Covid-19 faz mais uma vítima em Portugal. Quarta morte foi em Ovar

Segundo o presidente da Câmara de Ovar, existe mais uma vítima mortal do Covid-19 em Portugal. Casos continuam a subir num concelho em "estado de calamidade".

mais uma vítima mortal da pandemia Covid-19 em Portugal. A quarta morte foi registada no concelho de Ovar, confirmou o Presidente da Câmara do município, Salvador Malheiro.

É a primeira vítima de alguém de Ovar. Tive essa confirmação por parte da delegada de saúde”, explicou o presidente à RTP3. Segundo Salvador Malheiro, a vítima era uma senhora entre os 80 e 90 anos e estava internada no Hospital de São Sebastião.

O presidente afirmou ainda, em declarações à RTP3, que o número de casos confirmados no concelho, pela Direção-Geral de Saúde, é de 37, mas o autarca tem conhecimento de já cerca 50 infetados. “Mais cinco casos confirmados de uma família inteira, em São João de Ovar. Compreendo que quem está a gerir tudo isto não seja fácil”, referiu.

Na passada quarta-feira, o Governo decretou o estado de calamidade no município de Ovar devido à disseminação de Covid-19 no município.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou esta quinta-feira 143 novos casos de infeção pelo novo coronavírus, elevando de 642 para 785 o total de casos confirmados da doença Covid-19 em Portugal.

Segundo a informação oficial, dos 785 casos confirmados, 381 situam-se na região norte, 278 na região Lisboa e Vale do Tejo, 86 na zona Centro, 25 no Algarve e 2 na região do Alentejo. No que diz respeito às regiões autónomas, na Madeira há um caso confirmado e três nos Açores. Do total de casos “importados”, a maioria foram cidadãos que vieram de Espanha (23), seguindo-se Itália (17) e França (16).

O número de mortos provocados pelo novo coronavírus ultrapassou esta quinta-feira as 9.000 pessoas, segundo um balanço da agência France Presse compilado esta manhã a partir de fontes oficiais.

Desde o início da pandemia, em dezembro do ano passado, 217.510 pessoas foram infetadas com Covid-19 em 157 países e 9.020 morreram.

(Notícia atualizada às 19h12)

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Empresas continuam a operar, mas têm de proteger trabalhadores

O Governo vai permitir que as empresas continuem as suas operações desde que cumpram as recomendações da DGS e que garantam a proteção dos trabalhadores.

A implementação do estado de emergência por parte do Governo vai permitir que a maior parte das empresas que não têm atendimento ao público, como fábricas, continuem a operar, mas estas vão ter de assegurar o cumprimento das recomendações das autoridades de saúde e proteger os seus trabalhadores.

Na conferência de imprensa desta quinta-feira, 19 de março, após uma longa reunião do conselho de ministros, o primeiro-ministro, António Costa, revelou quais as medidas concretas que vai aplicar tendo em conta a declaração de estado de emergência feita ontem pelo Presidente da República, após a aprovação na Assembleia da República. Por exemplo, o atendimento ao público fecha exceto nas áreas essenciais e idosos e doentes ficam obrigados a manter-se em casa.

Quanto às empresas sem atendimento ao público, a regra geral é que podem continuar a trabalhar. Ou seja, “devem manter a sua atividade normal”, exceto nos casos como o de Ovar onde foi declarado o estado de calamidade. No entanto, estas empresas terão de cumprir as recomendações da Direção-Geral da Saúde quanto ao distanciamento social e as medidas de higiene do local de trabalho, protegendo a saúde individual dos seus trabalhadores.

“Todas as empresas que se pretendam manter em laboração têm de assegurar os níveis de proteção”, afirmou o primeiro-ministro, referindo que as empresas em questão têm de adquirir os bens de proteção individual. António Costa revelou também que “as cantinas e refeitórios manter-se-ão em funcionamento mas terão de cumprir as normas especiais que existem sobre higiene e afastamento social“. No caso dos estabelecimentos comerciais que ficarem abertos devem atender ao público “à porta ou ao postigo”.

Questionado pelo ECO sobre se vai ser assegurado o acesso das empresas a esses bens, o primeiro-ministro respondeu que o Estado não é produtor de bens de proteção individual pelo que as empresas terão de recorrer ao mercado onde “há um conjunto de empresas, até nacionais, que estão a produzir [esses bens]”. E deu o exemplo do Estado que também está a adquirir esse material para os profissionais de saúde, cuja proteção é a prioridade neste momento.

E repetiu: “Todas as empresas que pretendam manter-se em laboração têm de assegurar os níveis de proteção individual adequados à respetiva atividade de forma a que a proteção dos seus trabalhadores não seja posta em causa“, pediu Costa aos empresários.

