Centeno mais perto de Bruxelas: Padoan e Le Maire afastam-se da corrida

  • ECO
  • 24 Novembro 2017

A candidatura do ministro das Finanças português à liderança do Eurogrupo ganha força. Segundo avança o Observador, o francês Le Maire e o italiano Padoan afastaram-se da corrida.

A decisão sobre uma eventual candidatura de Mário Centeno à liderança do Eurogrupo ainda não está tomada. Mas a possibilidade de o ministro das Finanças português avançar ganha força. Pier-Carlo Padoan e Bruno Le Maire, os ministros das Finanças italiano e francês, afastaram-se da corrida, avança esta sexta-feira o Observador.

Apesar de Bruno Le Maire ter já sido dado como um dos potenciais candidatos mais fortes, o facto de ser ministro das Finanças de uma grande economia do euro seria um ponto negativo, uma vez que para a Presidência do Eurogrupo procura-se um ministro capaz de encontrar entendimentos e conciliar sensibilidades. Além disso, Le Maire é o braço direito de Emmanuel Macron no Executivo francês, acumulando as Finanças com a Economia.

Já a candidatura de Pier-Carlo Padoan era visto como menos provável porque Itália vai a eleições em 2018. Ainda assim, o ministro italiano é um dos mais respeitados a nível europeu.

Tal como o ECO avançou, segundo o procedimento definido pelo ainda presidente do Eurogrupo, Jeröen Dijsselblöem, as candidaturas têm de ser formalizadas por escrito até 30 de novembro. A votação vai decorrer na reunião agendada para 4 de dezembro.

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Câmara do Porto propõe manter taxa de IMI nos 0,324% em 2018

  • Lusa
  • 24 Novembro 2017

“Propõe-se manter, a tributação do IMI em 0,324%, depois de nos últimos quatro anos ter sido reduzida, por duas vezes, em 20%”. A taxa máxima de IMI é de 0,45% e a taxa mínima de 0,3%.

A Câmara do Porto propõe manter em 2018 a taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) nos 0,324% (o valor mínimo legal é de 0,3%) e majorar em 30% a taxa de IMI “aplicável aos prédios urbanos degradados”.

A proposta da maioria liderada pelo independente Rui Moreira, a que a Lusa teve hoje acesso, vai ser votada na reunião camarária de terça-feira, a mesma em que vai ser analisado o orçamento municipal, no valor total de 257,4 milhões de euros, mais 5,4%” relativamente a 2017.

No documento, o presidente da câmara lembra que o IMI desceu em 10% no orçamento para o presente ano, relativamente a 2016, de 0,36% para 0,324%. O autarca destaca fazer “todo o sentido que a consolidação do equilíbrio financeiro do município concorra para a redução da carga fiscal dos contribuintes, bem como para a dinamização da sua atividade económica, criando inclusive alguma competitividade fiscal relativamente a outros municípios”.

Nos documentos de gestão previsional para 2018, a câmara assinala também que, “no que se refere ao IMI, propõe-se manter, a tributação deste imposto em 0,324%, depois de nos últimos quatro anos ter sido reduzida, por duas vezes, em 20%”. A taxa máxima de IMI é de 0,45% e a taxa mínima de 0,3%.

O orçamento para o município refere que se “mantém a redução da taxa da derrama a aplicar às empresas com um volume de negócios inferior a 150 mil euros anuais, fixando-a em 1% do lucro tributável e não isento de IRC”. “Sendo o máximo de 1,5%, a taxa de 1% corresponde a menos 33% relativamente ao máximo legal”, acrescenta a Câmara.

Os documentos de gestão previsional notam que, “no conjunto de incentivos fiscais municipais, destaca-se a redução em 80% do valor das taxas de licenciamento de ocupação do domínio público por motivo de obras nas áreas de reabilitação urbana”. Uma redução de igual percentagem está prevista para “o valor das taxas devidas pelo licenciamento de publicidade”.

A câmara prevê descer “em 50% o montante das taxas devidas pelo licenciamento/autorização/admissão de comunicação prévia de operações urbanísticas localizadas nas áreas de reabilitação urbana”, bem como “a redução da taxa de compensação que só se aplica sobre a área de construção que excede a área bruta preexistente”. De acordo com a autarquia, “no Centro Histórico e Foz Velha, esta taxa de compensação só incide sobre o que excede 1,25 vezes a área bruta de construção preexistente”.

