Linha SNS 24 vai ser reforçada sexta-feira com 81 enfermeiros

  • Lusa
  • 11 Março 2020

Linha SNS 24 vai ser reforçada com 81 enfermeiros para responder ao aumento de chamadas. Está a ser equacionada a abertura de um call center num outro ponto do país.

A linha SNS 24 vai ser reforçada na sexta-feira com 81 enfermeiros para responder ao aumento de chamadas devido ao surto de Covid-19, anunciou esta quarta-feira a ministra da Saúde.

Questionada pelos deputados na Comissão de Saúde, onde está a ser ouvida numa audição regimental, sobre o que está a ser feito para reforçar a linha SNS 24 (808242424), Marta Temido afirmou que estão a ser delineadas “vários tipos de medidas”.

“Ainda esta sexta-feira, a [operadora] Altice reforçará o número de enfermeiros disponíveis para o atendimento [81]”, avançou a ministra.

Marta Temido adiantou que o contrato que os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) têm com a operadora Altice está neste momento “largamente ultrapassado”.

“O contrato tem um volume de chamadas que fazia parte da previsibilidade de resposta de uma linha deste tipo e aquilo que tem sido a procura associada ao Covid-19 fez de facto aumentar significativamente a necessidade de resposta”, sublinhou.

O deputado social-democrata Ricardo Baptista Leite defendeu que se “aumente drasticamente a capacidade de resposta” da linha e “eventualmente que se crie uma outra para informações genéricas sobre esta matéria”.

Em reposta, Marta Temido disse que na terça-feira o ministério discutiu com os SPMS, que iria ter uma reunião com a Altice, a possibilidade desse desdobramento de linha.

Contudo, sublinhou, “parece-nos que as pessoas já estão muito habituadas à Linha de Saúde 24 e, portanto, estar neste momento a criar aquilo que noutros países foi criado excecionalmente porque não dispunham deste apoio outra linha para este efeito não terá este efeito mais desejável”.

Por outro lado, o Governo está também a apelar a quem precisa da Linha de Saúde 24, apenas para informações que não são de saúde, que as coloque por ‘e-mail’.

“Não é uma abstenção de utilização e o encaminhamento para o ‘e-mail’”, ressalvou.

A ministra avançou ainda que vai haver uma reunião com as ordens profissionais na sexta-feira, adiantando que já conversou com o bastonário da Ordem dos Psicólogos no sentido de equacionar o apoio de psicólogos à Linha de Saúde 24.

“Isto porque há um conjunto de informações que se prendem com o apoio psicológico” e será importante ter esta “área de apoio que não estava considerada na origem”.

Por último, está a ser equacionada a abertura de um call center num outro ponto do país.

A diretora-geral de Saúde admitiu na terça-feira no parlamento que a linha Saúde24 atingiu “picos nunca esperados” de procura, mas adiantou que a capacidade de atendimento de chamadas em simultâneo mais do que duplicou nas últimas 24 horas.

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.200 mortos. Cerca de 117 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.

Portugal regista 41 casos confirmados de infeção, segundo a DGS.

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Duma aprova lei que permite continuidade de Putin no poder após 2024

  • Lusa
  • 11 Março 2020

Esta é a primeira revisão da Constituição desde a sua adoção, em 1993. Vladimir Putin pretende uma votação nacional sobre o tema a realizar-se no próximo dia 22 de abril.

A Câmara Baixa do Parlamento russo aprovou esta quarta-feira de forma definitiva o projeto-lei sobre as emendas constitucionais que permitem ao presidente Vladimir Putin manter-se no poder após 2024.

A favor do projeto votaram 283 deputados, mais do que a maioria qualificada de dois terços e não se registaram votos contra. Os 43 deputados do Partido Comunista, uma das quatro formações com representação parlamentar, abstiveram-se.

Após a aprovação parlamentar, a lei deve receber o parecer positivo do Senado (Conselho da Federação) e do Tribunal Constitucional. Uma vez cumprido o processo, a lei tem de ser promulgada por Vladimir Putin que pretende uma votação nacional sobre o tema a realizar-se no próximo dia 22 de abril.

