Oito em cada dez jovens não vivem onde queriam por falta de recursos

  • Lusa
  • 13 Setembro 2019

De acordo com o estudo da Century 21, “55,7% dos jovens não são financeiramente independentes”, sendo que, mesmo no caso dos emancipados, 37,2% “depende financeiramente da família ou parceiro”.

Oito em cada dez jovens portugueses não vivem onde gostariam “pela falta de recursos económicos”, revelou o “II Observatório do Mercado da Habitação em Portugal”, realizado pela Century 21.

A consultora levou a cabo 800 inquéritos por todo o país, tendo concluído que “78,1% dos jovens entre os 18 e os 34 anos não vive onde gostaria. A razão principal passa pela falta de recursos económicos para a habitação que desejam”, lê-se num comunicado.

A Century 21 adianta que “os 25,9% dos que já estão a trabalhar não atingem os rendimentos necessários para a casa pretendida”, tendo em conta que, dos jovens inquiridos “62,9% conta com menos de 1.000 euros mensais e 17,2% têm ganhos inferiores 500 euros. Apenas cerca de 12% indicam rendimentos entre 1000 e 1500 euros, por mês”.

Com estas condicionantes, de acordo com o comunicado, “55,7% dos jovens não são financeiramente independentes”, sendo que, mesmo no caso dos emancipados, 37,2% “depende financeiramente da família ou parceiro”.

Questionados sobre onde gostariam de viver, “33,4% dos jovens gostaria de morar numa casa própria com o parceiro, 18,5% gostaria de viver sozinho e 1,9% com amigos”, revela a consultora.

Ainda assim, “53,8% prefere uma opção de casa própria, enquanto 36,7% se inclina para uma habitação arrendada. Apenas 4,5% optam por habitação partilhada, quer seja arrendada ou própria”, concluiu a Century 21.

O observatório concluiu também que “apenas 36,4% dos jovens consegue assumir a totalidade dos gastos com a habitação onde vive, cerca de um terço partilha despesas com o companheiro e em 21% dos casos os custos da casa são integralmente suportados pelos pais”.

Os jovens portugueses que ainda vivem com os pais têm algumas ideias sobre a sua casa de sonho, de acordo com a consultora. “Preferem que a sua primeira casa seja na cidade onde já vivem”, de acordo com os resultados do observatório, sendo que a zona da habitação reúne consenso “nas diversas faixas etárias, com os jovens a admitirem que a principal preferência é viver nas zonas periféricas do centro da cidade”, lê-se no documento.

“Quanto ao tipo de habitação, a primeira opção para 44,5% dos jovens é um apartamento. Contudo, esta preferência muda para uma moradia nos que têm mais de 30 anos (36,1%)”, concluiu a consultora.

A casa ideal para os jovens deveria ter uma área de 82,8 metros quadrados, com dois quartos de duas casas de banho, de acordo com o comunicado.

O inquérito da Century 21 concluiu ainda que “54,3% dos jovens sonha viver numa moradia”, sendo que a segurança da zona é “o fator mais importante para 68,2% dos jovens e a qualidade de construção é o segundo aspeto mais relevante”.

Ricardo Sousa, presidente executivo da Century 21, citado no comunicado, referiu que “os jovens demonstram ter expectativas bastante elevadas em relação à habitação, tendo em conta a oferta atual do mercado imobiliário nacional”.

No entanto, diz o responsável, estes resultados devem orientar os operadores imobiliários no “desenvolvimento de soluções de habitação adequadas, para suprir as necessidades dos jovens portugueses, quer a curto, quer a médio prazo”.

Os 800 inquéritos foram realizados entre 18 e 25 de junho, com 50,3% a serem respondidos por mulheres e 49,7% por homens.

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PS ganha vantagem. Mas fica abaixo da maioria absoluta, dizem sondagens

  • ECO
  • 13 Setembro 2019

Os resultados de duas sondagens mostram que os socialistas vão à frente na corrida às legislativas de outubro, porém, sem alcançar uma maioria absoluta.

Se já fosse dia de eleições legislativas, o PS seria o vencedor, com mais de 37% das intenções de voto, porém, sem maioria absoluta. Esta é a conclusão de duas sondagens realizadas na primeira semana de setembro, que estimam ainda que atrás dos socialistas fiquem os sociais-democratas, com pouco mais de 20%.

De acordo com a sondagem da Intercampus para o Jornal de Negócios e Correio da Manhã, o PS tem 37,9% das intenções de voto, elegendo 114 deputados. Ou seja, ficaria apenas a dois deputados de alcançar a maioria absoluta no Parlamento. Este resultado vem confirmar as conclusões de outras sondagens já realizadas que também dão vantagem ao Partido Socialista.

Esta sexta-feira foi também divulgada uma outra sondagem, da Aximage para o Jornal Económico, que revela a mesma tendência — o PS leva aumenta a vantagem, com 38,4% das intenções de voto (mais 0,3 pontos percentuais face à sondagem anterior), mas igualmente sem alcançar a maioria absoluta.

