Hertz Portugal prepara renovação do lay-off em maio

Cerca de 60% da empresa está em lay-off e assim deve continuar. Antecipa quebra de 50% da faturação este ano e está a trabalhar com Turismo de Portugal para ter selo de qualidade como os hotéis.

A Hertz Portugal está a preparar uma renovação do regime de lay-off em que se encontra desde 8 de abril. A decisão deverá ser tomada esta semana, disse ao ECO o presidente executivo. Com o negócio “a cair cerca de 85%”, a empresa está à espera da retoma dos voos intracomunitários e de um selo de qualidade do Turismo de Portugal para que os cenários mais pessimistas não se concretizem.

Temos cerca de 60% da empresa em lay-off. Também houve 15 contratos que não prolongámos ou que decidimos não passar aos quadros. E estamos a trabalhar para renovar o regime esta semana”, conta Duarte Guedes. Questionado sobre se a ideia será manter a mesma percentagem dos 280 colaboradores em lay-off, o responsável não quis avançar detalhes porque “ainda está em aberto”.

“Estamos neste momento a trabalhar para ver quais as atualizações que temos de fazer. Ainda estamos a discutir”, sublinha, acrescentando: “Quero primeiro falar com as pessoas”. “Mas é difícil haver grandes alterações, quer para cima quer para baixo. Desconfio que, em maio, ficaremos na mesma”, reconhece.

A Hertz continua a ter 80% das suas lojas abertas, nomeadamente nas capitais de distrito, mas com horário reduzidos e com menos pessoas. Também aqui a estratégica deverá ser a mesma. “Diria que as nossas lojas vão continuar abertas. Talvez uma ou outra possa reabrir”, antecipa Duarte Guedes.

Desconfio que, em maio, ficaremos na mesma.

Duarte Guedes

Presidente executivo da Hertz Portugal

Os dois primeiros meses do ano estavam a correr bem, com uma faturação de 5,8 milhões de euros, ou seja, uma subida homóloga de 14,8%, mas a 8 de abril a quebra da faturação era já de 40%. Estavam assim preenchidos os requisitos para recorrer a lay-off. Uma ferramenta que o presidente executivo da Hertz Portugal considera “muito importante”.

Outra ferramenta importante foi o recurso às linhas de crédito lançadas com a garantia de Estado. “Logo que isto começou tivemos de arranjar já todos os meios necessários para ter tesouraria para estes tempos incertos. E contar para um ano. Vimos da parte dos bancos uma grande proatividade, a contactar-nos a saber o que era preciso”, conta Duarte Guedes. A empresa começou por contratar 1,5 milhões de euros, mas quando as condições foram revistas passaram para dois milhões de empréstimo.

Outra das medidas que a empresa tomou preventivamente perante a pandemia foi travar contrações adicionais de carros e colaboradores decorrentes da sazonalidade do negócio. “Como isto apareceu antes da Páscoa evitámos contratar mais quadros ou carros. Teremos no verão menos 4.000 carros do que o previsto (quebra de 45%)”, explica o responsável, acrescentando que o previsto era “atingir o verão com 320 colaboradores”.

Com a impossibilidade de saber qual o “padrão da retoma”, Duarte Guedes traçou cinco cenários possíveis para a evolução do negócio. “Abril e maio estão no cenário mais otimista”, porque a paragem acabou por não ser total, mas, “à medida que vamos avançando no tempo, vamos aproximando-nos do cenário mais pessimista”.

“Para já as nossas estimativas para efeitos de planeamento apontam para uma quebra de quase 50%. Mas temos de ir atualizando frequentemente, em função do grau da retoma, principalmente do tráfego aéreo, mas também da performance económica interna”, explica. Com as empresas quase paradas o negócio dos carros de substituição está tão parado como a atividade turística.

Para já as nossas estimativas para efeitos de planeamento apontam para uma quebra de quase 50%. Mas temos de ir atualizando, em função do grau da retoma.

Duarte Guedes

Presidente executivo da Hertz Portugal

Com o desconfinamento haverá mais carros na estrada e voos intra Europa, que são bastante importantes para nós. Hão-de voltar, mas ainda não sabemos em que moldes. Até pode aumentar o número de voos, mas não sabemos quantas pessoas viajarão por avião”, desabafa. Por isso, na cabeça de Duarte Guedes vão ser necessários três ou quatro anos para se regressar aos níveis de 2019, ano em que a receita operacional de aluguer de viaturas foi de 57 milhões de euros. “Se voltar dentro de dois, cá estarei para dar a mão à palmatória com muito gosto”, brinca.