Na terça-feira, a oposição extra-parlamentar anunciou protestos sob o lema “Rússia sem Putin” que devem ter lugar dentro dos próximos dez dias. A oposição, incluindo o seu líder Alexeï Navalny, denunciaram vigorosamente a revisão constitucional, afirmando que o Presidente pretende permanecer indefinidamente no poder.

Anunciada em janeiro pelo Presidente, esta é a primeira revisão da Constituição desde a sua adoção, em 1993, e é considerada uma forma de preparar o pós-2024, a data em que termina o segundo mandato presidencial de Putin. As alterações aprovadas abrangem em simultâneo o sistema político, as garantias socioeconómicas e os valores societários conservadores defendidos pelo Presidente russo.

Assim, a nova lei fundamental inclui a figura de Deus, o casamento como a união de um homem com uma mulher e a proibição de ceder territórios a outros países. As emendas também incorporam o conceito de “povo fundador do Estado”, ao assinalar que o seu idioma, o russo, é a língua oficial do país.

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Prisa diz que vai tomar “todas as medidas” para forçar Cofina a comprar a TVI

A Prisa anunciou que vai tomar "todas as medidas" para tentar obrigar a Cofina a adquirir a Media Capital. Dona do Correio da Manhã desistiu do negócio durante a madrugada.

A decisão da Cofina de abortar a compra da TVI não foi bem recebida pela Prisa. A empresa espanhola, que ainda é a dona da Media Capital, acaba de anunciar que tomará “todas as medidas contra a Cofina” para obrigar a empresa a adquirir a estação de Queluz de Baixo.

Durante a madrugada, a Cofina anunciou à CMVM que não foi capaz de concretizar o aumento de capital de 85 milhões de euros que se destinaria a financiar parcialmente a operação. Em causa, o deteriorar das “condições de mercado”, numa altura em que o coronavírus tem provocado uma derrocada nas bolsas.

Já de si surpreendente, o falhanço do negócio pela Cofina conhece agora um revés ainda mais inesperado: uma declaração de guerra por parte da Prisa, que estava a vender o ativo por 205 milhões de euros, contra a empresa liderada por Paulo Fernandes.

Na visão da Prisa, a decisão da Cofina de cancelar o aumento de capital representou uma violação do acordo de compra e venda da Media Capital que tinha sido assinado entre os dois grupos. Uma posição contrária à da Cofina, que acredita que a compra do ativo estava dependente da concretização do aumento de capital.

Num comunicado remetido à CMVM pela Media Capital mas assinado pela Prisa, o grupo espanhol considera que, “de acordo com as declarações feitas pela Cofina no acordo de compra e venda e em comunicados aos mercados, a Cofina tinha os compromissos necessários para financiar a quantia requerida para completar a transação, de um lado por instituições de crédito e, de outro, pelos principais acionistas da Cofina no montante necessário para dar cobertura ao aumento de capital”.

“À luz do referido, a companhia vai iniciar a partir desta data todas as ações disponíveis contra a Cofina no prosseguimento do acordo de compra e venda”, conclui a empresa.

Em suma, na prática, a Cofina considera que, não havendo aumento de capital, não há operação. Mas a Prisa defende que, uma vez que o cancelamento do aumento de capital foi uma decisão “voluntária” da Cofina, esta continua sujeita aos termos do acordo de compra e venda.

(Notícia atualizada às 11h54 com mais informações)

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Comissão Europeia cria lei para reduzir produtos de uso único na UE

  • Lusa
  • 11 Março 2020

Haverá novas regras obrigatórias para o setor do plástico, apelando-se à preferência por plásticos biodegradáveis, produtos de base biológica e microplásticos e conteúdos reciclados.

A Comissão Europeia anunciou esta quarta-feira que vai criar legislação para promover os produtos reutilizáveis e duradouros na União Europeia (UE) e restringir os de uso único, em áreas como as embalagens, os plásticos, a tecnologia e o têxtil.

