Em dia de recordes em Wall Street, Farfetch foi a estrela. Empresa de José Neves dispara 30%

Os principais índices de referência em Wall Street fecharam a sessão em máximos. A Farfetch avançou quase 30% depois de apresentar resultados.

O dia foi de recordes em Wall Street, com os principais índices de referência, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq, a registar máximos. A sessão na bolsa de Nova Iorque também foi em cheio para a empresa portuguesa Farfetch, que disparou quase 30% depois de anunciar resultados.

A empresa liderada por José Neves anunciou que as vendas quase duplicaram, superando as expectativas da própria empresa. Ainda assim, agravou os prejuízos em mais de 10% na comparação com os mesmos três meses do ano passado, o que não impediu um disparo nos títulos da Farfetch. Somaram 29,14% para os 9,66 dólares.

Por Wall Street, os investidores seguiram animados em relação às negociações comerciais entre a China e os Estados Unidos, depois de declarações do conselheiro económico da Casa Branca. Larry Kudlow disse que as duas maiores economias do mundo estão a aproximar-se de um acordo comercial, adiantando que as negociações com Pequim sobre o fim de uma guerra comercial, que já dura há 16 meses, estão a ser “muito construtivas”.

O S&P 500 fechou a sessão a valorizar 0,77% para os 3.120,35 pontos, um valor recorde. Também o industrial Dow Jones atingiu máximos ao avançar 0,80% para os 28.003,67 pontos. O tecnológico Nasdaq não foi a exceção, e somou 0,73% para os 8.540,83 pontos, máximos de sempre.

Num dia em que a bolsa norte-americana ficou pintada de verde, nota para a Applied Materials. A fabricante de equipamento tecnológico avançou 8,95% para os 62,06 dólares depois de apresentar resultados trimestrais acima do esperado. As cotadas da área da saúde também se destacaram nesta sessão. A empresa de cuidados de saúde UnitedHealth somou 5,30% para os 269,40 dólares.

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Secretária de Estado do Turismo portuguesa diz que CPLP estuda via verde de vistos para turistas

  • Lusa
  • 15 Novembro 2019

A secretária de Estado do Turismo portuguesa diz que se está a trabalhar no sentido de ter "corredores de via verde dentro da CPLP”.

A secretária de Estado do Turismo portuguesa, Rita Marques, assumiu esta sexta-feira a possibilidade de instituição na CPLP de uma “via verde” de vistos para que turistas possam viajar entre países de forma facilitada.

A posição foi assumida pela governante de Portugal, em declarações à agência Lusa, à margem da X Reunião de ministros do Turismo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorreu esta sexta-feira na cidade de São Filipe, na ilha cabo-verdiana do Fogo.

Segundo Rita Marques, esta possibilidade foi um dos assuntos abordados na reunião desta sexta-feira e visa garantir a promoção conjunta do território da CPLP, embora implique ainda “muita conjugação de esforços”, desde logo ao nível das diplomacias dos nove Estados-membros.

“Mas estamos a trabalhar no sentido de ter estes corredores de via verde dentro da CPLP”, afirmou. A secretária de Estado garantiu que Portugal está aberto aquela possibilidade, numa lógica de “complementaridade” de destinos turísticos.

“Para favorecimento de rotas aéreas entre países da CPLP que propiciem que os turistas possam entrar por exemplo num dos países da CPLP, Portugal é um exemplo, e possam depois viajar nestas geografias, com via verde ao nível de vistos, e possam desfrutar da experiência da CPLP de uma forma mais ágil, mais rápida”, acrescentou Rita Marques.

A governante portuguesa salientou ainda que, do ponto de vista de Portugal, o mercado da CPLP enquanto emissor de turistas deve também ser considerado, apontando como exemplo o caso do Brasil, que já é um dos três países emissores de turistas para Portugal que mais cresce. “A CPLP não é um mercado a desperdiçar”, disse.

Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Portugal, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Dentro da CPLP, na área do turismo, facilitar a emissão de vistos para estudantes do ramo da hotelaria e restauração oriundos de outros Estados-membros é também uma prioridade para Portugal, tendo em conta a falta de mão-de-obra que o país enfrenta.

“Nós seremos sempre países irmãos [CPLP], independente do contexto económico. Neste caso particular, no turismo, naturalmente que nós temos sempre uma predisposição para receber talento que vem destes países, que nos permite mitigar também a falta de mão-de-obra que temos atualmente em Portugal”, salientou Rita Marques.

