Jeremy Corbyn pede demissão de Theresa May

O trabalhista e candidato a primeiro-ministro do Reino Unido pediu esta segunda-feira a demissão da primeira-ministra Theresa May. Em causa, o financiamento da polícia metropolitana.

O trabalhista Jeremy Corbyn defendeu que Theresa May deve renunciar ao cargo, na sequência das declarações da primeira-ministra britânica que indicou a polícia tem todos os recursos de que necessita. A notícia surge no rescaldo de mais um atentado no Reino Unido, desta vez em Londres, após o atentado de Manchester.

Surge também poucos dias antes das eleições antecipadas, a 8 de junho. A jornalista Rachel Younger, da ITV News, escreveu no Twitter: “Jeremy Corbyn disse-me que Theresa May devia renunciar ao cargo de primeira-ministra na sequência das declarações sobre o financiamento da polícia.”

Segundo a Press Association, Jeremy Corbyn garantiu que outras “pessoas muito responsáveis” partilham da mesma ideia e que estão “muito preocupadas” com as declarações de May numa gravação transmitida pela Sky e pela BBC. Entre outras coisas, a primeira-ministra garante que o Governo tem protegido os gastos com a polícia desde 2015 e acusou os trabalhistas de se oporem ao aumento da despesa com as autoridades.

May tem sido criticada por, enquanto secretária de Estado, ter feito cortes na despesa que terão resultado em menos 20.000 agentes nas ruas. Em contrapartida, May considerou que “a comissária da polícia metropolitana disse que tem bons recursos — e têm –, e que têm fortes capacidades de contraterrorismo — que têm”. Além disso, tem vindo a elogiar o “extraordinário” heroísmo das autoridades que têm lidado com a situação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

MLGTS debate euribor negativa e financiamento bancário

  • ECO + MLGTS
  • 5 Junho 2017

A sociedade de advogados Morais Leitão e o Instituto Miguel Galvão Teles vão promover o debate em torno do contexto complexo do crédito bancário numa situação de taxas de juro negativas.

A Morais Leitão Galvão Teles Soares da Silva (MLGTS) e o Instituto Miguel Galvão Teles (IMGT) organizam no próximo dia 6 de junho uma conferência sobre financiamento bancário e Euribor negativa.

Numa altura em que a banca ainda está a recuperar da crise financeira iniciada em 2008, o tema da Euribor negativa e do financiamento bancário tem uma elevada atualidade e levanta um conjunto de questões legais e de gestão das relações entre clientes e banco que têm vindo a ser levantadas internacionalmente por associações de consumidores.

Estarão os bancos obrigados a pagar em vez de receber, quando se verificam taxas de juro negativas? Terão os consumidores razão quando invocam o direito a receber quando as taxas vêm abaixo de zero, tal como têm o dever de pagar quando estão acima? E o que dizem os reguladores e a legislação vigente? Estas são algumas das questões a debater na próxima terça-feira.

O tema não tem tido o espaço debate que merece em Portugal o que aumenta a oportunidade da iniciativa promovida pela MLGTS, juntamente com o IMGT, que contará com as intervenções do professor Miguel Pestana de Vasconcelos (Faculdade de Direito do Porto), professora Catarina Monteiro Pires (Faculdade de Direito de Lisboa) e a moderação de Pedro Gorjão Henriques.

O evento terá lugar no auditório Auditório João Morais Leitão com início às 10h30.

 

Euribor negativa e financiamento bancário

Auditório João Morais Leitão, 6 de junho de 2017

  • 9H00 Receção dos convidados
  • 9H30 Abertura: Dr. João Soares da Silva, MLGTS / Dr. Filipe Lowndes Marques, MLGTS
  • 9H40 Euribor negativa e financiamento bancário, Prof. Doutor Miguel Pestana de Vasconcelos, Faculdade de Direito da Universidade do Porto
  • 10H10 Comentário, Prof. Doutora Catarina Monteiro Pires, Faculdade de Direito de Lisboa, MLGTS
  • 10H30 Debate. Moderação: Dr. Pedro Gorjão Henriques, MLGTS

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mexia junta administração da EDP para explicar caso dos CMEC

António Mexia vai dar uma conferência de imprensa esta terça-feira, às 9h30, junto com toda a administração da elétrica, depois de o Ministério Público o ter constituído arguido por causa dos CMEC.

