TAP: “Governo não ficará seguramente de mãos atadas” com a providência cautelar, diz Catarina Martins

A líder do Bloco de Esquerda acredita que a providência cautelar apresentada para travar o empréstimo do Estado à TAP não impedirá o Governo de auxiliar na mesma a companhia aérea nacional.

Catarina Martins acredita que a providência cautelar apresentada para travar o empréstimo estatal na TAP não deixará o Governo “de mãos atadas”. Em declarações aos jornalistas, a líder bloquista disse ainda que o Executivo tem de “afastar” o acionista privado da companhia aérea e acelerar o apoio financeiro, porque quando o fizer, “poderá ser tarde demais”.

“É um problema que será resolvido entretanto, julgo eu”, disse Catarina Martins esta quinta-feira, referindo-se à providência cautelar apresentada pela Associação de Comerciantes do Porto (ACP) para travar o empréstimo de até 1.200 milhões que o Estado fará na TAP, e que foi entretanto aceite pelo Supremo Tribunal. “O Governo não ficará, certamente, de mãos atadas”, até porque “ninguém compreenderia que a TAP desaparecesse por inação”.

Esta quinta-feira, também Pedro Nuno Santos disse que, mesmo com a providência cautelar, o Governo tem outras formas de ajudar financeiramente a companhia aérea. Em declarações ao podcast do PS, o ministro das Infraestruturas e da Habitação referiu: esta ação judicial “em princípio, não impedirá que possamos auxiliar a TAP”.

Catarina Martins, sublinhando que o Bloco de Esquerda concorda com o apoio estatal à TAP, disse ainda que o Governo “não pode continuar a esconder-se atrás de um acionista privado que é, de facto, lesivo para a TAP”. O Executivo “tem de afastar esse privado e utilizar a capacidade que tem e os meios que já foram decididos do ponto de vista europeu”, continuou.

“Se não o fizer, e quando o fizer, pode bem ser tarde demais. Pode a TAP ter perdido todo o interesse estratégico para o país”, afirmou a líder bloquista, notando que este “braço de ferro” entre o Governo e os acionistas privados está a “impedir que se atue”. “Enquanto não há atuação do Governo sobre a TAP, a TAP já está a ser restruturada da pior forma e encolhida sem nenhum critério”.

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Multas na bolsa recuaram para 1,9 milhões. CMVM teve prejuízo em 2019

CMVM aplicou coimas de 1,88 milhões de euros ao longo do ano passado. O montante das multas resulta de 26 processos de contraordenação.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) aplicou coimas de 1,88 milhões de euros ao longo do ano passado. O montante das multas resulta de 26 processos de contraordenação, sendo que 400 mil euros dizem respeito a violações de regras do branqueamento de capitais.

“Na supervisão de mercados, foram identificadas 527 situações potencialmente anómalas ao longo das várias sessões de negociação”, explica o supervisor dos mercados financeiros no relatório anual apresentado esta quinta-feira. O total fica abaixo das 604 situações de possível incumprimento identificadas em 2018.

Dessas, houve 104 decisões finais no ano passado, das quais 76 decisões condenatórias (51 de violação de deveres de intermediação financeira e 11 decisões condenatórias no âmbito de gestão de ativos). Assim, no final do ano passado, havia 79 processos pendentes, o que é o número mais baixo desde 2009. “Houve uma atividade intensa da CMVM. Há uma preocupação crescente de manter o investidor e o mercado informado”, diz a presidente da CMVM, Gabriela Figueiredo Dias.

Ao longo do ano passado, houve uma novidade na supervisão da comissão: começou a ir, presencialmente, a intermediários financeiros para verificar sistemas e procedimentos de detenção e comunicação de ordens e operações suscetíveis. “Os intermediários financeiros são a primeira linha de defesa. O que a CMVM fez, pela primeira vez, foi ir junto dos intermediários financeiros com uma lógica pedagógica“, explicou o administrador João Gião, clarificando que todos os intermediários financeiros vão ser alvo de visita.

