Luz é cara? Portugueses pagam mais que a média da UE desde 2014

  • Lusa
  • 12 Novembro 2019

Segundo os dados do regulador energético, o crescimento acumulado em Portugal entre o primeiro semestre de 2014 e o segundo semestre de 2018, em 3,2%, foi inferior ao verificado na Euro Área, e na UE.

Os preços da eletricidade para clientes domésticos em Portugal, entre 2014 e 2018, foram superiores aos preços médios da União Europeia e da Euro Área, apesar de, desde 2016, se registar uma redução do diferencial, revelou esta terça-feira a ERSE.

“Os preços para clientes domésticos em Portugal no período em análise [2014-2018] foram superiores aos preços médios na União Europeia e na Euro Área. Apesar disso, desde o segundo semestre de 2016, tem-se vindo a assistir a uma redução do diferencial entre o preço em Portugal e os preços médios da União Europeia e na Euro Área”, apontou a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), no relatório sobre os mercados retalhistas de eletricidade e gás natural em 2018, divulgado esta terça-feira.

De acordo com o regulador energético, a preços correntes, o crescimento acumulado em Portugal entre o primeiro semestre de 2014 e o segundo semestre de 2018, em 3,2%, “foi inferior ao verificado na Euro Área, 3,9%, e na União Europeia, 4,0%”.

Por sua vez, os preços finais de venda de gás natural para clientes domésticos em Portugal registaram uma “redução consistente” entre 2014 e 2018, passando a ser inferiores aos preços médios na União Europeia e na Euro Área.

“Os preços em Portugal estão abaixo dos preços médios na Euro Área desde o segundo semestre de 2016 e abaixo dos preços médios na União Europeia desde o segundo semestre de 2018”, revelou.

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Primeira fase de acordo entre EUA e China “pode acontecer em breve”, diz Trump

O presidente norte-americano indica que as negociações com a China estão a avançar, e que a "fase um" do acordo comercial pode estar para breve.

Numa altura em que paira a incerteza em relação às negociações entre os Estados Unidos e a China, Donald Trump garante que a primeira fase de acordo comercial “pode estar para breve”. Ainda assim, o presidente norte-americano não deixa de ressalvar que só aceita se for um bom negócio.

A China “está cheia de vontade de fazer um acordo, nós é que estamos a decidir se queremos ou não”, adiantou Trump, num discurso transmitido pelas televisões norte-americanas. O líder reiterou que estão “próximos, um acordo significativo para a “fase um” pode acontecer em breve”, garantiu.

Depois de um anúncio da China de que as potências iriam reduzir progressivamente as tarifas adicionais sobre os bens importados, o presidente norte-americano reiterou que ainda não tinha concordado com tal medida. Trump disse depois que as negociações estavam a avançar mais devagar do que o desejado, os receios de que a disputa comercial se prolongasse aumentaram.

Apesar de assegurar que estava próximo, Trump voltou a reiterar que os EUA só aceitam “um acordo que seja bom”, já que, para o líder norte-americano, “desde a entrada da China na Organização Mundial do Comércio em 2001, ninguém manipulou melhor ou se aproveitou mais dos Estados Unidos”.

“Não direi a palavra ‘enganou’, mas ninguém enganou melhor do que a China, vou dizer isso off the record” atirou. Ainda assim, Trump não coloca a culpa na China, mas sim nos seus antecessores na liderança dos EUA. “Culpo os nossos líderes, por terem permitido que acontecesse“, completou.

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Fernando Nogueira fora da Lusitânia. Manuela Rodrigues acumula cargo de chairman com o de CEO

  • ECO
  • 12 Novembro 2019

Manuela Rodrigues vai acumular o cargo de presidente do conselho de administração com o de CEO. Nome de Fernando Nogueira não aparece no registo de órgãos sociais publicado pela ASF.

Fernando Dias Nogueira foi proposto pela Associação Mutualista Montepio Geral, liderada por Tomás Correia, para o cargo de chairman da Lusitânia Seguros, mas o seu nome não terá passado. A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) publicou a lista de órgãos sociais para o mandato 2019/2022, atribuindo a Manuela Rodrigues a presidência do conselho de administração da seguradora, acumulando o cargo com o de CEO.

