Deco quer intervenção dos partidos nas comissões do MB Way

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2020

Associação de defesa dos consumidores diz que os valores cobrados pelos bancos nas transferências através do MB Way são “manifestamente desproporcionados”.

A Deco pediu a intervenção dos partidos com assento parlamentar por causa da cobrança de comissões bancárias pelo uso do serviço MB Way, considerando que os valores aplicados nas transferências são “manifestamente desproporcionados”.

“Estes valores contrariam o princípio da gratuitidade que deveria ser inerente a esta aplicação que, de alguma forma, replica a utilização do Multibanco”, escreve a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco), que lembra que o Banco de Portugal já recebeu mais de 33 mil reclamações.

Lembra que já em abril do ano passado tinha criticado o início da cobrança de comissões bancárias pela utilização do serviço MB Way, exigindo a limitação de custos associados a todas as formas de pagamento e transferências.

“A maior parte dos principais bancos já cobra pelas transferências através da app MB Way. É o caso do BPI (€ 1,20), Caixa Agrícola (25 cêntimos), Millenium BCP (€ 1,20) e Santander (90 cêntimos)”, recorda a Deco, acrescentando que a Caixa Geral de Depósitos se juntou recentemente à lista, cobrando uma comissão de 85 cêntimos, mais 4% de imposto de selo por cada transferência realizada.

Segundo a Deco, os valores cobrados pela Caixa geral de Depósitos representam “um aumento de mais de 300% em relação aos valores previstos no anterior preçário, que nunca estiveram em vigor”.

Em resposta a esta denúncia, a CGD emitiu um comunicado esclarecendo que isenta do pagamento desta comissão cerca de 700 mil jovens até aos 26 anos, além de 1,8 milhões de clientes com Contas Caixa, e lembrando serem gratuitas as transferências realizadas por contacto através das aplicações Caixadirecta e Caixa Easy.

Para a associação, os valores das comissões aplicadas às transferências via MB Way “são manifestamente desproporcionais, violando o princípio da proporcionalidade inerente ao comissionamento bancário”.

“Depois de receber mais de 33 mil reclamações dos consumidores, o Banco de Portugal continua a ignorar a responsabilidade que lhe incumbe por lei, de zelar pelo cumprimento dos princípios da proporcionalidade, transparência e lealdade em matéria de comissionamento bancário”, sublinha a Deco, queixando-se da inação do regulador.

A Deco pede ainda uma intervenção dos partidos com assento parlamentar, solicitando até uma alteração legislativa para garantir que as comissões associadas ao serviço MB Way não ultrapassem os limites dos custos imputados aos comerciantes para pagamentos com cartões nos termos definidos pelo regulamento europeu de 2015, ou seja, “0,2% para os cartões de débito e 0,3% para os cartões de crédito”.

(Notícia atualizada às 12h58 com a resposta da Caixa Geral de Depósitos)

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Coronavírus continua a pressionar bolsas, incluindo PSI-20

Embora a propagação do vírus de pneumonia tenha desacelerado no fim de semana, investidores mantêm-se cautelosos com problema cujo impacto na economia global já se faz sentir.

O tema do surto do coronavírus na China continua a marcar a agenda dos investidores, mantendo-se a incerteza quanto à dimensão do problema e ao seu impacto na economia global. É neste cenário que as bolsas mantêm-se sob alguma pressão no arranque da semana. Praça lisboeta incluída.

O PSI-20, o principal índice português, perde 0,15% para 5.282,17 pontos, com nove cotadas em terreno negativo. Desta vez nem o grupo EDP salva. As elétricas são vistas como ações mais defensivas, sendo um refúgio dos investidores em tempos de indefinição. Depois de boas prestações na semana passada, a EDP cede 0,15% para 4,579 euros e a EDP Renováveis recua 0,33% para 12,26 euros.

Por outro lado, a Navigator, mais exposta ao enquadramento externo devido ao seu perfil exportador, é a ação que mais recua em Lisboa: desvaloriza 0,98%.

Entre as grandes cotadas nacionais, destaque ainda para a Galp e para a Jerónimo Martins: a petrolífera está em baixa de 0,65% para 13,665 euros e a retalhista cede 0,41% para 15,84 euros.

Galp em queda

A praça portuguesa acompanha o comportamento dos pares europeus. O Stoxx 600, que tem as principais companhias do Velho Continente, perde 0,3%. As perdas noutros índices europeus relevantes chegavam aos 0,4%, como acontecia em Paris (CAC-40) e Frankfurt (DAX-30).

“Este início de semana deverá assumir os contornos observados na semana anterior: os investidores europeus terão que desdobrar a sua atenção pela difusão do coronavírus e pela earnings season, que na Europa assumirá uma maior intensidade”, referem os analistas do BPI. “Será a evolução de Wall Street a desenhar a tendência dos mercados europeus”, acrescentaram.

