que estão envolvidos neste processo. Nomeadamente, o ministro do Trabalho Vieira da Silva, o ministro do Ambiente, José Matos Fernandes, mas também Augusto Santos Silva, ministros dos Negócios Estrangeiros, Eduardo cabrita, ministro da Administração Interna e ainda João Gomes Cravinho, ministro da Defesa. Na reunião vai estar ainda o secretário de Estado das infraestruturas, revela o canal público de televisão.

A convocação desta reunião surge no mesmo dia em que o Governo declarou crise energética a partir desta sexta-feira, à meia-noite. Este gabinete de crise irá acompanhar os desenvolvimentos em torno da greve dos camionistas que já está a colocar em causa o abastecimento de muitos postos de combustível.

“Esta reunião extraordinária, em São Bento, destina-se a coordenar os trabalhos do Governo para fazer face aos efeitos da greve dos motoristas que está prevista iniciar a partir das 00:00 de segunda-feira”, adiantou uma fonte do gabinete do primeiro-ministro em declarações citadas pela Lusa.

“Haverá declarações no final da reunião pelo primeiro-ministro”, adiantou a mesma fonte do gabinete de António Costa.

Para este sábado está também agendado um plenário dos sindicatos representantes dos motoristas. Nomeadamente, do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e do Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), que decorre a partir das 16h00, em Aveiras de Cima.

(Notícia atualizada às 19h28)

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A Liga de futebol está de volta. Sabe quanto vale o plantel dos três grandes?

Arranca esta sexta-feira a edição 19/20 da Liga de futebol. Benfica defende o título de campeão, FC Porto e Sporting prometem concorrência apertada. Conheça os plantéis dos três grandes.

A bola volta a rolar nos relvados portugueses. Portimonense e Belenenses dão o pontapé de saída da Liga NOS 19/20 às 20H30 desta sexta-feira. Sábado, o Benfica defronta o Paços de Ferreira na Luz e o FC Porto joga em casa do recém-promovido Gil Vicente, em Barcelos. O Sporting desloca-se, no domingo, ao Funchal para visitar o Marítimo

O mercado de transferências

À partida para a nova época, o FC Porto é a equipa com mais mudanças no plantel depois da saída de alguns jogadores titulares no núcleo base de Sérgio Conceição. Os dragões foram ao mercado e deixaram quase 30 milhões de euros na América do Sul para trazer Uribe, Marchesín, Díaz e Saravia para o Porto. A estes juntam-se Nakajima, Zé Luís e Marcano, este último de regresso ao Dragão, num investimento conjunto a rondar os 23 milhões de euros, segundo os dados do Transfermarkt.

Já o SL Benfica, que vai defender o título de campeão conquistado na época passada, tem o plantel com menos mudanças dos três grandes. Depois da transferência milionária de João Félix para o Atlético de Madrid por 120 milhões de euros e da “reforma” de Jonas, chegaram à Luz Raúl de Tomás (20 milhões de euros) e Carlos Vinícius (17 milhões de euros). Estas foram as duas contratações mais caras dos encarnados até agora.

No Sporting, a grande incógnita continua a ser a permanência (ou não) de Bruno Fernandes. O capitão dos leões, eleito melhor jogador da Liga nas últimas duas edições, há muito que é cobiçado por alguns “tubarões” europeus, nomeadamente Manchester United e Tottenham, mas a transferência para o mercado inglês, que fechou esta quinta-feira, não chegou a avançar.

Até ao momento não entrou em Alvalade nenhuma proposta capaz de cobrir os 70 milhões de euros pedidos pela direção do clube e depois do fecho do mercado em Inglaterra, a hipótese de Bruno Fernandes ficar em Alvalade vai ganhando força. À margem deste impasse, o treinador Marcel Keizer viu a equipa ser reforçada para nova época: Luciano Vietto (7,5 milhões), Rafael Camacho (5 milhões) e Rosier (8 milhões) são as contratações mais caras até ao momento, de acordo com o Transfermarkt.

Quanto vale o plantel dos três grandes?

Apesar do início da Liga, os plantéis de Benfica, FC Porto e Sporting ainda podem sofrer algumas mudanças com a entrada e saída de jogadores, pois o mercado de transferências no futebol europeu, com exceção da Premier League inglesa, só encerra a 31 de agosto.