Nesse sentido, a governante apontou Cabo Verde como um dos principais emissores, dentro da CPLP, de estudantes que se formam em Portugal, nesta área. “Uns ficam, outros acabam por regressar aos seus países”, admitiu, sublinhando a lógica de intercâmbio destes programas.

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Preço dos passes Navegante não mexe em 2020. Bilhetes podem ficar mais caros

  • Lusa
  • 15 Novembro 2019

Apesar da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes ter decretado uma Taxa de Atualização Tarifária de 0,38%, a Área Metropolitana de Lisboa decidiu que os preços dos passes Navegante não vão subir.

Os preços dos passes Navegante vão manter-se iguais em 2020, no âmbito da estratégia de “promoção da utilização dos transportes públicos coletivos”, anunciou esta sexta-feira a Área Metropolitana de Lisboa (AML).

“A Área Metropolitana de Lisboa decidiu que os valores dos passes Navegante se mantêm iguais em 2020, apesar da Taxa de Atualização Tarifária (TAT) de 0,38%, decretada pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes”, lê-se numa nota divulgada à comunicação social.

A taxa pode, contudo, ser aplicada “nos limites legalmente definidos”, nas tarifas dos títulos de transporte ocasionais (bilhetes simples, de bordo, pré-comprados e unidades intermodais de transporte pré-pagas) e monomodais (tipo passe ou assinatura).

A medida, que se insere “na estratégia de promoção da utilização dos transportes públicos coletivos, preconizada para a Área Metropolitana de Lisboa”, foi tomada “após articulação com as autoridades de transportes e auscultação da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros (ANTROP)”, é ainda referido.

Desde 1 de abril que os utentes passaram a ter dois modelos de passes na AML, um dos quais é o Navegante Metropolitano, que permite a utilização “em todos os modos de transporte, todas as empresas de transportes em toda a Área Metropolitana de Lisboa” e que custa no máximo 40 euros mensais.

Foram também criados 18 passes Navegante Municipal – um para cada um dos 18 concelhos que integram a AML – que, por 30 euros, permitem ao utente utilizar todos os transportes públicos de um concelho, ficando com a denominação da área geográfica a que diz respeito, como Navegante Lisboa, Navegante Sintra ou Navegante Vila Franca.

Existe ainda o Navegante Família – cujo preço máximo equivale a dois passes, ou seja 80 euros, e serve várias pessoas do mesmo agregado familiar. Este título começou a ser vendido no final de julho para ser usado em agosto.

Outras modalidades disponíveis são o Navegante 12, gratuito para a crianças até aos 12 anos, e o Navegante +65, destinado a maiores de 65 anos, reformados e pensionistas (20 euros).

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Lisboa perde mais uma cotada. Compta sai da bolsa nacional

A CMVM deliberou perda da qualidade de sociedade aberta da Compta. Esta sexta-feira foi a última sessão em que os títulos estiveram cotados no mercado de capitais português.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) deliberou perda da qualidade de sociedade aberta da Compta – Equipamentos e Serviços de Informática. Esta sexta-feira foi a última sessão em que os títulos estiveram cotados no mercado de capitais português, ficando a empresa obrigada a adquirir os títulos dos acionistas que não votaram a favor da retirada da bolsa por um valor de 2,48 euros, cada.

A tecnológica já tinha anunciado, em abril, a intenção de deixar de ser cotada no PSI Geral da Euronext Lisboa. Os acionistas da Compta mandataram, no verão, o Conselho de Administração para avançar com a saída de bolsa da empresa, mas faltava a fixação da contrapartida por parte de um auditor independente. No início do mês, o auditor independente determinou que a contrapartida seria de 2,48 euros. Na última sessão em que transacionaram, as ações valiam 10 cêntimos.

Agora, o regulador do mercado de capitais vem dar “luz verde” para a saída do mercado. “Foi deliberado pelo seu Conselho de Administração, em 15 de novembro de 2019, deferir, com efeitos a esta data, o pedido de perda da qualidade de sociedade aberta”, refere a CMVM, salientando que a Compta irá, agora, adquirir, nos próximos três meses, as ações detidas pelos acionistas que não tenham votado favoravelmente a esta decisão de sair de bolsa.

