Maioria absoluta ou geringonça? O que os empresários querem do próximo Governo é “estabilidade”

Cinco líderes explicam o que esperam da legislatura. Se, por um lado, uma maioria permitiria reformas mais profundas, por outro, o que importa é a capacidade governativa.

Estabilidade: é este o grande desejo dos empresários para o próximo Governo. Rumo às eleições legislativas e com as sondagens a atribuírem a vitória ao PS de António Costa, cinco líderes do setor empresarial falaram com o ECO sobre o que esperam da próxima legislatura.

“Qualquer que seja o próximo Governo, o ponto importante é que a economia portuguesa possa florescer, possa crescer no mundo e, sobretudo, que Portugal possa ser percebido como um país de bom investimento, onde a previsibilidade e estabilidade regulatória, mas também a atratividade para o investimento sejam bem-vindas“, diz o CEO da Galp, Carlos Gomes da Silva.

O que fomos vivendo [nos últimos quatro anos] foi em convergência para o caminho da estabilidade. Agora é preciso consolidá-lo.

Carlos Gomes da Silva

CEO da Galp

A posição é partilhada por Mário Vaz. “O importante é que haja estabilidade, que haja Governo, que se tomem as medidas adequadas para a aceleração do crescimento e da competitividade da economia portuguesa”, sublinha o presidente executivo da Vodafone Portugal, em declarações ao ECO, à margem da entrega dos Investor Relations & Governance Awards (IRGAwards) da Deloitte.

Enquanto gestor, interessa-me mais que haja estabilidade, acima de tudo”, corrobora o CEO da Impresa Francisco Pedro Balsemão. “Estabilidade económica, estabilidade para que o país possa continuar a crescer através da exportação, que é muito importante para a nossa área de negócio — a comunicação social”, pede o gestor de media, detentor da estação atualmente líder de audiências em Portugal.

Impostos: manter ou mudar?

No que os gestores não concordam é relativamente à forma como será conseguido o crescimento estável do país, numa altura em que o próximo Governo terá de lidar com uma economia em desaceleração. Gomes da Silva — gestor da indústria petrolífera que é especialmente permeável a possíveis alterações fiscais que o próximo Governo possa trazer — considera que a estabilidade deve ser “transversal a todas as áreas da economia”, incluindo a fiscal.

No Orçamento do Estado para 2019 dicou decidido que não haveria medidas no Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP), mas o Executivo optou por eliminar, através de uma portaria, o adicional ao ISP, em vigor desde 2016, o que resultou numa descida de três cêntimos no preço da gasolina. Ainda assim, os impostos levam 60% do valor que os portugueses pagam na bomba no momento em que abastecem o carro.

Jorge Rebelo de Almeida, CEO do grupo Vila Galé, discorda, porque não foram tomadas as medidas que no seu entender são necessárias. Diria que este Governo foi muito equilibrado, tomou algumas medidas no contexto em que governou com o equilíbrio relativamente instável, mas não tomou as medidas que devia ter tomado“, afirmou o gestor.

O importante é que haja estabilidade, que haja Governo, que se tomem as medidas adequadas para a aceleração do crescimento da economia e da competitividade da economia portuguesa.

Mário Vaz

CEO da Vodafone Portugal

A par das exportações, tem sido também o consumo, em especial de turistas, um dos principais motores da economia portuguesa nos últimos anos. O turismo é, aliás, um dos argumentos usados pelo Executivo para o aumento da carga fiscal, que está no valor mais alto de sempre (35,4%) — que sobe à boleia do aumento das contribuições, onde se inclui a Segurança Social, e não de uma alteração das taxas de imposto.

E é no turismo que Jorge Rebelo de Almeida opera. Fundador do segundo maior grupo de hotéis em Portugal considera que a descentralização e os impostos são os pontos-chave para as políticas de expansão do país. Precisamos de uma reforma fiscal a sério e equilibrada. Não é para deixarmos de pagar impostos, mas sim para que os impostos sejam equilibrados”, sublinha. “Outra coisa que é fundamental é criar incentivos para o desenvolvimento do interior. O meu grande desejo para a próxima legislatura é que o país se expanda, porque ficar tudo concentrado no litoral é excessivo”, acrescentou Rebelo de Almeida.

