Marcelo: Governo sacrificou investimento público pelo défice

  • Marta Santos Silva
  • 27 Abril 2017

O Presidente da República afirma que, "um pouco como o Governo anterior", o Executivo de António Costa optou por cumprir as metas europeias reduzindo o investimento público, e pede mais crescimento.

O Presidente da República assumiu esta quinta-feira que o Governo de António Costa optou por “sacrificar” o investimento público para cumprir as metas orçamentais europeias, numa entrevista à Antena 1. Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que, “um pouco como o Governo anterior”, o Executivo de António Costa optou “por sacrificar investimentos públicos”.

A entrevista do Presidente da República a Maria Flor Pedroso, emitida esta manhã pela Antena 1, esclarece ainda que Marcelo Rebelo de Sousa já não se preocupa tanto com os problemas da banca, que há pouco mais de um mês eram a sua principal prioridade, por estarem a ser “paulatinamente” resolvidos, nomeadamente os da venda do Novo Banco e da remodelação da supervisão bancária, com o foco agora no crescimento.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, a travagem no investimento público era inevitável devido à mudança de Governo, e foi ainda necessária para “se chegar ao défice a que se chegou. (…) Isso parece evidente”, afirmou. Agora, no entanto, Marcelo Rebelo de Sousa acredita que a situação se deve inverter. A importância do investimento para o Presidente da República é especialmente grande numa altura em que o país precisa de continuar a crescer, tanto para sustentar as finanças públicas equilibradas como para melhorar as situações de natureza social, afirma.

A questão do investimento tem estado no centro do debate político, com Pedro Passos Coelho a acusar ontem o primeiro-ministro de ter posto um travão nesta área como “variável de ajustamento económico”. António Costa defendeu-se com “um problema grave de transição de quadros comunitários, que fez com que o investimento tivesse sofrido uma redução significativa”, e assinalou ainda melhorias no investimento privado.

No entanto, uma coisa é certa: na mais recente elencagem do Fundo Monetário Internacional (FMI) dos países desenvolvidos mostra Portugal no fundo da tabela do investimento público e privado: piores, só a Grécia e Porto Rico.

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Dijsselbloem diz que a última coisa que quer é criar divisões na zona euro

  • Lusa
  • 27 Abril 2017

O presidente do Eurogrupo reiterou que as suas declarações foram mal interpretadas e que nunca pretendeu ofender os países do sul da Europa.

O presidente do Eurogrupo reiterou esta quinta-feira que as suas declarações foram mal interpretadas e que nunca pretendeu ofender os países do sul da Europa, assegurando que a última coisa que quer é criar divisões na zona euro.

Num debate no Parlamento Europeu, em Bruxelas, sobre a segunda revisão ao programa de ajustamento na Grécia, Jeroen Dijsselbloem iniciou a sua intervenção apontando que gostaria de abordar a polémica em torno da sua entrevista ao Frankfurter Allgemeine Zeitung – que levaram o Governo português a pedir a sua demissão -, para reafirmar que as suas palavras foram mal interpretadas, lamentando que haja quem se tenha sentido insultado.

“Nessa entrevista, defendi que respeitar a moldura acordada entre nós é crucial para manter a confiança e a solidariedade na zona euro. Nos dias que se seguiram, as minhas palavras foram, no entanto, relacionadas com a situação no período da crise e com os países do sul da Europa, e isso é muito lamentável, pois não foi o que disse e, certamente, não era o que eu queria dizer. Os anos da crise tiveram impacto nas sociedades por toda a zona euro e União, com grandes custos sociais, e a solidariedade foi justificada”, declarou.

Nessa entrevista, defendi que respeitar a moldura acordada entre nós é crucial para manter a confiança e a solidariedade na zona euro.

Jeroen Dijsselbloem

Presidente do Eurogrupo

Na entrevista em causa, concedida em março ao jornal alemão, Dijsselbloem declarou que não se pode pedir ajuda depois de se gastar todo o dinheiro em álcool e mulheres, o que provocou uma onda de indignação, tendo mesmo o Governo de António Costa reclamado a sua demissão, por entender que o ministro holandês não tem condições para continuar à frente do fórum de ministros das finanças da zona euro.

