Covid-19: Programa de licenças sem vencimento da TAP com 300 adesões

  • Lusa
  • 19 Março 2020

A transportadora indicou também que vai alargar o prazo dessas licenças para seis meses, sendo que até agora era de três meses.

O programa de licenças sem vencimento que a TAP lançou para fazer face ao impacto do surto de Covid-19 na sua atividade registou, até hoje, 300 adesões, revelou à Lusa fonte oficial da companhia aérea.

A transportadora indicou também que vai alargar o prazo dessas licenças para seis meses, sendo que até agora era de três meses.

No dia 6 de março a TAP abriu um programa de licenças sem vencimento a todos os trabalhadores do negócio da aviação, por um período mínimo de 30 dias e máximo de 90 dias, que abrangia os meses de abril, maio e junho.

Segundo um comunicado enviado pelos recursos humanos aos trabalhadores, a que a Lusa teve então acesso, o programa voluntário e temporário de licenças sem vencimento tem como objetivo “dimensionar a força de trabalho à atividade operacional atual“, que teve uma queda acentuada devido à propagação do novo coronavírus.

Os interessados em aderir ao programa, que abrange pilotos e tripulantes de cabine, devem inscrever-se, indicando o período pretendido, durante o qual os trabalhadores “mantêm o direito de facilidades de passagem, bem como o seguro de saúde”, lê-se no documento.

Todos os pedidos serão objeto de análise e decisão da comissão executiva“, alertaram os recursos humanos da TAP, realçando que “o pedido [de licença sem vencimento] não implica a aceitação automática do mesmo”.

A TAP admitia ainda que podiam ser equacionadas “prorrogações das licenças sem vencimento” além do período previsto, “se tal se verificar oportuno e necessário”.

A comissão executiva da TAP anunciou a implementação de medidas para reduzir e controlar custos, incluindo a suspensão ou adiamento de investimentos e de contratações e a “implementação de programas de licenças sem vencimento temporárias”, segundo uma nota enviada aos trabalhadores.

“Vamos implementar um conjunto de iniciativas que visam controlar e reduzir custos como suspensão ou adiamento de investimentos não críticos, corte de despesas acessórias, renegociação de contratos e prazos de pagamento, antecipação de crédito junto de fornecedores, suspensão de contratações de novos trabalhadores, bem como a implementação de programas de licença sem vencimento temporárias”, referiu a comissão executiva liderada por Antonoaldo Neves.

A TAP cancelou também 3.500 voos e decidiu não renovar o contrato a prazo com 100 trabalhadores, que já foram notificados, confirmou hoje à Lusa fonte da transportadora aérea.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 231 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.350 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 86.250 recuperaram da doença.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira. O número de mortos no país subiu para três, segundo a DGS.

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Nasdaq lidera recuperação em Wall Street. Investidores aplaudem bancos centrais

Os principais índices bolsistas dos EUA encerraram em alta, com os investidores a reagirem positivamente à atuação dos bancos centrais.

Após novo trambolhão na sessão anterior e um arranque negativo, o verde imperou em Wall Street. Os principais índices bolsistas norte-americanos encerraram em alta, esta quinta-feira, com os investidores a darem algum crédito aos esforços dos bancos centrais e outras organizações no sentido de travar o impacto negativo da pandemia de Covid-19 na economia.

A maior recuperação coube ao Nasdaq que somou 2,3%, para os 7,50,58 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 0,48%, para os 2.409,5 pontos, e o Dow Jones avançou 0,95%, para 20088,55 pontos.

Esta recuperação acontece depois de a Reserva Federal dos EUA ter decidido abriu linhas de swap com bancos centrais em nove novos países para garantir que o sistema financeiro mundial dependente do dólar continue a funcionar.

Esta foi a mais recente de uma série de medidas tomadas pelo banco central dos EUA nas últimas duas semanas, incluindo a redução de custos de empréstimos para quase zero e o fornecimento de milhares de milhões de dólares em crédito barato.

Já o Banco Central Europeu prometeu na quarta-feira comprar 750 mil milhões de euros em dívida soberana até 2020.

“Os investidores ativos estão a usar isso como uma oportunidade para captar o que podem ser consideradas como ‘pechinchas’, porque ninguém tem muita certeza sobre como avaliar as ações neste momento”, disse Robert Pavlik, estratega-chefe da SlateStone Wealth, citado pela Reuters, face à reação dos mercados nesta quinta-feira.

