Covid-19: Amorim Luxury fecha restaurantes e lojas na Avenida da Liberdade

Grupo Amorim Luxury decidiu encerrar temporariamente e, a partir desta sexta-feira, os restaurantes e as lojas que tem na Avenida da Liberdade, em Lisboa.

A Amorim Luxury, dona do restaurante JNcQUOI ou das lojas da Fashion Clinic, em Lisboa, decidiu “encerrar temporariamente” os seus restaurantes JNcQUOI Avenida, JNcQUOI ASIA e Ladurée, o JNcQUOI CLUB e também as suas lojas Fashion Clinic e Gucci situadas em Lisboa, no Porto e no Algarve, na sequência da propagação do coronavírus.

“Tendo em conta os interesses superiores de saúde pública, e em nome do bem-estar dos seus clientes, colaboradores e suas famílias e como medida preventiva face ao surto e crescente ameaça do vírus Covid-19, entendeu após uma avaliação responsável da situação, encerrar temporariamente e a partir de amanhã, dia 13 de março, os seus restaurantes (…) bem como as suas lojas”, explicou o grupo Amorim Luxury, em comunicado.

Além do encerramento temporário dos restaurantes e lojas, o grupo informa ainda que a abertura da nova loja Dolce & Gabbana, na Avenida da Liberdade, será também adiada. “A reabertura de todos os espaços fica condicionada à reavaliação e acompanhamento permanente da evolução da pandemia”, assinala ainda o comunicado.

Esta manhã, na atualização da DGS, as autoridades deram conta de que, em Portugal, são já 78 os infetados pelo Covid-19. Muitas empresas estão a colocar os trabalhadores a trabalhar remotamente. O conselho de ministros reúne-se esta noite, a partir das 20 horas, para aprovar medidas que decorrerão das recomendações do Conselho de Saúde Pública.

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FPF suspende futebol não profissional. Capitães querem suspensão da Liga Nos e II liga

A Federação Portuguesa de Futebol decidiu suspender todas as competições de futebol e futsal que são organizadas por este organismo. Os capitães das I e II ligas também defendem a medida.

A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) decretou a suspensão das competições de futebol e futsal que são organizadas por este organismo, uma medida de prevenção para evitar o contágio pelo novo coronavírus. A suspensão entra em vigor a 13 de março e manter-se-á “por tempo indeterminado”.

“Face à limitação crescente de acesso a instalações desportivas e à necessidade de toda a população seguir medidas eficazes de higiene e etiqueta respiratória, foi decidido suspender as competições nacionais de futebol e futsal organizadas pela Federação Portuguesa de Futebol. A medida é aplicada a partir de 13 de março e vigora por tempo indeterminado”, lê-se num comunicado da FPF.

A decisão de suspender o Campeonato de Portugal (terceiro escalão) e as competições de futsal — casos do campeonato e da Taça –, que iam realizar-se sem público, foi tomada numa reunião do grupo de emergência criado pelo presidente da FPF, Fernando Gomes.

Instantes depois, os capitães da I e II ligas pediram a suspensão destes dois campeonatos organizados pela Liga Portugal. A revelação, noticiada pelo Expresso, foi feita pelo Sindicato dos Jogadores.

A suspensão acontece numa altura em que o número de pessoas infetadas pelo novo coronavírus em Portugal subiu de 59 para 78, informou a Direção-Geral da Saúde (DGS). Até à passada meia-noite, não tinha sido registada qualquer morte por Covid-19 no país.

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Noruega, Dinamarca e Lituânia encerram escolas e universidades por causa do coronavírus

  • Lusa
  • 12 Março 2020

Face à propagação do coronavírus, a Noruega, a Dinamarca e a Lituânia decidiram encerrar as escolas. Em Portugal, o fecho foi descartado, por enquanto.

A Noruega e a Lituânia decidiram fechar creches, escolas e universidades durante pelo menos duas semanas, uma medida que o Governo dinamarquês também decidiu adotar sem mencionar o período de encerramento.