Luanda Leaks ainda não chegou ao Ministério Público

Entre as competências da CMVM está a supervisão dos auditores. Neste âmbito, a CMVM já tinha anunciado estar a levar a cabo nove investigações as auditoras envolvidas no caso Luanda Leaks, que expôs alegados desvios de dinheiro de Isabel dos Santos.

O supervisor avançou que não foi feita qualquer comunicação ao Ministério Público sobre este caso, sendo que seis investigações ainda estão em aberto. As restantes três foram fechadas com recomendações.

Os nomes das auditoras nunca foram divulgados, mas o auditor responsável pelas contas do banco, a Deloitte, deverá estar na lista inicial da CMVM. Outros nomes que poderão estar envolvidos nos Luanda Leaks incluem a KPMG e a PwC. Já a McKinsey e a BGC deverão ficar de fora já que estão registadas em Portugal como consultoras e não auditoras.

Com modelo de financiamento em aberto, contas da CMVM caem nos prejuízos

O montante das multas não entra nas contas da CMVM, passando diretamente para o fundo de indemnização dos investidores. O financiamento do supervisão é feito através das taxas que cobra aos supervisionadas, sendo que, em 2019, o encaixe foi de 22,3 milhões de euros.

A conjugação de uma redução das taxas recebidas com um aumento do investimento tecnológico levou a que as contas da CMVM ficassem no vermelho. O supervisor teve prejuízos de 719 mil euros no ano passado, em comparação com o lucro de 127 mil euros registado em 2018.

“A CMVM é financiada por taxas. Houve um conjunto de situações que não permitiu manter as receitas”, explicou Figueiredo Dias, apontando para a “volatilidade dos mercados” tem consequências, a par do aumento dos encargos. “Não se tratam de caprichos, mas de necessidades mínimas”, disse.

A quebra nas receitas acontece numa altura em que a CMVM está num processo de revisão do modelo de financiamento, que poderá ter um impacto ainda maior nas taxas, mas que está na secretária do novo ministro das Finanças, João Leão. “A CMVM apresentou uma proposta no final de 2019 ao Governo. Houve uma proposta, que tinha sido pedida. Com alterações governamentais no Ministério das Finanças, não é fácil de prever quando haverá resposta“.

(Notícia atualizada às 12h50)

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“Naturalmente que nos preocupamos” com saída do CEO da EDP, diz presidente da CMVM

Supervisor dos mercados deixa claro que é apenas responsável por garantir que os investidores estão esclarecidos sobre o processo que envolve os gestores do grupo, mas admite preocupação com caso.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) não pode intervir na avaliação da idoneidade dos gestores do grupo EDP — António Mexia e João Manso Neto — no caso judicial que poderá levar à destituição dos dois CEO. No entanto, diz que está a acompanhar com preocupação a situação.

Não antecipamos decisões, mas naturalmente que nos preocupamos“, disse Gabriela Figueiredo Dias, presidente da CMVM, na apresentação do relatório anual. Quanto à possível intervenção na situação, a responsável sublinhou que “a CMVM não tem competência de avaliação dos membros dos órgãos sociais”. Mas deixou em aberto que haja alterações: “Nada é impossível, mas diria que não vai acontecer“.

O Ministério Público pediu a suspensão de funções do presidente da EDP, António Mexia, e do presidente da EDP Renováveis, João Manso Neto, no âmbito do caso EDP. E ainda uma caução de dois milhões de euros a António Mexia e de um milhão para Manso Neto.

A defesa de António Mexia considera “ilegais” as medidas de coação propostas pelo Ministério Público. O documento da defesa do CEO da elétrica, a que o ECO teve acesso, sustenta que este pedido de agravamento das medidas de coação é relativo a factos que, afinal, não são novos — já são públicos desde 2018 e já tinham sido esclarecido e defende que não há provas novas que sustentem a revisão.

