Há 50.838 vagas no ensino superior. Aumentam, mas pouco

  • Lusa
  • 19 Julho 2017

São mais 150 vagas. Uma subida pequena em linha com o que se passou no ano letivo anterior, que veio inverter uma tendência de queda de quatro anos.

O número de vagas no ensino superior aumenta este ano pelo segundo ano consecutivo, mas de forma residual, com um crescimento de 150 lugares que coloca a oferta nas 50.838 vagas nas universidades e politécnicos públicos.

De acordo com os dados disponibilizados pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), as candidaturas ao ensino superior arrancam hoje, com mais 150 vagas disponíveis na primeira fase face às 50.688 de 2016-2017. O crescimento residual consolida a tendência iniciada em 2016-2017, ano em que se inverteu uma quebra contínua do número de vagas no ensino superior durante quatro anos letivos, registando-se um acréscimo de 133 vagas face ao ano anterior. Este ano as vagas para licenciaturas e mestrados integrados distribuem-se, segundo a DGES, entre “28.424 (55,9%) no ensino universitário e 22.414 (44,1%) no ensino politécnico”.

A tutela apelou para um reforço na oferta de vagas em áreas como Tecnologias de Informação, Comunicação e Eletrónica – para promover a literacia digital e responder a novas necessidades do mercado de trabalho -, mas também em Física e Engenharia Física – neste caso por solicitação da Direção-Geral de Saúde, que identificou “uma elevada carência específica de profissionais especialistas em física médica e de peritos qualificados em proteção radiológica, o que provoca óbvias limitações atuais e futuras ao funcionamento do Serviço Nacional de Saúde”.

Depois de reduzidas as limitações à abertura de novas vagas nestas áreas, as instituições responderam, criando, no caso da área de Física e Engenharia Física, 52 novas vagas em cursos já existentes. O maior aumento foi registado no mestrado integrado em Engenharia Física da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, que no próximo ano abre 60 vagas, mais 25 do que no ano transato.

Os alunos que se candidatarem ao ensino superior público através do concurso nacional de acesso podem este ano escolher entre 1.062 cursos disponíveis nas universidades e institutos superiores politécnicos, mais dois do que em 2015-2016.

“Ainda no regime geral de acesso ao ensino superior público, às vagas fixadas para o concurso nacional acrescem 656 vagas para ingresso em cursos em que, pela sua natureza, a candidatura é realizada através de concursos locais, organizados pelas instituições de ensino superior”, precisa a nota da DGES, referindo-se a cursos como os das escolas superiores de artes, cuja entrada se realiza, regra geral, mediante prestação de provas específicas.

42.128 vagas para 952 licenciaturas, 8.547 vagas para 103 mestrados integrados e 163 vagas para sete cursos preparatórios de mestrado integrado. As candidaturas à primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior arrancam hoje e decorrem até 08 de agosto, e devem ser submetidas ‘online’, no portal da DGES, devendo os candidatos usar o cartão do cidadão para autenticação.

Os resultados da primeira fase são divulgados no dia 11 de setembro, no portal da DGES, e seguem-se depois a segunda e terceira fase do concurso nacional de acesso

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Ensino Superior: Informáticos são quem ganha mais vagas

  • Lusa
  • 19 Julho 2017

Os cursos de informática são os que têm a maior subida no número de vagas para o ensino superior este ano. Saúde, Engenharias e Ciências Empresariais ainda assim vão à frente.

Os cursos de Saúde, Engenharias e Ciências Empresariais são os que têm maior número de vagas no concurso nacional de acesso ao ensino superior, mas é Informática que regista a maior subida, com mais 164 vagas face a 2016-2017.

De acordo com os dados disponibilizados pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), Saúde tem 6.737 vagas disponíveis este ano para candidatos ao ensino superior, mais do que as 6.716 registadas no ano anterior. Engenharias e Técnicas Afins regista o maior número de vagas por área de estudo (9.063), o que representa menos 20 vagas do que no ano anterior. Seguem-se as Ciências Empresariais com 7.598 lugares contra os 7.557 de 2016-2017.

Numa lista marcada por alterações no número de vagas por área de estudo na ordem das dezenas, Informática sobressai pelo acréscimo de 164 vagas em relação às levadas a concurso no ano anterior. Numa análise por instituição pública de ensino superior, a estabilidade no número de vagas é a nota dominante, com duas exceções: o politécnico de Bragança que ganha quase 100 lugares enquanto o politécnico de Santarém perde quase 50.