Para os prédios urbanos situados nas áreas de reabilitação urbana, objeto de reabilitação, está prevista a isenção do IMI “pelo período de cinco anos, renovável automaticamente por igual período, a contar da conclusão da reabilitação e da valorização energética do imóvel”.

O orçamento contempla ainda a “isenção do IMT, para as aquisições de prédios urbanos, ou de fração autónoma, destinados exclusivamente a habitação própria permanente, na primeira transmissão onerosa de prédio reabilitado”. “No que se refere ao IMT, uma das principais fontes da receita municipal, prevê-se arrecadar 35,9 milhões de euros, mais 23,5% do que o previsto para o ano transato, fruto da retoma do setor imobiliário”, revelam os documentos.

A Câmara planeia manter “a redução da derrama de cerca de 33% relativamente ao limite máximo legal, o que corresponde a 1% sobre o lucro tributável sujeito e não isento de IRC gerado no Município”. Quanto a “taxas, multas e outras penalidades, o acréscimo previsto para 2018, no valor de 7,6 milhões de euros deve-se, entre outros, à cobrança das taxas com loteamento e obras e ocupação da via pública, à taxa turística e às receitas de multas e outras penalidades, nomeadamente das provenientes de juros de mora e de coimas e penalidades por contraordenações”.

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Portugal não pode continuar com hesitação em relação às grandes obras

  • Lusa
  • 24 Novembro 2017

António Costa diz que "nenhum país pode continuar, como Portugal tem tido, infelizmente, nas últimas décadas, inúmeras hesitações relativamente a grandes empreendimentos".

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu que Portugal não pode continuar com hesitações relativamente aos grandes empreendimentos, adiando-os ou precipitando-se na sua execução, concluindo, mais tarde, que se tratou de decisões erradas.

“Nenhum país pode continuar, como Portugal tem tido, infelizmente, nas últimas décadas, inúmeras hesitações relativamente a grandes empreendimentos, umas vezes adiando aquilo que, mais tarde, se veio a verificar ter sido um erro, outras vezes precipitando obras que, mais tarde, se têm vindo a verificar” que deveriam e “poderiam ter sido evitadas”, afirmou António Costa, em Coimbra.

Faz sentido, por isso, “o restabelecimento da existência de um Conselho Superior de Obras Públicas”, sustentou o primeiro-ministro, que falava no Convento São Francisco, em Coimbra, na sessão de encerramento do XXI Congresso da Ordem dos Engenheiros (OE).

Esse Conselho, no qual a OE deve “estar representada”, é “uma condição essencial para que o próximo Plano de Infraestruturas [de Portugal] possa ser o resultado não de uma conjuntura política, mas possa ser o resultado de um trabalho consolidado, consensualizado nacionalmente”, sublinhou o chefe do Governo.

Além disso, advogou, esse plano deve poder “ser selado com uma votação de uma maioria qualificada na Assembleia da República”.

“Cada obra que fazemos não é uma obra para a nossa geração, é uma obra seguramente para muitas e muitas gerações futuras”, sustentou.

O Governo conta, assim, com o OE para “a definição e para a construção” da “estratégia de Portugal pós 2020”, um “debate que é inadiável porque já na primavera a Comissão europeia apresentará as linhas gerais da Europa 2030”.

Portugal não deve “aguardar simplesmente que a Europa” lhe proponha o seu futuro, mas deve “participar ativamente na construção, ao nível europeu”, do futuro do país e do futuro da Europa, sustentou.

O XXI Congresso da Ordem dos Engenheiros, que debateu “engenharia e transformação digital”, teve início quinta-feira e terminou hoje em Coimbra.

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Black Friday aumenta fortuna do homem mais rico do mundo até aos 100 mil milhões

A escalada das ações da Amazon, fundada por Jeff Bezos, até novos máximos de sempre à boleia do Black Friday avalia a fortuna do homem mais rico do mundo em 100 mil milhões de dólares.

O homem mais rico do mundo ficou um pouco mais rico nesta sexta-feira. A escalada das ações da Amazon até um novo máximo de sempre, fez com que a fortuna de Jeff Bezos, fundador da retalhista, subisse até aos 100 mil milhões de dólares (cerca de 84 mil milhões de euros).