“A EDP é supervisionada pela CMVM, mas não de forma prudencial”, clarificou o administrador João Gião sobre a intervenção do supervisor na avaliação de idoneidade dos gestores. O papel da CMVM prende-se com garantir que os investidores estão devidamente informados. “A idoneidade é um aspeto que tem, em geral, impacto na cotação portanto tem de ser comunicada ao mercado como tem sido feito“.

(Notícia atualizada às 13h00)

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MEO mais humano e sensorial

“Liga-te de novo. Liga-te à vida” com o MEO é o novo posicionamento da marca e acompanha a campanha assinada pela Partners, que pretende mobilizar os portugueses, com emoção e através dos sentidos.

O MEO, marca de consumo da Altice Portugal, pretende que os portugueses se liguem, de novo, à vida, depois dos tempos transformadores, únicos e de mudança que vivemos. Uma mobilização nacional através daquilo que considera que “nos é mais característico enquanto humanos, o emocional e o sensorial”.

Depois de em pleno lockdown, através da tecnologia, ter permitido a comunicação entre família, amigos e trabalho, a marca diz: Chegou o momento de “nos ligarmos de novo, de nos ligarmos à vida”. Até porque, “os tempos vividos trouxeram uma mudança de paradigma e de perceção da tecnologia e do papel da mesma na nossa vida” e é na humanização da tecnologia e no pilar da proximidade que reside a grande aposta do grupo.

O novo posicionamento apresentado e a nova campanha institucional — “Liga-te de novo. Liga-te à vida” — pretende dar o mote para um momento que se quer de recuperação do país, de reinvenção face aos novos desafios, de recuperação da ligação à família, aos amigos, ao trabalho, à música, ao desporto, aos sentidos, mas acima de tudo, de redescoberta de sensações que dão significado à palavra viver.

Durante seis dias, ao longo de mais de 64 horas de rodagem, cerca de 120 pessoas trabalharam na nova campanha, que por curiosidade, teve um guarda-roupa de quarentena e desinfetado em câmara de ozono em carrinha antes de cada utilização. Uma campanha que desenvolve e materializa uma nova dimensão multissensorial enquanto premissa de uma maior envolvência e humanização da marca, através de uma fragrância única, de uma nova identidade sonora e de novos sabores.

A marca assume-se como uma das primeiras em Portugal a trabalhar a sua identidade multissensorial e a primeira a desenvolver uma identidade sonora binaural em 8D (efeito 360 e esférico). Uma identidade olfativa, auditiva e gustativa inspirada na personalidade MEO e que enquanto experiência sensorial vai ser vivida nas sua lojas. Para isso trabalhou na fragrância com o perfumista Lourenço Lucena, a identidade gustativa de rebuçados com o Chef Chakall e o café da Simpli Coffee também foi criado exclusivamente para este novo momento na vida da marca. Já a música “HEYO” foi criada e produzida nos EUA, no 1908 SCORING STUDIOS, em Bevery Hills.

Com este reposicionamento, os sentidos surgem como um passo natural na evolução da humanização da marca e uma oportunidade única para materializar o seu propósito, desafiando as pessoas para novas experiências e novas oportunidades, mesmo que para isso seja necessário sair da zona de conforto. Uma nova estratégia que chega acompanhada de novos embaixadores como Armindo Araújo, Carolina Deslandes, Cristiano Ronaldo, Frederico Morais, João Sousa e Miguel Oliveira.

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PSD contra escolha de Centeno para o BdP. Mas não vai aprovar uma lei ad hominem

O PSD é desfavorável à ida de Centeno para governador do Banco de Portugal. Apesar de concordar com o período de nojo de dois anos, o partido é contra a aplicação desse princípio já nesta sucessão.