“A presente publicação da decisão da CMVM sobre a perda da qualidade de sociedade aberta da Compta implica (…) ‘a imediata exclusão da negociação em mercado regulamentado das ações da sociedade e dos valores mobiliários que dão direito à sua subscrição ou aquisição, finando vedada a sua readmissão pelo prazo de um ano’”.

A Compta junta-se à SAG, mas também à Toyota Caetano na saída do mercado de capitais, todas este ano. Com mais esta saída, a bolsa de Lisboa, gerida pela Euronext, vai ficar com apenas 52 cotadas, o número mais baixo de sempre, isto num ano em que ainda não houve qualquer admissão. É expectável, contudo, que tal venha a acontecer até 31 de dezembro. A Merlin revelou recentemente que quer pôr ações na bolsa de Lisboa até ao final do ano.

(Notícia atualizada às 19h37 com mais informação)

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Glintt aumenta lucros em mais de 6%, para 956 mil euros

  • Lusa
  • 15 Novembro 2019

A tecnológica Glintt viu os lucros dos primeiros nove meses do ano subirem mais de 6%, para 956 mil euros, fruto do crescimento do negócio em Portugal e no estrangeiro.

Os lucros da tecnológica Glintt cresceram 6,3% até setembro deste ano, em relação ao período homólogo, fixando-se em 956 mil euros, revelou a empresa num comunicado enviado à CMVM.

No mesmo período, o volume de negócios do grupo atingiu 66,7 milhões de euros, um aumento de 6,4% quando comparado com os 62,7 milhões de euros do período homólogo, indicou a empresa, na mesma nota.

“Esta evolução teve origem quer no mercado nacional, com um crescimento de 4% (1,9 milhões de euros), quer no mercado internacional no qual se verificou uma evolução muito favorável, nomeadamente em Espanha, com crescimento de 16%, o que equivale a 2,2 milhões de euros”, explicou a Glintt. O volume de negócios no mercado internacional representou 26% do total da empresa, de acordo com a informação divulgada.

Nos primeiros nove meses de 2019, a Glintt registou um EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) de 7,8 milhões de euros, um acréscimo de 41,5% face ao período homólogo de 2018. “Este aumento reflete uma efetiva melhoria da performance operacional, cerca de 820 mil euros”, entre outras coisas, salientou o grupo.

O crescimento do EBITDA resultante da melhoria operacional foi consequência “em parte, do aumento do volume de negócios em cerca de quatro milhões de euros (cerca de 350 mil euros), mas sobretudo de uma melhoria da eficiência operacional refletida na melhoria da margem EBITDA de 8,8% para 9,5%”, indicou a empresa.

De acordo com a Glintt, este aumento da eficiência operacional deve-se ao “trabalho desenvolvido pela empresa ao longo dos últimos anos quer na adequação da oferta comercial aos mercados quer no investimento na qualificação, formação e organização do trabalho das equipas das várias unidades”, lê-se na mesma nota.

Para o futuro, a empresa mantém as metas que tem apresentado e que apontam para um “crescimento orgânico pensado e desenvolvido em torno do novo modelo operacional”, com foco na oferta, bem como “uma componente comercial forte, direcionada sobretudo para o setor da saúde e para aquelas áreas de maior valor acrescentado, onde as soluções e produtos Glintt permitam garantir competitividade e criação de valor”.

O grupo admite ainda um “crescimento inorgânico alavancado pelo estabelecimento de acordos e parcerias com relevância estratégica” para a empresa.

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O negócio da Herdade da Comporta em cinco grandes números

Muito se fala na Herdade da Comporta, mas poucos sabem o que envolve este negócio. Anos, investimento, hectares, milhões e unidades turísticas. Em cinco números, perceba o que está em causa.

Foi assinada, finalmente, a escritura de venda dos ativos imobiliários da Herdade da Comporta. O consórcio Vanguard/Amorim é, oficialmente, dono dos ativos imobiliários em causa, num negócio de 157,5 milhões de euros. Fica, assim, aberto o caminho para arrancar com um investimento de 1.000 milhões de euros num projeto turístico que estará pronto dentro de 15 anos. Em cinco grandes números, perceba que negócio é este.

  • 12 longos anos até à venda

Manuel Espírito Santo adquiriu a Herdade da Comporta à britânica Atlantic Company. A propriedade acabou nacionalizada em 1974 mas, no final dos anos 80, voltou para as mãos da família Espírito Santo. Após recuperá-la, o objetivo do Grupo Espírito Santo (GES) sempre foi de requalificar a herdade, de forma a torná-la um destino turístico. Em 2004, passou a ser designada oficialmente Herdade da Comporta – Atividades Agro Silvícolas e Turísticas, S.A.