Em relação à propagação do coronavírus, surgiram sinais de que o surto desacelerou um pouco nos últimos dias, com menos casos registados. “Mas o número total de contagiados (40.547) e o de vítimas (910) continua a ser alarmante”, sinalizam os analistas do BPI.

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Lisboa. Já são 77 as empresas que apostam numa mobilidade mais sustentável na capital

O Pacto sugere 24 medidas concretas para melhorar a mobilidade no perímetro urbano. Destas, as empresas signatárias têm de escolher duas medidas para implementar no prazo máximo de dois anos.

O Pacto de Mobilidade Empresarial para a cidade de Lisboa conta já com a assinatura de 77 empresas e instituições com operações na capital portuguesa. Além das 57 companhias que no final do ano passado disseram sim ao compromisso promovido pelo BCSD Portugal – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, pelo World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) e pela Câmara Municipal de Lisboa (CML), outras 20 juntaram-se agora ao objetivo de “contribuir para uma mobilidade mais sustentável, em Lisboa, através de medidas concretas que promovam a mobilidade na cidade, primeiro através da criação de condições para adoção de novos comportamentos e de novas soluções pelas empresas e pelos seus colaboradores, mas também através do alargamento destas medidas a fornecedores e clientes”.

No total, o Pacto sugere 24 medidas concretas para melhorar a mobilidade no perímetro urbano. Destas, as empresas signatárias têm de escolher duas medidas para implementar no prazo máximo de dois anos. Entre as sugestões do documento estão medidas tão concretas como ter duches na empresa para quem se deslocar de bicicleta para o trabalho poder tomar banho, redes de partilha de bicicletas e respetivo parqueamento, prioridade para carros elétricos ou de mobilidade partilhada, pagamento do passe para transportes públicos coletivos, promoção do trabalho remoto para reduzir deslocações de trabalhadores, migração da frota automóvel para elétricos, pontos de carregamento.

 

A segunda leva de assinaturas do Pacto de Mobilidade Empresarial para a cidade de Lisboa inclui 20 novas empresas: ALD Automotive; APCER; Avenue; Axians; BMW Portugal; Delta Cafés; DXC Technology; Eureka Coworking; FREE NOW; Glovo; Grupo BEL; Jerónimo Martins; Kapten; Lime; Power Dot; PRIO; RFF & Associados – Sociedade de Advogados, SP, RL; Sociedade Ponto Verde; Trivalor; Wyze Mobility.

Estas empresas juntam-se assim a outras 57 que em dezembro já tinham aderido ao Pacto: Accenture; Acciona; Adene; ANA – Aeroportos de Portugal; Arcadis; Banco Atlântico Europa; Barraqueiro Transportes; BNP Paribas; Brisa; Caetano Auto; Carris; Circ; Crédito Agrícola; CTT; DECO; Deloitte; DHL Express Portugal; DPD; Eaton; eCooltra; EDF Renewables Portugal; EDP; Efacec; El Corte Inglês; EMEL; Epal; EY; Fujitsu; Fundação Salesianos; Galp; Grupo Ageas Portugal; Grupo Pestana; Hertz; IKEA Portugal; Imprensa Nacional Casa da Moeda; Infraestruturas de Portugal; Kia Portugal; Logistema; Lojas Francas de Portugal, S.A.; Loyal Advisory; Mercedes-Benz Portugal; Metropolitano de Lisboa E.P.E.; Millennium bcp; Nissan Portugal; PwC; Repsol; Rodoviária de Lisboa; Santander; Schneider Electric; SGS Portugal; Siemens; Siva; Tecnoplano; TIS; TramGrid; Uber e Vodafone.

De acordo com João Wengorovius Meneses, secretário-geral do BCSD Portugal, “é tempo de agir. O Pacto de Mobilidade Empresarial fornece às empresas colaboração, inovação e metas ambiciosas. Esses são os meios que nos ajudarão a alcançar a nossa visão de cidades sustentáveis”. “Liderar com a ação, agir com rapidez e foco no impacto levar-nos-á até lá. Esta nova vaga reforça o empenho das empresas em participar num projeto conjunto com outras entidades e a vontade de aderir a iniciativas que contribuem proativamente para a melhoria da mobilidade em Lisboa”, diz.

Com estas novas adesões em fevereiro, a BCSD Portugal está também a planear a exportação da ideia de um Pacto de Mobilidade para outras cidades europeias e mundiais, como Milão ou Buenos Aires. “Trata-se de um projeto-piloto em Lisboa que o BCSD quer replicar noutras cidades interessadas, como Milão e Buenos Aires. Estamos à espera do estudo de caso de Lisboa para aplicar a réplica do Pacto de Mobilidade noutros países”, revelou ao Capital Verde João Meneses, secretário-geral do Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável.

O Pacto de Mobilidade foi criado como uma resposta ao desafio do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, para quem “a descarbonização se apresenta como o maior desafio da nossa geração. Necessitamos de reduzir as nossas emissões e tornar todos os tipos de transporte mais sustentáveis. Todos os dias contam e todas as ações são importantes”.