No âmbito de um plano de ação para a economia circular, divulgado esta quarta-feira em Bruxelas e que está em linha com o novo Pacto Ecológico Europeu, o executivo comunitário anunciou que pretende “tornar os produtos ‘verdes’ como a norma na UE”, em detrimento dos descartáveis.

Por isso, a Comissão vai “propor legislação para uma Política de Produtos Sustentáveis, visando garantir que os produtos colocados no mercado da UE são projetados para durar mais tempo, são mais fáceis de reutilizar, consertar e reciclar e incorporam o máximo possível de material reciclado em vez de matéria-prima primária”, explicou Bruxelas.

Nesta linha, o executivo comunitário pretende também que “o uso único seja restrito, a validade prematura seja reavaliada e que a destruição de bens duráveis não vendidos seja proibida”.

Em causa está, desde logo, o setor da alimentação (no retalho e na restauração, por exemplo), na qual o executivo comunitário quer incentivar à reutilização e à substituição de embalagens e de louças e talheres descartáveis por produtos reutilizáveis. Serão, também, criados novos requisitos obrigatórios para embalagens permitidas na UE.

Haverá, ainda, novas regras obrigatórias para o setor do plástico, apelando-se à preferência por plásticos biodegradáveis, produtos de base biológica e microplásticos e conteúdos reciclados.

Os setores da tecnologia e do têxtil não serão esquecidos e, enquanto no primeiro plano Bruxelas quer garantir uma vida útil mais longa dos produtos e melhorar o tratamento dos resíduos, no segundo, o objetivo é impulsionar o mercado da UE para a reutilização de têxteis.

Da lista fazem ainda parte o setor das baterias e veículos, que terá um novo quadro regulamentar para melhorar a sua sustentabilidade, e o da construção e edifícios, que terá uma estratégia para a inclusão de princípios de circularidade. Para promover estes produtos mais ‘verdes’, Bruxelas promete criar incentivos na manufatura.

Estas novas leis comunitárias deverão ser apresentadas de forma mais concreta até ao próximo ano, período até ao qual o executivo comunitário quer incorporar nas políticas de produtos e consumidores aquilo que designou como “direito à reparação”, para assegurar a reparabilidade e durabilidade dos bens.

A redução do desperdício será outra das batalhas de Bruxelas nesta estratégia para a economia circular. “O foco será evitar completamente o desperdício e transformá-lo em recursos secundários de alta qualidade”, precisa a instituição liderada por Ursula von der Leyen, adiantando que “a Comissão vai analisar a criação um modelo harmonizado em toda a UE para a recolha seletiva de resíduos e a rotulagem”, bem como apresentar medidas para “minimizar as exportações de resíduos”.

Estimativas de Bruxelas apontam que a economia circular tem benefícios para o meio ambiente, ajudando a UE a alcançar a neutralidade climática até 2050, mas também para a economia, permitindo um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da União em 0,5% até 2030 e a criação de 700 mil novos empregos.

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Epidemia já matou 4.200 pessoas e infetou mais de 118 mil

  • Lusa
  • 11 Março 2020

Aumentou para 118.554 o número de infetados pelo novo coronavírus em todo o mundo. Esta epidemia já chegou a 110 países e já matou 4.281 pessoas.

O número de pessoas infetadas desde dezembro pelo novo coronavírus em todo o mundo aumentou para 118.554, das quais morreram 4.281, segundo um balanço feito pela agência noticiosa France-Presse (AFP), com dados atualizados às 09:00 desta quarta-feira.

Citando fontes oficiais, a AFP refere que, no total, foram registadas em 110 países e territórios 1.214 contaminações e 30 novas mortes desde o último balanço, às 17:00 de terça-feira.

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia eclodiu no final de dezembro, teve 80.778 casos, incluindo 3.158 mortes. Entre as 17:00 de terça-feira e as 09:00 desta quarta-feira foram anunciadas 24 novas infeções e 22 novas mortes no país.

Em outras partes do mundo, foram registados 37.776 casos (1.190 novos) até às 09:00 desta quarta-feira, incluindo 1.123 mortes (oito novas).

