Lei foi cumprida na escolha de diretor-geral da Administração Pública, diz Governo

  • Lusa
  • 20 Março 2019

A secretária de Estado da Administração e do Emprego Público garante que a decisão tomada na escolha do diretor-geral da Administração e do Emprego "foi a mais neutra possível”.

A secretária de Estado da Administração e do Emprego Público, Fátima Fonseca, assegurou esta quarta-feira aos deputados ter “cumprido” o regime previsto na lei quanto ao processo de escolha do diretor-geral da Administração e do Emprego (DGAEP).

A governante falava numa audição parlamentar, pedida pelo grupo parlamentar do PSD, sobre a recusa do Governo, em dezembro passado, acerca dos nomes indicados para aquele cargo pela Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (Cresap), o órgão competente para dar parecer sobre a nomeação de gestores públicos, e de nomear um diretor-geral em substituição e abrir novo concurso.

“O modelo [de nomeação] que temos hoje em dia, que está em vigor, é um regime que pode ser melhorado […], mas o regime foi cumprido”, disse a governante aos deputados, salientando que “a decisão tomada foi a mais neutra possível” até porque o diretor escolhido para a substituição “foi uma escolha do Governo anterior” e que “desconhece” a sua filiação partidária.

“Os juízos do Governo são sempre de adequação das pessoas aos cargos que vão ocupar”, disse Fátima Fonseca, defendendo que a gestão de recursos humanos na administração pública “não pode ser meramente administrativa” e que o Governo “não pode estar refém de modelos formais” de nomeação de cargos públicos.

Aos deputados, a secretária de Estado salientou a importância do cumprimento, na nomeação de cargos da administração pública, dos princípios de mérito, de transparência e de oportunidade de igualdades, e defendeu que a decisão tomada quanto à DGAEP “não foi, com toda a clareza, uma decisão instrumental face ao procedimento concursal”.

Fátima Fonseca disse ainda que decidiu, em abril do ano passado, não renovar a comissão de serviço da equipa dirigente da DGAEP – composta pela diretora-geral Maria Joana Ramos e pelos subdiretores Sílvia Gonçalves e Vasco Hilário -, que terminava no fim de junho, por achar que “cinco anos é muito tempo” para manter essa comissão de serviço.

A secretária de Estado disse ainda ter feito, no prazo legal, entrevistas aos sete candidatos finais, que constavam de uma ‘short list’, e de ter tomado “a decisão no prazo legal, considerando as orientações estratégicas definidas para um novo ciclo de gestão”.

Fátima Fonseca decidiu então nomear um diretor-geral em regime de substituição – tendo a escolha recaído em Vasco Hilário – e sinalizado a abertura de novo concurso.

Há uma semana, também na Comissão Parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, a presidente da Cresap, Júlia Ladeira, disse aos deputados já ter recebido do Ministério das Finanças o pedido de realização de um novo concurso para o cargo de diretor-geral da Administração e do Emprego Público, adiantando estar a “analisá-lo”.

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Com Stadia, Google entra na corrida do streaming dos videojogos

"O futuro dos videojogos não é uma consola. É um lugar", escreve a Stadia, a plataforma de streaming de videojogos da Google. O serviço estará disponível ainda este ano.

A Google descartou as consolas e passou diretamente para os jogos. Para não perder a corrida, a multinacional já apresentou a Stadia, a sua nova plataforma de streaming, que marca a entrada da gigante tecnológica no mundo dos videojogos. Estará disponível ainda este ano, avança o Engadget (acesso livre, conteúdo em inglês).

“O futuro dos videojogos não é uma consola. É um lugar”, pode ler-se numa publicação na conta de Twitter da Stadia. A plataforma da Google, que é baseada na cloud, faz com que o utilizador consiga jogar de forma imediata, sem qualquer necessidade de descarregar o jogo ou fazer atualizações. É uma espécie de “Netflix dos videojogos”.

Além disso, o utilizador pode usar qualquer dispositivo para jogar, seja ele um computador, um tablet ou um smartphone. Inicialmente, a Stadia irá transmitir jogos a cores 4K, 60FPS e HDR mas, posteriormente, poderá suportar até 8K. O serviço estará disponível ainda este ano, nos Estados Unidos da América (EUA), Canadá, Reino Unido e Europa.

A Google tem vindo a preparar a sua entrada no mundos dos videojogos há vários anos, nomeadamente com a contratação de alguns executivos que passaram pela Sony e Xbox. Vinda diretamente da série de jogos Assassin’s Creed, Jade Raymond passa a ser a diretora da Stadia Games and Entertainment, responsável pelo desenvolvimento de jogos da Google.