O ministro das Finanças, em entrevista à TSF, veio reforçar a necessidade de o partido alcançar essa maioria porque “há objetivos que são mais fáceis de atingir”. Apesar de frisar que não é impossível governar sem a maioria, lembra que houve metas que não foi possível alcançar na atual legislatura.

Em ambas surge o PSD como o segundo favorito dos portugueses, com 23,6% das intenções de voto, conseguindo eleger 67 de acordo com a sondagem do Negócios e com 20,6% dos votos na sondagem da Aximage, o que representa um mínimo de 2019, já que o partido liderado por Rui Rio cai 0,1 pontos percentuais face à sondagem anterior. Este resultado não agrada, claramente, ao líder dos sociais-democratas. Rui Rio, em entrevista à Antena 1, afirmou que “obviamente 20% era muito mau” e colocaria em causa a sua liderança. “Se o PSD tivesse um resultado baixíssimo obviamente o que é que uma pessoa fica lá a fazer?”, disse.

As sondagens apontam o Bloco de Esquerda como a terceira maior força política, com 10,2% das intenções de voto segundo a Aximage e 9,8% de acotrdo com a Intercampus, à frente da CDU com 5,4% e 8,6%, de acordo com as respetivas sondagens.

Os restantes dois partidos com assento parlamentar — PAN e CDS — disputam em ambas as sondagens o quinto e o sexto lugar. A Aximage, do Económico, aponta para uma vantagem do PAN (4,9% das intenções de voto) sobre o CDS (4,6% das intenções de voto), enquanto a Intercampus (Negócios) troca a ordem: CDS com 6,3% das intenções de voto e o PAN com 5,2%.

A Intercampus também sondou os inquiridos sobre a imagem dos líderes partidários, concluindo que André Silva (2,8 pontos numa escala até dez), do PAN, é mais bem visto do que os líderes do PSD (2,6 pontos) e do CDS (2,5 pontos). António Costa obteve 3,3 pontos e Catarina Martins 3,1 pontos. Jerónimo de Sousa teve uma nota de 2,9 pontos.

Para ver as fichas técnicas das sondagens clique aqui (Jornal de Negócios) e aqui (Jornal Económico).

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“Há objetivos que são mais fáceis de atingir com maioria absoluta”, diz Centeno

  • ECO
  • 13 Setembro 2019

"Era melhor" governar com maioria absoluta, admite o ministro das Finanças, sublinhando que seria mais fácil alcançar certos objetivos que ficaram por alcançar nesta legislatura.

Para o ministro das Finanças, o PS conseguir uma maioria absoluta nas legislativas seria importante para alcançar objetivos que não foram possíveis de alcançar nesta legislatura.

“Há objetivos que são mais fáceis de atingir”, começou por dizer Mário Centeno, em entrevista à TSF, quando questionado se seria mais fácil se os socialistas tivessem maioria absoluta nas eleições legislativas de outubro. Depois desta declaração, o ministro da Finanças acrescentou que isto “não quer dizer que só se consiga governar com maioria absoluta”.

“Se olharmos para o espetro pós-eleitoral de 6 de outubro e tivermos uma distribuição distinta dos votos e se essa alteração significar que o PS tem mais deputados e, eventualmente, atinge a maioria absoluta, isso significa que os termos em que cada um destes dossiês avança vão ser, obviamente, distintos“, continuou, referindo-se às reformas que ficaram aquém das expectativas do PS, como a “legislação laboral e o tempo que ela levou a maturar até ser aprovada e a reforma da supervisão financeira”.

Então, tudo seria melhor se o PS tivesse uma maioria absoluta? “Eu acho que era para melhor, claro”, respondeu Centeno.

Esta segunda-feira foram conhecidos os resultados de duas sondagens que dão vitória ao PS, porém, sem maioria absoluta. Os socialistas vão na frente da corrida com mais de 37% das intenções de voto, concluíram a Aximage e a Intercampus, a apenas dois deputados da maioria absoluta.

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Lisboa avança pelo quarto dia à boleia do BCP e da EDP Renováveis

O PSI-20 avança com o apoio dos ganhos do BCP e da EDP Renováveis, numa sessão em que os pares europeus dividem-se entre ganhos e perdas ligeiras, em busca de um rumo após os estímulos do BCE.

A bolsa nacional entrou com o pé direito no último dia da semana, registando a quarta sessão consecutiva de subidas. O PSI-20 avança com o apoio dos ganhos do BCP e da EDP Renováveis. Os pares europeus dividem-se entre ganhos e perdas ligeiras, enquanto procuram um rumo no rescaldo do anúncio de um novo pacote de estímulos monetários pelo Banco Central Europeu (BCE).

O PSI-20 soma 0,3%, para os 5.031,86 pontos, com dez dos seus 18 títulos em alta, quatro em queda e quatro inalterados. Na Europa, o Stoxx 600, referência para as ações europeias, avança 0,06%, enquanto os principais índices nacionais dividem-se entre o vermelho e o verde no rescaldo da divulgação de um novo pacote de estímulos pelo BCE.