O nome proposto pela Mutualista Montepio iria ocupar o lugar de Eduardo Farinha, mas acabou por não aparecer no registo final da ASF. Recorde-se que Fernando Dias Nogueira estava em risco de ser “chumbado”, sendo que o Observador avançou, na semana passada, que teria mesmo falhado a avaliação do supervisor por ser presidente executivo da seguradora condenada, no início de agosto, pela Autoridade da Concorrência pela prática de cartel no setor.

Pelo envolvimento no processo de cartel, acrescentou o Observador, a ASF terá dado um parecer negativo ao nome de Fernando Nogueira, o que levou a que Virgílio Lima, administrador da AMMG, tenha escrito, na semana passada, uma carta ao regulador agora liderado por Margarida Corrêa de Aguiar a refutar os argumentos da reguladora dos seguros. No entanto, Fernando Nogueira não surge na lista final.

De acordo com a ASF, Maria Manuela Traquina Rodrigues será a presidente da comissão executiva, substituindo Fernando Nogueira, sendo que será também presidente do conselho de administração da seguradora da Associação Mutualista.

Esta é a composição dos órgãos sociais da Lusitânia Seguros:

Conselho de administração e comissão executiva
– Maria Manuela Traquina Rodrigues – presidente;
– Maria Dalila Correia Araújo Teixeira – vogal;
– Paulo José Martins Jorge da Silva – vogal;
– Pedro Miguel Rodrigues Crespo – vogal;

Conselho fiscal
– José Augusto Perestrelo de Alarcão Troni – presidente;
– Gabriel Fernando Martins de Mesquita Gabriel – vice-presidente;
– Paula Alexandra Flores Noía da Silveira – vogal;
– Maria Fernanda Rodrigues Fernandes – vogal suplente;

Revisor oficial de contas
– Carlos Manuel Sim Sim Maia, em representação da
PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda. – efetivo;
– Carlos José Figueiredo Rodrigues – suplente;

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SIBS “mantém uma relação estreita com as autoridades” sobre burlas no MB Way

  • Lusa
  • 12 Novembro 2019

Segundo a PSP, até maio deste ano foram recebidas 135 queixas de fraude com MB Way. A empresa responsável pela app garante que "mantém uma relação estreita com as autoridades" para prevenir casos.

A SIBS, responsável pelo Multibanco e pela app (aplicação) MB Way, afirmou esta terça-feira que “mantém uma relação estreita com as autoridades” relativamente às burlas ocorridas com recurso àquela app mas não revela dados concretos devido ao segredo de justiça.

As burlas ou fraudes com serviços legítimos e fidedignos, como é o caso do serviço MB Way, são fundamentalmente um problema de segurança pública, pelo que a SIBS mantém uma relação estreita com as autoridades com vista a ajudar a prevenir e/ou a identificar estas atividades“, pode ler-se num comunicado enviado pela SIBS às redações.

A empresa que gere a rede Multibanco adianta ainda que “os dados inerentes à ocorrência destes incidentes estão em segredo de justiça, pelo que não podem ser revelados”.

“Todos os serviços SIBS têm sistemas de monitorização e deteção de fraude contínua e permanente, com vista a reduzir ou a identificar a ocorrência de situações criminosas”, assegura a SIBS.

A empresa esclarece que “os detalhes inerentes a estes métodos de prevenção são obviamente confidenciais, já que a sua divulgação compromete a respetiva segurança”.

No comunicado, a SIBS alerta ainda os utilizadores para que não adicionem “números de telefone de terceiros ou desconhecidos ao serviço” MB Way.

Algumas “recomendações e regras fundamentais” são também recordadas pela SIBS, como “nunca adicionar ou permitir que adicionem à sua conta ou cartão bancário um número de telemóvel que não possui ou desconhece“, um processo que “os bancos não solicitam telefonicamente ou por ‘mail'”.

“Caso seja contactado neste sentido e desconfie da legitimidade do contacto, deverá de imediato entrar em contacto com o seu banco”, alerta a gestora de serviços de pagamentos.

A SIBS salienta que, tal como este processo não acontece com bancos, “nenhuma entidade legítima, como operadoras de comunicação ou de outros serviços, lhe poderá solicitar, telefonicamente ou por ‘mail'”, o mesmo procedimento de adicionar um número de telefone.

“Nunca forneça dados confidenciais ou pessoais como resposta a mensagens de correio eletrónico ou via SMS, mesmo que a origem da solicitação pareça ser legítima”, adverte ainda a empresa, recomendando também que nunca sejam seguidas ligações recebidas por correio eletrónico ou SMS.

