PS e PSD concordam: É preciso penalizar fiscalmente empresas com salários mais desiguais

PS e PSD concordam: é preciso penalizar, do ponto de vista fiscal, as empresas com maiores diferenças entre os salários mais baixos e os mais altos.

António Costa e Rui Rio estão de acordo em, pelo menos, um ponto: é preciso penalizar, a nível fiscal, as empresas nas quais o fosso entre os salários mais altos e os mais baixos é mais significativo. “Quando uma empresa começa a progredir, [a melhoria] não pode ser só para os administradores, tem de ser para o pessoal todo”, defendeu, esta segunda-feira, o líder social-democrata, no último frente a frente com o líder socialista. António Costa frisou, por sua vez, que no programa do PS também está prevista uma medida com traços semelhantes.

“Se quiserem pagar a um administrador um milhão, dois milhões por ano, a empresa é livre de pagar. Agora, se a diferença entre os salários mais altos e os salários mais baixos for acima de um ‘x’, a empresa passa a ser penalizada do ponto de vista fiscal ou parafiscal“, sublinhou Rui Rio, no debate que foi transmitido, esta manhã, em direto e em simultâneo pela TSF, Antena 1 e Rádio Renascença.

O líder do PSD não adiantou, contudo, que diferença máxima seria essa que daria azo à penalização das empresas. No programa eleitoral, o PSD refere que “encara a possibilidade de estabelecer, por via legal, um rácio que defina um leque salarial, que seja equiparado ao que se pratica, em média, na União Europeia“, penalizando fiscalmente as empresas “que não cumpram essa orientação”.

Ora, seguindo a média comunitária, a diferença máxima entre a remuneração mais baixa e a mais alta deveria ser seis vezes mais, mas Rui Rio salientou que esse limite ainda não está fechado. “Não é seis vezes mais, pode ser mais”, disse. “Isso é um programa político, não é propriamente uma análise técnica da situação”, acrescentou.

“Consta do programa eleitoral do PS uma medida que desconsidera fiscalmente — deixa de considerar como despesa da empresa — os salários de topo que excedam aquilo que é o rácio das desigualdades em Portugal“, frisou, por sua vez, António Costa.

No programa socialista, está prevista a seguinte medida: “Desenvolver uma política de combate às excessivas desigualdades salariais, através de estímulos concretos à melhoria dos leques salariais de cada empresa a partir da referência do indicador de desigualdade S80/S20, quer penalizando, no plano fiscal e contributivo, as empresas com leques salariais acima do limiar definido e, pelo contrário, beneficiando as que tiverem uma trajetória positiva em contexto de valorização salarial, quer ponderando a limitação de elegibilidade como custo fiscal dos salários de cada empresa que se situem significativamente acima deste indicador de desigualdade“.

Também o Bloco de Esquerda tem, no seu programa eleitoral, uma medida sobre esta matéria, propondo a definição de leques salariais e a penalização das empresas que ultrapassem esses limites. “As empresas que ultrapassem esse leque serão excluídas de qualquer apoio público e benefício fiscal, bem como excluídas da possibilidade de participar em arrematações e concursos públicos”, lê-se.

Este frente a frente entre António Costa e Rui Rio foi o último entre os líderes dos dois maiores partidos, nesta corrida à Assembleia da República. Esta noite, está marcado um debate entre os seis partidos com assento parlamentar que são candidatos às legislativas.

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Der Spiegel analisa a “receita” do “socialista confiável” António Costa na “aldeia de Astérix”

  • Lusa
  • 23 Setembro 2019

A revista alemã Der Spiegel destacou o facto de António Costa ter "resistido durante quatro anos – um feito que dificilmente alguém esperaria que ele atingisse".

A revista alemã Der Spiegel dedica um artigo à avaliação do mandato do executivo do “simpático Senhor Costa” e à “receita” da governação do “socialista confiável”, como lhe chama no título, comparando a estabilidade portuguesa à aldeia de Astérix.

“Parece estar sempre de bom humor, com uma visão ligeiramente irónica, através dos seus olhos castanhos escuros, atrás dos seus óculos sem armação”, começa o texto publicado na última edição da revista.

“O simpático ‘Senhor Costa’, com o seu governo de minoria socialista, tolerado pelos comunistas e pelos bloquistas, resistiu durante quatro anos – um feito que dificilmente alguém esperaria que ele atingisse”, por ler-se no texto publicado a duas semanas das eleições legislativas em Portugal.