Reunidos no Palácio da Ajuda, onde há mais espaço para evitar a proximidade física entre os governantes, o Executivo assume desta forma os poderes alargados que lhe foram conferidos pelo decreto do Presidente da República, aprovado no Parlamento esta quarta-feira, com vista à contenção da pandemia do coronavírus no país. “A preocupação é assegurar a máxima contenção e o mínimo de perturbação”, justificou o primeiro-ministro, António Costa, numa conferência de imprensa no final da reunião.

(Notícia atualizada às 19h com mais informação)

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Guterres alerta para risco de milhões de mortes por causa do vírus

  • Lusa
  • 19 Março 2020

"Se a propagação do novo coronavírus não for travada, especialmente nas regiões mais vulneráveis, morrerão milhões de pessoas", alerta o secretário-geral da ONU.

O secretário-geral da ONU, António Guterres avisou esta quinta-feira que se a propagação do novo coronavírus não for travada, especialmente nas regiões mais vulneráveis, morrerão milhões de pessoas.

“Está demonstrado que o vírus pode ser contido. Ele tem de ser contido”, disse Guterres, numa conferência de imprensa em que pediu a ajuda de todos para ser possível parar a pandemia.

O secretário-geral das Nações Unidas disse que os governos devem coordenar-se à escala global para conseguirem uma resposta à emergência sanitária e à iminente crise económica mundial.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 220 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.900 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 85.500 recuperaram da doença.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 176 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália, com 2.978 mortes em 35.713 casos, a Espanha, com 767 mortes (17.147 casos) e a França com 264 mortes (9.134 casos).

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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Espaços de trabalho flexíveis e mais digitais atraem mais talento

Os locais de trabalho do futuro têm de ser mais flexíveis e adaptados à realidade da era digital. Só assim as empresas podem otimizar processos, tornar-se competitivas e atrair talento, defende a IDC.

O futuro competitivo pertence às empresas que souberem tirar partido da transformação digital, da inteligência artificial e machine learning, transformando-se em espaços de trabalho mais flexíveis e digitais. Esta transformação passa por dar recursos a quem trabalha na empresa, adequando-os à individualidade e às necessidades de cada trabalhador.

Esta é uma das conclusões do estudo“Intelligent Digital Workspaces: Enablingthe Future of Work”, da consultora IDC sobre o futuro do trabalho. De acordo com as suas conclusões, ainda há barreiras que impedem as empresas de transformarem os espaços de trabalho em locais mais flexíveis e digitais, e de responder às exigências atuais da força de trabalho.

“Ao nível organizacional e dos trabalhadores, a transformação digital exige que as tecnologias de informação deixem para trás formas de pensar, já obsoletas, sobre como os profissionais trabalham com computadores, software, dados, e repensá-lo num contexto de um espaço de trabalho digital e inteligente”, sublinha Phil Hochmuth, enterprise mobility and client endpoint management da IDC.

Além dos espaços de trabalho inflexíveis em termos tecnológicos, a IDC defende que a liderança muito hierarquizada e rígida, a limitações de atração de talento e a existência de redes de privacidade e segurança desajustadas, são ainda barreiras para a transformação do trabalho.

"A evolução dos ambientes de trabalho nas primeiras duas décadas deste século, não são ágeis, nem dinâmicas o suficiente para permitir que os negócios prosperem, muito menos que continuem a ser competitivos.”

Intelligent Digital Workspaces: Enabling the Future of Work

IDC

A necessidade de tornar os espaços de trabalho mais digitais e flexíveis aumenta à medida que a transformação digital das empresas começa a integrar o ADN de toda a organização e a ter impacto na cultura organizacional. De acordo com a IDC, um dos princípios das organizações deve passar pela transformação “dos trabalhadores num motor de produtividade que faz crescer o valor de negócio”. Para isso, é necessário conseguir atrair e reter o melhor talento e isso só será possível se os indivíduos e as equipas trabalharem em ambientes de trabalho flexíveis, ágeis e tecnológicos, refere o mesmo estudo.

“A evolução dos ambientes de trabalho nas primeiras duas décadas deste século não é ágil nem dinâmica o suficiente para permitir que os negócios prosperem, muito menos que continuem a ser competitivos”, lê-se no estudo.

Espaços de trabalho digitais inteligentes

“O espaço de trabalho digital inteligente é um espaço onde as pessoas, a informação, o conteúdo, a comunidade e o contexto se cruzam com as soluções tecnológicas que os trabalhadores precisam para executar as suas funções”, lê-se no relatório. E qualquer setor e espaço de trabalho que já tenha incorporado a tecnologia digital pode fazer esta transição, defende a IDC.

Neste paradigma de trabalho digital inteligente, o trabalhador é quem está no centro de toda a transformação, destaca o estudo.

