Trump deixa recado a Guterres. ONU deveria fazer “todos os Estados-membros pagar”

Na sequência de notícias a indicar dificuldades financeiras das Nações Unidas, o presidente norte-americano lembra que todos os países que fazem parte da organização deveriam contribuir.

Um alerta de António Guterres para a falta de dinheiro da Organização das Nações Unidas (ONU) recebeu, em troca, um recado de Donald Trump. O presidente norte-americano respondeu com a reivindicação já muitas vezes expressa de que todos os países deveriam pagar, não apenas os Estados Unidos.

O secretário-geral da ONU avisou que a organização tem um défice financeiro na ordem dos 230 milhões de dólares e que pode ficar sem dinheiro até ao fim deste mês. Trump reiterou que, para resolver o problema, a ONU deveria “fazer todos os Estados-membros pagar, não só os Estados Unidos”, num tweet publicado na sua conta oficial.

Donald Trump tem vindo a criticar o funcionamento da ONU, nomeadamente as diferenças nas contribuições dos países para a organização. As intervenções do presidente norte-americano têm pedido, por isso, uma reavaliação dos montantes a transferir por cada membro.

A missiva de Guterres, onde são explicados os problemas que a organização atravessa, é uma carta interna enviada aos trabalhadores. No documento, o secretário-geral da ONU adiantou que estavam a ser consideradas medidas para garantir o pagamento de salários até ao final do ano.

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Finangeste investe 5 milhões de euros em projeto imobiliário em Vila Franca de Xira

  • Lusa
  • 9 Outubro 2019

O investimento da Finangeste prevê um empreendimento de 20 moradias com condomínio fechado, piscina e ginásio comum.

A Finangeste anunciou esta quarta-feira o investimento de cinco milhões de euros num novo projeto imobiliário em Alhandra, Vila Franca de Xira, no distrito de Lisboa, que já criou 55 postos de trabalho diretos.

De acordo com um comunicado enviado pela empresa de recuperação de créditos e gestão de ativos imobiliários, este novo projeto imobiliário, designado Empreendimento Casas do Rio, é composto por 20 moradias com condomínio fechado, piscina e ginásio comum.

Com tipologias de T3 a T5 e áreas compreendidas entre os 239 e os 518 metros quadrados, reflete, segundo a administração da Finangeste, a aposta da empresa no setor residencial em Portugal. “Acreditamos que a classe média portuguesa continua a evidenciar uma forte procura de casas para as suas famílias”, refere, em comunicado, a administração.

Em maio deste ano, a Finangeste já tinha anunciado o investimento de 10,5 milhões de euros nas Caldas da Rainha, onde está a recuperar um conjunto de cinco edifícios inacabados que se encontravam em estado avançado de degradação.

A empreitada, que permitiu a criação de 150 postos de trabalho diretos, vai dar lugar a um condomínio com 73 novas habitações, diversas lojas e serviços, jardins e piscina.

A empresa adiantou ainda à agência Lusa que “os próximos investimentos da Finangeste passam por dois projetos de reabilitação em Lisboa – Baixa de Lisboa e Avenidas Novas – para habitação”, cujas obras começam ainda em 2019 e representam um investimento de mais de 15 milhões de euros.

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PEV admite “avaliação prévia” dos Orçamentos com Governo

Os Verdes não assinam nenhum papel para selar um acordo, mas admitem votar medidas socialmente justas e que respeitem o equilíbrio ambiental e avaliar previamente os Orçamentos.

Os Verdes estão disponíveis para fazer apreciações prévias conjuntas com o Governo nos próximos Orçamentos de Estado e querem ver medidas do seu programa eleitoral incluídas no Programa de Governo. Esta disponibilidade do partido foi transmitida aos jornalistas esta tarde pelo deputado ecologista José Luís Ferreira, no final da reunião com o primeiro-ministro indigitado que tem cinco encontros esta quarta-feira para tentar uma geringonça alargada.

As reuniões de António Costa acontecem depois de, no domingo, o PS ter vencido as eleições legislativas, tendo conseguido eleger 106 deputados, mas sem maioria. Os Verdes têm dois deputados.

Questionado sobre que garantias existem para a aprovação do Orçamento do Estado para 2020, o deputado José Luís Ferreira disse que a “garantia que há é que há avaliação prévia com o Governo” dos documentos, ou seja, serão feitas “apreciações conjuntas prévias”.