Em forte alta, reagiram também as cotações do petróleo. O barril do “ouro negro” chegou a valorizar 35%, esta quinta-feira, nos mercados internacionais, mas continua a negociar abaixo da fasquia dos 30 dólares.

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Novabase vende Collab à sueca Netadmin por seis milhões de euros

  • Lusa
  • 19 Março 2020

Novabase poderá ainda obter um ganho adicional (‘earn-out’) anual, por três anos, “dependente da performance da Collab".

A Novabase vendeu à sueca Netadmin System i Sverige AB a sua participação na Collab, num negócio que envolve o pagamento de seis milhões de euros, dos quais 4,37 milhões de euros dizem respeito à tecnológica, segundo um comunicado.

Na mesma nota, a empresa informa que “foi hoje celebrado entre, por um lado, a sua subsidiária Novabase Business Solutions, detentora de 72,45% das ações representativas do capital social da Collab e os restantes acionistas da Collab (entre os quais se inclui o Novabase Capital – Fundo de Capital de Risco, detentor de 17,75% das ações), enquanto vendedores e, por outro lado a Netadmin System i Sverige AB, enquanto compradora, um contrato de compra e venda da totalidade das ações representativas do capital social da Collab”.

As restantes ações estão nas mãos dos promotores individuais da empresa, que atua na área dos ‘contact centers’, segundo indicou à Lusa fonte oficial da Novabase.

O grupo detalha, no comunicado hoje divulgado, que “a concretização da compra e venda ocorreu também na presente data, com a entrega das ações contra o pagamento de parte do preço”, sendo que o “valor inicial acordado para a totalidade das ações dos vendedores é de 6 milhões de euros (correspondendo 4,347 milhões de euros desse preço à Novabase Business Solutions), do qual 4,5 milhões de euros foram pagos na presente data (correspondendo 3,26 milhões de euros deste valor à Novabase Business Solutions)”, referiu o grupo.

A empresa compradora irá reter os 1,5 milhões de euros remanescentes, sendo que a Novabase destacou que “o preço acordado estará sujeito a ajustamentos, nos termos do contrato”.

“Devido às cláusulas de ajustamento de preço positivo ou negativo acordadas pelas partes, não é possível estimar neste momento, com precisão, a contrapartida final que possa vir a ser obtida com a transação”, informou o grupo.

A Novabase poderá ainda obter um ganho adicional (‘earn-out’) anual, por três anos, “dependente da performance da Collab, nos termos definidos no contrato”, não sendo possível, de acordo com o grupo, “estimar na presente data o respetivo valor máximo ou mínimo”.

Apesar de todas estas variáveis, a Novabase estima que possa conseguir uma mais-valia “em consequência desta transação”, entre 100.000 euros e 800.000 euros, “desconsiderando o impacto, imprevisível na presente data, das condicionantes positivas e negativas da contrapartida final, bem como do potencial ‘earn-out’”, segundo o mesmo comunicado.

A Collab emprega atualmente cerca de 60 colaboradores e gerou uma faturação de 6,5 milhões de euros em 2019.

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Fotogaleria: Vírus deixa aeroporto a meio gás. Turistas deixam Lisboa a conta-gotas

Com o alastrar da pandemia, e depois de decretado o estado de emergência, os turistas que ainda se encontram em Lisboa tentam regressar ao país de origem. O ECO esteve no aeroporto Humberto Delgado.

Depois de decretado o estado de emergência nacional e suspensos os voos de e para fora do espaço europeu, o aeroporto Humberto Delgado em Lisboa vive debaixo de fortes medidas de prevenção da pandemia do Covid-19. A entrada no terminal das partidas é feita apenas por uma única porta (todas as outras estão encerradas) sob olhar atento da Polícia de Segurança Pública. Os passageiros que têm voo marcado entram a conta-gotas de modo a evitar grandes ajuntamentos junto dos balcões de check-in no interior do aeroporto.

No exterior, existem duas filas. Uma para os passageiros com voo marcado e confirmado. Outra para os passageiros que, devido à suspensão dos voos extracomunitários, viram o seu voo ser cancelado e esperam agora por uma solução para regressarem ao seu país de origem.