São quatro os gestores, da EDP e da REN, que foram constituídos arguidos na passada sexta-feira depois de buscas levadas a cabo pelo Ministério Público e Polícia Judiciária: António Mexia, João Manso Neto, e os gestores da REN, João Conceição e Pedro Furtado.

Em causa estão suspeitas de “corrupção ativa e passiva e participação económica em negócio, no âmbito da introdução de compensações financeiras no setor elétrico nacional”, informou a Procuradoria-Geral da República.

O ECO sabe que António Mexia convocou toda a administração da maior elétrica nacional para uma conferência de imprensa amanhã, às 9h30. Entretanto, a empresa já enviou um comunicado à Comissão do Mercados de Valores Mobiliários (CMVM) onde diz que “procederá hoje à consulta do processo após o que, durante o dia de amanhã, realizará uma conferência com o mercado”.

A notícia do envolvimento de gestores de todo da EDP EDP 0,00% neste caso de justiça está a penalizar as ações da empresa que esta manhã já chegaram a afundar mais de 4%.

A EDP já tinha emitido um comunicado na sexta-feira, onde confirmou que a sede da empresa foi objeto de uma visita de um Procurador da República do DCIAP e de vários inspetores da PJ, numa investigação que “teve origem numa denúncia anónima” e que se reporta a “matéria relacionada com os Contratos de Aquisição de Energia (CAE) e a sua substituição pelo regime dos Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMECs) — iniciada no ano de 2004″.

“Foram constituídos como arguidos os representantes da EDP que, à data, assinaram os contratos respeitantes a esta temática”, informou ainda a elétrica.

CMEC no centro das investigações

De acordo com o Ministério Público, o inquérito tem como objeto “a investigação de factos subsequentes ao processo legislativo bem como aos procedimentos administrativos relativos à introdução no setor elétrico nacional dos CMEC”.

Os designados CMEC são uma compensação relativa à cessação antecipada de contratos de aquisição de energia (CAE), tendo surgido aquando da criação do mercado ibérico de eletricidade, para promover um regime de mercado eficiente, livre e concorrencial.

Criados em 2004, no Governo de Santana Lopes e com Álvaro Barreto enquanto ministro das Atividades Económicas e do Trabalho, estes CMEC começaram a ser preparados um ano antes, em 2003, quando Carlos Tavares era ministro da Economia do Governo liderado por Durão Barroso.

Ainda assim, só no primeiro trimestre de 2007 é que a fórmula final para o cálculo dos CMEC ficou definida, era Manuel Pinho o ministro da Economia do Executivo de José Sócrates. Entraram em vigor logo a partir de julho desse ano, aquando do arranque do mercado ibérico de eletricidade.

Comunicado da EDP ao mercado

Nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 17º do Regulamento (UE) n.º 596/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho e do artigo 248.º do Código dos Valores Mobiliários, a EDP – Energias de Portugal, S.A. (“EDP”) vem prestar a seguinte informação ao mercado e ao público em geral:

A sede da EDP foi na passada sexta-feira objeto da visita de um Procurador da República do DCIAP, acompanhado da Polícia Judiciária, com o objetivo de realizar buscas. A visita dos referidos elementos insere-se no âmbito de uma investigação que teve origem numa denúncia anónima e reporta-se a matéria relacionada com a extinção dos Contratos de Aquisição de Energia (CAE) e a sua substituição pelo regime dos Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC) — iniciada no ano de 2004 — e visou a obtenção de elementos documentais relacionados com os referidos procedimentos.

A Administração da EDP facultou aos investigadores o acesso irrestrito a toda a informação e foi prestada toda a colaboração com vista ao esclarecimento dos factos.