Os países mais afetados depois da China são Itália (10.149 casos, 631 mortes), Irão (3.042 casos, 291 mortes) a Coreia do Sul (7.755 casos, dos quais 242 são novos, 242 mortes) e França (1.784 casos, dos quais 178 novos, e 33 mortes).

Desde as 17:00 de terça-feira, China, Espanha, França e Estados Unidos registaram novas mortes, enquanto a Bélgica e o Panamá anunciaram novas mortes ligadas ao Covid-19.

O Brunei e a Turquia anunciaram o diagnóstico dos primeiros casos.

A Ásia registou até às 09:00 desta quarta-feira 90.511 casos (3.230 mortes), Europa 18.110 casos (716 mortes), no Médio Oriente 8.566 casos (299 mortes), Estados Unidos e Canadá 989 casos (29 mortes), Oceânia 129 casos (três mortes), África 111 casos (duas mortes), América Latina e Caraíbas 138 casos (duas mortes).

Este balanço da AFP foi elaborado com dados recolhidos junto das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.200 mortos.

Portugal regista 41 casos confirmados de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

A DGS comunicou também que em Portugal se atingiu um total de 375 casos suspeitos desde o início da epidemia, 83 dos quais ainda a aguardar resultados laboratoriais.

Segundo a DGS, há ainda 667 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.

Por causa da situação, o Governo português decidiu suspender todos os voos com destino ou origem nas zonas mais afetadas em Itália, recomendando também a suspensão de eventos em espaços abertos com mais de 5.000 pessoas.

Ordenou também a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte, até agora a mais afetada.

Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino, sobretudo no Norte do País, assim como ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas.

Os residentes nos concelhos de Felgueiras e Lousada, no distrito do Porto, foram aconselhados a evitar deslocações desnecessárias.

Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 631 mortos e mais de 10.100 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.

A quarentena imposta pelo governo italiano ao Norte do País foi alargada a toda a Itália.

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Airbnb muda políticas de reserva devido ao coronavírus. Deixa de cobrar taxas de cancelamento

A plataforma de reserva de alojamento Airbnb tornou mais flexíveis as políticas para facilitar os cancelamentos, numa altura em que as viagens são afetadas pelo surto do novo coronavírus.

Com o surto do novo coronavírus a ter um grande impacto no turismo e nas viagens, o Airbnb decidiu tornar mais flexíveis as políticas de reserva. A plataforma de reserva de alojamento introduziu alterações às taxas de cancelamento, tanto para os anfitriões como para as pessoas que alugam as casas, que estarão em vigor até 1 de junho.

Para os hóspedes que quiserem cancelar uma reserva na plataforma, a taxa de cancelamento será reembolsada, adianta o The Verge (acesso livre, conteúdo em inglês). Os clientes irão receber um cupão com o valor que teriam de pagar para usar no futuro no Airbnb.

A plataforma alargou também os critérios para os hóspedes serem elegíveis para o cancelamento por “circunstâncias atenuantes”, que prevê um reembolso total. Cobre agora certos locais que foram severamente impactados pelo novo coronavírus, através de critérios estabelecidos por Governos e autoridades de saúde.

Já para os anfitriões que decidirem reembolsar os clientes num valor superior àquele definido pela Airbnb, a plataforma não irá retirar a taxa de 3% como costuma fazer. Cada anfitrião pode continuar a definir as suas políticas de cancelamento, sendo que o Airbnb vai aumentar a visibilidade daqueles que utilizam as ferramentas mais flexíveis.

“Embora seja claro que o coronavírus terá um impacto na indústria de viagens e turismo, acreditamos que o setor recupere a longo prazo“, sinaliza o Airbnb, na página onde apresenta as novas políticas. “É uma das maiores e mais resistentes industrias do mundo”, acrescenta a plataforma.

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AEP cria linha para apoiar empresas face ao impacto do coronavírus

Associação Empresarial de Portugal criou uma linha telefónica direta para apoiar todas as empresas. Presidente da AEP está preocupado quanto à implementação das mediadas anunciadas pelo Governo.