Um desses passageiros tenta encontrar uma solução para regressar ao Brasil mas a conjugação da pandemia com a suspensão dos voos e a falta de informação torna a tarefa difícil de resolver. O mesmo se passa com um grupo de passageiros angolanos que ficou sem voo de regresso para Angola. Nesta fila, há passageiros à espera desde a madrugada por uma alternativa.

O interior do terminal das partidas mostra um aeroporto a meio gás, porque com os voos a serem suspensos dia após dia, os balcões de check-in estão vazios assim como os balcões de atendimento das próprias companhias aéreas. Informações só por telefone ou email. Muitos espaços comerciais estão também encerrados.

Veja a fotogaleria abaixo:

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Covid-19: Frente Comum exige medidas imediatas para garantir 100% do rendimento

  • Lusa
  • 19 Março 2020

O apelo ao Governo é de que tome imediatamente medidas que garantam a manutenção a 100% dos rendimentos e as condições de saúde e de segurança no trabalho face à pandemia da Covid-19.

A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública exigiu esta quinta-feira que o Governo tome imediatamente medidas que garantam a manutenção a 100% dos rendimentos e as condições de saúde e de segurança no trabalho face à pandemia da Covid-19.

Em comunicado, a Frente Comum, estrutura da CGTP, sublinha “a importância decisiva e crucial dos trabalhadores da Administração Pública no combate à pandemia provocada pela Sars-CoViD-2, o novo coronavírus”, e reivindica medidas que reforcem os serviços públicos e os direitos dos trabalhadores.

“A Frente Comum exige que o Governo tome imediatamente as medidas que garantam a manutenção a 100% dos rendimentos dos trabalhadores, as condições de saúde e segurança no trabalho, bem como medidas que, a médio prazo, protejam a classe trabalhadora”, afirma a estrutura sindical.

Entre as exigências estão “o impedimento da interrupção de serviços de bens essenciais (água, luz, gás, comunicações), suspensão de despejos, prorrogação das prestações sociais que terminem durante este período, proibição de despedimentos e todas as medidas que protejam e defendam os trabalhadores e os seus direitos”.

Segundo a Frente Comum, apesar de estarem “na linha da frente” da resposta ao combate à atual situação provocada pelo novo coronavírus, os trabalhadores da Administração Pública têm sofrido “múltiplas violações dos seus direitos”.

“Não estão a ser garantidas as condições de proteção individual e de saúde e segurança para o exercício vital das suas funções em todos os serviços, nomeadamente nos serviços essenciais”, diz a estrutura sindical.

Há ainda “serviços que estão a recusar” o apoio financeiro dirigido aos pais que têm de ficar em casa com os filhos menores de 12 anos devido ao fecho das escolas, sobre o qual existe também “problemas na interpretação” do decreto-lei que o define.

Além disso, refere a Frente Comum, “continua sem se conhecer qualquer solução para os trabalhadores que, tendo filhos menores, não terão qualquer apoio ou suporte legal para as faltas que inevitavelmente ocorrerão durante o período de interrupção letiva prevista para a Páscoa”.

A Frente Comum refere também que “não foi assegurada qualquer medida de proteção social para os trabalhadores que têm a seu cargo ascendentes” e que em muitos serviços essenciais “está a ocorrer a suspensão de horários flexíveis” atribuídos ao abrigo da lei da parentalidade.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira.

O número de mortos no país subiu para quatro, com anúncio da morte de uma octogenária em Ovar, feito pelo presidente da câmara local, horas depois de a DGS ter confirmado a existência de três vítimas mortais até às 24:00 de quarta-feira em Portugal.

Dos casos confirmados, 696 estão a recuperar em casa e 89 estão internados, 20 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos.

O boletim divulgado pela DGS assinala 6.061 casos suspeitos até hoje, dos quais 488 aguardavam resultado laboratorial.

Das pessoas infetadas em Portugal, três recuperaram.

De acordo com o boletim, há 8.091 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.

Atualmente, há 24 cadeias de transmissão ativas em Portugal.

Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de hoje.

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Covid-19. Siga as dicas ambientais da Quercus para a quarentena

Famílias portuguesas reféns do coronavírus produzem mais resíduos urbanos e gastam mais eletricidade, gás e água.

Não é por estarmos fechados em casa, em regime de teletrabalho e isolamento social, que as preocupações ambientais devem ficar esquecidas. Aliás, devem mesmo ser reforçadas.