A EDP procederá hoje à consulta do processo após o que, durante o dia de amanhã, realizará uma conferência com o mercado.

Evolução das ações da EDP

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

ACR Ratings mantém rating de Portugal com perspetiva estável

A agência reconfirmou a notação financeira da República em grau de investimento. A perspetiva continuou estável, depois de ter melhorado em março.

A agência de rating portuguesa confirmou a notação financeira de Portugal em ‘BBB-‘, mantendo a perspetiva estável, a qual tinha melhorado em março. A ACR Ratings considera que a economia portuguesa valoriza entre 1,5% e 2% a médio prazo, um crescimento sustentado por exportações e investimento. A expectativa que dá base à decisão publicada esta segunda-feira é também a de que o Governo continuará a dar prioridade à consolidação orçamental e às reformas estruturais, “mesmo que a um passo lento”.

A agência liderada pelo economista português José Poças Esteves traça um cenário positivo para Portugal dado que projeta uma subida do PIB perto de 2% em 2017 e 2018. Subjacente a este desempenho da economia estará uma queda da taxa de desemprego, estima a ACR Ratings, referindo que a dívida pública continuará a ser o constrangimento que mais pesará no rating português. No entanto, a ACR assinala que o Programa de Estabilidade 2017-2021 do Executivo “reafirma” a consolidação orçamental como uma prioridade do país.

Tal como tinha feito na decisão de março, a ACR Ratings elencou os motivos pelos quais classifica Portugal com um grau de investimento, ao contrário das outras agências de rating:

  • Forças institucionais que ajudaram Portugal a gerir a crise na estabilização da sua economia;
  • Compromisso continuado em torno da consolidação orçamental;
  • Vontade comprovada e capacidade para salvaguardar a estabilidade do sistema financeiro afetado pela crise e por anos de políticas de crédito imprudente;
  • Gestão proativa da dívida que contem os riscos associados à elevada dívida pública acima de 130% do PIB;
  • Melhoria das estatísticas do emprego, embora abaixo dos níveis pré-crise;
  • Acesso à liquidez do BCE e aos mercados de financiamento;
  • Ambiente político na Zona Euro consciente dos riscos de deflação;
  • Zona Euro que providencia um enquadramento institucional para a gestão económica e é uma fonte comprovada de liquidez de emergência.

A ARC Ratings — formada em 2013 em resultado da fusão de várias agências mundiais, entre elas a Companhia Portuguesa de Ratings — considera dois cenários futuros de “pontos de viragem” em que a notação financeira pode melhorar ou piorar. Para ficar com um rating mais vantajoso, Portugal terá de crescer a um ritmo mais elevado (mais de 2%, estima a ACR), reduzir rapidamente o peso da dívida (para menos de 100% do PIB) e modificar a estrutura da economia, focando-se nas empresas exportadoras.

Por outro lado, o rating português pode ser penalizado por um cenário de deflação, um défice superior a 3%, uma subida do peso da dívida pública ou um crescimento da economia inferior a 1%. Além disso, um ambiente político instável também irá prejudicar o país, nomeadamente a conjuntura externa: temas como o apoio do Banco Central Europeu e da União Europeia, o impacto do Brexit ou a política dos Estados Unidos são fatores determinantes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Informação Empresarial Simplificada: Empresas podem entregar declaração até 22 de julho

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 5 Junho 2017

Prazo inicial — 15 de julho — foi prorrogado, de acordo com um despacho assinado por Rocha Andrade. Ordem dos Contabilistas Certificados já tinha pedido mais tempo.

As empresas vão ter mais tempo para entregar a declaração de Informação Empresarial Simplificada (IES). Um despacho assinado pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Rocha Andrade, vem estender o prazo inicial — 15 de julho — para 22 de julho.

A Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC) já tinha pedido a prorrogação do prazo de entrega, devido à complexidade e dificuldade de preenchimento.

