Hoje nas notícias: Taxa, sinistralidade e classe média

  • ECO
  • 21 Dezembro 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A sinistralidade rodoviária custou no ano passado o mesmo que o dinheiro alocado para a TAP até 2024. Esta é uma das manchetes em destaque na imprensa nacional, que também dá conta de que os passageiros internacionais pagarão uma taxa de carbono de dois euros já a partir de 1 de julho de 2021. Conheça estes e outros temas em destaque nos jornais portugueses.

Taxa de dois euros a passageiros internacionais cobrada a partir de julho

Os passageiros de voos internacionais e de navios como os de cruzeiro vão passar a pagar uma taxa de carbono já a partir de 1 de julho, no valor de dois euros. A medida está incluída no Orçamento do Estado para 2021 e será regulamentada logo em janeiro. O objetivo é que os consumidores “de viagens aéreas, marítimas e fluviais” que cheguem a Portugal tenham um encargo pelas emissões de carbono resultantes destas deslocações. As receitas revertem a favor do Fundo Ambiental.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Empresas que peçam devolução do PEC sujeitas a inspeção

As micro e pequenas e médias empresas podem, no Portal das Finanças, pedir a devolução antecipada dos pagamentos especiais por conta (PEC) referentes aos períodos fiscais de 2014 a 2019. Os pedidos podem ser feitos até 31 de janeiro ou até ao final do sexto mês seguinte à data limite da entrega da declaração periódica de rendimento para as que tenham um ano fiscal diferente do civil. No entanto, um despacho do secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, determina que o Fisco deve ter cuidados especiais no reembolso, verificando se as empresas têm mesmo direito a ele.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Custo da sinistralidade rodoviária em 2019 é igual ao preço do resgate da TAP

A sinistralidade rodoviária custou 3.713 milhões de euros no ano passado, um custo social que corresponde a quase 1,6% da riqueza produzida no país e seria suficiente para pagar o resgate da TAP proposto pelo Governo até 2024. O montante está plasmado no relatório da sinistralidade divulgado pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso condicionado).

Transferências suspeitas bloqueadas pela PJ triplicam

A Unidade de Informação Financeira (UIF) da PJ bloqueou, este ano, o triplo das transferências suspeitas face ao ano passado. Os movimentos bancários congelados ascendem a 243 milhões de euros e houve operações identificadas como tendo ligações ao tráfico de droga e terrorismo. De acordo com as investigações desta unidade, Portugal é utilizado por redes criminosas para lavagem de dinheiro.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (ligação indisponível).

Classe média pede ajuda alimentar

Os pedidos de ajuda alimentar não param de aumentar, mesmo na classe média. “Os pedidos de ajuda à Rede de Emergência Alimentar continuam a aumentar de forma clara e reveladora”, diz, ao Correio da Manhã, Isabel Jonet, precisando que, neste momento, há 52 a 53 pedidos por dia. A presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares destaca ainda que “as regiões em pior situação são as de Lisboa, Setúbal e Algarve, onde se constata uma maior degradação da situação social”.

Leia a notícia na íntegra no Correio da Manhã (acesso pago).

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Galp fecha Matosinhos e concentra operações de refinação em Sines

A petrolífera vai fechar a refinaria de Matosinhos, o que lhe permitirá poupar anualmente cerca de 90 milhões de euros em custos fixos e investimentos.

A Galp vai concentrar todas as suas atividades de refinação em Sines e descontinuar o complexo de Matosinhos a partir de 2021, anunciou a empresa esta segunda-feira num comunicado enviado ao mercado. A decisão foi mal recebida pelos investidores, com as ações da petrolífera a tombarem 6%.

Na base desta decisão estão “as alterações estruturais dos padrões de consumo” que levaram a empresa a fazer uma “rigorosa avaliação” das alternativas.

Esta opção vai permitir à empresa poupar anualmente 90 milhões de euros em custos fixos e investimentos, refere a empresa no mesmo comunicado, acrescentado que a unidade de refinação de Matosinhos tem um valor contabilístico associado que ronda os 200 milhões de euros. Além da redução de custos, fechar Matosinhos permitirá à Galp evitar todos os anos emissões poluentes na ordem das 900 quilotoneladas de CO2 equivalente (âmbito 1 e 2), associadas ao sistema atual.

A Galp, no comunicado que enviou ao mercado, especifica que está “a desenvolver as soluções adequadas para a necessária redução da força laboral e a avaliar alternativas de utilização para o complexo. O Executivo, entretanto, já se mostrou disponível para reunir com a Galp não só para analisar a questão dos trabalhadores, mas também para abordar a possibilidade de acesso por parte da petrolífera ao Fundo para a Transição Justa.

Em abril, a Galp suspendeu a atividade de produção de combustíveis na refinaria de Matosinhos e de Sines devido ao impacto da pandemia do novo coronavírus na economia e na procura por combustíveis. Ambas voltaram a funcionar em junho, mas, em outubro, a refinaria de Matosinhos voltou a parar.

Mas se inicialmente a Galp Energia estava a avaliar a possibilidade de produzir biocombustíveis e de aumentar o coprocessamento de matérias-primas, como vegetais e resíduos, na refinaria de Matosinhos, agora essa opção passa para Sines.

“A empresa vai focar-se no aumento da resiliência e competitividade do complexo industrial de Sines, com uma capacidade de processamento de crude de 220 mil barris por dia e equipado com unidades de maior conversão, estando em análise iniciativas com vista ao aumento da sua eficiência processual e energética, bem como a integração de produção de biocombustíveis avançados e de outros produtos com baixo teor de carbono e de maior valor acrescentado”, pode ler-se no comunicado.