Coligações vs maioria absoluta

As políticas a implementar pelo próximo Governo vão depender se o PS consegue atingir a maioria absoluta ou se terá de recuperar a geringonça com os partidos à esquerda. As sondagens deixam em aberto se António Costa conseguirá governar sozinho e os empresários não se alongam sobre se consideram que uma maioria absoluta seria ou não uma situação mais positiva.

No que concordam é no desejo de que sejam celebrados acordos que não criem entraves à governação. Com maioria ou com coligações que permitam essa mesma estabilidade, bom para o país é ter uma maioria parlamentar que promova e tenha a coragem de, finalmente, fazer as reformas de que o país necessita para avançar”, diz António Saraiva, da CIP – Confederação Empresarial de Portugal.

Apesar disso, o representante dos patrões não desvaloriza a importância de uma maioria absoluta, lembrando que nos últimos quatro anos — em que o PS de António Costa liderou sem maioria absoluta graças ao acordo de incidência parlamentar com PCP e BE — houve entraves. Saraiva considera que as diferenças entre os três partidos não permitiram reformas mais profundas, que poderão ser levadas a cabo com uma maioria absoluta.

“O que o país necessita é de uma estabilidade parlamentar de partidos que tenham a mesma atitude perante a Europa, a mesma atitude perante a economia, que não ostracizem a economia e a iniciativa privada e, já agora, que dignifiquem os empresários deste país”, frisou, o responsável que já divulgou o seu caderno reivindicativo para as legislativas.

Nos últimos quatro anos, apesar de haver uma maioria parlamentar, as contradições e diferenças de cada um dos partidos promoveu não permitiram reformas. O que o país necessita é de uma estabilidade parlamentar de partidos que tenham a mesma atitude perante a Europa e a economia.

António Saraiva

Presidente da CIP

Balsemão também coloca o ónus mais na estabilidade governativa do que na maioria absoluta e diz que gostaria de ver maior proximidade entre o PSD (partido do qual o pai Francisco Pinto Balsemão foi fundador) e o PS. “O país precisa de ter maior coesão. Precisa dos pactos de regime, que caíram em desuso, entre os principais partidos, que têm uma visão mais comum e mais uniforme para fazer face ao pode vir lá de fora que não controlamos“. Governo e PSD ainda chegaram a ensaiar dois acordos sobre matérias estruturais — fundos comunitários e regionalização –, mas apesar da disponibilidade de Rui Rio para prosseguir nessa senda, nomeadamente em termos de reformas estruturais, António Costa já fechou essa porta por não concordar com as posições dos social-democratas nesta matéria.

Num mundo globalizado, o líder do setor dos media considera que os partidos se devem unir para uniformizar a voz de Portugal na União Europeia, especialmente em questões como a emergência climática, digitalização ou a concorrência de gigantes tecnológicas como o Facebook ou a Google para as empresas portuguesas.

“O mundo está em profunda transformação”, concorda o CEO da Galp. “A estabilidade e a previsibilidade são as únicas formas de podermos levar essa transição de maneira entusiasta, inovadora e rápida. Se não tivermos essa estabilidade, penso que teremos, todos, mais dificuldades. O que fomos vivendo [nos últimos quatro anos] foi em convergência para o caminho da estabilidade. Agora é preciso consolidá-lo“, acrescentou.

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Não sabe o que aconteceu nos mercados? Veja o vídeo

  • ECO + DIF
  • 3 Outubro 2019

Dos índices europeus aos americanos, das matérias-primas ao cambial, saiba o que está a acontecer nos mercados. Veja o vídeo dos destaques do dia, por Bernardo Barcelos, analista da DIF Broker.

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O que preocupa os lisboetas? Preço das casas está no topo

Lisboa está quase no fundo do ranking da SCI. Ficou na 76.ª posição, sendo que o preço das casas pesou na classificação. É o que mais preocupa quem vivem na capital portuguesa.

Lisboa está não ficou bem classificada no ranking das cidades mais inteligentes. No meio de uma centena de cidades, a capital portuguesa está quase no fim da tabela. E a culpa? É dos preços das casas. Os lisboetas revelam preocupações com o trânsito, mas também a corrupção, mas a maior dor de cabeça é causada pela subida contínua dos preços das casas.

