Hoje nas notícias: Função Pública, passes e médicos

  • ECO
  • 11 Fevereiro 2019

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O início da semana é marcado pela saúde, com a Ordem dos Médicos a propor a duração mínima de 30 minutos para as consultas com os médicos de família. O bastonário da Ordem alerta ainda para deficiências no Serviço Nacional de Saúde, adiantando que desde que assumiu funções não viu um investimento sério. Pela Função Pública, a revisão de subsídios de 700 milhões pagos aos funcionários foi esquecida. Já a aplicação da medida que prevê a diminuição do preço dos transportes públicos na capital não parece ter uma verba de dimensão suficiente. Veja estas e outras notícias que marcam as manchetes nacionais.

Subsídios de 700 milhões pagos na Função Pública ficaram por rever

A revisão de subsídios pagos na Função Pública, cujo valor ascende a 700 milhões de euros, ficou por fazer. Totalizam 280 suplementos que são somados ao salário, como abonos para lavar os carros, compensar tempo no campo ou premiar a assiduidade. Cerca de um quarto das carreiras recebe mais do que cinco apoios cumulativos. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso livre).

Verba para descer passes em Lisboa não é suficiente

A Área Metropolitana de Lisboa ficará com uma fatia de quase 75 milhões de euros do bolo do Programa de Apoio à Redução Tarifária, que prevê a diminuição do preço dos passes nos transportes públicos, a partir de 1 de abril. Mas esta verba não será suficiente para cobrir o défice criado pela medida, cujo impacto pode atingir os 90 milhões de euros, de acordo com as contas dos municípios, que têm como base a procura e custos atuais. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Médicos de família querem consultas com 30 minutos

A Ordem dos Médicos quer resolver um dos problemas que origina mais reclamações dos doentes, que é a falta de tempo para falar com os médicos. A proposta da Ordem é que as primeiras consultas feitas pelos médicos de família tenham uma duração padrão de 30 a 45 minutos, de acordo com um documento ao qual tiveram acesso o Público, Diário de Notícias e Renascença. A medida pode fazer com que seja necessário diminuir o número de utentes à responsabilidade de cada médico. Os tempos recomendados para a duração das consultas variam de acordo com as mais de 60 especialidades, e têm também em conta aspetos como o recurso a tecnologia ou se é uma consulta de seguimento. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Bastonário diz que desde que iniciou funções “não há um investimento sério no SNS”

Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos, há cerca de dois anos admite que “provavelmente o SNS está pior do que há 20 anos”. “As pessoas estão mais insatisfeitas”, diz. O urologista considera que “o SNS está com graves deficiências”, mas os “profissionais de saúde deram um contributo muito importante para aquilo que foi a capacidade de resposta do SNS” (Serviço Nacional de Saúde). O bastonário é perentório ao afirmar que “o SNS está mais ou menos paralisado”. “Desde que sou bastonário que não há um investimento sério no SNS”, defende sublinhando que não basta o primeiro-ministro anunciar “que se contrataram mais meia dúzia de médicos”. “Não há vontade de quem está na política de resolver os problemas das pessoas”, conclui. Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

Setúbal já tem mil franceses a residir na cidade

A presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, revela que a cidade já tem mais de mil franceses residentes. Num momento em que o preço da habitação na Margem Sul aumenta com o anúncio do novo aeroporto, a edil sublinha que, em Setúbal, também existe uma comunidade italiana e uma belga. Maria das Dores Meira, em entrevista ao jornal i, revela ainda que “a maior parte das ostras que entram em Paris são de Setúbal” e diz não perceber “qual é o drama das dragagens”, isto depois de um parecer de uma investigadora que avaliou os sedimentos no fundo do Sado ter pedido um “estudo aprofundado” dos riscos destas dragagens já que estas podem trazer problemas para a saúde humana. Leia a notícia completa no Jornal i (acesso livre).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lucros da Galp sobem 23%. Petrolífera propõe aumentar dividendo para 63 cêntimos por ação

A Galp Energia fechou o ano passado com lucros de 707 milhões de euros. Representa um aumento de 23% face ao ano anterior, com a petrolífera a propor um aumento de 15% no seu dividendo.

A Galp Energia fechou o ano passado com lucros de 707 milhões de euros. Este valor representa um aumento de 23% face ao ano anterior, tendo sido suportado pela subida da exploração e produção de petróleo, deu conta a empresa em comunicado enviado ao regulador, nesta segunda-feira. A petrolífera liderada por Gomes da Silva propõe ainda uma subida de 15% no seu dividendo, para 63 cêntimos por ação, o que significa a distribuição pelos acionistas de cerca de 74% dos lucros registados o ano passado.

Apesar do aumento do lucro anual, o resultado do último trimestre do ano aponta para um rumo diferente. A petrolífera registou no último trimestre de 2018 um resultado líquido de 109 milhões de euros, 42% aquém do verificado no mesmo período do ano anterior.

No que se refere ao EBITDA ajustado (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), verificou-se uma subida anual de 24%, para 2,2 mil milhões de euros, com este indicador a crescer no último trimestre do ano 4%, para 493 milhões de euros.