O PSD considera que existe um “problema sério de incompatibilidade de funções” na nomeação do ex-ministro das Finanças, Mário Centeno, para governador do Banco de Portugal. Mas é contra projetos que visam “mudar as regras no fim do jogo” pelo que, apesar de admitir aprovar mudanças, rejeita que estas se apliquem já ao sucessor de Carlos Costa, o atual governador cujo mandato termina em julho.

Os social-democratas admitem que são favoráveis a um período de nojo de dois anos para os ex-governantes que sejam nomeados para o Banco de Portugal — a proposta do PAN que está a ser debatida no Parlamento prevê cinco anos, mas o partido mostrou abertura para alterar –, mas consideram que a medida não deve ser aplicada à nomeação que será feita dentro das próximas semanas. Ou seja, o PSD concorda com António Costa e não quer leis “ad hominem” que impeçam já Centeno de ir para governador: “As leis não se fazem para perseguir pessoas ou resolver problemas concretos”, disse Morais Sarmento.

As declarações foram feitas pelo vice-presidente do PSD, Nuno Morais Sarmento, esta quinta-feira numa conferência de imprensa sobre a nomeação do próximo governador do Banco de Portugal. Esta semana o ECO avançou que António Costa transmitiu a Carlos Costa que a escolha do Governo para o cargo recairá sobre o ex-ministro das Finanças, Mário Centeno. O PSD confirmou que este foi o nome indicado por António Costa a Rui Rio nas conversas que tiveram sobre o tema.

No passado, Rui Rio chegou a admitir esta possibilidade, dizendo em fevereiro que não ia vetar “à partida” a ida de Centeno para o Banco de Portugal, mas com o aproximar da nomeação e saída do ministro das Finanças em plena crise pandémica o maior partido da oposição começou a criticar esta hipótese. Esta quinta-feira, Nuno Morais Sarmento foi claro: “O PSD tem uma posição desfavorável à escolha do professor Mário Centeno” para governador, uma posição que já foi transmitida ao Governo.

Esta nomeação é “desaconselhada” e “não traz clareza nem reforça a solidez” da democracia. Mais: se fosse este um Governo PSD, esta não seria a escolha, apesar de admitirem que é “legal” uma vez que a lei atual permite que o Executivo possa escolher o ex-ministro das Finanças para governador do Banco de Portugal. “Não deve fazer, mas pode fazer no quadro da lei“, concluiu.

Nuno Morais Sarmento referiu ainda que a posição do PSD “não é negociável”, tendo sido já comunicada ao Governo. O vice-presidente do PSD afirmou que o Banco de Portugal não pode ser “monolítico”, isto é, deve ter diversidade e não deve ser um prolongamento do Governo, uma posição dos social-democratas que já tinha sido avançada pelo Expresso.

Além disso, o PSD é favorável a que haja um parecer não vinculativo do Parlamento à nomeação do governador e ainda que o período de nojo deve também ser aplicado a membros de órgãos executivos da banca. O vice-presidente do maior partido da oposição comprometeu-se a apresentar uma proposta que concretize as ideias do PSD sobre este tema, caso estas mudanças não venham a ser aprovadas no âmbito do processo legislativo que corre atualmente.

Morais Sarmento critica declarações de Marcelo

Em resposta a questões dos jornalistas, ressalvando que esta era uma posição que não vinculava o PSD, Nuno Morais Sarmento criticou a declaração do Presidente da República quando este referiu exemplos passados de ex-ministros das Finanças que foram nomeados para governadores do Banco de Portugal para dizer que não via problemas nesta passagem.

De todas as declarações, a mais incompreensível é da sua excelência o Presidente da República“, afirmou. “Esta é uma questão política, mas é também uma questão jurídica”, disse o vice-presidente do PSD, referindo que Marcelo, por “razões políticas”, fez “tábua rasa da existência de regimes distintos, antes e depois de 1998”. “Não compreendo [as declarações de Marcelo] sinceramente pela especial responsabilidade e pelo claro conhecimento que tem sobre esta matéria”, rematou.