“Enquanto em Espanha, o país já foi a votos mais vezes do que aquelas que foi governado, Costa concretizou um mandato bem-sucedido e quer ser reeleito a 6 de outubro. As suas hipóteses de ser escolhido são altas, com sondagens a indicarem 38% dos votos, mais do que os conseguidos há quatro anos”, refere, acrescentando que a única questão é perceber se chegará à maioria absoluta.

O artigo recorda que quando António Costa chegou ao poder, em 2015, o clima social do país era marcado pelas exigências da troika, formada pelo Banco Central Europeu, o Fundo Monetário Internacional e a Comissão Europeia, em troca de um empréstimo de 78 mil milhões de euros.

“Desde então, Costa provou ser um dos poucos socialistas na União Europeia que conseguiu mitigar a austeridade, gerar crescimento e ainda atender às condições do Pacto de Estabilidade e Crescimento”, pode ler-se na Der Spiegel, publicada no fim-de-semana.

Das origens de António Costa, à entrada na Juventude Socialista, aos 14 anos, os estudos em direito, o trabalho ao lado de Jorge Sampaio, passando pelos cargos ministeriais que ocupou, o mais recente como responsável da pasta da Administração Interna no governo de José Sócrates, o texto de duas páginas percorre os momentos mais marcantes da vida do atual primeiro-ministro.

Apesar de comparar o país à “aldeia de Astérix” na península ibérica, no que respeita a estabilidade, o texto descreve também as contestações sociais que o país tem sido alvo.

“Desde o início do ano, professores, enfermeiros e médicos têm estado em greve por salários mais altos e melhores condições. Quando os condutores de pesados pararam, no verão, o primeiro-ministro usou a força policial e militar para garantir combustíveis nas estações de serviço. A oposição acusou a atitude de ilegítima, mas milhões de turistas ficaram agradecidos”, descreve o texto.

A Der Spiegel compara as ações de pré-campanha que foram levadas a cabo por António Costa e pelo seu “principal concorrente” Rui Rio. Durante o périplo do candidato do Partido Socialista pela Estrada Nacional 2, durante a qual António Costa passou por várias localidades ao longo de 700 quilómetros, “as pessoas tiveram oportunidade de expressar as suas preocupações diretamente: escolas superlotadas, tribunais sobrecarregados e elevados tempos de espera na saúde.”

Rui Rio prefere apresentar-se em salas fechadas diante de um público selecionado. Embora o PSD tenha recebido o maior número de votos há quatro anos, não conseguiu formar governo, perdendo agora eleitorado”, destaca o artigo.

O primeiro-ministro que “conseguiu recuperar a confiança dos portugueses” assiste ao crescimento da economia, desde 2016, a 2%, acima da média, também graças a um boom no turismo, explica o texto, atribuindo mérito ao ministro das Finanças, Mário Centeno, formado em Harvard e que já trabalhou no Banco de Portugal.

“Ele manteve o curso das políticas económicas do governo anterior, cedendo à esquerda em alguns aspetos: salário mínimo, reformas e ordenados dos funcionários públicos para transmitir que a era da austeridade tinha terminado. Ao mesmo tempo, reduziu a despesa pública”, salienta o artigo, sublinhando que a “recuperação económica se deve sobretudo ao clima económico favorável”.

É também com a ajuda de Centeno, segundo a publicação, que António Costa, que arriscou ao formar um pacto com as esquerdas, consegue aumentar o número de eleitores. Até Wolfgand Schäuble (ministro das finanças alemão entre 2009 e 2017), que “inicialmente desconfiava do colega” considerou Centeno o “Ronaldo” do Eurogrupo.

Costa garante que “se uma crise internacional acontecer, o país está preparado”, realça o texto, prometendo “dez mil milhões de euros em investimentos em ferrovias, estradas, escolas e hospitais. Apesar disso, sem aumentar o défice.”

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Rui Rio sobre familygate: “PS olha para o Estado como uma espécie de dono disto tudo”

"Nenhum partido é virgem nisto", reconhece o presidente do PSD, mas "o PS normalmente exagera". É "jobs for the boys", acusa o presidente do PSD.

Rejeitando comentar o “caso concreto” de José Artur Neves, o líder social-democrata, Rui Rio, disse que o PS tem tendência para ver o Estado como o “dono disto tudo”. “É jobs for the boys“, acusa o presidente do PSD, no debate frente ao primeiro-ministro António Costa, transmitido esta segunda-feira pelas rádios Antena 1, TSF e Renascença em simultâneo.