Em Oslo, capital da Noruega, foram proibidas reuniões com mais de 50 pessoas e o palácio real norueguês indicou que todos os compromissos oficiais até o início de abril serão cancelados ou adiados. “Estamos em território desconhecido, aqui”, salientou a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, citada pela agência Bloomberg, em conferência de imprensa de emergência realizada na quarta-feira à noite.

Nunca experimentámos algo assim antes“, acrescentou. Os Governos escandinavos estão a impor medidas de emergência para isolar os cidadãos, num esforço para impedir a propagação do novo coronavírus. Os dinamarqueses foram aconselhados a parar com os apertos de mãos e os abraços quando cumprimentam e todos aqueles que podem trabalhar a partir de casa foram instados a fazê-lo.

Os decretos ocorreram pouco depois de a Organização Mundial de Saúde declarar na quarta-feira o a doença Covid-19 como pandemia e de apelar aos Governos que intensificassem os seus esforços para combater o contágio. “Todos os empregadores do setor privado são incentivados a garantir que o maior número possível de funcionários possa trabalhar em casa”, sublinhou Frederiksen.

A Lituânia suspendeu concentrações com mais de 100 pessoas e encerrou museus, cinemas e clubes desportivos. Na capital, Vilnius, o isolamento foi anunciado para durar cinco semanas.

O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.600 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia. O número de infetados ultrapassou as 125 mil pessoas, com casos registados em cerca de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados.

A China registou nas últimas 24 horas 15 novos casos de infeção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), o número mais baixo desde que iniciou a contagem diária, em janeiro. Até à meia-noite de quarta-feira (16:00 horas em Lisboa), o número de mortos na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, subiu em 11, para 3.169. No total, o país soma 80.793 infetados.

Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto. A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 12.000 infetados e pelo menos 827 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.

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Finanças adiam prazos para empresas pagarem impostos

  • Lusa
  • 12 Março 2020

Já foi publicado o despacho do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais que estende os prazos do pagamento especial por conta e da entrega do IRC.

As Finanças adiaram os prazos para o pagamento especial por conta até 30 de junho e da entrega declaração de IRC até 31 de julho, face ao surto do novo coronavírus, de acordo com um despacho governamental.

O despacho, assinado pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, e publicado no Portal das Finanças, determina que “o pagamento especial por conta a efetuar em março nos termos do n.º1 do artigo 106.º do Código do IRC pode ser efetuado até 30 de junho de 2020” sem acréscimos ou penalidades.

Já a declaração periódica de rendimentos de IRC (declaração Modelo 22) do período de tributação de 2019, “pode ser cumprida até 31 de julho de 2020, sem quaisquer acréscimos ou penalidades”, pode também ler-se no despacho.

O mesmo documento autoriza também que “o primeiro pagamento por conta e o primeiro pagamento adicional por conta a efetuar em julho […] podem ser efetuados até 31 de agosto de 2020”, também sem acréscimos ou penalidades.

“Para mitigar o impacto económico da doença e diminuir os efeitos que eventuais medidas de contingência adotadas pelas empresas e serviços públicos possam vir a representar ao nível do cumprimento voluntário das obrigações fiscais, importa conceder uma dilação dos prazos de cumprimento voluntário destas obrigações”, justifica, desta forma, o secretário de Estado no documento.

No despacho datado de segunda-feira, as Finanças concedem ainda “como condições bastantes à verificação da figura do justo impedimento as situações de infeção ou de isolamento profilático reconhecidas por autoridade de saúde competente”. António Mendonça Mendes decretou também que “deve reforçar-se a divulgação de informação no Portal das Finanças sobre os serviços eletrónicos e de atendimento telefónico que devem ser utilizados de forma preferencial para evitar deslocações presenciais aos serviços de finanças”.

O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.600 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia. O número de infetados ultrapassou as 125 mil pessoas, com casos registados em cerca de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados.