Nuno Morais Sarmento voltava assim a um argumento que tinha dado no início da conferência de imprensa onde rejeitava os argumentos dados por vários de que existe um histórico de nomeações de ex-ministros das Finanças para o Banco de Portugal. O vice-presidente do PSD argumentou que essas nomeações foram feitas num enquadramento completamente diferentes, antes da União Económica e Monetária (Zona Euro), em que havia uma “relação tutelar” entre o banco central e o poder político.

Contudo, após 1998, com a criação do sistema de bancos centrais da Zona Euro, essa relação desaparece, “é afirmada a independência do Banco de Portugal” e a relação “primeira” do banco central português passa a ser com o Banco Central Europeu (BCE). E recordou que desde essa altura houve apenas dois governadores que serviram durante dois mandatos (10 anos): Vítor Constâncio e Carlos Costa, ambos nomeados por Governo do PS (no caso de Carlos Costa este foi reconduzido no segundo mandato pelo Governo PSD/CDS).

“Nenhum dos dois levantou problemas sérias de incompatibilidade, como aqueles que mais tarde se vieram a colocar”, disse Morais Sarmento, referindo que é com a indicação de Mário Centeno que, logo à partida, “se levanta [problemas de incompatibilidade] pela primeira vez desde que o Banco de Portugal conhece o seu estatuto de entidade independente”.

(Notícia atualizada às 13h02 com mais informações)

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Até nova ordem, feiras em Lisboa ficam suspensas

  • ECO
  • 25 Junho 2020

Devido ao elevado número de casos de infeção na capital, o Governo tomou medidas excecionais. Uma dela foi a suspensão das feiras do Relógio, da Ladra e das Galinheiras.

Com o aumento do número de casos de coronavírus na Área Metropolitana de Lisboa (AML), o Governo tomou medidas excecionais para tentar conter o surto. Uma delas foi a suspensão das feiras em toda a capital, de modo a evitar ajuntamentos.

“Na sequência da resolução nº 45-B/2020 do Conselho de Ministros, de 22 de junho, está interdita a realização de feiras na área do município de Lisboa“, refere a Câmara de Lisboa, em comunicado enviado esta quinta-feira.

Assim, ficam temporariamente suspensas as feiras do Relógio (Chelas), da Ladra (Graça) e das Galinheiras (Santa Clara). “Até nova avaliação, mantém-se em vigor a suspensão das feiras”, lê-se.

Entre as várias medidas adotadas pelo Governo para a capital consta ainda o encerramento dos estabelecimentos (incluindo supermercados) às 20h, o aperto da fiscalização nos centros comerciais e a manutenção do estado de calamidade em 19 freguesias.

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Declarações de IVA podem ser regularizadas até ao fim do ano

"A regularização de todas as declarações de IVA poderá ser feita até 20 de dezembro", adiantou a bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados.

O prazo para corrigir e regularizar as declarações do IVA vai ser alargado até 20 de dezembro, adiantou a bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), esta quinta-feira. Em declarações à RTP 3, Paulo Franco explicou que este prolongamento permitirá aos empresários entregarem à Autoridade Tributária todos os “documentos desejáveis” de modo a terem acesso às deduções ao imposto.

“A regularização de todas as declarações de IVA, que possam ter sido enviadas sem todos os elementos que seriam desejáveis, poderá ser feita até 20 de dezembro“, adiantou a responsável, remetendo mais informações para o despacho do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais publicado em Diário da República.

“Significa, acima de tudo, ter acesso a todos os documentos e efetuar as respetivas deduções, isto é, diminuir o IVA que tem de entregar ao Estado em função das suas compras, de forma correta”, explicou Paula Franco, referindo que a pandemia de coronavírus levou a atrasos nos documentos que “suportam as operações”, o que poderia prejudicar o direito às deduções dos empresários, caso não houvesse um alargamento do prazo para a regularização das declarações do IVA.