O número de vagas no ensino superior aumenta este ano pelo segundo ano consecutivo, mas de forma residual, com um crescimento de 150 lugares que coloca oferta nas 50.838 vagas nas universidades e politécnicos públicos. Há 42.128 vagas para 952 licenciaturas, 8.547 vagas para 103 mestrados integrados e 163 vagas para sete cursos preparatórios de mestrado integrado.

As candidaturas à 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior arrancam hoje e decorrem até 08 de agosto, e devem ser submetidas ‘online’, no portal da DGES, devendo os candidatos usar o cartão de cidadão para autenticação. Os resultados da 1.ª fase são divulgados no dia 11 de setembro, no portal da DGES, e seguem-se depois as 2.ª e 3.ª fases do concurso nacional de acesso.

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Pagamentos em numerário até 3.000 euros nas mãos de Marcelo

  • ECO
  • 19 Julho 2017

O Parlamento fez ouvidos de mercador ao parecer negativo do BCE sobre o diploma que limita a 3.000 euros os pagamentos em dinheiro. Lei vai a votação na mesma, e será o Presidente a decidir.

O Parlamento pediu a opinião do Banco Central Europeu (BCE), mas depois fez ouvidos de mercador. Por isso, levará a votação final esta quarta-feira um diploma para limitar os pagamentos em numerário até 3.000 euros, sendo Marcelo Rebelo de Sousa quem se deverá decidir, em última instância, pela promulgação ou veto desta limitação, de acordo com o Jornal de Negócios (acesso condicionado).

O pedido de parecer ao banco central viria a revelar alguns problemas com esta nova lei que, ainda assim, é votada agora praticamente sem alterações. Desde logo, o BCE foi da opinião de que as regras são discriminatórias, uma vez que os cidadãos estrangeiros deverão poder continuar a fazer pagamentos em dinheiro vivo até um montante muito máximo de 10.000 euros. As regras chocam ainda com a quarta diretiva de prevenção de branqueamento de capitais e existem outras dúvidas quanto à sua eficácia.

A proposta não é, em si, nova. Começou a ser apresentada logo depois do vir à tona de notícias acerca dos Panamá Papers e dos documentos que poriam a descoberto inúmeras contas em paraísos fiscais com titulares por todo o mundo, logo em abril de 2016. Agora, segundo o jornal, se a diploma virar lei e passar pelo crivo do Presidente da República, os pagamentos em numerário num valor superior a 3.000 euros podem valer ao infrator uma multa entre 180 e 4.500 euros, mas permanecem dúvidas sobre como será feita a fiscalização.

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Governo perdoa a banca. PSD não perdoa o Governo

  • Lusa
  • 19 Julho 2017

PSD acusa o Governo de ter escondido um perdão 630 milhões de euros, o que considera "muito grave" e "muito injusto" e quer que o PS volte atrás nesta medida.

O PSD acusou hoje o Governo de comportamento democrático indigno por ter escondido um “perdão de dívida aos bancos”, no valor de 630 milhões de euros. O PSD vai apresentar uma proposta para que o perdão seja revisto e o Governo “volte atrás”. A oposição fala ainda de um “perdão futuro” que beneficia empresas como a EDP e diz detetar “um padrão”.

“É muito grave, muito injusto, altamente prejudicial para os contribuintes e é democraticamente indigno”, afirmou aos jornalistas, no parlamento, o deputado e vice-presidente da bancada social-democrata António Leitão Amaro, num comentário a um relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) “sobre as condições em que o Estado emprestou dinheiro à banca e ao fundo de resolução”.

Leitão Amaro insistiu na gravidade da atuação do executivo do PS dado que, recordou, o ministro da Finanças, Mário Centeno, foi questionado no parlamento sobre este assunto e não respondeu. “Este perdão, que hoje conhecemos de dívida aos bancos, foi escondido, negado durante meses”, acrescentou o deputado social-democrata.

Leitão Amaro disse que a UTAO revelou um relatório que conclui que o Governo, em fevereiro deste ano, “impôs aos contribuintes uma perda de 630 milhões de euros quando renegociou o empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução a propósito da recapitalização” do Novo Banco. A esses milhões, é preciso somar, segundo disse, “uma renegociação e um perdão por causa do Banif”, pelo que “o Governo decidiu fazer os contribuintes perder cerca de 700 milhões de euros em benefícios dos bancos”. O PSD, anunciou, vai apresentar uma proposta para que “as condições de empréstimo sejam revistas e o Governo volte atrás neste perdão”.