Recorde-se que, na corrida dos videojogos, a Google já defronta outros adversários. A Microsoft, a Amazon e a Apple estão também empenhadas nesta ideia, mas nem todas andam ao mesmo ritmo. A tecnológica fundada por Bill Gates está a criar o seu próprio serviço de videojogos por streaming, que também deverá ser lançado ainda este ano. Contudo, parece estar um passo à frente: no passado mês de outubro, a empresa mostrou, através da um vídeo, como é que este serviço irá funcionar.

Já a Amazon e a Apple, que ainda não fizeram qualquer anúncio oficial sobre o tema, estarão em fases ainda muito iniciais do projeto, pelo que não se espera que os serviços estejam completamente implementados até ao final deste ano.

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Casafari quer contratar 50 pessoas em Portugal

Plataforma que usa inteligência artificial aplicada ao mercado imobiliário está a reforçar equipa em território nacional. Posições nas áreas de data e software, vendas e recursos humanos.

Casafari é uma plataforma que usa a inteligência artificial para o setor imobiliário.D.R.

A Casafari, plataforma que usa a inteligência artificial para tornar o mercado imobiliário mais eficaz e transparente está a reforçar a equipa em Portugal e quer contratar mais de 50 pessoas até ao final deste ano.

De acordo com informação da startup em comunicado, a Casafari pretende contratar python developers, técnicos de operações, e reforçar as equipas de vendas e recursos humanos.

O escritório de Lisboa da Casafari conta já com pessoas de 15 nacionalidades diferentes e o reforço da equipa vem na sequência do processo de “forte crescimento” da empresa logo depois da entrada em Portugal, e à crescente procura pelos serviços.

“Estamos num processo de rápido crescimento, com uma forte procura por parte dos nossos clientes e pretendemos reforçar a equipa para acompanhar este momento e preparar o futuro. Queremos atrair, recrutar e trabalhar com os melhores talentos para continuar a desenvolver a nossa plataforma e a inovar junto dos nossos clientes”, explica Nils Henning, cofundador da Casafari, citado em comunicado.

Queremos atrair, recrutar e trabalhar com os melhores talentos para continuar a desenvolver a nossa plataforma e a inovar junto dos nossos clientes.

Nils Henning

Cofundador da Casafari

O objetivo da Casafari é tornar o mercado imobiliário mais transparente e eficaz, agregando na plataforma mais de oito milhões de referências na Alemanha, Espanha e Portugal, de sete mil fontes diferentes e, muitas vezes dispersas. Graças ao recurso à inteligência artificial, a plataforma consegue identificar quando se trata do mesmo imóvel e disponibiliza toda a informação sobre o mesmo num único local. Por outro lado, ajuda os agentes imobiliários a aceder à lista de imóveis, a controlar as reduções de preços, a verificar as agências que listam uma propriedade e a que preço e a obter uma análise adequada do preço por metro quadrado e do preço de venda habitual.

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Startup portuguesa Enging angaria mais de um milhão de euros. EDP Ventures lidera investimento

A startup portuguesa especializada em manutenção preditiva fechou uma ronda de investimento de mais de um milhão de euros. Objetivo: acelerar a estratégia de internacionalização.

A Enging, startup portuguesa que trabalha para detetar falhas nos equipamentos industriais online, fechou uma ronda de investimento de mais de 1,1 milhões de euros, para aplicar na internacionalização. A EDP Ventures foi um dos principais investidores na startup de Oliveira do Hospital, que já trabalhava junto do grupo EDP.

O primeiro investimento da EDP Ventures nesta startup totaliza um milhão de euros. “A EDP tem vindo a trabalhar nos últimos anos com a Enging na monitorização à distância de transformadores de potência das redes de distribuição da empresa” com “excelentes resultados”, aponta Luís Manuel, administrador da EDP Ventures, citado em comunicado. “Com esta tecnologia, a EDP consegue melhorar a gestão de ativos críticos e a qualidade do serviço aos clientes”, conclui.

A Busy Angels, que já tinha anteriormente apostado na Enging, foi outro dos investidores. O montante angariado pela startup portuguesa terá como destino a estratégia de internacionalização. Além de Portugal, a Enging já está presente em Espanha, Reino Unido, Itália e Brasil, e nos planos para a expansão está a Alemanha, a Áustria e a Suíça, bem como o mercado indiano. A finalidade é conseguir alcançar o valor de 90% em matéria de exportações, que pesam atualmente 50% no volume de faturação.

