Insolvências de empresas aumentam 35% e constituições caem 23% em janeiro

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2020

Os processos de insolvência em Portugal aumentaram 35,1% em janeiro, enquanto a constituição de empresas recuou 23,2%. Porto é o distrito com maior processos de insolvências, seguido de Lisboa.

Os processos de insolvência em Portugal aumentaram 35,1% em janeiro, para 566, face a igual mês de 2019, enquanto a constituição de empresas recuou 23,2%, para 5.120, em termos homólogos, revelou esta sexta-feira a Iberinform.

“As declarações de insolvências requeridas aumentaram 20,7% face a 2019 (atingindo um total de 111 pedidos), enquanto as apresentações à insolvência pelas próprias empresas cresceram 18%, totalizando 118 apresentações”, avança em comunicado a Iberinform, que é uma filial da seguradora Crédito y Caución.

Os dados divulgados permitiram saber que foi declarada a insolvência de 331 empresas (+47,8%) e que no período em análise houve a formalização de seis planos de insolvência, mais três que no ano passado.

Por distritos, o Porto, com 140 insolvências, é o que tem maior número de processos, mais 28,4% face ao ano passado, seguindo Lisboa, com 121 insolvências e um acréscimo de 44%.

Já Braga registou um aumento de 25,5% em relação ao ano passado totalizando 59 insolvências, enquanto Aveiro, com 49 insolvências teve uma subida de 58,1% e Faro com 31 insolvências registou um acréscimo de 72,2%.

Setúbal, por último, surge com um total de 28 insolvências entre os seis principais distritos em total de insolvências.

De acordo com os dados da Iberinform, no primeiro mês deste ano foram criadas 5.120 novas empresas, menos 1.548 que no ano passado.

O número mais expressivo de constituições observou-se em Lisboa, com 1.743 novas empresas (-15,6%), e no Porto, com 880 empresas (-27,7%).

No primeiro mês deste ano, 91% dos distritos apresentam valores inferiores ao período homólogo do ano passado, sendo que as maiores quedas se verificaram em Évora (-48,4%), Leiria (-45,2%) e Aveiro (43,8%).

Apenas Angra do Heroísmo termina o mês de janeiro com uma subida (+5,3%), evoluindo de 19 para 20 novas empresas.

Já na Horta decresceu de 11 para sete constituições (-36,4%) e Ponta Delgada mantém um total de 43 constituições em ambos os anos, enquanto na Madeira há a registar uma queda de 142 para 112 novas empresas constituídas (-21,1%).

Por setores, apenas em dois houve um aumento na constituição de empresas, respetivamente, Transportes (+14,4%) e Eletricidade, Gás, Água (+14,3%).

As quedas afetam 83% dos distritos, sendo que os valores mais significativos se registaram na Indústria Extrativa (-87,5%), Telecomunicações (-41,2%) e Comércio por Grosso (-38,5%).

Em termos de insolvência, em janeiro, os setores dos Serviços e Indústria Transformadora são aqueles com o maior número, 119 e 118 respetivamente, representando subidas 30,8% e 19,2% face ao mesmo mês do ano passado, pela mesma ordem.

As atividades de Telecomunicações e Indústria Extrativa, por sua vez, não apresentam qualquer variação, segundo os dados divulgados pela Iberinform.

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Crescimento dos custos de construção de habitação nova desacelera para 2,1% em 2019

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2020

Os preços dos materiais e de mão-de-obra registaram aumentos médios no ano passado de 0,6% e 4,5%, respetivamente, enquanto subiram 1,3% e 3,7% no ano anterior.

O índice de custos de construção de habitação nova registou em 2019 um aumento médio de 2,1%, embora inferior em 0,2 pontos percentuais (p.p.) ao observado no ano anterior, indicou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os preços dos materiais e de mão-de-obra registaram aumentos médios no ano passado de 0,6% e 4,5%, respetivamente, enquanto subiram 1,3% e 3,7% no ano anterior, pela mesma ordem, segundo o INE. Os custos de construção de habitação nova subiram 2% em dezembro, com os preços dos materiais a aumentarem 0,6% e o custo da mão-de-obra a crescer 3,9%.

O instituto de estatística refere ainda que “em dezembro, a variação homóloga estimada do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN) foi 2,0%, taxa inferior em 0,3 p.p. à observada em novembro”. No mês em apreço, os preços dos materiais aumentaram 0,6%, enquanto o custo da mão-de-obra subiu 3,9% em dezembro, menos 1,1 p.p. que no mês anterior.

