Derrocada na Bitcoin. Já esteve a valer menos de 6.000 dólares

Bitcoin está em queda livre, tendo chegado a baixar da fasquia dos 6.000 dólares. Um dólar investido antes do sell-off vale agora perto de 70 cêntimos.

Com a pandemia do coronavírus a provocar uma razia nas bolsas, os investidores estão a procurar refúgio em ativos alternativos. Mas, entre eles não está a Bitcoin. O preço da criptomoeda mais popular do mundo afunda 22,28%, para perto dos 6.121,5 dólares, e já esteve a valer cerca de 5.800 esta quinta-feira.

À medida que os mercados financeiros vão aferindo os impactos económicos do vírus, as ações mundiais têm estado em constante queda. Esta quinta-feira, a decisão dos EUA de suspenderem por 30 dias a entrada no país de cidadãos oriundos da Europa provocou mais um sell-off, levando os títulos das companhias aéreas a afundarem até 20%.

Perante este cenário mais negro, os investidores têm liquidado posições e apostado em liquidez ou em ativos com valor intrínseco, como é o caso do ouro. Ora, no passado, os fãs e promotores de criptomoedas apresentaram este tipo de ativos virtuais como um potencial refúgio para os investidores em tempos difíceis.

Certo é que, perante a pandemia do Covid-19, um dólar investido na Bitcoin no dia antes do começo da derrocada (24 de fevereiro) valeria, atualmente, cerca de 79,65 cêntimos de dólar. Uma desvalorização acumulada de cerca de 20,35% em perto de duas semanas que deita por terra o argumento da eficiência deste ativo como refúgio para investidores.

A pressão vendedora no mercado de crypto não afeta só a Bitcoin. O preço do Ethereum derrapa 29% e o da Litecoin afunda 27%. A Tezos recua 34,3%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Alemanha com “dura recessão económica” em 2020 por causa da pandemia do vírus

  • Lusa
  • 12 Março 2020

O IfW, um dos principais institutos da Alemanha, prevê uma "dura recessão económica" no motor da economia da Zona Euro este ano, devido à pandemia do coronavírus. Vê forte recuperação em 2021.

O Instituto da Economia Mundial (IfW) de Kiel prevê uma “dura recessão económica” naquele que é o motor da economia da Zona Euro em 2020, exercício no qual o PIB poderá recuar 0,1%, devido à pandemia do novo coronavírus, seguida de uma forte recuperação em 2021.

O IfW, um dos principais institutos da Alemanha, indica que este “efeito em V” conjuntural ocorrerá não só neste país, mas também no conjunto das economias europeias e no resto do mundo, e adianta que as suasd contas públicas ainda serão ligeiramente positivas em 2020, mas apontam para um saldo algo negativo no próximo ano.

O instituto cita a pandemia como razão para a interrupção da recuperação da atividade que se tinha registado na Alemanha e que “custará mais de um ponto percentual de produção económica este ano”.

“A indústria está a voltar a cair em recessão, a economia nacional, que até agora tem sido o pilar do desenvolvimento económico, também está sob tensão”, explica o IfW.

“As consequências económicas concretas do novo coronavírus são atualmente difíceis de quantificar. O prognóstico está sujeito a uma considerável incerteza e baseia-se na suposição mais provável (…) de que a pandemia diminuirá em meados do ano e que haverá efeitos económicos significativos”, indica o economista chefe do IfW, Stefan Kooths.

O instituto conta com que o PIB se reduza 0,4% no primeiro trimestre de 2020 e 1% no segundo, mas adianta que em 2021 espera uma recuperação e que, depois de um recuo de 0,1% no conjunto deste ano, se registe uma recuperação até 2,3% em 2021.

Segundo os últimos dados oficiais, a Alemanha cresceu 0,6% em 2019, mas estagnou no último trimestre do passado exercício. Em janeiro o Governo alemão anunciou uma estimativa de crescimento do PIB de 1,1% em 2020.