“O aumento de 15% da produção working interest (WI) e evolução favorável dos preços de petróleo e gás natural, apesar das menores margens e concentração de atividades de manutenção planeada na refinação”, dá conta a Galp Energia para justificar a evolução anual do seu EBITDA anual.

Já no que respeita ao investimento, este ascendeu a 900 mil milhões de euros no ano, com a petrolífera a considerar “os pagamentos relacionados com as aquisições realizadas no Brasil, no âmbito do negócio de upstream.

Em relação à dívida, esta totalizava 1,7 mil milhões de euros no final de 2018, com o rácio desta face ao EBITDA a situar-se em 8x.

Em resultado do seu lucro anual, a petrolífera liderada por Gomes da Silva pretende propor aos acionistas um aumento de 15% no valor do dividendo a distribuir relativo ao ano passado. Essa subida caso se confirme representa uma distribuição de 63 cêntimos por cada ação detida.

Tendo em conta o total de 829 milhões de ações da Galp, significa que os seus acionistas deverão receber 522,4 milhões de euros em dividendos, o equivalente a cerca de 74% dos lucros totais registados em 2018.

Produção cresce, mas menos. Investimento reforçado

A Galp também atualizou as estimativas dos principais indicadores para o período de 2019 e 2020, justificando-o com a “atualização do contexto macroeconómico e operacional”.

Prevê um reforço do investimento em 2019 para cerca de 1.000 milhões de euros e estima que a produção cresça entre 8% e 12%, abaixo do aumento registado em 2018, anunciou a petrolífera ao mercado.

“A produção total (working interest) deverá aumentar entre 8% e 12% em 2019, enquanto a taxa média agregada de crescimento no período 2018-20 deverá situar-se entre 12% e 16%“, refere a petrolífera, que em 2018 reforçou a produção em 15% e atingiu um valor médio anual de 107,3 mil barris diários de petróleo e gás.

Já o resultado das atividades operacionais deverá crescer entre 10% e 15% (CAGR 2018-20), isto depois de no último ano ter subido 2% para 1,6 mil milhões de euros.

O EBITDA deverá situar-se entre 2,1 mil milhões e os 2,2 mil milhões de euros em 2019 e acima de 3 mil milhões de euros a partir de 2020, crescimento que será previsivelmente impulsionado pela atividade internacional.

Já o investimento orgânico estimado é de cerca de 1.000 milhões de euros por ano em 2019 e 2020, depois de, em 2018, este se ter situado nos 899 milhões de euros, valor que inclui o pagamento de 103 milhões de euros relacionados com as aquisições de novos ativos no Brasil durante o período.

(Notícia atualizada às 7h47 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal 2020 tem execução mais atrasada que o QREN. Diferença é de dez pontos percentuais

Até ao final de dezembro de 2018, foram apresentadas candidaturas com intenções de investimento que atingiram os 58,4 mil milhões de euros, dos quais 50% são destinados às empresas.

O Portugal 2020 fechou o ano de 2018 com um desempenho pior que o do QREN, no ano homólogo comparável (2011). A taxa de execução do quadro comunitário foi de 33% no final de dezembro, um valor que compara com 39% no Quadro de Referência Estratégico Nacional no trimestre homólogo, revela o boletim trimestral do Portugal 2020.

No entanto, a diferença é, na realidade, mais substancial porque nos boletins do QREN não eram tidas em conta as verbas para a agricultura e para as pescas. Por isso, se for tida em conta apenas a despesa validada — usada no cálculo da taxa de execução — do Fundo Social Europeu, Fundo de Coesão e Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (Feder), a taxa de execução do Portugal 2020 desce para 29% contra os 39% do QREN, ou seja uma diferença de dez pontos pontos percentuais.

Assim, no QREN a despesa validada foi de 8,34 milhões de euros e do Portugal 2020 é de 8,43 mil milhões. Mas se a este montante se retirar os valores relativos ao Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (Feader) — 2,1 mil milhões de euros — e ao Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas (Feamp) — 68,12 milhões de euros — a despesa validada desce para 6,26 mil milhões de euros.

O Boletim trimestral revela ainda que, no último trimestre do ano passado, os maiores acréscimos na execução, face ao terceiro trimestre de 2018, “registaram-se no PDR Continente com 272 milhões de euros, Programa Operacional Competitividade e Internacionalização com 202 milhões de euros e no Programa Operacional Inclusão Inclusão Social e Emprego com 143 milhões de euros”. De sublinhar que, em dezembro, o Sistema de Incentivos — o conjunto das verbas destinadas a apoiar projetos de empresas, seja no Compete, seja nos diferentes programas operacionais regionais — teve o maior volume de execução desde o início deste quadro comunitário. Em causa estão 135 milhões de euros, que comparam com uma média mensal de 52 milhões de euros.

No campo oposto, as piores taxas de execução cabem ao Programa Operacional Regional de Lisboa (16%), do Alentejo (18%) e do Algarve (18%).