A IES consiste na entrega, por via eletrónica, de um conjunto de informações de natureza contabilística, fiscal e estatística. No despacho publicado no Portal das Finanças, o Governo começa por explicar que não houve alterações aos formulários em vigor, ainda que um decreto-lei de 2015 tenha introduzido “alterações relevantes para as microentidades”. Depois salienta que, apesar de a aplicação para submeter esta declaração já estar disponível desde 9 de maio, “a adaptação da referida aplicação para ajustar as validações que se mostravam necessárias” face àquelas alterações só ficou concluída na semana passada. E, por fim, afirma que foram consultadas “as entidades com obrigações de reporte estatístico internacional”, que “não se opuseram à prorrogação do prazo de entrega da declaração”.

Nesse sentido, fica então definido que a entrega pode “ser cumprida até ao dia 22 de julho de 2017, sem quaisquer acréscimos ou penalidades”, salienta o despacho com data de 31 de maio.

A OCC já tinha proposto, no final do ano passado, que a simplificação introduzida pelo decreto-lei nº 98/2015, de 2 de junho — que reduziu obrigações a nível de prestação de contas por parte de microentidades — fosse “incorporada na IES e aceite pelas demais entidades responsáveis por esta declaração”, revela uma nota da Ordem datada de 1 de junho. Embora os trabalhos estejam em curso, Rocha Andrade informou que, em termos técnicos, “não seria possível” aplicar ainda este ano essa simplificação, continua a OCC. Foi nesse sentido que, “a título extraordinário”, a Ordem solicitou “a prorrogação do prazo de entrega da IES, devido à especial complexidade e dificuldade de preenchimento da declaração que justifica este tratamento especial”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Popular afunda 18% com presidente sob fogo

Títulos do banco espanhol voltam a afundar-se para mínimos de sempre. Emilio Saracho está sob fogo dos principais acionistas, que reprovam a forma como o presidente está a tentar salvar o Popular.

Pressão dos mercados em torno do Banco Popular. As ações do banco espanhol afundam para um novo mínimo histórico depois de o Crédit Mutuel ter anunciado a sua renuncia como vogal do conselho de administração do banco. E isto antes de uma reunião decisiva com o Banco Central Europeu (BCE).

Os títulos do Popular estiveram a afundar mais de 18% esta manhã para um novo mínimo de sempre perto dos 30 cêntimos. Entretanto, aliviaram as perdas e cedem há momentos 11,14% para 0,367 euros.

A administração de Emilio Saracho está sob fogo. Foram vários os membros do conselho de administração do Popular que manifestaram descontentamento com a forma como o atual presidente do banco está a conduzir o processo para a resolução dos problemas da instituição. “Para isso tínhamos ficado com Ron (anterior CEO)”, disse um dos membros na última assembleia geral, a dia 31 de maio, de acordo com o jornal espanhol Confidencial (conteúdo em espanhol).

Popular em mínimos de sempre

Fonte: Bloomberg (valores em euros)

Foi uma das reuniões mais tensas de sempre, adiantaram fontes citadas por aquele jornal, e na qual os representantes dos principais acionistas reprovaram o plano de Saracho para o banco e a sua ação pouco acertada para manter intacta a parte boa do Popular, sobretudo o negócio com as pequenas e médias empresas (PME).

Este descontentamento ficou à vista de todos esta segunda-feira com a renúncia do Banque Féderative du Crédit Mutuel do cargo de vogal do conselho de administração.

A crise no Popular acontece na véspera de uma importante reunião com o BCE. Acontece já esta terça-feira e terá como objetivo a proteção do banco depois da saída em massa de depósitos e da deterioração do crédito. Em vista poderá estar um empréstimo adicional.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Emirates, FlyDubai e Saudia suspendem voos com Qatar

  • Lusa
  • 5 Junho 2017

Duas companhias aéreas do Dubai e uma da Arábia Saudita anunciaram hoje a suspensão dos voos para o Qatar, na sequência do corte de relações diplomáticas entre quatro países árabes e o Qatar.