As empresas que se tornem digitais e inteligentes e que saibam integrar os conceitos como a IA (inteligência artificial) e machine learning vão ser mais consistentes. Por consequência, o trabalho vai ser mais fluido e colaborativo. Com a ajuda da IA e do machine learning, os processos são automatizados e otimizados, pois será possível distinguir que tarefas podem ser executadas pelas máquinas e pelo trabalhador.

Neste paradigma, o espaço de trabalho contribui para uma maior concentração dos trabalhadores e aumenta a capacidade de aproveitar as oportunidades à medida que vão surgindo.

"Computadores com sistema Windows podem servir para a maioria, mas não para os criativos ou software developers. Tablets low cost ou adaptados ao sistema Android podem ser suficientes em trabalhos de backoffice ou de atividades transacionais, mas para empresas de retalho direto com o cliente, ou serviços bancários, só servirá o iPad mais recente.”

Intelligent Digital Workspaces: Enabling the Future of Work

IDC

De acordo com a IDC, o contacto dos trabalhadores com a tecnologia fora do local de trabalho e a sua integração no seu dia-a-dia vão aumentar as expectativas relativamente ao que a sua empresa pode oferecer. Por parte das empresas, a solução passa por saber disponibilizar estes meios e tornarem-se mais tecnológicas para continuarem a garantir a atração e retenção de talento.

Adaptar a tecnologia

A IDC aponta ainda que a integração da tecnologia deve ser feita de forma cuidada e, acima de tudo, personalizada. Será através dos dispositivos digitais que os trabalhadores vão interagir com o espaço de trabalho e, por isso, cada trabalhador deve ter à disposição ferramentas adequadas às suas necessidades e à sua forma de trabalhar, dependendo do setor em que se insere.

Assim, a empresa deve saber adequar os dispositivos (PC, tablet ou smartphones) e os sistemas de interface (iOS, Android, Windows, Mac, Chrome, Linux), às características de cada trabalhador.

A tecnologia dará à empresa a possibilidade de remover as barreiras que impedem o fluxo de trabalho; de melhorar o acesso à informação para quem trabalha remotamente e dá a oportunidade aos profissionais que precisarem de trabalhar à distância.

“Computadores com sistema Windows podem servir para a maioria, mas não para os criativos ou software developer. Tablets low cost ou adaptados ao sistema Android podem ser suficientes em trabalhos de backoffice ou de atividades transacionais, mas para empresas de retalho direto com o cliente, ou serviços bancários, só servirá o iPad mais recente”, alerta a IDC.

A IDC lembra ainda que os espaços de trabalho flexíveis e digitais poderão contribuir para a atração e retenção de talento, e ser fundamentais para os processos de onboarding. Da mesma forma, podem vir a definir o grau de lealdade e na produtividade do novo trabalhador na empresa.

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Itália já supera a China em número de mortos

  • Lusa
  • 19 Março 2020

Itália regista 3.405 óbitos devido ao novo coronavírus, um número que ultrapassa as vítimas mortais verificadas na China.

A Itália é neste momento o país com mais mortes devido ao novo coronavírus, registando, até agora, um total de 3.405 óbitos, número que ultrapassa as vítimas mortais verificadas na China, segundo uma contagem sustentada em dados oficiais.

Segundo um balanço divulgado pela agência France-Presse (AFP), Itália registou 427 mortes nas últimas 24 horas, totalizando, até à data, 3.405 vítimas mortais, mais do que as 3.245 contabilizadas na China, onde o surto do novo coronavírus foi inicialmente detetado em dezembro.

Depois de Itália e da China, Irão (1.284) e Espanha (767) são os outros países com mais vítimas mortais devido à pandemia da Covid-19.

As primeiras duas mortes em Itália foram confirmadas pelas autoridades italianas em 22 de fevereiro.

O novo coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 220 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.000 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 85.500 recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se já por 176 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia, cujo epicentro é atualmente a Europa.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou esta quinta-feira o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira. O número de mortos no país subiu para três.

Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de hoje.

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EDP e CTG compram 50 ventiladores para dar ao SNS. Equipamentos chegam no final do mês

A EDP e a CTG vão comprar 50 ventiladores e 200 monitores médicos para disponibilizarem ao SNS. Equipamentos chegam a Portugal até ao final do mês, num investimento que ronda quatro milhões de euros.

O aumento da propagação do novo coronavírus em Portugal está a causar uma onda de solidariedade sem precedentes no país e nem as grandes empresas escapam. A EDP e a chinesa China Three Gorges (CTG) foram ao mercado comprar ventiladores, monitores médicos e equipamentos de suporte, por forma a ajudar a combater a epidemia. O investimento ronda os quatro milhões de euros.