A fórmula usada pelo partido que concorreu coligado com o PCP é semelhante à que consta na posição conjunta assinada entre os comunistas e os socialistas em 2015, quando falava num “exame comum” dos Orçamentos. A diferença parece ser agora o facto de desta vez não haver a vontade para deixar as condições registadas por escrito. “Não há qualquer documento escrito”, disse José Luís Ferreira, porque ao contrário de 2015, desta vez o Presidente da República não o exige.

José Luís Ferreira disse que esta é a proposta que será apreciada pela comissão executiva do PEV esta noite. De resto admite aprovar medidas “socialmente justas” e que respeitem o “equilíbrio ambiental”. O deputado d’Os Verdes admitiu ainda que, para haver um entendimento maior com o PS, “terá de haver reuniões para introduzir as nossas medidas no Programa de Governo”.

O primeiro-ministro indigitado disse, no final do encontro, que foram identificados pontos de convergência. “Ficou indiciada ideia de que podemos manter a prática de apreciações conjuntas prévias de propostas de OE, eventuais moções de censura ou de rejeição do programa de Governo, para além do trabalho sobre matérias sobre as quais possamos convergir”, disse António Costa. O PEV tem um “conjunto de prioridades que correspondem também a prioridades do PS, embora possam não ser as mesmas medidas”, acrescentou.

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Willis Towers Watson organiza 1.ª conferência de saúde e benefícios

  • Trabalho
  • 9 Outubro 2019

Encontro junta principais players do setor em debate. Está marcado para 18 de outubro, e integra o Greenfest, que decorre entre 17 e 20 de outubro, na Nova SBE, em Carcavelos.

A Willis Towers Watson (WTW) vai organizar a primeira conferência nacional dedicada à área de saúde e benefícios. Sob o tema “Sustentabilidade dos benefícios: um olhar para o futuro”, a sessão conta com os principais players do mercado de seguros de saúde, em Portugal.

“Num ambiente de constante mudança é fundamental conhecer as tendências em benefícios e olhar para o futuro”, explica a Willis Tower Watson.

O encontro está marcado para 18 de outubro, e será integrado no Greenfest, festival sobre sustentabilidade que acontece na Nova SBE, em Carcavelos.

A inscrição no evento é obrigatória e pode ser feita via email [email protected]

Miguel Albuquerque, head of Health & Benefits da Willis Towers Watson, antecipa os temas em discussão:

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Católica mantém crescimento do PIB de 2,1% mas revê em baixa 2020 e 2021

  • Lusa
  • 9 Outubro 2019

Universidade Católica manteve a estimativa de crescimento da economia portuguesa para 2019 nos 2,1% do PIB, mas alerta para “riscos descendentes", e reviu em baixa a previsão para 2020 e 2021.

O núcleo de economistas da Universidade Católica manteve esta quarta-feira a estimativa de crescimento da economia portuguesa para 2019 nos 2,1% do PIB, mas alertando para “riscos predominantemente descendentes”, e reviu em baixa a previsão para 2020 e 2021.

De acordo com o Núcleo de Estudos de Conjuntura da Economia Portuguesa (NECEP) da Católica, “o desempenho da economia portuguesa em 2019 dependerá da evolução do investimento e da procura externa” e nesse sentido “os dados mais recentes do comércio mundial desaconselham uma leitura confiante”.

“Neste contexto, o NECEP mantém, ainda assim, a sua projeção anterior de um cenário central de crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] de 2,1% em 2019”, lê-se na folha trimestral de conjuntura relativa ao terceiro trimestre de 2019.

Os economistas sublinham que a estimativa para 2019 “encerra riscos predominantemente descendentes face à intensificação dos fatores de incerteza, nomeadamente, ao nível da economia da zona euro onde o terceiro trimestre poderá ter sido bastante fraco, com um crescimento em cadeia de apenas 0,1%”.

A manutenção da estimativa de um crescimento da economia de 2,1% assenta, por um lado, na revisão em alta do Instituto Nacional de Estatística (INE) devido à atualização da base das contas nacionais e, por outro, à “relativa estabilidade do crescimento em cadeia observada nos últimos trimestres”, diz o NECEP.

Para o terceiro trimestre do ano, os economistas estimam um crescimento da economia de 0,5% em cadeia e de 2,1% em termos homólogos, “sem alteração significativa face aos níveis de crescimento do trimestre anterior (0,6% e 1,9%, respetivamente)”.