A tecnológica, que deteta falhas nos equipamentos, funciona online e com interface user friendly, sem necessidade de técnicos especializados. As soluções detetam a maioria das avarias em motores e transformadores através de uma nova técnica de manutenção preditiva, que usa um algoritmo próprio. A startup trabalha principalmente nas utilities, como elétricas e águas, e na indústria.

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“Factorbankpt” sem habilitação para atividades financeiras em Portugal

  • Lusa
  • 20 Março 2019

O Banco de Portugal adverte que a "suposta entidade" não está na presente data, nem nunca esteve, habilitada a conceder crédito ou realizar intermediação e consultoria de crédito no país.

O Banco de Portugal (BdP) advertiu esta quarta-feira que a “suposta entidade” que atua sob a designação “Factorbankpt” não está habilitada a exercer qualquer atividade financeira no país, nomeadamente de concessão, intermediação ou consultoria de crédito.

“O Banco de Portugal adverte que a suposta entidade que atua sob a designação comercial “Factorbankpt”, nomeadamente através do site, não está na presente data, nem nunca esteve, habilitada a exercer, em Portugal, qualquer atividade financeira reservada às instituições sujeitas à supervisão do Banco de Portugal, nomeadamente, a concessão, intermediação e consultoria de crédito”, refere o BdP em comunicado.

Segundo esclarece o supervisor, “a atividade de concessão de crédito, prevista na alínea b) do n.º 1 do artigo 4.º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de dezembro), e as atividades de intermediação e de consultoria de crédito, previstas no artigo 4.º e na alínea p) do artigo 3º do regime jurídico aprovado pelo Decreto-Lei n.º 81-C/2017, de 7 de julho, estão reservadas às entidades habilitadas a exercê-las, conforme o disposto, respetivamente, no artigo 10.º e nos artigos 5.º e 7.º daqueles diplomas”.

“As listas das entidades autorizadas a exercer a atividade de concessão, intermediação e de consultoria de crédito podem ser consultadas no site do Banco de Portugal e no Portal do Cliente Bancário”, acrescenta o banco central.

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Bruxelas multa Google em 1,49 mil milhões por “práticas abusivas” na publicidade digital

A Comissão Europeia aplicou uma multa de 1,49 mil milhões de euros à Google por "práticas abusivas" na publicidade digital. Total das coimas já ascende a 8,25 mil milhões de euros em três anos.

A Comissão Europeia multou a Google em 1,49 mil milhões de euros por “práticas abusivas” na publicidade digital, o negócio mais rentável da empresa norte-americana. É a terceira multa de Bruxelas à multinacional em três anos, elevando para 8,25 mil milhões de euros o total das coimas aplicadas à companhia liderada por Sundar Pichai.

“A Comissão Europeia multou a Google em 1,49 mil milhões de euros por uso ilegal da posição dominante no mercado de intermediação de anúncios nas pesquisas online. A Google cimentou a sua dominância nos anúncios nas pesquisas online e protegeu-se da pressão da concorrência impondo restrições contratuais anticoncorrenciais aos websites de terceiros”, explica a comissária Margrethe Vestager, em comunicado.

Em causa está o serviço AdSense for Search. Gestores de websites podem usar este serviço da Google para incluírem um motor de busca nas suas páginas na internet. Quando um utilizador faz uma pesquisa, o serviço da Google também mostra publicidade, para além dos resultados pedidos. Mas é entendimento de Bruxelas que a empresa criou mecanismos para impedir que as empresas concorrentes, “como a Microsoft e a Yahoo”, explorem esses espaços. Isso torna-se um problema, tendo em conta que, segundo a Comissão Europeia, a Google detinha “uma quota de mercado acima de 70% entre 2006 e 2016”.

A Comissão Europeia refere-se, concretamente, a uma cláusula contratual de exclusividade que impedia os concorrentes de explorarem publicidade nos sites mais relevantes, caso estes optassem por usar aquele serviço da empresa. Bruxelas acusa também a Google de ter criado uma forma de reservar para a sua rede de anunciantes os espaços mais valiosos destes sites, e de monitorizar o desempenho dos anúncios explorados pelos concorrentes.

A comissária Margrethe Vestager foi o rosto de três multas à Google em três anos, num total de mais de oito mil milhões de euros.© European Union , 2017 / EC - Audiovisual Service

Multa é 1% das receitas da Google em 2018

A multa de 1,49 mil milhões de euros representa 1,29% das receitas obtidas pela Google GOOGL 0,00% no ano de 2018, justifica a Comissão Europeia num comunicado. O valor tem em conta “a duração e a gravidade das infrações”.

“A Google interrompeu as práticas ilegais alguns meses antes de a Comissão ter emitido a primeira objeção em relação a este caso. A decisão obriga a Google a, no mínimo, parar esta conduta ilegal até ao ponto em que ainda não o tenha feito, e de evitar tomar qualquer medida que tenha o mesmo efeito ou um efeito equivalente”, remata a mesma nota.