A bastonária defendeu, por outro lado, o alargamento do prazo para a entrega da Informação Empresarial Simplificada (IES). “Acreditamos que o Executivo vai permitir o prolongamento da entrega do IES até ao final de setembro, porque é meramente informativa e os contabilistas, neste momento, têm de se focar nas questões essenciais e na ajuda aos empresários“.

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Ministra do Trabalho destaca “curva descendente” do desemprego

  • ECO
  • 25 Junho 2020

"Desde o final de fevereiro, temos mais 93 mil desempregados, mas a curva da evolução do desemprego, neste momento, é descendente", salienta Ana Mendes Godinho.

A pandemia de coronavírus fez tremer o mercado de trabalho. Segundo adiantou a ministra do Trabalho em entrevista à Antena 1, entre o final de fevereiro e o momento atual, o número de desempregados cresceu em 93 mil indivíduos, mas a curva já está numa trajetória descendente.

“Desde o final de fevereiro, temos mais 93 mil desempregados, mas a curva da evolução do desemprego, neste momento, é descendente“, sublinhou Ana Mendes Godinho. Em março, os serviços de emprego registaram 28 mil novos desempregados, em abril 48 mil e em maio 16 mil. “Ou seja, há aqui um reflexo da retoma da atividade depois de uma fase em que a economia tinha de estar parada por razões sanitárias”, explicou a governante.

Ainda assim, a ministra do Trabalho admitiu estar “preocupada” com a evolução do desemprego, referindo que “todos temos de ter capacidade de resposta” à situação atual.

http://videos.sapo.pt/mqYybTDlFs9MiseKniLL

Sobre o lay-off simplificado, Ana Mendes Godinho lembrou que cerca de 110 mil empresas fizeram o pedido inicial e, destas, 89 mil pediram a renovação do apoio. A ministra ainda não consegue determinar, contudo, o custo total deste regime. Avança apenas que já foram gastos 580 milhões de euros pela Segurança Social em ajudas. A esse valor deve ainda ser somado o montante (ainda não apurado) que não entrou nos cofres do Estado com a isenção da TSU dada às empresas que recorreram ao lay-off simplificado.

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Joana Andrade Correia é a nova sócia da Raposo Bernardo & Associados

Na firma desde 2003, Joana Andrade Correia foi promovida a sócia da Raposo Bernardo. A advogada co-lidera o departamento de corporate e M&A.

A firma de advogados Raposo Bernardo & Associados promoveu Joana Andrade Correia a sócia. A advogada centra a sua prática nas áreas de societário, M&A, private equity e financeiro.

Ser sócia da Raposo Bernardo corresponde à concretização de um marco importante na minha vida profissional, que tenho desenvolvido numa sociedade com a qual me identifico plenamente, pela sua cultura e valores, e que tem uma equipa extraordinária, que transforma desafios em oportunidades, num ambiente incrível, em total espírito de colaboração”, nota a nova sócia em comunicado.

Na firma desde 2003, Joana Andrade Correia co-lidera o departamento de corporate e M&A e possui uma vasta experiência em operações nacionais e transnacionais de fusão e aquisição de empresas, de project finance e infraestruturas, envolvendo empresas líderes de mercado, multinacionais, instituições financeiras e empresas de private equity, principalmente em setores como life sciences, digital, aviação e transportes, hotelaria, energia e infraestruturas.

“Esta promoção representa o corolário natural de uma carreira que tem vindo a ser desenvolvida de forma extraordinária pela Joana, que é amplamente reconhecida como uma advogada com enorme talento, capacidade de liderança e de realização, para além de possuir elevadas qualidades humanas, tendo vindo, nos últimos anos, a assumir um papel extremamente importante na nossa sociedade, com total identificação com os nossos valores, visão e estratégia”, assegura Nelson Raposo Bernardo, managing partner da Raposo Bernardo.