A SIBS reforça a importância de verificar “os extratos das contas bancárias regularmente“.

A Polícia de Segurança Pública (PSP) alertou esta terça-feira para um aumento de ocorrências relacionadas com burlas através do MB Way, tendo registado entre janeiro e maio deste ano 135 queixas, e recomenda cuidados no uso desta aplicação.

O alerta da PSP foi publicado na rede social Facebook desta polícia, no qual faz um alerta para o aumento deste tipo de burlas bem como recomendações.

De acordo com os dados avançados pela PSP, em 2018 foram registadas 99 ocorrências relacionadas com burlas através do MB Way e entre 1 de janeiro e 31 de maio 135.

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Afinal, há consenso para os deputados únicos falarem no debate quinzenal já esta quarta-feira

O Parlamento apressou esta tarde um consenso para que os deputados únicos falem no debate quinzenal marcado para esta quarta-feira. Cada deputado fala 1,5 minuto.

Os deputados únicos do Chega, Livre e Iniciativa Liberal vão, afinal, intervir no debate quinzenal desta quarta-feira. Na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, que reuniu extraordinariamente para debater a polémica sobre as alterações ao regimento, os partidos à esquerda admitiram que os deputados únicos possam falar no debate quinzenal, antecipando já uma regra que será incluída numa revisão mais alargada do regimento do Parlamento. Estes deputados terão direito a 1,5 minutos.

Na conferência de líderes na semana passada ficou definida uma grelha de tempos que impedia os deputados únicos de falar no debate quinzenal, no respeito pelas regras do atual regimento, mas não transpondo para atual legislatura o regime de exceção adotado na anterior com o PAN, quando o partido de André Silva tinha apenas um deputado.

O tema gerou polémica e esta terça-feira o Parlamento reuniu a comissão de Assuntos Constitucionais com objetivo de analisar a revisão do regimento e ver se seria possível encontrar uma solução para esta questão.

O PS, um dos partidos que esteve ao lado da decisão de aplicar as regra atual de não deixar falar os deputados únicos, entregou entretanto uma proposta para dar um minuto aos deputados únicos nos debates quinzenais. E na comissão parlamentar acrescentou oralmente uma proposta para “antecipar a produção de efeitos” de questões consensuais como a que está em causa, disse o deputado socialista Pedro Delgado Alves. “Se chegarmos à conclusão que estamos de acordo não há razão para ficar à espera”, acrescentou.

Esta posição foi acompanhada pelo Bloco e PCP, que admitiram que a resolução dos tempos de intervenção fosse antecipada.

Luís Marques Guedes, o presidente da comissão e deputado social-democrata, concluiu que das intervenções desta tarde fica claro que há necessidade de “um regime transitório”. Os deputados dividem-se entre duas soluções possíveis: a que é defendida por mais partido e que passa por usar o regime de exceção que foi aplicado ao PAN ou a proposta do Iniciativa Liberal para que os DURP usem metade dos tempos do PEV.

Perante o consenso obtido na reunião da primeira comissão, o presidente da Assembleia da República deu como validade a regra transmitida por Marques Guedes para que aos novos partidos se aplique o regime transitório que foi usado com o PAN e que significa que falarão 1,5 minutos.

(Notícia atualizada às 19:12 com decisão do presidente da Assembleia da República)

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Sabe o que aconteceu nos mercados na 3ª feira? Veja o vídeo

  • ECO + DIF
  • 12 Novembro 2019

Dos índices europeus aos americanos, das matérias-primas ao cambial, saiba o que está a acontecer nos mercados. Veja o vídeo dos destaques do dia, por Bernardo Barcelos, analista da DIF Broker.

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Englobamento agrava IRS para rendimentos “protegidos” pelo mínimo de existência

  • Lusa
  • 12 Novembro 2019

Segundo a Deloitte o englobamento obrigatório das rendas no IRS poderá resultar numa subida do imposto para os contribuintes enquadrados nos vários escalões de rendimento, podendo chegar aos 60%.

O englobamento obrigatório das rendas no IRS poderá resultar numa subida do imposto para os contribuintes enquadrados nos vários escalões de rendimento, podendo chegar aos 60% para quem esteja abrangido pelo mínimo de existência, segundo os cálculos da Deloitte.