Sem revelar os montantes que estes investimentos vão implicar, a petrolífera revela apena que serão suportados “pelas poupanças da reestruturação em curso e pelos mecanismos de apoio à transição energética”.

Notícia atualizada com mais informação

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“Temos como objetivo, a nível de emissões de CO2, ser uma marca neutra”, diz VW

Com o lançamento em Portugal do novo Volkswagen ID.3, falámos com Nuno Serra Marketing Manager da Volkswagen sobre a estratégia e o propósito da marca quando o tema é sustentabilidade.

O objetivo do Grupo Volkswagen é tornar-se líder mundial no mercado de mobilidade elétrica nos próximos anos, e está a investir 33 mil milhões de euros em todas as marcas, em todo o mundo, até 2024, dos quais 11 mil milhões de euros são destinados à marca Volkswagen. Em meados da década, até 2025, a marca Volkswagen estima produzir 1,5 milhões de carros elétricos.

Com o lançamento em Portugal do novo Volkswagen ID.3: , que se afirma como pioneiro de uma nova era de mobilidade, falámos com Nuno Serra Marketing Manager da Volkswagen sobre a estratégia e o propósito da marca quando o tema é sustentabilidade.

Uma verdadeira “ofensiva elétrica” em grande escala, que conta com um investimento de milhões, sendo que a Volkswagen tem planeado oferecer veículos nesta categoria em todos os principais segmentos até 2022.

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Vacina da Pfizer pode ser hoje aprovada. Nove respostas sobre o plano de vacinação em Portugal

O regulador europeu deverá dar "luz verde" à vacina da Pfizer contra a Covid-19 hoje, abrindo a porta a que a vacinação arranque ainda este ano. O ECO preparou um guia de respostas sobre o tema.

A vacina da farmacêutica norte-americana Pfizer e da alemã BioNTech contra o coronavírus poderá ser aprovada esta segunda-feira pela Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês). O regulador europeu tinha previsto pronunciar-se apenas mais tarde, mas acabou por antecipar a decisão, que pode abrir a porta ao arranque da vacinação na Europa, numa altura em que vários países de fora da região já o estão a fazer.

Portugal contava arrancar com o plano de vacinação contra a Covid-19 a partir de janeiro, mas tendo em conta a antecipação da reunião da EMA, o processo foi acelerado e, caso a decisão seja favorável, a vacinação poderá começar ainda este ano no país. Dos grupos prioritários aos agendamentos, passando pelo transporte e armazenamento, o ECO preparou um guia com tudo o que já se sabe sobre o plano de vacinação em Portugal.

1. Quando arranca a vacinação?

O Governo português espera começar a vacinar a população contra a Covid-19 entre 27 e 29 de dezembro, segundo anunciou a ministra da Saúde. Assim que for aprovada, a vacina da Pfizer marcará o arranque do processo de vacinação em Portugal, sendo expectável que o país receba entre 24 e 26 de dezembro o primeiro lote de vacinas, que inclui 9.750 doses desta vacina. Nas regiões autónomas, os primeiros lotes chegam na primeira semana de 2021.

2. Quantas vacinas é que Portugal vai receber?

Há vários contratos e não apenas com a Pfizer. No âmbito da aquisição conjunta da União Europeia há já seis contratos assinados, sendo que Portugal vai receber um total de 22 milhões doses de vacinas, num investimento que custará cerca de 200 milhões de euros aos cofres do Estado.

A Pfizer está entre estes seis contratos, estando previstas 4,5 milhões de doses. Os outros cinco incluem 6,9 milhões de doses da AstraZeneca/Universidade de Oxford, 4,5 milhões da Johnson&Johnson, 1,9 milhões da Moderna e quatro milhões de doses da CureVac. Quanto ao acordo com a Sanofi/GSK ainda não estão definidas quantidades.

Assim, “além da preocupação de garantir o acesso”, houve também a preocupação de “garantir um portfólio alargado de vacinas, termos várias opções disponíveis”, sublinhou Rui Ivo, presidente do Infarmed, na apresentação do Plano de Vacinação contra a Covid-19, a 3 de dezembro.

3. As vacinas chegam todas ao mesmo tempo?

Não. As vacinas não chegam todas ao mesmo e não há garantias que venham sequer. Estes contratos só são acionados a partir do momento em que as recebam aprovação do regulador europeu. Por exemplo, das 4,5 milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNTech, Portugal vai receber cerca de 313 mil doses até janeiro, sendo que esta encomenda apenas vai permitir vacinar 139 mil pessoas nesse período, segundo a atualização ao plano nacional de vacinação contra a Covid-19, disponibilizado pelo Ministério da Saúde ao ECO.

4. Como vai ser feito o transporte e armazenamento?

O transporte das vacinas até aos centros de vacinação vai contar com a participação das forças de segurança que serão responsáveis por criar “um dispositivo de desembaraçamento do trânsito”, de modo a facilitar o deslocamento, e no caso de transportes críticos caso seja necessário ajudar no “apoio aéreo”, de acordo com Francisco Ramos, coordenador do plano de vacinação contra o novo coronavírus. Todo o processo de transporte e armazenamento das vacinas vão estar sob fortes medidas de segurança e algum secretismo.

Os locais de carga e descarga, bem como de armazenamento estarão sujeitos a “vigilância policial, segurança de área e segurança de instalações”, sendo que caso se justifique haverá inclusivamente “acreditação das pessoas com acessos aos locais”, esclarece o plano. Também nos centros de vacinação, as forças de segurança terão um papel importante, por forma a “zelar pela segurança no local” e “evitar concentrações” de pessoas que quebrem as regras do distanciamento social.