“O Pacto de Mobilidade Empresarial em Lisboa define o caminho para o sucesso e necessitamos que outras empresas e outras cidades do mundo utilizem este modelo para a sua própria transformação e para apoiar o crescimento inclusivo e sustentável”, disse Peter Bakker, presidente e CEO do WBCSD, em comunicado. Segundo Miguel Gaspar, Vereador da Mobilidade da Câmara Municipal de Lisboa, “a cidade irá fornecer as condições necessárias para garantir que os compromissos serão mensurados e que o diálogo continue”.

Também para o setor privado a assinatura deste Pacto é bastante relevante: “Enquanto líderes de algumas das empresas mais sustentáveis do mundo, devemos intensificar os esforços e trabalhar com outras empresas, clientes, cadeias de valor e cidades, de forma a alavancar o desenvolvimento de soluções concretas e alcançar a transformação da mobilidade sustentável”, afirmou António Mexia, CEO da EDP, no mesmo comunicado.

“A transformação faz-se com persistência e com coerência, e Lisboa dá-nos um bom exemplo de ambas, quando a Câmara mantém a agenda que definiu para si própria, e quando a Câmara, as empresas e o WBCSD são capazes de materializar no presente, aquilo que já foi só uma visão de longo prazo”, disse por seu lado Vasco de Mello, Presidente e CEO da Brisa.

Sobre a exportação do projeto, Peter Oosterveer, CEO da Arcadis, disse ter “a ambição de desenvolver Pactos de Mobilidade Empresarial noutras cidades do mundo, utilizando a cidade de Lisboa como modelo de sucesso para a colaboração público-privada”.

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Coronavírus já custou mais de 130 mil milhões à restauração, turismo e entretenimento na China

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2020

O surto do coronavírus na China custou cerca de 131 mil milhões de euros aos setores restauração, turismo e entretenimento, durante as férias do Ano Novo Lunar.

O surto do coronavírus na China custou mais de um bilião de yuan (131 mil milhões de euros) aos setores restauração, turismo e entretenimento, durante as férias do Ano Novo Lunar, estimou um conhecido economista chinês.

O surto do novo coronavírus, que já matou 908 pessoas e infetou outras 40 mil na China continental – exclui Macau e Hong Kong – forçou à colocação em quarentena de cidades inteiras e ao encerramento de milhões de restaurantes, hotéis e estabelecimentos comerciais.

As receitas dos restaurantes e retalhistas, que no ano passado se fixaram mais de um bilião de yuan (131 mil milhões de euros) durante os dias de férias, caíram este ano para metade, estimou num relatório Ren Zeping, economista-chefe e diretor da unidade de investigação Thinkgroup Evergrande.

A maior cadeia de fondue da China, o Haidilao International Holding, ou as multinacionais MacDonalds e Starbucks, encerraram parte ou a totalidade dos seus estabelecimentos, durante o período do Ano Novo Lunar, que este ano calhou entre 24 de janeiro e 30 de fevereiro.

No final de junho, o Haidilao operava 550 restaurantes, em 116 cidades da China continental. O Jiumaojiu Group, outro operador de restaurantes listado na bolsa de Hong Kong, encerrou mais de 300 restaurantes.

Associações de restauradores de Cantão, a capital da província de Guangdong, que faz fronteira com Macau, apelaram já aos senhorios que abdicassem ou reduzissem o valor das rendas durante os próximos dois meses.

O grupo chinês Wanda Group, proprietário de mais de 300 centros comerciais em todo o país, renunciou a quase 4 mil milhões de yuan (523 milhões de euros) em rendas mensais para apoiar os comerciantes.

O turismo e redes de cinema estão a sofrer ainda mais, depois de as agências de viagens terem sido forçadas a suspender todos as viagens organizadas e os principais pontos turísticos do país encerrados.

As estreias de oito filmes, previstas para a semana do Ano Novo Chinês, o período de maior receita para o setor, foram também adiadas.

No ano passado, as cadeias de cinemas chinesas faturaram 5,9 mil milhões de yuan (772 milhões de euros), durante a semana do ano novo, representando 10% do total das receitas em 2019 , e as receitas do turismo fixaram-se em 513,9 mil milhões de yuan (67 mil milhões de euros), durante os sete dias de férias.

As receitas dos setores turismo, cinema, restaurantes e retalho representaram quase 7% do Produto Interno Bruto chinês, no primeiro trimestre de 2019.

Em comparação com 2003, quando o surto da pneumonia atípica paralisou a China, abatendo 2 pontos percentuais no crescimento trimestral do PIB, a proporção do consumo doméstico na economia chinesa é hoje muito maior, o que significa que a epidemia deverá ter um impacto superior, segundo Ren.