“O PS desde sempre historicamente olha para o Estado como uma espécie de dono disto tudo. Temos alguns casos de nomeação de militantes e simpatizantes do PS para algumas funções. Em alguns casos, até de familiares”, afirma Rui Rio, referindo-se ao caso do familygate.

A acusação do líder do PSD mereceu resposta: “absolutamente infundado”, disse António Costa. “Num conjunto de 62 gabinetes com mais de 500 pessoas houve três casos de familiares e em nenhum caso houve nomeação por serem familiares”, refere. E, recordando um caso que envolveu Rui Rio quando estava na presidência da Câmara Municipal do Porto, com a alegada nomeação de uma irmã de um militante, falou em ética.

“Nunca dei lições de ética a ninguém. Mas também não recebo lições de ética de ninguém, muito menos do Dr. Rui Rio”, remata António Costa.

Rui Rio acusou o PS, mas também não retirou o PSD da equação. “Nenhum partido é virgem nisto”, reconhece. O problema é que “o PS normalmente exagera”, acrescentou.

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Governo vai para campanha com défice mais baixo em 2018. Meta para este ano mantém-se em 0,2%

O INE divulgou esta manhã novos dados sobre as contas públicas. A 13 dias das legislativas, o Governo leva boas notícias na frente orçamental para a campanha.

Portugal fechou o ano passado com um défice de 0,4% do PIB, mais baixo do que o reportado em março a Bruxelas, revelou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Os dados do INE mostram que no primeiro semestre deste ano, o défice ficou em 0,8%, penalizado pelo Novo Banco. Meta para o conjunto de 2019 mantém-se em 0,2%.

Os números constam do reporte dos défices excessivos que o INE publicou esta manhã e que foi enviado para o Eurostat. Esta possibilidade — de o défice do ano passado ser revisto em baixa face aos 0,5% do PIB — já tinha sido antecipada em março pelo INE, tal como avançou o ECO.

“De acordo com os resultados provisórios obtidos neste exercício, consistentes com a base 2016 das Contas Nacionais Portuguesas, em 2018 a necessidade de financiamento das Administrações Públicas (AP) atingiu 910,9 milhões de euros, o que correspondeu a 0,4% do PIB (3,0% em 2017)”, diz o INE.

O instituto estatístico diz que “comparativamente com a notificação anterior, para além das revisões associadas à nova base de Contas Nacionais, os valores relativos aos anos 2017 e 2018 apresentam revisões que decorrem da incorporação de nova informação, em que os dados de 2017 têm agora uma natureza final e os relativos a 2018 uma natureza provisória“.

“As revisões subjacentes a 2017 resultam sobretudo da incorporação de informação final e detalhada, agora disponível para todas as entidades das AP, enquanto as revisões dos resultados para 2018 refletem a apropriação de dados da Informação Empresarial Simplificada e de outra informação baseada na especialização do exercício (accrual), em lugar de informação baseada em fluxos de caixa, para um conjunto mais vasto de entidades”, acrescenta o instituto estatístico.

(Notícia atualizada às 12h40 com mais informação)

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A partir de 1 de outubro, 277 mil consumidores vão pagar menos 2,2% de gás natural

De 1 de outubro a 20 de setembro do próximo ano, os preços do gás natural vão baixar. Há uma redução de 2,2% para 277 mil consumidores.

Com as novas tarifas e preços aprovados pela ERSE — Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos – para o gás natural, 277 mil consumidores vão pagar menos 2,2% nas tarifas transitórias já a partir de 1 de outubro.

A descida de 2,2% aplica-se aos clientes finais com um consumo inferior ou igual a 10 mil metros cúbicos, e estará em vigor até 30 de setembro do próximo ano. Os consumidores contemplados por estas variações são aqueles que “permanecem ainda no comercializador de último recurso e que representam cerca de 3% do consumo total nacional”, aponta a ERSE, em comunicado.

Já a tarifa social para o gás natural para os clientes com acesso a este tarifário beneficia “de um desconto de 31,2% sobre as tarifas transitórias de venda a clientes finais, conforme despacho do membro do Governo responsável pela área da energia”, de acordo com a ERSE.