“A forma como me expressei ofendeu alguns e, por isso, lamento muito. Obviamente que nunca foi minha intenção ofender ninguém. Trabalhei ao longo dos últimos quatro anos com vista a unir mais a zona euro, e a última coisa que quero é criar novas divisões”, acrescentou Dijsselbloem.

A forma como me expressei ofendeu alguns e, por isso, lamento muito. Obviamente que nunca foi minha intenção ofender ninguém. Trabalhei ao longo dos últimos quatro anos com vista a unir mais a zona euro, e a última coisa que quero é criar novas divisões.

Jeroen Dijsselbloem

Presidente do Eurogrupo

No início de abril, por ocasião de uma visita oficial ao Luxemburgo, o primeiro-ministro António Costa voltou a defender que Jeroen Dijsselbloem não tem a “menor condição” para continuar a presidir ao Eurogrupo, e lamentou que o político holandês nem sequer se retrate das ofensas dirigidas aos países do sul.

“O presidente do Eurogrupo deve ser um mobilizador, e não um fator de divisão. O senhor Dijsselbloem já mostrou por diversas vezes que não é capaz de ser um mobilizador, e desta vez foi particularmente ofensivo relativamente aos países do sul. E, falando muito francamente, pior do que ele disse ao [jornal] Frankfurter Allgemeine Zeitung, são as explicações que tentou dar, pois demonstraram que ele não compreende o que fez e como ofendeu profundamente os povos do sul da Europa”, declarou o chefe de Governo.

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Governo e privados discutem solução para o malparado em Bruxelas

  • ECO
  • 27 Abril 2017

Governo e privados reuniram com a Direção-Geral da Concorrência, em Bruxelas, para discutir com as autoridades europeias uma solução para o crédito malparado.

Em meados de fevereiro, o Governo e consórcio privado chefiado por António Esteves, o ex-partner do Goldman Sachs reuniram com a Direção-Geral da Concorrência em Bruxelas para discutir com as autoridades europeias uma solução pública e privada para resolver o problema do crédito malparado que não seja considerada uma ajuda de Estado, avança o Público (acesso condicionado).

Em Portugal, a banca tem cerca de 30 mil milhões de euros em crédito malparado e desde 2016 que o Executivo está a estudar uma solução para o problema dos ativos tóxicos. Mas o processo já falhou o prazo apontado pelo primeiro-ministro para estar concluído — dezembro de 2016. A problema é não só encontrar capital para financiar um mecanismo que adquira estes ativos, ainda que com uma forte desvalorização, mas também a resistência do Governo em entregar a limpeza do sistema a fundos especulativos, avança o Público.

Depois do encontro exploratório na DGComp houve algumas conversas informais com os principais grupos portugueses cujos balanços são penalizados pelo malparado (non performing loans, NPL, na sigla em inglês). CGD, o BCP, o Novo Banco e o Montepio concentram a maior parte do crédito problemático e por isso revelaram interesse, segundo o Público, em aderir à solução que está ser desenhada.

Segundo o Público, o ministro das Finanças fez-se representar no encontro pelo seu adjunto Rodrigo Castro e Nunes — o ex-diretor adjunto do Departamento de Tesouraria e Financeiro do BES foi nomeado adjunto de Mário Centeno num despacho de 13 de março, mas com efeitos a partir de fevereiro de 2017. E com António Esteves foi Jorge Marrão, da Deloitte, Miguel Mendes Pereira e Paula Gomes Freire, advogados da Vieira de Almeida, que apoiam o consórcio internacional. Na reunião, participaram também dois técnicos da Representação Permanente de Portugal junto da União Europeia (REPER), acrescenta o jornal.

Recorde-se que a Vieira de Almeida, a Deloitte, em conjunto com António Esteves, antigo partner do Goldman Sachs, estão dispostos a pagar 15 milhões de euros para resolver os cerca de 30 mil milhões de euros de crédito malparado que a banca nacional detém, avançou o Público em janeiro. Em outubro do ano passado, com base em informação prestada na altura por fontes próximas do processo, o ECO já tinha apurado que este mesmo consórcio tinha avançado com uma proposta ao Governo e ao Banco de Portugal para retirar a carteira de malparado do sistema bancário português.