Em dezembro, a contribuição do preço dos materiais para o índice aumentou 0,2 p.p. para a formação da taxa de variação homóloga do índice, salienta o INE. Em termos mensais, a taxa de variação do índice de custos de construção de habitação nova caiu 0,5% em dezembro, com o preço dos materiais a registar uma subida de 0,2% e o custo da mão-de-obra a cair 0,4%.

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Quantas peças de Lego pode ter a profissão de sonho?

A campanha "Build the Future", da agência de publicidade Ogilvy para a Lego, é um dos exemplos de como as famosas peças de plástico têm estimulado a imaginação das crianças para o futuro do trabalho.

Campanha Build the Future, 2018.

Bombeiro, astronauta ou rockstar. Com a campanha “Build the Future”, criada pela Ogilvy & Mather Thailand, a Lego quis mostrar às crianças que é possível “construírem” o seu futuro. As possibilidades, essas, são tantas quanto as possíveis combinações das famosas peças de plástico.

Nas figuras de Lego em três dimensões, as crianças surgem dentro das construções de Lego, tal como se estivessem a construir a profissão do seu futuro, de dentro para fora.

“O objetivo da Lego é inspirar as crianças a pensar de forma criativa e a revelarem o seu potencial para moldar o seu próprio futuro”, explica o co-chairman da Ogilvy Thailand e diretor criativo da campanha, citado pelo My Modern Met. “As peças de Lego que estão a ser utilizados na construção simbolizam o desenvolvimento das crianças, que cresce gradualmente e se aproxima do futuro que sonharam”.

Campanha “Build the Future”, 2017.

A campanha arrecadou três prémios de prata na categoria Print and Outdoor, e um prémio de bronze na categoria Design, no Festival de Cannes em 2017.

Lego a inspirar para competências do futuro

Ao longo dos anos, a Lego tem estimulado as crianças a desenvolver a imaginação e o gosto para áreas do futuro, como as ciências, engenharias e tecnologias. Um dos exemplos é a FIRST LEGO League®, que também existe em Portugal, que promove uma competição que dura 12 semanas e desafia os jovens dos 9 aos 16 anos a criar soluções para problemas reais do mundo do trabalho, através de construções com Lego. Também há lugar para os mais novos no FIRST LEGO League Jr., dedicado a crianças dos 6 aos 9 anos.

FIRST LEGO League, Portugal.D.R.

 

A FIRST LEGO League® foi desenvolvida pela fundação FIRST – For Inspiration and Recognition of Science and Technology e quer “inspirar os futuros líderes de ciência e tecnologia”, lê-se no site oficial da liga.

A Lego tem criado soluções também para os adultos, como é o caso da ferramenta LEGO® Serious Play®, criada em 1996, e serve como ferramenta para as pessoas nas organizações e que tem como objetivo facilitar a comunicação e promover a inclusão dos colaboradores na resolução de problemas e na projeção do futuro da empresa.

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“Segurança das infraestruturas não está em causa”, diz ministro, em reação à auditoria do TdC

Depois de uma auditoria ter concluído que o estado de conservação de quase mil infraestruturas é "inferior a regular", Pedro Nuno Santos garante que "a segurança" "não está em causa".

Uma auditoria do Tribunal de Contas (TdC) concluiu que o estado de conservação de 12% das infraestruturas nacionais é “inferior a regular”, o ministro Pedro Nuno Santos veio criticar essa avaliação, afirmando que a segurança de várias pontes, túneis, estradas e linhas de comboio “não está em causa”. Voltando a sublinhar que o estado das mesmas é consequência de “décadas de desinvestimento”, refere que esse é um problema que “não se resolve em dois ou três anos”.

“Fala-se de um risco material de inoperacionalidade das infraestruturas, principalmente das obras de arte [pontes, viadutos ou túneis]. Mas a IP é uma empresa muito respeitada e conceituada ao nível da segurança, que é a sua primeira prioridade. No quadro dessa preocupação com todas as infraestruturas, as obras de arte têm ainda uma centralidade e uma atenção especial, dentro daquilo que já é muito rigoroso a todos os níveis”, começou por dizer o ministro das Infraestruturas, em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros.

“A segurança das infraestruturas não está, portanto, em causa”, garantiu, acrescentando que “o estado de conservação de algumas dessas infraestruturas é a classificação feita pela própria IP”.

E é importante que tenhamos isto presente, porque o estado de conservação de algumas dessas infraestruturas — e para que não nos enganemos, não foi o TdC que as aferiu –, isso é a classificação feita pela própria IP. E consoante o estado e o risco, a IP faz uma monitorização das obras de arte muito próxima e regular, são tomadas um conjunto de medidas para garantir a segurança.

Pedro Nuno Santos voltou a enfatizar o que já por muitas vezes tem vindo a dizer, que durante décadas “o país desinvestiu” nas infraestruturas, “principalmente na ferrovia”. “E esse desinvestimento, que leva décadas acumuladas, não se resolve em dois ou três anos”, afirmou.