A EDP e a CTG, em coordenação com o Ministério da Saúde e com o apoio da Embaixada de Portugal em Pequim, adquiriram 50 ventiladores e 200 monitores médicos, bem como respetivos consumíveis e equipamentos de suporte associados, num total de cerca de 4 milhões de euros“, lê-se no comunicado divulgado esta quinta-feira pela EDP.

Estes equipamentos médicos “decisivos” para tratar as pessoas infetadas por Covid-19, vão estar disponíveis “para transporte no próximo dia 27 de março, prevendo-se que cheguem a Portugal no final do mês”, esclarece a nota da empresa liderada por António Mexia. Depois disso, serão imediatamente disponibilizados ao Ministério da Saúde para tratar os doentes.

Em entrevista à SIC Notícias, o primeiro-ministro tinha referido que Portugal tinha 1.142 ventiladores, mas referiu que “não estão todos disponíveis” para a pandemia porque há outras necessidades. Apesar de garantir que o país não tem “nenhuma carência de ventiladores”, António Costa adiantou que “está a ser feito um reforço na previsão do pior dos cenários”.

Além destes 1.142 equipamentos, o secretário de Estado da Saúde disse na terça-feira que foram pedidos 250 ventiladores ao setor privado, acrescentando também que a tutela vai estudar com o ministério da Defesa a utilização de equipamentos do exército.

Várias têm sido as empresas a ceder estes equipamentos ao Serviço Nacional de Saúde. O Grupo Mello Saúde, dono da CUF, disponibilizou 50 ventiladores ao setor público. Também o Grupo Lusíadas Saúde anunciou que vai disponibilizar 231 camas de internamento, 54 ventiladores e as respetivas equipas de saúde.

Esta quinta-feira, a Direção Geral de Saúde confirmou a existência de 143 novos casos de Covid-19 em Portugal, de 642 para 785 o total de casos confirmados da doença. Número de vítimas mortais aumentou para três.

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Empresas com atendimento ao público têm de fechar. Padarias, mercearias e supermercados são algumas das exceções

O Governo anunciou que os estabelecimentos de atendimento ao público terão de ficar encerrados, mas há exceções, como supermercados, bombas de gasolina ou bancos.

No dia em que o país entrou em estado de emergência, o Governo anunciou que as atividades e estabelecimentos que tenham atendimento ao público terão de ficar encerrados. Isto inclui centros comerciais e lojas de cidadão. Contudo, há exceções, disse o primeiro-ministro António Costa, referindo-se a padarias, supermercados, postos de combustível, farmácias ou bancos.

Esta quinta-feira, o Conselho de Ministros aprovou as medidas que concretizam o estado de emergência nacional. No que diz respeito às atividades que envolvem o atendimento ao público, como os centros comerciais, “a regra é o seu encerramento”, como explicou o António Costa, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião. Este grupo inclui estabelecimentos de restauração, cafés, pastelarias e bares.

Contudo, o primeiro-ministro apelou a que estes “se mantenham em funcionamento para prestar serviços de take-away e entregas ao domicílio”. António Costa referiu que é “particularmente importante que nas aldeias, vilas e bairros, a restauração se mantenha aberta para poder servir e continuar a alimentar aqueles que vão estar confinados ao seu domicílio”.

Mas estes encerramentos preveem exceções, referiu. São elas as padarias, mercearias, supermercados, postos de combustível, farmácias e quiosques. Basicamente, “estabelecimentos que vendam bens ou serviços absolutamente essenciais ao dia-a-dia das pessoas”, que “podem e devem manter-se abertos”. Da mesma forma, “os bancos vão manter-se em atividade no atendimento ao público“.

Lojas do Cidadão fechadas e serviços públicos reduzidos

António Costa anunciou ainda que os serviços públicos serão reduzidos, de forma a evitar o contágio de coronavírus. “Recomendamos vivamente o recurso ao atendimento por via telefónica ou online”, disse, acrescentando que se deve “generalizar a utilização do teletrabalho por todos os funcionários que possam exercer as suas funções nesse regime”.

O atendimento presencial nestes serviços, notou, “só funcionará por marcação”. Além disso, as lojas do cidadão serão encerradas para “evitar o risco de uma maior contaminação”, mas “mantêm-se os postos aos cidadãos que estão descentralizados junto de diferentes autarquias locais”.

“Como regra”, disse António Costa, aquilo que estará em vigor é que, “salvo os casos de atividades que se dedicam ao atendimento ao público, deve manter-se a atividade normal”. Mas também neste ponto há exceções, que são “os casos em que tenha sido decretada a calamidade pública”, como em Ovar, “em que são impostas medidas e restrições específicas ao desenvolvimento dessa atividade económica”.