O Público sublinha ainda que no encontro não esteve nenhum membro do grupo liderado por Vítor Escária, encarregue pelo primeiro-ministro de “desenhar o mecanismo político para fechar o dossiê do crédito malparado”,e do qual também fazem parte Diogo Lacerda Machado, Esmeralda Dourado e Pedro Siza.

 

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IMI: Fisco suspende imposto a cinco mil casas

  • ECO
  • 27 Abril 2017

As notas de pagamento estão atrasadas para certificar se que algumas casas reavaliadas são abrangidas pela cláusula de salvaguarda que impede um aumento drástico de ano para ano.

A conta do IMI costuma ter de ser paga em abril mas a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) suspendeu o pagamento do imposto em cinco mil imóveis, escrevem esta quinta-feira o Diário de Notícias e o Dinheiro Vivo, em casos em que tinha havido pedidos de reavaliação. O objetivo é saber, antes de cobrar o imposto, se os contribuintes que pediram a reavaliação estão abrangidos pela nova cláusula de salvaguarda que impede um aumento de mais de 75 euros ou de um terço da diferença em relação ao imposto do ano anterior.

A suspensão do imposto quando o valor patrimonial da casa não está consolidado está prevista nas regras da AT, mas segundo o DN/Dinheiro Vivo todos os pedidos de reavaliação efetuados em 2016 passam a ser abrangidos pela suspensão, para ter a certeza de quais os casos que são afetados pela cláusula de salvaguarda.

Se o pedido de reavaliação tiver sido efetuado através do Modelo 1 e com efeitos a 2016, a cobrança do IMI fica assim suspensa até que se conheçam mais pormenores. Segundo disse ao DN/Dinheiro Vivo o especialista da DecoProteste António Ernesto Pinto, a decisão faz sentido porque, segundo o regime anterior, primeiro era feito o pagamento e depois o acerto, e agora a lógica inverteu-se.

“Imaginemos uma pessoa que com o VPT antes da atualização tinha 400 euros de IMI, mas que com o novo VPT vê o imposto baixar para 300 euros. O que acontecia é que pagava agora a parte devida e na fase seguinte [neste caso em novembro] seria feito um acerto. Agora, nos casos em que houve pedido de atualização mas este não foi repercutido em tempo útil no cálculo do imposto, as notas de liquidação são suspensas”, explicou.

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Bolsa nacional abre a cair com quase tudo no vermelho

  • Marta Santos Silva
  • 27 Abril 2017

Dos 19 títulos negociados na bolsa lisboeta, só seis abriram a subir. A Pharol liderava o mergulho, e o petróleo a negociar negativamente levava consigo as energéticas.

O PSI-20 abriu esta manhã a cair mais do que meio por cento. O índice de referência nacional caía 0,6% para os 5025,81 pontos à hora de abertura, com a maior parte das cotadas a negociar no vermelho, sendo arrastado para baixo principalmente pela Pharol.

 

A Pharol liderava as quedas na bolsa lisboeta à abertura, a cair mais de 4%. Menos de 20 minutos depois da abertura, já derrapara para cair 7,14%, para os 25 cêntimos, com tendência descendente. Também a cair mais do que um ponto percentual estavam os CTT.

CTT caem mais de 1% à abertura

A tendência de queda abrangeu ainda as energéticas. À medida que o petróleo, tanto em Nova Iorque como em Londres, negociava no vermelho, depois de ter atingido ontem mínimos de quase um mês, a EDP, a EDP Renováveis e a Galp sentiam na pele a falta de confiança neste setor. Hoje, encontram-se em Paris alguns ministros da energia de países da OPEP para falar sobre a política de cortes que tinha como objetivo impedir estas quedas de preço.