Portugal é um país “com dificuldades e com limites do ponto de vista orçamental” e, nesse sentido, o Governo tem de fazer uma “gestão mais cuidada daquela que é a capacidade orçamental”, notou, adiantando a vontade do Executivo em investir nas infraestruturas. “Mas os problemas nos nossos territórios são muitos, as necessidades são muitas e o Orçamento não é infinito”, disse.

O ministro aproveitou ainda para deixar uma crítica a alguns partidos, “nomeadamente PSD, CDS, Iniciativa Liberal e Chega” –, que fazem um “discurso sobre a carga fiscal que tem como objetivo — ou consequência — enganar o povo português”, “criando a ilusão” de que é possível o país “pagar a elevada dívida” que tem e ainda ter bons hospitais, estradas e linhas ferroviárias “com qualidade” e ainda “baixar os impostos e reduzir a carga fiscal”.

“É irresponsável estarmos sistematicamente a exigir redução dos impostos sobre as empresas, sobre aqueles que mais podem pagar, e ao mesmo tempo estar à espera que as obras que todos queremos apareçam feitas no dia seguinte“, rematou.

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Estas sapatilhas foram feitas para andar. E de plástico recolhido nas praias portuguesas

As sapatilhas veganas são feitas a partir de plástico recolhido em praias portuguesas. Através deste projeto, já foram recolhidas cerca de três toneladas e meia de lixo.

Zouri foi fundada através de uma campanha de crowdfunding que angariou 10 mil euros para o arranque do projeto.Zouri

Todos os anos acabam no oceano mais de 22 milhões de toneladas de plástico. Só durante o verão do ano passado foram recolhidas das praias portuguesas mais de duas toneladas de plástico. Adriana Mano é ativista e estava a fazer uma recolha na praia quando teve a ideia de transformar o lixo despejado nas praias em calçado. E assim nasce a Zouri Shoes.

Os primeiros passos da empresa foram dados em 2018 mas, só dois anos de desenvolvimento depois, as sapatilhas Zouri foram lançadas. É na cidade do Berço, em Guimarães, que é produzido cada par de sapatilhas veganas. Todas as matérias-primas são sustentáveis, desde a borracha natural ao algodão orgânico.

“Estamos a criar um produto que tem impacto positivo na comunidade e isso é um grande motivo de orgulho”, afirma Adriana Mano sobre o produto da empresa 100% portuguesa, totalmente desenvolvido em Portugal e assente na economia local.

Através deste projeto, já foram recolhidas cerca de três toneladas e meia de lixo das praias portuguesas. A Câmara de Esposende é o principal parceiro da Zouri mas Adriana Mano explica que o grande objetivo é “conseguir replicar o trabalho que estamos a desenvolver com Esposende com outros municípios”. A fundadora adianta que já estão em conversações com a autarquia de Viana e com algumas ONG´s.

“Há sempre desperdício, há sempre partes que não conseguimos que sejam trituradas”, explica a fundadora sobre a parte do lixo que não é aproveitada. Acrescenta que no final do processo conseguem aproveitar cerca de 50% daquilo que é recolhido.

Destruir para construir

O início do ano passado marcou o começo da primeira produção da Zouri. A primeira produção fez-se graças a uma campanha de crowdfunding e, em apenas duas semanas, a equipa fundadora conseguiu angariar os dez mil euros disponíveis para dar vida ao seu projeto. “As pessoas compraram o produto com um preço mais baixo de forma a ajudar a financiar o projeto”, explica a fundadora.

No período de um ano, as sapatilhas ecofriendly já renderam mais de duzentos mil euros em faturação. Em 2019, a Zouri vendeu 2.800 pares de sapatilhas e, este ano, esse número está a ser largamente ultrapassado, uma vez que apenas num mês já venderam 850 pares de sapatilhas veganas. “Só em janeiro já faturámos cerca de 25% da faturação do ano passado”, confessa com orgulho Adriana Mano.

Estamos a criar um produto que tem impacto positivo na comunidade, e isso é um grande motivo de orgulho.

Adriana Mano

Fundadora da Zouri

O crescimento da empresa também tem estado relacionado com a entrada de encomendas em mercados internacionais: a empresa portuguesa já enviou encomendas para clientes na Bélgica, Holanda e Luxemburgo, sendo que a exportação já vale 90% das vendas.

Adriana Mano explica que, além de um projeto empreendedor, vê este produto como “uma mascote” para financiar toda a ação social. “Fazemos ações de sensibilização ambiental em escolas, recolha de lixo e limpeza de praias, entre outras ações. No fundo o projeto tem uma grande vertente ligada à sensibilização“, explica a fundadora, sublinhando que, à medida que cresce a empresa, aumenta o seu “impacto na sociedade”.