Em termos de taxa de compromisso, projetos que já receberam luz verde para obter apoios comunitários, o Portugal 2020 também não compara bem: 76% contra 81,2% do QREN. O fiel da balança pende a favor do atual quadro comunitário em termos de pagamentos aos promotores: 9,14 mil milhões de euros (35% da dotação total dos fundos do Portugal 2020) contra 8,34 mil milhões no QREN.

Mas até esta vantagem se desvanece quando se faz uma análise com base apenas nos Fundos comuns. Ou seja, os 8,34 mil milhões de pagamentos do QREN, em dezembro de 2011, devem comparar com 6,94 mil milhões do Portugal 2020 em dezembro de 2018 — valor que considera apenas pagamentos feitos no âmbito do FSE, Fundo de Coesão e Feder.

Por outro lado, o boletim revela ainda que, “até ao final de dezembro de 2018, foram apresentadas candidaturas com intenções de investimento que atingiram os 58,4 mil milhões de euros, dos quais 50%” são destinados às empresas. E o valor dos fundos aprovados (19,6 mil milhões de euros) destinam-se “a financiar operações de investimento elegível no valor de 28,9 mil milhões de euros“, sendo que o apoio às PME reúne um quarto do total dos apoios aprovados.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que vão marcar o dia

Eurogrupo elege novo economista-chefe para o BCE e arranca a época de resultados do PSI-20 com a Galp. O prazo para os supervisores financeiros se pronunciarem sobre a reforma do Governo chega ao fim.

A época de resultados das cotadas do PSI-20 arranca esta segunda-feira, com as contas da Galp. No mesmo dia, chega ao fim do prazo para os supervisores financeiros nacionais e internacionais darem um parecer sobre a reforma de supervisão delineada pelo Governo. A nível internacional, o Eurogrupo vai ser cheio com debates sobre Portugal e Irlanda, a desaceleração económica e o próximo economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), enquanto as bolsas asiáticas regressam de uma semana de férias.

Arranca época de resultados no PSI-20

Depois de a banca ter dado o pontapé de saída na época de resultados em Portugal, chegou a vez das empresas do PSI-20. A época arranca esta segunda-feira com as contas da Galp Energia, antes da abertura do mercado. Os dados preliminares comunicados pela petrolífera à CMVM apontam um aumento de 12% na produção, no quarto trimestre do ano passado face a igual período de 2017. O consenso dos 20 analistas que seguem as ações da Galp é que os lucros tenham recuado 32% para 127 milhões de euros nos últimos três meses de 2018, face ao período homólogo. Para o total do ano, estimam uma subida homóloga de 27% para 766 milhões de euros. Investidores e analistas estarão também especialmente atentos ao outlook para 2019 que a petrolífera irá apresentar.

Eurogrupo reúne-se com Portugal na agenda

A nível europeu vai ser um dia importante, com a reunião do Eurogrupo a centrar atenções. Os ministros das Finanças da Zona Euro vão encontrar-se em em Bruxelas, onde receberão informações sobre a 9ª missão pós-programa de ajuda externa realizada a Portugal (entre 26 e 30 de novembro de 2018), bem como sobre a 10ª missão pós-programa à Irlanda. O grupo, liderado pelo português Mário Centeno, irá ainda discutir a nomeação do próximo economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE) a partir de junho, sendo que o governador do Banco da Irlanda, Philippe Lane, é o único candidato ao lugar atualmente ocupado por Peter Praet. As previsões de inverno da Comissão Europeia — que reviu em baixa as projeções de crescimento económico — também estarão em cima da mesa.

Consulta dos supervisores à reforma da supervisão chega ao fim

A demorada reforma do modelo de supervisão financeira está prestes a atingir uma nova fase. O ministro das Finanças, Mário Centeno, anunciou no Parlamento no final de janeiro que o prazo de consulta direta obrigatória do documento (que já foi aprovado em Conselho de Ministros) por parte dos supervisores financeiros nacionais e do Banco Central Europeu (BCE) chega ao fim esta segunda-feira. Esta é a última frase do processo, que dura desde 2016, mas segundo noticiou o Jornal Económico, o BCE já comunicou ao Executivo português que não conseguirá emitir um parecer a tempo.

Bolsas chinesas regressam das férias

O ano novo lunar — o ano do porco — começou na passada terça-feira na China. Esta é uma das celebrações mais importantes da China e as principais bolsas no país estiveram fechadas ao longo de toda a semana passada. Antes de iniciar a pausa, a Bolsa de Xangai acumulava um ganho de 5% desde o início de janeiro. O regresso acontece esta segunda-feira e será marcado pela incerteza na guerra comercial: vai começar esta semana uma nova ronda negocial entre os EUA e a China, mas Donald Trump elevou o tom de alerta dos mercados depois de ter dito que não planeia encontrar-se com o Presidente chinês, Xi Jinpin, antes de 1 de março, a data estabelecida para o alcance de um acordo comercial.