Há pouco mais de uma semana, afirmou ainda Leitão Amaro, a UTAO, organismo independente que funciona junto da Assembleia da República, confirmou “um perdão fiscal no futuro” de 242 milhões de euros, em que a EDP beneficiou 174 milhões de euros. “Outra vez, o mesmo padrão, em benefício de um punhado de grandes empresas”, sublinhou o parlamentar do PSD, que estranha que o governo – “o governo das esquerdas” – “preferiu os bancos e prejudicar os contribuintes em 700 milhões”.

A revisão das condições do empréstimo do Tesouro ao Fundo de Resolução bancário piorou as condições para o Estado, traduzindo-se num valor atualizado líquido negativo de cerca de 630 milhões de euros, segundo a UTAO. Num relatório a que a Lusa teve hoje acesso, a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) refere que o empréstimo inicial de 3.900 milhões de euros feito em 2014 pelo Tesouro público ao Estado para financiar a capitalização do Novo Banco, após a resolução do BES, apresentava “um valor atualizado líquido positivo, embora pouco expressivo”.

Contudo, com os aditamentos feitos às condições do empréstimo, que fazem com que os bancos participantes do Fundo de Resolução possam pagar a dívida ao Estado com mais tempo e em melhores condições, o valor atualizado líquido (medida de avaliar os benefícios futuros de um empréstimo) piorou.

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Ricardo Valente deverá assumir direção da InvestPorto substituindo Ana Lehman

A InvestPorto deverá passar a ser liderada pelo vereador do pelouro da economia na Câmara do Porto, que já tinha sob a sua alçada aquela instituição.

Ricardo Valente, vereador com o pelouro da Economia da Câmara Municipal do Porto, deverá assumir a direção da InvestPorto, entidade responsável por atrair investimento para a cidade, depois de Ana Teresa Lehmann ter assumido a pasta de secretária de Estado da Indústria, sabe o ECO.

O economista, eleito pela coligação “Porto Forte”, liderada pelo PSD, era vereador não executivo e foi chamado por Rui Moreira, que lhe entregou o pelouro da Economia em julho do ano passado. Enquanto vereador da Economia, Ricardo Valente já tinha sob a sua alçada a InvestPorto.

Até às eleições autárquicas, que se realizam a 1 de outubro, não será nomeada outra pessoa para assumir a pasta da Economia da Câmara do Porto, segundo fontes próximas à autarquia. “Não faz sentido estar a nomear alguém para o cargo, atendendo a que, daqui a menos de três meses, haverá eleições autárquicas”, diz fonte próxima ao ECO. Apesar de o assunto ainda não ter sido discutido dentro da autarquia, ninguém acredita que, nesta altura, a solução não passe pelo vereador com o pelouro da Economia.

Fontes próximas da Câmara garantem ainda que “a saída de Ana Lehmann não levanta muitos problemas, porque a InvestPorto tem liderança”.

O pelouro da Economia estava debaixo da alçada de Rui Moreira, desde o início do mandato, em outubro de 2013. Nessa altura, Moreira chamou Ana Teresa Lehmann para criar a InvestPorto e ajudá-lo numa das maiores empreitadas que o Porto tinha pela frente: atrair investidores para a cidade. A InvestPorto viria a ser constituída no final de 2014.

Com a entrada de um vereador da Economia, a InvestPorto passou a estar sob a tutela de Ricardo Valente. Aliás, todo o dossier da candidatura para o Porto acolher a Agência Europeia de Medicamento (EMA, na sigla em inglês) resulta da ação da InvestPorto, que tinha todo o dossier pronto. A candidatura está, de resto, a ser tratada por uma equipa liderada por Ricardo Valente e por Eurico Castro Alves, ex-administrador da EMA.

Desde a sua fundação até junho de 2017, a InvestPorto apoiou diretamente 154 projetos de investimento, 75 dos quais internacionais, num valor de investimento estimado de cerca de 250 milhões de euros, como se pode ler na página da autarquia liderada por Rui Moreira. O conjunto de investimentos já concretizados permitiu criar 3 mil novos empregos na cidade.