A transportadora Emirates e a de baixo custo FlyDubai vão cancelar os voos com destino e origem no Qatar a partir de terça-feira e “até nova ordem”, de acordo com comunicados separados das companhias.

A decisão das transportadoras surgiu depois da Etihad, com sede em Abu Dhabi, ter cancelado os voos para Doha.

As três companhias acrescentaram que vão garantir os voos previstos para hoje e propor aos clientes “outras opções”, incluindo o reembolso total do bilhete de avião.

A Saudia, transportadora nacional da Arábia Saudita, anunciou também a suspensão, a partir de hoje, de todos os voos com destino e origem do Qatar.

Em resposta, a Qatar Airways suspendeu todos os voos para a Arábia Saudita.

O encerramento pelo reino saudita, Emirados e Bahrain do espaço aéreo com o Qatar deverá afetar o tráfego aéreo no país, através do qual transitam diariamente numerosos passageiros oriundos ou com destino aos três vizinhos do Qatar.

O Egito, que também cortou relações diplomáticas com Doha, anunciou o encerramento das fronteiras “aéreas e marítimas” com o Qatar que, de acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio, “insiste em adotar um comportamento hostil em relação” ao Cairo.

O Bahrain, Egito, Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos anunciaram hoje o corte de relações diplomáticas com o Qatar, devido às relações que mantém com o Irão e que acusam de apoiar grupos extremistas islâmicos.

Também o governo do Iémen anunciou hoje o corte de relações com o Qatar, membro da coligação militar árabe que opera no país, acusando Doha de ligações com os grupos houthis pró-iranianos e de apoio a grupos jihadistas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Investidores rumo a Lisboa… e às startups

A Lisbon Investment Summit acontece terça e quarta-feira e quer ser o ponto de encontro entre investidores e startups.

São 1.600 participantes que tentarão estabelecer os melhores contactos para desenvolver o seu negócio na Lisbon Investment Summit (LIS). Um evento que convida startups e investidores a viajar até Lisboa e reforçar a posição da cidade como um centro de empreendedorismo.

A Beta-i organiza mais um evento de aceleração para startups, desta vez, virado para o investimento. O CEO, Pedro Rocha Vieira, clarifica os objetivos: “Os investidores internacionais já olham para Portugal com frequência, procurando oportunidades de investimento, e é isso que queremos potenciar com esta conferência.”

Durante os dois dias do evento, vão existir palestras e vários momentos de networking. Entre os participantes, estão confirmados 200 investidores, 100 oradores e 450 startups de 35 países diferentes. O primeiro-ministro, António Costa, o Presidente da CML, Fernando Medina e o secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos, vão marcar presença como oradores.

O círculo de investidores em destaque dá a volta ao globo e abre com Marvin Liao da 500 Startups, continua com Carolina Brochado da Atomico, Javier Torremocha da Kibo Ventures, Fausto Boni da 360 Capital Partners, Foris Goldnen da Partech Ventures e fecha com Alexandre Barbosa da Faber Ventures.

Pedro Rocha Vieira continua: “O feedback que temos do Lisbon Investment Summit é que é um evento que promove relações muito próximas”. Através do comunicado de imprensa, a organização destaca a informalidade e dimensão humana. Qualidades que Duarte Cordeiro, vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, acredita que importa manter, por serem distintivas de Lisboa como polo de empreendedorismo.

Para além da Câmara Municipal de Lisboa, o evento ainda conta com o apoio das aceleradoras do Grupo Mello e da Sonae, a Grow e a Bright Pixel, respetivamente.

Editado por Mariana de Araújo Barbosa ([email protected])

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Três formas como a investigação vai castigar a EDP

O Haitong não tem dúvidas de que a investigação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal é "negativa" para a EDP. E dá três formas como vai continuar a tirar energia à elétrica portuguesa

Os Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual, mais conhecidos por CMEC, levaram a Polícia Judiciária e o Ministério Público a realizarem buscas à EDP e à REN. As suspeitas de prática de corrupção ativa, corrupção passiva e participação económica em negócio ditaram que António Mexia, bem como Manso Neto, fossem constituídos arguidos. Situação que, diz o Haitong, é “negativa”, para a EDP.