“Com efeito, a generalidade dos indicadores de alta frequência aponta no sentido da estabilização do crescimento face ao segundo trimestre do ano. Para já, a manutenção dos indicadores em patamares absolutos acima da média histórica permite concluir que a recuperação da economia, iniciada em 2013, continua em curso”, avançam os economistas.

O NECEP estima ainda que, no terceiro trimestre do ano, a taxa de desemprego terá descido de 6,3% para 6,1%.

Para os anos seguintes, o NECEP defende que a revisão dos dados do INE, a fragilidade da economia da zona euro e a debilidade do comércio internacional “justificam uma maior prudência no cenário central da previsão de crescimento para 2020”, apontando para uma recuperação de 1,9%, contra os anteriores 2,1%.

“Os fatores de incerteza justificam um intervalo de projeção alargado, agora situado entre 1,2% e 2,6%”, acrescentam os economistas.

Já para 2021, o NECEP avança com uma “substantiva revisão em baixa” em menos 0,4 pontos percentuais, estimando agora um crescimento de 1,7% do PIB.

“A incerteza é muito significativa neste âmbito como resultado, em larga medida, do ambiente preocupante que rodeia a economia mundial na atualidade”, lê-se no documento.

Os economistas apontam ainda “alguma incerteza adicional associada ao comportamento do Governo no período pós-eleitoral”.

“Se, por um lado, os resultados eleitorais das legislativas de 06 de outubro reforçaram o peso do Partido Socialista (PS), o principal partido do Governo, no Parlamento, por outro lado, os riscos políticos parecem ter aumentado já que não se vislumbra, ainda, qual a solução política governativa, nem quando será conhecida”, realça o NECEP.

O Governo estimou em abril, no Programa de Estabilidade, um crescimento do PIB de 1,9% para 2019 e 2020 e de 2% para 2021.

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ERC iliba Expresso após queixa de Rui Rio. Não deu como provada “campanha” do jornal contra a liderança do PSD

Rui Rui considerou que o Expresso estava a fazer "campanha" contra a liderança do PSD e fez queixa à ERC em janeiro. Meses depois, a deliberação do regulador não dá como provada a acusação.

Rui Rio, presidente do PSD, fez queixa do Expresso à ERC por considerar que o jornal estava a fazer “campanha” contra a liderança do partido. O regulador ilibou o semanário, mas também criticou a “falta de rigor” em alguns artigos.José Coelho/EPA 26 Maio, 2019

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) ilibou o Expresso no caso que opunha o presidente do PSD e o jornal dirigido por João Vieira Pereira. O Conselho Regulador deliberou “não dar como provada” a “existência de um propósito ou de uma tendência que revelasse uma ‘campanha’ consistente e intencional do Expresso contra a liderança” do partido, na sequência de uma queixa interposta pelo político.

O ECO tinha revelado em exclusivo que Rui Rio fez queixa do Expresso ao regulador da comunicação social, em janeiro, por considerar que o jornal estava a fazer “campanha” contra a liderança do PSD. Concretamente, a queixa apontava o dedo “ao jornalista Filipe Santos Costa”, que “assumiu o papel de clara oposição ao PSD, desvirtuando a sua posição profissional”, segundo considerou, na altura, a porta-voz do partido, Florbela Guedes

No entanto, de acordo com a ERC, “o vasto conjunto das situações analisadas não permite tecer a conclusão de que o Expresso” tenha violado as regras ético-deontológicas e legais. Quanto ao trabalho concreto do jornalista em questão, o regulador remeteu o processo à Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ), por considerar não ter “competências” para avaliar a queixa nesta matéria.

Ainda assim, a decisão contraria a posição do presidente do PSD, que tem feito duras críticas à atuação da comunicação social, sobretudo no que toca à cobertura dos períodos da pré-campanha e da campanha eleitoral. Nas europeias de 26 de maio, Rui Rio justificou a derrota do PSD com os as “chapadas e pontapés” dos críticos internos e da imprensa. Meses depois, em plena noite eleitoral do passado domingo, dedicou uma parte do discurso a criticar as sondagens e o trabalho dos jornalistas, apontando o dedo ao Expresso e à SIC, dois órgãos de comunicação detidos pelo grupo Impresa.