As obras para os projetos turísticos arrancaram, mas acabaram por ser suspensas. Na base dessa interrupção esteve o colapso do GES, em 2014, que deixou a Gesfimo numa “difícil situação financeira“. Foi, então, nessa altura, que decidiu vender estes ativos imobiliários.

Apareceram na corrida três interessados: o atual consórcio vencedor, detido pelo milionário francês Claude Berda e pela empresária Paula Amorim, a holding Oakvest/Portugália, controlada pelo empresário inglês Mark Holyoake, e a do aristocrata francês Louis-Albert de Broglieo. Em setembro do ano passado, o consórcio Oakvest/Portugália desistiu do processo por não abdicar do direito de contestação. No mesmo mês, foi a vez do francês Broglie desistir, alegando que não estavam “reunidas as mínimas condições de transparência, profissionalismo e boa-fé exigíveis.

Na corrida ficou apenas o consórcio Vanguard/Amorim. Em outubro do ano passado foi assinado o acordo para a compra dos ativos imobiliários. Entretanto, a 27 de novembro, o Ministério Público deu “luz verde” à venda, assim como o Tribunal Central de Instrução Criminal. A decisão foi, depois, finalizada em assembleia-geral da Gesfimo. Foi um “longo trabalho de negociação e formalização do processo de aquisição”, disse a Vanguard Properties, após a assinatura da escritura.

  • 1.376 hectares de terreno

A Herdade da Comporta tem uma área total de cerca de 12.500 hectares, mas apenas 1.376 hectares foram comprados, dos quais 920 são área de desenvolvimento e 62 de intervenção urbanizável. Foi esta área que o consórcio Vanguard/Amorim comprou à Gesfimo – Espírito Santo Irmãos, uma sociedade gestora detida na maioria pela Rioforte (59%) — sociedade do antigo GES –, e na qual o Novo Banco tem uma participação de cerca de 15%.

Estes 1.376 hectares de área de desenvolvimento e floresta correspondem aos ativos imobiliários do Herdade da Comporta – Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado (FEIIF), criado há cinco anos com o objetivo de arrancar com dois projetos turísticos — Comporta Links e Comporta Dunes.

O Comporta Links, em Alcácer do Sal, tem uma área de 365 hectares e é lá que vão ser construídos dois hotéis, dois aparthotéis, lotes para moradias, várias unidades de aldeamento turístico e um campo de golfe. No Comporta Dunes, em Grândola, com 551 hectares de pinhal e perto da praia, vão nascer quatro hotéis, um aparthotel, vários lotes para moradias, unidades turísticas e um campo de golfe com 100 hectares.

O “pacote” inclui ainda alguns “lotes de terrenos não edificáveis, rurais e de floresta”, inseridos no Comporta Dunes, numa área de 460 hectares, somados a uma participação de 50% no capital social e direitos de voto da sociedade DCR&HDC Developments — Atividades Imobiliárias, sociedade detida pelo fundo da Comporta que desenvolve atividade imobiliária.

  • 157,5 milhões de euros

Os ativos da Herdade da Comporta que passaram para o consórcio Vanguard/Amorim são menos do que os inicialmente previstos, isto porque a Gesfimo acabou por vender a meio do processo dois lotes, por cerca de 671.500 euros. Assim, o preço final foi fixado em 157,526 milhões de euros — um montante repartido entre um pagamento em dinheiro e a assunção da dívida de 119,4 milhões da Comporta à Caixa Geral de Depósitos (CGD) –, face aos 158,198 milhões de euros previstos inicialmente.

Mas mesmo os 158,198 milhões de euros iniciais não foram o primeiro valor proposto pelo consórcio Vanguard/Amorim. A primeira proposta do francês Claude Berda e de Paula Amorim era de 156,4 milhões de euros, um valor que acabou por aumentar para 158,2 milhões de euros em novembro do ano passado, garantindo-lhe a vitória na corrida à Comporta.

  • 1.500 milhões de euros numa década

Para levantar todo este imenso projeto turístico para a Herdade da Comporta, será feito um investimento de 1.500 milhões de euros num prazo estimado entre oito a 15 anos. É este montante que vai tornar possível dar à região “uma nova oferta de nível internacional, exemplar e única em Portugal e na Europa”, disse a Vanguard Properties, em comunicado. Numa primeira fase serão investidos 300 milhões de euros.