As ações da elétrica portuguesa estão já a ressentir-se da investigação. Os títulos da EDP, que já tinham terminado a semana com uma queda superior a 1%, acentuaram a tendência negativa, registando uma descida de quase 4,5% que está a condicionar o comportamento da bolsa nacional: o PSI-20 está a perder 1%. E deverá, de acordo com o Haitong, continuar a pesar. Vê três impactos negativos no desempenho da elétrica portuguesa.

“Primeiro, o óbvio impacto negativo em termos de governação já que ter os principais responsáveis da empresa a serem investigados por suspeitas de corrupção nunca é bom”, diz Jorge Guimarães, analista do Haitong. “Em segundo lugar, há a perda de foco da gestão à medida que o processo evolui”, refere, notando que apesar de não haver restrições em torno do contacto entre Mexia e Manso Neto, “isto irá naturalmente afetar a atividade”.

Há ainda um terceiro ponto que é, provavelmente, a “questão-chave para os investidores”, refere o Haitong. Será a EDP forçada a dar algum tipo de compensação pelos ganhos excessivos com os CMEC no passado ou irão sentir algum impacto no fecho do valor dos CMEC, que ainda está a ser finalizado? São questões levantadas pelo Haitong que ajudam a explicar o comportamento negativo registado pela EDP.

“Em relação à devolução de ganhos passados, consideramos que é improvável já que para que isso aconteça terá de se provar que o aumento dos preços não estava correto (na altura da decisão quanto ao valor, os preços da energia estavam a aumentar) ou que o valor da extensão das concessões hidroelétricas foi feito a um valor injustificadamente baixo para a EDP”, diz o Haitong, salientando que “não será fácil provar-se isso”.

"Em relação à devolução de ganhos passados, consideramos que é improvável já que para que isso aconteça terá de se provar que o aumento dos preços não estava correto (na altura da decisão quanto ao valor, os preços da energia estavam a aumentar) ou que o valor da extensão das concessões hidroelétricas foi feito a um valor injustificadamente baixo para a EDP.”

Haitong

Nota de investimento

“Onde vemos alguns riscos de curto prazo é na definição do valor final dos CMEC já que a posição negocial da EDP será, agora, mais fraca tendo em conta a probabilidade de uma posição mais dura por parte das entidades evolvidas”, ou seja, a ERSE e o Governo, remata o analista Jorge Guimarães.

O banco de investimento conclui a avaliação do impacto desta investigação com uma perspetiva também negativa sobre o efeito que tem na OPA lançada pela EDP sobre a EDP Renováveis. “Apesar de improvável, não excluiríamos mais atrasos no processo”, diz o Haitong. “Se a perda de foco [da administração em resultado da investigação] se tornar uma realidade, a probabilidade de uma revisão em alta do preço é menor”, remata. A oferta é de 6,75 euros por ação.

EDP ao fundo com investigação judicial

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Revista de imprensa internacional

Depois de mais um atentado e um concerto de beneficência por causa de outro ataque, a campanha para as eleições legislativas de quinta-feira recomeça no Reino Unido.

A política britânica continua a fervilhar: com o Brexit ainda por concretizar, as eleições desta quinta-feira vão ser decisivas, mas encontram-se sobre o manto dos mais recentes ataques no país, mudando o foco do discurso dos candidatos. Em Manchester angariaram-se dois milhões de euros para as vítimas do ataque de 22 de maio. Na luta contra o terrorismo está também o Facebook que se comprometeu a ser mais eficaz contra o conteúdo terrorista.