Nesta quinta-feira, a entidade responsável pela política monetária da Zona Euro avançou com novas medidas de estímulos, com um corte de juros nos depósitos, um sistema de escalonamento para ajudar a banca e um novo programa de compra de ativos no valor de 20 mil milhões de euros mensais.

A contribuir para a subida da bolsa nacional está o BCP, que vê as suas ações valorizarem 0,88%, para os 20,63 cêntimos, no dia em que há notícias a dar conta de que o banco está a negociar a venda de ativos imobiliários avaliados em 200 milhões de euros.

O setor da energia também dá fôlego adicional à praça nacional. A EDP Renováveis sobressai, com as suas ações a ganharem 0,79%, para os 10,24 euros, enquanto as da Galp Energia valorizam 0,66%, para os 13,06 euros.

Pela negativa, destaque para a EDP que vê as suas ações deslizarem 0,34%, para os 3,47 euros.

(Notícia atualizada às 8h20 com mais informação)

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Dez chefes de equipa de urgência do Hospital Garcia de Orta apresentam demissão

  • Lusa
  • 13 Setembro 2019

A demissão em bloco deve-se à "decisão do Conselho de Administração de retirar a Cirurgia Geral da presença física no serviço de urgência”. BE vai pedir esclarecimentos sobre demissões.

Dez chefes de equipa de urgência do Hospital Garcia de Orta, em Almada, demitiram-se esta quinta-feira, segundo a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), com o hospital a admitir a “possibilidade de demissão”.

“Hoje [quinta-feira] demitiram-se 10 chefes de equipa de urgência do Hospital Garcia de Orta e outros tantos internistas que exercem funções no Serviço de Urgência demitiram-se em bloco, em carta enviada ao Conselho de Administração”, refere a SPMI, em comunicado enviado às redações.

Contactado pela agência Lusa, o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Roque da Cunha, confirmou que “os chefes de equipa de Medicina apresentaram a demissão por insuficiência de recursos humanos”.

O SIM adianta que “vai fazendo chegar ao bastonário da Ordem dos Médicos as situações em que as equipas de urgência estão com um número de profissionais abaixo dos níveis desejados”.

Após o comunicado da SPMI, a dar conta das demissões, em nota enviada na noite desta quinta-feira à Lusa, o Conselho de Administração do Hospital Garcia de Orta refere que um grupo de chefes de equipa do Serviço de Urgência Geral enviou hoje “uma carta ao Conselho de Administração, alertando para alguns problemas internos inerentes” àquele serviço, na qual “também fazia referência à possibilidade de demissão”.

“De imediato o CA [Conselho de Administração], na pessoa do sr. diretor clínico, recebeu o grupo e, nessa reunião, foram esclarecidas as dúvidas existentes e assumido o compromisso, por parte do CA, de adoção de medidas possíveis, neste momento, para ajudar a resolver as questões e as situações colocadas”, acrescenta a nota do Hospital Garcia de Orta.

Contudo, questionada pela agência Lusa durante a tarde de quinta-feira sobre as demissões, na sequência de informações que chegaram à Lusa, o hospital respondeu nessa ocasião por escrito que “nenhum diretor de serviço do HGO [Hospital Garcia de Orta] se demitiu” nem nessa resposta se fazia referência à “possibilidade de demissão” que consta na nota enviada à noite.

Na resposta enviada cerca das 17h30, o hospital dava conta também da marcação de uma nova reunião para a “primeira quinzena de outubro”.

A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna acrescenta no seu comunicado que o “protesto dos internistas do Hospital Garcia de Orta se deve à decisão do Conselho de Administração de retirar a Cirurgia Geral da presença física no Serviço de Urgência”.

“É evidente que isso levará a um esgotamento ainda maior dos internistas na Urgência, para além de pôr em perigo os doentes do foro cirúrgico, que ficam dispersos numa amálgama de doentes ainda maior”, alerta a SPMI.

Catarina Martins “muito preocupada” com demissão de chefias

Na sequência da demissão dos chefes de equipa de urgência do Hospital Garcia de Orta, a coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, afirmou estar “muito preocupada” com a situação, defendendo que as administrações hospitalares devem poder contratar os médicos de que precisam.

Nós estamos muito preocupados com a situação do Garcia de Orta. É um hospital a que têm faltado muitos profissionais e que tem recorrido à prestação de serviços e, portanto, tem tido muita dificuldade em fazer as suas equipas“, disse Catarina Martins, que considerou o recurso a médicos em regime de prestação de serviços uma forma de privatização parcial do Serviço Nacional de Saúde.

“Para nós é absolutamente urgente que hospitais como o Garcia de Orta possam contratar, de forma permanente, os profissionais de que precisam – médicos e não só -, porque é a única forma de ter estabilidade nas equipas”, acrescentou a coordenadora do Bloco durante uma ação de pré-campanha eleitoral nas Festas da Moita, no distrito de Setúbal.