E como “não se pode estar ligado à máquina por tempo indefinido”, o responsável defende que “vamos ter de aprender a viver com estes cuidados”. “Não vamos ficar fechados em casa um ano ou dois. Temos de trabalhar para pôr as pessoas de novo a voar e a viajar”. E como?

O primeiro passo é “dar confiança às pessoas para­ viajarem”. “Está na altura de toda a cadeia de valor — desde as companhias áreas, aeroportos, hotéis rent-a-cars, até aos transfers — agitar a bandeira do turismo seguro do ponto de visita sanitário. Essa é a nossa prioridade: falar lá para fora e dar garantia às pessoas de que é seguro vir passar férias a Portugal, nomeadamente alugar um carro”, explica.

Depois a associação dos industriais de aluguer de automóveis sem condutor (Arac) e o Turismo de Portugal estão a trabalhar, há cerca de duas semanas, para criar um selo de garantia, à semelhança do que já foi feito com os hotéis. “Pelo que já lemos todos os pressupostos que temos na Hertz estão em linha com o que o Turismo de Portugal exige”, avança Duarte Guedes, aludindo às regras que já estão em vigor à cerca de mês em termos de higienização dos carros, das lojas e de material de proteção do staff. “Queremos ter esta chancela, que possamos mostrar lá fora, aos nossos parceiros internacionais, e garantir que o carro é uma forma completamente segura de se viajar dentro de Portugal”, acrescenta. “É o mais importante nesta altura, quando as pessoas questionam se estão ou não seguras”, frisa o presidente executivo desta marca centenária que inventou o conceito de rent-a-car em 1918.

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Tancos: Várias defesas concertaram posições, acusou procuradora do Ministério Público

  • Lusa
  • 4 Maio 2020

A procuradora do Ministério Público acusou, no debate instrutório do caso de Tancos, que algumas defesas concertaram posições, num processo que classificou de “extremamente singular”.

A procuradora do Ministério Público acusou esta segunda-feira, no debate instrutório do caso das armas de Tancos, que algumas defesas concertaram posições, num processo que classificou de “extremamente singular”, pedindo que todos os arguidos fossem a julgamento.

Cláudia Porto optou fazer as suas alegações por escrito num documento com 750 páginas que entregou às defesas e ao juiz, tendo feito oralmente apenas algumas considerações sobre o processo e o comportamento dos arguidos e das suas defesas.

Para a procuradora, “houve uma nítida concertação das defesas nesta fase instrutória em comparação com o que foi dito em inquérito”, concretizando que foi o caso do ex-diretor da Polícia Judiciária Militar (PJM), Luis Vieira, com o antigo ministro da Defesa Azeredo Lopes, ambos acusados de terem participado numa “farsa” sobre o achamento das armas furtadas.

Em contrapartida, disse, Azeredo Lopes afastou-se da versão dos factos contada pelo seu ex-chefe de gabinete, testemunha no processo.

Outras das defesas, que segundo Cláudia Porto convergiram nas versões apresentadas na instrução foi a do militar da GNR Bruno Ataíde, com o ex-porta-voz da PJM Vasco Brazão.

As versões apresentadas pelos arguidos Pedro Marques e Gabriel Moreira, ambos implicados no furto das armas, segundo o MP, “encaixam na perfeição”, disse, e o ex-fuzileiro João Paulino, um dos mentores do furto segundo a acusação “beneficiou claramente das declarações dos seus amigos e arguidos Pinto da Costa e Bruno Ataíde”.

Nas suas curtas alegações, a procuradora começou por fazer rasgados elogios ao trabalho “de qualidade e grande rigor” da Polícia Judiciária que, disse, permitiu “apresentar uma acusação consistente” e indignou-se com o requerimento apresentado pelo chefe do Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Loulé Lima Santos, referindo que este “é suscetível de atingir a honra do Ministério Público e dos elementos da PJ”.

A magistrada do MP fez também referência a alguns adjetivos utilizados pelos advogados de defesa para classificarem a acusação, destacando-se “arrogante, obscena, autista, sem norte, bruta, processualmente ridícula, delirante e política”.

Reiterando que o caso de Tancos é singular porque colocou “no banco dos réus” os autores do furto do armamento, militares e o ex-ministro da Defesa que, disse, garantiu impunidade aos primeiros, a procuradora pugnou para que, e caso venham a ser pronunciados, vários arguidos sejam sujeitos a medidas de coação gravosas, como prisão domiciliária.