Como motivo principal da recessão este ano o instituto cita “as medidas de precaução que inibem parte da vida económica, bem como o elevado nível de incerteza sobre a duração e gravidade da pandemia e as consequências” da mesma.

“Além disto, há quedas na produção porque os produtos intermédios da Ásia não se entregam ou entregam-se demasiado tarde”, assegurou o presidente do IfW, Gabriel Felbermayr, num comunicado.

O instituto alemão também prevê uma recessão da zona euro, que classifica “inevitável”, e cita especialmente a Itália, ainda que não quantifique o efeito no país.

O PIB da zona euro “recuará 1% este ano e expandir-se-á de novo um pouco mais de 2% no próximo ano”, estima o instituto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Covid-19: Supremo Tribunal de Justiça encerra instalações

Durante 14 dias o STJ vai encerrar as suas instalações, no seguimento dos desenvolvimentos do Covid-19. Esta semana foi adiado o debate instrutório da Operação Marquês.

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) encerrou as suas instalações por um período de 14 dias, face à evolução do Covid-19. Em nota enviada à comunicação social, o Supremo assegura, ainda assim, a tramitação de processos urgentes.

“O Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, no contexto do respetivo plano de contingência, decidiu encerrar as instalações do Supremo Tribunal pelo período de 14 dias, sem prejuízo de ser assegurada a tramitação de processos urgentes, designadamente dos que contendam com a liberdade individual dos cidadãos”, anuncia o Supremo em comunicado.

Esta tomada de posição surge face aos recentes desenvolvimentos do Covid-19, que segundo dados desta quinta-feira já infetou 59 portugueses. “Em função da necessidade de proteger os cidadãos que contactam com o Supremo Tribunal de Justiça, bem como as pessoas que nele exercem funções, e atentos os últimos desenvolvimentos em matéria de propagação do Covid-19″, justifica o STJ.

Esta quarta-feira, o debate instrutório da Operação Marquês foi adiado no seguimento da pandemia do Covid-19. Marcado para esta quinta e sexta-feira, faltam ainda as alegações da defesa de José Sócrates, Carlos Santos Silva, Joaquim Barroca, Helder Bataglia, Rui Horta e Costa e Ricardo Salgado.

O adiamento surge depois do Conselho Superior de Magistratura ter anunciado na passada quarta-feira que os tribunais vão estar parados e só vão realizar processos e diligências urgentes, “nos quais estejam em causa direitos fundamentais”.

Também o Ministério da Justiça avisou os cidadãos para se deslocarem aos tribunais quando “forem convocados para diligências processuais” ou quando “tenham motivo absolutamente inadiável que não possam tratar pelo telefone ou imediatamente”, segundo o comunicado enviado à comunicação social.

Proteger as pessoas que exerçam funções nos Tribunais Judiciais por todo o país e as que lá se desloquem é o objetivo das medidas tomadas Ministério, que pediu ainda que os cidadãos que se deslocaram a tribunais nas passadas duas semanas, e que tenham estado em “zonas de risco de contrair o vírus”, devem informar, informática ou telefonicamente, o tribunal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Razia nas bolsas. Lisboa afunda 5% para mínimos de 24 anos

Quinta-feira negra nas bolsas, depois de Donald Trump ter imposto restrições nos voos europeus para os EUA. Em Lisboa, novo afundanço de 5% atira PSI-20 para mínimos de mais de duas décadas.

As bolsas estão a viver novo dia de grande turbulência por causa do coronavírus. O Presidente norte-americano suspendeu todas as ligações aéreas com a Europa durante um mês, em mais um esforço para conter o novo vírus mas que trará consequências económicas indeterminadas. Em Lisboa, em novo afundanço de 5%, o PSI-20 cai vertiginosamente para mínimos de 24 anos.

O PSI-20 chegou a tombar mais de 6% para baixo dos 4.000 pontos.Há momentos seguia com perdas de 4,82% para 4.027,87 pontos, com todas as 18 cotadas a perder mais de 3%. Já cai mais de 20% desde o início do ano.