De acordo com a deliberação do Conselho Reguladorque data de 18 de setembro, mas o ECO sabe ter sido comunicada aos interessados na sexta-feira de 4 de outubro, antes das eleições legislativas –, a ERC lembra ainda que algumas peças indicadas por Rui Rio na queixa são artigos de opinião, protegidos pelo princípio da liberdade de expressão. “Importa ressaltar que muitas das peças listadas são de opinião, incluindo editoriais e crónicas assinadas por jornalistas ou por outros intervenientes em espaços regulares nas páginas do Expresso. Ora, não cabe a esta entidade a apreciação de peças de cariz opinativo”, aponta o regulador ERC.

ERC aponta “défice de rigor” ao Expresso

Apesar de ilibado, a deliberação da ERC também não representa uma vitória em toda a linha para o semanário de referência. O Conselho Regulador garante que a análise dos artigos remetidos na queixa “permitiu verificar que algumas peças, analisadas individualmente (e não apenas de um jornalista), revelam algum défice de rigor na sua construção”.

“[A ERC delibera] verificar que, nalgumas peças analisadas […] não ficou claro para os leitores que o Expresso tenha omitido a identificação das suas fontes de informação para lhes conferir proteção de confidencialidade ou que tenha efetivamente auscultado todas as partes com interesses atendíveis no caso”, lê-se no documento. Por isso, a entidade reguladora deliberou também “instar o Expresso a assegurar o cumprimento contínuo das obrigações que lhe incumbem em matéria de rigor informativo”.

A ERC é a entidade que regula a comunicação social. O Conselho Regulador, que tem o poder deliberativo, é presidido por Sebastião Póvoas, contando também com Mário Mesquita, Francisco Azevedo e Silva, Fátima Resende e João Pedro Figueiredo.

O PSD disputou as eleições legislativas este domingo, 6 de outubro, tendo conquistado 77 mandatos, contra os 106 mandatos alcançados pelo PS, após a contagem dos votos em território nacional. Em termos percentuais, os sociais-democratas conseguiram 27,90% dos votos válidos, contra os 36,65% conquistados pelos socialistas, que levaram António Costa a ser indigitado primeiro-ministro do XXII Governo Constitucional esta terça-feira. Ainda faltam atribuir quatro mandatos, correspondentes aos votos no estrangeiro.

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Para quando o Orçamento do Estado de 2020? Há nove etapas a ultrapassar

Até à apresentação do Orçamento do Estado há várias etapas para cumprir. Na frente política, Marcelo e Costa põem a formação do Governo a andar. Na frente orçamental, Centeno tem o OE em preparação.

As eleições legislativas abrem um processo de formação do Governo com várias etapas que é preciso cumprir. A primeira aconteceu já na terça-feira com Marcelo Rebelo de Sousa a indigitar António Costa como primeiro-ministro. O ECO foi ver quais os passos que se seguem até à apresentação do Orçamento do Estado para 2020 e que balizas o Governo receberá entretanto para elaborar o primeiro Orçamento da nova legislatura.