Entende a procuradora que João Paulino, Pedro Marques, António Laranginha, Filipe Sousa e outros alegadamente envolvidos no furto devem ser sujeitos à medida de coação de prisão domiciliária.

Ainda da parte da manhã decorreram alegações do militar da GNR Bruno Ataíde, com o seu advogado a pedir que este não seja julgado e dizendo que o arguido, acusado de cinco crimes em coautoria, apenas cumpriu ordens.

O debate instrutório, que decorre em duas salas do tribunal de Monsanto, devido às medidas sanitárias impostas pela pandemia por Covid-19, continua à tarde com as alegações da defesa do coronel Luís Vieira.

Aos 23 arguidos são imputados crimes como terrorismo, associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, abuso de poder, recetação e detenção de arma proibida.

Nove dos 23 arguidos foram acusados de planear e executar o furto do material militar dos paióis nacionais e os restantes 14, entre os quais Azeredo Lopes, Luís vieira, Vasco Brazão e Amândio Marques da encenação que esteve na base da recuperação do equipamento.

O ex-ministro da Defesa está acusado de prevaricação e denegação de justiça, abuso de poder e favorecimento pessoal.

O furto de material de guerra foi divulgado pelo Exército em 29 de junho de 2017 e, quatro meses depois, a Polícia Judiciária Militar (PJM) revelou o aparecimento do material furtado, na região da Chamusca, a 20 quilómetros de Tancos, em colaboração com elementos do núcleo de investigação criminal da GNR de Loulé, que a acusação colocou em causa.

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PSA de Mangualde retoma atividade na próxima quarta-feira

Atividade da fábrica é retomada a 6 de maio, de forma gradual e com medidas de proteção reforçadas, adianta o grupo do setor automóvel.

A fábrica da PSA de Mangualde vai retomar a sua atividade já na próxima quarta-feira, avançou o grupo do setor automóvel, adiantando que o processo será feito de forma gradual.

O regresso das operações da unidade de produção de veículos comerciais ligeiros pertencente ao Grupo PSA acontece sete semanas depois de a 18 de março ter deixado de operar por causa do Covid-19.

No dia 6 de maio terão início os trabalhos de preparação nas unidades de ferragem e pintura, e, a partir de 7 de maio, estarão em laboração todas as áreas de produção”, diz José Luis Alonso Mosquera, diretor do Centro de Produção de Mangualde, em comunicado.

“Desde a paragem da nossa fábrica, implementámos um protocolo de medidas sanitárias reforçadas nas nossas instalações, que foi elaborado com o apoio dos serviços médicos do Groupe PSA, e enriquecido com a contribuição dos representantes dos Trabalhadores”, explica este responsável, concretizando que “graças a este esforço coletivo, validado pela auditoria realizada no dia 6 de abril, podemos retomar a produção no Centro de Mangualde, de forma gradual e segura”.

No passado dia 21 de abril, o centro de produção de Mangualde do grupo PSA admitia já ter tudo preparado no sentido do regresso à atividade, esclarecendo estar dependente da “liberalização” do Governo.

A retoma da operação da fábrica da PSA de Mangualde, onde são produzidos os modelos Peugeot Partner/Rifter, Citroën Berlingo/ Berlingo Van e Opel Combo/Combo Furgão, será feita com “medidas sanitárias reforçadas”, segundo o grupo automóvel francês.

Entre as precauções estão, por exemplo, o uso, sempre que possível, de transporte individual e em caso de partilha, fornecimento de máscaras e regra de lotação pré-definida. Está também prevista a medição de temperatura à entrada da fábrica, além da automonitorização de sintomas, fornecimento individual de máscaras e gel alcoólico, uso de óculos e máscaras na fábrica ou o respeito pela distância entre as pessoas em todos os espaços, incluindo áreas de descanso, áreas para fumadores com marcas no chão. Há também o ajuste da rotação nas trocas de equipas para evitar cruzamento dos trabalhadores.

(Notícia atualizada às 14h30)

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PME agrícolas podem ser compensadas com apoio até 50 mil euros

  • Lusa
  • 4 Maio 2020

Os Estados-membros da UE estão agora autorizados a utilizarem fundos de desenvolvimento rural para compensar agricultores e PME agrícolas pelo choque económico provocado pelo coronavírus.

Um pacote de medidas de mercado para apoiar vários setores agrícolas, incluindo laticínios, hortícolas e vinho, a enfrentarem a crise provocada pela Covid-19 foi publicado esta segunda-feira no Jornal Oficial da União Europeia (UE). Para além destas medidas de mercado, a Comissão Europeia decidiu autorizar os Estados-membros a utilizar fundos de desenvolvimento rural para compensar os agricultores e as pequenas empresas agroalimentares até 5.000 euros e 50.000 euros, respetivamente.