Esse impacto já foi motivo de distinções: no ano passado, a Zouri ganhou o prémio de segundo melhor projeto de economia circular a nível europeu, atribuído pelo Banco Europeu. Adriana Mano está ligada ao setor do calçado há seis anos e acredita ter a “sapatilha mais sustentável do mercado“.

As Zouri estão à venda na loja online e o preço médio ronda os cem euros.

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Centeno pode já ter alcançado “brilharete” orçamental em 2019, diz Conselho das Finanças Públicas

Conselho de Finanças Públicas admite que Governo tenha obtido um "ligeiro excedente orçamental" em 2019, reforçando a ideia de que Centeno terá alcançado brilharete um ano antes do previsto.

O primeiro excedente orçamental em democracia pode ter chegado um ano mais cedo do que o antecipado pelo Governo. O Executivo tem mantido um discurso cauteloso em relação a este cenário, isto perante as indicações que vão surgindo de que as contas públicas possam ter fechado com saldo positivo já em 2019. Mas esta sexta-feira o Conselho de Finanças Públicas (CFP) volta a dizer que Mário Centeno pode já ter feito o “brilharete” no ano passado.

Uma estimativa rápida das contas nacionais trimestrais de 2019 será conhecida no próximo dia 14, dentro de uma semana, com o Instituto Nacional de Estatística (INE) a enviar a notificação oficial do saldo orçamental para o Eurostat no dia 25 de março.

Enquanto o Governo espera por essa informação oficial, o CFP estima que o ministro das Finanças possa ter superado a meta do défice de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) que prevê para 2019.

“Os desenvolvimentos orçamentais até setembro de 2019 e a informação parcial disponível para o último trimestre do ano, apontam para o cumprimento ou mesmo a superação do saldo estimado pelo Ministério das Finanças para 2019“, refere a entidade liderada por Nazaré Costa Cabral.

Saldo orçamental e saldo primário das administrações públicas

Saldo acumulado no trimestre, em % do PIB

O CFP fez uma análise à evolução da execução orçamental nos primeiros nove meses de 2019 — que apurava um saldo positivo de 1.590 milhões de euros, o equivalente a 1,0% do PIB, “constituindo um novo máximo na série estatística comparável das contas nacionais, disponível a partir de 1995”.

É com base nesta informação e nas perspetivas para o andamento da execução orçamental entre outubro e dezembro de 2019 que diz que “a estimativa do Ministério das Finanças para o saldo orçamental (…) afigura-se como alcançável”, sem ser de excluir “a possibilidade de um ligeiro excedente orçamental” em 2019.

“Esta perspetiva ancora-se no comportamento da receita fiscal e contributiva, cujo crescimento se encontra em linha com o subjacente àquela estimativa, e também na evolução mais favorável do que o estimado pelo Ministério das Finanças para as vendas e outras receitas correntes”, explica o CFP. No capítulo da despesa, “antecipa-se uma evolução da despesa de investimento que poderá ficar aquém do estimado pelo Ministério das Finanças, dada a execução desta rubrica até setembro de 2019”, acrescenta.

A entidade de Nazaré Costa Cabral lembra que há encargos que vão afetar a execução orçamental no último trimestre de 2019. “Além do pagamento do subsídio de Natal aos funcionários públicos e aos pensionistas, acresce ainda o pagamento da quarta e última fase do descongelamento salarial prevista para dezembro de 2019, a que se juntam as pressões orçamentais no setor da saúde e a incerteza dos resultados efetivos das medidas de revisão da despesa”. Ainda assim, estes encargos “parecem acomodáveis, tendo presente os resultados de execução até final do terceiro trimestre”, nota o CFP.

Para cumprir a meta de défice de 0,1% do PIB, o saldo orçamental das Administrações Públicas no quarto trimestre não pode ser inferior a -3,3%. As perspetivas do CFP são melhores do que estas, razão pela qual o Governo pode almejar um resultado orçamental inédito.

Para a dívida pública, Mário Centeno também pode ter obtido um resultado melhor do que aquele que esperava. A dívida ter-se-á fixado em 249,7 mil milhões de euros em dezembro de 2019. “É expectável que o rácio da dívida, no final do ano passado, se tenha situado em cerca de 118,5% do PIB, um resultado que é inferior em 0,4 pontos percentuais face à mais recente estimativa do Ministério das Finanças, de 118,9%”, aponta o CFP.