Com um plantel de 30 jogadores, é expectável que o Sporting ainda venha a vender ou emprestar alguns jogadores. Nos dois rivais, isso também deverá acontecer.

Segundo os dados do Transfermarkt, o “campeonato” do plantel mais valioso é liderado pelo Benfica, seguido de FC Porto e Sporting, apesar de dragões e leões terem os jogadores com maior valor de mercado da Liga portuguesa. Descubra quem é o jogador mais valioso e quanto valem as equipas titulares prováveis dos três grandes (até à data) no vídeo abaixo.

https://videos.sapo.pt/0YWAMLJGjy6N8FPyjBDL

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Trump acusa Reserva Federal de ter “algemada” a economia norte-americana

Donald Trump voltou a não poupar críticas à gestão de Jerome Powell e pediu um corte de um ponto percentual na taxa de juro de referência, porque o dólar forte está a prejudicar a indústria.

O Presidente dos Estados Unidos voltou a atacar a gestão da Reserva Federal, acusando os responsáveis de “algemarem” a economia norte-americana, e pediu um novo corte da taxa de juro diretora pelo banco central norte-americano, mas de um ponto percentual, quatro vezes mais que o corte decidido na semana passada e que foi o primeiro desde dezembro de 2008.

De acordo com a Reuters, Donald Trump disse aos jornalistas na Casa Branca que o dólar forte está a prejudicar a indústria norte-americana e que a Reserva Federal tem de voltar a baixar a taxa de juro, que estabelece um valor de referência para o custo do dinheiro nos Estados Unidos.

As palavras do Presidente dos EUA surgem já depois do anúncio na semana passada pela Reserva Federal de um corte nas taxas de juro, o primeiro desde dezembro de 2008, poucos meses após a queda do Lehman Brothers e o do resgate da AIG.

Donald Trump foi mais longe e pediu mesmo que o corte na taxa de juro fosse de um ponto percentual. O corte decidido na semana passada foi de apenas um quarto.

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São as dez casas de luxo mais vistas do ano… mas continuam à venda

As casas de luxo continuam na lista de desejos de muitos portugueses, embora não sejam acessíveis a todos os bolsos. Saiba quais foram as dez mais visitadas este ano.

Mansões de luxo, herdades ou palacetes a custarem mais de um milhão de euros. As casas de luxo, principalmente em Lisboa e no Algarve, conquistam cada vez mais portugueses, e a maior parte das vezes a intenção nem sequer é comprar. Prova disso é que o dez imóveis de luxo mais visitados no Idealista este ano continuam à procura de um novo dono.

Apartamento na Lapa à venda por 4,17 milhões de euros

É na Lapa, em Lisboa, que está um apartamento de luxo “pronto a estrear”. Inserido num condomínio privado, o apartamento dispõe de cinco suítes, sendo que a master suíte tem um walking closet e uma pequena sala. Há ainda uma piscina aquecida, com jetstream, jacuzzi, sauna, lavandaria, adega, elevador privado e seis lugares de estacionamento. “Este belíssimo apartamento foi cuidadosamente restaurado, os tetos altos e trabalhados trazem uma imponência única”, lê-se no anúncio. O imóvel está à venda por 4,17 milhões de euros.

Apartamento de luxo na Lapa, Lisboa, à venda por 4,17 milhões de euros.Idealista

Palácio em Sintra à venda por oito milhões de euros

Inserido na mágica vila de Sintra, há um palácio com três andares, dez quartos, 12 casas de banho, elevador e garagem para oito carros. A quinta, mandada construir no século XIX por Marquês de Saldanha, tem uma área de 2.283 metros quadrados, sendo que 764 metros quadrados dizem respeito a área útil, refere o anúncio.

Ao todo são dois edifícios, um deles composto por quatro quartos — sendo uma master suíte — e no rés-do-chão há um salão com lareira que faz ligação ao salão de jantar, cozinha, garagem e terraço. O segundo edifício é composto por dois apartamentos T3, independentes, cada um com seis quartos suítes, duas casas de banho sociais e respetivas salas e cozinhas. O preço? Oito milhões de euros.

Palácio em Sintra à venda por oito milhões de euros.Idealista

Moradia na praia da Oura à venda por 12,5 milhões de euros

No Algarve, em Albufeira, há em frente à praia uma moradia “com uma arquitetura contemporânea onde tudo foi pensado ao pormenor”. São 825 metros quadrados de luxo, nos quais se inserem uma piscina de água salgada aquecida, um jacuzzi, uma lareira a gás no jardim e uma zona de barbecue. Destaque ainda para uma área de lounge com cerca de 100 metros quadrados, que conta com uma cozinha totalmente equipada.