A pandemia de Covid-19 tem causado quebras nos mercados agrícolas em toda a UE, tendo sido publicadas esta segunda-feira no jornal oficial as medidas adotadas por Bruxelas e que preveem, nomeadamente, que seja autorizado o armazenamento temporário de queijo e de vinho. No caso do setor vitivinícola, para além da retirada do mercado de parte da produção, é autorizado um “apoio proporcionado” à destilação de vinho, sendo que o álcool obtido deve ser exclusivamente destinado a fins industriais, “nomeadamente produtos de desinfeção e fármacos, assim como a fins energéticos”, segundo o Jornal Oficial da UE.

O regulamento especifica que “os beneficiários do apoio a este tipo de armazenamento não poderão receber ajudas à destilação de vinho em caso de crise no âmbito dos programas de apoio ao setor vitivinícola nem beneficiar de subvenções nacionais à destilação de vinho em caso de crise”. Ainda para o setor do vinho, é aumentado temporariamente o cofinanciamento para as medidas de reestruturação e reconversão das vinhas, a colheita em verde (antes do amadurecimento das uvas), seguros de colheitas e investimentos.

Prevê-se ainda a autorização de apoios ao armazenamento de manteiga, leite em pó desnatado, carne de bovino, ovino e caprino, bem como alterações a programas operacionais, incluindo do azeite.

A atual pandemia de Covid-19 tem causado perturbações significativas no setor da agricultura em toda a UE e as medidas adotadas pelos Estados‐membros para conter a pandemia, em especial as fortes restrições à circulação e as medidas de distanciamento social, tiveram um elevado impacto negativo. Os problemas logísticos e a escassez de mão-de-obra tornaram vários mercados agrícolas vulneráveis às perturbações económicas provocadas pela pandemia, sobretudo dificuldades financeiras e problemas de tesouraria.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 245 mil mortos e infetou mais de 3,4 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de um milhão de doentes foram considerados curados. Em Portugal, morreram 1.063 pessoas das 25.524 confirmadas como infetadas, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China. Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

O “Grande Confinamento” levou o Fundo Monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial poderá cair 3% em 2020, arrastada por uma contração de 5,9% nos Estados Unidos, de 7,5% na zona euro e de 5,2% no Japão.

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PRA assessora Câmara do Porto no projeto de reconversão e exploração do Antigo Matadouro Industrial

A PRA-Raposo, Sá Miranda e Associados assessorou a Câmara Municipal do Porto na obtenção de um visto junto do Tribunal de Contas ao projeto de reconversão e exploração do Antigo Matadouro Industrial.

A sociedade de advogados PRA – Raposo, Sá Miranda e Associados assessorou a Câmara Municipal do Porto na obtenção de um visto junto do Tribunal de Contas ao projeto de reconversão e exploração do Antigo Matadouro Industrial do Porto.

“Um projeto ambicioso do executivo municipal, liderado por Rui Moreira, e que contou desde o seu início com a assessoria da PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados, culminou com a concessão do visto por parte do Tribunal de Contas, na passada semana”, nota a sociedade.

A assessoria ficou a cargo de David Coelho e Noel Gomes, sócios de administrativo e contratação pública da PRA.

O projeto, com investimento em obra de cerca de 42 milhões de euros e um período de exploração de 30 anos, poderá agora ser iniciado.

A Câmara Municipal do Porto, em comunicado, afirma que a reconversão do antigo Matadouro Industrial “pode servir como grande impulsionador económico, social, cultural e demográfico das freguesias mais orientais” da cidade (Bonfim e Campanhã).

O concurso para a reconversão e exploração do antigo Matadouro Industrial do Porto foi lançado em 2017 e, após adjudicação em 2018, foi apresentado ao Presidente da República em 2019.

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Número de infetados com coronavírus aumenta 0,96%. Já morreram 1.063 pessoas

  • ECO
  • 4 Maio 2020

Já se contam 25.524 casos de coronavírus em todo o país, com o Norte a ser a região mais afetada. No espaço de 24 horas, a doença infetou mais 242 pessoas.

Continuam a aumentar os números do coronavírus no país, embora a um ritmo mais lento. Os dados mais recentes da Direção-Geral da Saúde (DGS) dão conta de 242 novos casos de pessoas infetadas com a doença, um aumento de 0,96%. Em 24 horas, registaram-se mais 20 vítimas mortais, para 1.063 pessoas.