Para a população também foram decretadas medidas. O Governo vai forçar os doentes infetados com coronavírus e as pessoas sob vigilância das autoridades a ficarem em casa, sob pena de cometerem crime de desobediência. Já os idosos ou outras pessoas em grupos de risco só devem sair de casa em situações excecionais. O resto da população tem o “dever geral de recolhimento domiciliário”, a não ser para ir trabalhar, ir às compras, assistir familiares, acompanhar menores em passeios ao ar livre ou passear animais de companhia.

(Notícia atualizada às 18h30 com mais informação)

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Doentes em casa, comércio e serviços fechados (com exceções). Conheça as medidas do estado de emergência

O Governo já aprovou as medidas que concretizam o estado de emergência em Portugal por um período de 15 dias. Saiba o que muda para as pessoas, empresas e serviços públicos.

O Governo aprovou em Conselho de Ministros um conjunto de medidas que concretizam o estado de emergência em Portugal por um período de 15 dias, pelo menos. Para a população, em linhas gerais, o Governo decidiu que:

  • Doentes com Covid-19 ou pessoas sob vigilância das autoridades ficam obrigados, por lei, a permanecer em internamento hospitalar ou domiciliário.
  • Pessoas em grupos de risco, com mais de 70 anos ou outras “morbilidades”, devem evitar sair de casa. Só devem sair de casa para irem às compras, ao banco, ao centro de saúde, passear nas imediações de casa ou passear animais de estimação.
  • População em geral deve manter-se em casa, realizando deslocações apenas quando for necessário. Entre essas situações excecionais estão a idas para o trabalho, ou deslocações para assistência a familiares, acompanhar os filhos em passeios ao ar livre de curta duração ou passear animais de companhia, entre outras.

Por via de um decreto de regulamentação, o Executivo vai forçar os doentes com Covid-19 e as pessoas sob vigilância das autoridades a ficarem em casa, sob pena de cometerem crime de desobediência. Já os idosos ou outras pessoas em grupos de risco só devem sair de casa em situações excecionais.

Reunidos no Palácio da Ajuda, onde há mais espaço para evitar a proximidade física entre os governantes, o Executivo assume desta forma os poderes alargados que lhe foram conferidos pelo decreto do Presidente da República, aprovado no Parlamento esta quarta-feira, com vista à contenção da pandemia do coronavírus no país. “A preocupação é assegurar a máxima contenção e o mínimo de perturbação”, justificou o primeiro-ministro, António Costa, numa conferência de imprensa no final da reunião.

Com efeito, o Governo regulamentou as restrições do estado de emergência para a população, dividindo-a em três grupos: doentes ou pessoas sob vigilância; pessoas que fazem parte de grupos de risco, como as que tenham mais de 70 anos ou que tenham “morbilidades” associadas; restante população que não esteja no grupo de risco nem sob vigilância ativa.

O primeiro-ministro, António Costa, fala aos jornalistas durante a conferência de imprensa sobre o estado de emergência, no Palácio da Ajuda, em Lisboa, 19 março 2020, A Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira. O número de mortos no país subiu para três. POOL/ MANUEL DE ALMEIDA/LUSAMANUEL DE ALMEIDA/LUSA

Para os doentes infetados pelo novo coronavírus ou pessoas sob vigilância, “fica imposto o isolamento obrigatório, seja por internamento hospitalar ou internamento domiciliário, constituindo crime de desobediência a violação desta norma”, explicou António Costa.

Quanto às pessoas “com mais de 70 anos” ou que “sofram de qualquer morbilidade” — integrando, por isso, o grupo de risco –, o primeiro-ministro referiu que estas “devem evitar a todo o custo qualquer deslocação para fora da residência”. “Só devem sair em circunstâncias excecionais para a aquisição de bens de que necessitem, ou para ir ao banco ou aos CTT tratar da reforma, ou ir ao centro de saúde, ou para passeios higiénicos nas imediações das suas residências, ou para a passear animais de companhia”, exemplificou.

O chefe do Governo justificou este “dever especial de proteção” com o facto de este coronavírus atingir de forma mais gravosa os idosos ou pessoas com doenças subjacentes.

Já “o conjunto da população ativa”, que não faça parte do grupo de risco nem estejam em vigilância ativa da sociedade, tem o “dever geral de recolhimento domiciliário”, devendo “a todo o custo evitar deslocações para fora do domicílio, para além daquelas que são necessárias”.

“Temos um conjunto vasto de exceções que constam do anexo ao decreto, mas que se cingem à necessidade de sair para exercício de atividade profissional, assistência de familiares, acompanhamento de menores em períodos de recreação ao ar livre de curta duração, passear animais de companhia ou outras situações previstas no decreto”, indicou.

Questionado sobre o que levou o Governo a não impor obrigações a toda a população para a permanência em casa, o primeiro-ministro disse que, no geral, os portugueses estão já a acatar essa recomendação de forma voluntária. “Seria um desrespeito perante estas pessoas impor um quadro sancionatório”, afirmou António Costa.