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Altice: Comprar, comprar… pagar 50 mil milhões mais tarde

Basta contar com os cinco maiores investimentos da Altice nos últimos dois anos para alcançar valores de milhares de milhões. Enquanto isso, a dívida cresce. E lucros? É preciso crescer, primeiro.

O grupo de Patrick Drahi tem feito investimentos avultados nos últimos anos. Mas a dívida ascende já aos 50 mil milhões.Henrique Casinhas/ECO

O nome Altice passou a marcar presença assídua nos noticiários portugueses quando, no final de 2014, avançou para a compra da PT Portugal aos brasileiros da Oi. Em junho de 2015, o negócio estava fechado. E a Altice desembolsava mais de sete mil milhões de euros para ficar com a dona da Meo. Foi o pontapé de saída para uma cruzada de investimento que se mantém até hoje e que, em dois anos, ultrapassou os 30 mil milhões de euros. Mas a dívida já vai em 50 mil milhões.

As compras

Basta contar com os cinco maiores investimentos feitos pela Altice ao longo dos últimos dois anos para alcançar valores na ordem dos milhares de milhões. Depois de fechada a compra da PT Portugal, a empresa de Patrick Drahi e Armando Pereira avançou para o mercado norte-americano, com a compra da Suddenlink e, pouco depois, da Cablevision.

Este ano, ficou-se por negócios mais modestos: comprou a startup de publicidade Teads e, por cá, prepara-se para ficar com a Media Capital, dona da TVI, entre outros negócios de media. Feitas as contas, a Altice já investiu 31,4 mil milhões em aquisições nos últimos dois anos. A estratégia é geralmente a mesma: acumular dívida agora, colher os frutos no futuro, com dispersões de capital e com lucros.

Portugal Telecom

O negócio foi oficialmente anunciado a 2 de novembro de 2014 e concluído a 2 de junho de 2015. A Altice comprou a Portugal Telecom à Oi, deixando de fora alguns ativos, como os negócios da operadora portuguesa em África, a dívida da Rioforte e a participação maioritária na própria Oi. Ao todo, a Altice pagou 7,4 mil milhões de euros, contando com a dívida da PT. Limpo de dívida, o negócio ficou avaliado em 5,78 mil milhões. Antes da conclusão da compra, a Autoridade da Concorrência obrigou a PT a vender a Cabovisão e a ONI ao fundo Apax França.

Suddenlink

Foi a primeira investida da Altice no mercado norte-americano. A empresa pagou 7,9 mil milhões de euros para ficar com a operadora regional Suddenlink, negócio que ficou concluído em dezembro de 2015 e que era o primeiro sinal intenção de Patrick Drahi de construir um império de telecomunicações por cabo nos Estados Unidos. Por essa altura, o grande alvo da Altice era a Time Warner, que viria a ser comprada pela AT&T em 2016.

Cablevision

Foi a alternativa à Time Warner. Depois da aposta na Suddenlink, a Altice desembolsou 15,4 mil milhões de euros para ficar com a Cablevision, a quarta maior operadora por cabo dos Estados Unidos. O apetite de Patrick Drahi pelo mercado norte-americano não deverá estar saciado. Na apresentação deste negócio, o dono da Altice disse que a operação coloca a operadora “numa boa posição para mais expansão”.

Teads

Já este ano, a Altice apostou no mundo das startups, ao comprar Teads por 285 milhões de euros, uma empresa de publicidade online que conta com uma audiência de 1,2 mil milhões de espetadores por todo o mundo. “Esta aquisição é mais uma componente crucial da estratégia global de publicidade da Altice”, informou a empresa, aquando do anúncio da compra. Continuou assim o plano de transformar a Altice numa empresa global.

Media Capital

O anúncio formal das negociações foi feito no final de junho e a operação ficou fechada na semana passada. A Altice comprou a participação de 94,69% que a Prisa detinha na Media Capital por 440 milhões de euros, numa operação que ainda está sujeita à avaliação das autoridades portuguesas e espanholas. Lançou ainda uma oferta pública de aquisição para tentar ficar com o restante capital do grupo de media português.

A dívida

? 50,701 mil milhões de euros ?

É este o valor da dívida líquida acumulada pelo grupo Altice: 50,701 mil milhões de euros. O valor está na última apresentação de resultados, relativos ao primeiro trimestre de 2017. A maioria da dívida, 15,353 mil milhões, é acumulada pela Altice France, a filial francesa pela qual o grupo detém a operadora SFR. Segue-se a norte-americana Cablevision, da Altice USA, com uma dívida líquida de 13,493 mil milhões de euros.