No melhor cenário, que supõe que a epidemia possa ser contida em abril, o crescimento do PIB da China deverá desacelerar para 5,4%, este ano, depois de ter crescido 6,1%, em 2019, estimou o economista. No pior cenário, supondo que a epidemia se prolonga, Ren estimou que o crescimento de 2020 poderá desacelerar para 5%.

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Infraestruturas de Portugal faz 13 contratos com empresa que a lesou em cartel

  • ECO
  • 10 Fevereiro 2020

Mesmo depois da empresa ter sido condenada por cartel pela Autoridade da Concorrência, IP celebrou 13 contratos com a Futrifer. Têm um valor de 4,4 milhões de euros.

A Infraestruturas de Portugal (IP) realizou mais de uma dezena de novos contratos com a Futrifer – Industrias Ferroviárias, mesmo depois de esta ter sido condenada, no ano passado, pela Autoridade da Concorrência por participar num cartel de manutenção ferroviária, conta o Jornal de Negócios (acesso pago).

Segundo o jornal, mesmo com a empresa e seus administradores a serem condenados a multas de 300 mil euros no âmbito de um cartel que penalizou a própria IP, a empresa pública celebrou com a Futrifer 13 contratos no total de 4,4 milhões de euros.

A explicação para voltar a recorrer aos serviços desta empresa está na ausência de empresas nacionais qualificadas para a realização dos trabalhos necessários. “Apenas a Futrifer apresentou proposta para a execução destes contratos de curta duração”, explica ao Negócios fonte oficial da IP.

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Hoje nas notícias: Rendas, comissões e a IP

  • ECO
  • 10 Fevereiro 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A habitação está em destaque nos jornais nacionais. No mercado de arrendamento, o Público revela que arrendar uma casa ser mais caro em Lisboa do que em algumas das grandes cidades europeias, isto enquanto quem compra casa está a enfrentar comissões mais elevadas nos empréstimos bancários. Noutras notícias, destaque para a IP que contratou a Futrifer, que é uma das empresas condenadas pela Autoridade da Concorrência (AdC) por participar num cartel de manutenção ferroviária.

IP contrata empresa que a lesou em cartel

A IP contratou a Futrifer que é uma das empresas condenadas o ano passado pelo regulador da concorrência por participar num cartel de manutenção ferroviária que acabou por lesar a própria IP. A empresa pública celebrou com a Futrifer – Indústrias Ferroviárias 13 contratos de quase 4,4 milhões de euros, alguns por ajuste direto, mesmo depois da AdC ter condenado a empresa e um dos seus administradores a pagamento de multas no valor de 300 mil euros.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

É mais caro arrendar casa em Lisboa que em Barcelona ou Berlim

Se o preço das casas está a subir, o do arrendamento também. E em Lisboa, os valores praticados pelos proprietários são bastante elevados à luz dos rendimentos das famílias. A situação na capital portuguesa acaba mesmo por ser mais grave do que em Barcelona ou Berlim. Cruzando os rendimentos com o valor das rendas, a taxa de esforço em Lisboa chega a 58%, contra 45% em Barcelona e 40% em Berlim.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Banca aumenta comissões no crédito da casa

Nos últimos anos tem-se assistido a uma subida das comissões bancárias, incluindo nos empréstimos para a compra de habitação. Segundo uma análise do ComparaJá.pt, em que foram comparados os preçários dos bancos entre dezembro de 2019 e este mês de fevereiro, foram cinco os bancos que aumentaram as comissões em serviços relacionados com o crédito à casa.

Leia a notícia completa no Dinheiro Vivo (acesso livre)

“Tem-se ideia de que a Justiça é mais demorada do que é”

Rui Patrício, advogado que tem defendido arguidos em praticamente todos os megaprocessos em Portugal, como a Operação Marquês ou Face Oculta, considera que errada a ideia de que a Justiça em Portugal é demorada. “As pessoas falam muitas vezes de cor, com base em impressões sem saberem de que estão a falar”, disse. O advogado refere, ainda assim, que “existem áreas onde a demora ainda é patológica”, mas notou que “há países como a Espanha, Itália e França onde a justiça é ainda mais demorada do que a nossa”.

Leia a notícia completa no Público (link indisponível)

Referendo pela eutanásia tem 4.500 assinaturas

Paulo Rangel defendeu no fim de semana que Portugal deve discutir a eutanásia, defendendo a realização de um referendo. O PSD discute esta semana a proposta impulsionada pelo seu eurodeputado. Para já, uma iniciativa popular de referendo já reuniu as primeiras 4.500 assinaturas. Do lado da Igreja, o cardeal-patriarca D. Manuel Clemente diz-se contra uma “mentalidade suicida” e o arcebispo de Braga critica facto de os partidos não terem “apresentado o assunto nos seus programas”.