Supermercados ficam abertos. Restaurantes só com entregas e “take away”

Do ponto de vista da atividade económica, o Governo decretou que, “como regra, salvo os casos de atividades que se dediquem ao atendimento ao público”, as empresas “devem manter a sua atividade normal”. Mas há exceções:

  • Nas atividades económicas que “envolvam o atendimento ao público” em “estabelecimentos comerciais”, “a regra é o seu encerramento”, decretou António Costa. Padarias, mercearias, supermercados, bombas de gasolina, farmácias, quiosques e outras poderão manter-se abertos, porque vendem “bens e serviços absolutamente essenciais ao dia a dia das pessoas”, disse.
  • Já os restaurantes, cafés, pastelarias e outros que tais “devem ser encerrados no seu atendimento ao público”. No entanto o Governo apela a que “possam manter-se em funcionamento, para serviços de take away ou entrega ao domicílio”. “É particularmente importante nas aldeias, vilas e bairros que a restauração se mantenha aberta, para poder servir e apoiar muitos dos que vão ter de estar confinados ao seu domicílio”, indicou o primeiro-ministro.

O Governo definiu ainda que “todas as empresas de qualquer ramo de atividade que se mantenham em laboração devem ter particular atenção na necessidade de cumprir três tipos de normas”. São elas:

  1. As normas ditadas pela Direção-Geral da Saúde quanto ao afastamento social. Por exemplo, estabelecimentos comerciais que ficarem abertos devem atender público “à porta ou ao postigo”.
  2. As normas de higienização estabelecidas, tais como a higienização das superfícies ou, em certos casos, a necessidade de utilização de equipamentos de proteção individual.
  3. Assegurar para a laboração as condições de proteção individual dos respetivos trabalhadores que estão ao serviço.

Atendimento presencial em serviços públicos só por marcação

No plano dos serviços públicos, o Governo decretou a generalização do teletrabalho aos funcionários públicos que possam exercer as respetivas funções nesse regime, recomendando ainda o atendimento meramente por telefone ou através da internet.

Vão ser encerradas todas as lojas do cidadão, “por serem pontos de grande aglomeração de pessoas”, uma medida que visa evitar o contágio pelo novo coronavírus. Mantêm-se abertos, no entanto, os postos “descentralizados” em várias autarquias locais.

O decreto presidencial aprovado na quarta-feira, que declara o estado de emergência, suspende uma série de direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, incluindo o direito à resistência. A violação do decretado e das instruções das autoridades pode ser considerado crime de desobediência.

É com esta base e neste contexto que o Governo anuncia agora estas medidas. Além disso, segundo o primeiro-ministro, o decreto de Marcelo Rebelo de Sousa inclui medidas que “são claras e exequíveis por si próprias” e que não carecem de intervenção do Executivo. É o caso da suspensão do direito de resistência ou do direito à greve em “setores estratégicos”.

Assista aqui à conferência de imprensa:

(Notícia atualizada pela última vez às 18h45)

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TAP não renova contrato a prazo com 100 trabalhadores

  • Lusa
  • 19 Março 2020

TAP confirma que não vai renovar contratos de trabalho de colaboradores que estão a prazo. Medida visa combater os efeitos da pandemia de Covid-19.

A TAP decidiu não renovar o contrato a prazo com 100 trabalhadores, que já foram notificados, uma medida do plano de contingência implementado pela companhia no âmbito do surto de Covid-19, confirmou esta quinta-feira à Lusa fonte da transportadora aérea.

“Confirmamos que não estamos a renovar contratos de trabalho de colaboradores que estão a prazo”, disse à Lusa fonte da TAP.

A medida abrange 100 trabalhadores, que já foram todos notificados, e surge no plano de contingência que a TAP implementou para combater os efeitos da pandemia de Covid-19 na companhia aérea, anunciado em 05 de março.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 220 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.900 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 85.500 recuperaram da doença.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 176 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália, com 2.978 mortes em 35.713 casos, a Espanha, com 767 mortes (17.147 casos) e a França com 264 mortes (9.134 casos).

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou esta quinta-feira o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira. O número de mortos no país subiu para três.

Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de hoje.

Cerca de 20 pessoas afastadas da TAP tinham “poucos dias de casa”

Cerca de 20 trabalhadores que foram afastados da TAP ao abrigo do período experimental tinham “muito pouco dias de casa”, disse à Lusa o presidente do Sindicato Nacional de Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPAC), Henrique Louro Martins.

“Essa informação foi-nos dada há pouco tempo e os colegas que estão ao abrigo do período experimental viram essa situação efetivamente feita”, disse à Lusa Henrique Louro Martins, confirmando mais tarde que estão em causa cerca de 20 pessoas.