A valorização em torno de 1,9% das ações da Amazon, para os 1.178 dólares, no mais popular dia de compras do ano, adicionou 1,7 mil milhões de dólares à fortuna do multimilionário norte-americano, com esta a passar a estar avaliada em 99 mil milhões de dólares, de acordo com o índice de milionários da Bloomberg. De salientar que as retalhistas foram das que mais ganhos registaram nesta sexta-feira, à boleia do Black Friday.

Jeff Bezos que para além de fundador também é CEO da Amazon detém 78,9 milhões de ações da gigante retalhista tecnológica, segundo dados do regulador do mercado de capitais norte-americano: a SEC. Uma participação de cerca de 16% da Amazon vale agora 92,9 mil milhões de dólares.

Adicionando à participação que detém na Amazon, Bezos também possui uma posição na Blue Origin, bem como o Washington Post, jornal pelo qual terá pago 250 milhões de dólares ou mais, segundo a Bloomberg.

O fundador da Amazon ultrapassou Bill Gates no ranking dos homens mais ricos do mundo em outubro.

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Governo prevê investimento de 50 milhões de euros para reduzir perdas de água

  • Lusa
  • 24 Novembro 2017

Trata-se de “um investimento não reembolsável, com uma taxa de comparticipação que não deverá ultrapassar os 50%”, disse o ministro do Ambiente.

O ministro do Ambiente, Matos Fernandes, anunciou esta sexta-feira que deverá ser lançado no início do próximo ano um aviso no valor de 50 milhões de euros para “rever condutas de água”, de forma a “reduzir perdas de água”.

Trata-se de “um investimento não reembolsável, com uma taxa de comparticipação que não deverá ultrapassar os 50%”, afirmou João Pedro Matos Fernandes, em Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, no âmbito de uma apresentação de projetos de requalificação do litoral do concelho, um dos quais contratualizado hoje e que passa pelo reforço da Encosta do Douro, entre a Quinta dos Cubos e a Quinta dos Frades, que significa um investimento de 1,4 milhões de euros.

O ministro destacou a importância da redução das perdas de água no país, o que pode passar pela substituição de “um conjunto de condutas velhas”.

No seu discurso, Matos Fernandes referiu a importância de obras como as que visitou em Gaia, designadamente o reforço da proteção costeira nas praias da Granja e Valadares e a reabilitação da ribeira do Espírito Santo, “no tempo em que corre”, em que se aprende “tão depressa que, afinal, as alterações climáticas não são uma preocupação do futuro, mas são uma preocupação do presente”.

Mas, “se há exemplos onde a solução vai mais avançada, outros há em que assim não é”, lamentou o ministro, acrescentando que, no que diz respeito ao litoral do país, o Governo já aprovou “mais de 100 milhões de euros [de investimento], mas a execução pouco ultrapassa os 10%”.

Já no que diz respeito à recuperação de linhas de água, disse, o Governo está a conseguir “já ter aprovado um conjunto de candidaturas no montante de 54 milhões de euros”. “E por isso estamos mesmo a contribuir com estes investimentos para a melhoria da qualidade dos recursos hídricos desta região e do país todo”, concluiu.

Nesta cerimónia, o diretor regional do norte da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Pimenta Machado, anunciou que pretende entregar à tutela no dia 22 de abril o Programa da Orla Costeira (POC) Caminha-Espinho, cuja filosofia assenta no pressuposto de que “tudo o que é equipamentos na praia que ocupam domínio público e que não presta serviço público tem de ser demolido”. O POC, acrescentou, deverá estar em período de discussão pública “entre março e abril”, para depois então ser enviado à tutela para aprovação.

 

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Black Friday anima retalhistas. Wall Street apanha boleia

As principais bolsas norte-americanas fecharam a semana no verde, numa sessão que foi mais curta depois do Dia de Ação de Graças. Os ganhos das retalhistas animaram Wall Street.

As principais bolsas norte-americanas encerraram no verde, numa semana que foi marcada pela calma nos mercados. Com um feriado na quinta-feira, e o mercado a fechar mais cedo nesta sessão, o volume de negociação acabou por ser fraco. Mas foi animado esta sexta-feira pelo dia mais agitado do ano para as retalhistas. A Black Friday trouxe ganhos às empresas e Wall Street acabou por apanhar boleia.