Catarina Martins adiantou que o BE vai pedir esclarecimentos sobre as demissões, mas sublinhou que o problema da falta de médicos no Hospital Garcia de Orta, em Almada, “já está diagnosticado há muito tempo”.

“Achamos que o que está a acontecer é sintoma de se estar a atrasar a necessidade absoluta de médicos. E estar sempre a recorrer a empresas de prestação de serviços quando faltam médicos é uma forma de ir privatizando partes do Serviço Nacional de Saúde, de o tornar mais desregrado, com menos coerência entre si, de o fragilizar”, disse.

“Voltamos a chamar à atenção: há tantos hospitais deste país que estão à espera de autorização para contratar os médicos de que precisam”, frisou Catarina Martins.

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Hoje nas notícias: Legislativas, Berardo e BCP

  • ECO
  • 13 Setembro 2019

Sondagem coloca PS à beira da maioria absoluta, BCP negoceia venda de carteira de crédito de 200 milhões, arresto de 2.200 obras de Berardo, atraso no pagamento de apoios ao ambiente em destaque.

A oito dias do arranque da campanha destaque para a divulgação de uma sondagem que coloca o PS a apenas dois deputados de distância da maioria absoluta nas legislativas. Há novidades sobre o caso Berardo, com a Justiça a concretizar o arresto de 2.200 obras de arte de Joe Berardo, e sabe-se ainda que o BCP está a negociar com um fundo britânico a venda de uma carteira de crédito avaliada em 200 milhões de euros. Já o Estado assume que esta atrasado no pagamento de apoios europeus para o ambiente, enquanto há nota de que apenas duas empresas acederam à linha de apoio do Governo para o Brexit.

Sondagem coloca PS a dois deputados da maioria absoluta

O PS está próximo de alcançar a maioria absoluta nas próximas legislativas. Uma sondagem da Intercampos para o Jornal de Negócios e Correio da Manhã dá 37,9% das intenções de voto, deixando o PSD a 14 pontos. Caso as eleições fossem esta sexta-feira, o PS elegeria 114 dos 230 deputados, ficando a dois de alcançar a maioria. Em segundo surge o PSD, escolhido por 23,6% dos eleitores e conseguindo 67 lugares no Parlamento. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

BCP negoceia venda de carteira de 200 milhões com britânicos

Os esforços do BCP para “limpar” o balanço continuam. O banco liderado por Miguel Maya está a tentar desfazer-se de uma carteira de créditos composta por imóveis que estavam hipotecados e que foram executados pelo banco. Em causa está o chamado “Project Pumas”, num valor bruto de 210 milhões de euros, estando o banco em discussões exclusivas com o fundo britânico AnaCap Financial Partners. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Justiça já arrestou 2.200 obras de arte de Joe Berardo

A justiça já conseguiu concretizar o arresto de 2.200 obras de arte de Joe Berardo que tinha sido decretado na sequência de uma providência cautelar interposta pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), o BCP e o Novo Banco, que pretendem recuperar 962 milhões de euros. Segundo o Jornal Económico, a Associação Coleção Berardo (ACB), proprietária das obras de arte do empresário, foi notificada da totalidade do arresto na semana passada e prepara agora oposição. Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

Estado atrasado a pagar apoios europeus para o ambiente

Os fundos de Bruxelas para apoiar o ambiente tardam a ser utilizados. O Estado está atrasado no pagamento desses apoios, com a dívida a câmaras a ascender a 5,2 milhões de euros, revela o Jornal de Notícias. Na base desse atraso estará a falta de pessoal, diz o Fundo de Eficiência Energética, instrumento financeiro habilitado a financiar os programas e medidas previstas no Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Só duas empresas acederam à linha de apoio para o Brexit

O Governo disponibiliza uma linha de financiamento de 50 milhões de euros para apoiar as empresas com exposição ao Brexit desde abril. Mas até agora apenas duas empresas recorreram a esta medida no âmbito do plano de contingência do Governo. Uma empresa no setor da cortiça e outra do setor têxtil obtiveram um apoio de 1,2 milhões de euros através desta linha. As regras determinam, que só se podem candidatar microempresas e PME que estejam “a desenvolver uma estratégia para minorar o efeito negativo do Brexit” e tenham trocas comerciais com o Reino Unido superiores a 15% do seu volume de negócios. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

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Novas regras das vendas em saldo entram em vigor a 14 de outubro

  • Lusa
  • 13 Setembro 2019

A nova lei impõe saldos com preços mais baixos do que os praticados nos três meses anteriores. A partir de agora os saldos podem realizar-se em qualquer período desde que não ultrapassem 124 dias.

As novas regras de informação do comércio aos consumidores sobre vendas em saldo ou liquidação, que estabelecem que estas podem realizar-se em qualquer período do ano desde que não ultrapassem 124 dias, entram em vigor a 14 de outubro.

O decreto-lei, publicado em Diário da República em 14 de agosto, visa simplificar e harmonizar os procedimentos que os comerciantes devem cumprir sempre que comunicam à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) que pretendem realizar vendas em saldo ou em liquidação.