No interior existe um escritório e uma cozinha de estilo americano, oito quartos em suíte — todos com vista de mar, ginásio, sauna e banho turco — e ainda um apartamento independente, lê-se no anúncio. O imóvel está à venda por 12,5 milhões de euros.

Moradia de luxo em Albufeira à venda por 12,5 milhões de euros.Idealista

Duplex em Cascais à venda por 3,5 milhões de euros

Inserido no condomínio Santa Mónica, em Cascais, está um apartamento T4 duplex, mesmo no alto de uma colina. São 435 metros quadrados equipados com piscina, ginásio, banho turco, sauna, salão de festas e segurança durante 24 horas. No hall de entrada do apartamento, que tem ainda uma varanda com 160 metros quadrados, há uma sala, uma piscina e jardim, casa de jantar, master suíte com varanda, das casas de banho, quarto de vestir, lavabo social, cozinha com lavandaria e casa de banho de empregada.

No piso superior há uma sala, um quarto, uma casa de banho, um escritório e um terraço com jacuzzi, viveiro para aves, churrasqueira e uma sala de massagens. O imóvel tem ainda uma garrafeira, quatro arrecadações e seis lugares de estacionamento, diz o anúncio. Isto por 3,5 milhões de euros.

Duplex à venda em Cascais por 3,5 milhões de euros.Idealista

Moradia em Carnide à venda por 7,5 milhões de euros

Em Carnide há um palacete com três pisos, inserido numa área de 19.000 metros quadrados, que pertenceu a D. João V. “Completamente reabilitado em 2010, mantém a magia e a traça original, assim como os azulejos do século XVIII”, lê-se no anúncio. Nos dois pisos do palacete existem cinco casas de banho, uma sala de estar/cinema com lareira, um alpendre, três quartos, duas suítes, uma capela, duas salas de estar, uma sala de música e outra de refeições e uma cozinha com despensa.

Nas águas furtadas existe um suíte com closet, um escritório, um suíte com roupeiros, um terraço comum e uma lavandaria. No edifício anexo há uma casa dos caseiros, uma cozinha de apoio ao jardim, um pátio interior, uma sala de jogos, um posto de segurança e uma garagem para três carros. No exterior há um jardim, uma piscina, dois lagos, uma sala de apoio para festas com cozinha equipada e casa de banho e um ginásio. O imóvel está à venda por 7,5 milhões de euros.

Moradia em Carnide à venda por 7,5 milhões de euros.Idealista

Herdade em Castro Verde à venda por 2,25 milhões de euros

É no Baixo Alentejo que está esta herdade com 170 hectares, dos quais 1.339 metros quadrados estão construídos. Inserida no terreno há uma casa rústica com sete quartos/suítes e dez casas de banho, “todos com acesso direto ao pátio”, diz o anúncio. “A propriedade tem três furos, uma piscina, uma barragem uma pista aeronáutica e respetivo hangar”, dispõe ainda de armazéns agrícolas e casa dos caseiros e vastas áreas de pasto. O novo dono terá de desembolsar 2,25 milhões de euros.

Herdade em Castro Verde com 170 hectares à venda por 2,25 milhões de euros.Idealista

Penthouse em Algés à venda por 3,8 milhões de euros

Fora do centro de Lisboa, com vista para o Tejo, está esta penthouse com 187,16 metros quadrados. O imóvel é composto por quatro suítes, cinco casas de banho, sala de estar, sala de jantar, cozinha, terraço com jacuzzi e varanda. Incluído no pacote vêm ainda quatro lugares de garagem em box e uma arrecadação. O empreendimento dispõe ainda de jardim, piscina e zona para festas e está à venda por 3,8 milhões de euros.

Penthouse em Algés à venda por 3,8 milhões de euros.Idealista

Moradia no Funchal à venda por 1,98 milhões de euros

No meio do Atlântico, no Funchal, está uma moradia com dois andares e com uma piscina infinita. Inserida numa zona predominantemente residencial, de moradias unifamiliares, o imóvel tem cinco quartos e seis casas de banho, um escritório, uma sala de estar com vista para o mar e acesso ao terraço com uma piscina infinita e uma divisão de multimédia. Está à venda por 1,98 milhões de euros.