Neste contexto, o Dow Jones somou 0,14% para 23.557,99 pontos. O S&P 500, o índice de referência da bolsa dos EUA, apresentou uma valorização de 0,21% para 2.602,42 pontos, enquanto o Nasdaq seguiu a tendência ao apreciar 0,32% para 6.889,16 pontos, com ambos os índices a tocarem recordes. Este desempenho foi influenciado pela subida das ações da Macy’s, Kohl’s, Wal-Mart e Target, assim como a Amazon.

Depois de dois anos dececionantes, as vendas voltaram a ganhar força este ano, de acordo com analistas consultados pela Reuters. As retalhistas obtêm cerca de 40% das suas vendas anuais durante esta época de compras. “Sendo a altura mais agitada do ano para as retalhistas, os investidores estão otimistas de que a atividade económica vai continuar a melhorar à medida que entramos na época de Natal”, afirma Andre Bakhos, diretor da Janlyn Capital.

"Sendo a altura mais agitada do ano para as retalhistas, os investidores estão otimistas de que a atividade económica vai continuar a melhorar à medida que entramos na época de Natal.”

Andre Bakhos

Diretor da Janlyn Capital

“As notícias em torno das compras nas lojas físicas e online são boas, o que aumenta a expectativa de um crescimento das vendas a retalho”, refere Peter Cardillo, economista-chefe da First Standard Financial, à Reuters. Para além do retalho, os preços do petróleo também estiveram em foco.

Os preços do “ouro negro” estão a valorizar nos mercados internacionais. Enquanto o Brent, negociado em Londres, sobe 0,52% para 63,88 dólares, o WTI, negociado em Nova Iorque, avança 1,64% para 58,97 dólares.

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CDS votou sim ao fim dos duodécimos, mas é contra

  • Margarida Peixoto
  • 24 Novembro 2017

Os populares votaram por duas vezes a favor do fim dos duodécimos para o setor privado. Mas afinal estão contra e prometem recuperar a possibilidade de os trabalhadores escolherem na lei laboral.

O regime de pagamento dos subsídios de Natal em duodécimos vai terminar este ano — tanto para o setor público, como para o privado. A decisão para o setor privado foi tomada na quinta-feira, e reafirmada esta sexta-feira, com os votos da maioria de esquerda, do PAN e do CDS-PP. Mas os populares, que disseram sim à eliminação desta escolha por parte dos trabalhadores, afinal estão contra.

A possibilidade de os trabalhadores do setor privado poderem continuar a receber metade dos subsídios de Natal e de férias repartidos ao longo dos 12 meses de trabalho (e a restante metade nos períodos habituais previstos na lei) foi eliminada do Orçamento do Estado para o próximo ano. Por duas vezes. Primeiro, na tarde de quinta-feira, em comissão de orçamento e finanças. E depois novamente na manhã desta sexta-feira, em plenário.

Na primeira votação, a de quinta-feira, esta proposta do PCP contou com os votos favoráveis dos comunistas, do PS, BE e CDS-PP. Só o PSD votou contra — o PAN e os Verdes não votaram porque não têm deputados na comissão de orçamento e finanças.

Apelamos aos partidos de esquerda e extrema-esquerda que revejam a sua posição.

Carlos Abreu Amorim

Deputado do PSD

Esta sexta-feira de manhã, durante o terceiro dia de debate de especialidade do Orçamento do Estado para 2018, os sociais-democratas avocaram o assunto, com um apelo expresso aos restantes partidos para mudarem de posição. “O PSD vai avocar esta norma para discussão e apelamos aos partidos de esquerda e extrema-esquerda que revejam a sua posição,” pediu Carlos Abreu Amorim, perante o plenário. O deputado do PSD argumentou que o regime dos duodécimos para o setor privado beneficiava as pequenas e médias empresas, na medida em que evitava que tivessem dois picos anuais de despesa com salários.

Perante o apelo de Carlos Alberto Amorim, os comunistas não mudaram uma vírgula à sua posição. João Oliveira ainda acusou o PSD e o CDS-PP de, na anterior legislatura, quererem “acabar com os subsídios de férias e de Natal”.

O CDS é muito claro: o nosso princípio é o da liberdade de escolha. Faz sentido que sejam os trabalhadores a escolher.