Até à meia-noite desta segunda-feira, Portugal registava 25.524 pessoas infetadas com coronavírus. De todos estes casos, 813 estão internados, dos quais 143 estão nos cuidados intensivos, mostra o boletim da DGS. Mas há ainda 2.760 pessoas à espera de resultados laboratoriais e 25.081 sob vigilância das autoridades de saúde.

Desde que apareceu no país, no início de março, a doença já provocou a morte de 1.063 pessoas. Nas últimas 24 horas registaram-se 20 vítimas mortais, o que representa um aumento de 1,9% face aos números deste domingo. De acordo com o secretário de Estado da Saúde, a taxa de letalidade está atualmente nos 4,2%, aumentando para os 14,9% na faixa etária acima dos 70 anos. Até ao momento já se registam 1.712 casos de pessoas recuperadas.

Boletim da DGS de 4 de maio

Desde o início que o Norte tem sido a região mais afetada e essa tendência mantém-se. O boletim da DGS mostra que no Norte do país registam-se 15.141 casos de infeção e 609 mortes. Atrás aparece a região de Lisboa e Vale do Tejo (6.136 casos e 218 mortes), o Centro (3.478 casos e 209 mortes), o Algarve (333 casos e 13 mortes) e o Alentejo (218 casos e uma morte). Contam-se ainda 13 mortes nos Açores.

Lisboa é atualmente o concelho com mais pessoas infetadas, num total de 1.567, à frente de Vila Nova de Gaia (1.418) e do Porto (1.258). Destaque ainda para os concelhos de Matosinhos (1.149), Braga (1.112) e Gondomar (1.009).

Arranca este mês a transfusão de plasma convalescente

Desde o dia 1 de março, disse o secretário de Estado da Saúde, na conferência de imprensa diária, já foram realizados cerca de 450 mil testes de rastreio. Em abril foram feitos, em média, cerca de 11.500 testes diários: 46% em laboratórios públicos, 43% em laboratórios privados e quase 11% em laboratórios militares. 30 de abril foi o dia com mais testes realizados — 16.200.

“O esforço conjunto e o envolvimento de todos tem sido crucial para que Portugal tenha conseguido aumentar a capacidade de testagem”, disse António Sales. “Começou hoje o dia 1 de desconfinamento. Mas contamos com mais de 60 dias a conviver com o Covid-19. A economia reabre paulatinamente, mas temos de continuar a manter a porta de transmissão completamente fechada“, continuou o secretário de Estado.

António Sales anunciou que vai arrancar em maio a transfusão de plasma convalescente no país, um processo que, disse, tem mostrado resultados positivos noutros países, como por exemplo na China. Para este procedimento, que será feito de forma “anónima, benévola e voluntária”, serão selecionados potenciais dadores entre os recuperados, explicou Maria Antónia Escoval, presidente do Conselho Diretivo do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), também presente na conferência de imprensa. Os interessados poderão inscrever-se no site do IPST.

(Notícia atualizada às 14h com mais informação)

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Novo CEO do BPI: “Sempre assinei Oliveira e Costa, e assinarei em qualquer circunstância”

Com Pablo Forero de saída, será João Pedro Oliveira e Costa a assumir a liderança do BPI. O novo CEO esclareceu que não tem qualquer relação com o antigo presidente do BPN... Oliveira e Costa.

Com a saída de Pablo Forero, será o atual administrador executivo João Pedro Oliveira e Costa a assumir a liderança do BPI. É um apelido “tóxico” no setor, mas o próximo CEO do banco (já habituado a confusões) esclareceu que não tem qualquer relação com o antigo presidente do BPN… Oliveira e Costa. E disse que tem a honra de carregar o apelido do seu pai.

“É uma pergunta que já me fizeram no passado e que já previa que ma fizessem nesta conferência”, começou por dizer João Pedro Oliveira e Costa, 54 anos, em conferência de imprensa após o BPI ter registado uma queda de 87% dos lucros devido à pandemia.

“Não conheço em concreto o caso e não tenho nenhuma relação familiar, mas tenho respeito por quem já não está connosco”, esclareceu o gestor bancário, depois de questionado sobre se o apelido Oliveira e Costa — antigo fundador do BPN que faleceu no passado mês de março — poderia ter impacto na sua imagem.

O próximo líder do BPI afirmou que o apelido vem do seu pai. “Tenho muita honra no meu pai, que faleceu há 20 anos. Tenho muita pena que não esteja aqui neste momento. Sempre assinei Oliveira e Costa, e assinarei em qualquer circunstância“, disse João Pedro Oliveira e Costa.