As tarifas de acesso às redes, cujas variações foram aprovadas no final de maio, verão também uma redução de entre 6,8% e 26,2%, dependendo se se trata de acesso de baixa ou alta pressão. As revisões em baixa das taxas de remuneração aplicadas às infraestruturas do Sistema Nacional de Gás Natural, a “maior exigência imposta aos custos de exploração das atividades reguladas” e o aumento da procura são alguns dos fatores que influenciam esta evolução de preços.

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Como a diversidade e inclusão impactam no negócio das organizações?

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  • 23 Setembro 2019

Edivaldo João, EY Consultant, People Advisory Services e Marta Santos, EY Associate Partner, People Advisory Services falam de como a diversidade e inclusão impactam no negócio das organizações.

Atualmente, com a afirmação da globalização, com as transformações sociais e com a aceleração tecnológica, as organizações passaram a atuar num cenário mais amplo, no qual as tradicionais barreiras territoriais tornaram-se praticamente invisíveis.

Neste sentido, as organizações são obrigadas a redefinir os seus modelos de negócio, bem como os seus cenários de atuação.
Temos exemplos de empresas que possuem a sua sede no país X, produzem os seus produtos no país Y e comercializam os produtos no país Z.

Contudo, seja numa dimensão local ou internacional, a nova conjuntura do mercado faz com que as organizações passem a enfrentar desafios diversos, complexos e com soluções nunca antes encontradas. Desta forma, urge a necessidade de as organizações terem uma força de trabalho diversificada, com diferentes mindsets, recursos, formações académicas, experiências profissionais, pessoais e sociais, capaz de dar respostas aos desafios que a organização enfrenta.

É neste sentido que a Diversidade e Inclusão dos colaboradores tem vindo a conquistar espaço na “agenda das pessoas” das organizações.

 

De acordo com o relatório do Center for Talent Innovation (2013), as organizações que incorporam valores de Diversidade e Inclusão nas suas culturas tendem a ter mais 70% de chances de serem bem-sucedidas em novos mercados, mais 45 % de chances de aumentarem os eu valor de mercado, mais 57% de chances de melhorarem a colaboração entre as suas equipas e mais 19 % de chances de aumentarem os seus índices de retenção de talentos.

Adicionalmente, empresas como a IBM reconhecem que a criação de uma cultura organizacional, que valoriza a Diversidade e a Inclusão, tende a criar equipas mais coesas e colaborativas, a aumentar os níveis criatividade e inovação e cria equipas de trabalho multidisciplinares e eficazes.

Diversidade e Inclusão são conceitos que estão interligados, no entanto é importante realçar que não são a mesma coisa.

Enquanto a Diversidade diz respeito aos diferentes traços demográficos e culturais observáveis e não observáveis, no ambiente de trabalho (Diferenças), a Inclusão é a forma como fazemos esta mistura de traços funcionar, criando um ambiente no qual todas as pessoas têm um sentimento de pertença e de valorização, tornando-se capazes de alcançarem altos níveis de desempenho. Esta ideologia está expressa, por exemplo, na estratégia de Diversidade e Inclusão definida por empresas como a Johnson & Johnson.

A diversidade e a Inclusão vão muito além da diferenciação entre géneros. Na verdade, dizem respeito à criação de uma cultura organizacional na qual qualquer pessoa se sente valorizada, independentemente das suas diferenças. Além da diferenciação entre os aspetos biológicos (Raça, género, idade, etc..), a Diversidade e Inclusão também se refere à diferenciação entre os aspetos socioculturais (Religião, cultura etc…) e individuais (Formação, estilo de vida, experiências, preferências, ideologias, etc…). “Todos diferentes, todos iguais”!

Segundo a Forbes (2019), existem evidências que demonstram a importância crescente que as organizações têm atribuído à Diversidade e Inclusão, no entanto o número de empresas que incorporam valores de Diversidade e Inclusão nas suas estratégias ainda não é satisfatório. Menos ainda se considerarmos a implementação e a vivência real destes valores…

Empresas que estão no spotlight, como a Google, têm investido nas suas estratégias de diversidade e inclusão. No seu último relatório anual sobre a diversidade, a empresa apresenta alguns avanços, relativamente aos índices de diversidade, no entanto reconhece que ainda há muito por se fazer.

Perante tal desafio, as lideranças assumem um papel preponderante na implementação de qualquer iniciativa neste âmbito nas organizações. Os programas de Diversidade e Inclusão que não são apoiados pela liderança e pela estratégia da organização tendem a falhar.