Pedro Mota Soares

Deputado do CDS-PP

Mas para os populares alguma coisa mudou de um dia para o outro. Apesar de manter o voto favorável à eliminação da medida, Pedro Mota Soares frisou que o CDS-PP é a favor da liberdade de escolha dos trabalhadores e avisou que, afinal, quer manter esta possibilidade. Mas no Código do Trabalho.

“O CDS é muito claro: o nosso princípio é o da liberdade de escolha. Faz sentido que sejam os trabalhadores a escolher”, disse o deputado, ex-ministro da Segurança Social. Contudo, argumentou que a discussão não deve ser feita no Orçamento do Estado, mas antes no Código do Trabalho. E apelou desde logo ao PCP que, nessa altura, vote ao lado dos populares em vez de “rasgar as vestes e ir contra a vontade dos trabalhadores”.

Na repetição da votação da medida, desta vez em plenário, todos os partidos, à exceção do PSD, voltaram a votar sim à eliminação dos duodécimos. Mas o CDS entregou uma declaração de voto onde promete “apresentar na Assembleia da República uma iniciativa legislativa que reveja o código do Trabalho, com o objetivo de consagrar a possibilidade de escolha da forma de pagamento destes subsídios em diálogo social entre a entidade empregadora e o trabalhador”.

E justifica: o direito à escolha do modo de pagamento dos subsídios “deve estar inscrito, de forma permanente, no Código do Trabalho e não deve ser determinado por meio de uma normal orçamental, de incidência anual, sempre dependente das maiorias conjunturais que se formam”, lê-se na declaração de voto dos populares.

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Valores nominais e reais, preços correntes e constantes

  • ECO
  • 24 Novembro 2017

O valor nominal é o valor do dinheiro tal como o conhecemos. Já o valor real é o valor do dinheiro ajustado de modo a ter em conta a inflação. Mas há mais.

“Hoje ainda estamos com um nível de PIB (produto interno bruto) a preços constantes, ou o chamado PIB real, que ainda está cerca de sete mil milhões de euros abaixo do que era em 2008, quando a crise se iniciou”. A frase é do antigo ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, numa entrevista, em abril deste ano. Mas o que são afinal preços constantes, uma expressão tantas vezes usadas pelos ministros das Finanças e pelos economistas?

Descubra neste vídeo:

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Subida da derrama custa 45 milhões às cotadas do PSI-20

Parlamento aprovou subida da derrama em dois pontos. A medida apresentada pelo PCP vai ficar com boas parte dos lucros das cotadas da bolsa de Lisboa. Haitong estima impacto em 45 milhões de euros.

Impostos vão subir para as maiores empresas nacionais.

A subida da derrama estadual para as empresas com maiores lucros poderá retirar 45 milhões de euros aos resultados das cotadas da bolsa portuguesa no próximo ano, de acordo com as estimativas do banco de investimento Haitong. Há, ainda assim, fatores como a atividade internacional ou medidas de otimização fiscal que baralham os cálculos.

O Parlamento aprovou um aumento da derrama dos 7% para os 9% para as empresas que obtenham lucros superiores a 35 milhões de euros, medida que vai entrar em vigor no próximo ano com o Orçamento do Estado. Para o PCP, que apresentou a proposta e viu o PS dar o seu consentimento, ficará assim corrigida uma “injustiça fiscal” num regime que dava vantagem às grandes empresas.

No PSI-20, onde moram algumas das principais empresas nacionais, essa medida vai pesar numa parte dos lucros esperados em 2018. As contas do Haitong (ex-BESI) apontam para uma fatura na ordem dos 45 milhões de euros.

“Os impactos mais significativos serão sentidos nas empresas com um elevado degrau de exposição a Portugal como a REN ou a Sonae e ainda nas empresas com algum degrau de alavancagem”, referem os analistas daquele banco.

No caso da gestora da rede elétrica nacional, o Haitong antecipa um lucro de 106,8 milhões de euros, dos quais três milhões vão ser então absorvidos pela revisão da taxa de IRC. Em relação à Sonae, o custo será de 3,6 milhões face a uma estimativa de lucro de 180 milhões de euros no próximo ano.

Os analistas do Haitong consideram que “para as outras empresas, os impactos não são muito significativos (abaixo de 2%)”. Por exemplo, são esperados impactos de cerca de um milhão de euros em cotadas como a Corticeira Amorim, Altri ou Semapa.