  1. Depois das eleições de domingo, o Presidente da República decidiu ouvir já esta terça-feira os dez partidos com assento parlamentar com vista à indigitação do primeiro-ministro. Marcelo Rebelo de Sousa tem pressa na formação do Governo para que António Costa possa ir à reunião do Conselho Europeu de 17 e 18 de outubro sobre o Brexit com informação de cada um destes partidos sobre a saída do Reino Unido da União Europeia. Nas eleições de domingo, o PS saiu vencedor, mas os 106 deputados não chegam para aprovar leis. O líder socialista quer fazer uma geringonça alargada que inclua além do Bloco de Esquerda, do PCP e dos Verdes, o PAN e o Livre.
  2. Na quarta-feira, Costa quer reunir-se com os partidos de quem quer apoio parlamentar. Nestes encontros poderão ser discutidas questões como o tipo de acordo que cada partido pode e quer fazer com o PS — se um acordo formal ou não — e quais as matérias que podem estar na base de eventuais entendimentos.
  3. Apesar da urgência imposta pelo Chefe de Estado, não pode haver qualquer tomada de posse antes de serem publicados os resultados gerais da eleição para a Assembleia da República. No domingo foram atribuídos os mandatos dos deputados para o território nacional, mas falta distribuir os quatro lugares que são eleitos pelo círculo da Europa e fora da Europa. O resultado do apuramento geral tem de ser conhecido até dez dias depois das eleições, ou seja, até 16 de outubro.
  4. Até lá, nos ministérios os membros do atual Governo preparam as pastas de transição onde é deixado um ponto de situação de cada um dos dossiers para o futuro governante. Tendo em conta que das eleições saiu um resultado em que um Governo PS sucede a um Governo PS, esta tarefa pode ser menos complexa do que quando muda a cor política do Executivo.
  5. Ao mesmo tempo, no Ministério das Finanças já está em preparação o esboço do Orçamento do Estado para 2020 que o Governo vai enviar para a Comissão Europeia a 15 de outubro. O documento serve para dar a Bruxelas as primeiras indicações sobre perspetivas orçamentais e económicas para o próximo ano. Porém, ainda não contém os impactos das medidas de política que o Governo quererá adotar. Mas se, por um lado, este exercício vai beneficiar das revisões em alta do PIB no primeiro semestre do ano e em baixa do défice do ano passado, por outro, poderá ser negativamente afetado pelo corte de previsões a nível mundial. O Fundo Monetário Internacional (FMI) fala em “abrandamento sincronizado”.
  6. Enquanto nas Finanças se constrói o famoso draft do Orçamento, a equipa de Mário Centeno conhece dois documentos importantes que podem ajudar a balizar as opções futuras. Esta quinta-feira, o Banco de Portugal publica o Boletim Económico de Outono onde inclui uma projeção macroeconómica para o ano em curso (atualmente o banco central vê o PIB a crescer 1,7%). No mesmo dia, o Conselho das Finanças Públicas atualiza as projeções económicas e orçamentais para 2019/2023 e apresenta aquelas que considera serem as condicionantes para as finanças públicas para a legislatura que agora começa.
  7. No plano político, os 230 novos deputados tomam posse três dias depois do apuramento dos resultados gerais das legislativas. Segue-se a tomada de posse do Governo, que sai do novo Parlamento eleito, e depois de o primeiro-ministro indigitado ter apresentado ao Presidente da República a nova orgânica e composição. O Jornal de Notícias adiantava na edição desta terça-feira que o novo Executivo poderia tomar posse a 24 ou 25 de outubro.
  8. Após a posse, o Governo tem dez dias para enviar para o Parlamento o Programa de Governo, cujo debate não pode ultrapassar três dias. Este documento — que será a base programática para toda a legislatura — poderá ter em conta também o resultado das negociações à esquerda, tendo em conta que o Governo venceu as eleições, mas não tem maioria no Parlamento.
  9. Também depois da posse começam a correr os 90 dias para o Governo apresentar o Orçamento do Estado para 2020. Se for todo usado, e se se confirmar a informação do Jornal de Notícias, o documento pode chegar às mãos dos deputados por volta de 24/25 de janeiro. Uns dias antes do dia de 5 de fevereiro, que aconteceu no arranque da legislatura que agora termina.

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Wall Street sobe pela primeira vez esta semana. Alívio da guerra comercial dá força às ações e ao petróleo

China e EUA retomam as negociações e o gigante asiático estará disposto a fazer cedências. À espera de novidades na frente comercial e com a Fed a garantir apoio à economia, o sentimento é positivo.

O alívio das tensões na guerra comercial está a dar a Wall Street a primeira sessão de ganhos esta semana. As principais praças norte-americanas estão em alta após várias notícias de que a China estará pronta a fazer cedências para chegar a um acordo com os EUA.

A Bloomberg avançou que a China terá acordado num acordo comercial parcial com os EUA, apesar de o presidente norte-americano Donald Trump ter colocado 28 tecnológicas chinesas numa lista negra que impede efetivamente as empresas norte-americanas de venderem tecnologia a empresas chinesas sem aprovação prévia da Casa Branca.

Por outro lado, o Financial Times escreveu que Beijing estará disponível a aumentar as importações anuais de produtos agrícolas vindos dos EUA. As notícias são conhecidas numa altura em que o principal responsável da China nas negociações para um acordo comercial com os Estados Unidos viaja para Washington, onde se reunirá com representantes norte-americanos, visando pôr fim à guerra comercial entre as duas maiores economias mundiais.

A guerra comercial tem sido um dos principais fatores que influencia o sentimento dos investidores e desta vez não foi exceção. O S&P 500 segue a ganhar 0,70% para 2.913,41 pontos, enquanto o industrial Dow Jones sobe 0,63% para 26.328,08 pontos e o tecnológico Nasdaq valoriza 0,90% para 7.893,93 pontos.