Moradia no Funchal à venda por 1,98 milhões de euros.Idealista

Moradia com acesso direito à praia em Almancil à venda por oito milhões de euros

Em Almancil, perto de Vilamoura, há uma moradia com acesso direito à praia. Com cinco quartos à beira-mar, a entrada principal fica no piso superior e conduz à suíte master com uma área de terraço. As áreas da cozinha, refeitório e sala de estar, também no piso superior, permitem uma vista para o oceano e acesso entre o exterior e interior para a área de piscina infinita virada a sul, junta a dois jardins paisagísticos.

No rés-do-chão do imóvel há três quartos ladeados por áreas de pátio, enquanto na cave existem dois níveis que permitem uma sala de cinema/lounge, uma adega e o acesso ao quinto quarto adjacente ao spa. A propriedade, que está à venda por oito milhões de euros, oferece ainda uma subscrição de Golf Membership e outra de Wellness Membership, ambas válidas por cinco anos e para duas pessoas, diz o anúncio.

Moradia com acesso direto à praia em Almancil à venda por oito milhões de euros.Idealista

Moradia em Caxias à venda por quatro milhões de euros

A apenas dez minutos de Lisboa, no Alto do Lagoal, em Oeiras, está à venda uma moradia com vista sobre o oceano. O imóvel conta com dois quartos e duas suítes, cada uma com uma casa de banho privativa em mármore, uma delas com banheira de hidromassagem. “Ambas as suítes apresentam ainda closets e terraços panorâmico com uma vista deslumbrante”, refere o anúncio.

Soma-se ainda uma garagem para seis carros, lavandaria, quarto da governanta com casa de banho e roupeiro, estúdio, ginásio, adega, várias arrecadações e sala de máquinas, além da sauna e da casa de banho exterior que dá apoio ao campo de ténis. Isto tudo por quatro milhões de euros.

Moradia em Caxias à venda por quatro milhões de euros.Freepik

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Estas são as cinco perguntas a que deve saber responder numa entrevista de emprego

"Preparar respostas claras e organizadas às perguntas mais comuns numa entrevista de emprego irá dar-lhe vantagens", diz a Robert Walters. Saiba como quais as melhores respostas que pode dar.

Quem nunca pensou nas perguntas que poderiam surgir numa entrevista de emprego, simulando um diálogo com o entrevistador? Se nunca o fez, a empresa de recrutamento Robert Walters aconselha-o a preparar algumas perguntas. Há questões menos óbvias, mas também há algumas que quase sempre surgem durante a conversa com o recrutador. Pelo menos a estas — que podem, mais facilmente, ser antecipadas — deve saber como responder (bem).

De acordo com a consultora, “preparar respostas claras e organizadas às perguntas mais comuns numa entrevista de emprego irá dar-lhe vantagens [sobre os outros candidatos]”. Mas, atenção, “não exagere ou minta, só tem a perder com isso“, alerta François-Pierre Puech, senior manager da Robert Walters Portugal, citado em comunicado.

Conheça as cinco perguntas mais comuns ao longo de um processo de recrutamento, bem como as dicas sobre como preparar as melhores respostas:

1. Pode contar-me mais sobre si?

Normalmente começam assim: “A maioria dos entrevistadores começa por pedir [ao candidato] para falar sobre quem é, o seu percurso académico e laboral”, diz a Robert Walters. “No fundo, estão a perguntar como seria trabalhar consigo e que diferença poderia fazer na empresa“. Trata-se de uma questão aberta e, “como as primeiras impressões são fundamentais, é uma das mais importantes”, destaca a consultora de recrutamento.

Por isso mesmo, o conselho é: “Aproveite para falar das suas qualidades, competências e experiência”, mas não entre em muitos detalhes. “Deverá conseguir resumir o seu histórico de carreira num máximo de cinco minutos, sublinhando os aspetos mais importantes e que melhor se relacionem com o posto [de trabalho]” para o qual está a concorrer, aconselha a Robert Walters.

2. Porque é que quer trabalhar connosco?

Esta é a oportunidade ideal para mostrar que fez o seu trabalho de casa. “O entrevistador vai gostar de ouvir uma resposta que indica que o candidato pensou acerca disto. Vá além do óbvio”, sugere a consultora, acrescentando que, perante esta questão, o candidato deve saber os valores, a missão, os planos e os produtos da empresa.