O Smart Cities Index (SCI), do IMD, mede a forma como os cidadãos avaliam o quotidiano da cidade onde vivem. Na base da avaliação feita, e que colocou a capital na 76.ª posição entre 102 cidades, estão vários indicadores, como o ambiente, a segurança, o acesso à educação e a serviços de saúde. A habitação destacou-se pela negativa.

75% dos lisboetas destacou como principal preocupação o preço das casas. E esta inquietação tem fundamento. Os dados mais recentes publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que os preços subiram 10% no ano passado, enquanto as rendas aumentaram mais de 9% no primeiro semestre deste ano.

Encontrar uma habitação a preços acessíveis tem deixado os lisboetas em alerta. Ao problema da habitação somam-se ainda outras preocupações como o trânsito. Mais de 60% dos lisboetas continua a pensar demasiado nos congestionamentos diários nas ruas, enquanto cerca de 50% referiu a corrupção como uma preocupação. Os transportes públicos (45,9%), a poluição do ar (41%) e o desemprego (39,3%) estão na lista dos tópicos mais preocupantes daqueles que vivem na cidade das Sete Colinas.

As oportunidades de emprego disponíveis e o contributo dos residentes em decisões do Governo local são também outros dois assuntos que deixam os lisboetas pouco animados.

Mas há tópicos que fazem Lisboa brilhar entre as mais de 100 cidades incluídas no estudo. O saneamento público (67,4%) e os espaços verdes (68%) deixam os lisboetas orgulhosos, colocando a capital acima da média. Destaque ainda para as atividades culturais, como bares, espetáculos e museus, referidas por 82,9% dos inquiridos lisboetas.

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Fosso nos lucros dos bancos da UE e dos EUA deverá acentuar-se

  • Lusa
  • 3 Outubro 2019

A Moody's prevê que o fosso nos lucros da banca europeia e norte-americana vai acentuar-se por causa da atual conjuntura: juros estão baixos e mercados estão fragmentados.

A agência de rating Moody’s considera que fatores como baixas taxas de juro, fraco crescimento económico, elevado crédito malparado e, sobretudo, mercados financeiros fragmentados penalizam o lucros dos bancos europeus e aumentam o fosso face aos bancos norte-americanos.

Segundo a Moody’s, numa análise divulgada esta quinta-feira, há um fosso de longa data entre a rentabilidade dos bancos europeus e dos bancos dos EUA e que este pode aumentar face a taxas de juro mais altas nos Estados Unidos da América (EUA) e maior crescimento da economia norte-americana.

Contudo, refere, o principal fator para a diferença de rentabilidade a longo prazo é a fragmentação dos mercados financeiros na União Europeia (UE), que penaliza a eficiência de custos, o investimento em tecnologia e diminui as receitas.

Os maiores bancos europeus representam cerca de 60% dos total dos ativos bancários na UE, o que compara com 80% nos EUA.

Para a Moody’s, os bancos da UE não conseguem explorar economias de escala na mesma medida que os seus pares nos EUA, restringindo o crescimento de ativos, o investimento em transformação digital e a rentabilidade.

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Uma oportunidade chamada propriedade intelectual

  • ECO Seguros
  • 3 Outubro 2019

Os melhores clientes são PME impactadas pelos riscos da propriedade intelectual, sendo alvos fáceis para quem pretende litigar. Especialista diz que será uma cobertura tão necessária como o ciberisco.

Está no grupo dos chamados ativos intangíveis e tem ainda muito campo por explorar no domínio dos seguros. Numa entrevista dada ao Insurance Journal, Erik Alsegard, da CFC Underwriting, explica porque é que este é o momento para apostar na propriedade intelectual.

Esta é uma área de risco sub-segurada e que apresenta oportunidades interessantes para agentes e corretores, afirma Alsegard que compara o atual momento desta área com o que se passou, há alguns anos, com os seguros para ciberataques. Quem se antecipou, está hoje a recolher os louros dessa estratégia.

A propriedade intelectual é um termo amplo usado para descrever os direitos legais decorrentes de criações e ativos intangíveis, como um produto ou um processo, um software, uma marca ou mesmo uma base de dados de clientes.