5. Quem será vacinado primeiro?

O Plano de Vacinação apresentado no início de dezembro já tinha definido quais os grupos prioritários neste arranque de vacinação, mas entretanto foi conhecido que as primeiras doses da vacina da Pfizer chagariam a Portugal ainda este mês. Na quinta-feira, a ministra da Saúde adiantou que a primeira encomenda de 9.750 doses destina-se aos profissionais de saúde. Incluem-se profissionais, nos centros hospitalares de Lisboa Central e São João, que “estão diretamente envolvidos na prestação de cuidados a doentes”. Mas as informações são ainda indicativas.

O calendário aponta para que estes sejam vacinados entre janeiro e fevereiro. As segundas doses chegam entre final de janeiro e março, sendo que o grupo que se segue são profissionais e residentes em lares, bem como outros profissionais de saúde, nomeadamente de unidades de cuidados intensivos e intermédios, serviços de urgência, unidades de transplante, serviços de oncologia e hemato-oncologia, unidades de neonatologia, entre outros. Este grupo abrange 250 mil pessoas. Outros profissionais do primeiro grupo prioritário (como as forças de segurança, por exemplo) começam a ser vacinados a meio de fevereiro.

Ao mesmo tempo, pessoas com 50 ou mais anos com pelo menos uma das seguintes patologias: insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal e doença respiratória crónica com suporte ventilatório, recebem a primeira dose da vacina entre fevereiro e março, enquanto a segunda dose será administrada a partir do início de março, não havendo previsão quando termina. Este grupo abrange cerca de 400 mil pessoas com vulnerabilidades pré-existentes.

Ao todo, a primeira fase prevê a vacinação de 950 mil pessoas, num processo que deverá prolongar-se até abril e está dependente da chegada das encomendas. Está também condicionada pela chegada da vacina da Moderna.

6. Quem são os segundos e terceiros grupos prioritários?

Os segundos e terceiros grupos prioritários poderão ser vacinados entre março e abril ou de junho a julho, consoante os desenvolvimentos das aprovações e entregas de encomendas. Estarão abrangidas 2,7 milhões de pessoas que se distribuem da seguinte forma:

  • Com 65 ou mais anos sem qualquer outra patologia, reconhecendo que os idosos são o grupo mais vulnerável. Neste patamar são abrangidas 1,8 milhões de pessoas.
  • E dos 50 até aos 64 anos com diabetes, neoplasia maligna ativa, doença renal crónica, insuficiência hepática, obesidade, hipertensão arterial e ainda com a possibilidade de se vir a incluir outras patologias. Este grupo abrange 900 mil pessoas.

Numa terceira fase (ainda sem data) deverá acontecer a vacinação do resto da população, caso seja possível confirmar o ritmo de abastecimento de vacinas com que o Governo está a trabalhar. Se o processo acontecer de forma mais lenta então será necessário voltar a criar novos grupos prioritários com as pessoas que faltem, explicou Francisco Ramos, coordenador do Plano de Vacinação.

7. Como serão contactados os utentes?

Os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde vão encarregar-se de disponibilizar aos Agrupamentos dos Centros de Saúde uma listagem dos utentes sinalizados para a vacinação contra o novo coronavírus, sendo que esta seleção vai ser feita com base em critérios definidos pela Direção-Geral da Saúde, por fase e unidade de saúde.

8. Como vai ser realizado o agendamento?

Caberá aos centros de saúde contactar os utentes. Estes serão contactados por SMS para indicarem se desejam ou não ser vacinados. Se responder que sim ser-lhe-á sugerido um agendamento, com hora, local e dia. Já se responder que não, não será feito o agendamento, mas se não responder haverá um contacto telefónico para determinar o interesse.

9. Vacinação é obrigatória? E paga-se?

A vacinação vai ser “facultativa, gratuita e distribuída a toda a população”. Numa primeira fase, as vacinas vão ser administradas no Serviço Nacional de Saúde, nos 1.200 pontos de vacinação que existem em todo o país, isto é, centros de saúde. Ainda assim, os residentes e profissionais de lares, bem como internados em unidades de cuidados continuados serão vacinados nesses locais, sendo que a vacinação estará a cargo das equipas de enfermagem, caso não seja possível os profissionais de centros de saúde deslocar-se-ão a estes locais.

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Saiba os preços que vão mudar na sua casa em 2021

O novo ano traz várias alterações nas despesas da casa. Os preços da luz vão descer, enquanto as telecomunicações deverão aumentar para alguns clientes. Se arrenda casa, vai continuar a pagar o mesmo.

A chegada de um novo ano costuma trazer novidades ao nível dos preços. Para além dos transportes e dos preços básicos do dia-a-dia, é também nas despesas do lar que estas alterações se refletem mais de ano para ano. Para 2021, perspetiva-se o congelamento das rendas e a redução dos encargos com eletricidade. Mas há também despesas que deverão aumentar, como é o caso da mensalidade das telecomunicações.

Fatura da luz encolhe 0,6% e há alívio do IVA

Os preços da luz vão encolher 0,6% a 1 de janeiro, ditou o regulador dos serviços energéticos. Mas, apesar de já existir menos de um milhão de clientes no mercado regulado (o que conta para esta atualização), as taxas definidas costumam servir de referência para o mercado liberalizado.

A somar a esta descida, desde dezembro que as famílias portuguesas beneficiam de um alívio no IVA da eletricidade. É agora aplicada uma taxa intermédia (de 13% no continente) na fatura dos consumidores com potências contratadas até 6,9 kVA, a incidir apenas sobre os primeiros 100 kWh consumidos em cada mês. A restante energia consumida é taxada com o IVA normal, de 23%.