Leia a notícia completa no i (link indisponível)

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Arrendar casa em Lisboa é mais difícil que em Barcelona ou Berlim

  • ECO
  • 10 Fevereiro 2020

A taxa de esforço de um casal português que arrende um T2 em Lisboa chega aos 58%, quase o dobro da referência de 30%. Em Barcelona é de 45% e 40% em Berlim.

Se o preço das casas está a subir, o do arrendamento também. E em Lisboa, os valores praticados pelos proprietários são bastante elevados à luz dos rendimentos das famílias. A situação na capital portuguesa acaba mesmo por ser mais grave do que em Barcelona ou Berlim, diz o Público (acesso condicionado).

A análise realizada pelo grupo de investigação Morfologia e Dinâmicas do Território do Centro de Estudos de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP) teve por base um casal com um dependente, para um apartamento T2 de 95 metros quadrados. Foi depois feito o cruzamento entre os rendimentos e o valor das rendas.

Segundo dados citados pelo Público, um T2 em Lisboa apresenta uma renda de 916 euros, contra 1.170 em Barcelona e 1.491 euros em Berlim. Os rendimentos mensais da família lisboeta ficam-se pelos 1.563 euros, contra 2.614 de um catalão e os 3.727 euros de um berlinense.

Considerando estes valores, a conclusão é de que a taxa de esforço do casal português chega aos 58%, quase o dobro da referência de 30%. Em Barcelona é de 45% e 40% em Berlim.

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Quem ganhou o quê? “Parasitas” foi estrela nos Óscares

  • Lusa e ECO
  • 10 Fevereiro 2020

Filme do realizador sul-coreano Bong Joon Ho brilhou. Joaquin Phoenix recebeu o Óscar de melhor ator e Renée Zellweger venceu o Óscar de melhor atriz. Veja a lista completa de vencedores.

“Parasitas”, do realizador sul-coreano Bong Joon Ho, venceu o Óscar de melhor Filme, na 92.ª edição dos prémios da Academia das Artes e Ciências Cinematográficas, de Hollywood.

Os outros candidatos ao Óscar de Melhor Filme eram “Le Mans’66: O Duelo”, “O Irlandês”, “Jojo Rabbit”, “Joker”, “Mulherzinhas”, “Marriage Story”, “1917” e “Era Uma Vez em… Hollywood”.

O prémio foi entregue à equipa de produção, constituída por Kwak Sin Ae e Bong Joon Ho, pela atriz Jane Fonda, sob fortes aplausos no Dolby Theatre, em Los Angeles.

Bong Joon Ho venceu também o prémio de Melhor realização, enquanto Joaquin Phoenix recebeu o Óscar de melhor ator e Renée Zellweger venceu o Óscar de melhor atriz, pelo desempenho no filme “Judy”.

Veja a lista completa de vencedores:

Melhor filme:

“Parasitas” – Kwak Sin Ae e Bong Joon Ho

Melhor realização:

“Parasitas” – Bong Joon Ho

Melhor ator:

Joaquin Phoenix – “Joker”

Melhor ator secundário:

Brad Pitt – “Era Uma Vez em… Hollywood”

Melhor atriz:

Renée Zellweger – “Judy”

Melhor atriz secundária:

Laura Dern – “Marriage Story”

Melhor fotografia:

“1917” – Roger Deakins

Melhor argumento adaptado:

“Jojo Rabbit” – Taika Waititi

Melhor argumento original:

“Parasitas” – Bong Joon Ho & Han Jin Won

Melhor filme internacional:

“Parasitas” – Bong Joon Ho (Coreia do Sul)

Melhor filme de animação:

“Toy Story 4” – Josh Cooley, Mark Nielsen e Jonas Rivera

Melhor curta-metragem de animação:

“Hair Love” – Matthew A. Cherry e Karen Rupert Toliver

Melhor documentário:

“American Factory” – Steven Bognar, Julia Reichert e Jeff Reichert

Melhor documentário em curta-metragem:

“Learning to Skateboard in a Warzone (If You’re a Girl)” – Carol Dysinger e Elena Andreicheva

Melhor curta-metragem:

“The Neighbors’ Window” – Marshall Curry

Melhor cenografia:

Era Uma Vez… em Hollywood” – Barbara Ling e Nancy Haigh

Melhor montagem:

“Le Mans ’66: O Duelo” – Michael McCusker e Andrew Buckland

Melhor caracterização:

“Bombshell – O Escândalo” – Kazu Hiro, Anne Morgan e Vivian Baker

Melhor guarda-roupa:

“Mulherzinhas” – Jacqueline Durran

Melhor banda sonora original:

“Joker” – Hildur Guðnadóttir

Melhor canção:

“(I’m Gonna) Love Me Again”, de “Rocketman”, Elton John e Bernie Taupin

Melhor montagem de som:

“Le Mans ’66: O Duelo” – Donald Sylvester

Melhor mistura de som:

“1917” – Mark Taylor e Stuart Wilson

Melhores efeitos visuais:

“1917” – Guillaume Rocheron, Greg Butler e Dominic Tuohy

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5G já é comercializado em 10 países europeus. Portugal de fora

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2020

Alemanha, Áustria, Finlândia, Hungria, Irlanda, Itália, Espanha, Estónia, Reino Unido e Roménia são os países que disponibilizam a quinta geração móvel.