Esta quinta-feira, a Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou o número de infetados, que registou o maior aumento num dia (19), ao passar de 59 para 78, dos quais 69 estão internados. A região Norte continua a registar o maior número de casos confirmados (36), seguida da Grande Lisboa (17) e das regiões Centro e do Algarve (três cada).

O boletim divulgado esta quinta-feira assinala também que há 133 casos a aguardar resultado laboratorial e 4.923 contactos em vigilância, mais 1.857 do que na quarta-feira.

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PSD apoia implementação de medidas “mais restritivas” para travar Covid-19

  • ECO
  • 12 Março 2020

Com a possibilidade do encerramento de escolas em cima da mesa, Rui Rio garante que apoiará "todas as medidas que entenda, quer do ponto de vista politico e técnico, mesmo que não sejam simpáticas".

“Em nome do interesse nacional”, o presidente do PSD vai apoiar a implementação de medidas “mais restritivas”, “mesmo que não sejam simpáticas”, que ajudem a travar a expansão do coronavírus, porque “mais vale prevenir do que remediar”, disse Rui Rio no final da reunião com o primeiro-ministro. Esta é o primeiro de um conjunto de encontros que António Costa vai ter com todos os partidos antes de tomar uma decisão sobre as medidas a adotar, no Conselho de Ministros que ficou adiado para as 20h00 desta quinta-feira.

O PSD apoiará “todas as medidas que entenda, quer do ponto de vista politico e técnico, mesmo que não sejam simpáticas, é nosso dever, em nome do interesse nacional, apoiar essas medidas”, disse Rui Rio, em declarações aos jornalistas transmitidas pelas televisões.

“O encerramento de escolas não é simpático, e o Governo pode precisar de apoio em medidas restritivas deste género, pelo que esse apoio terá. Porque ser prudente, neste caso, é tomar medidas”, sublinhou o presidente do PSD dando assim respaldo para que António Costa vá além da opinião “técnica” do Conselho Nacional de Saúde Pública (CNSP) que aponta que as escolas só devem encerrar por ordem das autoridades de saúde.

O encerramento de escolas não é simpático, e o Governo pode precisar de apoio em medidas restritivas deste género, pelo que esse apoio terá. Porque ser prudente, neste caso, é tomar medidas.

Rui Rio

Presidente do PSD

Admitindo que a situação é “eventualmente mais grave do que até à data se pensava”, Rio sublinhou que é “dever” do PSD sugerir ao Executivo medidas que não tenham sido adotadas. Sem nunca se referir à palavra quarentena, Rio reconheceu que é necessário “arranjar forma de evitar que os jovens se encontrem noutro lado”, caso o encerramento das escolas avance.

“Não adianta muito encerrar as escolas e não cuidar que os estudantes não se venham a encontrar noutro sítio qualquer. Estar de quarentena não é estar de férias, é estar resguardado. Por isso é preciso que, de cada vez que se toma uma medida se tome logo medidas colaterais para que a medida inicial não seja anulada”, acrescentou.

(Notícia atualizada)

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Sport TV transmite jogos da Liga Nos em sinal aberto

  • ECO
  • 12 Março 2020

Na sequência da decisão de realização dos jogos da Liga Nos sem público por causa do coronavírus, a Sport TV decidiu que as próximas duas jornadas serão transmitidas em sinal aberto.

A Sport TV vai transmitir todos os jogos das próximas duas jornadas da Liga Nos de futebol em sinal aberto no Sport TV +. Esta decisão surge na sequência do anúncio de realização dos jogos de futebol da Liga Nos à porta fechada, para evitar os riscos de contaminação do novo coronavírus Covid-19.

“A SPORT TV comunica que em conjunto com os operadores nacionais MEO, NOS e VODAFONE que distribuem os seus canais, irá transmitir no seu canal SPORT TV+, aberto a todos os assinantes dos pacotes de acesso básico de pay tv destes operadores, todos os jogos das próximas 2 jornadas da Liga NOS”, revela a empresa liderada por Nuno Ferreira Pires em comunicado.