Adesão às moratórias alargada até março

As famílias portuguesas podem aderir às moratórias no crédito até 31 de março, uma decisão tomada pelo Governo depois de receber “luz verde” da Autoridade Bancária Europeia.

As moratórias no crédito permitem às famílias empurrar até setembro de 2021 o pagamento dos empréstimos que contraíram, mês em que está previsto o fim deste regime.

Segundo estimativas do Banco de Portugal, os portugueses poderão adiar para setembro um montante na ordem dos 2.000 milhões de euros, sendo 4% do valor correspondente a juros não pagos.

Renda da casa não mexe em 2021

Se está sujeito a um contrato de arrendamento, temos uma boa notícia para si. As rendas não vão ser alvo de atualização no próximo ano, depois de a inflação nos 12 meses terminados em agosto ter-se fixado em terreno negativo.

Este congelamento ganha ainda mais relevância tendo em conta que há cinco anos consecutivos que as rendas sobem por via da atualização anual, que acontece em janeiro.

A lei prevê que os senhorios possam fazer atualizações anuais das rendas cobradas aos inquilinos à luz da taxa de inflação. Em 2020, as rendas subiram 0,51%, depois de um aumento de 1,15% em 2019 e de 1,12% em 2018.

Fatura das telecomunicações pode subir

A mensalidade das telecomunicações pode subir, dependendo do seu contrato e prestador de serviço. Se é cliente da Meo, é possível que o preço do seu pacote fique mais caro a partir de 1 de janeiro.

A operadora da Altice Portugal comunicou a alguns clientes que vai atualizar as mensalidades de alguns pacotes em 2021 à luz da taxa de inflação. O aumento mínimo estipulado pela operadora é de 50 cêntimos, pelo que, com o índice de preços no consumidor a rondar valores negativos, é provável que esse seja mesmo o valor da subida para os clientes abrangidos pela atualização anual, que está em linha com aquela que foi feita em 2020.

Contas feitas, tendo em conta uma fatura de triple play (TV + Net + Telefone) de 33,99 euros este ano, a mesma fatura deverá passar a custar 34,49 euros já a partir de janeiro, ou seja, uma subida de, exatamente, 50 cêntimos.

Em novembro, fonte oficial da Nos garantiu ao ECO que a empresa não tenciona mexer nos preços em janeiro de 2021 e não era imediatamente claro o que tenciona fazer a Vodafone.

Serviços de streaming mais caros

Algumas plataformas de streaming de conteúdos vão pesar mais na carteira ao final do mês. É o caso do serviço Disney+, que anunciou a intenção de subir a mensalidade em dois euros a partir de fevereiro de 2021.

A mensalidade da plataforma da Disney passa, deste modo, para os 8,99 euros por mês, em resultado da adição de novos conteúdos da marca Star. A subida é transversal à generalidade dos países europeus.

Para os fãs do desporto, desde novembro que a mensalidade da Eleven está mais cara. A plataforma custa agora mais um euro, ou 10,99 euros por mês. Mas foi também criado um passe para 48 horas, que custa 6,99 euros, para quem quer assistir apenas a conteúdos específicos.

Não se perspetivam mudanças nos preços de outras plataformas de streaming populares. Mas não quer isso dizer que não possam acontecer.

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5 coisas que vão marcar o dia

Há mudanças no PSI-20 e no S&P 500, num dia em que serão conhecidos dados dos preços das telecomunicações na Europa. A Agência Europeia do Medicamento pronuncia-se sobre a vacina da Pfizer.

O dia é de mudanças nas bolsas. Apesar de arrancar uma das semanas com menor liquidez do ano, há alterações para o PSI-20, que assiste ao regresso da Ramada, e para o S&P 500, que dá as boas-vindas à Tesla. É também dia de saber se os portugueses pagam mais ou menos que os restantes cidadãos europeus pelas telecomunicações. E há “luz verde” à vacina contra a Covid-19.

PSI-20 ganha mais uma cotada, a Ramada

O PSI-20, que há muito tempo não conta com as 20 empresas que lhe dá nome, tinha 18 cotadas, mas ficou sem uma recentemente quando a Sonae Capital saiu, pelo que era necessário promover uma empresa do PSI Geral. A sorte saiu à Ramada Investimentos, que regressa esta segunda-feira cerca de sete meses depois de ter sido excluída.

Tesla estreia-se no S&P 500

Nos EUA, a Tesla vai integrar o índice bolsista alargado S&P 500. Com base no valor de mercado à data no final do dia de segunda-feira, de 635 mil milhões de dólares, a fabricante de automóveis elétricos vai ficar mesmo entre as primeiras 10 empresas deste índice de referência assim que entrar. A empresa de Elon Musk passou a ser elegível para integrar o S&P 500 depois de no segundo trimestre deste ano ter apresentado lucros pelo quarto trimestre consecutivo.

Preços das telecomunicações na Europa

O Eurostat divulga esta segunda-feira dados que poderão reacender uma frente de “batalha” entre a Anacom e as operadoras. O gabinete de estatísticas europeu vai publicar dados dos preços das telecomunicações nos países da União Europeia, menos de um mês depois de o regulador português ter alertado que Portugal está “entre os países europeus” com os preços mais caros.