A tecnologia 5G já é comercializada em 10 países da União Europeia (UE), sendo que Portugal ainda não integra a lista, de acordo com o último relatório trimestral do Observatório Europeu para o 5G hoje divulgado.

Segundo os dados do Observatório, criado em 2018 pela Comissão Europeia, “até ao final e 2019, os serviços comerciais de 5G [quinta geração móvel]” estavam disponíveis em 10 países da UE.

Alemanha, Áustria, Finlândia, Hungria, Irlanda, Itália, Espanha, Estónia, Reino Unido e Roménia são os países que disponibilizam, a nível comercial, serviços com esta nova tecnologia.

O Observatório sublinha que “em alguns países há mais que um fornecedor de serviços de 5G”, por exemplo no Reino Unido são três, tal como na Roménia. Em Itália são dois, tal como na Alemanha e na Finlândia.

Portugal ainda não consta na lista dos países que disponibilizam a tecnologia, uma vez que o início do leilão para a atribuição das licenças de 5G arranca em abril e termina em junho próximo, estando previsto que a conclusão dos procedimentos de atribuição dos Direitos de Utilização de Frequências (DUF) aconteça até agosto.

Os operadores de telecomunicações portugueses têm apontado que Portugal está atrasado na corrida do 5G, atribuindo responsabilidades à Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), com o regulador a negar que haja qualquer atraso nos trabalhos preparatórios.

A Anacom tem marcado para esta segunda-feira uma conferência de imprensa sobre o projeto de regulamento do leilão para a atribuição das licenças.

“Os operadores europeus têm vindo a trabalhar há dois anos com fabricantes de equipamentos e ‘players’ verticais em vários testes para validar as capacidades do 5G. No final de dezembro de 2019, ficou claro que estavam fortemente envolvidos nos testes 5G com 181 ensaios [testes piloto]”, o que compara com 138 no último trimestre de 2018, nos 28 Estados-membros.

Portugal integra a lista “top 10” dos países europeus onde testes-pilotos são organizados, segundo o estudo realizado para a Comissão Europeia pela Idate DigiWorld.

Se contarmos com a Rússia, San Marino, Noruega, Turquia e Suíça, o número de testes ascende a 222.

Estes 222 testes foram organizados em 30 países, 181 em 25 dos 28 Estados-membros da UE e 41 na Rússia, San Marino, Noruega, Turquia e Suíça.

“Nenhum teste foi registado até ao momento nos seguintes Estados-membros: Chipre, Malta e Eslovénia”, refere o relatório.

O plano de ação da Comissão Europeia de setembro de 2016, confirmado pelo Conselho da UE em dezembro de 2017, visa a implantação comercial de 5G em pelo menos uma grande cidade em todos os Estados-membros até o final de 2020.

O Observatório para o 5G estima ainda que no final de dezembro havia 147 cidades capacitadas com 5G (138 na UE a 28).

O Governo português planeia, até final do ano, ter duas cidades, uma no litoral, com mais de 50 mil habitantes, e outra no interior, com cobertura de 5G, mas ainda não está definido quais são.

Segundo o Observatório, apenas 11 países tinham publicado o roteiro nacional para o 5G no final de 2019, incluindo estratégias para o espectro: Alemanha, Áustria, Dinamarca, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Holanda, Luxemburgo, Reino Unido e Suécia.

A estratégia para o 5G foi aprovada na semana passada, no dia 07 de fevereiro, pelo Governo.

Não é só na Europa que o 5G é um tema ‘quente’, mas também em outras regiões do globo, uma vez que se trata de uma tecnologia que promete revolucionar o mundo, não só pela quantidade de objetos que vão estar conectados (Internet das Coisas – IoT), como também pela velocidade da transmissão de dados (essencial para os veículos autónomos, por exemplo).

Por exemplo, na Coreia do Sul todos os três operadores já lançaram serviços 5G, tendo registado no final de outubro três milhões de subscritores de quinta geração móvel, estimando atingirem os cinco milhões no final de 2019, refere o relatório.

Na Austrália, o serviço foi lançado e a tecnologia cobre 10 cidades, entre as quais Melbourne e Sydney, prevendo-se alargar a mais 25 cidades durante este ano.

A China, os três operadores China Mobile, China Telecom e China Unicom lançaram serviços 5G em novembro passado e já conseguiram garantir, em avanço, perto de nove milhões de subscritores de quinta geração móvel. Nos Estados Unidos, três dos quatro maiores operadores lançaram serviços nesta área.

Países como Bahrain, Kuwait, Qatar, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita também já anunciaram a disponibilização de 5G.