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Metro de Lisboa gastou cinco milhões com estudos e projetos no processo de expansão

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2020

Metropolitano de Lisboa já gastou cinco milhões de euros, com estudos e projetos, no âmbito do processo de expansão que inclui a linha circular,

O Metropolitano de Lisboa já despendeu cinco milhões de euros, com estudos e projetos, no âmbito do processo de expansão que inclui a linha circular, foi divulgado esta sexta-feira.

“No âmbito deste processo de expansão, o Metropolitano de Lisboa já incorreu em despesas com estudos e projetos que ascendem a cinco milhões de euros”, pode ler-se numa resposta do Ministério do Ambiente e da Ação Climática, que tutela os transportes urbanos, enviada à Lusa.

Questionado sobre o valor das expropriações já feitas, tendo em conta as declarações do ministro Matos Fernandes aquando da conferência de imprensa sobre a suspensão do projeto, o Metropolitano de Lisboa “estima um montante de nove milhões de euros para a globalidade das expropriações (terrenos afetados pelo traçado entre o Rato e Cais do Sodré)”.

A tutela não precisa, contudo, se alguma parte do valor das expropriações já foi paga.

De acordo com o ministério, a transportadora “tem vindo a negociar com os vários proprietários das parcelas de terreno que serão afetadas pelo traçado escolhido entre o Rato e o Cais do Sodré”.

“Entre os proprietários constam entidades públicas e privadas, existindo já com a generalidade dos mesmos princípios de acordo particulares (sem recurso à via judicial) nos termos previstos no código das expropriações”, refere a nota.

Na terça-feira, durante a votação do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020), no parlamento, foi votada a suspensão da construção da linha circular do Metropolitano de Lisboa, ao serem aprovadas duas propostas do PCP e do PAN que defendiam esse objetivo.

Em conferência de imprensa, também na terça-feira, o ministro do Ambiente considerou “irresponsável” a suspensão do projeto, alertando para a perda de 83 milhões de euros de fundos comunitários destinados a esta obra.

“Trata-se de uma decisão irresponsável que lesa a cidade de Lisboa e toda a área metropolitana“, disse João Matos Fernandes.

O ministro salientou que a decisão tomada na Assembleia da República “adia por três anos” qualquer obra essencial para Lisboa.

Além de se perderem os fundos comunitários, o ministro do Ambiente e da Ação Climática avisou que se “corre o risco” de serem pagas indemnizações quer aos empreiteiros que já apresentaram propostas aos concursos realizados, bem como a quem foi expropriado.

“Existe o risco de ter de pagar aos empreiteiros, da mesma forma que existe o risco relativamente às expropriações que já foram feitas e ter de devolver os terrenos às pessoas e entidades com prémio indemnizatório”, explicou ainda, reconhecendo que tal risco “poderá ser sindicado em tribunais”.

Matos Fernandes referiu que o Governo “não vai lavar as mãos”, mas vai “bater-se por esta obra e não responsabilizar ninguém”.

A proposta do PCP, que defende que seja dada prioridade à extensão da rede metropolitana até Loures, bem como para Alcântara e zona ocidental de Lisboa, foi aprovada com votos a favor do PSD, BE, PCP, CDS, PAN e Chega, a abstenção da Iniciativa Liberal e o voto contra do PS.

Já a do PAN obteve os votos favoráveis do PSD, BE, PCP e Chega, os votos contra do PS e da Iniciativa Liberal e a abstenção do CDS.

O PAN propõe que o Governo realize um estudo técnico e de viabilidade económica, que permita uma avaliação comparativa entre a extensão até Alcântara e a linha circular.

O executivo terá ainda de fazer, segundo a proposta, “os estudos técnicos e económicos necessários com vista à sua expansão prioritária para o concelho de Loures” e “uma avaliação global custo-benefício, abrangendo as várias soluções alternativas para a extensão da rede para a zona ocidental de Lisboa”.

O relatório que acompanha a proposta do OE2020, conhecida em dezembro, referia que as obras de expansão do Metropolitano de Lisboa, orçadas num total de 210 milhões de euros, iriam arrancar no segundo semestre deste ano.

O projeto prevê a criação de “um anel envolvente da zona central da cidade”, com a abertura de duas novas estações: Estrela e Santos”.

O objetivo é ligar o Rato ao Cais do Sodré, obtendo-se assim uma linha circular a partir do Campo Grande com as linhas Verde e Amarela. As restantes linhas passam a funcionar como radiais – linha Amarela de Odivelas a Telheiras, linha Azul (Reboleira – Santa Apolónia) e linha Vermelha (S. Sebastião – Aeroporto).