“Os meus filhos também terão orgulho em assinar o nome Oliveira e Costa”, acrescentou.

“Seguir legado de Santos Silva, Ulrich e Forero”

A apresentação de resultados também serviu para uma breve apresentação do novo CEO na primeira pessoa.

João Oliveira e Costa lembrou que tem três décadas de experiência no setor financeiro, uma vida profissional quase dedicada exclusivamente ao BPI. E, por isso, disse que o seu perfil se confunde com o perfil do banco naquilo que são os valores de transparência e caráter, fez quase todas as funções no banco e conhece “ao pormenor as vicissitudes” do banco. “Mas meu perfil vai carecer de prova no exercício de funções”, acrescentou.

Disse ainda que terá enormes desafios pela frente, não só pela atual situação de pandemia de Covid-19, mas pela história do banco, de quem passou por lá, mas também pelo atual dono, o CaixaBank.

O próximo CEO pretende dar continuidade ao legado de pessoas que vieram antes dele, “com o prestígio e relevância que tiveram”. Lembrou Artur Santos Silva, Fernando Ulrich (pela “frontalidade e relevância que teve nas intervenções no sistema financeiro”) e ainda Pablo Forero, de quem ficou amigo próximo.

“Outro nível de desafio: ter um acionista da qualidade do CaixaBank, que é entidade bem organizada, de enorme prestígio em Espanha, maior organização em Espanha. Isto implica um maior grau de exigência“, considerou.

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Atrasos no pagamento do lay-off “estarão a agravar a recessão”

O pagamento dos apoios previsto ao abrigo do lay-off simplificado está com um "atraso significativo" e isso pode mesmo agravar a recessão, diz o Fórum para a Competitividade.

O Governo tinha indicado, inicialmente, que iria transferir os apoios para as empresas em lay-off a 28 de cada mês, mas esse calendário de pagamentos acabou por sofrer alterações, havendo agora empregadores que só receberão a ajuda da Segurança Social a 15 de maio. Esses atrasos, considera o Fórum para a Competitividade, “estarão a agravar a recessão”.

O formulário de acesso ao lay-off simplificado foi disponibilizado no final de março e até agora cerca de 100 mil empresas já pediram para aderir a este regime. Muitos destes ainda não receberam, contudo, resposta da Segurança Social e no caso daqueles que entregaram o requerimento depois de 10 de abril, tendo sido aprovados, o pagamento só chegará na próxima semana, a 15 de maio. Tal tem colocado sérias dificuldades às empresas e o ministro da Economia já admitiu que as expectativas das empresas poderão ter sido “defraudadas” por este novo calendário.

Na análise divulgada esta segunda-feira, o Fórum para a Competitividade vai mais longe e diz mesmo que esses atrasos “estarão a agravar a recessão”. “Só 61% dos pedidos terão sido aceites e regista-se um atraso significativo nos pagamentos. Este atraso nos pagamentos, para além dos inúmeros problemas sinalizados no apoio a trabalhadores independentes, estarão a agravar a recessão“, lê-se na nota.

No que diz respeito aos trabalhadores independentes, está em causa, por um lado, o facto de o valor do apoio referente a março ter sido mais baixo do que se esperava, por corresponder a apenas 20 dias desse mês; E, por outro, a falha informática que impediu os “recibos verdes” de pedirem a ajuda relativa a abril, na quinta-feira, último dia em que tal era possível. O prazo foi, entretanto, alargado para esta segunda-feira.

Apesar de ter reconhecido o tal defraudar das expectativas, o ministro da Economia defendeu, na quinta-feira, que a Segurança Social “não falhou”, no que diz respeito aos pagamentos devidos ao abrigo do lay-off simplificado. Antes, houve “um crescimento avassalador dos pedidos de lay-off”, o que terá tornado difícil concretizar o calendário inicialmente previsto, justificou Pedro Siza Vieira.

Em causa está um regime que permite aos empregadores mais afetados pela crise pandémica suspender contratos de trabalho ou reduzir a carga horária dos trabalhadores, que mantêm, pelo menos, dois terços da sua remuneração. No caso da suspensão do contrato, esse valor é pago em 70% pela Segurança Social e em 30% pelo patrão; Já no caso da redução do horária, a Segurança Social só paga 70% do valor necessário para assegurar que o trabalhador recebe, em conjunto com a retribuição devida pelas horas mantidas, os tais dois terços.