As iniciativas de diversidade e inclusão devem começar na estratégia da organização e ser impulsionadas pelos seus líderes, que devem ser os primeiros a dar o exemplo em aspetos como:

  1. Possuir um mindset inclusivo;
  2. Reconhecer que existem várias formas de alcançar os objetivos propostos;
  3. Ser flexíveis com o que é diferente;
  4. Reconhecer as vantagens da Diversidade e Inclusão
  5. Agir como agente de mudança em direção a uma cultura mais diversificada e inclusiva;
  6. Tratar as pessoas de forma imparcial;
  7. Reconhecer a existência de preconceitos individuais e seus riscos.

Sendo a participação das lideranças vital para o sucesso de qualquer iniciativa de Diversidade e Inclusão, na verdade este tipo de iniciativa deve mobilizar e envolver todos os níveis da organização.

As evidências demonstram ainda que as organizações que incorporam valores de diversidade e inclusão nas suas estratégias tendem a ser mais criativas, mais inovadoras, mais abertas e apresentam equipas mais coesas, colaborativas e eficazes. Assim, tornam-se mais competitivas que os seus concorrentes.

Para alcançar estas metas, a estratégia da organização, a cultura organizacional e os seus líderes devem estar alinhados, de forma a serem capazes de mobilizar toda a organização em torno de uma verdadeira estratégia de Diversidade e Inclusão. Está preparado?

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Travão na Alemanha pressiona ações. Bolsas caem mais de 1%

Dia negativo nas principais bolsas europeias. Em Lisboa, PSI-20 também cai mais de 1%, com BCP a deslizar 3% para baixo dos 20 cêntimos. Dados económicos sinalizam travão económico alemão.

Quando a Alemanha espirra, a Zona Euro fica constipada. É mais ou menos este o mantra dos investidores esta segunda-feira e uma das razões pelas quais as principais praças bolsistas no Velho Continente estão a cair mais de 1%. Incluindo Lisboa, onde o BCP cede mais de 3% para baixo dos 20 cêntimos.

O PSI-20, o principal índice nacional, cai 1,00% para 4.966,43 pontos, com 13 cotadas a negociar abaixo da linha de água. O BCP cede 3,13% para 0,1919 euros, num dia de pressão para todo o setor financeiro — o índice Stoxx 600 Banks, que inclui os principais bancos da região, desvaloriza mais de 1,27%. Nota negativa ainda para Galp, EDP Renováveis e Jerónimo Martins, grandes cotadas nacionais que deslizam mais de 0,5% e contribuem para maiores quedas em Lisboa.

Lá por fora o sentimento é igualmente negativo. A guerra comercial entre EUA e China continua a ser uma fonte de pressão no mercado, com os investidores a temerem o impacto no desempenho económico mundial. De resto, os indicadores do dia saíram abaixo das expectativas, nomeadamente os índices de compra dos gestores na Alemanha, França e Zona Euro, mostrando uma atividade económica na região a travar. Os dados são relativos a este mês, menos de duas semanas depois de o Banco Central Europeu ter anunciado uma nova ronda de estímulos.

O Stoxx 600, índice de referência para o continente, cai 1,01% para 388,97 pontos. Aqui ao lado, o espanhol IBEX-35 perde 1,06%, acompanhado do alemão DAX-30 e do FTSE-Mib, que recuam 1,52% e 1,21%, respetivamente.

Em termos empresariais, os investidores estão a olhar para o setor do turismo, por causa da falência da operadora de viagens Thomas Cook. Os rivais da Tui têm as ações a subir mais de 4%. A britânica Dart Group, dona da operadora de pacotes de viagens Jet2holidays, dispara mais de 8%.

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Cofina brilha após OPA à Media Capital. Dona da TVI não mexe

As ações da dona do Correio da Manhã destacam-se pela positiva numa sessão negativa na bolsa nacional. Chegou a disparar mais de 10% na sequência da OPA lançada à dona da TVI.

A Cofina está a brilhar em bolsa. Depois de ter lançado a Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Media Capital durante o fim de semana, as ações da empresa co-liderada por Paulo Fernandes disparam. Chegaram a ganhar mais de 10%.

Os títulos da dona do Correio da Manhã arrancaram a sessão com uma valorização de mais de 1% que rapidamente se traduziu numa valorização de mais de 3%. A tendência positiva acentuou-se, chegando a Cofina a ganhar mais de 10% durante a negociação.