Esta é a terceira multa da Comissão Europeia à Google em três anos. Em 2017, Bruxelas multou a Google em 2,42 mil milhões de euros num caso relacionado com os anúncios a produtos nos resultados de pesquisa. Em 2018, a coima foi de 4,34 mil milhões de euros e incidiu sobre práticas lesivas da concorrência no sistema operativo Android. Apesar de já ter feito os pagamentos, a Google está a recorrer das decisões de Bruxelas.

Todos estes casos levaram a Google a tomar medidas para tentar evitar novas multas no futuro. Esta terça-feira, antes de se conhecer o montante desta última multa, a Google revelou que vai perguntar a todos os utilizadores europeus de Android sobre que browser e aplicação de pesquisa querem usar. A multinacional indicou também que vai rever a forma como os anúncios são apresentados os resultados de pesquisa na Europa.

Instada pelo ECO a reagir à notícia, a Google Portugal remeteu para o artigo publicado na terça-feira no blogue oficial da marca: “Sempre concordámos que mercados saudáveis e vibrantes são do interesse de todos. Já fizemos amplas alterações aos nossos produtos de modo a responder às preocupações da Comissão. Ao longo dos próximos meses, iremos fazer mais atualizações para proporcionar maior visibilidade aos concorrentes na Europa”, disse Kent Walker, vice-presidente sénior de assuntos globais da Google.

(Notícia atualizada às 12h04 com mais informações)

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UTAO estima défice de 0,4% em 2018. Melhor do que a última previsão de Centeno

Sem as ajudas à CGD e ao Novo Banco, Governo pode ter conseguido um excedente de 0,1% em 2018, o que compara com défice de 0,9% em 2017. INE divulga número final na próxima semana.

O défice orçamental apurado segundo os critérios de Bruxelas terá ficado em 0,4% do PIB em 2018, calculam os técnicos do Parlamento numa análise à execução orçamental de janeiro distribuída esta quarta-feira aos deputados a que o ECO teve acesso. O documento admite que no melhor dos cenários o Governo pode ter conseguido no ano passado a meta que tem para 2019. O Instituto Nacional de Estatística (INE) revela o número final na próxima semana. A confirmar-se, Centeno terá conseguido superar as suas melhores previsões.

Quando elaborou o Orçamento do Estado para 2018, o Governo previu um défice de 1,1% do PIB. Meio ano depois cortou a previsão para 0,7% do PIB. Em fevereiro deste ano, o ministro das Finanças admitiu que o défice terá fechado o ano passado num valor “próximo de 0,6%”.

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estima que o saldo orçamental das Administrações Públicas em 2018, na ótica da contabilidade nacional, tenha ascendido a –0,4% do PIB (valor central do intervalo de – 0,6% do PIB a – 0,2% do PIB). A confirmar-se esta estimativa, o resultado alcançado em 2018 deverá ter superado tanto o objetivo inicial de –1,1% do PIB fixado no OE/2018, como a estimativa revista de –0,7% do PIB apresentada pelo Ministério das Finanças no Programa de Estabilidade (PE/2018-22) e, posteriormente, confirmada na Proposta de Orçamento do Estado para 2019 (POE/2019)”, diz o relatório.

Se as contas dos técnicos estiverem certas, o défice ficou em menos de metade do que a primeira previsão feita em outubro de 2017. O impacto para o défice de 2019 será menor uma vez que este saldo já foi calculado a partir da previsão de 0,7% do PIB. Ainda assim, são boas notícias para a execução deste ano que começa com um ponto de partida mais favorável.

Além disso, o défice sai ainda mais favorável do que a recente previsão do ministro, feita em fevereiro, e que já incorporava muita informação de 2018, com o ano já fechado.

O valor final do défice do ano passado será conhecido a 26 de março, quando o INE enviar o reporte dos défices excessivos para o Eurostat.

Para 2019, o Governo prevê um défice de 0,2% do PIB, mas o Conselho das Finanças Públicas projeta que pode ficar em 0,3% sem contar com uma parte significativa da injeção no Novo Banco nem como o impacto da contagem de dois anos, nove meses e 18 dias de tempo de serviço nas carreiras dos professores.

Sem medidas temporárias, Centeno pode ter conseguido um excedente

Caso o INE confirme as contas da UTAO, o ministro Mário Centeno poderá ter conseguido um excedente no ano passado, quando se descontam as medidas one-off, com destaque para as injeções de capital no Novo Banco em 2018.