A consultora realizou um conjunto de simulações para vários perfis de rendimentos de trabalho e de rendas que mostram que um contribuinte com um salário mensal de 630 euros e que dispõe de um rendimento de rendas de 50 euros por mês veria o imposto subir de 168 euros para 269,04 euros caso fosse obrigado a englobar as rendas e somá-las ao rendimento de trabalho.

O agravamento da fatura fiscal seria, neste caso, de 60,14% e isso deve-se ao facto de, com o englobamento, este contribuinte deixar de ter os seus rendimentos de trabalho ‘protegidos’ pelo mínimo de existência (que corresponde ao valor de rendimento líquido que o Estado garante a cada contribuinte), que em 2019 está balizado em 9.150,96 euros.

“Sem o englobamento das rendas, a totalidade do rendimento de trabalho estava excluído de imposto porque o mínimo de existente protegia-o do IRS. Sendo as rendas de englobamento obrigatório, há uma parcela do rendimento de trabalho que passa a ser tributada”, precisou à Lusa Luis Leon, da Deloitte.

Já um contribuinte solteiro que ganha de salário mil euros mensais (14.000 euros anuais) e recebe 150 euros de rendas por mês (1.800 euros por ano) paga menos 35,22 euros (-1,83%) de imposto caso opte pelo englobamento em vez de sujeitar as rendas à taxa liberatória de 28%.

Nas simulações realizadas pela Deloitte este é o único caso em que a opção pelo englobamento é mais favorável ao contribuinte e isso deve-se ao facto de, como refere Luís Leon, neste patamar de valores, que corresponde ao 2.º escalão, a taxa do IRS ser mais baixa do que os 28% de taxa liberatória aplicados às rendas.

Tendo em conta as regras atualmente em vigor, um contribuinte que se enquadre no 2.º escalão tem hoje a possibilidade de englobar os rendimentos de rendas ou de capitais ao restante rendimento e pagar menos imposto do que se optar por tributá-los à taxa de 28%.

Para rendimentos mais elevados, todas as simulações da Deloitte apontam para um agravamento da fatura fiscal caso avance o cenário de englobamento obrigatório de rendimentos que atualmente estão sujeitos a taxas liberatórias ou especiais – como, sucede, além das rendas, com os rendimentos de captais ou mais-valias.

As simulações – que consideram um solteiro ou um casal com um único titular, sem dependentes, com a dedução das despesas gerais familiares e contratos de arrendamento inferiores a dois anos – revelam que um casal em que apenas um dos elementos trabalha e recebe de salário dois mil euros mensais, a que soma mais 250 euros de rendas por mês, terá um agravamento de 15 euros no IRS, caso seja obrigado a passar a englobar as rendas. Em vez de 4.767,90 euros pagará 4.782,90 euros de IRS.

Tratando-se de um solteiro com os mesmos valores de rendimento mensal, o imposto aumenta de 6.445,40 euros para 6.693,32 euros.

Já um contribuinte solteiro com um salário mensal de seis mil euros brutos e que receba 550 euros de rendas por mês, terá uma subida de 1.177,60 euros caso seja obrigado a englobar as rendas, face ao que agora paga, com as rendas a serem tributadas pela taxa liberatória de 28%.

A questão do englobamento dos rendimentos ganhou visibilidade com o programa do Governo que, no capítulo de política fiscal, enuncia o objetivo de “caminhar no sentido do englobamento dos diversos tipos de rendimentos em sede de IRS, eliminando as diferenças entre taxas”.

Este ano foi aprovada legislação que reduz a taxa de 28% nos contratos de arrendamento para habitação que considerem prazos superiores a dois anos, sendo a redução tanto maior quanto a duração do contrato.

Admitindo que possa estar na calha um agravamento do IRS para os rendimentos de rendas de habitação inferiores a dois anos ou de arrendamento de edifícios de serviços, industriais ou para comércio, Luís Leon deixa o aviso de que, perante um aumento de impostos, os senhorios tenderão a repercuti-lo no preço das rendas que cobram às empresas e, estas, nos preços que cobram aos consumidores.

“Alguém vai ter de pagar esse agravamento fiscal, porque cada vez que colocamos imposto no tecido empresarial, isso acaba por ser pago, e acaba por se refletir no consumidor”, sublinha o mesmo fiscalista.

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Lisboa acompanha ganhos na Europa. CTT recuperam mais de 2% no rescaldo do Dia dos Solteiros

A bolsa de Lisboa fechou a sessão com ganhos ligeiros, impulsionada pelos CTT e pela Galp Energia. O índice nacional acompanhou os ganhos na Europa, que só não se registaram na bolsa espanhola.