Numa altura em que o número de pessoas infetadas pelo novo coronavírus já supera os 41, segundo o último balanço da DGS, a Associação Empresarial de Portugal (AEP), criou um serviço para informar e apoiar as empresas, nomeadamente as micro e PME, na implementação das medidas anunciadas pelo Governo.

Face ao plano de contingência a nível nacional para prevenir o contágio, o presidente da AEP, Luís Miguel Ribeiro, considera as medidas globalmente positivas, mas revela preocupação quanto às condições para a sua implementação, tendo, nesse sentido, a “AEP constituído uma equipa multidisciplinar para dar resposta às empresas”, explica em comunicado.

Para tornar mais eficaz este apoio, a AEP criou uma linha telefónica direta, 808 22 19 19, para a qual todas as empresas podem ligar. Os contactos também podem ser feitos através do email info.coronavirus@aeportugal.pt

De forma a perceber qual o ponto de situação do tecido empresarial português e voltar a avaliar o impacto da situação junto das empresas a Associação Empresarial de Portugal lançou um novo inquérito. Os resultados serão conhecidos em breve.

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Uber admite suspender contas de condutores e passageiros que tenham coronavírus

A plataforma de mobilidade notificou os utilizadores referindo que poderá suspender temporariamente as contas de pessoas que testem positivo para o Covid-19 ou que tenham estado com pessoas infetadas.

A Uber notificou os condutores e passageiros que poderá suspender temporariamente as contas dos utilizadores que testem positivo para o novo coronavírus ou que tenham estado em contacto com pessoas infetadas.

A plataforma de mobilidade tem uma equipa a trabalhar 24 horas por dia em conjunto com especialistas em saúde pública, por forma a gerir a situação. “Temos uma equipa dedicada a nível global, aconselhada por especialistas em saúde pública a trabalhar para responder em cada um dos mercados em que operamos em todo o mundo“, disse fonte oficial da Uber à Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

À medida que os novos casos de infeção vão aparecendo, surgem histórias de motoristas contagiados por passageiros em várias partes do mundo. Por isso, plataformas como a Uber, Lyft, DoorDash e outras estão em conversações para criarem um fundo que compense os motoristas infetados pelo novo coronavírus, avançou na segunda-feira o The Wall Street Journal (acesso pago, conteúdo em inglês).

Contactado pelo Observador, fonte oficial da Uber garantiu que a empresa irá dar uma compensação a todos os motoristas e estafetas em Portugal que sejam colocados em quarentena “por uma autoridade de saúde pública”, isto num período de 14 dias.

A plataforma de mobilidade publicou no site, em inglês, um conjunto de medidas que está a tomar por forma a mitigar a contaminação por Covid-19. Limpeza dos carros, compensação financeira dos motoristas, ou no caso da Uber Eats, a possibilidade de deixar a entrega da comida à porta de casa, ao invés de entregar o pedido em mão, são algumas das políticas.

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Portugal paga mais para emitir dívida a cinco e dez anos. Juro sobe com tensão nas bolsas

A agência que gere a dívida pública portuguesa foi ao mercado numa altura de forte volatilidade. Colocou 1.181 milhões de euros em obrigações do Tesouro.

Portugal emitiu 1.181 milhões de euros em obrigações do Tesouro (OT) a cinco e dez anos. Numa altura de forte volatilidade nos mercados financeiros, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP emitiu dívida de médio prazo com taxas de juros mais altas e não atingiu o total máximo indicativo.

No caso da dívida a dez anos, a agência liderada por Cristina Casalinho emitiu 500 milhões, a uma taxa de juro de 0,426%. O valor compara com a taxa de 0,333% paga a 13 de novembro do ano passado, no último leilão de títulos com esta maturidade. Depois disso, Portugal fez uma venda sindicada de OT a dez anos, com um juro em 2%.

Já a dívida a cinco anos, o IGCP colocou 681 milhões, tendo pago uma taxa de juro de 0,059%. Neste prazo, Portugal tinha-se mesmo chegado a financiar com juros negativos, sendo que no último leilão comparável (a seis anos, em fevereiro), a taxa tinha-se situado em -0,057%. A subida do juro está relacionada com o momento de tensão que se vive nos mercados financeiros.