Alsegard considera que tal como no segmento dos ciberataques, as pequenas e médias empresas são desproporcionalmente impactadas pelos riscos da propriedade intelectual, sendo alvos fáceis para quem pretende litigar. Sobre se existem especiais dificuldades na venda deste tipo de seguros, considera que uma forma fácil de iniciar uma abordagem com um potencial cliente é perguntar sobre as suas obrigações contratuais.

Segundo Alsegard, que trabalha na CFC Underwiting, uma seguradora online britânica nascida em 1999, em pleno “boom” das dotcom e que se afirmou como especialista em áreas de risco inovadoras, um dos principais desafios para fazer crescer o mercado da propriedade intelectual é combater a falta de conhecimento e da importância sobre o tema. “Há algumas empresas que pensam que não têm riscos, tal como as que pensavam que não tinham um risco de um ciberataque”, afirma.

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“Frankowicze” afunda Bank Millennium na Polónia. BCP dispara na bolsa de Lisboa

São uma espécie "lesados" da banca polaca: contraíram empréstimos em francos suíços, que entretanto disparou no mercado. Tribunal europeu deu-lhes agora razão. Bancos têm promessa de ajuda do Governo.

O “Frankowicze” é uma espécie de grupo lesados da banca polaca. Contraíram empréstimos em francos suíços na década passada e, entretanto, a moeda helvética disparou no mercado cambial, agravando as dívidas destes clientes para níveis impagáveis. Agora, o tribunal da União Europeu decidiu que os tribunais locais poderão julgar estes casos, o que poderá levar os bancos a terem de converter as dívidas para zlotys, com impacto de perdas milionárias. Mas Governo polaco já prometeu ajuda à banca.

Foi neste cenário de muita incerteza que as ações dos bancos mais expostos ao caso viveram hoje uma autêntica montanha russa. Por exemplo, o polaco Bank Millenium (detido pelo BCP) chegou a disparar mais de 10% e a afundar outros 10% no espaço de uma hora, refletindo alguma desorientação dos investidores com o impacto que a decisão do tribunal poderá ter no banco — fechou a sessão a cair 7,82%. O Bank Millenium é dos mais expostos a estes empréstimos em moeda suíça: representam quase um quinto da sua carteira de crédito. Já disse que não vai constituir uma provisão extraordinária para fazer face a eventuais perdas.

Por cá, o BCP BCP 1,03% manteve-se indiferente às notícias da Polónia, negociou em alta e em alta fechou em Lisboa: as ações encerraram a ganhar 3,87% para 19,07 cêntimos — os analistas referem que o banco liderado por Miguel Maya tinha espaço para recuperar face às quedas acentuadas das últimas semanas.

Bancos mais expostos ao “Francowicze”

Fonte: Bloomberg

Segundo os analistas, a decisão do tribunal abre portas a vários cenários. Quem foi penalizado pelas “cláusulas abusivas” nos contratos de empréstimo em francos suíços pode agora levar o seu banco a tribunal e pedir a reconversão da dívida em zlotys, a moeda polaca. Com isto, os bancos podem perder cerca de 14 mil milhões de euros, o equivalente a entre 1,5 vezes e 5 vezes o lucro do setor no ano passado.

Face aos efeitos negativos que poderá ter no setor, o ministro das Finanças polaco referiu que está a monitorizar a evolução do caso e sublinhou que tomará medidas se isso for necessário para garantir a estabilidade financeira.

“O Tribunal de Justiça Europeu sentenciou que os tribunais polacos são competentes para decidir se os créditos concedidos (expurgados das cláusulas abusivas) poderão ser convertidos. No fundo, o desfecho desta situação foi adiado para um futuro incerto”, referiram os analistas do BPI, salientando a promessa do Executivo polaco: “As ações do BCP foram favorecidas pelo anúncio do governo Polaco de que iria ajudar os bancos”.

Gualter Pacheco, da Go Bulling, explicou à Reuters que o “BCP teve quedas muito fortes nas últimas sessões, pelo que há aqui também um movimento de recuperação”.