“Pode apontar, por exemplo, um novo produto, iniciativa ou projeto de equipa apresentado nas redes sociais ou nas notícias que lhe tenha chamado a atenção. O essencial é usar essa informação para descrever como os seus objetivos, valores e ambições pessoais correspondem e estão alinhados com os da empresa“, explica.

3. Quais são os seus pontos fortes e fracos?

Preparar esta pergunta antes da entrevista é uma boa forma de evitar alguns momentos de hesitação no momento. A dica da Robert Walters é escolher os três atributos que considere mais apropriados e necessários para a posição à qual se está a candidatar. Mas, mais do que nomeá-los, “dê exemplos de como é que os usou positivamente numa situação de trabalho”. Lembre-se, também, que pode falar em capacidades tangíveis, como a proficiência numa linguagem de computador, ou capacidades intangíveis, como boa gestão de pessoas.

Por outro lado, quando lhe pedirem para mencionar os aspetos que tem de melhorar, “o melhor caminho é escolher alguma coisa que já tenha começado a tentar melhorar, com exemplos dessa mesma tentativa”, diz a consultora. “Por exemplo, se as suas capacidades informáticas não estão no nível que deveriam, declare-o como um ponto fraco, mas conte ao entrevistador sobre os cursos de informática que já frequentou ou o tempo gasto fora do horário de trabalho para melhorar estes aspetos“, explica.

4. Onde é que se vê daqui a cinco anos?

Esta é outra das perguntas que pode deixar os candidatos sem saber o que responder. O conselho da consultora é, por isso, pensar de forma realista. “Pense onde é que este trabalho o pode levar e como é que isso se liga com os seus planos de carreira”, diz a empresa de recrutamento, acrescentando que o ideal é falar sobre o tipo de trabalho que gostaria de estar a fazer nesse prazo, conciliando-o com a posição e a empresa para a qual está a concorrer.

5. Quais são as suas expectativas de remuneração?

Normalmente, quase no final da entrevista chega a pergunta referente ao salário. “Expectativas de remuneração” ou “expectativas salariais”, assim costuma chegar a questão, à qual os candidatos devem evitar “sugerir um número específico por impulso”.

De acordo com a consultora, o entrevistador irá, certamente, “entender que não queira discutir esse assunto enquanto não receber uma oferta concreta”. “Se lhe indicarem uma base salarial na descrição da oferta, pode usá-la como referência e dizer que a sua expectativa está dentro do proposto”, sugere.

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É oficial. O Minho vai ter um jardim zoológico

Será o primeiro jardim zoológico da região do Minho. Vai abrir as portas a mais de 100 espécies de animais e deverá ficar concluído no verão do próximo ano.

É oficial. O Minho vai ter o primeiro jardim zoológico da região. Será um espaço com quatro mil metros quadrados e vai estar localizado em Dornelas, no concelho de Amares, confirmou ao ECO esta sexta-feira, o vereador do ambiente da Câmara Municipal de Amares, Vítor Ribeiro.

“O projeto é para avançar e prevemos que no verão do próximo ano estejamos a receber os primeiros visitantes“, refere Vítor Ribeiro.

Está previsto que Zoo do Cávado tenha cerca de 100 espécies de animais, nomeadamente: araras, suricatas, lamas, veados do Japão, cangurus de Bennett, buffos, cobras, escorpiões, entre outros. A autarquia disse que espera receber cerca de 100 mil visitantes por ano e estão confiantes que este será um projeto “autossuficiente”.

O vereador do ambiente não avançou com o valor do investimento, mas frisa que este “será recuperado rapidamente”. Contudo, de acordo com a imprensa local o investimento deverá rondar os 95 mil euros. Adiantou que “serão criados cerca de dez postos de trabalho diretos no zoo“.

No mesmo parque está projetada a construção do primeiro EcoCanil em Portugal, construído a partir de materiais recicláveis. Um projeto pioneiro financiado pelo Fundo Ambiental.

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PGR diz que greve dos motoristas está no limite do admissível

A PGR considera que a greve dos motoristas pode estar no limite do admissível, "por ser contrária à boa-fé". Atira, contudo, para os tribunais a avaliação da legalidade da paralisação.

O Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República considera que não dispõe de elementos suficientes para afirmar que a greve dos motoristas de matérias perigosas é ilícita, mas deixa claro que é possível concluir que esta paralisação está “no limite entre aquilo que é admissível e aquilo que é uma utilização abusiva” do direito em questão.