A bolsa de Lisboa acompanhou os ganhos na Europa. A sessão ficou marcada pela recuperação dos títulos dos CTT, num dia em que a banca e as energias renováveis impediram uma valorização maior da praça nacional.

Enquanto o Stoxx 600 subiu 0,51%, o espanhol IBEX-35 seguiu em contraciclo e caiu 0,87%, no dia em que sabe que o PSOE e o Podemos chegaram a um acordo preliminar para formar Governo. Em simultâneo, o PSI-20 ganhou 0,18%, para 5.303,82 pontos.

Nesta sessão, as ações dos CTT destacaram-se com uma recuperação de 2,50%, para 3,12 euros, no rescaldo da Black Friday chinesa (Dia dos Solteiros) e após a empresa de correios ter feito um protocolo com a Alibaba para entregar as encomendas da AliExpress em Portugal. A puxar pela bolsa estão ainda os títulos da Galp Energia, que enceraram a sessão a valorizar 1,01%, para 15,05 euros, perante uma subida de 0,14% do preço do Brent. O barril está a negociar nos 62,27 dólares em Londres.

Evolução das ações dos CTT em Lisboa

Em sentido inverso, a EDP Renováveis caiu 0,39%, para 10,18 euros, o que teve impacto negativo no principal índice português. Além disso, o BCP caiu 0,14%, para 21,40 cêntimos.

Os investidores continuam à espera do discurso de Donald Trump — que está agendado para esta terça-feira, no Economic Club of New York —, acerca do comércio dos Estados Unidos e das perspetivas económicas do país. Neste encontro, espera-se que o presidente dos EUA aborde temas sensíveis, como é o caso das negociações comerciais com a China, facto que também condicionou as negociações na Europa.

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Chineses põem Bison Bank à venda. Acionista que ficou com ativos do ex-Banif Investimento em dificuldades

O Bison Bank foi colocado à venda pelo seu acionista chinês, que enfrenta dificuldades em aumentar o capital do banco em 20 milhões até final do ano. Supervisor bancário está a par da situação.

Sede do Bison Bank, em Lisboa.

O Bison Bank foi colocado à venda pelo seu acionista, a Bison Capital Financial, que está a sondar o mercado para alienar o antigo banco de investimento do Banif adquirido à Oitante em julho do ano passado, apurou o ECO. A decisão surge num cenário de dificuldades dos chineses em reforçar o capital da instituição. Até final do ano terá de haver um aumento de 20 milhões de euros, mas o compromisso assumido junto do Banco de Portugal não será cumprido. O supervisor já está a par dos acontecimentos.

O grupo chinês comprometeu-se junto do regulador da banca a injetar 60 milhões de euros no Bison Bank até final deste ano. Mas até hoje apenas foram colocados no banco de investimento 41 milhões, por via do aumento de capital realizado em julho do ano passado, no momento da aquisição à Oitante. Outros 20 milhões deveriam ser injetados entretanto, mas a operação não será concretizada perante as dificuldades do acionista Bison Capital Financial, que é detido por sua vez pela Bison Capital Holding Company Limited, com sede em Hong Kong.

Atualmente, o banco cumpre todos os requisitos e tem capital suficiente para cumprir as exigências regulamentares nos próximos anos. Ainda assim, atravessa um período difícil do ponto de vista da operação. O Bison Bank deverá fechar o ano com prejuízos na ordem dos nove milhões de euros — até meados deste ano registou uma perda de 4,5 milhões. As contas do próximo ano também fecharão no vermelho. “Não há negócio”, disse uma fonte financeira ao ECO. Isto depois de dois anos de prejuízos de 42 milhões e 9,4 milhões em 2017 e 2018.

O Bison Bank exerce atividade sobretudo em duas áreas: gestão de fortunas e banca de investimento. O acionista ficou de trazer negócio para o banco em Portugal, tendo-se comprometido designadamente a trazer 250 clientes este ano e mais nos anos seguintes. Mas não terá trazido qualquer um até ao momento, comprometendo a execução do business plan do banco.

O ECO sabe o que Banco de Portugal está a par dos acontecimentos. Contactado, o supervisor liderado por Carlos Costa não respondeu até ao momento.