O afastamento insere-se no plano de contingência implementado pela companhia para fazer face à crise económica causada pela pandemia do novo coronavírus.

Fonte oficial da TAP confirmou à Lusa o afastamento de trabalhadores ao abrigo do período experimental, mas sem adiantar números.

O presidente do SNPVAC reconhece que “a lei neste caso pode proteger a empresa”, mas “o sindicato tem de proteger os trabalhadores”, referindo que os funcionários “terão todo o apoio jurídico do sindicato para aquilo que acharem necessário” e que “estará sempre ao lado deles”.

“Queremos que os próximos trabalhadores a entrar sejam aqueles que agora não lhes foi renovado o contrato, que têm muito poucos dias de casa”, disse à Lusa o sindicalista, esperando que estejam “exatamente nas mesmas condições, por uma razão de antiguidade, para ingressarem novamente na TAP assim que for possível”.

O presidente do SNPVAC manifestou a mesma posição para aos restantes trabalhadores, esperando que seja possível assegurar que todos “os funcionários que agora não viram os seus contratos renovados voltem novamente para a TAP”.

Henrique Louro Martins referiu que “hoje foi um dia negro para muita gente” e que “houve pessoas que deixaram outras profissões para vir para a TAP”, dando como exemplo um caso “em que a pessoa deixou um futuro que tinha mais ou menos estruturado e de repente foi tudo por água abaixo”.

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Bolsa de Lisboa renova mínimos. EDP cai mais de 7%

A bolsa nacional continua a tocar mínimos, numa altura em que aumentam os receios relativos quanto ao surto de coronavírus. Lisboa contrariou a tendência europeia.

Lisboa voltou a deslizar, renovando mínimos históricos. A contribuir para o desempenho negativo do índice de referência nacional estiveram as ações do setor energético, com destaque para a EDP que caiu mais de 7%.

O índice de referência nacional, o PSI-20, caiu 1,26% para 3.596 pontos. Em sentido inverso, o Stoxx 600, que reúne as 600 maiores empresas do Velho Continente avançou 2,91% para 2.287,90 pontos. Tanto o francês CAC 40 como o espanhol Ibex avançaram, todos eles animados pelas medidas adotadas pelos bancos centrais.

O Banco de Inglaterra decidiu cortar a taxa de juro de referência em 15 pontos base, para 0,1%, e aumentar a compra de dívida pública e privada. Já o Banco Central Europeu lançou um programa de compra de ativos públicos e privados no valor de 750 mil milhões de euros. Ao todo, já foram anunciados mais de seis biliões de euros em todo o mundo para atenuar o impacto da pandemia.

Por cá, a impedir Lisboa de seguir o comportamento positivo do resto da Europa estiveram os títulos do setor energético. Destaque para a EDP que afundou 7,32% para 3,056 euros, tocando em mínimos de 2018. Já a subsidiária desvalorizou 2,37% para 9,070 euros. Ainda ainda no setor energético, a Galp Energia manteve-se inalterada.

Em terreno negativo, destacou-se ainda o BCP, que caiu 0,40%, bem como a Jerónimo Martins, que encerrou a sessão a cair 0,23%. Já a impedir uma queda mais expressiva do índice de referência nacional, estiveram as ações da Ibersol que somaram 25% para 5 euros, o maior ganho entre as cotadas do PSI-20.

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Corrida aos supermercados online Continente e Auchan congestiona acessos

  • Lusa
  • 19 Março 2020

A corrida aos supermercados online Continente e Auchan tem provocado congestionamento no acesso às lojas virtuais e atrasos na entrega das compras.

A corrida aos supermercados online Continente e Auchan tem provocado congestionamento no acesso às lojas virtuais e atrasos na entrega das compras, com as empresas a fazer todos os esforços para responder ao aumento da procura.

De acordo com um cliente da cadeia de supermercados do grupo Sonae, compras efetuadas esta quinta-feira, 19 de março, na loja online do Continente têm data de entrega para 25 de abril.

Já no site da Auchan, vários clientes têm apontado dificuldades em fazer encomendas, já que ficam em lista de espera ‘online’ durante horas.

Só a título de exemplo, a Lusa tentou entrar na loja online da Auchan às 10:30 e até ao momento (pelas 16:00) encontra-se em fila de espera para ser redirecionado para o ‘site’.

Ambas as empresas reconhecem que houve um aumento dos acessos às lojas ‘online’, devido às medidas de combate à propagação do novo coronavírus, e estão a fazer o possível para dar resposta aos consumidores.

Face ao elevado número de acessos ao website do Continente, tem-se verificado alguma indisponibilidade e dificuldade de acesso temporário“, disse à Lusa o porta-voz da Sonae MC. “Estamos a envidar todos os esforços para repor o normal funcionamento do site”, adiantou a mesma fonte, que avançou que o acesso ‘online’ do Continente “mais do que quadruplicou nas últimas semanas”.