  • 1.000 residências, seis hotéis e três aparthotéis

Na próxima década, o consórcio prevê levantar na Herdade da Comporta 1.000 unidades residenciais, 725 unidades turísticas, seis hotéis, três aparthotéis, dois club houses, academias desportivas, dois campos de golfe com 18 buracos, cada, comércio e restauração. Ao mesmo tempo, estão a trabalhar com as Câmaras de Grândola e Alcácer do Sal para encontrar numa alternativa de acesso às praias, que passará a deixar de ser feito de carro.

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Sabe o que aconteceu nos mercados na 6ª feira? Veja o vídeo

  • ECO + DIF
  • 15 Novembro 2019

Dos índices europeus aos americanos, das matérias-primas ao cambial, saiba o que está a acontecer nos mercados. Veja o vídeo dos destaques do dia, por Bernardo Barcelos, analista da DIF Broker

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📹 O que é o Conselho de Estado? Perguntou ao Google, nós respondemos

A escolha dos cinco membros eleitos pela Assembleia da República para entrar no Conselho de Estado realiza-se na próxima sexta-feira. Sabe quem que aconselha Marcelo Rebelo de Sousa?

O Conselho de Estado é o órgão político que aconselha o Presidente da Republica, sempre que este o solicite. Alguns destes membros são escolhidos pelo cargo que desempenham, como é o caso do primeiro-ministro, por exemplo. Outros são designados pelo próprio Presidente e eleitos pela Assembleia da República.

Na próxima sexta-feira, será a eleição dos cinco candidatos propostos pela AR. Os partidos já apresentaram as suas propostas. O único rosto novo será o de Rui Rio. O presidente do PSD deverá entrar para o lugar deixado por Adriano Moreira.

Sabe quem são as 19 pessoas que pertencem ao Conselho de Estado? Veja o vídeo:

http://videos.sapo.pt/Pj64r2vh2JK8Klzr3ZSV

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REN lucra menos 5% até setembro. Receitas caem

A REN registou lucros de 86,3 milhões de euros no acumulado do ano, uma quebra de 5% quando comparado com o período homólogo.

A REN lucrou menos nos primeiros nove meses do ano. Apresentou uma quebra de 5% até setembro, com o resultado líquido da empresa liderada por Rodrigo Costa a cifrar-se em 86,3 milhões de euros, isto num período em que as receitas caíram.

A empresa viu o seu EBITDA (lucros antes de juros e impostos, amortizações e depreciações) fixar-se naquele período nos 368 milhões de euros, valor que fica 2,7% aquém dos 378,4 milhões registados no período homólogo. O RAB médio no fim de setembro ascendeu a 3,72 mil milhões de euros, o que compara negativamente com os 3,84 mil milhões de euros registados no período homólogo.

“Como esperado, a evolução deste indicador decorre da descida das taxas de remuneração, em resultado da redução das taxas de juro das Obrigações de Tesouro e da Base de Ativos Regulada“, dá conta a empresa liderada por Rodrigo Costa.

As contas da REN foram ainda afetadas negativamente pelo pagamento do imposto extraordinário (CESE). “A taxa efetiva de imposto atingiu 39,5%, afetada pela CESE”, com este encargo da REN a totalizar 24,4 milhões de euros.

A contribuir positivamente estiveram os resultados financeiros. Foram negativos em 39,4 milhões de euros, mas beneficiaram de uma redução da dívida líquida para 57,4 milhões de euros, bem como “da contínua redução do custo médio da dívida”. Esta passou de 2,3% nos resultados dos nove primeiros meses do ano passado para 2,2% nas contas até setembro deste ano.

(Notícia atualizada às 17h47)

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Lisboa cai pela terceira sessão consecutiva. Contraria Europa

Num dia de maior otimismo face a um acordo comercial entre EUA e China, a bolsa de Lisboa contrariou a tendência e fechou a cair. Os títulos da Nos pesaram no PSI-20.

A bolsa de Lisboa fechou em queda pela terceira sessão consecutiva, contrariando o sentimento positivo registado na maioria das praças da Europa. O principal índice nacional foi pressionado por uma queda de mais de 2,5% nas ações da Nos, mas também por desvalorizações no setor do retalho e da banca.