A Altice regista um rácio de dívida líquida face ao EBITDA de 7,64, muito superior à média do mercado (acima das quatro vezes). Na prática, significa que, mantendo o cenário constante, a Altice levaria mais de sete anos a pagar a dívida que hoje acumula. É apenas um dado indicativo, pois nada se mantém constante. Principalmente durante sete anos. Qualquer subida de juros por parte dos bancos centrais, fazendo subir o preço do dinheiro, pesaria seriamente nas contas da multinacional.

Os investidores, esses, parecem tranquilos. A empresa tem vindo a renegociar partes dessa dívida e a refinanciar-se junto de investidores institucionais. Além do mais, nos Estados Unidos, a Altice USA entrou recentemente em bolsa, recorrendo assim ao mercado de capitais como forma de angariação de capital. E os números impressionam: A entrada em bolsa permitiu à Altice angariar 1,9 mil milhões de dólares naquele que foi o segundo maior IPO do ano em Wall Street, a seguir à rede social Snapchat. Tratou-se ainda do maior IPO do século no setor das telecomunicações norte-americano.

Quanto a lucros, por agora nem vê-los. O grupo Altice apresentou prejuízos de 138,3 milhões de euros entre janeiro e março e fechou 2016 a perder 1,56 mil milhões de euros, um recorde para a empresa de Patrick Drahi e Armando Pereira. Ainda assim, o EBITDA, os lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações fixou-se no final de 2016 nos 8,09 mil milhões de euros.

A estratégia da Altice dita prejuízos ao final do ano, e deixa de fora o pagamento de dividendos aos acionistas. Para já, a empresa dá “prioridade às aquisições que acrescentem valor e investimentos na sua infraestrutura ou portefólio de direitos”. “No futuro, a companhia tenciona ter em conta a relevância de pagar dividendos”, lê-se num comunicado de setembro de 2016, mediante o seu pagamento ordinário ou extraordinário, ou através de recompras de ações, se isso “for adequado”.

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 19 Julho 2017

Do regresso ao mercado de dívida ao clima económico, passando pelo preço das casas e pela reunião entre responsáveis de topo da China e dos Estados Unidos. Saiba o que marca o dia nos mercados.

Portugal volta a testar o mercado, procurando financiar-se entre 1.500 e 1.750 milhões de euros em bilhetes do Tesouro a seis e 12 meses. O dia também será marcado por novos dados referentes ao clima económico e ao preço das casas. Lá fora, o destaque é para o encontro entre responsáveis chineses e norte-americanos, para discutir questões económicas e comerciais.

Portugal leiloa 1.750 milhões a curto prazo

Portugal volta ao mercado de dívida esta manhã, com o objetivo de conseguir financiar-se entre 1.500 e 1.750 milhões de euros em bilhetes do Tesouro a seis e 12 meses. Os dois leilões de dívida de curto prazo surgem depois da estreia no mercado de muito longo prazo esta semana, com um levantamento de 315 milhões de euros em obrigações a 28 anos, a uma taxa de juro abaixo de 4%.

Como evolui o clima económico?

O indicador de clima económico em Portugal prolongou, em maio, a subida registada desde o início do ano. E agora? Como evolui o indicador? A resposta será dada pelo Instituto Nacional de Estatística na Síntese Económica de Conjuntura que será publicada esta manhã. O destaque também abrange o indicador de atividade económica, que estabilizou em abril.

Preço das casas no arranque do ano

O Eurostat divulga o índice de preço da habitação relativo ao primeiro trimestre do ano. Nos últimos três meses de 2016, o preço das casas aumentou 4,1% na Zona Euro e 4,7% na União Europeia, comparando com o mesmo período do ano anterior. Também hoje, o gabinete europeu de estatísticas avança novos dados para a produção no setor da construção.

Reunião entre China e EUA

Para hoje está marcada uma reunião entre responsáveis de topo da China e dos Estados Unidos, para discutir questões económicas e comerciais. Conta com o vice-primeiro-ministro do Conselho de Estado chinês, Wang Yang, e os secretários do Tesouro e do Comércio dos EUA, Steve Mnuchin e Wilbur Ross.