A queda do PSI-20 à hora de abertura era a mais acentuada, mesmo num cenário misto nas principais praças europeias, onde Madrid e Paris caíam enquanto a DAX de Frankfurt subia. O índice europeu Stoxx 600 abriu a subir 0,47% para os 388,73 pontos.

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Marcelo já não vê a banca como principal prioridade

  • ECO
  • 27 Abril 2017

Os problemas do sistema financeiro português estão a ser "resolvidos paulatinamente", com exceção da questão do crédito malparado, diz o Presidente da República.

Marcelo Rebelo de Sousa via, há um mês, três problemas fundamentais na banca portuguesa, mas agora acredita que essas questões estão a ser resolvidas e o sistema financeiro deixou de ser a sua principal preocupação, segundo afirmou numa entrevista à Antena 1, a ser transmitida esta manhã, já divulgada em parte pelo Público (edição impressa).

O Presidente da República tinha destacado anteriormente preocupações com a venda do Novo Banco, a restruturação do modelo de supervisão do sistema bancário, e o crédito malparado, mas agora acredita que as primeiros duas estão a resolver-se “paulatinamente”, enquanto a terceira “é uma questão que tem a ver com a situação europeia em geral, e a Europa tem empurrado para a frente uma atitude”, lê-se no Público. O Presidente preocupa-se agora com o crescimento.

Em excertos da entrevista transmitidos esta manhã pela RTP1, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou a importância de pôr a economia a crescer para resolver os restantes problemas do país: “É o crescimento que, através da redução do défice, vai permitir ir reduzindo a dívida” e também enfrentar questões ligadas à “justiça social, endividamento público, ou emprego”.

O Presidente da República aproveitou ainda para criticar a abstenção na democracia portuguesa, como noutros países: “É um dos problemas graves das democracias modernas”, afirmou, acrescentando que as pessoas podem mesmo optar por ir às urnas e votar em branco ou escolher uma opção menos popular. Sem votar, o contribuinte “está a criar a situação de que depois se queixa”.

Sobre se veria com bons olhos alterações ao sistema eleitoral, Marcelo Rebelo de Sousa disse que a Constituição tem margem para que isso seja feito, e disse que antes de ser Presidente da República era a favor de uma redução do número de deputados, uma opinião que, na sua nova condição, prefere não exprimir.

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Analistas esperam que BCE mantenha hoje taxas de juro

  • Lusa
  • 27 Abril 2017

As declarações que acompanham a decisão poderão revelar-se menos negativas quanto à avaliação dos riscos relativos ao crescimento. Política monetária deverá manter-se.

O Banco Central Europeu (BCE) deverá manter as taxas de juro de referência para a zona euro na sua reunião de hoje, em Frankfurt, segundo os analistas ouvidos pela Lusa.

De acordo com a analista financeira do banco BPI Teresa Gil Pinheiro, a expectativa é de que a política monetária do BCE se mantenha, mas as declarações que acompanham a decisão “poderão revelar-se menos negativas quanto à avaliação dos riscos relativamente à evolução da atividade”.

“O comportamento da inflação em março será um fator que permitirá ao banco central reforçar a afirmação de que serão precisos sinais claros de aceleração dos preços antes que o banco central considere introduzir alterações na política monetária”, acrescentou.

"O comportamento da inflação em março será um fator que permitirá ao banco central reforçar a afirmação de que serão precisos sinais claros de aceleração dos preços antes que o banco central considere introduzir alterações na política monetária.”

Teresa Gil Pinheiro

Analista BPI

Para o economista do banco Carregosa Rui Bárbara, a reunião do BCE vai ser um “non-event”, sem decisões para anunciar e sem surpresas.

O presidente do BCE, Mario Draghi não se deverá “afastar do que têm sido as suas intervenções este ano”, disse.

Segundo o economista, depois de o BCE já ter reduzido o montante das compras mensais de ativos para 60 mil milhões de euros, resta a Draghi “ganhar tempo e continuar a tecer considerações sobre o tempo que ainda vai precisar antes que a política de estímulos possa ser retirada”.

"[Resta a Draghi] ganhar tempo e continuar a tecer considerações sobre o tempo que ainda vai precisar antes que a política de estímulos possa ser retirada.”