Na Índia, o governo está fortemente empenhado no desenvolvimento da tecnologia, mas ainda está numa fase inicial de reflexão, estimando que esta seja “lançada em 2022”.

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5 coisas que vão marcar o dia

O dia será marcado pela reunião do Governo com os sindicatos da Função Pública, bem como pelo lançamento do primeiro sorteio de casas com rendas acessíveis do Governo.

O dia será marcado pela reunião do Governo com os sindicatos da Função Pública, onde serão retomadas as negociações sobre aumentos salariais. Será também lançado o primeiro concurso de rendas acessíveis do Governo, para habitações em Mangualde. Em Lisboa vai ser apresentado o plano estratégico para o turismo na capital, bem como um balanço deste. Serão ainda conhecidos dados do INE relativamente aos nascimentos em Portugal.

Governo reúne-se com sindicatos da Função Pública

Os sindicatos da Função Pública vão ter um encontro com o ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública, para negociarem aumentos salariais e o quadro estratégico plurianual. Os representantes dos trabalhadores do Estado continuam a defender subidas salariais mais expressivas que os anunciados 0,3%, que apelidaram de “insultuoso”. O Governo acenou com um aumento extra que deverá revelar esta segunda-feira.

Arrancam candidaturas ao primeiro concurso de rendas acessíveis do Governo

Esta segunda-feira arranca o primeiro concurso por sorteio de habitações em arrendamento acessível do programa nacional. Terá 18 casas disponíveis, com valores de renda entre os 215 e os 287 euros, localizadas em Mangualde, em Viseu. O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, que gere o programa, prevê realizar mais iniciativas neste âmbito durante este ano.

Anacom levanta o véu ao leilão do 5G

A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) vai realizar uma conferência sobre o leilão da rede 5G, onde poderá apresentar ao público o caderno de encargos do leilão. Este evento acontece depois de o Governo ter apresentado a estratégia nacional para o 5G, na semana passada, onde definiu que as receitas do leilão de frequências vão ser totalmente afetas a um novo Fundo para a Transição Digital.

Qual é o plano estratégico para o turismo em Lisboa?

Será apresentado esta segunda-feira o Plano Estratégico para o Turismo da Região de Lisboa 2020-2024. Nesta apresentação, onde estará presente o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, é feito um balanço do desempenho do turismo na região e apresentada a estratégia e o programa de ações a implementar até 2024.

Estão a nascer mais crianças?

O Instituto Nacional de Estatística publica, esta segunda-feira, os dados preliminares das Estatísticas Vitais de 2019, que dão informação sobre quantos nascimentos se registaram em Portugal. Em 2018, a natalidade aumentou, mas o saldo natural manteve-se negativo, pelo décimo ano consecutivo.

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Governo sorteia primeiras casas com rendas acessíveis em Mangualde. Candidaturas arrancam hoje

Estão em Mangualde as primeiras 18 casas do Estado que vão ser colocadas no mercado com rendas acessíveis. Candidaturas terminam a 14 de fevereiro.

Arrancam esta segunda-feira as candidaturas ao primeiro concurso de rendas acessíveis do Governo, cujas casas serão atribuídas por sorteio. O primeiro lote conta com 18 habitações T2, T3 e T4, localizadas em Mangualde, no distrito de Viseu. Os interessados devem candidatar-se até sexta-feira, 14 de fevereiro, para terem a possibilidade de ter uma casa com renda entre os 215 e os 287 euros.

Depois do Programa de Arrendamento Acessível (PAA), que arrancou em julho do ano passado e prevê a colocação de imóveis de privados, o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) lança agora o primeiro concurso com imóveis do Estado (inserido no PAA).

Primeiro concurso por sorteio de rendas acessíveis do IHRU, em Mangualde.Google Maps

A iniciativa arranca, assim, esta segunda-feira, e destina-se a quem queira viver no interior do país, concretamente no concelho de Mangualde. O primeiro lote conta com 18 habitações localizadas nos números 2, 4 e 6 da Rua Dr. Alexandre Dias, cujas rendas variam entre os 215 e os 230 euros no caso de um T2, 252 euros no caso de um T3 e 287 euros para um T4, refere o Portal da Habitação.

Rendimento anual bruto do casal não pode exceder 45.000 euros

As candidaturas arrancam às 10h00 desta segunda-feira e terminam às 19h00 de sexta-feira, 14 de fevereiro. A lista de concorrentes admitidos será publicada “no prazo de dois dias úteis a contar da data do termo das candidaturas”. Mas, atenção, a candidatura — formulário e certificado — deve ser entregue presencialmente nas instalações do Centro de Inovação e Dinamização Empresarial de Mangualde (CIDEM) e os candidatos devem estar inscritos na Plataforma do Arrendamento Acessível.