A Sonae MC refere que, “até ao momento, o Continente tem realizado todos os esforços para conseguir dar resposta a este aumento da procura”, salientando que dado o elevado volume de tráfego registado no ‘site’, os consumidores podem também recorrer à ‘app’ Continente [aplicação do Continente]. “A Sonae MC apela à melhor compreensão por todos os colaboradores que trabalham, todos os dias, comprometidos em manter a sua atividade ao serviço dos portugueses”, sublinhou.

Neste momento, a nossa grande prioridade é termos pessoas a preparar as encomendas. Algo que, nesta fase, com pessoas em casa e uma óbvia dificuldade de recrutamento, é um grande desafio”, afirmou, por sua vez, fonte oficial da Auchan.

“No que diz respeito ao nosso website, estamos a registar um número muito acima do normal de encomendas ‘online’. O tráfego extraordinário que o nosso website tem recebido nos últimos dias tem sobrecarregado a capacidade de resposta da infraestrutura”, admitiu a mesma fonte. Perante isso, “estamos a fazer todos os esforços possíveis para aumentar a capacidade de resposta do ‘site’, de forma a reduzir o tempo de espera e aumentar o desempenho” do mesmo para os utilizadores.

Criámos a fila de espera porque queremos evitar o colapso do ‘site’, uma vez que temos 70 mil pessoas a tentar aceder ao ‘site’, em simultâneo“, algo que “nenhum ‘site’ normal aguentaria tal, em situações normais”, explicou fonte oficial da Auchan. “Estamos a aceitar todas as encomendas que conseguimos entregar, garantindo um serviço de qualidade”, concluiu.

Ainda no âmbito das recomendações das entidades de saúde para a mitigação do Covid-19, o Continente implementou alterações temporárias ao serviço de entregas, como a exclusão de opções de pagamento no ato de entrega. Ou seja, o pagamento das compras pode ser feito por via do cartão de crédito, MB Way ou PayPal.

“Relembramos que com a opção cartão de crédito, MB Way ou PayPal, na colocação da encomenda será reservado o seu valor total, acrescido de 3%, para possíveis diferenças de valor motivadas pela variações de peso nos frescos, ou substituição de produtos indisponíveis. O seu cartão de crédito só será debitado pelo valor exato da fatura após receber a sua encomenda”, refere o Continente numa mensagem aos clientes.

As entregas ao domicílio são efetuadas à porta do cliente, não havendo entrada dos funcionários no local.

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Bruxelas recomenda “baixa definição” na Netflix para poupar largura de banda na rede

O comissário europeu para o mercado interno falou com o líder da Netflix por causa do coronavírus. Pede aos cidadãos que baixem a definição da Netflix para poupar a capacidade da rede.

Está de quarentena e não larga a Netflix? O comissário europeu para o mercado interno, Thierry Breton, recomendou a que assista aos conteúdos em baixa definição no sentido de poupar largura de banda. A dica surge numa altura em que a infraestrutura está sob pressão com milhões de cidadãos europeus a trabalharem a partir de casa.

Face ao risco de contágio do novo coronavírus, que está a alastrar-se em vários países da União Europeia, as autoridades têm recomendado à permanência em casa e a que se evitem deslocações. Assim, muitas empresas renderam-se ao trabalho remoto, reunindo por videochamada e comunicado em canais de mensagens instantâneas. Isso tem puxado às redes das operadoras para picos de tráfego, incluindo em Portugal.

“Tive uma conversa importante ao telefone com Reed Hastings, presidente executivo da Netflix. Para combater a Covid-19, nós ficamos em casa. O teletrabalho e o streaming ajudam muito, mas as infraestruturas podem estar no limite. Para garantir o acesso à internet para todos, alteremos para a definição padrão quando a alta definição não é necessária”, escreveu Thierry Breton no Twitter.

A Netflix é uma plataforma de streaming de conteúdos, como filmes e séries, que tem vindo a ganhar ainda mais popularidade nestes tempos de isolamento. Mas a mensagem do comissário deixa claro que Bruxelas teme problemas na infraestrutura que permite o acesso à internet, tendo em conta que uma importante “fatia” da economia assenta agora sobre ela, a um nível nunca antes visto.

A imprensa norte-americana já deu conta de algumas cidades em que se verificam problemas na ligação, devido à vasta quantidade de dispositivos ligados em simultâneo. Ora, em Portugal ainda não se conhecem registos de problemas no acesso à internet, mas as três principais operadoras — Meo, Nos e Vodafone — já tinham admitido ao ECO a existência de picos de tráfego, que estão a ser monitorizados por estas empresas.

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