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Luanda Leaks: PGR angolana admite mandado de captura contra Isabel dos Santos em coordenação com Portugal

  • Lusa
  • 25 Junho 2020

A Procuradoria-Geral da República (PGR) angolana admite a possibilidade de avançar, "em coordenação com as entidades judiciárias portuguesas", para a emissão de um mandado de captura.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) angolana admitiu esta quinta-feira a possibilidade de avançar, “em coordenação com as entidades judiciárias portuguesas”, para a emissão de um mandado de captura contra a empresária Isabel dos Santos, investigada por branqueamento de capitais.

Temos estado a trabalhar em sintonia com as autoridades portuguesas, todo o trabalho que os últimos dias veio a público é um trabalho que está a ser feito em sintonia total entre Angola e Portugal a nível das entidades judiciárias, e se por acaso haver necessidade de chegarmos a esse ponto (emissão de mandado) em conjunto veremos como proceder”, afirmou o PGR angolano, Hélder Pitta Grós, quando questionado pela Lusa.

O magistrado não avançou um horizonte temporal para a efetivação do mandado de captura, referindo apenas que a possibilidade consta do processo em curso. “Isso são questões processuais e como deve imaginar não poderei aqui desta forma publicitar algo que está no processo e estamos a trabalhar”, sublinhou.

O Ministério Público requereu o arresto de contas bancárias da empresária Isabel dos Santos, “no âmbito de pedido de cooperação judiciária internacional das autoridades angolanas”, confirmou em 11 de fevereiro à Lusa a PGR portuguesa.

A decisão foi tomada depois de o Tribunal Provincial de Luanda ter decretado, em dezembro de 2019, o arresto preventivo de contas bancárias pessoais de Isabel dos Santos, do marido, o congolês Sindika Dokolo, e do português Mário da Silva, além de nove empresas nas quais a empresária detém participações sociais, por alegados negócios privados que terão lesado o Estado angolano.

Nesse processo, o Estado angolano, representado pelo Ministério Público, fez uma extensa fundamentação em que, em traços gerais, sustenta que Isabel dos Santos e o seu marido utilizaram fundos, nomeadamente da Sonangol, para fazerem negócios. Além do arresto de contas bancárias e participações sociais em Angola, foram também arrestadas participações relativas a várias empresas em Portugal.

No entanto, a empresária Isabel dos Santos pretende contestar junto do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos a decisão de arresto de bens pela justiça portuguesa, tomada com base no processo da Procuradoria-Geral da República de Angola, disse em maio um dos seus advogados. A empresária considera estar a ser alvo de um “ataque com motivação política” e que, por isso, não tem confiança de que vai ser sujeita a um julgamento justo ou que vai ter garantida a segurança pessoal se voltar a Angola para se defender das acusações.

Segundo a PGR de Angola, correm contra Isabel dos Santos vários processos de natureza cível e criminal, em que o Estado reivindica valores superiores a cinco mil milhões de dólares (4,6 mil milhões de euros). Em janeiro, o Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação revelou também mais de 715 mil ficheiros, sob o nome de “Luanda Leaks”, que detalham alegados esquemas financeiros de Isabel dos Santos e do marido, que lhes terão permitido retirar dinheiro do erário público angolano através de paraísos fiscais.

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Repensar planos de investimento energético pode comprometer metas ambientais, diz AIE

  • Lusa
  • 25 Junho 2020

A pandemia está a obrigar a repensar os planos de investimento no setor energético, o que pode ameaçar o cumprimento da agenda ambiental da União Europeia.

A crise do coronavírus está a obrigar a repensar os planos de investimento no setor energético, o que pode ameaçar o cumprimento da agenda ambiental da União Europeia, alerta esta quinta-feira a Agência Internacional de Energia (AIE).