As grandes cotadas EDP, EDP Renováveis e BCP deslizam quase 5%, e são quem mais pressionam o índice de referência nacional. Isto enquanto a Jerónimo Martins e a Galp recuam cerca de 3,7%.

Os piores desempenhos em Lisboa pertenciam aos CTT e à Altri, com quedas abruptas de 7%.

PSI-20 em mínimos de 24 anos

Donald Trump anunciou a proibição, por 30 dias, de todos os voos de e para os países europeus que pertencem ao espaço Schengen.

“Para impedir que novos casos entrem no nosso solo, vamos suspender todas as viagens da Europa para os EUA nos próximos 30 dias”, anunciou o Presidente americano numa suspensão que arranca já à meia-noite desta sexta-feira e acontece numa altura em que os casos de coronavírus estão a aumentar de forma significativa no Velho Continente. Bruxelas já veio pedir a Washington para evitar uma disrupção económica com esta proibição. Entretanto, deste lado do Atlântico, Itália e Dinamarca já “fecharam” as fronteiras. A Organização Mundial de Saúde declarou estado de pandemia, com um novo vírus a espalhar-se à escala mundial.

O setor da aviação está sob alta pressão. O Stoxx 600 Travel & Leisure, que acompanha o desempenho de 17 ações ligadas ao setor das viagens e lazer, afunda 9,40% com a queda acentuada do preço dos títulos das principais companhias aéreas da Europa. A Lufthansa já esteve a cair 10% em Frankfurt. As duas principais low-cost, Ryanair e easyJet, recuam 7,53% e 7,14%.

Entre os principais índices, o Stoxx 600, que reúne as 600 maiores empresas do Velho Continente, servindo de referência, cai 5,99%. Praças como Frankfurt, Paris e Madrid também cedem mais de 5%.

Os olhos dos investidores vão estar agora colocados em Christine Lagarde e no que o Banco Central Europeu (BCE) irá fazer para travar uma maior transmissão dos efeitos da pandemia à economia.

(Notícia atualizada às 10h36)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Revista de imprensa internacional

Em Espanha, o Governo vai aprovar esta quinta-feira um "plano de choque" para mitigar impacto económico do Covid-19 e a Iberdrola vai apostar no hidrogénio verde. Nos EUA, NBA suspende jogos.

Esta quinta-feira o Governo espanhol vai aprovar medidas, por forma a mitigar o impacto económico do coronavírus em Espanha, ao mesmo tempo, a NBA decidiu suspender a temporada depois de um jogador do Utah Jazz testar positivo. No Reino Unido, o salário mínimo nacional poderá chegar às 10,50 libras por hora até 2024.

El Economista

Governo espanhol aprova “plano de choque” contra o coronavírus

Tal como o Governo português, também o executivo espanhol vai reunir esta quinta-feira em Conselho de ministros para aprovar um “plano de choque” com medidas de apoio económico, por forma a mitigar o impacto do Covid-19 na economia espanhola. O primeiro-ministro espanhol já tinha anunciado algumas medidas na terça-feira, como, por exemplo, permitir que os pais e mães afetados pelo fecho de escolas dos filhos possam reduzir a sua jornada laboral. Além disso, o ministro da Segurança Social garantiu, em entrevista, que o Executivo irá assegurar as devidas compensações financeiras para os pais nessa situação.

Leia a notícia completa no El Economista (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Financial Times

Investidores tiraram 41,7 mil milhões de dólares dos emergentes desde que começou o surto

Os investidores estrangeiros já retiraram 41,7 mil milhões de dólares em ações ou títulos dos mercados emergentes desde 21 de janeiro deste ano, — altura em que os mercados globais começaram a refletir incertezas em torno do coronavírus –, segundo os dados do Instituto de Finanças Internacionais. Esta fuga de dinheiro é mais do dobro da registada em setembro de 2008, cerca de 51 dias depois do arranque da crise financeira. A maioria das saídas foi registada no mercado ações, e não de dívida, já que os investidores temem que as empresas das economias emergentes sejam particularmente afetadas pela desaceleração global prevista para este ano.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Bloomberg