Rui Bárbara

Economista do Banco Carregosa

Também de acordo com o gestor de ativos da Orey iTrade, José Lagarto, o BCE deverá deixar inalterada a sua política monetária, “mantendo o discurso de um programa de compra de ativos para ser levado para já até finais deste ano e com a manutenção dos níveis atuais das taxas de juro”.

O responsável lembrou que Mário Draghi, no seguimento dos rumores que apontavam para um aperto na política flexível do BCE, veio referir ao mercado que não havia qualquer razão para existir uma reavaliação da atual política monetária e que tudo iria manter-se exatamente como definido previamente.

De acordo com o BCE, sublinhou, “a normalização da política monetária existirá quando estejam reunidas as condições necessárias para a manutenção da estabilidade de preços na zona euro, pelo que na próxima reunião poderemos voltar a ver um BCE a reiterar as anteriores declarações, esperando por sinais concretos de consumo e uma evolução positiva sustentada da inflação”.

"A normalização da política monetária existirá quando estejam reunidas as condições necessárias para a manutenção da estabilidade de preços na zona euro.”

José Lagarto

Gestor de ativos da Orey iTrade

Por sua vez, o gestor da corretora XTB Eduardo Silva considerou que os desenvolvimentos mais recentes a nível europeu, como as eleições francesas, devem levar Draghi a ter “um discurso bastante mais cuidado do que na reunião de março, onde se mostrou mais otimista do que o esperado”.

"[O BCE deverá] resistir à pressão de anunciar que o programa de compra de dívida tem os dias contados, no momento em que o mercado sentir que a política monetária se vai inverter, ”

Eduardo Silva

Gestor da corretora XTB

Além disso, afirmou o gestor, o BCE deverá “resistir à pressão de anunciar que o programa de compra de dívida tem os dias contados, no momento em que o mercado sentir que a política monetária se vai inverter, o euro vai valorizar-se fortemente, os periféricos vão sentir maiores dificuldades de financiamento e as ações das maiores exportadoras vão sentir a pressão do mercado”.

A principal taxa de refinanciamento do BCE está em 0%, um mínimo histórico fixado em março de 2016.

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Lucros do BBVA, Bankinter, Deutsche Bank e Lloyds disparam

Tanto o Lloyds Bank como o Deutsche Bank mais do que duplicaram os lucros nos primeiros três meses do ano. No BBVA o aumento foi de 69% e, no Bankinter, foi de 18,7%.

Os três primeiros meses do ano foram francamente positivos para alguns dos principais bancos europeus. Os lucros do Lloyds Bank e do Deutsche Bank tiveram aumentos superiores a 100% já os do BBVA subiram 69%. Também as receitas registaram uma evolução positiva, com exceção do banco alemão que teve uma queda de 9% neste indicador.

O banco espanhol BBVA BBV 0,00% apresentou esta quinta-feira um lucro de 1,199 mil milhões de euros no período compreendido entre janeiro e março. É um crescimento de 69% em relação ao mesmo período de 2016, indica o jornal El Español. As receitas chegaram aos 6,38 mil milhões de euros, segundo a Bloomberg. A instituição financeira sedeada em Bilbau justifica o bom desempenho, essencialmente, com o aumento das receitas e redução dos gastos operacionais.

Os lucros fixam-se, assim, ligeiramente acima das estimativas de 1,11 mil milhões de euros invocadas pelos analistas. O rácio de crédito malparado desceu para 4,8% em relação aos 4,9% em dezembro, com a cobertura a aumentar ligeiramente para 71%. Os resultados foram apresentados esta quinta-feira, antes da abertura dos mercados.

Acima de tudo, é o melhor dos últimos sete trimestres do BBVA, com o grupo a beneficiar, além disso, do crescimento das receitas em mercados como o México e a Turquia. Neste último, os lucros aumentaram 20% enquanto no México dispararam 10%. O mercado mexicano representa 40,6% dos lucros do BBVA.