Financial Times

Campanha recomeça no Reino Unido

Depois do atentado de sábado à noite em Londres, a campanha para as eleições legislativas parou — exceto a do Partido da Independência (UKIP) –, recomeçando esta segunda-feira. Neste momento a discussão passa pelo financiamento da polícia assim como as políticas de luta contra o terrorismo, um dos assuntos que domina a agenda mediática do Reino Unido. A crítica veio do lado de Jeremy Corbyn, o líder do trabalhistas, que acusou Theresa May de cortar os fundos da polícia britânica entre 2010 e 2016. Corbyn prometeu recrutar mais 10 mil polícias e mil colaboradores para os serviços de segurança do país.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso pago)

Reuters

Putin nega ter informação danosa sobre Trump

O presidente russo classificou de “nonsense” as suspeitas de que terá informação comprometedora sobre o atual presidente dos Estados Unidos da América. Entre entrevista na NBC News, Vladimir Putin negou a existência desse material, recusando existir uma ligação entre Moscovo e a Casa Branca. Os dois nunca se encontraram oficialmente, mas é público que já tiveram várias conversas telefónicas desde que Trump assumiu o cargo. Esta relação entre os EUA e a Rússia vai sofrer nova prova de fogo esta quinta-feira quando o ex-diretor do FBI, James Comey, for depor ao Senado sobre a investigação que incidia sobre as ligações da equipa da nova administração norte-americana às autoridades russas.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

El Espanol

Banco Popular desvaloriza ainda mais

O banco espanhol começa a semana a cair 18%, o que diminuiu o seu valor de mercado entre os 1.400 e os 1.500 milhões de euros. Na semana passada, o banco Popular já tinha desvalorizado 38%. Neste momento as ações valem 34 cêntimos. Neste momento o Santander é o único candidato na corrida ao Popular, depois da desistência do Bankia. Na semana passada também foi anunciado que o banco irá pedir ajuda ao Banco Central Europeu para ganhar liquidez.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Telegraph

One Love Manchester angaria dois milhões

Liderado por Ariana Grande, o concerto que reuniu vários artistas internacionais conseguiu angariar mais de dois milhões de euros para as vítimas do ataque de Manchester de 22 de maio. O espetáculo realizou-se em Old Trafford, o estádio do clube da cidade, e reuniu músicos como Pharrell Williams, Chris Martin, Miley Cyrus, Justin Bieber, Katy Perry e will.i.am. O ataque que aconteceu há duas semanas após a atuação de Ariana Grande matou 22 pessoas.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Market Watch

Facebook compromete-se a batalhar contra terroristas online

Após as críticas de Theresa May contra as empresas de tecnologia, o Facebook defendeu-se este domingo comprometendo-se a intensificar a batalha online contra os terroristas. A rede social espera tornar-se num “ambiente hostil para os terroristas”, nomeadamente controlando as mensagens extremistas na internet. O Facebook disse que irá proibir grupos ou pessoas que alimentem ou apoiem atividades terroristas.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Retirada de estímulos do BCE será o mais lenta possível, preveem economistas

Economistas sondados pela Bloomberg preveem que a normalização da política monetária da Zona Euro será feita da forma mais gradual possível.

O Banco Central Europeu (BCE) irá proceder à normalização da política monetária da Zona Euro, da forma mais gradual possível. Esta é a convicção de um conjunto de 60 economistas sondados pela Bloomberg, que antecipam que a próxima reunião da entidade liderada por Mario Draghi que se realiza quinta-feira servirá para reconhecer que os riscos em torno da recuperação da Zona Euro estão equilibrados.

Na sondagem realizada pela agência de notícias, 90% dos economistas consultados afirmaram que na próxima reunião de política monetária do BCE, os governadores dos bancos centrais vão reconhecer que os riscos em torno da recuperação da Zona Euro estão equilibrados. No entanto, mostram-se divididos relativamente quanto ao momento em que o BCE irá escolher para avançar com uma subida dos juros, sendo que a proporção de economistas que acredita que a entidade liderada por Mario Draghi possa anunciar em setembro novidades sobre o atual programa de compra de ativos caiu face à anterior sondagem. Do total de economistas sondados, 54% antecipam novidades em setembro, o que compara com uma proporção de 67% registada no inquérito anterior.