NBA suspende temporada depois de um jogador testar positivo por Covid-19

A Liga Norte-Americana de Basquetebol profissional (NBA) decidiu suspender a temporada, depois de um jogador ter testado positivo para o Covid-19. Um jogador do Utah Jazz testou positivo num teste preliminar, sendo que o resultado chegou pouco antes do Utah Jazz jogar contra o Oklahoma City Thunder, jogo que acabou por ser cancelado. A decisão surge horas depois da maioria dos proprietários das equipas da liga terem ponderado realizar jogos à porta fechada.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Expansión

Iberdrola vira-se para o negócio do hidrogénio verde

A Iberdrola quer dar uma salto estratégico na sua aposta nas energias renováveis e, por isso, vai apostar no negócio do hidrogénio. O plano conta com um investimento avaliado em 150 milhões de euros e a empresa pretende criar uma fábrica em Puertollano, Espanha, por forma a produzir hidrogénio a partir de energia fotovoltaica. Com este investimento, a Iberdrola pretende descarbonizar o setor e torná-lo mais barato.

Leia a notícia completa no Expansión (acesso livre, conteúdo em espanhol).

The Guardian

Salário mínimo no Reino Unido poderá atingir as 10,50 libras por hora até 2024

Na apresentação do Orçamento do Estado do Reino Unido para 2020, o ministro das Finanças britânico, Rishi Sunak, estabeleceu como meta que o salário mínimo nacional atingisse as 10,50 libras por hora até 2024, em comparação com as 8,21 libras por hora, atualmente em vigor. Além disso, este salário será aplicado para todos os que tiverem mais de 21 anos, embora tenha sublinhado que este aumento só irá acontecer “se as condições económicas assim o permitirem”.

Leia a notícia completa The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

NBA suspende temporada após jogador dos Utah Jazz testar positivo

  • Lusa
  • 12 Março 2020

Liga profissional de basquetebol norte-americana suspendeu a temporada "até novo aviso" depois de um jogador da equipa dos Utah Jazz ter testado positivo. Rudy Gobert é o jogador infetado.

A liga profissional de basquetebol norte-americana, a NBA, suspendeu a temporada “até novo aviso” depois de um jogador da equipa dos Utah Jazz ter testado positivo ao novo coronavírus na quarta-feira.

A decisão surge apenas algumas horas depois da maioria dos proprietários das equipas da liga estarem a ponderar a realização dos jogos nas arenas desportivas sem a presença de público.

Segundo a agência de notícias Associated Press, o jogador infetado é Rudy Gobert.

“O resultado do teste foi divulgado pouco antes da partida do jogo de quarta-feira à noite entre os [Utah] Jazz e os Oklahoma City Thunder na Chesapeake Energy Arena. Naquele momento, o jogo (…) foi cancelado. O jogador afetado não se encontrava na arena”, pode ler-se no comunicado da NBA.

“A NBA usará este hiato para determinar os próximos passos para avançar em relação à pandemia do coronavírus”, acrescenta-se na mesma nota.

Os Estados Unidos registavam na quarta-feira 38 mortos e mais de 1.300 casos de infeção.

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.300 mortos em 28 países e territórios.

O número de infetados ultrapassou as 120 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 59 casos confirmados.

Face ao avanço da epidemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Companhias aéreas europeias com quedas até 20% com bloqueio de Trump

A suspensão das entradas de viajantes europeus nos EUA está a afundar as ações das companhias aéreas europeias. Uma parte significativa das receitas assenta nas ligações transatlânticas.

Os EUA suspenderam todas as entradas no país de viajantes oriundos da Europa, uma decisão que deverá vigorar por um mês. Em plena pandemia do coronavírus, a medida de Donald Trump está a fazer precipitar as ações das companhias aéreas, que já estiveram a cair até 20%, confrontadas com mais esta leva de restrições às deslocações.