BCP resiste. Contraria queda do Bank Millennium

A subida do BCP não foi suficiente para deixar a bolsa de Lisboa em terreno positivo. O PSI-20, o principal índice português, caiu 0,34% para 4.865,83 pontos, perante a pressão em torno das papeleiras Altri e Navigator. Uma vez que exportam grande parte do que produzem, poderão ser as mais afetadas na disputa comercial entre a Europa e EUA. A Altri viu as ações caírem quase 3% e a Navigator perdeu 2,77%. A Semapa, que controla 70% da Navigator, foi arrastada e cedeu 1,57%.

Lá por fora, o Stoxx 600 fechou praticamente inalterado. Com a bolsa de Frankfurt encerrada, as praças de Milão e Paris ganharam 0,1% e 0,3%, respetivamente. Madrid perdeu 0,33%.

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Este Uber passa por cima dos outros. É um helicóptero nos céus de Nova Iorque

  • ECO
  • 3 Outubro 2019

A Uber vai passar a disponibilizar serviços de helicópteros desde o centro de Nova Iorque até ao aeroporto John F. Kennedy a todos os clientes. Preços vão dos 200 aos 250 dólares.

É um Uber, mas não envolve carros, bicicletas ou comida. É um serviço que permite transportar passageiros de helicóptero desde o centro de Nova Iorque até ao aeroporto John F. Kennedy em apenas oito minutos (e vice-versa). Está disponível desde junho para clientes premium, mas dentro de dias o Uber Copter vai ser alargado a todos os clientes.

A companhia norte-americana anunciou esta quinta-feira que as viagens de e para Lower Manhattan, o centro financeiro de Nova Iorque, estarão disponíveis para todos os clientes a partir de 7 de outubro.

Os helicópteros são extremamente caros e por isso será um produto premium, mas achamos de facto que podemos oferecer um ponto de entrada facilmente acessível com o Uber Copter“, explica Eric Allison, chefe da Uber Elevate.

Este serviço tem um custo entre 200 e 250 dólares (entre 182,80 a 228,50 euros à taxa de câmbio atual) por pessoa e inclui o transporte nas duas direções. Os passageiros podem levar uma mala pequena e assistir a um vídeo de segurança antes de descolarem, avança a Reuters.

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Na nova loja do Pingo Doce não há caixa para pagar. Usa-se uma app

A Jerónimo Martins instalou em Carcavelos uma nova loja do Pingo Doce que permite aos clientes entrarem e saírem do estabelecimento, sendo o pagamento processado automaticamente através de uma app.

Na nova loja do Pingo Doce, em Carcavelos, não se pode usar dinheiro. A marca da Jerónimo Martins lançou um conceito que permite aos clientes entrar no espaço, tirar os produtos das estantes e sair por um canal. O pagamento é feito através de uma app para o telemóvel, ou com o cartão bancário num terminal de pagamentos.

O Pingo Doce & Go, a nova “loja laboratório” da marca, é um estabelecimento com produtos focados nas necessidades dos mais jovens. Também vai servir à retalhista para “testar novas soluções tecnológicas”, num setor em crescente digitalização. Independentemente do sistema operativo, todos podem fazer o download da aplicação.

Como funciona? Os utilizadores vão poder registar-se na aplicação e fazer check in à entrada da loja, o que permite abrir a cancela. Depois, podem ir adicionando os produtos a um cesto virtual, fazendo scan dos códigos de barras disponíveis nos produtos e nas prateleiras, com a câmara do aparelho. Para quem tem Android com NFC, basta aproximar o aparelho da etiqueta com o preço, uma comodidade que a empresa também quer disponibilizar no iPhone no futuro.

Feitas as compras, basta terminar a compra na aplicação e o valor é debitado na conta do cliente. A app fornece, de seguida, um novo código para poder sair da loja. No caso de não ter um meio de pagamento associado à aplicação, pode pagar com cartão bancário num terminal físico que existe no interior do estabelecimento.

Se está confuso, não se preocupe. Em caso de problemas ou dúvidas, os clientes poderão recorrer aos funcionários do Pingo Doce. A empresa emprega cerca de 20 pessoas nesta unidade, que, apesar de se situar no campus da Nova SBE, pode ser usada pelo público em geral.