Segundo o diploma, a venda em saldos pode realizar-se em qualquer período do ano, desde que não ultrapasse, no seu conjunto, a duração de 124 dias por ano.

É proibida a venda em saldos de produtos expressamente adquiridos para esse efeito presumindo-se, em tal situação, os produtos adquiridos e rececionados no estabelecimento comercial pela primeira vez ou no mês anterior ao período de redução“, lê-se no decreto-lei, que especifica que as promoções podem ocorrer “em qualquer momento considerado oportuno pelo comerciante”.

O Governo explica, no diploma, que, tendo em vista uma maior transparência nas relações entre os consumidores e as empresas, é introduzido o conceito de preço mais baixo anteriormente praticado e de percentagem de redução, permitindo ao consumidor uma informação mais precisa que lhe permite comparar os preços.

O decreto-lei estipula que “a redução de preço anunciada [pelo comerciante] deve ser real, por referência ao preço mais baixo anteriormente praticado para o mesmo produto ou, quando se trate de um produto não comercializado anteriormente pelo agente económico, por referência ao preço a praticar após o período de redução”.

Deve ainda ser indicada “de modo inequívoco”, na venda com redução de preço, a modalidade de venda, o tipo de produtos, a respetiva percentagem de redução, bem como a data de início e o período de duração.

É proibido vender com redução de preço produtos adquiridos após a data de início da venda com redução, mesmo que o seu preço venha a ser igual ao praticado durante o período de redução“, acrescenta.

Quanto à obrigatoriedade, que recai sobre os comerciantes, de comunicação prévia à ASAE de vendas em saldo ou em liquidação em estabelecimento físico ou ‘online’, o Governo defende que a “inexistência de um modelo de comunicação uniforme implica um trabalho acrescido de tratamento dos dados comunicados, razão pela qual é “necessário” estipular que as comunicações obrigatórias passam a ser efetuadas apenas através do portal e.Portugal.

“Esta alteração vem assim concretizar a medida ‘Procedimento de comunicação dos saldos mais simples’ do Programa Simplex+ 2018, com o objetivo de simplificar e harmonizar os procedimentos a que estão sujeitos os operadores económicos”, destaca o Governo no decreto-lei.

Notícia corrigida às 11h41 com a indicação de que a nova lei entra em vigor a 14 de outubro

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Da banca à advocacia. Estas empresas vão dar folga para levar filhos à escola no primeiro dia de aulas

Os funcionários públicos têm, a partir deste ano, três horas para acompanharem os filhos no primeiro dia de aulas. No privado, há empresas que vão oferecer alternativas que replicam essa dispensa.

O Bloco de Esquerda ainda tentou, mas o PS juntou-se à direita para travar o alargamento ao setor privado da dispensa de três horas para acompanhar os filhos à escola no primeiro dia de aulas, que vai ser concedida, a partir deste ano, aos funcionários públicos. Os pais que não trabalham na Administração Pública continuam, assim, legalmente sem a possibilidade de faltar para ir levar os filhos no arranque do ano letivo, mas há empresas que vão oferecer esquemas semelhantes que replicam essa dispensa, da banca à advocacia.

Foi em julho que o Executivo de António Costa publicou, em Diário da República, o decreto-lei que passou a permitir que os trabalhadores do Estado faltem justificadamente por três horas para acompanharem os filhos (até 12 anos) no primeiro dia de aulas. Apesar de Marcelo Rebelo de Sousa ter apelado ao alargamento desta dispensa ao setor privado, os pais que não são funcionários públicos não serão abrangidos, no início deste ano letivo, por esta medida. Há no entanto empresas que oferecem esquemas que disponibilizam benefícios alternativos.

Exemplo disso é a Altice Portugal, que fez saber em comunicado que vai dar “tolerância de ponto” a todos os trabalhadores com filhos até aos 12 anos, que os queiram acompanhar no primeiro dia do ano letivo. Segundo a empresa de telecomunicações é uma forma de “apostar na promoção das melhores condições no acompanhamento na vida escolar e na conciliação da vida profissional, familiar e pessoal”.

O mesmo acontece na empresa de formação e recrutamento Ranstad, que dar a manhã aos trabalhadores para poderem acompanhar os filhos à escola.

Os maiores bancos portugueses, que representam cerca de dois terços dos trabalhadores do setor bancário, também prometem alguma flexibilidade aos trabalhadores no arranque do ano letivo. No Novo Banco, por exemplo, os trabalhadores têm falta justificada se quiserem para acompanhar filhos ou enteados, que se aplica apenas no primeiro dia de escola do 1º ano e do 5º ano, revelou ao ECO fonte oficial do banco.

O BCP e o Banco Santander também têm medidas de incentivo que incluem esta “tolerância de ponto”. No BCP, a tolerância inclui “meio dia no primeiro dia de escola para os filhos que ingressem no primeiro ano da escolaridade básica e preparatória” e, no caso do Santander, é dado aos funcionários o dia inteiro para acompanharem os filhos na entrada para a escolaridade obrigatória. O BPI, por outro lado, não concede tolerância de ponto.