Fim do prazo para empresas comunicarem rendimentos e retenções de IRS

As empresas têm, este ano, mais tempo para comunicarem ao Fisco os rendimentos auferidos por residentes no território nacional e as respetivas retenção na fonte, depois de o Orçamento do Estado para 2019 (OE2019) ter alterado as datas de várias obrigações declarativas e contributivas, nomeadamente a Modelo 10. Até ao ano passado, este formulário tinha de ser remetida à Autoridade Tributária e Aduaneira até ao final de janeiro, indicando os valores relativos ao ano anterior, mas o OE2019 alterou o fim deste prazo para o dia 10 de fevereiro. Como a data estabelecida é um domingo, o prazo termina esta segunda-feira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marques Mendes antecipa mini remodelação no Governo. Pedro Nuno Santos e Nelson de Souza sobem a ministro

O ministério de Pedro Marques será dividido em dois. Pedro Nuno Santos e Nelson de Souza sobem a ministro e Mariana Vieira da Silva passa para a secretaria de Estado dos Assuntos Parlamentares.

O comentador da SIC antecipa uma mini remodelação no Governo. Primeiro as saídas. Marques Mendes confirma que a convenção do PS, no dia 16 de fevereiro, culminará com a apresentação de Pedro Marques como cabeça de lista dos socialistas às eleições europeias, uma notícia que de resto já tinha sido avançada pelo jornal Público no início de janeiro.

Além de Pedro Marques, atual Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, o comentador da SIC antecipa a saída de Maria Manuel Leitão Marques — que tem a pasta da Presidência e da Modernização Administrativa — para o Parlamento Europeu. Sobre Maria Manuel Leitão Marques, o comentador ressalva que a saída “ainda não é certa”.

Na lista dos deputados para as europeias, Francisco Assis deverá ficar fora: “É pena porque tem pensamento europeu estruturado”, lamenta o comentador.

Agora as entradas no Governo. Segundo a previsão de Marques Mendes, a mini remodelação vai implicar uma mudança na orgânica no Executivo. O Ministério do Planeamento e das Infraestruturas será dividido em dois.

A parte das Infraestruturas ficará com Pedro Nuno Santos, o atual Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares que, de acordo com Marques Mendes, ficará ainda com a pasta da Mobilidade Interna que importará do Ministério do Ambiente, de João Matos Fernandes. “Vai ser um super ministro”, vaticina o comentador.

No Planeamento e com a pasta dos Fundos Comunitários ficará Nelson de Souza, atual secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão. Souza foi gestor do Programa Compete/QREN e do Prime, administrador do IAPMEI e gestor de programas no PEDIP (Programa Específico de Desenvolvimento da Indústria Portuguesa). Fica com a pasta numa altura sensível, em que em Bruxelas se negoceia a dotação para o Portugal 2030.

Pedro Marques e o secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, Nelson de Souza.Homem de Gouveia/LUSA 19 dezembro, 2016


Com a promoção de Pedro Nuno Santos,
abre-se uma vaga na secretaria de Estado dos Assuntos Parlamentares. Marques Mendes antecipa que será Mariana Vieira da Silva a ocupar o cargo. Mariana Vieira da Silva, filha do ministro Vieira da Silva, é atualmente secretária de Estado Adjunta do Primeiro-Ministro.

O comentador da SIC antecipa que António Costa vai comunicar estas mudanças ao Presidente da República no dia 17 de fevereiro, no dia seguinte à convenção do PS, altura em que os socialistas apresentam a lista dos candidatos às europeias.

A última grande remodelação do Governo aconteceu em outubro de 2018, com a saída de Azeredo Lopes da Defesa e a entrada de João Gomes Cravinho. Na Economia, Manuel Caldeira Cabral saiu para dar o seu lugar a Pedro Siza Vieira (ministro-adjunto e da Economia). Na Saúde, Adalberto Campos Fernandes foi substituído por Marta Temido. Na Cultura, a pasta passou a ser ocupada por Graça Fonseca, que sucedeu a Luís Filipe Castro Mendes.

Nessa altura, também houve uma mudança de orgânica. O Ministério do Ambiente passou a Ambiente e Transição Energética, com a inclusão da Secretaria de Estado da Energia. Secretaria que foi entregue a João Galamba.

(Notícia atualizada às 21h20 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comissões dão asas aos lucros dos bancos

CGD, BPI e Santander Totta tiveram lucros de 1.500 milhões de euros no seu conjunto em 2018. Comissões bancárias deram um forte contributo para estes resultados. Mas há mais fatores.

Caixa Geral de Depósitos (CGD), Banco BPI e Santander Totta já apresentaram as contas do ano passado e, para lá dos lucros de 1.500 milhões que estes três bancos acumularam em 2018, um denominador comum salta à vista: as comissões bancárias voltam a dar um contributo expressivo para os resultados dos principais bancos nacionais que, dependendo do que fizer o Novo Banco, regressarão ao verde pela primeira desde a crise de 2011.

Não há banco em Portugal que não tenha aumentado comissões dos serviços que prestam nos últimos anos, num esforço para arrecadar mais receita num ambiente de juros historicamente baixos promovido pelo Banco Central Europeu (BCE). Por exemplo, ainda na semana passada o ECO deu conta que o banco público fez disparar as comissão das transferências online em 60%. Esta segunda-feira o ECO também adiantou que o BPI aumentou a taxa de transferência MB Way dos 20,8 cêntimos para 1,248 euros, um aumento de 500%. Não foram os únicos.