Além das bolsas, também o mercado petrolífero está a reagir aos desenvolvimentos nas tensões entre EUA e China. O crude WTI negociado em Nova Iorque sobe 1,54% para 53,43 dólares por barril, enquanto o Brent, referência para a Europa, avança 1,43% para 59,07 dólares por barril.

A par do alívio no conflito entre as duas economias, os mercados beneficiam também da mensagem do presidente da Reserva Federal norte-americana. Jerome Powell sinalizou, num discurso esta terça-feira, abertura para novos cortes nos juros e para relançar o programa de compra de dívida no país para apoiar o crescimento económico.

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5G. Estados-membros detetam riscos de espionagem e de ciberataques vindos de fora da UE

  • Lusa
  • 9 Outubro 2019

Segundo o relatório da Comissão Europeia, a implementação do 5G implica riscos para os países, nomeadamente ocorrências de casos de espionagem ou ciberataques proveniente de países terceiros.

Os Estados-membros da União Europeia (UE) detetaram, numa análise feita aos riscos nacionais relativos às redes móveis de quinta geração (5G), a possibilidade de ocorrência de casos de espionagem ou de ciberataques vindos, nomeadamente, de países terceiros.

A informação consta de um relatório divulgado esta quarta-feira pela Comissão Europeia, em Bruxelas, após os Estados-membros terem feito uma avaliação nacional sobre estes riscos, que indica que, nessas mesmas análises chegou-se à conclusão de que “a introdução das redes 5G ocorre no âmbito de um complexo cenário global de ameaças à segurança cibernética”.

“No geral, as ameaças consideradas mais relevantes” e apontadas no relatório estão “relacionadas com o comprometimento da confidencialidade, da disponibilidade e da integridade” dos dados nestes países, indica o executivo comunitário no documento, precisando que um desses riscos se refere à “espionagem de tráfego ou de dados através da infraestrutura das redes 5G”.

A Comissão nota, no relatório, que “em particular os países terceiros mais hostis podem exercer pressão sobre os fornecedores de 5G a fim de concretizarem ciberataques para atenderem aos seus interesses nacionais”.

“As mudanças tecnológicas introduzidas com o 5G irão aumentar a dimensão geral do ataque e o número de pontos de entrada com potencial para os invasores”, conclui Bruxelas no relatório.

Assumida como uma prioridade desde 2016, a aposta no 5G já motivou também preocupações com a cibersegurança, tendo levado a Comissão Europeia, em março deste ano, a fazer recomendações de atuação aos Estados-membros, permitindo-lhes desde logo excluir empresas ‘arriscadas’ dos seus mercados.

Bruxelas pediu, também nessa altura, que cada país analisasse os riscos nacionais com o 5G, o que aconteceu até junho passado, seguindo-se depois uma avaliação geral em toda a UE, hoje divulgada.

Até final do ano, deverão ser encontradas medidas comuns para mitigação das ameaças.

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VIC Properties vai estrear-se na bolsa de Lisboa em 2020

A VIC Properties junta-se à Merlin Properties, que vai passar a estar cotada na bolsa nacional nos próximos meses. No entanto, nenhuma das duas empresas do setor imobiliário quer arriscar em ser SIGI.

A VIC Properties quer estrear-se na bolsa de Lisboa até junho do próximo ano. A promotora imobiliária já tinha anunciado o objetivo de ser cotada, mas define agora o prazo. Há, assim, duas as empresas do setor imobiliário a preparar o processo de entrada na bolsa de Lisboa e ambas rejeitam adotar o novo regime das Sociedades de Investimento e Gestão Imobiliária (SIGI).

A dona do condomínio de luxo Prata Riverside Village emitiu, em abril, 250 milhões de euros em obrigações convertíveis garantidas para preparar a admissão à negociação. Na altura, o plano estava ainda a dar os primeiros passos e não havia sequer certezas de que a dispersão será feita na bolsa de Lisboa.

A VIC Properties adiantou esta quarta-feira ao ECO que já avançou com o processo, estando em contacto com bancos de investimento e com a Euronext Lisbon. A admissão ao mercado acionista permitirá a investidores nacionais e internacionais investir no imobiliário em Portugal.