Durante o período de candidaturas, os interessados podem ainda visitar os imóveis nos dias 11 (terça-feira) e 13 (quinta-feira), entre as 12h00 e as 16h00, mediante marcação (232 619 880 ou 968 527 210), refere o Portal da Habitação. Os futuros inquilinos terão um contrato de arrendamento com duração mínima de cinco anos, “sendo automaticamente renováveis por períodos sucessivos de três anos”.

Embora o processo de atribuição das habitações seja diferente, continua a haver critérios de admissão, e também relacionados com os rendimentos. No caso de o candidato ser apenas uma pessoa, o rendimento anual bruto não pode exceder 35.000 euros, nem os 45.000 euros no caso de um casal, refere o regulamento do concurso. A partir de duas pessoas, acresce 5.000 euros por cada membro do agregado.

Conforme se lê no Portal da Habitação, esta é a primeira iniciativa que o IHRU vai lançar este ano, para oferecer às pessoas casas com rendas mais acessíveis através do PAA. O PAA foi lançado há cerca de sete meses e, desde então, celebrou 117 contratos de arrendamento.

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Vem aí aumento extra para a Função Pública. Governo revela hoje proposta aos sindicatos

Em dezembro, o Governo dizia que tinha ido "até onde podia ir" com os aumentos salariais de 0,3%. Agora prepara-se para anunciar reforços acima dessa proposta considerada "ofensiva" pelos sindicatos.

Dois meses depois de o Governo ter dito que tinha ido “até onde podia ir” nos aumentos salariais da Função Pública, os sindicatos voltam a sentar-se à mesa, esta segunda-feira, com o Ministério de Alexandra Leitão para discutir o reforço remuneratório para este ano. Os representantes dos trabalhadores do Estado continuam a defender subidas salariais mais expressivas que os anunciados 0,3%, aumento que o Executivo já disse que não o envergonha mas que agora se prepara para complementar.

Em dezembro, o Governo chamou os sindicatos da Função Pública para propor um aumento salarial para todos os trabalhadores em linha com a inflação até novembro de 2019, isto é, 0,3%. Depois de dez anos sem subidas salariais, os funcionários públicos entenderam essa proposta como “ofensiva” e “vexatória” e marcaram mesmo uma greve para o final de janeiro.

Do lado do Governo, o argumento era então de que se tinha ido até onde era possível, tendo em conta o peso orçamental do descongelamento das carreiras. Um mês depois, a ministra da Administração Pública veio, contudo, anunciar que, afinal, haveria mais algum reforço a adicionar a esses 0,3%. Alexandra Leitão deixou claro que a margem financeira para tal estava já incluída no Orçamento do Estado para 2020, recusando, no entanto, adiantar que folga estaria em causa.

Questionada pelos jornalistas sobre esta matéria, a governante frisou que a margem estava ainda “a ser trabalhada”, estando a ser estudados diferentes cenários para levar a cabo esse aumento salarial mais robusto. Entretanto, a TVI avançou que o Executivo estará disponível para dar um aumento extra de 37,5 euros, de forma faseada aos funcionários públicos que, atualmente, estão no nível mais baixo da Tabela Remuneratória Única (635 euros), bem como um reforço adicional aos assistentes técnicos.

Esta informação não chegou, porém, a ser confirmada pelo Ministério de Alexandra Leitão, que remeteu para a reunião de dia 10 a divulgação da proposta. Nem aos sindicatos, o Governo quis adiantar pistas, levando a Frente Comum a acusar o Executivo de “falta de postura democrática”.

Por conhecer está, portanto, a margem para reforçar os aumentos e como serão postos em prática esses reforços remuneratórios. Uma das hipóteses poderá ser a repetição do modelo seguido em 2019, isto é, concentrar a verba disponível nos salários mais baixos, o que não agrada aos sindicatos.

Ao ECO, o secretário-geral da UGT disse que defende aumentos para todos e que, se tal não for possível, reivindicará um “aumento suplementar”, ao longo deste ano. O dirigente da Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) — estrutura afeta à UGT — já tinha adiantado que reivindica aumentos de 2,9% para todos os funcionários públicos, sublinhando que não aceita que o Governo force imposições nesta nova ronda negocial.

Já a Frente Comum defende aumentos de 90 euros para todos e Ana Avoila já frisou mesmo que, se forem abrangidos apenas os dois escalões mais baixos nesta nova ronda, estará em causa uma “proposta provocadora”. Por sua vez, o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) defende aumentos de 3%.

Entretanto, a 31 de janeiro, os sindicatos da Função Pública levaram a cabo uma greve e uma manifestação contra os “ofensivos” e “inaceitáveis” 0,3%, ainda que a reunião desta segunda-feira já estivesse marcada. Ao ECO, a ministra explicou que a nova ronda negocial não visava impedir essa paralisação.

Orçamento aprovado e greve concretizado, os sindicatos rumam, esta segunda-feira, ao Ministério da Administração Pública, começando a discutir às 9h00 a proposta para este reforço adicional aos 0,3% ditados pela inflação.

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