Novos dados nos Estados Unidos

Nos Estados Unidos, são vários os indicadores a que os investidores estarão atentos. É o caso dos novos dados relativos a pedidos de hipotecas (pela Mortgage Bankers Association) ou ao início de construção de casas. Neste último caso, é de esperar que os dados do Departamento do Comércio apontem para uma subida em junho pela primeira vez em quatro meses, avança a Bloomberg. Serão ainda atualizados os dados semanais relativos ao inventário de petróleo.

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Passos defende e confirma apoio a André Ventura

  • ECO
  • 18 Julho 2017

O presidente do PSD disse que que o seu partido vai manter o apoio à candidatura de André Ventura, considerando que este clarificou a sua posição face à polémica em torno da comunidade cigana.

O presidente do PSD, Pedro passos Coelho, confirmou que o seu partido vai manter o apoio à candidatura de André Ventura à Câmara de Loures. Este apoio surge após as declarações polémicas proferidas por André Ventura sobre a comunidade cigana.

“A clarificação que o dr. André Ventura fez de uma entrevista que deu clarifica muito bem a posição, quer dele quer do PSD, quanto à matéria. Eu estou tranquilo quanto àquilo que é a nossa posição, uma posição não racista, não xenófoba: nunca foi, não é e, atrevo-me a dizer, nunca será”, afirmou o líder social-democrata, em declarações aos jornalistas à chegada ao jantar parlamentar do PSD, esta terça-feira, na Assembleia da República, e citado pelo Diário de Notícias.

“Feita esta clarificação, estamos todos tranquilos quanto à campanha que pode ser feita pelo nosso candidato”, acrescentou o líder social-democrata.

No centro da polémica estão as declarações de André Ventura que, em entrevista ao jornal i, disse existirem pessoas que “vivem quase exclusivamente de subsídios do Estado” e que acham “que estão acima das regras do Estado de direito”, uma situação que o candidato à Câmara de Loures disse acontecer particularmente com a comunidade cigana.

O voto de confiança de Passos Coelho acontece depois de o CDS ter retirado, nesta terça-feira, o apoio a André Ventura, e de em reação a distrital de Lisboa do PSD ter decidido continuar a apoiar essa candidatura.

Relativamente à posição do CDS, Passos Coelho disse respeitá-la, escusando-se a comentar, tais como as críticas feitas por Teresa Leal Coelho, vice-presidente do seu partido.

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SocialTech: O braço do Montepio que vai acelerar startups sociais

Programa transversal de incubação, formação e aceleração de projetos de inovação social de base tecnológica dura 12 semanas. Candidaturas decorrem até 3 de setembro. Vencedor recebe 10.000 euros.

É um “programa transversal” de incubação, formação e aceleração de projetos de inovação social de base tecnológica e foi apresentado esta terça-feira em Lisboa. A Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) acaba de lançar a primeira edição do SocialTech, um programa que pretende reforçar o apoio a projetos de empreendedorismo e inovação social, que fazem “desde sempre” parte do ADN da instituição. O foco na economia social foi mais um passo para aumentar o apoio a empresas e empreendedores portugueses que a CEMG quer ajudar “a crescer e a ter impacto a nível mundial”.

“Acreditamos que as startups são um motor de inovação e de crescimento económico, de competitividade e de emprego qualificado e que estas startups dedicadas à economia social têm ainda outra mais-valia: resolverem problemas ou melhorarem a forma como as sociedades vivem, aos mais diferentes níveis”, explica Fernando Amaro, diretor da Caixa Económica Montepio Geral para a Economia Social e Setor Público, em entrevista ao ECO.

A ideia é que, através deste novo programa agora lançado, possam ser criadas “as bases para o contacto entre projetos e investidores, havendo ainda lugar a um prémio simbólico de 10.000 euros para o projeto que apresente o melhor pitch”, esclarece o responsável.

Montepio SocialTech foi lançado esta terça-feira.D.R.

O Montepio SocialTech tem como parceiros o Laboratório de Investimento Social (LIS), que irá implementar a sua metodologia de aceleração de projetos de inovação social, o IES – Social Business School, na área da formação especializada às equipas, e o Impact Hub, espaço onde serão incubados os projetos selecionados. E conta ainda com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, da Fundação Calouste Gulbenkian, da Católica Lisbon School of Business and Economics, da Universidade do Porto, da Deloitte Portugal e da Microsoft Portugal. As candidaturas ao programa estão abertas até 3 de setembro e podem candidatar-se ao processo projetos em qualquer fase de desenvolvimento.