O Stoxx 600 avançou 0,33% e as principais praças europeias seguiram essa tendência, exceto o britânico FTSE 100, que fechou praticamente inalterado, com ganhos de 0,04%. Contudo, o PSI-20 seguiu em contracorrente e recuou 0,13%, para 5.267,66 pontos. Os títulos da Nos perderam 2,56% e fecharam a sessão a valer 5,14 euros, desempenho que foi penalizador para a bolsa nacional.

Títulos da Nos pressionam bolsa de Lisboa

Em destaque esteve também a Jerónimo Martins. A sessão anterior marcou os 30 anos desde que a dona dos hipermercados Pingo Doce entrou na bolsa, mas a empresa regista quedas há três sessões. Nesta, fechou a perder 0,83%, para 14,85 euros, numa altura em que a empresa tem enfrentado pressão regulatória no seu principal mercado: a Polónia.

O BCP também contribuiu para o recuo da bolsa de Lisboa, ao fechar a última sessão da semana com uma queda de 0,38%. Os títulos do banco liderado por Miguel Maya estão a valer, agora, 20,92 cêntimos.

Num final de semana marcado pelo maior otimismo em torno da assinatura de um acordo comercial entre EUA e China, cujo texto estará perto de ser fechado, os setores da energia e das papeleiras acabaram por impedir perdas maiores no PSI-20.

A EDP Renováveis avançou 0,79%, para 10,20 euros, enquanto a Galp Energia subiu 0,43%, para 15,185 euros. Altri e Navigator registaram os melhores desempenhos do índice, tendo registado valorizações de, respetivamente, 1,93% e 1,74%, ajudadas pelo maior otimismo em torno das questões comerciais.

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Eurodeputados pedem à Comissão plano de contingência para evitar falta de fundos europeus

Parlamento Europeu deixa ameaça: "Não tenciona validar automaticamente um facto consumado do Conselho Europeu e está disposto a recusar a sua aprovação até que seja alcançado um acordo satisfatório".

O Parlamento Europeu pediu à Comissão Europeia para criar um plano de contingência para evitar hiatos entre quadros comunitários, ou seja, meses ou anos em que não haja fundos europeus disponíveis, tendo em conta os atrasos nas negociações das novas perspetivas financeiras.

“O objetivo foi prolongar as bases legais para evitar a existência de hiatos“, explicou ao ECO o eurodeputado José Manuel Fernandes. Na resolução aprovada, o Parlamento Europeu “insta a Comissão a começar a preparar imediatamente um plano de emergência para o Quadro Financeiro Plurianual com o objetivo de proteger os beneficiários e assegurar a continuidade do financiamento caso seja necessário prorrogar o atual QFP”.

O objetivo foi prolongar as bases legais para evitar a existência de hiatos.

José Manuel Fernandes

Eurodeputado

O Parlamento pede que “esse plano seja formalmente apresentado no início de 2020, para que possa ser rapidamente adotado pelo Conselho e pelo Parlamento”, que “inclua uma proposta legislativa horizontal para suprimir os prazos estabelecidos nos programas” e “disposições operacionais concretas, em particular para a continuação das políticas em regime de gestão partilhada”.

José Manuel Fernandes, coordenador da Comissão dos Orçamentos, reconhece que a Comissão Europeia não pode admitir, para já, a necessidade deste plano de contingência, porque isso seria reconhecer o fracasso das negociações, “mas isso não impede o Parlamento de o sugerir”, acrescenta o eurodeputado.

De uma forma simplificada, é como se a União Europeia funcionasse em regime de duodécimos, embora no caso do Orçamento europeu este conceito seja diferente. Na ausência de um QFP, as regras admitem a existência de “uma rede de segurança” através da “prorrogação temporária dos limites máximos e de outras disposições do último ano do presente quadro”. Mas o Parlamento Europeu receia que essa rede de segurança possa “ser afetada, não só pela falta de preparação a nível operacional, mas também pelas datas de caducidade em vigor para alguns dos atuais programas da UE”.

Quando é negociado um novo quadro financeiro há sempre atrasos. Nos últimos anos foi assim com o QREN e com o Portugal 2020. Neste caso, a demora nas negociações do QFP, depois dos vários Acordos de Parceria com cada país e da regulamentação dos diferentes programas operacionais — e consequente implementação dos sistemas informáticos — fez com que o primeiro concurso tivesse sido lançado em dezembro de 2015, apesar de o quadro vigorar entre 2014 e 2020. António Costa, que entretanto formou Governo, definiu, por isso, como objetivo dos seus 100 primeiro dias de Governo, fazer chegar 100 milhões de euros em apoios comunitários às empresas.