Lembram, porém, que os cálculos não incluem “medidas de otimização fiscal que as empresas poderão tomar para absorver o impacto desta mudança no regime fiscal”.

"Os impactos mais significativos serão sentidos nas empresas com um elevado degrau de exposição a Portugal como a REN ou a Sonae e ainda nas empresas com algum degrau de alavancagem.”

Haitong

Nota de research

Um desses casos é a Nos, que deverá registar um impacto negativo de 3,3 milhões de euros nos próximos lucros anuais, segundo o Haitong. Mas o CaixaBank/BPI diz que a operadora “detém ativos fiscais que irão provavelmente mitigar o impacto” da subida da derrama estadual.

Atividade internacional baralha cálculos

Por outro lado, o Haitong salienta que “nem todas as empresas geram os seus resultados em Portugal”, tornando mais difícil quantificar o impacto deste agravamento fiscal em cotadas com intensa atividade internacional. Esse é o caso de empresas como a EDP, a EDP Renováveis ou a Galp.

Por exemplo, na EDP, enquanto os cálculos do Haitong apontam para um impacto de 11 milhões de euros nos lucros do próximo ano, o CaixaBank/BPI Research lembra que a elétrica nacional tem 51% da atividade em Portugal e, por essa razão, estima um impacto de 0,3% do lucro de 2018: cerca de 2,6 milhões de euros. Quanto à EDP Renováveis, Haitong e BPI são mais consensuais com um impacto de cerca de um milhão de euros.

Na Galp, o CaixaBank/BPI refere que a subida da derrama vai aumentar a fatura fiscal da petrolífera em sete milhões de euros — devido às atividades de Gás & Power e de downstream, ambas localizadas em Portugal.

Na Mota-Engil, cuja carteira de negócios está sobretudo lá fora, o impacto da medida aprovada será marginal nos resultados da construtora nacional, dizem tanto os analistas do Haitong como os do CaixaBank/BPI.

As contas do Haitong excluem o BCP, que mantém um negócio importante na Polónia. Mas os analistas do CaixaBank/BPI calculam que a medida terá um impacto de 1% no lucro estimado de 364 milhões de euros que o banco liderado por Nuno Amado deverá ter em 2018. Ou seja, subida do IRC para as maiores empresas vai levar 3,6 milhões dos lucros do banco no próximo ano.

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Presidente da CIP contesta o fim dos duodécimos

  • Lusa
  • 24 Novembro 2017

António Saraiva diz que a medida “vem perturbar a vida das empresas na sua carga administrativa”.

O presidente da CIP considerou esta sexta-feira que o fim dos duodécimos nos subsídios de férias e de Natal vai “perturbar a vida das empresas” ao nível administrativo e de tesouraria e que a medida passa “um atestado” aos trabalhadores.

O presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, António Saraiva, falava aos jornalistas à entrada da reunião da concertação social onde vai ser discutido, esta tarde, o aumento do salário mínimo nacional para o próximo ano.

António Saraiva disse ter ficado “surpreendido” com a aprovação, esta quinta-feira, da proposta do PCP sobre o fim dos duodécimos, durante o debate na especialidade do Orçamento do Estado, e sublinhou que a medida “vem perturbar a vida das empresas na sua carga administrativa”.

Além disso, “leva a um esforço de tesouraria” das empresas “em dois momentos” do ano, acrescentou.

Por outro lado, “é estar a dizer que os trabalhadores não sabem gerir o seu dinheiro”, é “passar um atestado que não acho correto”, defendeu António Saraiva.

Nos últimos anos, os trabalhadores do setor privado puderam optar por receber metade dos dois subsídios em duodécimos, recebendo depois a outra metade nas alturas habituais. Com a proposta do PCP, deixa de existir essa opção, passando os subsídios a serem pagos na íntegra nas férias e no Natal.

O presidente da CIP afirmou que o fim da opção de duodécimos no privado “é uma medida de tique ideológico”, considerando que o Governo “está refém dos partidos de esquerda quando devia atender à viabilidade do país”.

Para o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, a questão dos duodécimos “não é muito importante”, mas defendeu que “pagar por inteiro sempre foi mais favorável” para as empresas.