O principal contributo para a melhoria do saldo em contas nacionais adveio da redução do impacto penalizador sobre o saldo orçamental associado às medidas de natureza temporária e/ou não-recorrente, em 1,7 pontos percentuais (p.p.) do PIB; estas penalizaram mais o saldo das Administrações Públicas em 2017, com destaque para a operação de recapitalização da CGD, do que em 2018, ano em que se destaca o acionamento do mecanismo de capitalização contingente do Novo Banco. Excluindo o efeito de medidas temporárias e/ou não–recorrentes, a estimativa central para o saldo orçamental ajustado aponta para um excedente na ordem dos 0,1% do PIB, que se deverá ter situado 0,9 p.p. do PIB acima do observado em 2017“, dizem os técnicos do Parlamento.

Em 2017, Portugal apresentou um défice orçamental de 3% do PIB – que reportou ao Eurostat, mas que o Governo português encarou como um resultado estatístico -, que era de 0,9%, quando descontada a ajuda ao banco público que pesou 1,1% do PIB. Este foi o número que Mário Centeno valorizou, argumentando que foi a própria Comissão Europeia que não considerou como ajuda pública a recapitalização da Caixa.

Para 2019 está prevista uma repetição nas ajudas à banca, ao Novo Banco, mas num valor superior, já que prejuízos no valor de 1.412 milhões de euros no ano passado levaram a administração do banco que resultou da resolução do BES a pedir ao Fundo de Resolução 1.149 milhões de euros.

Défice melhor apesar de mau resultado na contabilidade pública

A melhoria do défice em contabilidade nacional – a perspetiva que interessa a Bruxelas por ter em conta os compromissos assumidos – acontece apesar de em contabilidade pública – a ótica de tesouraria que mede recebimentos e pagamentos – mostra piores resultados. O défice ficou em 1%.

A passagem destes 1% para os 0,4% registados em contabilidade nacional é explicada pelo “ajustamento temporal de impostos e contribuições sociais, em 0,3 p.p. do PIB considerando o valor central, e a diferença entre juros pagos e juros devidos, em 0,2 p.p. do PIB”.

“Para além destes ajustamentos, um conjunto de outros efeitos contribuem, no seu conjunto, para melhorar o saldo em contas nacionais em cerca de 0,2 p.p. do PIB. Inclui-se nesta rubrica um conjunto de operações e ajustamentos de efeito contrário sobre o saldo orçamental em contas nacionais. Por um lado, no sentido do agravamento do saldo orçamental, destaca-se o acionamento do mecanismo de capitalização contingente do Novo Banco, no valor de 792 milhões de euros. Em sentido contrário, com impacto positivo no saldo orçamental em contabilidade nacional, contabilizaram-se em 2018 a recuperação de parte da garantia do BPP, em 166 milhões de euros, o ajustamento relativo aos fundos de pensões transferidos para a esfera das Administrações Públicas no passado, e cuja despesa deixou de ter impacto em contas nacionais no âmbito do SEC/2010, e a assunção de passivos da Parpública pela DGTF”.

(Notícia atualizada)

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Tem Android? Google vai perguntar que browser quer usar

Numa altura em que se prepara para a nova multa da Comissão Europeia, a Google adotou uma série de medidas para evitar futuras coimas. Vai perguntar aos europeus que browser querem usar.

Tem um dispositivo Android? Em breve, a Google irá questioná-lo sobre que browser quer manter como padrão no seu telemóvel ou tablet e que aplicação de pesquisa prefere usar — a da Google, ou uma outra concorrente. Além disso, a multinacional vai rever a forma como apresenta alguns resultados de pesquisa na Europa.

Estas são algumas das medidas adotadas pela empresa norte-americana no mercado europeu para tentar evitar novas multas de Bruxelas por abuso de posição dominante. O anúncio foi feito pela Google no momento em que se prepara para ser alvo de uma coima da Comissão Europeia, a terceira em três anos, segundo o Financial Times (acesso pago).

“Vamos fazer mais para garantir que quem tem um telemóvel Android conhece a vasta gama de browsers e motores de busca disponíveis para downloads. Vamos questionar todos os novos e atuais utilizadores de dispositivos Android na Europa sobre que browsers e aplicações de pesquisa vão querer usar”, escreveu Kent Walker, vice-presidente sénior de assuntos globais da Google.

A Google já pagou quase sete mil milhões de euros em multas a Bruxelas, ao abrigo de dois processos, nos quais foi acusada pela comissária Margrethe Vestager de práticas lesivas da concorrência. A última multa, aplicada em julho de 2018, bateu todos os recordes: 4,34 mil milhões de euros. Nos dois casos, a Google está a recorrer das decisões.