O número de pessoas infetadas em Portugal pelo novo coronavírus subiu de 59 para 78, informou a Direção-Geral da Saúde (DGS) na atualização diária à evolução da epidemia. Até à meia-noite, não tinha sido registada qualquer morte por Covid-19 no país.

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Comerciantes do Porto com quebras de 30% começam a recorrer à banca

  • Lusa
  • 12 Março 2020

Na sequência do coronavírus os comerciantes do Porto estão a registar quebras superiores a 30% e já estão a começar a recorrer à banca para pedir empréstimos e reduzir os custos.

Os comerciantes do Porto estão a registar quebras superiores a 30% por causa da pandemia da Covid-19 e estão a começar a recorrer à banca para pedir empréstimos e estão a reduzir os custos, disse esta quinta-feira fonte oficial.

“Face à quebras que se está a sentir e que ultrapassa os 30%, os comerciantes do Porto estão a adotar medidas de sustentabilidade económica mais gravosas como recorrer à banca e reduzir custos”, declarou esta quinta-feira à Lusa o presidente da Associação de Comerciantes do Porto, Joel Azevedo.

Outras das medidas para prevenir a pandemia que os comerciantes estão a tomar é aconselhar os colaboradores para não interagirem de muito perto com o público.

“Esta pandemia vai ter repercussões a vários níveis e o desemprego é uma delas”, observou Joel Azevedo, assumindo que o “panorama é preocupante” e que “há uma preocupação generalizada”.

Como prevenção, alguns estabelecimentos de diversão noturna da cidade do Porto, como por exemplo os Maus Hábitos, decidiram fechar as portas. A anulação de congressos e de outros eventos estão a ser anulados e ,como consequência, os restaurantes estão a receber cancelamentos de reservas, referiu.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou dia 11 de março a doença Covid-19 como pandemia. A doença foi detetada em dezembro, na China, e até ao momento provocou mais de 4.500 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ultrapassou as 124 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou esta quinta-feira o número de infetados, que registou o maior aumento num dia (19), ao passar de 59 para 78, dos quais 69 estão internados.

As medidas já adotadas em Portugal para conter a pandemia incluem, entre outras, a suspensão das ligações aéreas com a Itália, a suspensão ou condicionamento de visitas a hospitais, lares e prisões, a suspensão de atividades letivas em escolas e universidades e a realização de jogos de futebol sem público.

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BCE corta crescimento da Zona Euro para 0,8%. “Coronavírus terá impacto significativo”, alerta Lagarde

Instituição liderada por Christine Lagarde reviu em baixa as projeções de crescimento devido às implicações da pandemia. E admite que estas já poderão estar até desatualizadas.

O surto de coronavírus terá um “impacto significativo” na economia da Zona Euro e levou o Banco Central Europeu (BCE) a cortar novamente a projeção de crescimento económico da região para este ano. A presidente Christine Lagarde anunciou esta quinta-feira que a instituição antecipa uma expansão do produto interno bruto (PIB) de apenas 0,8% este ano, menos 0,3 pontos percentuais que o esperado nas últimas estimativas, em dezembro.

“Os últimos dados indicam um agravamento considerável das perspetivas económicas”, disse Lagarde. “A disseminação do coronavírus tem sido um choque enorme para as perspetivas de crescimento das economias global e da Zona Euro e tem pesado na volatilidade dos mercados. Mesmo que venha a ter uma natureza temporária, terá um impacto significativo na atividade económica”.

Após o crescimento de 0,8% esperado este ano, o BCE projeta uma expansão do PIB da Zona Euro cresça 1,3% em 2021 (menos 0,1 pontos percentuais face à anterior estimativa) e 1,4% em 2022 (inalterado face à projeção de dezembro). A presidente do BCE sublinhou que a pandemia está avançar rapidamente pelo que as projeções poderão até já estar desatualizadas. Ou seja, a francesa deixou a porta a novas revisões em baixas.