Do lado das centrais sindicais, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, considerou positiva a medida aprovada no Parlamento, lembrando que a intersindical sempre defendeu a reposição do pagamento por inteiro dos subsídios de férias e de Natal.

“Fica assim mais claro o esbulho a que os trabalhadores foram sujeitos”, disse Arménio Carlos, referindo-se ao “aumento brutal de impostos” e reduções salariais durante os anos da ‘troika’.

Sobre o aumento do salário mínimo, o líder da CGTP reafirmou que “há condições” para que a remuneração atinja os 600 euros em janeiro de 2018, enquanto a presidente da UGT, Lucinda Dâmaso, defendeu 585 euros.

Do lado das confederações patronais, tanto a CIP como a CCP reclamam uma “verdadeira negociação” sobre o salário mínimo, em vez de uma “imposição” de um valor por parte do Governo, de 580 euros.

António Saraiva rejeitou a ideia de que as confederações patronais querem contrapartidas para o aumento do salário mínimo, sugerindo antes “medidas feitas à medida” para as empresas “mais expostas” à remuneração mínima.

“Essas empresas têm de ser discriminadas positivamente”, disse o presidente da CIP, sugerindo medidas ao nível da formação profissional que dessem “mais competências aos trabalhadores” e que tornassem essas empresas mais competitivas.

Já Vieira Lopes disse que só depois de ver a proposta do Governo para o salário mínimo irá avançar “sugestões”.

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Direitos da REN dão para o torto. E a bolsa também

A bolsa de lisboa encerrou em queda pela primeira vez na semana. o PSI-20 recuou 0,5%, com Pharol a liderar as perdas e a REN sob pressão a reboque dos direitos ao aumento de capital.

A bolsa de Lisboa encerrou a semana com o pé esquerdo após quatro sessões consecutivas de subidas. O PSI-20 encerrou com perdas de 0,5%, com a grande maioria dos seus títulos no vermelho. A Pharol foi o patinho feio da bolsa com perdas de perto de 6%, mas as atenções dos investidores estiveram viradas para a REN que deslizou acima de 2%, a reboque do tombo dos direitos ao aumento de capital.

O índice de referência da bolsa nacional desvalorizou 0,5%, para os 5.283,35 pontos, com 12 títulos com sinal negativo e apenas seis em terreno positivo. A praça lisboeta destoou face aos ganhos registados pelos principais índices bolsistas do Velho Continente. Os ganhos oscilaram entre o avanço de 0,2% do francês CAC e de 0,39% do alemão DAX.

As perdas da praça lisboeta foram lideradas pela Pharol, cujas ações recuaram 5,87% para os 35,3 cêntimos, condicionada pela sua participada Oi. A operadora brasileira anunciou na quarta-feira passada alterações ao seu plano de recuperação, que passa em grande medida por um aumento de capital que irá diluir a posição da Pharol, caso esta não pretenda participar na operação.

Nota também para o recuo de 2,05%, para os 2,438 euros das ações da REN, empresa que se prepara também para realizar um aumento de capital de 530 milhões de euros que será utilizado para financiar a compra da EDP Gás. Os direitos a participar nesta operação começaram a ser negociados na passada quinta-feira, estando sob forte pressão, o que tem acabado por se repercutir também no rumo das ações da empresa liderada por Rodrigo Costa. Já os direitos ao aumento de capital da REN recuaram 7,79% nesta sexta-feira, para passarem a valer 14,2 cêntimos.

Os pesos pesados também foram determinantes para o rumo do PSI-20. As ações da EDP recuaram 0,61%, para os 2,91 euros, rumo que foi seguido pelas ações da participada EDP Renováveis que perderam 0,51%, para os 6,895 euros.

Em contraciclo, destaque para a Jerónimo Martins e para o BCP que ajudaram a impedir perdas mais acentuadas no índice PSI-20. As ações da retalhista somaram 0,47%, para os 16,20 euros, enquanto as do banco liderado por Nuno Amado valorizaram 0,12%, para os 24,93 cêntimos. Por sua vez, as ações da Galp Energia somaram uns ligeiros 0,03%, para os 15,93 euros, num dia em que as cotações do petróleo seguiam em alta.

