Mais mulheres no BCE? Elisa Ferreira entre as 10 candidatas

  • ECO
  • 15 Maio 2019

A Bloomberg selecionou economistas e banqueiras com qualificações para chegar a cargos de topo no BCE e contrariar o panorama predominantemente masculino. Entre os nomes escolhidos, há uma portuguesa.

A igualdade de género nos cargos de topo do Banco Central Europeu (BCE) continua a falhar. Segundo a Bloomberg, as probabilidades de a instituição financeira conseguir a primeira presidente mulher poderiam aumentar se os governos dos países da Zona Euro olhassem para o talento disponível. Na lista de dez mulheres com qualificações para integrar o conselho de governadores do BCE há uma portuguesa: a vice-governadora do Banco de Portugal, Elisa Ferreira.

“A vice-governadora do banco central português tem um PhD em economia pela universidade britânica de Reading e esteve mais de uma década no Parlamento Europeu, onde defendeu que o BCE alocasse maiores poderes à monitorização da estabilidade financeira“, escreve a Bloomberg. “Foi considerada uma candidata à liderança do supervisor da banca na Zona Euro, mas decidiu não se candidatar quando o cargo foi aberto pelo BCE no ano passado”.

A economista e ex-eurodeputada chegou a ser indicada, no ano passado, como uma das favoritas para a liderança do Mecanismo Único de Supervisão. No entanto, razões de ordem pessoal e profissional (nomeadamente não ter interesse em voltar a sair do país e estar ainda a meio do mandato como vice-governadora do banco central) terão levado a socialista a não concorrer ao lugar.

Elisa Ferreira desistiu, na altura, da corrida e, contactado pelo ECO sobre a possibilidade de a vice-governadora vir a candidatar-se a uma nova posição no BCE, o Banco de Portugal não respondeu até à publicação deste artigo. Quanto à liderança do Mecanismo Único de Supervisão, acabou por ser um homem — o italiano Andrea Enria — a ficar com o lugar anteriormente ocupado por Danièle Nouy.

Após um ano que foram eleitos 13 homens, mas nenhuma mulher, para o conselho de governadores do BCE, há atualmente 25 homens e apenas uma mulher nos cargos de topo do banco central. Além disso, todos os candidatos indicados como potenciais substitutos de Mario Draghi na presidência do BCE são homens.

As restantes nove mulheres que integram a mesma lista que Elisa Ferreira são:

  • Margarita Delgado (vice-governadora do Banco de Espanha)
  • Sylvie Goulard (vice-governadora do Banco de França)
  • Claudia Buch (vice-governadora do Bundesbank)
  • Sharon Donnery (vice-governadora do Banco da Irlanda)
  • Emma Navarro (vice-presidente do Banco Europeu de Investimento)
  • Natacha Valla (vice-diretora-geral para a política monetária do BCE)
  • Laurence Boone (economista-chefe da OCDE)
  • Lucrezia Reichlin (antiga diretora de análise do ex-presidente do BCE Jean-Claude Trichet)
  • Pinelopi Koujianou Goldberg (economista-chefe do Banco Mundial)

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Bankinter reforça aposta no crédito à habitação de taxa fixa

O banco espanhol lançou uma campanha promocional em que oferece juros promocionais nos empréstimos de taxa fixa a 2, 5 e 10 anos, em propostas de crédito à habitação com entrada até 15 de julho.

O Bankinter está a promover a sua oferta de crédito à habitação de taxa fixa, seguindo as pisadas de outros bancos. Para isso está a oferecer juros promocionais nos empréstimos de taxa fixa a dois, cinco e dez anos, em propostas de crédito à habitação com entrada até 15 de julho.

O banco espanhol adianta que os atuais e potenciais clientes podem optar por uma taxa fixa promocional de 1,85% a dez anos, valor que é independente do montante solicitado e do rácio de financiamento/garantia. Para além desse prazo, o Bankinter também oferece taxas promocionais a dois e cinco anos, com valores de 1% e 1,3%, respetivamente, onde se disponibiliza a suportar os custos de transferência de créditos com origem noutros bancos.

Em qualquer destes três tipos de contratos de taxa fixa, no prazo remanescente do crédito aplica-se taxa variável, com spreads desde 1%, a margem mínima exigida pelo banco.