No Santander Totta, que apresentou na passada segunda-feira lucros de 500 milhões de euros, as receitas com comissões atingiram os 372,4 milhões de euros no ano passado, correspondendo a um aumento de 12,5%. Um fator ajudou a explicar este disparo no comissionamento (isto além da subida das taxas): a integração do antigo Popular Portugal, comprado em 2017.

Já no BPI, as comissões renderam quase 278 milhões de euros em 2018, rubrica que registou um aumento expressivo de quase 6%, e representa já cerca 40% do produto bancário. No banco público houve um aumento de 2% destas receitas que ascenderam a 474,2 milhões de euros.

Receitas com comissões

Fonte: CGD, Santander Totta e BPI

Mas as comissões bancárias não foram o único contributo para os resultados positivos. Faltam ainda BCP e Novo Banco prestarem contas relativas ao exercício de 2018. Dependendo do desempenho do último, os cinco principais bancos portugueses deverão ter regressado aos lucros no seu conjunto, algo que não acontece desde 2010. Para já, os três bancos que já apresentaram resultados somam lucros de 1.487 milhões de euros.

No banco público, Paulo Macedo explicou que três fatores ajudaram a construir os melhores resultados desde 2007: a subida de 7% dos proveitos core (onde se incluem as comissões e a margem financeira), a redução dos custos em 100 milhões e o facto de não ter constituído provisões extraordinárias para saídas de trabalhadores.

Falando em provisões e imparidades, Pedro Castro e Almeida mostrou que o lucro do Santander Totta também teve o contributo positivo de 56 milhões de euros nesta rubrica, isto com a venda de imóveis no valor de 600 milhões de euros no ano passado, que vieram “libertar” esse montante que estava colocado de lado. Adicionalmente, com a integração do Popular, a margem financeira do banco dos espanhóis disparou 24% para os 866 milhões de euros.

No BPI, os lucros de 491 milhões de euros resultaram também em grande medida da venda de participações na Viacer e na BPI Gestão de Ativos, e dos negócios de cartões de crédito. Na parte operacional, a margem financeira subiu quase 9% para 422,6 milhões. E os custos estabilizaram.

Stock de crédito contrai com venda de malparado

Apenas o BPI conseguiu aumentar a sua carteira de crédito em 2018, com o stock de empréstimos a ascender a 23,5 mil milhões de euros no final do ano passado.

Já a CGD sofreu uma queda significativa na sua carteira de financiamentos: caiu 8,2% para 54,9 mil milhões de euros. O banco diz que a “nova produção registou uma forte progressão”, mas “não foi suficiente para contrariar a redução da carteira, fortemente influenciada pelas vendas de NPL’s, bem como pelos significativos reembolsos de crédito por parte de entidades públicas (cerca de 1.000 milhões de euros)”.

Também o stock de crédito do Santander Totta contraiu no ano passado. Atingiu os 40,4 mil milhões de euros, diminuindo 2,4% após a venda de carteiras de empréstimos em incumprimento no valor de 1.000 milhões de euros. “Excluindo este impacto, a carteira teria estabilizado face a dezembro de 2017”, precisou o banco.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Guaidó diz que ajuda humanitária começa a chegar à Venezuela nos “próximos dias”

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2019

Autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó adiantou este domingo que a ajuda humanitária para a Venezuela que está retida na cidade colombiana da Cúcuta chegará ao país nos "próximos dias".

A ajuda humanitária para a Venezuela retida em Cúcuta, na Colômbia, vai entrar em território venezuelano nos “próximos dias”, afirmou hoje o líder do parlamento e dirigente opositor Juan Guaidó, reconhecido por dezenas de países como Presidente interino.

“A ajuda está numa espécie de centros de armazenamento e esperamos que nos próximos dias tenhamos a entrada da primeira ajuda humanitária”, disse Guaidó a jornalistas depois de assistir a uma missa em Caracas.

Além de Cúcuta, a ajuda humanitária, enviada pelos EUA, deverá começar a concentrar-se em armazéns, um no Brasil e outro numa ilha das Caraíbas ainda não determinada.

"A ajuda está numa espécie de centros de armazenamento e esperamos que nos próximos dias tenhamos a entrada da primeira ajuda humanitária.”

Juan Guaidó

Autoproclamado presidente da Venezuela

A ajuda, constituída por medicamentos e alimentos, deveria entrar na Venezuela pela ponte de Tienditas, uma infraestrutura construída recentemente que une os dois países.

Contudo, a Guarda Nacional Bolivariana, polícia militarizada fiel ao regime do Presidente Nicolás Maduro, bloqueou a ponte com atrelados de camiões e contentores.

Guaidó acusou Maduro de “se negar a reconhecer a crise que criou” e afirmou que, ao bloquear a ajuda, faz do Presidente e dos seus apoiantes “quase genocidas” que “assassinam por ação e por omissão”.

Os venezuelanos, disse, vão ter de trabalhar “duramente para que cesse a usurpação” da Presidência por Maduro e para “dar resposta à emergência humanitária”.