O Stoxx Europe 600 Travel & Leisure, que acompanha o desempenho de 17 ações ligadas ao setor das viagens e lazer, afunda 9,40% com a queda acentuada do preço dos títulos das principais companhias aéreas da Europa.

A Lufthansa já esteve a cair 10% em Frankfurt. As ações do grupo alemão desvalorizam agora 8,64%, para 9,31 euros, uma queda superior a 39% face ao último pico, de 15,40 euros, alcançado a 19 de fevereiro, na semana antes do início da derrocada nos mercados de capitais em todo o mundo.

O sentimento negativo é transversal a todo o setor da aviação civil, com a Air France a perder 14,72%, para 4,16 euros. As duas principais low-costs, Ryanair e easyJet, recuam 7,53% e 7,14%, respetivamente, para 10,31 euros e 858,95 pence. Já o grupo ICA, dono da Iberia, regista uma perda de 9,60%, para 353,69 pence.

À Reuters, o analista Neil Glynn, do Credit Suisse, explicou que a rotas transatlânticas são “o principal motor de crescimento” das companhias aéreas europeias. Cerca de 20% a 30% das receitas advêm deste tipo de ligações, pelo que os investidores anteveem um impacto significativo destas medidas de contenção do vírus nas próximas semanas e, potencialmente, prolongando-se mesmo durante o verão.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

TAP perde 200 voos para os EUA com travão de Trump por causa do vírus

A TAP faz, semanalmente, 56 voos para o mercado norte-americano, que gera anualmente 14% de todas as receitas da empresa com passagens aéreas.

A TAP vai ser fortemente penalizada pelo “fechar de porta” de Donald Trump aos voos com origem na Europa por um período de 30 dias por causa do coronavírus. A companhia aérea portuguesa prepara-se para ver cancelados cerca de 200 voos para o mercado norte-americano, isto depois de já ter anulado 3.500 viagens na Europa.

“Para impedir que novos casos entrem no nosso solo, vamos suspender todas as viagens da Europa para os Estados Unidos nos próximos 30 dias”, anunciou Trump. A medida entra em vigor já esta sexta-feira, afetando várias companhias aéreas europeias, que estão já a refletir o impacto financeiro da decisão em bolsa, registando quedas até 20%. A TAP não está cotada, mas também vai ser penalizada.

A companhia portuguesa tem vindo a crescer no mercado norte-americano. De acordo com as contas referentes a 2019, “continuou a sua forte expansão em 2019, crescendo de 6 para 9 rotas com o lançamento de operações para Chicago, Washington e São Francisco”. No total, “número de voos semanais para os EUA cresceu para 49 (um aumento de 63%), reforçando a relevância deste mercado para a TAP”. Ou seja, vai perder 196 voos no espaço de quatro semanas.

Estes quase 200 voos que não poderá realizar enquanto se mantiver o bloqueio determinado por Trump vão juntar-se a outros 3.500 voos que a empresa decidiu cancelar nas últimas semanas perante o forte aumento dos casos de coronavírus na Europa. Contactada, a TAP ainda não respondeu às questões colocadas pelo ECO.

Depois de ter cancelado 1.000 voos devido ao surto de coronavírus no final de fevereiro, a TAP anunciou na semana passada o cancelamento de outras 2.500 viagens fruto da “quebra nas reservas para os próximos meses”. Entretanto, com a situação em Itália a agravar-se ainda mais, levando o país a entrar todo em quarentena, a empresa admitiu que o número de voos suprimidos na Europa iria aumentar ainda mais.

EUA têm forte peso nas receitas

Com milhares de voos na Europa cancelados, é expectável um impacto expressivo nas contas das companhia que no ano passado voltou a apresentar prejuízos de mais de 100 milhões de euros. Tendo em conta este bloqueio decretado por Trump, ainda que por um período de 30 dias, a TAP sofrerá mais um rombo nas receitas, tendo em conta o peso dos EUA na faturação total.