De facto, Francisco Gonzalez, chairman do grupo, tem vindo a apostar no crescimento do mercado turco, tendo aumentado a sua posição no Turkiye Garanti Bankasi para 49,85% com uma compra de ações no valor de 906 milhões de euros em fevereiro, indica a Bloomberg. É no crescimento dos mercados emergentes, bem como na contenção de custos de exploração, que o BBVA aposta para contrabalançar a queda nas taxas de juro e a baixa na procura por crédito em Espanha.

Deutsche Bank com receitas abaixo do esperado

Outro banco a prestar contas trimestrais foi o Deutsche Bank 0,00% . A instituição alemã apresentou receitas na ordem dos 7,3 mil milhões de euros, abaixo dos 8,05 mil milhões de euros estimados pelos analistas da Reuters. É, além disso, uma queda de 9% nas receitas em relação ao mesmo período do ano passado.

Em contrapartida, os lucros aumentaram para 575 milhões de euros entre janeiro e março, comparando com os 236 milhões alcançados no mesmo trimestre em 2016, de acordo com a CNBC. Como recorda o canal norte-americano, estas são as primeiras contas do banco desde o aumento de capital de 8,5 mil milhões de euros efetuado este mês.

“Estou satisfeito com o nosso início de 2017. O engajamento dos clientes é forte, os fluxos de ativos estão a circulam pelo banco e a atividade está a ganhar ritmo. Os esforços de redução dos custos estão a começar a valer a pena e reduzimos significativamente a complexidade”, disse John Cryan, presidente executivo do Deutsche Bank, citado pela CNBC.

Esta quarta-feira, o Deutsche Bank alertou para o facto de 4.000 empregos no Reino Unido estarem na iminência de serem transferidos para Frankfurt e para outras localizações na União Europeia, por causa do Brexit. A notícia foi avançada pelo The Guardian, que recorda que o banco alemão emprega 9.000 pessoas no país.

Lloyds mais do que duplica lucros

Também o Lloyds Bank, liderado por António Horta Osório, apresentou resultados esta quinta-feira: o banco inglês mais do que duplicou lucros no primeiro trimestre do ano, de acordo com o The Telegraph. Mais propriamente, a instituição apresentou lucros antes dos impostos na ordem dos 1,5 mil milhões de euros (1,3 mil milhões de libras), valor que compara com os cerca de 769 milhões de euros registados no período homólogo (654 milhões de libras).

O valor surge numa altura em que o Governo britânico se prepara para vender o restante 1,4% do capital que ainda possui na instituição, uma operação de saída gradual que começou em 2013 e remonta à crise de 2008/2009, altura em que o Estado se viu obrigado a injetar cerca de 23,3 mil milhões de euros no banco. Na última sexta-feira, o Tesouro Britânico anunciou que já recuperou a totalidade desse montante.

O aumento nos lucros surge mesmo com os 411,6 milhões de euros (350 milhões de libras) que o Lloyds teve pagar como compensações por vendas irregulares relacionadas com seguros. “Nos primeiros três meses deste ano, registámos boa performance financeira com um aumento subjacente dos lucros, uma melhoria significativa nos lucros e receitas estatuários e uma forte geração de capital”, disse António Horta Osório.

Bankinter com performance “sólida”

O Bankinter Group iniciou o ano com uma “sólida performance de negócio”. O banco espanhol contou com lucros de 124,40 milhões de euros entre janeiro e março deste ano, contra os 104,79 milhões registados no ano passado, um crescimento de 18,7%. Os lucros antes dos impostos foram de 171,6 milhões de euros no trimestre, um aumento de 16,3%.

Em comunicado, a instituição lembra, no entanto, que estes são resultados que já incluem dados da operação do Bankinter em Portugal e que não apareciam na mesma prestação de contas efetuada no ano passado, tendo em conta que a compra da unidade do Barclays’ em Portugal só ficou concluída em abril de 2016. Portugal pesou, assim, 3,8 milhões de euros em lucros nas contas do Bankinter e, sem a atividade no país, os lucros fixar-se-iam nos 120,6 milhões de euros.