Em quarentena, compramos mais, consumimos mais e produzimos mais resíduos. Vemos multiplicar os sacos de lixo, temos as máquinas de roupa e de loiça a trabalhar quase sem parar. Resultado? Mais resíduos urbanos e um maior gasto de eletricidade, gás e água.

A pedido do Capital Verde, do ECO, a Quercus deixa “algumas dicas de eficiência de recursos enquanto estivermos em isolamento social”. Conheça no vídeo 10 conselhos para poupar o ambiente e a carteira.

http://videos.sapo.pt/QFD5cck9WUtvkzNwt3bL

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Analistas não esperam mudanças no rating a Portugal pela DBRS

  • Lusa
  • 19 Março 2020

Três analistas ouvidos pela Lusa não esperam que a DBRS, na sua pronúncia sobre o rating a Portugal que será conhecida na sexta-feira, altere as suas perspetivas, muito devido à Covid-19.

Três analistas ouvidos hoje pela Lusa não esperam que a DBRS, na sua pronúncia sobre o rating a Portugal que será conhecida na sexta-feira, altere as suas perspetivas, muito devido aos acontecimentos inesperados associados ao Covid-19.

“Acho que neste momento não há visibilidade para uma agência de rating proceder já a esse tipo de revisões em baixa, porque não sabe em concreto qual o nível de implementação das medidas que venham a suceder”, disse à Lusa Filipe Garcia, da IMF – Informação de Mercados Financeiros, sobre as medidas de combate aos efeitos económicos da pandemia de Covid-19.

Para Filipe Garcia, a DBRS “deverá manter tudo como está e fazer um comentário de que mal haja mais visibilidade, possa alterar alguma coisa, se for o caso”, considerando que uma revisão já seria uma antecipação exagerada.

Também Nuno Mello, da corretora XTB, não espera uma alteração da DBRS, dado que “os pressupostos que levaram a agência de rating a elevar o rating da dívida portuguesa na última revisão, nomeadamente a descida do défice e da dívida portuguesa, mantêm-se enquanto não saírem novos dados que reflitam a situação económica atual”, relacionada com a pandemia de Covid-19.

A longo prazo, no entanto, Nuno Mello considera que os ‘ratings’ deverão refletir “um aumento da dívida pública, a uma derrapagem nas contas públicas, desaceleração económica e também aumento do desemprego” provenientes dos efeitos económicos associados ao novo coronavírus.

Já Pedro Amorim, da corretora Infinox, afirmou que “as agências de rating, devido à situação mundial, não vão deteriorar o rating de todos os países, por uma questão de estabilidade do mercado“.

“Se o fizessem, seria uma queda gigante nas obrigações portuguesas e não só”, considerou, lembrando que as agências “têm a sua capacidade de flexibilização para não prejudicarem mais o mercado”.

A DBRS irá pronunciar-se na sexta-feira sobre o rating da dívida pública portuguesa, depois de na semana passada a Standard and Poor’s ter mantido inalteradas as avaliações a Portugal, com o rating em ‘BBB’, em nível de investimento, e a perspetiva positiva.

Em 17 de janeiro deste ano, a Moody’s manteve a notação financeira de Portugal em ‘Baa3’, acima de ‘lixo’, e a perspetiva em positiva, sendo assim a única agência de ‘rating’ a deixar a dívida de longo prazo de Portugal apenas um nível acima da categoria de não investimento.

Em 22 de novembro de 2019, a Fitch tinha mantido o rating em ‘BBB’, o segundo nível da categoria de investimento, com perspetiva positiva. Em 4 de outubro, a agência de notação financeira canadiana DBRS melhorou o ‘rating’ da dívida soberana de Portugal de ‘BBB’ para ‘BBB alto’, com perspetiva estável.

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Tancos: Mais um processo adiado na Justiça devido ao Covid-19

O debate instrutório do processo Tancos foi adiado pelo magistrado Carlos Alexandre, por tempo indeterminado. A razão é a pandemia do Covid-19.

Mais um processo adiado na Justiça portuguesa devido à pandemia Covid-19. Após o debate instrutório da Operação Marquês ter sido suspenso, o juiz Carlos Alexandre adiou sem nova data o debate instrutório do processo Tancos.

O anúncio foi dado pelo magistrado através de um despacho que chegou esta quinta-feira aos advogados. Vários advogados envolvidos no processo já tinham alertado o juiz, através de requerimentos, que o debate de instrutório implicaria que estivessem na mesma sala mais de 100 pessoas, indo ao desencontro das recomendações da Direção-Geral de Saúde.