Arrancam candidaturas a rendas acessíveis Lisboa

A partir desta segunda-feira já pode inscrever-se em mais uma edição do Programa de Renda Acessível (PRA) da Câmara de Lisboa (CML), que promete “preços que as pessoas podem pagar”, como tem referido várias vezes Fernando Medina. O processo é feito através do site Habitar Lisboa, numa plataforma criada especialmente para esse efeito. Cerca de um ano depois da 1.ª edição, a 12 de dezembro do ano passado, a CML arranca hoje com a 4.ª edição.

Vacina da Pfizer tem “luz verde”

Este é também um dia chave para o combate à pandemia. A Agência Europeia do Medicamento vai pronunciar-se sobre a vacina da Pfizer contra a Covid-19 e deverá aprovar a administração na Europa, numa altura em que vários países já estão a preparar a logística para o fazer entre a última semana de dezembro e o início de janeiro. Portugal planeia começar a vacinar a população entre 27 e 29 de dezembro, depois da chega de um primeiro lote de 9.750 vacinas da Pfizer, a 26 de dezembro. O primeiro grupo a ser vacinado no país será focado nos profissionais de saúde, adiantou Marta Temido.

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O ano está a acabar, mas ainda vai a tempo de poupar no IRS

  • ECO
  • 21 Dezembro 2020

Ainda está a tempo de reduzir a fatura ou aumentar o valor do reembolso de IRS. Veja algumas sugestões para aplicar até ao final do ano.

Os portugueses deverão submeter a sua declaração de IRS referente a 2020 entre os meses de abril e junho do próximo ano. Porém, e embora o ano esteja mesmo a terminar, ainda é possível tomar algumas medidas de forma de otimizar a sua fatura fiscal.

Seja algo tão simples como ter o NIF em todos os recibos para alcançar o benefício máximo nas despesas gerais, seja pedir a fatura com o número de contribuinte em serviços específicos, onde pode reaver parte do IVA pago, até à subscrição de produtos com benefícios fiscais, são várias as formas de pôr o IRS a “trabalhar” para si.

Ernesto Pinto, especialista em fiscalidade da Deco Proteste, dá ao ECO algumas sugestões sobre como emagrecer a fatura da pagar ao Fisco ou, porventura, a aumentar o “cheque” do reembolso.

Fatura com número de contribuinte? Sim, por favor!

Nos dias que restam para chegarmos ao fim de 2020, Ernesto Pinto aconselha que todas as faturas sejam pedidas com número de contribuinte, de forma a ser possível associar os gastos a cada cidadão. Isto porque “nunca sabemos quando atingimos o limite máximo” de 250 euros de reembolso respetivo a cada um dos dois tipos de despesa já explicados anteriormente. Além do mais, este é um “procedimento quase automático”, não exigindo um esforço adicional ao contribuinte.

Valide todas as suas despesas no e-Fatura

Uma verificação e discriminação de todas as despesas que lhe são associadas no e-Fatura também podem ser importantes para a sua poupança. Isto porque algumas destas faturas acabam por não ser dedutíveis pelo simples facto de ficarem num estado “pendente”, ou seja, por não serem automaticamente associadas ao tipo de despesa a que dizem respeito.

É o que acontece com as compras feitas em grandes superfícies comerciais, pelo facto da sua oferta se dividir pelo “retalho, saúde, educação, alimentação, entre outros”, em que poderá reaver parte do IVA suportado. Nestes casos, essa especificação tem de ser feita pelo contribuinte, tal como refere Ernesto Pinto, pois “a Autoridade Tributária não sabe aquilo que consumimos, apenas sabe a taxa de IVA que é aplicada aos produtos”. Esta validação terá de ocorrer, depois, até ao dia 25 de fevereiro de 2021.

Investir em PPR’s

Se noutros tempos havia uma variedade de aplicações financeiras que poderiam trazer benefícios fiscais a quem nelas investia, atualmente já não acontece da mesma forma. Ainda assim, com os PPR’s (Planos de Poupança e Reforma) isso continua a acontecer, sendo uma boa opção para quem tem disponibilidade económica para tal.

Para além de ser vantajoso numa perspetiva de investimento, também o é no que toca à “devolução do benefício fiscal”, podendo render uma quantia extra aos contribuintes, como explica o especialista da Deco Proteste. E se esse investimento for feito “pelo montante que permite o benefício fiscal máximo”, existe “um retorno de 20%, pois esse é o valor da dedução associada”.

Vender ações… para voltar a comprá-las de seguida?

Existe uma outra situação que, dentro de toda a legalidade e para quem costuma investir no mercado acionista, acaba por ser fiscalmente benéfica. Primeiro, lembre-se como o imposto cobrado ao investidor tem por base os seus ganhos e as suas perdas (isto é, as mais valias e as menos valias). Por essa razão, caso o investidor tenha certas ações que dão prejuízo, contrastando com outras lucrativas, a solução pode passar pela venda das primeiras, mesmo que a sua intenção seja mantê-las na sua carteira, por esperar “que um dia as coisas melhorem”.

Nesse caso, como esclarece Ernesto Pinto, o investidor pode até mesmo “voltar a comprá-las no mesmo dia”, sabendo, no entanto, que o imposto agora passará a incidir apenas na diferença existente entre o dinheiro perdido através dessa compra e os ganhos provenientes das suas ações lucrativas. Ou seja, os custos fiscais acabam por ser menores.

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83% dos despedimentos coletivos foram feitos por micro e pequenas empresas

Nos primeiros 10 meses do ano, foram comunicados mais de 580 despedimentos coletivos, dos quais quase 83% por micro ou pequenas empresas.

Apesar dos apoios ao emprego lançados pelo Governo, a pandemia fez disparar os despedimentos coletivos, que atingiram o nível mais elevado desde 2014. Até ao final de outubro, foram comunicados mais de 580 processos deste tipo, dos quais quase 83% por micro e pequenas empresas, de acordo com os dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT).