No meio disto, também houve mudanças na administração que é liderada por Bian Fang: Pedro Ortigão Correia foi destituído a 15 de outubro. “Tratou-se de uma decisão do acionista do Bison Bank. Além disto, o Bison Bank não tem mais nada a acrescentar”, disse fonte do banco quando questionado pelo ECO na semana passada.

Já depois desta resposta, o ECO voltou a contactar o Bison Bank esta terça-feira sobre os planos de venda do banco e sobre o aumento de capital de 20 milhões de euros, mas não obteve uma resposta até à publicação do artigo.

O Bison Bank é o antigo banco de investimento do Banif, que foi resolvido no final de 2015. O banco de investimento acabou por ser transferido para a Oitante, depois da venda do Banif ao Santander Totta. Em julho do ano passado foi adquirido pela Bison Capital Financial.

Além dos problemas em Portugal, os chineses também estão a enfrentar dificuldades em Moçambique, onde são acionistas do Banco Mais com 48% do capital. O Bison tem de aumentar o capital da instituição em cerca de 11 milhões de euros, mas só injetou três milhões.

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Roula Khalaf será a primeira mulher a dirigir o Financial Times

  • Lusa
  • 12 Novembro 2019

Roula Khalaf será, a partir de 2020, a primeira mulher a dirigir o Financial Times. Foi uma das jornalistas que fez cobertura da "Primavera Árabe".

A jornalista Roula Khalaf será, a partir de 2020, a primeira mulher a dirigir o jornal financeiro britânico Financial Times em mais de 130 anos de história deste diário.

Em comunicado, o jornal indicou que Roula Khalaf, “número dois” da redação desde 2016, sucede a Lionel Barber, que deixa o cargo que ocupou durante 14 anos. Barber afirmou na rede social Twitter que cessa funções no início de 2020.

É uma grande honra ser nomeada diretora do FT, a melhor organização de notícias do mundo”, afirmou a jornalista, nascida no Líbano.

Khalaf chefiou a atualidade internacional do jornal, liderou uma rede de mais de 100 correspondentes e trabalhou no Médio Oriente durante a chamada “Primavera Árabe”.

O presidente do grupo japonês Nikkei, que detém o jornal desde 2015, Tsuneo Kita, afirmou que Roula Khalaf provou ao longo de 24 anos no jornal a sua “integridade e determinação” e tem a sua confiança para continuar a missão do Financial Times, que é “garantir um jornalismo de qualidade, sem medo e sem complacência”.

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Sistema de alerta sobre saúde financeira das empresas ainda não está concluído

"O projeto ainda está a ser ultimado. Estamos ainda a tratar das questões de layout e só mais para o fim do ano teremos novidades a este respeito", diz o IAPMEI.

O mecanismo de alerta precoce, que pretende ajudar as empresas a identificar a sua saúde económica e financeira, ainda não está operacional, confirmou ao ECO, fonte oficial do IAPMEI, remetendo novidades para o final do ano. As regras deste mecanismo definiam como prazo limite estabelecido para as empresas receberem uma análise quantitativa e qualitativa da sua situação 31 de dezembro de cada ano.

O Mecanismo de Alerta Precoce tinha sido inicialmente prometido até final do ano de 2018, porque tecnicamente a ferramenta já estava desenhada, mas o decreto só foi aprovado em Conselho de Ministros em janeiro e publicado em Diário da República em abril.

“O projeto ainda está a ser ultimado. Estamos ainda a tratar das questões de layout e só mais para o fim do ano teremos novidades a este respeito”, sublinhou a mesma fonte oficial do organismo.

E em que consiste este alerta? Num conjunto de indicadores económico-financeiros compilados a partir da Central de Balanços do Banco de Portugal que são analisados pelo IAPMEI, com base nos dados que já constam da Informação Empresarial Simplificada (IES), em articulação com o Instituto Nacional de Estatística (na qualidade de Autoridade Estatística responsável pelas Estatísticas Estruturais das Empresas transmitidas à Comissão Europeia (Eurostat), relativos à saúde financeira de cada empresa.

O IAPMEI efetua uma análise quantitativa dos dados disponibilizados pelo Banco de Portugal, mas também uma apreciação qualitativa sobre a situação financeira de cada empresa. A análise e apreciação deste organismo são disponibilizadas às empresas em conjunto com uma breve menção a eventuais mecanismos de apoio existentes e que são disponibilizados pelo IAPMEI, caso seja necessário apoio especializado.