Em meados de maio, Vitor Constâncio, vice-presidente do BCE, já tinha apontado para o outono como a ocasião mais adequada para o BCE anunciar uma mudança no rumo da sua política monetária, alertando para os riscos de uma decisão precipitada. “Uma política monetária acomodatícia por mais tempo é menos arriscado do que uma retirada prematura dos estímulos. Estamos expressamente comprometidos com a nossa política até dezembro, o que significa que, automaticamente, no outono, teremos de decidir o que vamos fazer a seguir“, disse Constâncio, citado pela Bloomberg.

A expectativa é que, na reunião do BCE que se realiza em Tallinn, seja utilizada para ter a primeira discussão formal sobre aqueles que serão os efeitos de uma saída dos estímulos. Um responsável do BCE afirmou que a reunião de junho será precisamente a ocasião para colocar em cima da mesa essa discussão, de acordo com uma nota a que a Bloomberg teve acesso em meados de maio.

De qualquer forma, o próprio Mario Draghi, à semelhança de outros membros do conselho de governadores, suavizaram as expectativas de que possam surgir sinais significativos da próxima reunião, alertando para o facto de a fraca pressão inflacionista mostrar que não se justifica uma pressa para retirar os estímulos monetários.

“É provável que o Conselho do Governadores continue a ser muito cauteloso na sua comunicação sobre a estratégia de saída perante um ambiente onde, apesar do bom desempenho de crescimento, o outook de inflação permanece sombrio”, disse Philippe Gudin, economista-chefe para a Europa do Barclays.

Para já, aquilo que o BCE diz é que irá manter até pelo menos ao final deste ano, o seu programa de compra de ativos de 60 mil milhões de euros mensais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo quer tributar “eficazmente” o alojamento local

  • ECO
  • 5 Junho 2017

O Executivo está a preparar mecanismos que tributem de forma eficaz o alojamento local, com foco no arrendamento a turistas, numa altura em que o Parlamento discute a regulação do setor.

O Governo está a estudar novas formas de tributação para o alojamento local. O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais revelou que esses mecanismos que estão a ser preparados têm como foco o arrendamento a turistas. O objetivo é apertar o controlo da tributação do alojamento local — uma receita do Estado que tem vindo a crescer — para que cada vez menos rendas passem ao lado da Autoridade Tributária e Aduaneira.

Cortesia Antena 1

Em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1, Rocha Andrade deu crédito ao Executivo anterior pelo “avanço muito significativo” ao nível do registo dos arrendamentos. O responsável governativo pelos Assuntos Fiscais disse existirem mais rendas declaradas e mais imposto cobrado: “O imobiliário tem uma grande vantagem: é mais difícil deslocar imobiliário do que qualquer outro elemento e, portanto, não receamos que uma casa em Lisboa se mude para o Panamá, ao contrário das contas bancárias”, afirmou.

Estão a ser estudados mecanismos para tributar eficazmente alojamento local.

Rocha Andrade

Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais

No entanto, Rocha Andrade admitiu que existe uma tributação “emergente” no alojamento local relativo ao arrendamento a turistas. “Naturalmente, em todo o lado não só em Portugal, e tradicionalmente enfrenta problemas de tributação eficaz”, considerou, referindo que “estão a ser estudados os mecanismos“. Contudo, o secretário de Estado não revela quais: “Uma parte da eficácia destes mecanismos prende-se com a sua não revelação pública”.

Atualmente discute-se no Parlamento uma nova regulação para o alojamento local num momento em que o turismo pressiona cada vez mais as duas grandes cidades portuguesas. Em causa estão os proprietários que queiram destinar as suas casas a arrendamento de curta duração. O PS quer que estes sejam obrigados a ter uma autorização do condomínio, algo com que o PCP concorda. O BE opta pelas quotas de forma a limitar o alojamento local. O PSD não tem ainda proposta e o CDS propõe distinguir particulares e profissionais do alojamento local.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.