O presidente da Assembleia Nacional voltou a apelar aos militares, afirmando que “ninguém pode querer imolar-se para responder ao chamamento de uma pessoa [Maduro] que perdeu o norte e que não tem apoio internacional”.

Depende de vocês deixarem de cumprir as ordens ridículas [do palácio presidencial] de Miraflores e fazer valer o orgulho pelo uniforme. Depende de vocês que [o uniforme] recupere o brilho, a honra e a simpatia de milhões de venezuelanos”, lançou.

Guaidó autoproclamou-se Presidente interino a 23 de janeiro, dias depois da posse de Nicolás Maduro para um segundo mandato, após uma eleição considerada ilegítima pela UE.

A maioria dos países da União Europeia (UE), incluindo Portugal, os Estados Unidos, o Canadá e vários países latino-americanos, designadamente o Brasil e a Colômbia, reconheceram Juan Guaidó como Presidente interino com a missão de realizar eleições presidenciais livres e transparentes.

A crise política na Venezuela, onde residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes, soma-se a uma grave crise económica e social, com escassez de bens e serviços essenciais, que levou 2,3 milhões de pessoas a fugir do país desde 2015, segundo dados da ONU.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Impasse entre democratas e republicanos deixam EUA perto de novo shutdown

  • ECO
  • 10 Fevereiro 2019

Democratas e republicanos continuam sem se entenderam quanto à política de segurança das fronteiras norte-americanas. Sem acordo, parte do Governo federal voltará a fechar portas na sexta-feira.

Alguns serviços federais do Governo norte-americano poderão voltar a fechar portas a partir da próxima sexta-feira. O cenário de novo shutdown ganhou terreno nas últimas horas perante o impasse nas negociações entre democratas e republicanos no Congresso.

“As negociações estão paradas neste momento”, admitiu o senador republicano Richard Shelby ao programa “Fox News Sunday”, citado pela agência Reuters, apontando as divergências com os democratas em torno das detenções de imigrantes junto à fronteira. “Diria que há uma probabilidade de 50% de termos um acordo”, referiu Shelby.

Do lado dos democratas, o senador Jon Tester desvalorizou este impasse. “É uma negociação. Raramente as negociações se desenvolvem de uma forma leve”, adiantou o dirigente político.

As duas partes estão a tentar chegar a um acordo até segunda-feira, nomeadamente quanto ao financiamento da segurança transfronteiriça dos EUA. Sem este entendimento, que o Presidente Donald Trump associou a manobra de distração dos democratas, nove departamentos federais e agências deverão encerrar novamente no final na sexta-feira, poucas semanas depois de um shutdown que durou 35 dias.

“Foi uma semana má para os democratas, com os excelentes números económicos, o desastre Virginia e o discurso sobre o Estado da União. Agora, com as terríveis propostas feitas por eles ao Comité da Fronteira, eu acredito que eles querem um shutdown. Eles querem um novo tema”, escrevei Trump no seu Twitter.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Santana Lopes defende que “todos devem ter o seu seguro de saúde”

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2019

Líder do Aliança lembrou que cerca de metade dos portugueses não tem sequer rendimentos que lhe permitam pagar IRS, pelo que no acesso aos seguros de saúde "precisam de ser apoiados".

O presidente da Aliança, Pedro Santana Lopes, defendeu este domingo a generalização dos seguros de saúde para todos os portugueses, considerando “insustentável que só os ricos possam aceder ao sistema privado”.

“Todos devem ter o seu seguro de saúde”, defendeu o líder da Aliança no encerramento do I Congresso do partido, que decorreu em Évora.

Pedro Santana Lopes recordou que cerca de metade dos portugueses não têm sequer rendimentos que lhe permitam pagar IRS, pelo que no acesso aos seguros de saúde “precisam de ser apoiados”.

É preciso “mudar a estrutura de financiamento do Serviço Nacional de Saúde”, acentuou o presidente da Aliança e ex-primeiro-ministro, concluindo: “O SNS, assim como está, não dá“.

“Temos de generalizar os seguros de saúde”, preconizou, numa altura em que os partidos políticos debatem no parlamento a lei de bases da saúdem concluindo que “é insustentável que só os ricos possam escolher entre o serviço público e o serviço privado de saúde”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Que carros compram os portugueses? Fizemos o retrato-robô

Os portugueses estão a comprar mais carros. Continuam a preferir as berlinas de cinco portas, mas as das versões utilitárias. E ninguém bate o Renault Clio... a diesel.

Comprar um carro nem sempre é fácil. Há muitas marcas, muitos modelos e motores, mas a dificuldade principal prende-se, muitas vezes, com os euros que têm de se gastar. Com tantas variáveis em cima da mesa, e com a questão financeira a assumir lugar de destaque, qual será então o carro-tipo que mais sucesso tem entre os portugueses?

Naquele que foi mais um ano de crescimento nas vendas de automóveis novos, com um total de 228.327 veículos a saírem dos stands, o ECO foi fazer um retrato-robô do tipo de carros que passaram a andar nas estradas nacionais. Conheça as preferências dos portugueses que comprar um “zero quilómetros”.