As ações continuam em destaque na praça nacional, numa sessão negativa em Lisboa. Seguem a ganhar 5,52% para 51,60 cêntimos, estando avaliada em mais de 50 milhões de euros no mercado de capitais. A Media Capital, por seu lado, ainda não negociou.

Cofina brilha na bolsa de Lisboa

Cada ação da dona da TVI está avaliada em 2,48 euros em bolsa, acima do preço oferecido pela Cofina. A empresa de media propõe pagar 2,3336 euros por cada ação da dona da TVI que não é controlada pela Prisa e 2,1322 euros pelas mais de 80 milhões de ações que estão nas mãos do grupo espanhol.

A empresa co-liderada por Paulo Fernandes oferece 180 milhões de euros pela TVI, sendo que incluindo a dívida (enterprise value), a operação de compra da Media Capital envolve cerca de 255 milhões de euros.

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PSD admite Bloco Central se se repetir crise igual à de 2011

Os líderes do PS e do PSD estão na Faculdade de Medicina Dentária, em Lisboa, para mais um debate pré-eleitoral. Depois do debate na TV, acompanhe aqui o debate na rádio.

Depois do debate na televisão, os líderes do PS e do PSD debatem na rádio. Com transmissão em simultâneo na Antena 1, TSF e Renascença, António Costa e Rui Rio estão na Faculdade de Medicina Dentária, em Lisboa, para explicarem aos ouvintes o que defendem os partidos para o futuro de Portugal.

Acompanhe em direto, no ECO, os principais momentos que marcam o debate, numa altura em que o país está em contagem decrescente para as eleições legislativas, marcadas para 6 de outubro.

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Falência da Thomas Cook terá impacto “terrível” no turismo algarvio, diz CTP

  • ECO
  • 23 Setembro 2019

O colapso da Thomas Cook trará consequência para economia portuguesa. No Algarve, os prejuízos podem "ascender a milhões de euros", estima o fundador e vice-presidente da CTP.

A falência do operador turístico britânico Thomas Cook terá um impacto “terrível” no turismo algarvio, com os prejuízos a poderem “ascender a milhões de euros”, afirma o fundador e vice-presidente da Confederação do Turismo Português (CTP) e presidente e fundador da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Elidérico Viegas, citado pela TSF (acesso livre).

“O impacto é enorme, enormíssimo. O Thomas Cook opera em vários países, sobretudo nos principais emissores de turistas para o Algarve. Não apena no Reino Unido, mas também na Alemanha e na Holanda”, refere Elidérico Viegas. “Para além dos turistas que vamos deixar de receber, as dívidas acumuladas ao longo dos últimos meses irão afetar terrivelmente a situação das empresas”, acrescenta.

A Thomas Cook, uma das empresas de viagens mais antigas do mundo, anunciou falência depois de não ter conseguido encontrar, durante o fim de semana, fundos necessários para garantir a sua sobrevivência e, por isso, entrará em “liquidação imediata”. “Apesar dos esforços consideráveis, as discussões entre as diferentes partes interessadas do grupo e de novas fontes de financiamento possíveis, não resultaram em acordo”, apontou o operador turístico britânico em comunicado.

“Desta forma, o Conselho de Administração concluiu que não tinha escolha, a não ser tomar medidas para entrar em liquidação com efeito imediato”, acrescentou.

As autoridades vão ter agora de organizar um repatriamento maciço de cerca de 600.000 turistas em todo o mundo, incluindo 150.000 para a Grã-Bretanha.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 23 Setembro 2019

A Thomas Cook está em destaque na imprensa internacional depois de ter entrado em falência. WeWork e AirBnB também são notícia, bem como a China que quer mais controlo sobre as empresas do país.

Está a ser um dia de caos para milhares de britânicos com as férias a cargo da Thomas Cook. A empresa abriu falência este domingo, depois de várias horas de negociações entre a administração, os acionistas e os credores não ter chegado a bom porto. O Governo britânico iniciou uma megaoperação para repatriar os milhares de turistas de férias fora do país. Conheça esta e outras notícias que estão a marcar a atualidade internacional.