Já no que diz respeito à inflação, a elevada incerteza levou o BCE a manter as estimativas inalteradas, esperando que acelere 1,1% em 2020, 1,4% em 2021 e 1,6% em 2022. Além do coronavírus, “a queda recente nos preços do petróleo representa um risco significativo para o outlook de curto prazo da inflação”, afirmou, referindo-se à guerra de preços entre os maiores produtores de petróleo do mundo.

Recessão? Vai depender dos gastos orçamentais dos governos

Questionada sobre a possibilidade de uma recessão, a presidente do BCE não rejeitou que possa acontecer, tendo apontado para a “rapidez e força de uma abordagem coletiva”. Lagarde — que desde que chegou ao cargo, em novembro, tem chamado a atenção dos Estados para usarem política orçamental para estimular a economia — tem reforçado este discurso, dizendo que é necessária a intervenção dos governos da Zona Euro. Esta quinta-feira voltou a fazê-lo.

Governos e todas as outras instituições políticas são chamadas a tomar ações oportunas e direcionadas para responder aos desafios de saúde pública para conter a disseminação do coronavírus e mitigar o impacto económico. Em particular, é necessária uma política orçamental ambiciosa e coordenada para apoiar negócios e trabalhadores em risco”, afirmou Lagarde.

Do lado do BCE, foi anunciado esta quinta-feira um pacote de medidas para tentar travar o impacto do coronavírus. O Conselho de Governadores decidiu reforçar o programa de compra de ativos, com um acréscimo temporário de 120 mil milhões de euros até ao final do ano (além dos 20 mil milhões mensais atualmente em curso).

Governos e todas as outras instituições políticas são chamadas a tomar ações oportunas e direcionadas para responder aos desafios de saúde pública para conter a disseminação do coronavírus e mitigar o impacto económico. Em particular, é necessária uma política orçamental ambiciosa e coordenada para apoiar negócios e trabalhadores em risco.

Christine Lagarde

Presidente do BCE

A instituição irá igualmente melhorar as condições da terceira ronda de empréstimos temporários Targeted Longer-Term Refinancing Operations (TLTRO) III, que pretende apoiar a liquidez imediata do sistema financeiro. O juro será 25 pontos base abaixo da média e poderá baixar para bancos que deem mais financiamento. Estas operações irão decorrer entre junho de 2020 e junho de 2021 e, até lá haverá uma ronda extraordinária de empréstimos com as mesmas condições. O objetivo é aumentar a liquidez na banca e incentivar as instituições financeiras a financiarem as empresas mais afetadas pelo vírus.

Em simultâneo, há medidas também ao nível da supervisão bancária. O BCE aliviou o cumprimento das exigências de rácios de capital por parte dos bancos da Zona Euro, num esforço para assegurar que as instituições financeiras vão continuar a financiar as famílias e empresas da região. Adiantou também que as regras para os créditos em incumprimento dão aos supervisores nacionais flexibilidade suficiente para ajustar as medidas específicas para os bancos nesta matéria.

Ao contrário do que se esperava (especialmente tendo em conta os cortes surpresa anunciados pela Reserva Federal norte-americana e pelo Banco de Inglaterra), as taxas de juro que não sofreram quaisquer alterações. O conselho do BCE manteve a taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento e as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez e à facilidade permanente de depósito inalteradas em 0,00%, 0,25% e −0,50%, respetivamente.

Revisão estratégica adiada. Reunião em teleconferência

Não são só as políticas do BCE que estão a ser influenciadas pelo surto e também o funcionamento interno está a ser alterado. O banco central já tinha anunciado que ia começar a funcionar em regime de teletrabalho, de forma a testar os planos de emergência preparados para enfrentar o surto do novo coronavírus. De acordo com os planos da instituição, os cerca de 3.700 funcionários do BCE já estão a trabalhar em regime de teletrabalho desde segunda-feira para testar os planos de emergência da instituição.