Nos primeiro três trimestres de 2020, foram comunicados 584 despedimentos coletivos, dos quais 234 por microempresas, 248 por pequenas empresas, 79 por médias empresas e 23 por grandes empresas. Ou seja, 83% dos procedimentos foram feitos por micro e pequenas empresas, indicam os dados da DGERT.

Mais detalhadamente, as microempresas são responsáveis por uma fatia de cerca de 40% dos despedimentos coletivos comunicados até ao fim de outubro. E além disso, foi entre estes empregadores que se verificou um salto mais significativo face a 2019: de 89 procedimentos para 234, ou seja, uma subida de 162,92%.

O Governo admitiu, recentemente, que o apoio à retoma progressiva — o regime desenhado para proteger os postos de trabalho face ao impacto da crise pandémica e travar, nomeadamente, os despedimentos coletivos — é “pouco adequado” à realidade das microempresas, já que estas têm “poucos trabalhadores e dificuldade em fazer a gestão”.

Em alternativa, o Executivo irá lançar, no primeiro semestre de 2021, um novo incentivo a fundo perdido para as microempresas com quebras de, pelo menos, 25%, que equivalerá a dois salários mínimos por trabalhador, isto é, 1.330 euros por posto de trabalho. Em contrapartida, estas empresas ficarão impedidas de avançar com despedimentos coletivos.

Despedimentos coletivos em máximos de 2014

O número de despedimentos coletivos comunicados nos primeiros dez meses de 2020 (584) é o mais elevado desde 2014, ano em que foram registados 664 processos deste tipo. Ainda assim, o valor verificado até outubro deste ano está longe daquele registado no pico da crise anterior: 1.269 despedimentos coletivos em 2012.

Face a 2019, o número de despedimentos coletivos registados até agora mais do que duplicou, apesar de o Governo ter fixado como condição de atribuição dos vários apoios lançados em resposta à pandemia a proibição do recurso a este tipo de despedimento.

Foi o que aconteceu no lay-off simplificado — regime ao qual aderiram mais de 100 mil empregadores em crise empresarial — e no apoio à retoma progressiva — sucedâneo do lay-off simplificado. Nestes regimes, o empregador compromete-se a não fazer despedimentos coletivos nem por extinção do posto de trabalho até 60 dias após a aplicação destes apoios, podendo, em troca, reduzir os horários de trabalho e receber uma ajuda para o pagamento dos salários.

Esse compromisso explica, por exemplo, que no fim do verão o ministro da Economia tenha assegurado, em resposta às críticas dos sindicatos, que os despedimentos coletivos não estavam a subir significativamente. Na ocasião em que Siza Vieira deixou essa garantia, estavam disponíveis apenas os dados relativos ao período terminado em agosto, altura em que as muitas empresas que tinham aderido, na primavera, ao lay-off simplificado ainda estavam proibidas de seguir por esse caminho.

No entanto, em setembro, o número de procedimentos de despedimento coletivo comunicados disparou, em cadeia, quase 89% (de 35 em agosto para 66). E em outubro, voltou a ultrapassar a fasquia dos 60 despedimentos coletivos (foram comunicados 63 processos nesse mês). Estes são os valores mais elevados desde abril, altura em que a pandemia começou a impactar com mais gravidade a economia nacional e em que foram registados 140 procedimentos.

Estes saltos coincidem precisamente com o fim do referido “período de nojo” pós lay-off simplificado em que não era possível fazer despedimentos coletivos.

Por exemplo, uma empresa que tenha aderido ao lay-off em abril pode ter gozado deste regime por três meses de apoio até junho. Aos empregadores que esgotaram a ajuda nessa altura (final de junho), o Governo deu um mês “extra” apoio, possibilitando que continuassem a usufruir do regime em julho. Ou seja, durante esses quatro meses as empresas não puderam avançar com despedimentos coletivos. Também não o puderam fazer nos 60 dias seguintes, que cobriram os meses de agosto e setembro. No caso de terem deixado o lay-off em junho, ficaram impedidas de avançar com despedimentos até agosto.

Tudo somado, só desde setembro (ou outubro, dependendo do momento de saída do lay-off simplificado), as empresas que aderiram ao regime em causa no início da pandemia podem fazer despedimentos coletivos. Precisamente a ocasião em que a DGERT reporta ter havido novo um pico de despedimentos comunicados.

Os dados disponibilizados pela DGERT indicam, por outro lado, que no conjunto dos primeiros três trimestres de 2020, foram despedidos 5.964 trabalhadores por despedimentos coletivos (número que inclui também trabalhadores despedidos no âmbito de procedimentos iniciados em 2019 que só foram objeto de decisão em 2020). Tanto em número de trabalhadores despedidos, como de procedimentos comunicados, Lisboa e Vale do Tejo aparece no topo da tabela, seguindo-se a região Norte.

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Reservas na TAP para o Natal e fim de ano caíram 70%

A TAP revela que as marcações são sobretudo para visitar familiares. Em termos de lazer, “a procura é ainda muito incipiente". Entretanto, a alemã Lufthansa reforçou a oferta de voos para Portugal.

As viagens de avião por motivos de lazer estão a ser fortemente afetadas pela pandemia e impedem a recuperação da atividade da TAP na quadra festiva. As reservas para o período do Natal e do fim de ano estão muito abaixo do que a companhia aérea registou no ano passado e, em larga medida, os passageiros apenas deslocam-se para visitar familiares e amigos.