Como funciona?

Das candidaturas disponíveis até 3 de setembro serão selecionados 12 projetos que passarão então para as fases de incubação, formação e aceleração. Esta seleção será feita com base em fatores como o nível de compromisso da equipa, o conhecimento técnico e o potencial de geração de receitas e impacto social. Ao longo desta fase, os membros de cada projeto vão dedicar dois dias inteiros por semana ao desenvolvimento dos seus modelos de negócio e preparação de um pack para investidores.

O programa pretende conjugar as várias fases de um projeto, permitindo que a partilha de experiências dos empreendedores sejam também uma fonte de inspiração e motivação.

Fernando Amaro

Construído por módulos que permitem a adaptação aos diferentes níveis dos projetos, as 12 startups participantes serão acompanhadas pelos mentores de acordo com as suas necessidades e prioridades. “Esses 12 projetos irão depois passar pelas fases de incubação, formação e aceleração. Ao longo deste processo, estes 12 projetos vão ser expostos a várias empresas, não só os nossos parceiros mas também potenciais investidores”, explica Fernando Amaro.

Este é o primeiro ano do Montepio SocialTech — que terá uma call anual, previsivelmente. No entanto, os parceiros asseguram que poderão equacionar outras calls se a participação for elevada.

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Wall Street fecha misto, mas com novos recordes

O Netflix puxou pelo S&P 500 e pelo Nasdaq até novos recordes, e o Goldman Sachs pesou no Dow Jones: o resumo de uma sessão bolsista mista nos EUA.

As ações norte-americanas voltaram a apresentar um rumo incerto, com os principais índices bolsistas a fecharam em sentidos distintos, mas com o S&P 500 e o Nasdaq em novos recorde. Os resultados empresariais foram um dos marcos da sessão, que também fica assinalada pelos receios em torno das políticas favoráveis ao crescimento económico, após o chumbo pelo Senado do programa de saúde da Administração de Donald Trump.

O índice S&P 500 fechou com ganhos ligeiros, a somar 0,06%, para os 2.460,64 pontos, animado pelo disparo de mais de 13% das ações do Netflix, depois de ter sido conhecido que o canal de produção de conteúdos televisivos reportou um total de 5,2 milhões de novos clientes de streaming no segundo trimestre do ano. A Netflix acabou por puxar também pelo desempenho do Nasdaq que fechou em alta pela oitava sessão, com um avanço de 0,47%, para os 6.344,31 pontos, para um novo recorde. O índice tecnológico somou ainda o maior ciclo de sessões de ganhos desde fevereiro de 2015.

Menos sorte teve o índice Dow Jones que acabou por encerrar a sessão em terreno ligeiramente negativo, a perder 0,25%, para os 21.574,73 pontos, condicionado pela desvalorização dos títulos do Goldman Sachs. As ações do banco norte-americano recuaram 2,65%, para os 223,19 dólares, depois de este ter divulgado uma quebra acima do esperado das suas receitas de trading no segundo trimestre do ano.

Outro fator que também marcou o dia, mas que acabou por não condicionar muito o rumo das ações norte-americanas foi o chumbo pelo Senado dos EUA ao programa de saúde da administração de Donald Trump.

"Os resultados e as orientações irão mexer mais o mercado do que as notícias vindas de Washington. O Goldman é mais importante para o mercado hoje, tal como o Netflix, e assim será durante as próximas semanas.”

Art Hogan, Wunderlich Securities

“Os resultados e as orientações irão mexer mais o mercado do que as notícias vindas de Washington. O Goldman é mais importante para o mercado hoje, tal como o Netflix, e assim será durante as próximas semanas“, afirmou Art Hogan, responsável pela estratégia de mercado da Wunderlich Securities, em Nova Iorque, citado pela Reuters.

Ainda assim as reticências relativamente à capacidade de Donald Trump em conseguir avançar com o programa de gastos que permita dar mais energia à maior economia do mundo após esse chumbo acabaram por pesar no dólar. A “nota verde” recuou até mínimos de 11 meses face a um cabaz de moedas.

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Claudia Goya: Conheça a nova líder da Meo

  • Marta Santos Silva
  • 18 Julho 2017

Esteve na Galp, passou pela Microsoft, e chega agora à Meo em clima de tensão social. Claudia Goya, desportista inveterada na juventude, traz na bagagem mais de 20 anos de experiência em gestão.