(Notícia atualizada às 9h22 com mais informação)

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

  • Juliana Nogueira Santos
  • 27 Abril 2017

Do Japão à Europa, o petróleo, as políticas monetárias e os resultados trimestrais das empresas vão marcar o dia nos mercados.

As políticas monetárias estão em destaque na Europa e no Japão, com os respetivos bancos centrais a divulgarem as conclusões das suas reuniões. Em Paris, os ministros da OPEP vão falar da matéria-prima que continua em queda e, no setor empresarial, a banca e as tecnológicas vão apresentar as contas dos primeiros meses do ano. Estas são as cinco coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados.

Será o fim do quantitative easing?

A política monetária seguida pelo Banco Central Europeu (BCE) continua sob ataque, sendo que o último veio do presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, que afirmou que esta tinha de ser abandonada gradualmente. Esta quinta-feira a decisão está do lado do BCE e dos seus responsáveis que se vão reunir e decidir o futuro do programa de estímulos. Mário Draghi divulgará os resultados da reunião por volta das 13h30 (hora de Lisboa).

BOJ também decide política monetária

Também é dia de política monetária no Japão. O Banco do Japão (BOJ) termina esta quinta-feira a reunião de política monetária de dois dias. Com a inflação do país a manter-se abaixo da meta estabelecida — 2% –, prevê-se que Haruhiko Kuroda, o governador do banco central japonês, e os restantes responsáveis não façam qualquer modificação ao programa de estímulos à economia.

Ministros da OPEP juntam-se em Paris

Após o petróleo ter atingido mínimos de quase um mês nesta quarta-feira, alguns dos ministros da energia dos países da OPEP vão marcar presença na International Oil Summit, em Paris. O secretário-geral do cartel, Mohammad Brakindo, e os presidentes da Total e da Saudi Aramco Oil serão oradores num painel que trará alguns detalhes sobre o rumo da política de cortes seguida até agora pela OPEP.

Será que abril trouxe confiança aos consumidores europeus?

A Europa vive um período de incerteza política com a nuvem do populismo a aproximar-se cada vez mais. No rescaldo da primeira volta das eleições francesas e ainda sem se saber que rumo tomará o Brexit, o Eurostat divulga o índice de confiança do consumidor relativo a este mês que está prestes a acabar. A Alemanha vai também publicar o índice de preços no consumidor relativos ao mesmo período

Banca e tecnológicas apresentam resultados

Esta quinta-feira é dia de resultados das empresas. O Deutsche Bank e o Bankinter vão apresentar as contas dos primeiros três meses do ano, sendo que o primeiro arrancou no passado mês de março com aumento de capital no valor de 8 mil milhões de euros.

No campo da tecnologia, os olhos vão estar postos na empresa-mãe da Google, a Alphabet, na Microsoft e na Amazon que também apresentarão resultados.

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Menos investimento que em Portugal só na Grécia e Porto Rico

O FMI fez a compilação dos países desenvolvidos onde há mais investimento, público e privado, e Portugal não sai bem na fotografia. Algo que não está a passar despercebido no Parlamento.

Entre as economias desenvolvidas, o nível de investimento de 2016 em Portugal, em percentagem do PIB, foi apenas superior ao da Grécia e do Porto Rico. Na Irlanda, Noruega e Coreia do Sul o investimento público e privado chega quase aos 30% do PIB. Em Portugal a percentagem é metade, tendo diminuído de 15,4% em 2015 para 14,8% em 2016, o mesmo nível de 2013. Só Porto Rico e Grécia — 8,2% e 9,8%, respetivamente — é que tiveram menos investimento no ano passado. Estes dados constam da base de dados do Fundo Monetário Internacional, que foi atualizada com as informações do Fiscal Monitor e do World Economic Outlook.

Investimento total, em percentagem do PIB, na Zona Euro

Investimento em percentagem do PIB.