O banco espanhol segue a aposta que outros bancos também têm feito na captação de clientes para os empréstimos da casa de taxa fixa. No caso do Bankinter a oferta atual inclui empréstimos de taxa fixa a dois, três, quatro, cinco, dez, 15, 20, 25 e 30 anos, que são indexados a taxas swaps para as maturidades correspondentes. Aquilo que está agora a fazer é fixar administrativamente pelo período da campanha as taxas de juro nos contratos de crédito de taxa fixa a dois, cinco e dez anos.

“Desta forma, o Bankinter passa a comercializar ativamente dois tipos de taxa fixa: taxa fixa swap e taxa fixa administrativa, consolidando a sua posição de referência no crédito habitação”, explica o banco em comunicado nesta quarta-feira.

Para beneficiar dessa campanha é necessário que as propostas de crédito entrem no Bankinter entre 16 de maio e 15 de julho, e cuja contratação seja concretizada até 30 de setembro.

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António Costa destaca “grande aumento de investimento” para aceleração do PIB

  • Lusa e ECO
  • 15 Maio 2019

O primeiro-ministro aponta o crescimento do investimento como o fator que impulsionou a aceleração do PIB no primeiro trimestre deste ano.

O primeiro-ministro, António Costa, destacou esta quarta-feira o “grande aumento de investimento” no primeiro trimestre deste ano que permitiu à economia portuguesa acelerar e crescer acima da média da zona euro.

“Foi, aliás, o grande aumento do investimento neste primeiro trimestre deste ano que, ao contrário de várias previsões económicas, (…) permitiu ao INE [Instituto Nacional de Estatística] hoje revelar que a economia portuguesa acelerou, voltando a crescer acima da média da zona euro e acima da média da União Europeia”, disse o primeiro-ministro na sessão de apresentação da estratégia global de sustentabilidade do Grupo Nabeiro – Delta Cafés, que decorreu esta quarta-feira na Estufa Fria, em Lisboa.

O Produto Interno Bruto (PIB) português aumentou 1,8% no primeiro trimestre do ano em termos homólogos, acima dos 1,7% do trimestre anterior, e 0,5% em cadeia, impulsionado pela procura interna. A economia da zona euro cresceu 1,2% e a da União Europeia 1,5% no primeiro trimestre em termos homólogos, ao mesmo ritmo do trimestre anterior, estimou esta quarta-feira o Eurostat.

“E o que permitiu a economia portuguesa acelerar é o investimento que as empresas estão a fazer“, prosseguiu António Costa, na sua intervenção.

“Felizmente, a Delta não está só neste país, há outras empresas que também acreditam e confiam no futuro e estão a investir”, afirmou o primeiro-ministro, acrescentando: “Se há condição essencial para que as empresas possam continuar a investir é continuar a ter confiança no presente e boas perspetivas de confiança no futuro”. “Temos muito boas razões para ter confiança”, considerou.

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Delta Q aposta na sustentabilidade. Apresenta primeira cápsula de café sem plástico

A nova cápsula de café da Delta Q é constituída por um material composto por cana-de-açúcar, mandioca e milho, que substitui o plástico.

Cada vez mais marcas apostam na sustentabilidade e comprometem-se a reduzir a utilização de plástico. A Delta Q é uma delas, tendo agora apresentado a primeira cápsula de café sem plástico. Cana-de-açúcar, mandioca e milho são os ingredientes que tornam isto possível, ao substituir o material por outro de base biológica e vegetal.

A primeira blend de café para a nova cápsula, que é 100% orgânica e biodegradável, vai ser lançada no segundo semestre deste ano, indica a empresa em comunicado. Como é biodegradável, ou seja, pode entrar em decomposição no meio ambiente, é preciso ter atenção aos prazos: tem uma validade de 90 dias.

Em linha com a cápsula, esta mistura de café será embalada em cartão totalmente reciclável. “O caminho de sustentabilidade é prioritário para o Grupo e para todas as suas marcas”, garante Rui Miguel Nabeiro, Administrador do Grupo Nabeiro – Delta Cafés, citado em comunicado.

“Pretendemos continuar com um papel ativo na construção de valor para a sociedade, contribuindo para a adoção de comportamentos mais responsáveis, acrescentando simultaneamente valor aos vários momentos de consumo e de partilha proporcionados pelo café”, acrescenta o administrador.