Da banca para os seguros, a Fidelidade destaca-se pelos benefícios dados a trabalhadores com filhos em idade escolar. No primeiro dia de aulas, quem tem filhos até aos 10 anos de idade, terá dispensa a manhã ou da tarde do primeiro dia de aulas. Além disso, têm ainda direito a sete horas por mês para assistência pessoal por doença familiar ou do próprio. Mas as regalias da seguradora não ficam por aqui: há também “cheques” para material escolar, prémios de mérito, entre outros, no sentido de preservar “um correto equilíbrio entre a vida profissional e familiar de cada um dos nossos colaboradores”, diz Joana Queiroz Ribeiro, diretora de pessoas e organização da empresa.

Nas sociedades de advogados, este e outros benefícios tendem a não ser considerados, por se tratar de uma “profissão liberal”. Mas há exceções. A SRS Advogados e a Sérvulo & Associados, empresas sediadas em Lisboa, vão conceder aos trabalhadores a manhã do primeiro dia de aulas dos filhos até aos 12 anos. Há ainda sociedades que concedem o dia inteiro aos colaboradores para o mesmo fim.

“Apesar de a advocacia ser uma profissão liberal, é evidente que em alturas específicas, como no regresso às aulas ou pausas de calendário nos períodos letivos, existe uma maior flexibilidade quanto aos horários.”, sublinha Álvaro Roquette Morais, managing partner da sociedade de advogados Broseta.

No setor privado da indústria, que tem maior expressão no norte do país, as regras repetem-se. Na Riopele, uma empresa de indústria têxtil de Famalicão, refere-se que os trabalhadores têm direito a quatro horas livres, por lei, por trimestre, que podem usufruir quando considerarem ser mais conveniente.

O Código do Trabalho tem efetivamente previstas quatro horas por trimestre para os trabalhadores se deslocarem aos estabelecimentos de ensino dos seus filhos, por motivo de “situação educativa”. Nessa justificação cabem reuniões e até visitas espontâneas ou de natureza mais administrativas, mas os juristas ouvidos pelo ECO defendem que não se encaixa o acompanhamento do menor no primeiro dia de aulas. No caso da Riopele, a empresa diz que se tem mostrado disponível para “atender qualquer situação excecional em que o limite possa ser ultrapassado”, mas não confirma se as horas podem ser usadas no primeiro dia de aulas.

Na empresa de estampagens Adalberto, só a partir deste ano começaram a ponderar conceder “tolerância de ponto” com esse fim. “Somos uma empresa com funcionários muitos jovens, na faixa dos 25/26 anos que ainda não têm filhos”, justifica Miguel Ferreira, diretor de R&H da Adalberto. Carla Oliveira, administradora da empresa de calçado e sofás Elastron, garante que a empresa é flexível, mas “não existe uma lei interna relativamente a esse assunto”.

A Carris, empresa de transportes públicos de Lisboa, não vai dar dispensa aos trabalhadores com filhos em início de idade escolar. Contudo, garante que “quando solicitado e existindo disponibilidade, tem sido prática da empresa autorizar os pais a estarem presentes nas reuniões de escola dos filhos menores”.

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CIP quer reformados a ajudar empresas a formar jovens nas áreas de elevada especialização

A CIP quer que os reformados possam colaborar com as empresas na formação de jovens nas áreas de elevada especialização. Esta é uma das mais de 80 propostas dos patrões para a próxima legislatura.

A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) quer ver os reformados a colaborarem com as empresas na formação dos trabalhadores mais jovens nas “áreas de elevada especialização e conhecimento”. Esta é uma das mais de 80 propostas para a próxima legislatura que os patrões reuniram num caderno ao qual chamaram de “Portugal a Crescer Mais” e que é conhecido esta sexta-feira.

“A falta de profissionais com competências adequadas às necessidades das empresas é um problema real, que corre o risco de se tornar dramático no curto prazo”, lê-se no arranque do capítulo dedicado ao talento. Face a este cenário e ao desafio da transformação digital e tecnológica, a CIP coloca em cima da mesa uma série de propostas cujo objetivo principal é aproximar “a oferta e a procura no mercado de trabalho”.

Nesse pacote de sugestões para os próximos quatros anos, está incluída a criação de um pacto de regime sobre o sistema educativo e sobre a formação profissional, a promoção de formas alternativas de ensino, a alocação de uma fatia da Taxa Social Única a uma conta específica de cada empresa que poderia ser usada para o financiamento da formação profissional (medida que já fazia parte do caderno apresentado no último ano) e a criação de um sistema que permita aos reformados colaborar com as empresas na formação de jovens para “áreas de elevada especialização”.