Coupé? Cabrio? Não… berlinas

Certamente muitos portugueses gostariam de ter um carro mais desportivo. Um coupé, um cabrio, ou mesmo um roadster, mas dificilmente este é o tipo de veículo para o dia-a-dia. E, por isso, o peso destas carroçarias nas vendas acaba por ser muito reduzido, recaindo a preferência nas berlinas.

De acordo com dados da ACAP, 44% dos veículos vendidos no ano passado foram berlinas de cinco portas — as de três portas representaram apenas 2%. Esta carroçaria arrasa com todas as outras, mas o seu peso encolheu por causa de uma outra, cada vez mais na moda: os SUV.

Os SUV 4×2, que em 2017 representaram 19% das vendas, viram a sua representatividade no mercado crescer para 25%, ou seja, um quarto do total, com os SUV 4×4 a ficarem com mais 3% do mercado. Estes veículos que oferecem posições de condução mais elevadas estão a “roubar” clientes tanto às berlinas como às carrinhas, que passaram a pesar 14% do mercado (pesavam 18% em 2017).

Utilitários? Sim. Cada vez mais

Então, mas que berlinas são essas que atraem tantos portugueses? São berlinas… utilitárias. Ou seja, veículos de reduzidas dimensões. Já tinham representado 40,2% das vendas em 2017, mas no ano passado aumentaram ainda mais o seu peso no mercado, sendo responsáveis por 42% do total.

Atrás dos utilitários vêm os familiares médios/compactos, com 37,6% das vendas, seguidos dos familiares grandes/executivos, que representaram 10% das unidades comercializadas. Venderam-se mais destes modelos do que dos citadino, o segmento abaixo dos utilitários.

O mesmo líder há seis anos

Uma berlina de cinco portas, utilitária… é o Clio. É o modelo que vem à cabeça de muita gente. E a explicação é simples: é um sucesso de vendas no mercado nacional há muitos anos. O utilitário da Renault foi, em 2018, o mais vendido no mercado nacional pelo sexto ano consecutivo.

Foram vendidas 13.592 unidades do Clio em 2018 — apresentou um crescimento de 6,7%, segundo dados da ACAP –, conseguindo praticamente duplicar o número de veículos vendidos pelo segundo da lista, o Qashqai. O SUV da Nissan entrou para o pódio no ano passado, tendo sido vendidas 6.836 unidades.

A fechar o top 3 está o 208, da Peugeot, seguido de mais dois modelos da Renault, o Captur (outro SUV, mas este de menores dimensões) e o Mégane.

Diesel… lidera, mas por pouco

A maioria dos veículos comercializados no ano passado em Portugal continuou a recorrer a motores a gasóleo, mas o peso deste caiu a pique. A gasolina subiu de forma expressiva, de acordo com dados da ACAP.

O peso do diesel encolheu de 61% para 53% ao mesmo tempo que o da gasolina aumentou para 39%. Já em janeiro, e numa altura em que está acesa a discussão sobre o futuro do diesel depois de o ministro do Ambiente e da Transição Energética ter aconselhado os portugueses a não os comprarem, a gasolina superou a venda dos diesel, o que não acontecia desde 2004.

Mais energias alternativas. A maioria? Híbridos

Matos Fernandes atacou o diesel, apontando os elétricos como o futuro. E, de facto, as vendas de carros 100% elétricos estão a crescer de forma expressiva. De acordo com dados da ACAP, as vendas destes “puros” elétricos registaram um crescimento de 148%, tendo sido vendidas 4.073 unidades.

Mas a maioria dos automóveis movidos a energias alternativas adquiridos pelos portugueses não são totalmente elétricos. “Considerando apenas o total das vendas em 2018 de veículos movidos a energias alternativas, quase metade (43%) é constituída por híbridos elétricos convencionais“, diz a ACAP, notando que só depois vêm os elétricos puros, seguidos de perto dos híbridos plug-in.

No global, as vendas destes veículos de muito baixas emissões representaram 7% do total, sendo os elétricos puros responsáveis por 1,8% de todos os carros comercializados no ano passado no mercado nacional. Só na Holanda, Suécia e Áustria os 100% elétricos têm um peso superior nas vendas totais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lagarde alerta para crescimento lento e insta governos a lutar contra corrupção

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2019

Diretora do FMI diz que o futuro após a crise "permanece desconhecido". Mas frisou que governos não devem apenas promover crescimento económico, mas também o bem-estar dos cidadãos.

A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, alertou este domingo para o crescimento lento da economia devido a vários fatores como a desaceleração da economia chinesa e instou os governos a lutar contra a corrupção.

No primeiro dia da World Government Summit, realizada nos Emirados Árabes Unidos, Christine Largarde disse que as “tensões comerciais e aumentos de impostos, as restrições financeiras, a incerteza sobre o Brexit e a desaceleração da economia chinesa” estão por detrás da desaceleração da economia. “Estão a afetar o comércio, a confiança e os mercados”, disse.

A diretora-geral do FMI salientou que a economia mundial está num momento de “transformação” e que o futuro após a crise “permanece desconhecido”.