Esta segunda-feira e em declarações ao Observador, o secretário de Estado do Trabalho, Miguel Cabrita, avançou que o Estado estima gastar 300 milhões a 400 milhões de euros, por mês, com este regime, nos quais estão enquadrados atualmente entre 800 mil trabalhadores e um milhão de trabalhadores.

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Tribunal alemão poderá impor condições à compra de ativos do BCE, diz presidente do Ifo

  • Lusa
  • 4 Maio 2020

O presidente do Ifo duvida que o programa lançado pela presidente do BCE esteja em risco, mas admite poder ser necessário “mudar alguns detalhes”.

O presidente do instituto Ifo, Clemens Fuest, acredita que o tribunal constitucional alemão poderá impor condições ao Bundesbank para que este possa participar no programa de compra de ativos do Banco Central Europeu (BCE).

Os juízes de Karlsruhe pronunciam-se esta terça-feira sobre os “Asset Purchase Programs” (APP) criados por Mario Draghi entre 2015 e 2019 depois de um grupo de dois mil queixosos, encabeçado por economistas e professores de Direito, darem início a este processo por duvidarem que o programa respeite a lei fundamental alemã.

Não acredito que o Tribunal Constitucional Federal decida que todo o programa é financiamento monetário ilegal dos Estados”, sublinhou em declarações à agência Lusa Clemens Fuest, presidente do Instituto de Investigação Económica (Ifo).

“Caso isso aconteça, o Bundesbank (o banco central alemão) deixaria de poder participar no programa (de compra de ativos). Em princípio, outro banco central nacional poderia levar a cabo essas compras, mas, na prática, o programa provavelmente teria de ser modificado”, acrescentou.

Esta prática de “financiamento monetário” está proibida nos tratados europeus, mas o BCE argumenta que os bancos centrais da zona euro, ao comprar a dívida no mercado secundário, e não diretamente aos Estados-membros, não está a comer qualquer ilegalidade.

Para Fuest, o mais provável é que o tribunal aponte “as condições em que o Bundesbank pode participar no programa” com o objetivo de “preservar as forças dos mercados” na altura de comprar dívida pública.

O presidente do Ifo duvida que o “Pandemic Emergency Purchase Program” (PEPP), um pacote de 750 mil milhões de euros de combate à crise provocada pela Covid-19, lançado pela presidente do BCE, Christine Lagarde, esteja em risco, mas admite poder ser necessário “mudar alguns detalhes”.

O processo atual, que arrancou na justiça alemã em março de 2015, não é o primeiro, e surgiu depois de aplicado o APP (programa alargado de compra de ativos) ou “Expanded Asset Purchase Programe”, durante a presidência de Mário Draghi.

Em 2017, o Tribunal Constitucional, assumiu ter dúvidas de que a compra de ativos fosse compatível com a proibição de financiamento monetário, reencaminhando a sentença para o Tribunal de Justiça Europeu (TJE). O TJE pronunciou-se a favor do BCE e cabe agora à entidade máxima de justiça alemã interpretar a sentença à luz da sua Constituição.

O programa de compra de ativos do BCE tem sido determinante para manter as taxas de juro da dívida dos países da zona euro mais endividados em níveis baixos. Em 17 de março deste ano, por exemplo, as taxas de juro da dívida italiana a 10 anos chegaram a negociar acima dos 3% e fecharam nos 2,3%, o valor mais alto em nove meses, ajustando no dia seguinte, depois do anúncio do PEPP pelo BCE.

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Prejuízos? “É pouco provável”, mas se for preciso mais provisões, “fazemos mais”

Pablo Forero está "otimista" em relação a esta crise. BPI partia com perpetiva de lucro de 200 milhões este ano, já não deverá alcançar por causa da pandemia. Mas também não prevê prejuízos.

Pablo Forero diz-se otimista em relação à crise provocada pelo coronavírus. Admite o impacto, mas adianta que é pouco provável que o BPI venha a registar prejuízos este ano.

“Achamos muito improvável que o banco tenha prejuízos este ano. No orçamento para 2020 prevíamos um resultado de cerca de 200 milhões de euros. É pouco provável que o banco tenha prejuízos este ano. Não é o nosso cenário central”, referiu o CEO do BPI em conferência de resultados.

“Mas vamos ver como tudo isto cristaliza”, adiantou ainda o espanhol que está de saída da liderança do BPI, referindo que ainda não é possível quantificar o impacto total da crise.