Esta ténue subida nas yields está diretamente ligada ao impacto que o Covid-19 tem tido nos mercados globalmente. A incerteza e o medo vieram abalar de uma forma generalizada a confiança dos investidores e colocar em causa a recuperação económica que os países estavam a ter. O alastrar do vírus da China para outros países estava de certa forma menosprezada pelo mercado, mas quando essa perceção mudou, muitos investidores optaram por desinvestir ou realocar o risco que têm nas suas carteiras”, explica Filipe Silva, diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa.

Com o surto de coronavírus a ameaçar a economia global e os principais produtores de petróleo em conflito, as bolsas têm afundado há várias sessões, a volatilidade disparou e os investidores têm recorrido a refúgios como a dívida da Alemanha e dos EUA. “Se por um lado os países core assistem a mínimos históricos nas suas taxas de longo prazo, com o Bund a fazer um mínimo de -0,90% e os EUA 0,3% já os países da periferia assistiram a um alargar do seu spread, com as taxas a subirem”, refere.

Neste cenário de tensão, o apetite por por títulos de dívida portuguesa arrefeceu. No prazo mais longo, a procura superou a oferta em 1,53 vezes (contra 1,63 vezes no último leilão comparável) e, na maturidade mais curta, ficou foi 1,63 vezes maior (em comparação com 2,43 vezes na última colocação).

Apesar do cenário atual, Filipe Silva considera que as medidas em curso para travar o impacto do vírus deverão apoiar os baixos juros. “Os bancos centrais e governos têm estado a anunciar estímulos monetários e fiscais para ajudar ao abrandamento que iremos ter. Para Portugal e apesar da subida que tivemos, ainda estamos a emitir dívida com taxas historicamente baixas. Se a perceção de risco para a nossa economia não mudar drasticamente, esta deverá ser a tendência para os próximos tempos”, acrescenta o diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa.

(Notícia atualizada às 11h20)

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Ministra da Saúde diz que já há mais casos de Covid-19. Supera os 41 oficiais

Marta Temido, ouvida no Parlamento diz que já são mais de 41 o número de pessoas infetadas pelo novo coronavírus. A RTP avança que existirão pelo menos sete novos casos de contágio.

A ministra da Saúde, Marta Temido, ouvida no Parlamento esta quarta-feira revela que o número de pessoas infetadas pelo novo coronavírus já supera os 41 do último balanço da Direção Geral de Saúde (DGS). Atualização do balanço oficial acontece ainda esta manhã.

Ontem de manhã eram 41 os casos confirmados e tivemos mais casos confirmados” desde a última atualização afirmou governante ouvida esta quarta-feira na audição parlamentar da Comissão da Saúde, remetendo para a atualização do boletim epidemiológico que será divulgado ainda esta manhã o balanço oficial.

É inevitável que entremos na fase de mitigação dentro de horas, ou dias“, assumiu ainda Marta Temido, esclarecendo que a “dinâmica da situação epidemiológica está a ser muito rápida”.

Não sendo dados oficiais, a RTP está a avançar que existirão pelo menos mais sete pessoas contagiadas, o que elevará para 48 o número total.

A última atualização do boletim epidemiológico, nesta terça-feira, apontava para a existência de 41 casos, 27 dos quais localizados no norte do país, dois no centro, 10 na região de Lisboa e Vale do Tejo e dois no Algarve.

Segundo as autoridades de saúde portuguesas, existiam 375 casos suspeitos e 83 aguardavam resultado laboratorial. Estavam ainda 667 pessoas sob vigilância das autoridades, não havendo ainda registo de mortes associadas à doença Covid-19.

(Notícia atualizada às 11h10)

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Homem que visitou Portugal entre os 13 casos de coronavírus na África do Sul

  • Lusa
  • 11 Março 2020

Na África do Sul o números de infetados com o novo coronavírus subiu para 13, entre os quais um homem de 40 anos que regressou de Portugal.

O número de casos de Covid-19 na África do Sul subiu para 13, entre os quais um homem de 40 anos que regressou de Portugal, anunciou esta quarta-feira em comunicado o ministro da Saúde, Zweli Mhize.