Lagarde anunciou que o board irá dividir-se em duas equipas pelo que a própria irá dividir funções com o vice-presidente Luis de Guindos. Já o Conselho de Governadores (bem como a conferência de imprensa que se segue) irá ser feito todo através de teleconferência. Na reunião desta quinta-feira, o português Carlos Costa já participou a partir de Lisboa, como confirmou o Banco de Portugal ao Jornal de Negócios.

Com outros problemas em mãos, a revisão estratégica do BCE ficará para segundo plano. O banco central arrancou em janeiro com a primeira revisão desde 2003, justificando que desde então verificaram-se alterações estruturais profundas na economia do euro e do mundo, apontando para a diminuição do crescimento e da produtividade, para o envelhecimento da população, bem como para o legado da crise financeira que levou à adoção de instrumentos de política monetária nunca antes usados.

A revisão estratégica está claramente adiada de momento. Decidimos em especial adiar por seis meses o primeira grande reunião que estava agendada para o início de abril”, acrescentou a francesa, na conferência de imprensa.

(Notícia atualizada às 14h50)

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Startup ubbu quer ajudar escolas a implementar ensino à distância

Ferramenta criada pela startup passa a ser disponibilizada gratuitamente e pode ser usada remotamente, em casa.

ubbu quer facilitar a vida às escolas que tenham de fechar devido ao coronavírus.ubbu

A ubbu quer ajudar as escolas a garantirem atividades à distância e, na sequência das notícias sobre o coronavírus, disponibiliza gratuitamente a plataforma de ensino de programação às crianças cujas escolas foram encerradas devido à pandemia.

A plataforma digital ensina programação nas escolas a crianças com idades compreendidas entre os seis e os 12 anos. À semelhança do que fizeram outras plataformas mundiais de software, a startup “une-se aos esforços para minimizar o impacto na educação e na sociedade”, informa a empresa em comunicado.

A ubbu passa a estar acessível remota e gratuitamente a escolas nacionais do 1.º ao 6.º ano de escolaridade e que se vejam obrigadas a encerrar devido ao Covid-19.

“Preparámos esta solução para que os alunos que já estavam a seguir o programa não saiam prejudicadas e para que outros que tenham sido forçados a ficar em casa possam ocupar o seu tempo de forma produtiva. As escolas encerradas em Felgueiras já estão a receber apoio em regime remoto e foram o exemplo impulsionador desta ação”, diz João Magalhães, CEO da ubbu, citado em comunicado.

Para se inscreverem, as escolas interessadas devem preencher este formulário. O acesso gratuito estende-se até junho. Esta data pode ser adiada caso a conjuntura se agrave, detalha a ubbu.

Lançada pela Academia de código em janeiro do ano passado, a ubbu está presente em metade dos agrupamentos escolares de Portugal continental e tem acordos estabelecidos para ensinar programação a mais de um milhão de crianças em todo o mundo. Em Portugal já ensina programação a mais de 60 mil crianças.

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Nos continua líder na TV paga, Altice aproxima-se e Vodafone é a que mais cresce

  • Lusa
  • 12 Março 2020

A Nos continua a liderar a TV paga em Portugal, mas está a perder terreno. A Vodafone foi a operadora que mais cresceu em termos líquidos, segundo dados da Anacom.

O número de assinantes do serviço de distribuição de sinais de TV por subscrição atingiu 4,1 milhões no final de 2019, mais 147 mil novos assinantes, representando um crescimento de 3,7% face a 2018, divulgou a Anacom. A Nos continua a ser a líder neste segmento, mas está a perder terreno para a Altice e a Vodafone foi a operadora que mais cresceu.

De acordo com uma nota de imprensa da Anacom, o crescimento do serviço de televisão paga “deveu-se exclusivamente às ofertas suportadas em fibra ótica, que registaram mais 285 mil assinantes em relação ao ano anterior, o que se traduz num aumento de 17,5%”.