Com sete dos 23 arguidos em prisão preventiva, este processo inseria-se na exceção dada pelo Conselho Superior de Magistratura, que só permitia que prosseguissem os casos que pusessem em causa direitos fundamentais. Ainda, Carlos Alexandre considerou que não estavam reunidas as condições para continuar a fase processual.

Segundo o juiz, dadas as “circunstâncias que publicamente são conhecidas, que motiva até o senhor Presidente da República a convocar o Conselho de Estado, para ponderar uma proposta de Estado de Emergência vejo-me forçado a reconhecer que tais circunstâncias não se alterarão, seguramente, até dia 2 de abril, pelo que dou sem efeito as datas consignadas e adio sine die, lê-se no despacho divulgado pelo Observador.

Uma vez que a medida de coação dos sete arguidos está a terminar, Carlos Alexandre informou o Ministério Público que seriam necessárias alterações às medidas de coação.

Segundo a acusação do Ministério Público, a recuperação do armamento furtado dos paióis de Tancos, em junho de 2017, deve-se a um “verdadeiro pacto de silêncio entre Azeredo Lopes e os arguidos da GNR, PJM e que todos criaram sérios obstáculos à descoberta da verdade material”.

Azeredo Lopes demitiu-se do cargo a 12 de outubro de 2018.

Nove dos 23 arguidos do processo de Tancos são acusados de planear e executar o furto do material militar e os restantes 14, entre eles Azeredo Lopes, da encenação que esteve na base da recuperação do equipamento.

O inquérito de Tancos investigou o furto, em 28 de junho de 2017, e as circunstâncias em que aconteceu a recuperação de grande parte do material militar, em 18 de outubro do mesmo ano.

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Após três dias de fortes quedas, petróleo dispara. Barril chegou a subir 35%

Senado norte-americano pediu a Riade e Moscovo que terminem a guerra dos preços. Se não acontecer, autorizou o presidente Donald Trump a impor um embargo petrolífero a ambos os países.

O preço do petróleo regista fortes ganhos, após um selloff de três dias consecutivos que levou a matéria-prima a mínimos de duas décadas. O barril chegou a valorizar 35%, esta quinta-feira, nos mercados internacionais, mas continua a negociar abaixo da fasquia dos 30 dólares.

A recuperação está associada, por um lado, a uma correção do mercado depois de na última sessão os preços terem caído para o valor mais baixo desde 2002. Por outro, foi ainda causado pelos desenvolvimentos na guerra entre os maiores produtores de petróleo do mundo. Arábia Saudita e Rússia — que alinhavam há mais de dois anos numa estratégia conjunta para o mercado petrolífero — entraram num conflito, que arrisca inundar o mercado de petróleo, numa altura de perturbações na procura.

O Senado norte-americano pediu aos dois países que parem a guerra de preços e anunciou que vai intervir. Riade e Moscovo foram convidados a negociar em Washington, mas caso não cheguem a acordo, o Senado norte-americano autorizou o presidente Donald Trump a impor um embargo petrolífero a ambos os países.

Neste cenário de incerteza, tem sido a volatilidade a marcar as negociações. O Brent negociado em Londres sobe 15% para 28,48 dólares por barril e o crude WTI dispara 25% para 25,41 dólares. Mas chegou a disparar um máximo de 35% durante a negociação.

“Após o tombo de ontem [quarta-feira], os investidores estão a voltar ao mercado porque estão a antecipar cortes de produção no futuro. Mas estes não são suficientes para apagar o impacto na procura que o mercado vai assistir em abril e maio”, explicou à Reuters Andrew Lipow, presidente da Lipow Oil Associates, sobre o efeito do surto de coronavírus.

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Anacom suspende leilão do 5G por tempo indeterminado por causa do vírus

Depois de ter parado a migração da TDT, a Anacom decidiu suspender todo o processo do leilão de frequências para o 5G, a pedido das três principais operadoras de telecomunicações.

A Anacom decidiu suspender o processo do leilão de frequências para o 5G, a pedido das três principais operadoras. A decisão é justificada com “a atual situação de exceção em que Portugal se encontra” e com “todos os constrangimentos que daí resultam”. Não há data para a retoma deste dossiê.