A empresa diz, nas contas de 2019, que “as rotas para a América do Norte representam agora 14% do rendimento total das passagens da companhia”, um valor que tem crescido exponencialmente à conta dos novos destinos que têm sido inaugurados no mercado norte-americano. A companhia nota que o peso dos EUA nas receitas de 2019 “compara com menos de 6% em 2015″.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mota-Engil regista faturação recorde. Lucros crescem

Construtora alcançou lucros de 27 milhões de euros, beneficiando de uma faturação recorde: 2,84 mil milhões de euros.

A Mota-Engil alcançou uma faturação recorde no ano passado. A empresa liderada por Gonçalo Moura Martins alcançou um volume de negócios de 2,84 mil milhões de euros, o que ajudou a construtora a aumentar os lucros.

Depois de ter revelado os números não auditados, a empresa apresentou agora as contas finais. Os resultados líquidos cresceram 13% para 27 milhões de euros, enquanto o EBITDA cresceu 3% para 420 milhões. Na Europa, aumentou 23% “beneficiando da melhoria da rendibilidade na Engenharia e Construção”, diz a Mota-Engil.

As receitas alcançaram os 2,84 mil milhões de euros, um valor que representa um novo máximo histórico. Este volume de negócios contou com o “contributo
balanceado entre regiões e com os negócios não construção a representarem 19% do total”, refere a construtora. Europa e em África tiveram o maior peso nas contas da empresa.

A carteira de encomendas alcançou os 5,4 mil milhões de euros, no final do ano passado. Este valor, ainda que elevado, representa uma quebra face ao apresentado um ano antes. No final de 2018 estava em recorde, nos 5,5 mil milhões de euros.

O “investimento líquido de cerca de 260 milhões de euros” compara com os 287 milhões um ano antes, o que explica, em parte, o aumento da dívida líquida consolidada para 1,185 mil milhões — no final de 2018 estava em 953 milhões de euros. O custo médio da dívida era de 5,2% no final de 2019.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cofina falhou aumento de capital para comprar a TVI por menos de três milhões de euros

A Cofina desistiu do aumento de capital quando faltavam menos de três milhões de euros para arrecadar os 85 milhões. Lembra que cenário estava previsto no prospeto da oferta.

A Cofina CFN 0,00% já divulgou os resultados do aumento de capital falhado que levou à queda da operação de compra da Media Capital, o grupo que controla a TVI. Os investidores subscreveram perto de 97% das novas ações e a empresa desistiu da oferta no momento em que faltavam menos de três milhões de euros para a conclusão da operação com sucesso, revela a informação enviada à CMVM.

A um preço unitário de 45 cêntimos, foram subscritas mais de 182,5 milhões das 188,9 milhões de novas ações envolvidas nesta oferta. Ou seja, no momento em que a Cofina anunciou a desistência da operação na madrugada de quarta-feira, faltavam subscrever 6,4 milhões de novas ações da Cofina, envolvendo um montante inferior a três milhões de euros, para um desfecho bem-sucedido.

Resultado do aumento de capital falhado da Cofina:

Fonte: Cofina, à CMVM

“A Cofina entendeu, depois de todos os esforços feitos e contactos realizados infrutiferamente junto de potenciais investidores ao longo deste período, bem como, conforme já foi comunicado ao mercado, tendo em consideração a recente e significativa deterioração das condições de mercado, que não estavam reunidas as condições para o sucesso da oferta particular”, explica a empresa na mesma nota.

Ora, no comunicado, o grupo liderado por Paulo Fernandes recorda que esta “possibilidade” estava “prevista no prospeto da oferta pública de subscrição”, uma declaração que deve ser vista à luz da reação da Prisa à decisão da Cofina de abordar a compra da TVI. A ainda dona da Media Capital, que tenta vender o ativo há mais de dez anos, anunciou que vai tomar medidas para tentar obrigar a Cofina a comprar mesmo a estação de Queluz de Baixo, por considerar que a empresa violou o contrato de compra e venda.