Claudia Goya tem mais de 20 anos de experiência em gestão.

Vai substituir Paulo Neves e já acumulou mais de 20 anos de experiência em posições de gestão e liderança, desde a Galp à Microsoft, onde fez grande parte da sua carreira. Claudia Goya, gestora portuguesa formada no Instituto Superior Técnico em Engenharia Física, chega agora à Meo, na altura em que a empresa — sob a alçada da Altice –, se vê a braços com uma reestruturação que está a agitar a paz social no seio da empresa.

Claudia Goya, de 45 anos, começou a sua carreira na Procter & Gamble, segundo uma nota biográfica enviada às redações pela Altice. Na multinacional norte-americana, Goya trabalhou durante sete anos em gestão de marcas globais de grande consumo, isto antes de avançar para a Galp Energia, em 2003.

Entre 2003 e 2008, a empresária destacou-se em posições de liderança na Galp, nomeadamente como diretora do negócio de retalho e diretora geral de lubrificantes. Mas foi na Microsoft que ganhou o maior renome quando, em 2008, se tornou general manager da Microsoft Portugal, durante os anos mais fortes da crise — entre 2008 e 2012 — como destaca no seu currículo na rede social LinkedIn.

Após este período, a gestora foi convidada para ser Chief Operating Officer (COO) da Microsoft Brasil, durante os últimos cinco anos.

De São Paulo, volta agora para Lisboa, para dirigir a Meo. Mas o regresso não se avizinha pacífico. Goya assume no imediato funções num quadro de exigência e tensão social numa das empresas que foi referência nos últimos anos em Portugal, mas que atravessa agora uma fase de reestruturação e reorganização interna — da qual também faz parte a nomeação de Paulo Neves para o cargo de chairman dos negócios da Altice em Portugal, que passará a incluir a TVI em breve.

Mais de uma centena de trabalhadores deverão ser transferidos para outras empresas do grupo Altice e, por causa do risco de perda de direitos com esta mudança, os sindicatos já convocaram uma greve para 21 de julho.

Por outro lado, o negócio da Altice com a compra da Media Capital colocou a PT Portugal no centro da discussão política. E por mais do que uma vez o primeiro-ministro manifestou algum desconforto com a estratégia e qualidade do serviço da empresa que tem como principal cliente o Governo. Os analistas já sublinharam que os ataques de António Costa à Altice poderão beneficiar outros operadores, nomeadamente a Nos.

“Assumo este compromisso com elevado sentido de responsabilidade e com o objetivo de elevar o estatuto da Portugal Telecom a referência mundial no setor“, referiu Claudia Goya nas primeiras declarações enquanto nova presidente executiva da PT Portugal.

Para Michel Combes, CEO do grupo Altice, Goya é a escolha certa: “Reforçará o nosso compromisso com a empresa e com Portugal através da inovação, do investimento em infraestruturas e da digitalização, permitindo, desta forma, disponibilizar aos portugueses a melhor experiência de serviço”.

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De 12 mil candidatos, três mil professores acederam aos quadros

  • Lusa
  • 18 Julho 2017

O Ministério da Educação vinculou 3.263 profissionais, por entre 12 mil que se candidataram. Cerca de 200 vagas foram extintas por sobreposição de lugares.

Dos quase 12 mil professores candidatos a vinculação aos quadros, apenas 3.263 conseguiram o lugar, tendo o Ministério da Educação (ME) extinto 199 vagas levadas a concurso por sobreposição de lugares, segundo informações avançadas hoje pela tutela.

“O ano letivo de 2017-2018 iniciará com mais 3.263 docentes vinculados em relação ao ano anterior. De um total de 11.820 docentes que apresentaram candidatura a ambos os concursos externos, 443 ocuparam a vaga referente à norma-travão e 2.820 a vaga da vinculação extraordinária, sendo que 199 docentes eram opositores simultaneamente aos dois concursos”, adianta a nota do ME.

Segundo explicações da tutela, a eliminação de 199 lugares prende-se com o facto de, entre os quase 12 mil candidatos, 199 podiam ter sido colocados em ambos os concursos.

“Nos casos em que o mesmo docente responde aos requisitos dos dois concursos (externo e externo extraordinário), este docente ocupa a vaga da norma-travão, já que as vagas são apuradas nominalmente e o mesmo docente não pode dar origem a dois postos de trabalho permanentes”, acrescenta o comunicado.

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