Inicialmente, estava definido que esta informação iria chegar às empresas, no limite até 31 de dezembro, através do Fisco que lhes envia um email, sobre a existência da mesma, sem ter acesso ao conteúdo da mesma. Além disso, a Autoridade Tributária inclui o alerta na área das empresas do Portal das Finanças, de onde consta uma hiperligação para a informação disponibilizada no site do IAPMEI.

Mas não são todas as empresas que vão receber este alerta. Apenas as micro, pequenas e médias empresas ou empresas de pequena-média capitalização. Ficam de fora as sociedades abertas, as empresas com atividade financeira e de seguros, as entidades do setor público; as empresas com atividade nas redes sociais, as empresas que não evidenciem sinais de atividade relevante no período em análise.

As empresas já tinham esta ferramenta à sua disposição no site do IAPMEI, mas era de adesão voluntária e teve muito pouca aderência. Apenas um terço das empresas registadas concluiu o processo. Assim, para evitar que as empresas acabem numa situação de fragilidade económica, recorrendo demasiado tarde aos mecanismos disponibilizados, como o Processo Especial de Revitalização, foi criado este mecanismo de alerta precoce.

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Embraer com prejuízos. Culpa é da parceria com a Boeing

  • Lusa
  • 12 Novembro 2019

Entre julho e setembro, a empresa brasileira teve um prejuízo de cerca de 68,7 milhões de euros. A Embraer explica o embate com os custos da separação do negócio de aviação comercial com a Boeing.

A empresa de aeronaves brasileira Embraer registou prejuízo de 314,4 milhões de reais (68,7 milhões de euros) no terceiro trimestre de 2019, de acordo com o balanço financeiro divulgado esta terça-feira.

O resultado do trimestre foi afetado pelos custos da separação do negócio de aviação comercial da companhia, que foi de 138,1 milhões de reais (30,1 milhões de euros).

No segundo trimestre, empresa brasileira havia registado um lucro de 26,1 milhões de reais (5,6 milhões de euros).

Nos nove primeiros meses de 2019, a Embraer acumulou um prejuízo de 449,1 milhões de reais (98,3 milhões de euros).

A fabricante de aeronaves brasileira relatou que entregou 17 aviões comerciais e 27 jatos executivos de julho a setembro, período em que contabilizou uma carteira de pedidos no valor de 16,2 mil milhões de dólares (14,7 mil milhões de euros).

No terceiro trimestre de 2019, a Embraer registou EBIT (sigla em inglês usada para referir o lucro antes de juros e impostos) de 80,4 milhões de reais (17,5 milhões de euros).

Dado o novo cronograma para a criação de uma parceria da Embraer com a norte-americana Boeing prevista para ocorrer no início do próximo ano, a fabricante de aeronaves brasileira atualizou as projeções para 2019 e 2020.

A companhia reafirmou que pretende entregar neste ano entre 85 e 95 jatos comerciais, 90 a 110 jatos executivos, duas aeronaves KC-390 e cinco aeronaves Super Tucano.

Segundo a Embraer, a receita deve manter-se entre 5,3 mil milhões de dólares (4,8 mil milhões de euros) e 5,7 mil milhões de dólares (5,1 mil milhões de euros) e a margem EBIT próxima de zero.

Para 2020, a Embraer reafirmou a expectativa de obter receita 2,5 mil milhões de dólares (2,2 mil milhões de euros) a 2,8 mil milhões de dólares (2,5 mil milhões de euros).

A empresa informou também que deverá pagar um dividendo especial no valor de 1,3 mil milhões de dólares (1,1 mil milhões de euros) até 1,6 mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros) em 2020.

Em fevereiro, os acionistas da Embraer aprovaram o acordo sobre a venda da divisão comercial da empresa para a Boeing. O acordo estipula que a Boeing deverá pagar 4,2 mil milhões de euros (3,7 mil milhões de euros) para obter 80% da nova companhia e a Embraer ficará com os 20% restantes. A expectativa é que, até o fim deste ano, o negócio seja concluído.

A Embraer é fabricante e líder mundial de aeronaves comerciais com até 150 assentos e tem mais de 100 clientes em todo o mundo.

A empresa brasileira mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa.

Em Portugal, no Parque de Indústria Aeronáutica de Évora, funcionam duas fábricas da Embraer, sendo que a empresa também é acionista da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, com 65% do capital, em Alverca.

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