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Sonae Sierra compra 50% de três empresas do Grupo Luís Malheiro

A empresa nacional especializada em centros comerciais tem agora uma participação no Grupo Luís Malheiro, reforçando competências nas áreas de projetos de engenharia e de manutenção de edifícios.

A Sonae Sierra adquiriu uma participação de 50% de três empresas do Grupo Luís Malheiro (LM), passando a “prestar um conjunto mais alargado de serviços a clientes nas áreas de gestão de projetos de engenharia e de gestão e manutenção de edifícios”, anunciou a empresa em comunicado.

Em causa estão as empresas LMSA, especializada em projetos de instalações técnicas de engenharia, a LMGE, especializada em gestão da manutenção, operação e manutenção de edifícios, auditorias técnicas e eficiência energética, e a LMIT, que se dedica ao desenvolvimento de software para a otimização de consumos de energia e água.

Com esta operação, a Sonae Sierra vai reforçar as suas competências em todas as áreas de engenharia e arquitetura, contando com uma equipa de profissionais especializados com competências muito diversificadas.

“Esta parceria permite-nos reforçar o nosso posicionamento como parceiros de eleição na prestação de serviços de engenharia, conceção e arquitetura para o desenvolvimento completo de todo o tipo de projetos de imobiliário, representando um marco importante para a atividade de prestação de serviços da Sonae Sierra a nível nacional e internacional”, refere José Falcão Mena, Responsável pela área de serviços de arquitetura e engenharia da Sonae Sierra, em comunicado.

Já da parte do Grupo Luís Malheiro, o presidente Luís Malheiro explica que esta operação “resulta de um forte conhecimento entre ambas as partes”. “Constitui um grande desafio para que sejamos ainda mais competentes, mais eficientes e melhor preparados, proporcionando um reforço das nossas capacidades de desenvolvimento, internacionalização e crescimento sustentado das empresas”.

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Bruxelas lança sistema para ajudar Estados-membros a combater fraude ao IVA

  • Lusa
  • 15 Maio 2019

A Comissão Europeia vai lançar um novo instrumento comum para ajudar os Estados-membros a combater a fraude ao Imposto de Valor Acrescentado (IVA).

Os Estados-membros da União Europeia têm ao seu dispor a partir desta quarta-feira um novo instrumento comum para os ajudar a combater a fraude ao Imposto de Valor Acrescentado (IVA), anunciou a Comissão Europeia.

O novo sistema, denominado Análise da Rede de Operações (TNA, sigla do inglês Transaction Network Analysis), “dará às autoridades fiscais um acesso célere e fácil às informações sobre operações transfronteiras, o que conduzirá a uma reação rápida sempre que uma potencial fraude ao IVA seja detetada“, aponta o executivo comunitário.

Desenvolvida através de uma estreita colaboração entre os Estados-Membros e a Comissão, a TNA permitirá também, segundo Bruxelas, “uma muito mais estreita cooperação entre a rede de peritos antifraude da UE («Eurofisc») na análise conjunta de informações para que a fraude de tipo ‘carrossel’ ao IVA possa ser detetada e intercetada o mais rápida e eficazmente possível”.

Este novo instrumento “reforçará a cooperação e a troca de informações entre os funcionários das administrações fiscais nacionais, permitindo que os funcionários da Eurofisc cruzem informações com registos criminais, bases de dados e informações detidas pela Europol e pelo OLAF, a agência de luta contra a fraude da UE, além de poderem coordenar investigações transfronteiras”, explica a Comissão.

Bruxelas sublinha que o lançamento deste instrumento “surge numa altura em que recentes investigações dos meios de comunicação social destacam, uma vez mais, os enormes custos da fraude ao IVA para as finanças públicas, com grupos criminosos a enriquecerem à custa dos contribuintes honestos”, e “faz parte do esforço sustentado da Comissão para pôr em prática um sistema do IVA moderno e à prova de fraude”.

A fraude ao IVA é um dos maiores problemas com que hoje se deparam as nossas finanças públicas e a sua erradicação deve ser uma prioridade máxima para os Governos da UE. Este novo instrumento aumentará a rapidez com que as autoridades podem detetar as atividades suspeitas e contra elas reagir”, comentou hoje o comissário europeu dos Assuntos Económicos e Finaceiros, Fiscalidade e União Aduaneira.