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Portugueses ganharam em média 1.038 euros em 2019. Salários subiram 2,6%

Em 2019, a remuneração regular subiu 2,6% para 1.038 euros mensais. Em 2018, o salto tinha sido menos expressivo. Nos últimos cinco anos, salários totais aumentaram quase 9%, em termos acumulados.

O salário médio dos trabalhadores portugueses voltou a crescer em 2019, atingindo os 1.038 euros mensais. De acordo com os dados divulgados, esta sexta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística, as remunerações brutas regulares aumentaram, no último ano, 2,6%, salto que compara com a subida menos expressiva de 1,7% registada em 2018. Em termos acumulados, nos últimos cinco anos, os salários cresceram quase 9%.

Os setores da eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio e das atividades financeiras e seguros contabilizaram as remunerações totais (incluindo subsídios de férias e de Natal, bem como outras componentes salariais) mais elevadas, tendo ainda assim registado subidas, em termos homólogos, modestas: 0,3% para 3.032 euros mensais e 0,5% para 2.507 euros mensais, respetivamente.

Do outro lado da tabela, os setores da agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca e do alojamento, restauração e similares registaram os salários médios mais baixos, embora se tenham verificado subidas expressivas em ambos os casos: 3,5% para 801 euros mensais e 3,6% para 824 euros mensais, respetivamente.

Já nas Administrações Públicas, tanto as remunerações regulares (isto é, sem subsídios) e totais cresceram menos do que na generalidade do mercado de trabalho. Em causa estão saltos de 2,2% e 2,6%, que comparam com os aumentos referidos de 2,6% e 2,7% registados na globalidade.

Ainda assim, os salários médios (tanto regulares, como totais) no Estado mantiveram-se acima daqueles registados na generalidade, tendo a remuneração bruta total subido de 1.799 euros para 1.845 euros (1.276, na globalidade do mercado de trabalho) e a remuneração bruta regular aumentado de 1.493 para 1.526 euros (1.038, na globalidade).

No que diz respeito à dimensão das empresas, o INE adianta que a remuneração média total ficou nos 804 euros para as empresas com um a quatro trabalhadores, enquanto nas empresas com 250 a 499 trabalhadores o salário médio total foi de 1.578 euros. Nas empresas de maior dimensão (mais de 500 trabalhadores), a remuneração média foi ligeiramente inferior a esta última: 1.562 euros. “A remuneração média por trabalhador no escalão de 50 a 99 trabalhadores (1.257 euros) foi a que se situava mais próxima do total da economia (1.276 euros)”, sublinha o Instituto Nacional de Estatística.

Tudo somado, de 2014 a 2019, a remuneração total auferida pelos trabalhadores portugueses aumentou, em termos acumulados 8,7% de 1.173 euros para 1.276 euros. Entre as pequenas e médias empresas esse salto foi mesmo mais acentuado (10,5% de 1.011 euros para 1.116 euros) do que entre as grades empresas (6,8% de 1.465 euros para 1.565 euros).

Salário médio estava nos 998 euros em janeiro de 2018

Fonte: INE

“Existe vasta evidência empírica de que as empresas de maior dimensão remuneram melhor, em média, os seus trabalhadores, isto é, de que existe um prémio salarial associado à dimensão da empresa“, frisa ainda o INE, referindo que a produtividade é a chave para explicar essa diferença.

Nas empresas maiores, os trabalhadores têm a oportunidade de se especializarem “num número limitado de tarefas, tornando-se mais eficientes e mais produtivos na execução dessas tarefas e esta vantagem pode traduzir-se em salários superiores”. Por outro lado, as empresas desta dimensão estão em vantagem porque podem recrutar trabalhadores altamente qualificados, têm maior intensidade de capita e têm maiores taxas de sindicalização, “características que, em geral, estão associadas ao pagamento de salários mais elevados”, remata o INE.

Estes dados são conhecidos numa altura em que os parceiros sociais estão a trabalhar com o Governo no sentido de chegar a um acordo sobre competitividade e rendimentos. O Executivo já disse que quer ver os salários a crescer acima da produtividade e da inflação (o que implicaria uma subida mínima de 2,7% em 2020), defendendo na negociação de referenciais por setor.

(Notícia atualizada às 12h00)

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“A liderança do PS nunca foi uma ambição minha”, diz Fernando Medina

  • ECO
  • 7 Fevereiro 2020

Em entrevista ao Observador, Fernando Medina garante que a liderança do partido socialista não é sua ambição. "Não sonho com isso", assegura.

Fernando Medina defende que a sua vida “nunca foi orientada” no sentido de atingir determinadas posições ou cargos, adiantando que a liderança do PS nunca foi uma ambição sua. Em entrevista ao Observador, o socialista e atual presidente da Câmara de Lisboa sublinha que esse lugar é o “mais exigente e mais ingrato” do sistema político português.