O banco acabou de apresentar uma descida de 87% dos lucros para 6,2 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, penalizado pela pandemia de Covid-19. Foi contabilizado um impacto de 44 milhões de euros com o atual contexto de crise económica por causa do vírus: cerca de 32 milhões de euros em imparidades para possíveis perdas com crédito em incumprimento e 14 milhões de euros com a desvalorização de uma carteira de obrigações devido à turbulência das bolsas.

"Achamos muito improvável que o banco tenha prejuízos este ano. No orçamento para 2020 prevíamos um resultado de cerca de 200 milhões de euros. É pouco provável que o banco tenha prejuízos este ano.”

Pablo Forero

CEO do BPI

Apesar do momento mais delicado, Pablo Forero diz que é uma pessoa otimista e explica que a atual crise não tem a ver com desequilíbrios económicos. “Geralmente este tipo de crise são breves”, disse. “Não é a primeira vez que um surto acontece. Também já estivemos em situação de guerra como em 1990, com a Guerra do Golfo. O que acontece é que não há um desequilíbrio prévio da economia”, salientou.

Forero adiantou ainda que, se for necessário colocar mais dinheiro de lado para responder a falhas no pagamento das prestações do crédito por parte de famílias e empresas, isso não será um problema para o BPI.

“Fizemos o nosso exercício de prudência em abril. Nos meses de junho e julho voltaremos a fazer novo exercício. Se precisarmos, fazemos mais. Caso contrário, não fazemos”, referiu Pablo Forero.

Se os 32 milhões de euros de imparidades “não forem suficientes, não é um problema”, disse ainda, lembrando a posição financeira sólida do banco.

“Nunca iremos pôr em risco a qualidade do banco nem a segurança das poupanças dos nossos clientes. Se precisarmos de mais imparidades, faremos”, repetiu o gestor.

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Apoio aos clubes de futebol? “Não foi discutido até ao momento”, diz ministro Siza Vieira

  • ECO
  • 4 Maio 2020

Ministro Siza Vieira diz que a primeira a preocupação foi garantir a retoma da atividade dos clubes com as condições sanitárias adequadas e que eventuais apoios não foram discutidos.

O regresso da competição dos desportos individuais já foi autorizado pelo Governo e o mesmo será previsível para os desportos coletivos, estando previsto que no fim se semana de 30 e 31 de maio se inicie a competição de futebol, mas só da primeira liga. Em matéria de apoios aos clubes que estejam com a “corda ao pescoço”, contudo, não estão previstos para já soluções por parte do executivo, adiantou o ministro da Economia, Siza Vieira, em entrevista à Antena 1.

“Não foi discutido até ao momento”, disse Siza Vieira, relativamente a eventuais apoios como antecipação de receitas do Placard como forma de ajudar os clubes neste período de paragem, à rádio. “Aquilo que procuramos foi mesmo verificar se havia condições sanitárias e de segurança para que se pudesse retomar, no caso do futebol profissional, a competição da Primeira Liga para concluir o campeonato de futebol”, adiantou a esse propósito.

“Está avaliado. É importante do ponto de vista da situação económica dos clubes, porque lhes permite ao retomar a atividade também conseguir a retoma das transmissões televisivas que são uma fonte importante de receita para os clubes”, justificou à Antena 1, depois de ter sido determinada a suspensão desses pagamentos. “Não temos neste momento discussões a outro nível”, rematou.

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Marcelo reconhece que tinha ideia “mais simbólica” para comemoração do 1.º de Maio

  • Lusa
  • 4 Maio 2020

"Confesso que quando pensei na regra, pensei numa cerimónia mais simbólica, mais restritiva, menos ampla, do tipo da cerimónia do 25 de abril", disse o Presidente da República.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reconheceu esta segunda-feira que tinha uma ideia “mais simbólica” para se assinalar o 1.º de maio quando abriu a porta à comemoração da data na última renovação do estado de emergência.

“A minha ideia era mais simbólica e mais restritiva. Não era desta dimensão e deste número”, declarou o chefe de Estado, falando em entrevista por telefone à Rádio Montanha, da ilha do Pico. E prosseguiu: “Confesso que quando pensei na regra pensei numa cerimónia mais simbólica, mais restritiva, menos ampla, do tipo da cerimónia do 25 de abril”.

De todo o modo, a “interpretação das autoridades sanitárias foi mais extensa, ampla e vasta” da que o chefe de Estado tinha idealizado no seu “espírito”, declarando Marcelo entender as críticas à dimensão e características do assinalar da data em Lisboa. “Felizmente os portugueses de uma forma maioritária no resto do fim de semana deram um exemplo de grande calma e serenidade e não embarcaram em aventuras”, acrescentou ainda.

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