Pierre Moscovici ressalvou que “estes progressos não diminuem a necessidade de uma reforma mais profunda e mais substancial do sistema do IVA da UE, que permita fazer face ao grande número de operações transfronteiras na UE”.

A Comissão Europeia, que tem repetidamente insistido numa reforma do sistema do IVA, para o tornar mais à prova de fraude, sustenta que “foram alcançados progressos através das novas regras acordadas de IVA para as vendas em linha e de regras mais eficazes aplicáveis à troca de informações e à cooperação entre os Estados-Membros”, mas lamenta que as suas propostas para criar um espaço IVA definitivo na UE mais favorável às empresas e que seja mais à prova de fraude estejam a conhecer progressos “lentos”.

Em outubro de 2017, a Comissão Europeia apresentou os seus planos para “a maior reforma em 25 anos” das regras comunitárias em matéria de IVA, com a qual considera possível reduzir em 80% o valor das fraudes, estimando Bruxelas que se perdem anualmente na UE cerca de 150 mil milhões de euros de receitas de IVA.

A ideia do executivo comunitário com a reforma do sistema de IVA — criado há um quarto de século, de forma temporária, em paralelo com o nascimento do mercado único — é taxar as vendas de bens a partir de um país da União Europeia para o outro nas mesmas condições se os bens fossem vendidos dentro de um só Estado-membro, “o que criará um novo e definitivo regime de IVA para a UE”.

Portugal perdeu 939 milhões de euros em Imposto sobre o valor Acrescentado (IVA) que ficou por cobrar em 2016, menos cerca de 118 milhões do que no ano anterior, informou na segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

No destaque sobre as “Estatísticas das Receitas Fiscais” referente a 2018, o INE afirma que o gap [intervalo] do IVA em 2016 — o ano mais recente com a informação necessária para o seu cálculo — foi de 5,6%, ou seja, teoricamente poderiam ter sido cobrados mais 939,4 milhões de euros neste imposto nesse ano.

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Finanças veem Portugal preparado para continuar a convergir com o euro apesar dos riscos externos

O Ministério das Finanças argumenta que há "bases sólidas" para que no futuro a economia nacional continue a convergir e cresça acima da Zona Euro.

Portugal está a crescer mais que a Zona Euro e deverá continuar a convergir com os parceiros comerciais nos próximos anos apesar do ambiente externo mais adverso, admite o Ministério das Finanças, num comunicado enviado esta quarta-feira, sobre os números do PIB para o primeiro trimestre que mostram uma aceleração e um crescimento económico superior ao registado na média dos países que formam o bloco do euro.

“A economia portuguesa tem hoje bases sólidas para continuar a crescer e a convergir com a Europa no futuro, mesmo num contexto de maiores dificuldades decorrentes da deterioração do ambiente económico externo”, lê-se no comunicado do ministério de Mário Centeno.

Arranque do ano, Portugal cresceu 1,8%, acima dos 1,2% registados na Zona Euro e dos 1,5% observados no conjunto da União Europeia.

No mesmo comunicado, as Finanças destacam a convergência obtida até agora. “Portugal mantém uma trajetória de convergência face à Europa, trajetória essa que perdura já há mais de dois anos.”

Quanto ao facto de a economia estar a crescer apoiada na procura interna, as Finanças desvalorizam tendo em conta que, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE) foi graças ao investimento que a procura interna ganhou um novo impulso. E destacam o impacto que o aumento do investimento tem nas importações.

“A aceleração do investimento no primeiro trimestre é o principal destaque da aceleração da economia. Este maior crescimento reflete-se no aumento das importações, onde se destaca o crescimento expressivo da importação de bens de investimento, como é o caso de máquinas e outros bens de capital, material de transporte e produtos transformados destinados à indústria”.

Por outro lado, o abrandamento das exportações resulta, “sobretudo, do aumento da incerteza geopolítica e das tensões comerciais globais, que tem impactado em especial as maiores economias da Europa”, acrescenta o Ministério das Finanças.

O INE revelou esta quarta-feira que o PIB cresceu 0,5% nos primeiros três meses do ano face ao anterior, o que permitiu uma aceleração da taxa de variação homóloga de 1,7% para 1,8%.