Esta quarta-feira, será alvo de uma nova coima. Desta vez, o alvo é o serviço AdSense. A Comissão Europeia entende que a Google está a lesar a concorrência na forma como mostra publicidade nas caixas de pesquisa que os gestores de websites podem integrar nas suas páginas, de acordo com o jornal britânico.

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OCDE defende agravamento do corte mensal das reformas antecipadas e aplicação do fator de sustentabilidade a todas as pensões

A OCDE fez uma análise ao sistema de pensões português e concluiu que é necessário alargar a aplicação do fator de sustentabilidade e agravar o corte mensal das reformas antecipadas.

Enquanto por São Bento a esquerda tenta (sem sucesso) eliminar o fator de sustentabilidade aplicado às reformas antecipadas, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) defende o seu alargamento a todas as pensões. A esta recomendação soma-se outra: a de que o corte de 0,5% por cada mês antecipado à idade legal da reforma (atualmente, nos 66 anos e cinco meses) seja agravado. Estes conselhos são deixados na análise da OCDE ao sistema de pensões português, que foi publicada esta quarta-feira.

A OCDE recomenda que se “use o fator de sustentabilidade para ajustar todas as pensões e como um instrumento que assegure a sustentabilidade financeira“. De acordo com a instituição liderada por José Ángel Gurría, este alargamento deverá ser acompanhado por dois outros processos: a “recalibração” do fator de sustentabilidade e o agravamento do corte que atualmente retira às prestações em causa 0,5% por cada mês antecipado à idade legal da reforma.

A OCDE salienta que a aplicação do fator de sustentabilidade (este ano, fixado nos 14,7%) apenas às reformas antecipadas cria uma diferença significativa em relação às restantes pensões, que tenderá a crescer face ao aumento da esperança média de vida aos 65 anos (o indicador usado para determinar o valor do corte em causa e a própria idade da reforma), sendo aconselhável a eliminação dessa discrepância.

Devia ser desincentivado o acesso às reformas antecipadas através do aumento do atual corte de 0,5% por mês antecipado, enquanto o fator de sustentabilidade, devidamente recalibrado, devia ser usado para ajustar todas as pensões como um instrumento que garante a sustentabilidade financeira”, recomenda a OCDE no relatório.

Recorde-se que o fator de sustentabilidade foi criado pelo ministro Vieira da Silva, no Governo de José Sócrates, tendo começado a ser aplicado em 2008. Nesse ano, o corte era de 4,78%, mas foi crescendo a partir daí: foi em 2014 que se deu o maior salto, de 4,78% em 2013 para 12,34% em 2014.

Note-se, também, que em outubro do ano passado o ministro do Trabalho chegou a anunciar que a reforma antecipada passaria a estar disponível apenas para quem cumprisse o critério dos 60 anos e 40 de descontos simultaneamente, travando-se o acesso a esse regime a todos os outros (por exemplo, com 61 anos e 40 de descontos). O Governo acabou, contudo, por esclarecer que, para já, essa medida não avançará, estando prevista uma reavaliação em 2023.

Por agora, quem aos 60 anos reúne 40 de descontos vê a sua pensão ser alvo apenas do corte de 0,5% por mês antecipado, enquanto todos os outros sofrem, além disso, com o fator de sustentabilidade.

Ligar idade de reforma antecipada à esperança de vida

Além das recomendações deixadas no que diz respeito aos cortes aplicados às pensões, a OCDE deixa também uma nota sobre a ligação da esperança média de vida aos 65 anos ao patamar etário mínimo de acesso à pensão de velhice e à reforma antecipada.

“O elo entre a idade normal da reforma e a esperança média de vida desempenha agora um papel chave. Deve ser implementado como planeado e estendido ao limite mínimo etário de acesso à reforma antecipada, que, estando nos 60 anos, está demasiado baixo“, sublinha a organização.

Atualmente, a idade normal da reforma já é norteada pela esperança média de vida aos 65 anos, mas o patamar mínimo de acesso à reforma antecipada não está ligado a esse indicador, estando fixado nos 60 anos de idade e 40 de descontos. A OCDE considera, contudo, que esse limite é demasiado baixo, face ao contínuo aumento da esperança média de vida. Esta recomendação choca com o que tem sido defendido por alguns parceiros sociais e pelos partidos mais à esquerda, que chegaram mesmo a defender a fixação de uma condição única de acesso: os tais 40 anos de descontos, independentemente da idade do futuro pensionista.

Por outro lado, a OCDE aconselha que se realize uma fusão da pensão de velhice com o complemento extraordinário de solidariedade (CES) e com o complemento solidário para idosos (CIS), de modo a tornar menos complexo o sistema e a evitar a multiplicação de instrumentos diferentes com objetivos similares.