“Os políticos têm ambições. Mas a liderança do PS nunca foi uma ambição minha”, garante Medina, explicando que cresceu num meio em que a política era sinónimo de “melhorar as condições de vida das pessoas” e não chegar a determinadas posições de destaque. “A minha vida nunca foi orientada nesse sentido. Não sonho com isso. Os líderes dos partidos devem ser os que respondem às necessidades que o país tem. E não sabemos qual é a necessidade que o país terá nesse futuro longínquo em que António Costa abandonará a liderança”, frisa.

Além disso, o socialista lembra que foi “apoiante desde a primeira hora de António Costa”, referindo, quando questionado sobre se o futuro líder do PS terá uma missão difícil ao seguir os passos de Costa, que foi também difícil suceder ao atual primeiro-ministro na liderança da Câmara de Lisboa.

Sobre a possibilidade de suceder a Mário Centeno como ministro das Finanças, António Medina afirma que tal não seria “propriamente uma despromoção”, mas defende: “Ser presidente da Câmara de Lisboa é um cargo que me honra imenso”. “Quando vi essa do ministro das Finanças lembrei-me daquela frase do António Vitorino: ‘Não há festa nem festança que não venha a dona Constança’. O meu nome já tinha vindo para as europeias, para Comissário Europeu, ministro das Finanças“, remata.

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Défice comercial aumenta em 2,8 mil milhões em 2019. Importações crescem

As importações cresceram mais do que as exportações no ano passado, agravando o défice da balança comercial, adianta o INE.

O défice da balança comercial de bens aumentou 2.842 milhões de euros em 2019, sendo que as importações cresceram mais do que as exportações, que abrandaram, de acordo com os dados revelados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

No conjunto do ano de 2019, as exportações aumentaram 3,6%, enquanto as importações de bens cresceram 6,6%, o que representa uma desaceleração face a 2018, quando subiram 5,1% e 8,1%. O défice comercial atingiu assim os 20.399 milhões de euros em 2019.

Excluindo os combustíveis e lubrificantes, continua a verificar-se um crescimento superior das importações, segundo a análise do gabinete de estatísticas. Ainda assim, o défice da balança comercial sem incluir esta categoria seria inferior, situando-se nos 14.954 milhões de euros.

Já no último mês do ano passado, as exportações aumentaram 5,4% e as importações 1,2%, em relação ao mesmo período do ano anterior, em termos nominais. Para o desempenho das exportações contribuiu o acréscimo de 38,5% dos combustíveis e lubrificantes, e o decréscimo dos automóveis para transporte de passageiros em 26,2%.

A diminuição das exportações de automóveis no último mês do ano passado deve-se à comparação com a “elevada exportação registada em dezembro de 2018, após o desbloqueio da saída destes bens do porto de Setúbal”, já que foi o mês seguinte à greve de estivadores, explica o INE.

(Notícia atualizada às 11h40)

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PwC alerta para perdas da Worten em Espanha. Empresa diz-se “comprometida” com negócio

  • ECO
  • 7 Fevereiro 2020

Auditor coloca dúvidas sobre a capacidade de a empresa continuar a operar em Espanha. Worten destaca plano de revitalização naquele mercado focado no digital e diz já ter encerrado 14 lojas físicas.

A filial espanhola da Worten está a passar por dificuldades, situação que a coloca à beira da dissolução, defende a PwC, revela o Cinco Días esta sexta-feira. A empresa do universo Sonae rebate essas afirmações, dizendo estar “comprometida” com a operação em Espanha, assente na implementação de um plano de revitalização focado na melhoria da rentabilidade e na aposta no digital.

“A Worten continua comprometida com a sua operação em Espanha e continuará a desenvolver a sua estratégia e a honrar todos os seus compromissos, beneficiando do apoio e solidez de um acionista de referência que é a Sonae”, diz fonte oficial da Worten.

A empresa reagiu desta forma à notícia desta sexta-feira do jornal espanhol que diz que, desde a aquisição em 2008 da antiga Boulanger, a subsidiária espanhola da cadeia portuguesa de distribuição pertencente à Sonae regista perdas constantes. Em 2018, as perdas somaram 26 milhões de euros, 23% acima do ano anterior, valor que soma aos mais de 320 milhões que aparecem no balanço da Worten como “perdas de anos anteriores”.

Na primeira metade de 2019, essas perdas tiveram continuidade, sendo que o auditor — a PwC — coloca dúvidas sobre a capacidade de a empresa continuar a operar. Num relatório de auditoria, a PwC fala na difícil situação patrimonial, adiantando que as perdas acumuladas até ao primeiro semestre de 2019 “reduziram o património líquido a um valor inferior a metade do valor do capital social”.