Num relatório publicado hoje, a AIE assinala que o impacto positivo da pandemia na redução das emissões poluentes pode permitir à União Europeia cumprir os objetivos de redução de emissões e de percentagem de produção a partir de fontes renováveis apontados para 2020, mas avisa que essa satisfação a curto prazo pode acarretar outras consequências que comprometem o cumprimento a médio e longo prazo das metas fixadas pela Comissão Europeia.

A agência adverte, nomeadamente, para a diminuição do investimento em energia renovável, que atualmente está em cerca de um terço face a 2019 e que pode chegar a metade no caso da energia solar, num recuo “histórico”.

Segundo a AIE, tal pode comprometer o objetivo de que em 2030 um terço da energia seja proveniente de fontes limpas, face aos 18% de 2018, e que a eficiência energética melhore e 32,5%.

Por outro lado, a recuperação económica após a crise levará a uma nova subida das emissões poluentes, que poderá ser ainda impulsionada pelo menor preço das matérias-primas.

Para a agência, a União Europeia, onde a produção de energia gera 75% das emissões de gases com efeito de estufa, deve mitigar essa subida também no consumo, na indústria e nos transportes.

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Portuguesa Replai capta 1,1 milhões. Bright Pixel lidera

Startup que usa inteligência artificial para criar short-videos de forma automática aplica esta tecnologia à indústria dos e-sports. Quer usar investimento para entrar no Reino Unido e nos EUA.

A equipa da Replai.D.R.

A startup portuguesa Replai, que usa inteligência artificial para criar short-videos de forma automática e aplica esta tecnologia na indústria dos e-sports, levantou uma ronda seed de investimento no valor de 1,1 milhões de euros. O financiamento foi liderado pela Bright Pixel e contou ainda com a participação da Ideias Glaciares, da Clever Advertising e de business angels, membros de empresas de referência a nível internacional no mundo do gaming e de apps como a Playrix, a Nekki, a Aptoide e a Dashdash ou os fundadores da Unbabel.

Em comunicado, a empresa anuncia que o financiamento será usado para desenvolver o negócio, fazer crescer a equipa e, também, para a expansão internacional para os mercados do Reino Unido e dos Estados Unidos, “prioritários, dada a relevância que os e-sports têm nessas geografias”. Esta indústria valeu, a nível global, mais de mil milhões de dólares em receitas em 2019, de acordo com o 2019 Global Esports Market Report da Newzoo.

Fundada em 2019 por João Costa e Francisco Pacheco, a plataforma da Replai torna automática a criação de vídeos de curta duração a partir de qualquer lifestream da competição — os algoritmos de inteligência artificial analisam e selecionam, de forma quase instantânea, os principais destaques de vídeos mais longos –, com o objetivo de “maximizar audiências e gerar valor para patrocinadores e anunciantes”.

“As previsões apontam que a indústria dos e-sports irá, em breve, suplantar a dos desportos ditos tradicionais. No entanto, as oportunidades de monetização ainda estão muito aquém de outros setores como o do mobile gaming – que, em 2019, gerou mais de 100 mil milhões de dólares em receitas [The State of Mobile 2020, App Annie], por exemplo”, exemplificam os fundadores da startup, considerando que a missão da Replai “passa por ajudar as empresas de e-sports a tirar partido desta mudança de paradigma e a monetizar os seus conteúdos”.

Para a Bright Pixel, liderar a ronda de investimento reforma a aposta em tecnologia emergentes pelo fundo português. “A Replai destaca-se pela sua tecnologia de inteligência artificial, que viabiliza a criação e a distribuição automática de vídeos de curta duração, sendo esta necessidade transversal a qualquer área de atividade que faça uso do vídeo como meio de comunicação”, detalha Benjamin Júnior, cofundador e membro da equipa de investimentos da Bright Pixel.

A startup portuguesa conta com uma equipa de cerca de uma dezena de trabalhadores e tem como advisors personalidades que fazem parte nomes como a EA Sports, a Google e o WhatsApp, adianta ainda o comunicado.

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