Por último, a OCDE recomenda a fusão administrativa da Caixa Geral de Aposentações com a Segurança Social, já que os regimes já estão em convergência. “Não há razão para haver pagamentos de pensões e contribuições separados. A fusão criaria um cenário mais rigoroso das finanças do sistema de pensões e facilitar a sua gestão de um modo mais transparente e com menos custos”, sublinha-se no relatório.

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OCDE propõe fim das reformas antecipadas para desempregados de longa duração

Numa análise ao sistema de pensões português publicada esta quarta-feira, a OCDE sugere a eliminação da possibilidade dos desempregados de longa duração acederem à reforma antecipada.

O acesso à reforma antecipada com “cortes mais leves” para os desempregados de longa duração devia ser travado. A opinião é da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) que, esta quarta-feira, divulga uma extensa análise ao sistema de pensões português. No relatório, defende-se o reforço da oferta de oportunidades de emprego e o fim da possibilidade de antecipação da reforma por quem se enquadre no desemprego de longa duração.

“As políticas devem assegurar que o desemprego não encoraja a escolha pela reforma antecipada”, salienta a OCDE, referindo que, em 2016, mais de 50% dos portugueses que chegaram à reforma antecipada estavam em situação de desemprego de longa duração. “Em vez de permitir que os desempregados de longa duração acedam à reforma muito cedo e com cortes mais baixos, o sistema deveria ser adaptado para oferecer uma boa proteção no desemprego, disponibilizando programas efetivos para fortalecer a procura por empregos“, lê-se no relatório.

No quadro atual, um desempregado que à data do despedimento tivesse 57 anos e 15 anos de descontos pode pedir a reforma antecipada aos 62 anos sem penalização. Caso tivesse 52 anos e 22 anos de descontos à data do despedimento, o pedido pode dar entrada aos 57 anos de idade, com uma redução de 0,5% por cada mês antecipado. Isto depois de terem sido esgotados os subsídios de desemprego e social de desemprego.

Em contrapartida, a OCDE sugere que se pense na atribuição de benefícios nas pensões para aqueles que, durante a crise, não conseguiram encontrar emprego, o que resultou na interrupção da sua carreira. “De modo a mitigar os efeitos a longo prazo nas pensões daqueles que tiveram de lidar com choques tão violentos na sua carreira, os legisladores deviam considerar atribuir benefícios às pessoas que não foram capazes de encontrar emprego durante a crise”, frisa-se no relatório.

Por outro lado, a organização liderada por José Ángel Gurría defende que deviam ser eliminados os regimes especiais de acesso à reforma antecipada. “As pensões de velhice estão disponíveis, sem cortes adicionais (mas com o corte do fator de sustentabilidade), entre os 45 anos e os 60 anos, para algumas profissões consideradas árduas, como marinheiros e pescadores (55 anos), mineiros (50 anos), controladores de tráfego aéreo (58 anos), bailarinos profissionais (45 anos) e bordadeiras da Madeira (60 anos)”, explica o relatório.

A OCDE defende que estes profissionais não devem ter acesso garantido à reforma antecipada, mas devem ser enquadrados em programas de aprendizagem ao longo da vida que permitam a transição para empregos adequados à medida que envelhecem.

Pensões a crescer em linha com salários?

Na opinião da OCDE, os aumentos das pensões mínimas deviam acompanhar não o crescimento económico e a inflação, mas a variação do salário mínimo, de modo a garantir “um nível estável relativamente aos rendimentos do trabalho ao longo do tempo”.

“A indexação das pensões mínimas deve distinguir o aumento do valor da pensão mínima atribuída no momento da chegada à reforma da indexação das pensões em pagamento. O aumento da prestação inicial deve estar intimamente relacionado com o crescimento do salário mínimo ou médio de modo a garantir um nível estável relativo aos rendimentos do trabalho ao longo do tempo“, explica o relatório.

Ainda sobre as pensões mínimas, a OCDE defende que se baixe o valor mínimo de descontos (atualmente fixados nos 15 anos de contribuições) e que se reforce o impacto de cada ano adicional de contribuições acima do patamar mínimo, já que, no quadro presente, esse efeito só se sente quando se salta de um “escalão” de descontos para outro. Os grupos são os seguintes: até 15 anos de descontos, entre 15 anos e 21 anos, entre 21 anos e 30 anos, mais de 30 anos).