As restantes tecnologias tiveram um comportamento negativo em 2019, baixando 20,2% no caso do ADSL, menos 93 mil assinantes, 6,9% no recurso a satélite — DTH, menos 34 mil assinantes, e 0,7% na distribuição de TV por cabo, menos 10 mil assinantes.

Sendo desde o primeiro trimestre de 2018 a principal forma de acesso ao serviço de televisão por subscrição, no final de 2019, a fibra ótica chegava a cerca de 1,9 milhões de assinantes (46,9% do total), seguindo-se a TV por cabo, com cerca de 1,3 milhões de assinantes (32,7%), a tecnologia DTH, com 464 mil assinantes (11,4%), e o ADSL, com 370 mil (9,1%).

No final de 2019, cerca de 88% das famílias dispunham de televisão por subscrição (TVS), mais 2,7 pontos percentuais do que no ano anterior. Em termos de mercado, o grupo Nos era o prestador com a quota de assinantes de TVS mais elevada, 40,1%, seguindo-se a Meo, com 39,6%, a Vodafone, com 16,3% e a Nowo, com 3,9%.

A Vodafone e a Meo foram os prestadores que, em termos líquidos, mais assinantes captaram, face a 2018, tendo as suas quotas aumentado 1,1 e 0,4 pontos percentuais, respetivamente. No mesmo período, as quotas do Grupo Nos diminuíram 1,1 pontos percentuais e da Nowo diminuíram 0,4 pontos percentuais.

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Universidade Nova de Lisboa suspende todas as aulas presenciais a partir de segunda-feira

A instituição, que engloba nove faculdades, escolas e institutos, decretou a suspensão de todas as aulas presenciais a partir de segunda-feira.

A Nova de Lisboa juntou-se a muitas universidades que decidiram suspender as aulas presenciais devido ao coronavírus. Assim, a partir de segunda-feira, os alunos desta instituição, que engloba nove faculdades, escolas e institutos, passam a assistir às aulas através de plataformas digitais.

“No dia em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o Covid-19 pandemia, a Universidade Nova de Lisboa decidiu, a partir da próxima segunda-feira, dia 16 de março de 2020, suspender todas as aulas presenciais que ainda não tenham sido substituídas pelo ensino através de plataformas digitais“, lê-se no site da universidade e na página de Facebook da universidade.

Esta situação vai reavaliada a 13 de abril e, nesse dia, a instituição vai decidir se mantêm, ou não, este cenário. “A decisão visa reduzir os riscos de contágio e salvaguardar a segurança da comunidade da Nova, sendo tomada em alinhamento com as recomendações das autoridades de saúde, a quem compete decidir quais as medidas a implementar a cada momento”.

Sublinhando que “a principal preocupação da Nova é a segurança da sua comunidade académica”, a universidade refere que “informações mais detalhadas sobre o processo de adaptação em curso” serão dada pelas próprias faculdades, institutos e escolas.

A Universidade Nova de Lisboa é composta pela Faculdade de Ciências e Tecnologias, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Nova School of Business and Economics, Nova Medical School – Faculdade de Ciências Médicas, Faculdade de Direito, Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Nova Information Management School, Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier e Escola Nacional de Saúde Pública.

Esta decisão surge após várias universidades terem optado também pelo encerramento, como a Católica, Lusófona, Universidade de Évora, do Minho, de Coimbra e de Lisboa. Contudo, esta quarta-feira, o Governo afirmou que as escolas só devem encerrar por “determinação das autoridades de saúde”. A diretora geral da Saúde, Graça Freitas, referiu que o encerramento das escolas será “avaliado caso a caso”.

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Portugal Fashion mostra o melhor da moda nacional, mas à porta fechada

Todos os desfiles do Portugal Fashion serão realizados à porta fechada com transmissão em direto via streaming. O acesso é limitado e são várias as medidas de contingência em cima da mesa.