“A oferta encontrava-se subordinada à subscrição completa do aumento de capital, no âmbito da oferta ou no âmbito da oferta particular junto de investidores institucionais, caso esta viesse a ser realizada. Nesta medida, e não tendo sido verificada a condição de subscrição integral do aumento de capital, a oferta ficou sem efeito”, remata a dona do Correio da Manhã.

A Cofina pretendia angariar 85 milhões de euros com esta operação, montante que seria usado como financiamento parcial da compra da Media Capital à Prisa, a um enterprise value de 205 milhões de euros. O restante financiamento deveria provir de crédito do Santander e da Société Générale.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Grécia regista primeira morte por coronavírus. Há 124 mil infetados em todo o mundo

  • Lusa
  • 12 Março 2020

Número de infetados pelo Covid-19 ultrapassou as 124 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 59 casos confirmados.

A Grécia anunciou a primeira morte causada pelo surto de Covid-19, um homem de 66 anos com uma patologia cardíaca anterior e que havia sido hospitalizado na cidade de Patras, na península do Peloponeso.

Segundo as autoridades de saúde, o paciente foi infetado durante uma viagem de grupo a Jerusalém no final de fevereiro, na qual participaram outras 53 pessoas, a maioria a testar positivo ao vírus.

O último relatório de saúde divulgado na quarta-feira à tarde apontava para 99 infeções em todo o território grego.

O Governo do conservador Kyriakos Mitsotakis decidiu na quarta-feira reforçar as medidas de prevenção e, à noite, todos os telefones do país receberam um alerta a recomendar que as pessoas mais vulneráveis fiquem em casa o máximo possível e maximizem a higiene pessoal.

Ao mesmo tempo, foi decidido adiar todos os procedimentos cirúrgicos não urgentes em hospitais públicos.

O Ministério da Saúde também anunciou a contratação imediata de 2.000 profissionais por um período de dois anos.

Desde quarta-feira, todos os centros educacionais também foram fechados e todos os eventos com mais de 1.000 espetadores foram suspensos.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quarta-feira a doença Covid-19 como pandemia.

A OMS justificou a declaração com os “níveis alarmantes de propagação e de inação”.

A pandemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.500 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ultrapassou as 124 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 59 casos confirmados.

Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.

A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 12.000 infetados e pelo menos 827 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.

Em Portugal, a Direção Geral da Saúde (DGS) atualizou na quarta-feira o número de infetados, que registou o maior aumento num dia (18), ao passar de 41 para 59.

As medidas já adotadas em Portugal para conter a pandemia incluem, entre outras, a suspensão das ligações aéreas com a Itália, a suspensão ou condicionamento de visitas a hospitais, lares e prisões, e a realização de jogos de futebol sem público.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Megaburla internacional com criptomoeda envolveu Portugal

  • ECO
  • 12 Março 2020

Vão a julgamento cinco arguidos suspeitos de terem protagonizado uma megaburla internacional que envolvia investimentos numa suporta criptomoeda. 100 milhões passaram pelas mãos deste grupo.

Uma megaburla internacional que envolveu investimentos numa suposta criptomoeda terá passado por Portugal e vai a julgamento esta semana, noticia o Público (acesso condicionado). No banco dos réus sentar-se-ão cinco presumíveis membros “apanhados” pelas autoridades, mas que pertenceriam a um grupo maior, pelo qual terão passado perto de 100 milhões de euros.

Os suspeitos são acusados de terem criado páginas na internet para atraírem as vítimas com a promessa de ganhos robustos e sem risco. Além disso, segundo o jornal, quando um investidor realizava uma entrega mais “magra” de dinheiro, os supostos burlões pagavam “juros” na esperança de conquistarem uma maior confiança por parte das vítimas.

A burla lesou muitos cidadãos europeus, especialmente franceses, mas também portugueses. O Público dá o exemplo de um suíço que chegou a receber “juros” por três vezes, tendo injetado na burla uma soma de 400 mil euros em agosto de 2018, rapidamente perdendo o rasto ao dinheiro. O jornal, porém, não revela o nome da burla nem da suposta criptomoeda envolvida neste caso judicial.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.