O ministro indicou que as autoridades de saúde sul-africanas identificaram nos últimos dias seis novos casos de coronavírus no país, que foi atingido pela epidemia em 5 de março, através de um grupo de 10 pessoas que visitou Itália.

Dos primeiros sete que testaram positivos, uma já recuperou da infeção, disse o governante.

Os novos casos de Covid-19 na África do Sul localizam-se em Gauteng (4 casos), província envolvente a Joanesburgo e Pretória; no KwaZulu-Natal (1) e no Cabo Ocidental (1), indica a nota divulgada na rede social Twitter.

O comunicado refere que o homem de 40 anos que visitou Portugal, regressou à África do Sul no passado sábado, 07 de março, sem especificar a sua nacionalidade.

Entre os novos casos confirmados na África do Sul, refere a mesma fonte, estão ainda uma mulher de 33 anos que esteve em Itália e voltou em 01 de março; um casal de 34 (homem) e 33 anos (mulher) que regressou da Alemanha na passada segunda-feira, 09 de março; um homem de 57 anos que viajou pela Áustria e Itália tendo regressado à África do Sul também em 09 de março e outro de 36 anos que visitou vários países, nomeadamente a Alemanha, Áustria, Suíça e Turquia antes de regressar em 09 de março à África do Sul.

As autoridades de Saúde realizaram até hoje 3.642 testes de Covid-19, salienta-se na nota do Ministério de Saúde sul-africano.

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.200 mortos.

Cerca de 117 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.

Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 631 mortos e mais de 10.100 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.

Portugal regista 41 casos confirmados de infeção, segundo as últimas informações da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgadas na terça-feira.

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Prisa avalia “nova situação” após falhanço da venda da TVI

A Prisa não quer comentar o falhanço da compra da Media Capital pela Cofina, mas admite que se encontra a avaliar esta "nova situação". Agravar das contas da Media Capital afetou o negócio.

A Prisa PRS 0,00% está a “avaliar a nova situação” que resultou do falhanço da compra da Media Capital pela Cofina. A holding espanhola prevê manter os investidores informados “assim que haja algo a comunicar” mas, para já, recusa tecer mais comentários sobre quais as implicações financeiras desta operação.

“Na Prisa, estamos a avaliar a nova situação e informaremos assim que haja algo a comunicar. Para já, não temos comentários a fazer sobre isto”, disse fonte oficial da empresa, em resposta a um conjunto de questões colocadas pelo ECO, que ficaram sem resposta.

Esta quarta-feira, durante a madrugada, a Cofina informou os investidores de que, devido ao deteriorar “das condições de mercado” nas últimas semanas, não conseguiu completar o aumento de capital destinado a financiar a operação. Assim, não satisfeita esta condição, a operação de compra da dona da TVI caiu por terra.

Contactada sobre o falhanço da operação, a Cofina CFN 0,00% não quis fazer qualquer comentário. Já o empresário Mário Ferreira, um dos signatários do aumento de capital do grupo liderado por Paulo Fernandes, mostrou-se surpreendido.

“Fui convidado para entrar no aumento de capital e agora fui informado de que a operação não se realizaria. O engenheiro Paulo Fernandes estava a liderar todo o processo. Se decidiu não avançar é porque tem informação relevante, que eu não tenho, que o levou a desistir do negócio”, disse Mário Ferreira ao ECO.

Já a Media Capital MCP 0,00% ainda não respondeu às perguntas colocadas pelo ECO. Mas o falhanço da operação deixa a empresa e o seu principal acionista numa situação delicada, depois de a dona da TVI ter decidido rever em baixa o goodwill da TVI e da produtora Plural, levando a um rombo nas contas da empresa referentes a 2019.

Assim, num contexto de perda acentuada de audiências, o grupo liderado por Luís Cabral reportou aos investidores um resultado líquido negativo de 55 milhões de euros em 2019, depois de ter lucrado 22 milhões um ano antes. O facto de terem sido divulgados em pleno aumento de capital da Cofina não ajudou à operação.

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