No ano que comemora o seu 25.º aniversário, o Portugal Fashion está a decorrer na Alfádega do Porto à porta fechada. Os modelos desfilam até sábado, mas com um plano de contingência bastante apertado, numa altura que subiu para 78 o número de pessoas infetadas em Portugal pelo novo coronavírus.

É uma edição realmente atípica num ano muito especial para nós onde depositamos uma grande expectativa. Temos o parecer técnico que estão reunidas as condições para que o que é profissional e não social, ou seja dinâmicas complementares aos desfiles, possam acontecer”, refere ao ECO a diretora do Portugal Fashion, Mónica Neto.

A diretora do Portugal Fashion explica ainda que “foi uma decisão bem ponderada”.Temos uma opinião técnica a dizer-nos que o risco de estar no Portugal Fashion é o mesmo que estar a trabalhar numa situação normal ou ir ao supermercado. Com estas palavras acabamos por ganhar algum conforto”, refere a diretora do Portugal Fashion. “Não estamos livres que alguma coisa possa acontecer como poderá acontecer a qualquer pessoa, neste momento, no seu dia-a-dia em qualquer espaço”, acrescenta.

Temos um plano de contingência e temos em cima da mesa uma série cuidados em relação ao funcionamento do evento.

Mónica Neto

Diretora do Portugal Fashion

A organização do evento foi aconselhada pela DGS e pelo Governo a tomar uma série de medidas preventivas. “Temos um plano de contingência e temos em cima da mesa uma série cuidados em relação ao funcionamento do evento”, explica Mónica Neto ao ECO.

“Fomos sempre estudando vários planos com a DGS e o Governo e fomos sempre muito bem acompanhados a esse nível. Foi planeando aquilo que era possível ser feito de forma a não comprometer nunca aquilo que é a componente profissional, a estratégia de comercialização e internacionalização destes designers todos que apresentam as suas coleções connosco”, esclarece Mónica Neto.

Este ano, a 46.ª edição do Portugal Fashion estendia-se até à Casa da Arquitetura em Matosinhos, que optou por fechar portas e cancelar todas as dinâmicas culturais. Com esta decisão o desfile de Katty Xiomara que ia decorrer amanhã na Casa da Arquitetura, será realizado na Alfândega do Porto.

Face ao perigoso de contágio, Inês Torcato anunciou que cancelou o desfile previsto para esta noite na Alfândega do Porto. A designer afirma que a decisão de cancelar o desfile onde iria apresentar a sua nova coleção outono/inverno 2020/21 “não foi tomada de ânimo leve e pede “compreensão”. “A apresentação da coleção é o culminar de muitos meses de trabalho que agora ficam postos de parte, mas por respeito à minha equipa, a mim mesma e a todas as pessoas envolvidas nesta apresentação, não posso, nem quero, expor ninguém a uma potencial situação de risco“, explica Inês Torcato, em comunicado.

O evento é restrito à equipa de bastidores, staff e profissionais de comunicação social portuguesa e influenciadores digitais credenciados. Está prevista a entrada externa de 150 a 170 pessoas, no máximo. Mónica Neto adianta ao ECO que esses números “estão abaixo do limite e estamos a ser bastantes contidos. Neste momento não temos mais do que 70 a 80 pessoas”, avança a diretora do Portugal Fashion.

Não estamos livres que alguma coisa possa acontecer como poderá acontecer a qualquer pessoa, neste momento, no seu dia-a-dia em qualquer espaço.

Mónica Neto

Diretora do Portugal Fashion

Face ao perigo de contágio e às recomendações do Governo a organização do Portugal Fashion decidiu cancelar o desfile de Luís Borges e o desfile do designer italiano Gilberto Calzolari, agendado para amanhã, porque o criador e equipa são oriundos de Itália, o segundo país mais afetado com esta pandemia mundial.

Para Mónica Neto, do ponto de vista económico, o coronavírus não está a afetar apenas a moda, está a afetar todos os setores a nível mundial, “principalmente a indústria que está a ser gravemente lesado com esta situação”.

(Notícia atualizada às 15h15)

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