A propósito, no capítulo dedicado ao envelhecimento ativo do seu programa eleitoral, o PSD propõe que sejam desenvolvidas um conjunto de “medidas de flexibilização de transição da idade ativa para a aposentação”, que incentivem o prolongamento da atividade para além da idade da reforma através de soluções de trabalho em tempo parcial, o que poderia ficar em linha com a sugestão feita pela CIP. Também o PS tem uma promessa semelhante, no seu programa eleitoral, defendendo a aposta num “mecanismo de reforma a tempo parcial”, num quadro de “desagravamento das horas de trabalho”.

No caderno divulgado esta sexta-feira, a CIP propõe ainda a celebração de parceiras entre o Ministério da Educação e as associações empresariais para promover cursos adequados às necessidades das empresas, defende a requalificação dos recursos humanos ao longo da vida em resposta ao desafio tecnológico e considera ser importante orientar os apoios sociais para os trabalhadores que apostam na sua formação profissional.

No que diz respeito às migrações, os patrões sublinham a necessidade de agilizar a obtenção de documentos de Segurança Social necessários à contratação de imigrantes e de reforçar as capacidades de resposta do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

Já sobre a conciliação da vida profissional, pessoal e familiar, a CIP frisa que é preciso continuar a defender a flexibilização da organização do tempo de trabalho. É nesse âmbito que a confederação sugere desenvolver uma rede de infraestruturas de apoio (como creches com horários alargados) e “implementar uma atitude de partilha de responsabilidades e de tarefas entre homens e mulheres para combater, desde tenra idade, os estereótipos”.

Sobre o salário mínimo nacional (SMN), a CIP decidiu não fixar uma meta para a próxima legislatura, mas defende que devem ser definidos, em sede de Concertação Social, critérios económicos “objetivos e quantificáveis que deverão estar na base da evolução” da remuneração mínima garantida.

Na quarta-feira, a CGTP apresentou as suas prioridades reivindicativas para 2020, tendo defendido a subida do salário mínimo para 850 euros a curto prazo. O mesmo valor está a ser apoiado pelo PCP. O Bloco de Esquerda quer ver essa remuneração chegar aos 650 euros já no próximo ano; e o PSD quer que ultrapasse os 700 euros, em 2023. O PS não adianta a sua meta, mas adianta que quer ver o SMN a subir de forma “faseada, previsível e sustentada”.

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Do IRC ao SMN. As 80 propostas dos patrões para a próxima legislatura

A três semanas da ida às urnas, os patrões deram a conhecer as suas propostas para os próximos quatro anos, a redução do IRC à celebração de um pacto de regime para a educação.

Com as eleições legislativas à porta, a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) deu a conhecer, esta sexta-feira, as suas propostas para os próximos quatro anos. São mais de 80 propostas, da atração de talento à fiscalidade, passando pelo financiamento das empresas.

“Tendo em conta o contexto económico externo mais desfavorável, a CIP considera fundamental que o próximo Governo implemente uma estratégia de médio-longo prazo para que as empresas e o país sejam capazes de vencer os grandes desafios que se colocam no futuro. Essa estratégia deverá estar assente em três vetores: aumento da competitividade, talento e bem-estar das pessoas e sustentabilidade”, defendem os patrões.

No pacote de propostas divulgado, está incluída a redução da taxa de IRC para 17%, a celebração de um pacto de regime sobre a educação e o favorecimento fiscal das PME. Sobre o salário mínimo nacional, a confederação atira para a Concertação Social a definição dos critérios que guiem a evolução da remuneração mínima garantida. Conheça abaixo a lista completa.

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CIP critica programas dos partidos para empresas. Propõe IRC a 17% até 2023

A CIP quer que, até 2023, a taxa de IRC seja reduzida para 17% e defende a inclusão de uma cláusula de compromisso de continuidade nas alterações fiscais que reduzam a carga fiscal das empresas.

Em linha com a promessa deixada pelo PSD e o CDS, a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) quer que a taxa de IRC recue para 17% até ao final de 2023. Nas mais de 80 propostas apresentadas pelos patrões para a próxima legislatura, é sublinhada também a importância de favorecer fiscalmente as pequenas e médias empresas (PME), de garantir que a tributação sobre as empresas não é agravada e de assegurar que não sejam criados novos impostos que afetem o tecido empresarial.

“No domínio da fiscalidade, é necessário inverter a tendência de aumento da carga fiscal sobre as empresas e atenuar os aspetos em que o nosso sistema fiscal se mostra mais desfavorável, tornando-o mais competitivo, mais previsível e mais simples, por forma a relançar duradouramente o investimento”, salienta a CIP, no caderno “Portugal a crescer mais”, conhecido esta sexta-feira.

Nesse sentido, a CIP defende que é preciso “retomar o compromisso de redução da taxa de IRC, fixando-a, no máximo, em 17% até ao final da legislatura”. Esta proposta encontra correspondência, desde logo, com a promessa deixada pelo PSD, no seu programa eleitoral. O partido laranja diz querer reduzir o IRC de 21% para 19% em 2020 e eventualmente para 17% até 2023. De acordo com os cálculos do partido de Rui Rio, esta medida custará aos cofres do Estado 1.600 milhões de euros.