Por outro lado, a organização recomenda a indexação das “pensões intermédias” (entre dois e três Indexantes dos Apoios Sociais, ou seja, entre 871,52 euros e 1.307,28 euros) à inflação. Isto porque, no quadro legislativo atual, sempre que a economia cresce menos de 2%, estas pensões aumentam o equivalente à inflação menos 0,5 pontos percentuais.

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OCDE sugere regras mais duras para o resgate antecipado dos PPR

A OCDE não tem dúvidas: o Governo português tem de endurecer as regras para o resgate antecipado dos PPR, já que tais levantamentos "contrariam" o objeto desse instrumento.

O Governo devia endurecer as regras para o resgate antecipado dos Planos Poupança Reforma (PPR), aconselha a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Na análise ao sistema de pensões português publicada esta quarta-feira, a OCDE sublinha que os termos atuais são demasiados “brandos” pelo que se recomenda o agravamento dos custos associados aos resgates anteriores à idade da reforma.

“É melhor reformar os critérios para resgates antecipados de modo a que apenas os indivíduos que apresentem dificuldades económicas severas o possam fazer antes da idade da reforma”, sublinha a organização, garantindo que tais casos “contrariam” exatamente o objetivo desse instrumento, que é assegurar um rendimento complementar ao cidadão em causa durante a sua reforma.

Atualmente, é possível resgatar o PPR sem qualquer penalização após cinco anos da sua subscrição ou em caso de reforma por velhice, desemprego de longa duração, incapacidade permanente para o trabalho, doença grave, amortização de crédito habitação, bem como a partir dos 60 anos do subscritor.

Apesar de reconhecer que o resgate antecipado torna este produto mais “apelativo”, a OCDE recomenda o endurecimento das regras, referindo que, em contrapartida, deverão ser reforçados os incentivos associados à subscrição.

No que diz respeito ao agravamento das condições, a organização defende também que o requisito etário para o resgate deve estar alinhado com a idade normal da reforma (66 anos e cinco meses). Os levantamentos anteriores a essa idade são “problemáticos”, diz a OCDE, porque não partem do princípio de que os fundos em causa devem ser usados durante a reforma. “Permitir o resgate só na idade normal da reforma fortaleceria o objetivo do sistema de ajudar as pessoas a atingir rendimentos adequados na reforma”, lê-se no relatório.

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O setor dos pagamentos está a mudar. Em breve, o PIN vai ser trocado pela impressão digital

Esqueceu-se do PIN do seu cartão de crédito ou débito? Em breve não haverá problema. Vêm aí os leitores de impressões digitais nos cartões.

O setor dos pagamentos está a mudar. Tecnológicas como a Google ou a Samsung lançaram o Google Pay e o Samsung Pay, já o serviço MB Way trouxe uma verdadeira revolução e, agora, a Master Card, a Visa e outras entidades do setor dos pagamentos planeiam novas funcionalidades. Em breve, não precisará de decorar o PIN do seu cartão de crédito ou de débito. Porquê? Porque não vai precisar mais dele, apenas da sua impressão digital.

A MasterCard, a Visa e outras empresas do setor estão a desenvolver cartões que incorporam leitores de impressão digital, avança o El País (acesso livre, conteúdo em espanhol). Segurança e comodidade são as palavras-chave desta tecnologia que, em primeiro lugar, evita a necessidade de memorizar e digitar um código PIN — o que, por si só, aumenta o nível de segurança — e, em segundo lugar, é mais cómodo.

Com o leitor de impressões digitais nos cartões, basta que o utilizador coloque o seu dedo sobre o leitor, que está incorporado no próprio cartão. Assim, será desnecessário colocar o código PIN, que agora é pedido para compras superiores a determinada quantia. “O mundo avança rapidamente rumo a um futuro livre de palavras-passe. Os utilizadores estão a aperceber-se que a tecnologia biométrica pode tornar as suas vidas mais fáceis”, afirma Jack Forestell, diretor de soluções de mercado global da Visa.

Desta forma, a pessoa que está a fazer a transação tem de ser o próprio dono do cartão em causa. “Trata-se de um elemento permanente e inalterável que garante a continuidade no tempo do elemento de segurança. Ao vincular a conta a uma característica singular, o nível de segurança dos pagamentos aumenta“, escreve o jornal espanhol.

A Master Card já apresentou e testou os seus primeiros cartões com esta tecnologia na África do Sul, enquanto a Visa desenvolveu também um projeto-piloto nos Estados Unidos da América (EUA) e no Chipre. Mas este sistema não é só utilizado no setor bancário. Na China, por exemplo, está a ser testado um sistema de pagamentos através do reconhecimento facial nas estações de metro. Já nos Estados Unidos, está a ser desenvolvido um sistema facial nos principais aeroportos.

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