Tal, lembra o auditor, coloca a empresa em risco de dissolução e fala em “incerteza material” e em “dúvidas significativas” relativamente à capacidade de a empresa continuar a operar.

Perante as dificuldades da filial espanhola, a Sonae fez uma injeção de 25 milhões de euros. Uma “indicação do seu apoio financeiro” que foi acompanhado por um novo plano de negócio aprovado durante aquele ano com a expectativa de “obter resultados positivos no médio prazo”. Em específico, obter lucros antes de impostos em 2021.

Contudo, a PwC diz que o plano de negócios nunca lhe passou pelas mãos. “A empresa não nos forneceu as bases com as quais se baseou para preparar o plano de negócios acima mencionado. Consequentemente, não fomos capazes de ficarmos satisfeitos com a sua razoabilidade“, diz o auditor.

Já a Worten rebate os alertas da PwC, dizendo que “iniciou a implementação de um plano de revitalização das suas operações em Espanha Continental, com o objetivo de melhorar a sua rentabilidade, tal como comunicado ao mercado já em 2019”.

Relativamente a esse plano, diz passar “pela aposta num modelo omnicanal, que conjuga lojas físicas e online, bem como pela redução de outros custos operacionais”. A esse propósito diz ainda que “promoveu o crescimento dos canais digitais e o encerramento de 14 lojas físicas sem viabilidade económica no contexto competitivo atual, o que permitiu desde logo melhorar a rentabilidade da operação, servindo mais clientes de forma mais eficiente”.

(Notícia atualizada às 12h16 com a posição da Worten)

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Fapil pioneira no fabrico de artigos para a casa a partir de lixo marítimo reciclado

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2020

A Fapil apresenta a primeira gama de artigos de limpeza e de arrumação para a casa fabricados a partir de lixo marítimo reciclado.

A Fapil apresenta esta sexta-feira a primeira gama de artigos de limpeza e de arrumação para a casa fabricados a partir de lixo marítimo reciclado na maior feira mundial de artigos para o lar, em Frankfurt, na Alemanha.

“Vamos ser os primeiros no mercado a fazer o aproveitamento de redes e cordas de pesca, todo o material que resulta da indústria piscatória, que não tinham encaminhamento, para fabricar produtos para a casa”, anunciou o presidente executivo desta empresa portuguesa, Fernando Teixeira, à agência Lusa.

A nova gama de artigos, como escovas, esfregonas, vassouras, baldes ou caixas de arrumação, está a ser fabricada contendo 20% de resíduos marítimos reciclados.

“Cada um de nós tem de fazer o que está ao seu alcance e a Fapil procura alternativas que possam ajudar o ambiente, procurar materiais que não estavam a ter um destino para serem valorizados”, sustentou.

No caso dos resíduos marítimos reciclados, “iam para incineração ou para aterros e a Fapil está a dar uma segunda vida a estes produtos em artigos que todos temos em casa para utilizar”, disse.

“Em termos de padrões, é uma gama muito incerta, porque estamos a utilizar diretamente esse plástico da pesca. Não queremos introduzir processos complementares”, explicou.

Com a nova gama de produtos, espera aumentar este ano para 22 milhões de euros o seu volume de negócios, acima dos 19,6 milhões de euros do ano anterior.

“Somos uma empresa essencialmente nacional, com pouca exportação e acreditamos que isto nos vai catapultar para os mercados internacionais”, frisou o presidente executivo.

As exportações representam 10% da sua produção e o objetivo é chegar a médio prazo aos 50%, faturando mais 10 milhões de euros.

A nova linha de produtos vai chegar aos consumidores entre o final deste mês e o início de março.

O objetivo é, no futuro, fabricar estes artigos usando 100% deste tipo de plástico.

Fundada há 45 anos, esta empresa com sede na Malveira, concelho de Mafra e distrito de Lisboa, desde há 20 anos que começou a fabricar produtos usando plástico reciclado e preocupa-se com a sustentabilidade ambiental e em “despertar consciências” para o reaproveitamento de resíduos.

Esta indústria já investiu na substituição de equipamentos fabris mais eficientes e numa central fotovoltaica, e introduz os seus desperdícios fabris no processo de produção de novos artigos.

Com cerca de 130 trabalhadores, a Fapil afirma ser líder de mercado em Portugal no desenvolvimento, produção e comercialização de acessórios de limpeza, como esfregonas, vassouras, baldes ou caixas de arrumação, e faturou 19,6 milhões de euros em 2019, um aumento de 5% face a 2018.

Notícia corrigida às 11h30 com o aumento do volume de negócios de 5% e não de 15% como avançado inicialmente pela Lusa

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