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PR promulga recuperação de 70% do tempo de serviço para progressão nas carreiras especiais

  • Lusa
  • 15 Maio 2019

Diploma prevê descongelamento das carreiras especiais, onde se incluem militares, juízes e polícias, com a recuperação de 70% do tempo de serviço relevante para a progressão.

O Presidente da República promulgou o diploma do Governo sobre o descongelamento das carreiras especiais, onde se incluem militares, juízes e polícias, que prevê a recuperação de 70% do tempo de serviço relevante para a progressão.

Numa curta nota colocada esta noite na página da internet da Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa refere que “atendendo a que o presente diploma constitui o complemento do Decreto-Lei n.º 36/2019, de 16 de março, e que questões muito específicas relativas a matérias das Forças Armadas deverão ser versadas em diploma de aplicação, o Presidente da República promulgou o diploma do Governo que, no entender deste, mitiga os efeitos do congelamento nas carreiras, cargos ou categorias em que a progressão depende do decurso de determinado período de prestação de serviço”.

Em 04 de abril, o Governo aprovou em Conselho de Ministros o diploma sobre o descongelamento das carreiras especiais, onde se incluem militares, juízes e polícias, que prevê a recuperação de 70% do tempo de serviço relevante para a progressão.

A proposta, que integra uma solução idêntica à dos professores, estabelece que para os trabalhadores das carreiras, cargos ou categorias, integrados em corpos especiais, em que a progressão e mudança de posição remuneratória dependa do tempo de serviço é contabilizado “70% do módulo do tempo padrão”.

As carreiras estiveram congeladas entre 2011 e 2017.

O módulo de tempo padrão corresponde a 10 anos, já que, em regra, nas carreiras gerais, são necessários 10 pontos na avaliação de desempenho para mudar de escalão, sendo que sete anos de congelamento correspondem a 70% do módulo de progressão, segundo as explicações do executivo.

O diploma do Governo define que, para as carreiras especiais cuja progressão depende do tempo de serviço, como é o caso dos militares, forças de segurança ou juízes, este módulo calcula-se por categoria, cargo ou posto correspondente à média do tempo de serviço necessário para a progressão.

Por exemplo, no caso dos professores que, em termos genéricos, mudam de escalão de quatro em quatro anos, o reconhecimento de 70% do módulo de tempo padrão resultou em dois anos, nove meses e 18 dias. Para carreiras cuja progressão ocorre de três em três anos, o tempo reconhecido será assim inferior.

Além disso, para os trabalhadores que foram promovidos durante os sete anos de congelamento, “contabiliza-se um período de tempo proporcional ao que tiveram congelado no seu escalão ou posicionamento remuneratório atual”. Ou seja, o tempo de serviço considerado para a progressão na carreira será inferior nos casos dos trabalhadores que tiveram promoções entre 2011 e 2017.

Na exposição de motivos, o Governo defende que a solução encontrada “permite mitigar os efeitos dos sete anos de congelamento, sem comprometer a sustentabilidade orçamental”.

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Huawei lança formação em Portugal com Rumos como parceira

  • Ricardo Vieira
  • 15 Maio 2019

Novo curso oferece certificação em duas das áreas com maior crescimento e mais procura no mercado nacional.

A Huawei estabeleceu uma parceria exclusiva com a Rumos que passa a ter na sua oferta formativa, um curso e certificação na tecnologia de routing e switching, em equipamentos da marca chinesa.

Jorge Lopes, diretor da Rumos Formação, reforça a importância desta parceria: “A Rumos conseguiu responder aos padrões de exigência da Huawei e tornou-se Huawei Authorized Learning Partner. Esta é uma das novidades na oferta formativa da Rumos este ano 2019 e será certamente um fator de diferenciação no mercado”.

Com esta parceria, qualquer profissional pode agora desenvolver as suas competências através de conhecimentos sólidos no sistema operativo Huawei Versatile Routing Platform. “Duas das áreas que revelam um maior crescimento e procura no mercado nacional de soluções para as empresas, no setor específico de Redes e Sistemas de Informação, são precisamente as vertentes de routing e switching (…) neste sentido, os formandos podem alargar as suas valências e competências técnicas, aumentando a sua competitividade e oportunidades de colocação e carreira num setor que apresenta um dos mais elevados índices de procura e crescimento no mercado de trabalho nacional”, refere a Rumos em comunicado.