As reservas estão 70% abaixo do ano passado“, explica fonte oficial da TAP ao ECO. “Mas temos vindo a aumentar as vendas desde meados de novembro para voar em dezembro e janeiro, sobretudo no segmento VFR (Visit Friends and Relatives) das diversas comunidades. Em termos de Lazer, a procura é ainda muito incipiente“.

Apesar de a TAP ter reforçado a oferta para este período que é tipicamente de maior procura, o negócio está muito abaixo dos níveis pré-pandemia, em linha com o que tem acontecido nos últimos meses. Em novembro, a TAP transportou 247.896 passageiros de e para aeroportos nacionais. O número representa uma quebra de 29% face ao mês anterior, mas de 83,2% em relação a novembro de 2019, de acordo com dados da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC).

"As reservas estão 70% abaixo do ano passado. Mas temos vindo a aumentar as vendas desde meados de novembro para voar em dezembro e janeiro, sobretudo no segmento VFR (Visit Friends and Relatives) das diversas comunidades. Em termos de Lazer, a procura é ainda muito incipiente.”

Fonte oficial da TAP

Tal como a companhia aérea portuguesa, também a alemã Lufthansa reforçou a oferta de voos para Portugal na quadra natalícia. A empresa — que é tida como potencial parceira na TAP após a reestruturação — registou um disparo de 400% nas reservas no final de novembro, “particularmente para destinos como África do Sul, Namíbia, Ilhas Canárias, Madeira e destinos solarengos no Mediterrâneo, mas também zonas de neve no norte da Finlândia”.

“A Lufthansa está a responder ao aumento da procura com novos voos de e para destinos na Europa, mas também aumentando a frequência das ligações existentes em condições favoráveis”, diz a companhia. Entre as rotas que foram reforçadas pela empresa alemã estão os voos de Frankfurt para a Madeira, bem como de Frankfurt e Munique para Faro.

Mais de metade dos passageiros viajaram antes da pandemia

Fonte: ANAC

A aviação foi um dos setores mais afetados pela pandemia que levou às restrições nas viagens. Desde o início do ano, a TAP transportou menos de 5,2 milhões de pessoas, sendo que mais de metade da atividade diz respeito a janeiro e fevereiro. O pior mês foi mesmo abril, em que o número de passageiros não chegou sequer aos cinco mil. O plano de reestruturação a que a empresa será sujeita antecipa que sejam transportados apenas 28% dos passageiros de 2019.

Para tentar contrariar a tendência, a TAP lançou no início do mês uma campanha de aniversário, com o mote de viagens a 75 euros no ano em que celebra 75 anos. A promoção esteve disponível entre 9 e 12 de dezembro, com 75 mil lugares disponíveis. Devido à pandemia, a campanha incluía alterações gratuitas ao destino ou datas até 31 de maio do próximo ano. Esta foi uma tentativa de retomar o negócio, numa altura em que as perspetivas de retoma para o setor são incertas e estão fortemente dependentes da evolução da pandemia.

No plano de reestruturação enviado a Bruxelas, o Governo espera que a atividade da TAP só se aproxime dos níveis pré-pandemia em 2025, no mesmo ano em que antecipa os primeiros lucros. O cenário base é que a TAP tenha, até lá, perdas acumuladas de receitas no montante de 6,7 mil milhões de euros. Estas perspetivas para os próximos anos essas perdas que levam a que a companhia aérea vá precisar de um total entre 3.414 milhões e 3.725 milhões de euros de ajuda pública.

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Governo aplica restrições à entrada de passageiros do Reino Unido

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2020

Depois do anúncio de uma nova estirpe da Covid-19 no Reino Unido, Portugal junta-se a outras países e limita a entrada de passageiros oriundos daquele território.

O Governo decretou restrições à entrada em Portugal de passageiros de voos provenientes do Reino Unido, que passa a ser permitida apenas a cidadãos nacionais ou legalmente residentes em Portugal, anunciaram os ministérios da Administração Interna e da Saúde. A restrição, com efeito a partir das 00:00 de segunda-feira, foi decretada na sequência da evolução epidemiológica no Reino Unido, onde foi identificada uma variante mais contagiosa do novo coronavírus que provoca a doença covid-19.

À chegada a Portugal, os passageiros que cumpram esses requisitos de entrada, têm ainda de apresentar um teste laboratorial de rastreio negativo ao SARS-Cov-2.

Segundo comunicados divulgados pelo MAI e pelo Ministério da Saúde, em caso de não serem portadores do comprovativo do teste negativo, os cidadãos serão “encaminhados pelas autoridades competentes” para “a realização do referido teste no interior do aeroporto, através de profissionais de saúde habilitados para o efeito”, ficando em isolamento.

Em Portugal não se confirma a circulação desta nova variante vírus detetada no Reino Unido, avançam os dois ministérios, que citam dados obtidos pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, que “já englobam análise de amostras do mês de novembro e da segunda vaga”.

A medida de restrição à entrada de passageiros oriundos do Reino Unido “será atualizada de acordo com a evolução da situação”, adiantam ainda os comunicados dos ministérios.

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Marmalade lança seguro pay-as-you-go para condutores jovens

  • ECO Seguros
  • 20 Dezembro 2020

A solução visa satisfazer segmento específico da procura: jovens automobilistas sem carro próprio e que, utilizando automóveis da família ou outra pessoa, paguem só pelas distâncias percorridas.

A britânica Marmalade, pioneira em soluções de telemática especificamente dirigidas a jovens automobilistas, lançou um novo seguro para condutores, que cobra apenas pelos quilómetros de condução ao volante (“pay as you go”).