“Considerando a conjugação da frustração da confiança criada com a celebração dos protocolos negociais, com a inesperada quebra das negociações, com as razões invocadas para a greve, com a sua utilização como instrumento de pressão junto de um terceiro, alheio ao conflito, e mesmo com outros fatores que não cabe ao Conselho Consultivo apurar, poderá, em última análise, em casos extremos e excecionais, chegar-se à conclusão de que estamos no limite entre aquilo que é admissível e aquilo que é uma utilização abusiva, por ser contrária à boa-fé do direito à greve”, lê-se no parecer que foi enviado, na quinta-feira, ao Ministério do Trabalho e divulgado, esta sexta-feira, pelo Governo, após a reunião de Conselho de Ministros, que levou à declaração de crise energética.

No que diz respeito à alegada violação das “pretensas cláusulas de paz social” previstas nos protocolos celebrados pelos patrões e pelos sindicatos independentes, o Conselho Consultivo frisa que não estão em causa convenções coletivas, pelo que o incumprimento dos termos referidos não implicam a “ilicitude da greve”. De acordo com a Procuradoria-Geral da República, a violação destes protocolos ou acordos iniciais “apenas poderá constituir uma violação da boa-fé”.

Já relativamente à “desproporção entre os benefícios obtidos e prejuízos que muito provavelmente [esta greve] irá causar” no funcionamento da economia nacional, o Conselho Consultivo salienta que esse princípio não pode ser aplicado, nem leva à ilicitude desta paralisação.

Quanto à duração indeterminada da greve, o Ministério Público lembra que o Código de Trabalho não impõe qualquer limite de duração máxima de um movimento reivindicativo deste tipo. “A duração ilimitada do seu protesto pode, insistimos, ser um indício do caráter abusivo da greve, mas por si só não a torna de forma alguma ilícita“, é explicado no parecer.

Depois de ter desmontado estes três argumentos, o Conselho Consultivo reforça que uma leitura diferente do que a conseguida até aqui poderia resultar, por outro lado, da “conjugação da boa-fé negocial com a figura do abuso do direito”. É nesse âmbito que a Procuradoria-Geral da República sublinha que o gozo de um direito pode ser ilegítimo, se o titular exceder “manifestamente os limites impostos pela boa-fé, pelos bons costumes ou pelo fim social ou económico desse direito”. O parecer indica, por isso, que tendo em conta o contexto desta paralisação, poderá estar em causa uma greve que se encontra no limite entre o admissível e o abusivo.

“Parece estar no intuito dos grevistas ‘produzir danos injustos e desproporcionados para o dador de trabalho, para terceiro ou para a própria coletividade'”, afirma o Conselho Consultivo, atirando, contudo, para os tribunais “o apuramento dessa matéria de facto”.

O direito de greve não é um direito absoluto, imune a quaisquer restrições ou limites, devendo, em casos de colisão com outros direitos ou valores constitucionalmente protegidos, operar-se a devida harmonização prática”, acrescenta o Ministério Público, nas conclusões do parecer.

Já no capítulo dedicado aos serviços mínimos e à possibilidade de o Governo recorrer à figura da requisição civil, o Conselho Consultivo sublinha que, nos casos em que a greve afete a integridade física dos cidadãos ou o regular funcionamento dos setores “essenciais”, os serviços mínimos “podem e devem ser mais extensos”. O parecer nota ainda que há margem para o recurso à requisição civil preventiva, “num momento em que o dano ainda não se consumou, mas se prepara para consumar”.

De notar que este parecer não tem caráter vinculativo e que já tinha sido pedido pelo Executivo no caso da greve dos enfermeiros, no final do ano passado. Nesse caso, o parecer acabou por ser conhecido só 81 dias depois.

A greve dos motoristas que arranca esta segunda-feira é a segunda em quatro meses. Em abril, a paralisação deixou muitos postos sem combustível, tendo o Governo desta feita declarado a situação de crise energética ainda antes do início da greve e imposto limites ao abastecimento em todas as bombas do país. A partir das 23h59 desta sexta-feira, as viaturas ligeiras só poderão ser abastecidas com 25 litros nos postos não abrangidos pela Rede de Emergência de Postos de Abastecimento (nesses postos, o limite é de 15 litros).