Para Bruno Santo, general manager do Enterprise Business Group da Huawei em Portugal, “o estabelecimento desta parceria com a Rumos, a entidade de referência quando se pensa em formação de elevada qualidade em Portugal, vem reforçar o compromisso da Huawei Enterprise no nosso país, permitindo partilhar o nosso conhecimento tecnológico e a nossa aposta no desenvolvimento do Canal de Parceiros”.

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Marcelo não se opõe a que Conselho das Ordens reavalie condecorações a Joe Berardo

  • ECO
  • 15 Maio 2019

Joe Berardo foi agraciado em 1985 com o grau de comendador e em 2004 com a Grã-Cruz da ordem do Infante. Marcelo Rebelo de Sousa não se opõe a que Conselho das Ordens reavalie honras.

O Presidente da República não se opõe a que o Conselho das Ordens, responsável pela atribuição de condecorações, reveja as honras atribuídas a Joe Berardo, depois da intervenção deste na comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos, avança o Jornal de Negócios.

Marcelo Rebelo de Sousa não tem poderes para retirar as condecorações a Joe Berardo, mas segundo fonte ligada a Belém citada pelo jornal o comportamento do madeirense pode ser considerado como uma “afronta às instituições“.

Joe Berardo foi agraciado em 1985 com o grau de comendador e em 2004 com a Grã-Cruz da ordem do Infante. As condecorações normalmente só são retiradas quando surge uma condenação efetiva, mas o Conselho das ordens Nacionais pode decidir reavaliar a conduta dos condecorados.

O Conselho da Ordens Nacionais tem como chanceler Manuela Ferreira Leite, lembra o Negócios, contando ainda com Isabel Mota, José Silva Peneda, Manuel Braga da Cruz, Elvira Maria Correia Fortunato, Maria Velho da Costa e Carlos Beato na sua composição.

As declarações de Joe Berardo na comissão parlamentar de inquérito desencadearam uma onda de indignação entre todos os partidos com assento parlamentar. Berardo afirmou, por exemplo, que pessoalmente não tinha dívidas.

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Hóspedes estrangeiros passam menos tempo em Portugal. Crescimento das receitas com forte travagem

Os hóspedes estrangeiros optaram por ficar menos tempo no país, contrariamente aos hóspedes residentes em Portugal. As receitas do turismo subiram, mas estão a desacelerar.

Portugal continua a atrair muitos turistas. E entre janeiro e março, o número de visitantes até aumentou de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), mas o tempo passado pelos estrangeiros no país está a encolher. Uma evolução que tem peso nas contas do setor, ditando uma travagem no crescimento das receitas. O turismo faturou mais 5% que no ano passado, contra a taxa de crescimento de 14% em 2018.

Entre janeiro e março os hóspedes estrangeiros aumentaram 3,4%, para um total de 2,45 milhões de pessoas. Por sua vez, os hóspedes residentes no país aumentaram 4,7%, ficando pelos 1,97 milhões. No total foram 4,42 milhões os hóspedes a ficarem alojados em estabelecimentos turísticos nacionais, mais 4% do que no mesmo período do ano passado.

Contudo, apesar de o número de hóspedes ter aumentado no total, os estrangeiros optaram por ficar menos tempo em Portugal: as dormidas caíram 0,1% para os 7,5 milhões de pessoas, enquanto as dormidas dos residentes no país subiram 2,3% para os 3,3 milhões de pessoas.

Em média, os hóspedes passaram menos noites nos alojamentos turísticos (2,44 noites), com este indicador a observar uma queda de 3,2% face ao trimestre homólogo, fruto, sobretudo, do comportamento dos estrangeiros que pernoitaram, em média, três noites, menos 3,3% comparando com o mesmo período do ano passado.

“É de salientar que os resultados estão condicionados pelos diferentes meses das épocas festivas face ao ano anterior, por um lado beneficiando do Carnaval em março de 2019 (no ano anterior em fevereiro), mas, por outro, sujeitos ao efeito base desfavorável da Páscoa em março de 2018 (no corrente ano celebrada em abril)”, alerta o INE.