Focada no mercado imobiliário residencial português, o projeto mais significativo da VIC Properties é o complexo Prata Riverside Village, na freguesia lisboeta de Marvila. A empresa explica ainda sobre a sua atividade que atua desde o momento de identificação dos terrenos, durante a fase de planeamento, até à construção e venda, bem como a administração da propriedade e os serviços associados.

A VIC Properties junta-se à Merlin Properties, que vai passar a estar cotada na bolsa nacional nos próximos meses. A SOCIMI espanhola tem já em curso o processo de dual listing, pretendendo ter ações admitidas ao mercado espanhol e português até ao final deste ano.

No entanto, nenhuma das duas empresas quer arriscar para já ser uma SIGI. Este regime, criado no início do ano pelo Governo, consiste em empresas imobiliárias com capital social superior a cinco milhões de euros disperso na totalidade em bolsa (com 20% nas mãos de pequenos investidores) e que distribuem entre 80% e 90% dos lucros na forma de dividendos. As SIGI têm de receber o aval da Comissão do Mercado de Valores Imobiliários (CMVM), após a colocação em bolsa, para terem esta categoria.

As SIGI, tal como está a regulamentação, não nos deixam encaixar. Gostaríamos de ser uma SIGI mas, tal como estão regulamentadas, não nos permite”, disse Inés Arellano, responsável pelas relações com investidores da Merlin Properties, em entrevista ao ECO na semana passada.

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Portugal sobe 15 posições e é o terceiro melhor destino do mundo, segundo a Condé Nast Traveler

  • ECO
  • 9 Outubro 2019

Portugal ocupava o 18.º lugar do ranking da revista de viagens norte-americana em 2018. Num ano subiu, 15 posições, passando para o terceiro lugar, onde há apenas três países europeus no top 20.

O que é nacional é bom, já diz o velho ditado. Os leitores da Condé Nast Traveler votaram e está decidido: Portugal é o terceiro melhor destino do mundo. Em apenas um ano, Portugal subiu 15 posições no ranking da revista de viagens norte-americana, passando do 18.º lugar para o terceiro e apenas ultrapassado por Indonésia e pela Tailândia.

A edição de novembro da Condé Nast Traveler distingue os melhores destinos a nível mundial, assim como, os melhores hotéis, cidades, ilhas, cruzeiros e ‘spas’ com base na votação de cerca de 600 mil pessoas registadas. A acompanhar Portugal no top 20 dos melhores destinos constam apenas dois países europeus: a Grécia, em sétimo lugar, e Itália, em nono. Há, desta forma, uma grande reviravolta, já que no ano passado Itália foi eleita o melhor destino mundial, justamente à frente da Grécia, escreve o Jornal Económico.

Portugal continua a marcar pontos na área do turismo e não é só como destino mundial. O país luso ficou também bem qualificado, no que toca ao top dos spas. O Vila Vita Parc, em Porches, no Algarve, arrecadou o terceiro lugar, ao passo que o Six Senses Douro Valley, em Lamego, ocupou a 13.ª posição.

Há cerca de 30 anos que a Condé Nast Traveler divulga estas votações aos leitores. Este ano tem sido bastante frutífero para o país das quinas, já que o país conta com 66 nomeações para os World Travel Awards, considerados os Óscares do Turismo. A final será em Mascate, Omã, a 26 de novembro.

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Polícia detém uma pessoa depois de tiroteio na Alemanha que causou duas mortes

  • Lusa
  • 9 Outubro 2019

Vários atacantes terão estado envolvidos num tiroteio em Halle, no leste da Alemanha. As autoridades já detiveram uma pessoa.

Uma pessoa foi esta quarta-feira detida na sequência de um tiroteio na cidade de Halle, no leste da Alemanha, em que participaram vários atacantes e que terá provocado duas mortes, avançou a polícia local na rede social Twitter.

O tiroteio terá ocorrido num restaurante turco de ‘fast food’, de acordo com a televisão Ntv, enquanto o jornal diário Bold refere que os tiros foram disparados nas imediações de uma sinagoga.

Uma testemunha que se encontrava no local disse à Ntv que o agressor estava vestido com uma farda militar e usava um capacete ou máscara, levando na mão uma pistola automática e o que parecia ser uma granada de mão.

A polícia pediu à população que permaneça vigilante e não saia de casa, adiantando que vários dos atiradores fugiram dentro de um veículo e acrescentou ter enviado “reforços significativos” para o local.

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