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Compra de jerricãs “dispara” com ameaça de greve

  • Lusa
  • 9 Agosto 2019

A ameaça de greve dos motoristas e a corrida às bombas está a levar a uma corrida à compra destes recipientes, que já estão esgotados em várias lojas do país.

A ameaça de greve dos motoristas de matérias perigosas está a originar uma “corrida” à compra de jerricãs, encontrando-se este recipiente esgotado em várias lojas do país, disseram esta sexta-feira à agência Lusa comerciantes do setor.

“Isto tem sido uma loucura. Até aqueles que tínhamos em exposição foram vendidos”, contou à Lusa um funcionário da loja de acessórios de automóveis de Portimão, no distrito de Faro.

A mesma fonte referiu que, desde o início do mês, as vendas naquela loja da cidade algarvia “dispararam” e que a média por pessoa tem sido de três a quatro jerricãs. “Outro dia veio cá um senhor e comprou dois jerricãs de 20 litros e outro de 10 litros”, contou.

O mesmo cenário repete-se numa loja da mesma cadeia, mas em Braga, onde também já não existem jerricãs disponíveis.

“O aumento da procura começou há cerca de 15 dias e neste momento está totalmente esgotado”, disse à Lusa uma funcionária daquela loja.

O aumento da procura e venda de jerricãs também se verificou num dos principais revendedores deste recipiente, com sede na cidade do Porto.

Segundo dados enviados pela empresa à Lusa, entre o dia 01 de julho e o dia de hoje foram vendidos 16 mil jerricãs, mais de nove mil do que em igual período do ano transato.

O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e o Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias (SIMM) convocaram uma greve a iniciar na segunda-feira, e por tempo indeterminado.

Esta greve ameaça parar o país em pleno mês de agosto, uma vez que vai afetar todas as tipologias de transporte de todos os âmbitos e não apenas o transporte de matérias perigosas. O abastecimento às grandes superfícies, à indústria e serviços deve ser afetado.

O Governo decretou na quarta-feira serviços mínimos entre 50% e 100% para a greve dos motoristas de mercadorias que se inicia no dia 12 por tempo indeterminado.

Os serviços mínimos serão de 100% para abastecimento destinado à REPA – Rede de Emergência de Postos de Abastecimento, portos, aeroportos e aeródromos que sirvam de base a serviços prioritários.

O Governo decretou ainda serviços mínimos de 100% para abastecimento de combustíveis para instalações militares, serviços de proteção civil, bombeiros e forças de segurança.

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EUA “não estão preparados” para assinar acordo comercial com China

  • Lusa
  • 9 Agosto 2019

Donald Trump voltou a lançar mais achas para a fogueira e disse que os EUA não estão preparados para assinar um acordo com a China, admitindo até suspender as negociações previstas para setembro.

Os Estados Unidos “não estão preparados” para assinar um acordo comercial com a China, disse esta sexta-feira o Presidente Donald Trump, sugerindo uma eventual suspensão da próxima ronda negocial prevista para setembro em Washington.

“Não estamos preparados para assinar um acordo”, afirmou o Presidente norte-americano na Casa Branca, em Washington, antes de partir para um período de férias no seu clube de golfe em Bedminster, em New Jersey, formalizando desta forma o impasse que tem marcado as negociações para acabar com a guerra comercial entre Washington e Pequim.

“Denunciamo-los por manipulação (da moeda). Veremos se vamos manter o nosso encontro para setembro. Se o fizermos, é bom, se não o fizermos, é bom também”, referiu. O governante acrescentou que os Estados Unidos “têm todas as cartas” nas negociações comerciais.

A China e os Estados Unidos estão envolvidos há mais de um ano num braço-de-ferro comercial, disputa que fez aumentar exponencialmente as taxas aduaneiras mutuamente aplicadas.

No início deste mês, e ainda com as negociações comerciais em curso, Trump voltou a acrescentar um novo episódio à disputa e anunciou que ia impor taxas alfandegárias suplementares (10%) sobre todas as importações oriundas da China, num montante de 300 mil milhões de dólares (cerca de 267 mil milhões de euros).

As novas taxas começarão a ser aplicadas em setembro, adiantou, na mesma ocasião, o chefe de Estado norte-americano.

Em reação, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, criticou a decisão de Washington, afirmando então que a imposição de taxas “não era, de maneira alguma, uma forma construtiva de resolver as fricções económicas e comerciais”.

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