A nova loja é uma aproximação distante do conceito Amazon Go, um tipo de loja física da cadeia norte-americana, que permite entrar e sair da loja “sem pagar”, porque os produtos são automaticamente reconhecidos e o débito é feito de forma automática. No entanto, a solução da Amazon recorre a câmaras inteligentes no topo das lojas para reconhecer que produtos são retirados das estantes pelos clientes, enquanto a alternativa do Pingo Doce recorre à tecnologia já massificada dos códigos QR.

O Pingo Doce também as tem. São mais de 100 espalhadas por calhas no teto do estabelecimento e nas extremidades de algumas prateleiras. Mas a empresa ainda está a “treinar” as máquinas, pelo que estes sensores estão apenas a recolher e a interpretar os dados dos clientes.

A nova loja não é a única novidade. À entrada do Pingo Doce & Go, a Jerónimo Martins instalou um novo conceito de vending machine para satisfazer as necessidades dos estudantes nos horários em que a loja não está aberta. Os utilizadores vão poder usar a aplicação para desbloquear a porta da máquina, retirar os produtos de que precisam e, quando fecham a porta, o pagamento é processado.

Estes dois novos conceitos do Pingo Doce foram desenvolvidos pela Jerónimo Martins em conjunto com a Forcom, a Reckon, a TrueWind e a OutSystems. A empresa não especificou o valor do investimento, mas indicou ter estado a desenvolver os conceitos durante “mais de um ano e meio”.

(Notícia atualizada às 17h32 com mais informações)

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Grupo Pinto Brasil confirma interesse em investir na empresa Tegopi

  • Lusa
  • 3 Outubro 2019

Assembleia de credores decidiu esta manhã a liquidação da Tegopi, mas esta manter-se-á aberta já que foi anunciado o interesse de um novo investidor: o grupo Pinto Brasil.

O presidente do Grupo Pinto Brasil, que atua no setor da metalomecânica e tem sede em Guimarães, confirmou hoje à Lusa ter a intenção de investir na Tegopi, empresa de Vila Nova de Gaia que será liquidada.

“Não posso dizer valores, mas vamos analisar tudo, ver os prós e os contras, e estou confiante que conseguiremos avançar com o negócio”, disse o presidente do Grupo, Manuel Pinto Brasil.

O empresário confirmou que “existiram contactos” com o administrador de insolvência da Tegopi e que, “por estar dentro do seu âmbito de negócio e para evitar o despedimento de tantas pessoas”, quer investir na empresa de Gaia.

Manuel Pinto Brasil disse que é objetivo do seu grupo, que atualmente tem como principais mercados a Europa, norte de África e América do Norte, é “crescer no setor e alcançar mercados alternativos”, razão pela qual procura “oportunidades de investir junto de empresas cujos trabalhadores têm experiência no setor”.

Manuel Pinto Brasil falava à agência Lusa depois de esta manhã o administrador de insolvência da Tegopi, António Dias Seabra, ter dito na assembleia de credores que decorreu no Tribunal do Comércio, em Vila Nova de Gaia, que tinha sido contactado por um investidor que poderia garantir a manutenção de parte da empresa de fabrico de torres eólicas localizada em Vilar do Paraíso e que emprega cerca de 200 trabalhadores, mas onde na sexta-feira foi afixada uma folha com o nome de 98 trabalhadores a dispensar desde segunda-feira.

Esta manhã, numa sessão longa e com muitas intervenções, e que juntou na assistência mais de uma centena de trabalhadores, foi votada e decidida a liquidação da empresa, mas esta manter-se-á aberta já que foi anunciado o interesse de um novo investidor.

Fui contactado por um novo investidor, o Pinto Brasil, que poderá viabilizar parte da empresa. Proponho a liquidação da empresa salvaguardando partes”, disse António Dias Seabra, que viu aprovada a sua sugestão sob a figura jurídica “liquidação da empresa com manutenção do estabelecimento”.

A liquidação da Tegopi não será, assim, comunicada às Finanças para que esta possa laborar enquanto vão decorrer as negociações com o novo investidor.

A assembleia de credores reuniu os próprios ou mandatários, tendo ficado marcada pela ausência de representantes da Tegopi.