Norte-americanos disparam. Espanhóis afundam

Os turistas espanhóis foram aqueles que mais visitaram o país no primeiro trimestre mas, em contrapartida, foram a nacionalidade que observou a mais queda face ao trimestre homólogo: caíram 15,6% para as 337 mil pessoas. Ainda em número, atrás dos espanhóis aparecem os britânicos com 300.118 pessoas e os alemães com 249.612 pessoas.

Em termos de crescimento, os norte-americanos destacaram-se ao subir 24,8% para os 140.453 turistas, à frente dos chineses (20,3% para os 78.749) e dos canadianos (12,5% para os 48.380).

Entre os municípios preferidos pelos hóspedes no primeiro trimestre, o destaque vai para Lisboa com um peso de 24,7% e um total de 2,67 milhões de dormidas. Segue-se o Funchal (1,15 milhões), Albufeira (932 mil) e o Porto (764 mil).

Receitas sobem para os 581 milhões de euros… mas crescimento abranda

As receitas totais obtidas pelo setor subiram 4,9% para os 581,3 milhões de euros no primeiro trimestre, enquanto aquelas obtidas com os aposentos aumentaram 3,5% para os 409,6 milhões de euros. Contudo, comparando com o período homólogo, o crescimento deste indicador está a abrandar: as receitas totais tinham subido 14% enquanto as de aposento tinham crescido 16,1%.

Analisando região a região, a Área Metropolitana de Lisboa destacou-se ao captar 38% das receitas totais (224,5 milhões de euros). Seguiu-se o Algarve com um peso de 16,5% (96 milhões de euros) e a região Norte com 16,1% (93,6 milhões de euros).

Em termos de preços, cada hóspede pagou, em média, 28,50 euros por quarto a nível nacional, um valor que aumentou 4,4% face ao mesmo trimestre do ano passado. Mas, analisando a zona de Lisboa, esse valor subiu três cêntimos para os 49,4 euros. Destaque ainda para a Região Autónoma da Madeira, onde o preço médio por quarto caiu, tendo diminuído cerca de dois euros para uma média de 38 euros.

(Notícia atualizada às 17h04 com infografia)

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Facebook impõe limites a transmissões de vídeo para travar terrorismo

Contas sinalizadas por suspeita de terrorismo vão ficar impedidas de transmitir vídeo em direto... mas só temporariamente. Medida chega dois meses depois do atentado na Nova Zelândia.

O Facebook vai finalmente decretas que as contas que que se suspeitem estar ligadas a atividade terrorista fiquem impedidas de transmitir vídeo em direto na rede social. A medida surge dois meses depois de um atentado em duas mesquitas na Nova Zelândia, que tirou a vida a 51 pessoas, ter sido emitido na plataforma pelo próprio atirador. A medida está a gerar algumas críticas.

“Na sequência dos horrendos ataques na Nova Zelândia, temos estado a analisar o que podemos fazer mais para impedir que os nossos serviços sejam usados para causar danos ou propagar o ódio”, escreveu Guy Rosen, responsável da empresa para a área da integridade, numa publicação no blogue da empresa. “A partir de hoje [terça-feira], quem violou certas regras no Facebook ficará impedido de usar o Facebook Live”, acrescenta.

Contudo, a medida é apenas temporária e a proibição poderá vigorar por um período de 30 dias, o que está a espoletar críticas à rede social. Isto porque, além de partir do princípio que estas contas não são permanentemente removidas da plataforma, nada parece impedir os responsáveis pelas contas sinalizadas de, simplesmente, criarem uma nova conta na rede social.

“O sentimento na Nova Zelândia é que isto não é suficiente. Mesmo que alguém se esteja a comportar mal e acabe numa qualquer lista, pode simplesmente obter uma nova conta no Facebook. É a coisa mais fácil do mundo”, comentou Alistair Knott, professor da Universidade neozelandesa de Otago, em declarações ao The Wall Street Journal (acesso pago).

As grandes tecnológicas têm estado debaixo de fogo devido ao insucesso em prevenir que os serviços sejam usados para disseminar o ódio ou promover conteúdo extremista. O problema no seio destas companhias prende-se com a dificuldade em encontrar um equilíbrio entre prevenir este tipo de conteúdo sem colocar entraves à liberdade de expressão. Mas o fator financeiro também tem peso, na medida em que os responsáveis não terão interesse em implementar medidas que penalizem os lucros.

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