BBC

Thomas Cook anuncia falência. Obriga a repatriar 600 mil turistas

A Thomas Cook anunciou falência depois de não ter conseguido encontrar, durante o fim de semana, fundos necessários para garantir a sua sobrevivência. O operador turístico britânico, que tem a Fosun como investidor, entrou em “liquidação imediata”, obrigando a um repatriamento maciço de cerca de 600.000 turistas em todo o mundo, incluindo 150.000 para a Grã-Bretanha.

Leia a notícia completa na BBC (acesso livre/conteúdo em inglês)

The Guardian

Partidos árabes apoiam Benny Gantz para primeiro-ministro de Israel

Os deputados árabes em Israel recomendaram Benny Gantz para o cargo de primeiro-ministro de Israel, em detrimento do incumbente Benjamin Netanyahu. A decisão surge depois de a coligação árabe Lista Conjunta ter conquistado 13 lugares nas eleições de terça-feira, tornando-se a terceira maior força do parlamento israelita. Esta é a primeira vez desde 1992 que os partidos árabes apoiam um candidato a primeiro-ministro.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre/conteúdo em inglês).

Reuters

China vai pôr representantes estatais em 100 empresas, Alibaba incluída

A China decidiu colocar 100 representantes estatais em empresas privadas chinesas, uma movimentação que terá como objetivo controlar de perto as movimentações destas companhias numa altura em que a economia abranda em resultado da guerra comercial com os EUA. Não foram revelados os nomes da centena de empresas, mas a Reuters revela que entre elas a gigante do comércio online Alibaba, mas também a fabricante de automóvel Geely Automobile.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre/conteúdo em inglês).

Financial Times

SoftBank quer afastar CEO da WeWork

Continua a saga em torno da WeWork, startup líder no negócio dos espaços de co-working. Depois de conhecidas as estratégias pouco ortodoxas de governance da empresa, algumas práticas menos convencionais do presidente executivo, Adam Neumann, o maior acionista da empresa — o SoftBank — está decidido que quer afastar o gestor da liderança. Neumann começa a ser visto como um empecilho no caminho em direção a uma entrada em bolsa que já é avaliada a um valor bem inferior ao que a empresa tinha quando o grupo japonês entrou no capital da startup.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago/conteúdo em inglês).

The New York Times

Trabalhadores da Airbnb tentam forçar IPO

Muitos trabalhadores da Airbnb na Califórnia têm vindo a pressionar a administração para avançar com a operação de entrada em bolsa (vulgo, IPO), de forma a poderem vender no mercado as ações que foram acumulando ao longo de anos de trabalho. Tal como tem acontecido noutras tecnológicas, muitos funcionários da empresa tiveram de se endividar para conseguirem exercer as stock options que lhes foram dadas como parte do salário, mas a esmagadora maioria ainda não conseguiu vender qualquer título. A empresa planeia entrar em bolsa no próximo ano.

Leia a notícia completa no The New York Times (acesso pago/conteúdo em inglês).

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MP diz que Azeredo Lopes teve “exercício perverso” de funções

  • ECO
  • 23 Setembro 2019

Os procuradores estão convencidos do papel central do ex-ministro Azeredo Lopes na encenação da recuperação do material militar roubado em Tancos.

O Ministério Público (MP) está convencido de que Azeredo Lopes teve um papel central na recuperação do armamento roubado dos Paióis Nacionais de Tancos e critica o ex-governante pelo “exercício perverso” de funções públicas.

O ex-ministro da Defesa do atual Governo arrisca mesmo vir a ser acusado de participação ativa na encenação da Polícia Judiciária Militar (PJM) para recuperar as granadas, explosivos e munições furtadas, de acordo com a Renascença. A acusação do Caso Tancos está pronta e deverá ser divulgada esta semana, segundo a mesma rádio.

Na tese dos procuradores, o então ministro da Defesa soube da encenação da PJM e nada fez para a impedir, usando-a para benefício político próprio e do Governo em geral, num momento em que o Executivo estava debaixo de críticas devido aos trágicos incêndios de outubro de 2017.

Além disso, a Renascença escreve que o ex-ministro terá participado ativamente na encenação através de declarações aos órgãos de comunicação social, para convencer a opinião pública das capacidades da PJM. Em contrapartida, o ex-ministro deveria ter dado conhecimento dos factos ao MP, que dirigia as investigações ao roubo do armamento militar.

Termina sexta-feira, dia 27 de setembro, o prazo para os procuradores deduzirem a acusação. Se não o fizerem, terão de libertar o principal arguido, que está em prisão preventiva.

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