O CDS-PP tem no seu programa uma medida semelhante, ainda que mais ambiciosa. O partido de Assunção Cristas quer baixar a taxa de IRC para 12,5% no prazo de seis anos e para 17% já no próximo ano. Em sentido inverso, o PCP quer ver a taxa normal do IRC aumentar dos tais 21% para 25% e quer aplicar uma taxa de 35% às empresas com lucros superiores a três milhões de euros.

Além da redução do IRC, a CIP defende a eliminação progressiva das derramas, os apoios ao investimento nas regiões do interior e os incentivos fiscais ao investimento em startups. A confederação quer ainda que, em todas as alterações fiscais tendentes a reduzir a carga colocada sobre as empresas, haja uma cláusula de compromisso de continuidade durante um período não inferior a sete anos.

Além disso, os patrões veem com bons olhos medidas que favoreçam fiscalmente as PME, nomeadamente através da subida do limite de matéria coletável para efeitos de aplicação da taxa reduzida em sede de IRC. Atualmente aplica-se uma taxa de 17% nos primeiros 15 mil euros de matéria coletável das PME. Esta medida defendida pela CIP também integra, de resto, o programa do PSD.

No capítulo dedicado à capitalização e financiamento, a CIP sugere focar os recursos do banco público “no apoio ao setor produtivo e em especial às PME e às empresas exportadoras”, reforçar o apoio ao Sistema Nacional de Garantia Mútua e otimizar a Instituição Financeira de Desenvolvimento como instrumento dinamizador de diversificação das fontes de financiamento e de capitalização das PME.

A propósito, a CIP critica os programas eleitorais dos vários partidos por terem poucas medidas dirigidas à recapitalização e financiamento das empresas e “lamenta que subsista” a intenção de recorrer a aumentos de tributação sobre as empresas. “A CIP lembra que só com empresas fortes será possível continuar a gerar emprego, aumentar salários, crescer nas exportações e fazer de Portugal um país mais desenvolvido, mais competitivo, mais inovador e mais sustentável”, avisam os patrões.

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Saiba o que é obrigatório levar para a entrevista de emprego. E o que deve deixar para trás

As entrevistas de trabalho podem causar ansiedade e stress, mas uma boa preparação prévia pode ser a solução para uma entrevista calma e de sucesso.

A melhor forma de ter uma entrevista de emprego bem-sucedida é garantir que está bem preparado. O momento da entrevista de trabalho pode ser enervante, por isso é importante que mantenha a calma e saiba resistir à pressão.

No dia anterior, prepare tudo o que tem de levar para a entrevista e deixe para trás alguns itens dispensáveis. Assim, conseguirá reduzir o stress e a ansiedade e, provavelmente, obter melhores resultados da entrevista.

Joana Santos, People & Culture Manager da Hays Portugal, explica o que não deve ser esquecido no momento da entrevista de emprego, e o que deve ser evitado.

O que é obrigatório levar para uma entrevista de emprego?

  • Experiência e conquistas

“Seja um currículo com mais, ou menos, experiência, é importante que o profissional partilhe todo o seu percurso profissional sem deixar nada de parte. Falar das principais conquistas profissionais é também considerada mais-valia para o candidato.”

  • Um bom estudo da empresa

“É crucial que o candidato mostre que sabe para que empresa se está a candidatar, qual a sua missão, os valores, em que setor atua. Além disso, demonstre o porquê de ter interesse em trabalhar nessa empresa.”

  • Conhecimento sobre a função à qual se está a candidatar

“Na entrevista serão feitas questões sobre a função, por isso, o candidato terá que saber a que função se candidatou e o que esta requer.”

  • Abertura a novas experiências

“É importante estar aberto a novas experiências, pois só assim poderá crescer profissionalmente.”

  • As motivações claras

“O candidato precisará de ter as motivações claras para uma mudança de emprego e isso terá de ser abordado na entrevista.”

O que deixar para trás:

  • As más experiências

“Retire sempre o positivo de todas as situações e não destacar e reforçar as más experiências profissionais.”

  • Uma eventual relação menos positiva com o manager anterior

“Se o candidato teve uma relação menos positiva com o manager anterior, não deverá salientar na entrevista.”

  • Ideias preconcebidas

“Num mundo cada vez mais globalizado e digital é essencial deixar para trás ideias preconcebidas e estar aberto a novas experiências.”

“Num mercado laboral cada vez mais dinâmico, é necessário que os profissionais estejam bem preparados para as entrevistas de emprego“, frisa Joana Santos.

Além de seguir estas dicas, reveja as perguntas que provavelmente serão feitas pelo recrutador para o pôr à prova. Prepare as respostas e estude-as antes da entrevista. No final da entrevista, não se esqueça de enviar uma carta de agradecimento. Pode aumentar a probabilidade de ser contratado e é uma forma de reforçar o agradecimento.

Se for recrutado, mantenha o foco nos primeiros dias, pois podem ser cruciais para causar boa impressão entre os colegas.

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