Foi ainda decidido que os bens da Tegopi ficarão apreendidos, mas não alienados, o que na prática significa que não podem ser vendidos nem penhorados.

 

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Investidores expectantes deixam Wall Street à beira da linha de água

Na penúltima sessão da semana, Wall Street está à beira da linha de água. Os investidores estão preocupados, face aos dados da indústria e do emprego, e expectantes quanto aos números dos serviços.

Depois de terem sido conhecidos os números desanimadores da atividade industrial e da criação de emprego, os investidores estão agora expectantes quanto aos dados do setor dos serviços. Na penúltima sessão da semana, Wall Street está, assim, à beira da linha de água, com o peso da guerra comercial sobre a economia norte-americana a tornar-se cada vez mais evidente.

O índice de referência, o S&P 500, está a desvalorizar 0,08% para 2.885,24 pontos. Igual tendência está a ser registada pelo industrial Dow Jones, que está a recuar 0,21% para 26.024,94 pontos. Já o tecnológico Nasdaq está preso na linha de água.

De acordo com a Reuters, os investidores estão expectantes quanto aos dados relativos aos serviços norte-americanos, depois de terem ficado preocupados com os números relativos à atividade industrial e à criação de emprego.

“Se a contração no setor industrial se traduzir no enfraquecimento do bem maior setor dos serviços, então será o momento para ficarmos seriamente preocupados“, sublinha Hussein Sayed, da FXTM, citado pela agência de notícias referida.

De acordo com o departamento do trabalho norte-americano, as empresas dos Estados Unidos geraram, em agosto, menos emprego do que estava previsto. “As empresas estão mais cautelosas nas contratações”, foi sublinhado na nota conhecida na quarta-feira, que referia ainda que as empresas mais pequenas estão “especialmente hesitantes”.

Além deste dado desanimador, na terça-feira, o instituto que mede o pulso à saúde fabril dos EUA já tinha adiantado que a atividade industrial norte-americana está em mínimos de dez anos. O indicador de atividade industrial do país caiu para 47,8 pontos, um mínimo desde 2009, depois de em agosto já ter caído para abaixo da marca dos 50 pontos, nível que separa a contração da expansão. Estes resultados confirmam que a economia norte-americana já está a sofrer com a guerra comercial entre a China e os Estados Unidos e deixam os investidores pouco confiantes na capacidade da economia crescer com força.

A propósito, os Estados Unidos anunciaram, esta quinta-feira, que vão impor tarifas punitivas a produtos da União Europeia, incluindo aeronaves, a partir de 18 de outubro. O Governo norte-americano tenciona impor tarifas adicionais de 10% a aeronaves dos países da União Europeia e 25% sobre “outros produtos”.

Na sessão desta quinta-feira, há a destacar ainda os títulos da PepsiCo, que valorizaram 2,10% para 136,75 dólares, depois de a gigante ter apresentado resultados melhores do que os esperados, no terceiro trimestre do ano. Em sentido inverso, os títulos da Tesla caem 5,62% para 229,47 dólares. Isto porque as produção da fabricante automóvel de Elon Musk ter ficado abaixo das expectativas dos analistas.

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Santo António é a freguesia mais cara de Lisboa. Mas foi em Carnide que as rendas subiram mais

As rendas estão cada vez mais caras, principalmente na capital, onde há freguesias cujos preços dispararam mais de 20%. Embora Santo António continue a ser a mais cara, Carnide também brilhou.

Arrendar uma casa está cada vez mais caro. No primeiro semestre, os preços das rendas aumentaram mais de 9%. A média do país está nos cinco euros por metro quadrado, mas há 37 municípios que ultrapassaram largamente esse valor. É em Lisboa que estão as freguesias mais caras, nomeadamente Santo António, onde o metro quadrado já custa 14,12 euros. Mas o destaque vai para Carnide, onde os preços dispararam mais de 20%.

O metro quadrado do arrendamento está nos 11,71 euros em Lisboa, tendo subido 12,7% face ao primeiro semestre do ano passado. Mas há freguesias onde os preços são bem mais elevados, e outras onde os preços dispararam. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), Santo António continua a ser o “campeão” da capital, com o metro quadrado a custar 14,12 euros. Nesta freguesia os preços subiram 7,8%, mas esta evolução foi a quarta mais baixa observada de Lisboa entre janeiro e junho.