“A Anacom decidiu, por motivo de força maior, suspender a consulta pública sobre o projeto de regulamento do leilão” do 5G, bem como a “audiência prévia” e a consulta pública sobre a alteração dos direitos que já eram detidos pela Dense Air. Na prática, a decisão abrange todo o processo do 5G, sendo que a suspensão “produz efeitos a 19 de março e vigora até ao seu levantamento”, refere a Anacom, num comunicado.

Segundo o regulador, Meo, Nos e Vodafone pediram esta medida, invocando os efeitos da pandemia do coronavírus que levou à declaração do estado de emergência no país. Estas empresas “relevam ainda que a situação poderá agravar-se e referem o impacto de toda esta situação na capacidade de resposta dos mais diversos intervenientes”.

Assim, “a Anacom acolheu os argumentos apresentados, pois reconhece que a pandemia de Covid-19 representa uma situação absolutamente excecional, de ameaça grave contra a saúde pública”, refere a mesma nota.

A suspensão do leilão do 5G acontece depois de a Anacom, em articulação com a Meo, ter decidido suspender o processo de migração da Televisão Digital Terrestre (TDT) que estava em curso, também devido à pandemia do coronavírus. Esta operação visava libertar a faixa de frequências necessária para a transição do 4G para o 5G, que se espera que seja a quinta geração de rede móvel de comunicações.

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Uber Eats remove taxas de entrega até 3 de abril

Depois de ter deixado de cobrar taxas de entrega à hora do almoço, Uber Eats acaba agora com todas as taxas de entrega até 3 de abril.

A Uber decidiu suspender as taxas de entrega do serviço Uber Eats até 3 de abril, uma resposta à declaração de estado de emergência, anunciada esta quarta-feira pelo Presidente da República.

“Perante a situação que está a ser vivida no mundo e em Portugal, e dada a declaração de estado de emergência no país feita pelo Sr. Presidente da República, o Governo português decidiu limitar a circulação de pessoas e fechar grande parte dos espaços comerciais, incluindo restaurantes. Contudo, a entrega de refeições ao domicílio continua a ser permitida em Portugal e, por isso, o Uber Eats manterá a sua operação em funcionamento normal”, justifica a empresa, em informação enviada aos jornalistas.

A empresa detalhou ainda que, “para estar mais perto dos utilizadores e apoiar os restaurantes”, removeu as “taxas de entrega para todos os pedidos, a qualquer altura do dia, até 3 de abril”.

A Uber tinha anunciado que retiraria as taxas de entrega nos serviços da Uber Eats durante a hora do almoço. Agora, estende a medida a todos os pedidos.

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Apifarma admite “falhas pontuais”, mas diz que não está em causa falta de medicamentos

Apesar de admitir situações "pontuais" de falta de produtos nas farmácias portuguesas, a Apifarma assegura que "não está em causa o abastecimento de medicamentos às populações".

A Apifarma – Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica admite “faltas pontuais” de produtos nas farmácias, mas reitera que não “está em causa o abastecimento de medicamentos às populações”. Entidade apela a uma “responsabilização acrescida” na compra de medicamentos.

Em comunicado, a associação pede que os portugueses “adotem uma atitude responsável” na compra de medicamentos e outros produtos de saúde, por forma a evitarem a “aquisição de produtos de saúde em número superior às suas reais necessidades”.

A entidade que representa a Indústria Farmacêutica assegura que “ativou, desde a primeira hora, os necessários planos de contingência”, permitindo ultrapassar o “choque inicial” provocado pelo encerramento temporário das fábricas estrangeiras e, que, “entretanto, começaram a reabrir”, assinala.

Nesse sentido, a Apifarma assegura que “não está em causa o abastecimento de medicamentos às populações”. Ainda assim, admite situações “pontuais” de falta de produtos nas farmácias portuguesas, mas que “têm sido minimizadas graças à adoção de medidas adequadas”.

Desde que o coronavírus chegou a Portugal, a 2 de março, é notório um maior afluxo dos portugueses às farmácias para comparem máscaras, geles desinfetantes e luvas. Dada a elevada procura, os preços aumentaram exponencialmente.

Esta quinta-feira, a Direção Geral de Saúde confirmou a existência de 143 novos casos de Covid-19 em Portugal, elevando de 642 para 785 o total de casos confirmados da doença. Número de vítimas mortais aumentou para quatro.

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