A contagem da distância percorrida é feita com recurso a tecnologia telemática – uma espécie de “caixa negra” que regista o comportamento de condução e que a empresa lançou no mercado há mais de dois anos, através da associação britânica de corretores (BIBA) -, e que comunica através de aplicações (Marmalade App & Tag) licenciadas pela companhia e que são acessíveis por smartphone.

A nova apólice da corretora britânica é apontada como sendo a primeira do género no Reino Unido, possibilitando que os automobilistas paguem apenas pelos quilómetros percorridos na utilização de veículos de que não sejam o condutor habitual.

A solução apresentada pretende responder à procura de seguros “à medida” por jovens com pouco tempo licença de condução e que, não estando em condições de pagar por carro próprio, queiram ter a liberdade de utilizar um automóvel da família (ou emprestado por outra pessoa) sem terem de assumir gastos incomportáveis, explicou Crispin Moger, CEO da Marmalade.

Subscrita pela Ageas Insurance, a apólice supõe modalidade inicial de 500 milhas (cerca de 805 km) por 195 libras esterlinas (215 euros). A companhia afirma tratar-se da solução mais competitiva no mercado para automobilistas que façam um total de 3500 milhas por ano (cerca de 5,6 mil quilómetros).

Segundo anunciado, a nova solução permite aos jovens automobilistas (titulares de licença de condução e com até 30 anos de idade) pouparem no que pagam pelos prémios de seguro, em particular quando utilizam automóveis emprestados pelos pais ou outros familiares.

As funcionalidades dos sistemas Marmalade app & tag permitem que o condutor mantenha um registo dos quilómetros que faz, reforço automático da quilometragem contratada e, caso não registe sinistros, ainda pode beneficiar de descontos anuais.

 

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Mazars envolve partners e reforça presença nos seguros

  • ECO Seguros
  • 20 Dezembro 2020

A consultora que trabalha para a Zurich, Caravela, Abarca, Metlife e UNA promoveu colaboradores a associate partners para reforçar a área que inclui o setor dos seguros.

A Mazars empresa de auditoria, fiscalidade e consultoria, nomeou dois novos associate partners para a área de Financial Services Audit. Pedro Jesus e Filipe Carvalho vão partilhar a responsabilidade de gestão e crescimento da área com o atual Head of Financial Services Audit, Fernando Vieira.

O crescimento da equipa exclusivamente dedicada à prestação de serviços de auditoria e assurance aos setores da banca, seguros, gestão de ativos e private equity “demonstra o forte compromisso da Mazars no desenvolvimento desta área de atividade” e tem como objetivo “constituir-se como uma verdadeira alternativa às opções existentes no mercado, já reconhecida pelos seus atuais clientes”.

Pedro Jesus e Filipe Carvalho: Promoção a associate partners da Mazars significa maior envolvimento na aposta na área de Financial Services Audit.

Fernando Vieira, Partner e Head of Financial Services Audit da Mazars, afirma “que a aposta na área de Financial Services Audit encontra-se integrada num plano estratégico a curto-médio prazo da Mazars em Portugal, com destaque para o reforço dos seus recursos técnicos e captação de novos clientes, com vista ao desenvolvimento desta área”.

Pedro Jesus é formado Gestão pelo ISCTE e Revisor Oficial de Contas. Iniciou a sua atividade profissional em 2003 e no ano seguinte ingressou na Mazars desenvolvendo na atividade de auditoria numa carteira de clientes repartido entre vários setores de atividade onde se incluem empresas do setor segurador. Filipe Carvalho licenciado em Gestão pelo ISEG, iniciou a sua carreira na Deloitte, integrando a depois o escritório de Londres da Mazars, tendo regressado a Portugal em 2016. É atualmente Associate Partner, responsável pela gestão de uma carteira de clientes que engloba diferentes tipos de entidades do setor financeiro, repartindo também a responsabilidade pela gestão do departamento de Financial Services Audit da Mazars.

O envolvimento da Mazars em Portugal na atividade de seguros intensificou-se a partir do ano de 2013, quando foi nomeada Revisor Oficial de Contas do Grupo AXA em Portugal, consolidando uma presença no mercado onde anteriormente apenas estava presente enquanto Auditor da seguradora do Grupo BNP Paribas (Cardif). Atualmente assegura os trabalhos de auditoria à Zurich Vida, Caravela, Abarca e à sucursal em Portugal da Metlife, tendo igualmente desempenhado a função de Revisor Oficial de Contas na Una Seguros, anteriormente denominada Groupama. Para além dos trabalhos de revisão legal das contas assegura igualmente os trabalhos de assurance no âmbito do processo de relato do Revisor Oficial de Contas à ASF, sobre a Solvência e a Situação Financeira das Companhias de Seguros.

Para a Mazars, o maior desafio que o setor enfrenta é “gerir a incerteza e o risco que o acompanha. Mudanças tecnológicas, um panorama regulatório em constante mudança e um cenário económico incerto, estão a ter um impacto significativo no setor”.

A empresa refere que ao nível dos serviços de Auditoria o mercado nacional é pequeno e de difícil entrada, uma vez que as grandes seguradoras presentes em Portugal são controladas por grandes instituições nacionais ou internacionais. Assim, para a Mazars o desenvolvimento da área seguradora passará sobretudo pela procura de crescimento na prestação de serviços non audit. Com o maior apoio e envolvimento de Pedro Jesus e Filipe Carvalho “procuraremos desenvolver sobretudo os serviços non audit a diversos níveis”, conclui um comunicado da consultora.

Baseada na Europa, a Mazars está presente em mais de 90 países e territórios e conta com 40.400 profissionais – 24.400 no partnership integrado e 16.000 na Mazars North America Alliance.

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