“O futuro do trabalho está a mudar radicalmente e, consequentemente, muitos serão diferentes. É uma combinação entre a globalização e a tecnologia e os empregos serão adaptados à inteligência artificial”, realçou.

Neste ponto, referiu Lagarde, “as políticas que abordam mudanças nos empregos são necessárias”.

“Os governos não devem apenas melhorar as economias dos países, mas devem também aumentar a qualidade de vida de seus cidadãos”, disse.

Christine Lagarde chamou também a atenção dos países em relação à corrupção que, na sua opinião, “gera desconfiança e afeta o crescimento da economia”. “Pedimos aos estados que não arruínem as suas economias, que apliquem a transparência e adotem boas políticas governamentais“, referiu.

A Cimeira começou este domingo no Dubai, com a participação de mais de 4.000 pessoas de 140 países, incluindo chefes de Estado, ministros e autoridades que se reúnem para discutir o futuro dos governos.

Representantes de mais de 150 países, incluindo Portugal, participam de hoje a terça-feira, no Dubai, no World Government Summit, onde líderes políticos, religiosos, económicos e sociais irão debater o futuro próximo do planeta.

Ao longo dos três dias, a governança nas suas várias valências será alvo de uma multiplicidade de olhares, debatendo como mitigar o risco da próxima epidemia global, como a consciência pode transformar a educação ou como definir propriedade intelectual na era da inteligência artificial.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Luís Onofre nomeado líder da indústria europeia do calçado

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2019

Luís Onofre foi nomeado presidente da confederação europeia do calçado para o próximo triénio. "É o reflexo da importância que a confederação europeia atribui ao setor em Portugal", diz o ministro.

Luís Onofre é presidente da Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos.Fernando Veludo/EPA

O presidente da Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Luís Onofre, foi nomeado presidente da confederação europeia do setor para o próximo triénio, numa demonstração do prestígio internacional de Portugal nesta indústria, anunciou este domingo o ministro da Economia.

“O presidente da APICCAPS [Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos], Luís Onofre, acaba de ser nomeado presidente da Confederação Europeia de Indústrias de Calçado (CEC)”, afirmou Pedro Siza Vieira à margem de uma visita à delegação de 90 empresas portuguesas que participa até quarta-feira, em Milão, na maior feira internacional do setor do calçado, a Micam.

Em declarações aos jornalistas, e face a 2019 em que “não se prevê um ano de muitas facilidades”, Luís Onofre deixou um conselho aos empresários portugueses do setor: “Que sejam o mais resilientes possível a este problema das políticas internacionais e europeias e dos protecionismos de que não têm culpa, mas que afetaram o desempenho”.

Antes, o ministro da Economia destacou que a eleição de Luís Onofre para liderar a indústria europeia se tratar de “uma distinção não apenas à pessoa e à sua capacidade de liderança, mas também um reflexo da importância que a confederação europeia atribui ao setor em Portugal”, e que permitirá ao país “contribuir para a afirmação da indústria europeia, mas particularmente para a elevação da imagem de Portugal”.

“A forma como o mundo aprecia o percurso da indústria portuguesa de calçado é impressionante, é um caso de estudo e um exemplo internacional e no país”, sustentou Siza Vieira.

Para Luís Onofre, a presidência da CEC – que assume a partir de maio – “é um prestígio” pessoal e para o setor, que pretende aproveitar “para ajudar a indústria portuguesa a ser cada vez mais reconhecida a nível internacional” e para avaliar com mais profundidade “algumas situações que se passam a nível da Europa”.

"É uma distinção não apenas à pessoa e à sua capacidade de liderança, mas também um reflexo da importância que a confederação europeia atribui ao setor em Portugal.”

Pedro Siza Vieira

Ministro da Economia

Afirmando-se “impressionado com a presença portuguesa” na feira de Milão, onde Portugal se destaca como a segunda maior delegação estrangeira, depois de Espanha, o ministro Adjunto e da Economia destacou o papel de “suporte” que tem vindo a ser desenvolvido pela APICCAPS, apontando-a como “protagonista da transformação notável” da indústria nacional do setor.

Relativamente ao desempenho do setor português do calçado em 2018, em que – segundo os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) – as exportações aumentaram 0,98% em volume (para perto de 84 milhões de pares), mas recuaram 2,85% em valor (para 1.904 milhões de euros), Siza Vieira considerou que que “o grande trabalho que há que continuar a fazer é na diversificação de mercados e na promoção externa”.

“Essa ligeira redução da faturação nas exportações também tem a ver com a circunstância de os consumidores internacionais estarem a evoluir nas suas preferências e haver, neste momento, alguma procura por materiais alternativos que não a pele e que não são tão caros”, referiu.

Contudo, disse, “as empresas portuguesas têm conseguido saber adaptar-se a essas mudanças na procura”, sendo que a indústria nacional se distingue por ser “muito flexível, rápida e capaz de responder às necessidades do mercado”.

Ao nível da promoção externa, Siza Vieira apontou o investimento de 16 milhões de euros programado para este ano pela APICCAPS, com o apoio do Programa Compete, a que acrescem mais dois milhões de euros na valorização das marcas portuguesas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.