(Notícia atualizada às 17H00 com mais informação)

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Segurança Social está a notificar recibos verdes de desconto para os próximos meses

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 24 Novembro 2017

Novo regime contributivo ainda não chegou ao terreno. Assim, a Segurança Social está a notificar os trabalhadores independentes do desconto a pagar nos próximos meses ao abrigo das regras atuais.

A Segurança Social está a notificar os trabalhadores independentes do novo desconto a que estarão sujeitos nos próximos meses. O Executivo prometeu apresentar ainda este ano o novo regime contributivo dos recibos verdes, mas ainda não o fez. Entretanto, a Segurança Social está a informar estas pessoas de quanto terão de descontar a partir de agora, ao abrigo das regras ainda em vigor.

Em entrevista ao ECO no final do ano passado, a secretária de Estado da Segurança Social disse ter a expectativa de que os trabalhadores independentes já não fossem abrangidos em 2017 por este procedimento, mas a realidade acabou por ser outra. A “expectativa que temos é que este reposicionamento produza efeitos ainda durante parte do ano de 2017, mas já não termos um próximo reposicionamento ao abrigo da legislação em vigor neste momento”, disse na altura Cláudia Joaquim.

Mas enquanto não chegam as novas regras — que o Governo prometeu apresentar ainda este ano — aplica-se o regime atual. De acordo com o Código Contributivo, a Segurança Social deve fixar em outubro a base sobre a qual incidem as contribuições dos recibos verdes, que deve vigorar nos 12 meses seguintes. Na notificação a que o ECO teve acesso, a Segurança Social dá conta da contribuição apurada “para o período de 1 de novembro de 2017 a 31 de outubro de 2018”. O ECO quis saber, junto do Ministério do Trabalho, se as novas regras deverão entrar em vigor antes de terminar este novo período de descontos que agora se inicia (e que decorre até outubro de 2018) e aguarda resposta.

Para definir em que escalão é posicionado cada trabalhador independente (que não esteja isento de contribuir), a Segurança Social tem atualmente em conta os rendimentos do ano anterior declarados ao fisco. Em regra, contam 70% do valor total de prestação de serviços e 20% dos rendimentos de produção e venda de bens (ou 20% do valor dos serviços ou produção e venda de bens nas atividades hoteleiras e de restauração). No caso de trabalhadores abrangidos pelo regime de contabilidade organizada, conta o valor do lucro tributável, quando este for inferior ao que resulta dos critérios anteriores.

Os recibos verdes são depois colocados no escalão correspondente ao duodécimo daquele valor, ainda que o Governo já tenha dito que uma parte significativa dos trabalhadores é enquadrada oficiosamente numa espécie de ‘escalão 0’ — uma possibilidade aberta na lei pelo Governo de Passos para quem tem rendimentos muito reduzidos e que, de acordo com o atual Executivo, só garante uma proteção social de mínimos. Sobre o escalão contributivo incide depois a taxa, de 29,6% na generalidade dos casos.

As novas regras vão alterar esta lógica, já que os descontos deverão ter por base um rendimento relevante mais recente. “O que está equacionado neste momento é olhar para os últimos três meses — os três meses anteriores determinem a contribuição dos três meses seguintes”, afirmou Cláudia Joaquim, em entrevista ao ECO já este ano.

Recibos verdes têm dez dias úteis para pedir mudanças nos descontos

A lei em vigor confere ainda aos recibos verdes a possibilidade de mudar de escalão contributivo, podendo assim descontar mais ou menos, dentro de certos limites. Por exemplo, quem está no primeiro escalão — ou no segundo, se for trabalhador com contabilidade organizada em que é o lucro tributável que é tido em conta — não pode descer mais a contribuição.

Há três alturas no ano para fazer este pedido: a primeira ocorre já — no prazo de dez dias úteis a contar da notificação — avança a Segurança Social na mensagem enviada aos trabalhadores. As próximas oportunidades ocorrem em fevereiro e junho.

No mesmo período, os trabalhadores também podem pedir para renunciar a regras transitórias de ajustamento progressivo da base de incidência contributiva, se estiverem abrangidos por estas. Agricultores de rendimentos reduzidos deverão ainda requerer a exclusão do regime dos trabalhadores independentes.

Enquanto a Segurança Social não responder ao pedido do trabalhador, este deve continuar a pagar a contribuição no valor indicado agora, havendo depois lugar a acertos, avisa ainda a Segurança Social.

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