Na resolução aprovada, a 10 de outubro, o Parlamento Europeu reitera a validade da sua proposta para o Orçamento comunitário. Isto é, que os 27 Estados membros devem contribuir com o equivalente a 1,3% do Rendimento Nacional Bruto (1,32 biliões de euros a preços de 2018) para “manter o financiamento das atuais políticas da UE em termos reais (nomeadamente as respeitantes à coesão, à agricultura e às pescas) e de prever meios financeiros adicionais para as responsabilidades adicionais (por exemplo, nos domínios da migração, da ação externa e da defesa)”. Isto claro sem esquecer “os programas emblemáticos (por exemplo, nos domínios da juventude, da investigação e da inovação, do ambiente e da transição climática, das infraestruturas, das PME, da digitalização e dos direitos sociais)”.

A proposta da Comissão é mais reduzida já que propõe que os Estados contribuam apenas com 1% do seu RNB. No entanto, países como Portugal, que estão totalmente contra os cortes na Política de Coesão e na Política Agrícola Comum, defendem que a contribuição deveria ser de 1,16% do RNB — uma ideia que António Costa voltou a defender no final da reunião, esta terça-feira, com o Grupo dos Amigos da Coesão, em Praga — complementada por recursos próprios da União como a tributação dos gigantes tecnológicos.

Os eurodeputados também querem que o Orçamento tenha receitas próprias, sob pena de não darem luz verde ao mesmo. Na resolução lê-se que “o Parlamento não dará a sua aprovação ao QFP sem um acordo sobre a reforma do sistema de recursos próprios da UE, incluindo a introdução de um cabaz de novos recursos próprios que estejam mais bem alinhados com as principais prioridades políticas da UE”.

O Parlamento não dará a sua aprovação ao QFP sem um acordo sobre a reforma do sistema de recursos próprios da UE, incluindo a introdução de um cabaz de novos recursos próprios .

Resolução do Parlamento Europeu

O cardápio de possibilidades é extenso, segundo Estrasburgo: uma matéria coletável comum consolidada do imposto sobre as sociedades, uma tributação dos serviços digitais, um imposto sobre as transações financeiras, os rendimentos provenientes do regime de comércio de licenças de emissão, uma contribuição sobre os plásticos e um mecanismo de ajustamento das emissões de carbono nas fronteiras.

O Parlamento pede “a intensificação imediata das conversações interinstitucionais sobre o QFP e os recursos próprios, a fim de preparar o caminho para verdadeiras negociações, e insta o Conselho a adotar sem demora o seu mandato de negociação”. Mas deixa um aviso — não quer “ser forçado a aceitar um mau acordo por falta de tempo” — e um ameaça — “não tenciona validar automaticamente um facto consumado do Conselho Europeu e está disposto a recusar a sua aprovação até que seja alcançado um acordo satisfatório”.

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Volkswagen escolhe Markus Duesmann para presidente da Audi

  • Lusa
  • 15 Novembro 2019

Duesmann vai substituir Bram Schot, que no dia 31 de março do próximo ano deixa a Audi. Volkswagen diz que Markus Duesmann irá aumentar "o grande potencial da marca Audi".

O conselho de supervisão do grupo automóvel Volkswagen nomeou esta sexta-feira Markus Duesmann presidente da marca de gama alta Audi e membro do Conselho de Administração do grupo a partir de 01 de abril de 2020.

Duesmann, de 50 anos, vai substituir Bram Schot, que no dia 31 de março do próximo ano vai deixar a Audi, de comum acordo com a empresa, informou esta sexta-feira a Volkswagen (VW).

“Schot assumiu a liderança da Audi num momento difícil, dirigiu os negócios com muito êxito e fez mudanças importantes. Agradecemos tudo isso”, disse o presidente do grupo VW, Herbert Diess, acrescentando que Markus Duesmann irá aumentar “o grande potencial da marca Audi“.

Duesmann, que desempenhou funções executivas na BMW, será também responsável pela investigação e desenvolvimento no grupo Volkswagen, responsabilidade que agora está nas mãos de Diess, assumindo este o pelouro de vendas no grupo.

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