A verdadeira estrela foi Carnide. Nesta freguesia na zona norte de Lisboa, os preços das rendas dispararam 20,5% para uma média de 13,21 euros, a maior subida observada na capital. E nem tem a ver com o número de novos contratos de arrendamento celebrados neste período, que aumentaram em oito para um total de 99. A razão é outra.

“Carnide foi remodelada nos últimos quatro ou cinco anos. Os investidores chineses começaram a comprar casas que estavam velhas, a cair, renovaram-nas e revenderam-nas”, começa por explicar ao ECO Alexandra Melo e Castro, consultora imobiliária na Remax Telheiras. “Hoje Carnide é uma zona giríssima, histórica e cheia de vida”.

Além disso, diz a especialista, Carnide está próxima do Lumiar, considerada a Alta de Lisboa, e de outros pontos importantes como o Colégio Miliar, o Centro Comercial Colombo. “E, obviamente, cresceu exponencialmente a nível de oferta de arrendamento e da procura, porque antes as pessoas não procuravam”, rematou.

Evolução das rendas no primeiro semestre (em %)

Fonte: INE | 1.º semestre

Para além de Carnide, importa ainda referir a evolução das rendas na freguesia de Avenidas Novas, onde os preços também dispararam 20,1% para uma média de 13,16 euros, Ajuda (19,1% para 11,91 euros), Alcântara (18,4% para 11,44 euros) e Benfica (17,6% para 10,89 euros).

Entre as freguesias mais caras, destaque ainda para a Misericórdia (14,03 euros por metro quadrado), Parque das Nações (13,67 euros) e a Estrela (13,34 euros). Já a mais barata para arrendar casa é Santa Clara, com uma média de 8,63 euros por metro quadrado. Atrás aparece Marvila (9,96 euros) e o Beato (dez euros). Mas há também 13 outras freguesias onde o metro quadrado ultrapassa a média da capital.

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Sofrimento com a derrota de 86 foi aproveitado por Freitas do Amaral para uma “série de pequenas vitórias”

  • Lusa
  • 3 Outubro 2019

Diogo Freitas do Amaral morreu esta quinta-feira. O fundador do CDS-PP reconheceu, em junho deste ano, que aproveitou a derrota de 86 para dar gás a uma "série de vitórias".

O ex-líder do CDS Diogo Freitas do Amaral admitiu ter sofrido “um bocado” com a derrota nas presidenciais de 1986, a aposta mais alta da sua carreira política, embora tenha aproveitado para dar a volta e transformá-la “numa série de vitórias” mais pequenas.

Eu consegui sublimar essa derrota e transformá-la numa série de vitórias que, cada uma delas, é menor do que tinha sido a vitória das presidenciais, mas que, no seu conjunto, me recompensam inteiramente do tipo de vida política que tive, uma vida muito cheia, muito preenchida, muito interessante, e que foi muito enriquecedora do ponto de vista cultural” reconheceu, na entrevista à Lusa, o ex-líder democrata-cristão, quando já se encontrava doente, em junho de 2019.

Como exemplos, recordou que foi presidente das democracias-cristãs em Bruxelas, presidente da Assembleia-geral da ONU, em Nova Iorque, ministro independente num governo do PS, ocupando a pasta dos Negócios Estrangeiros, além de escrito vários livros, quer de memórias quer de História de Portugal quer de direito.

Diogo Freitas do Amaral foi derrotado por Mário Soares na segunda volta das presidenciais de 1986, por uma diferença de menos de 150 mil votos (48,8% – 51,2%). Na primeira volta, alcançou 46,3% dos votos contra 25,4% de Mário Soares, que entrou na corrida a Belém com cerca de 8% nas sondagens.

Na eleição presidencial de 1986, que marca a carreira política de Freitas do Amaral, o socialista Francisco Salgado Zenha obteve 20,8% e Maria de Lourdes Pintasilgo 7,3%. O candidato lançado pelo PCP nessa eleição, Ângelo Veloso, desistiu e, na segunda volta, os comunistas deram indicação de voto em Mário Soares, que viria a ser Presidente da República durante 10 anos, até 1996.

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