Já muita tinta correu sobre a queda do investimento público em Portugal no ano passado: das críticas do FMI e de um colunista da Bloomberg até à constatação do Conselho de Finanças Públicas de que este tinha sido o nível de investimento público, em percentagem do PIB, mais baixo desde 1995. Contudo, também a totalidade do investimento (público e privado) realizado em território nacional diminuiu, tendo regressado aos 14,8% do PIB que se verificou em 2013, numa altura em que o país ainda estava a executar o Programa de Ajustamento.

Também no Parlamento o tema é quente e não passa despercebido. No debate quinzenal desta quarta-feira, o líder da oposição Pedro Passos Coelho confrontou o primeiro-ministro com aquilo que disse ser um corte no investimento público usado como “variável de ajustamento económico”. António Costa justificou essa quebra com “um problema grave de transição de quadros comunitários, que fez com que o investimento tivesse sofrido uma redução significativa”, mas assinalou ainda que no arranque deste ano o investimento público já aumentou 21% “relativamente ao do ano transato”.

E António Costa não se ficou por aqui, sublinhando ainda mudanças positivas no investimento privado. A melhoria do clima económico, afirmou, levou a uma consolidação do investimento privado em 2016 que “resultou em criação de emprego”. Na Assembleia da República, o primeiro-ministro tirou os números da manga: “Para este ano temos a melhor estimativa de investimento privado dos últimos nove anos“, disse, citando o INE, e dando exemplos concretos — 15% de aumento no investimento em máquinas, 6% de aumento no investimento em construção, ambos relativamente ao primeiro trimestre de 2017 e em termos homólogos.

Apesar dos valores que mostram uma queda do investimento (público e privado) é preciso ressalvar que, em volume, o investimento ficou praticamente inalterado. Depois de uma recuperação gradual até aos 27.417 milhões em 2015, o investimento total fixou-se nos 27.400 milhões em 2016. Apesar da descida, em volume, ter sido de apenas 17 milhões, como o Produto Interno Bruto cresceu 1,4%, o investimento em percentagem do PIB desceu dos 15,3% para os 14,8%.

Uma análise à série apresentada pelo FMI revela que, exceto 2013, o investimento total em Portugal, em percentagem do PIB, em 2016, foi o menor desde 1980.

Em comparação com os países da Zona Euro, Portugal é o segundo pior, ainda que esteja longe do país com menor nível de investimento. Chama-se Grécia e em 2016 teve um investimento de 9,8%, o mesmo que já tinha registado em 2015. No outro lado da tabela está a Irlanda com 28,8% de investimento em percentagem do PIB, seguido pela Estónia (23,8%), Áustria (23,7%), Malta (22,9%) e Bélgica (22,4%).

Há um ano, também o Chipre tinha um nível de investimento menor do que o português, mas houve uma inversão em 2016. Em Portugal o investimento, em percentagem do PIB, contraiu e no Chipre aumentou passando de 13,9% em 2015 para 15,5% em 2016. Perto destes números estão países como a Lituânia (15,8%), Itália (17%), Alemanha (19,1%) e a Eslovénia (19,6%).

Entre aquelas que são consideradas economias avançadas pelo FMI, à Grécia apenas se acrescenta o Porto Rico que registou 8,2% de investimento em 2016. Pela positiva destacam-se a Irlanda (28,8%), Noruega (29%) e Coreia do Sul (29,2%).

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Cinema a dois euros e meio? Sim, mais de 10 mil sessões

  • Lusa
  • 26 Abril 2017

Cinemas por todo o país vão receber sessões a apenas 2,50€ entre os dias 22 e 24 de maio, as datas marcadas para a Festa do Cinema de 2017.

A terceira edição da Festa do Cinema promete mais de dez mil sessões de cinema em todo o país a 2,5 euros entre os dias 22 e 24 de maio, revelou hoje a organização.

No início de abril já tinham sido anunciadas as datas desta terceira edição, revelando-se agora que “o maior evento promocional cinematográfico alguma vez ocorrido em Portugal” contará com mais de dez mil sessões de cinema, “com bilhetes a 2,50 euros, para todos os filmes em exibição”.

Organizada pela Associação Portuguesa de Empresas Cinematográficas, no ano passado a Festa do Cinema registou 172.743 espectadores. Na primeira edição, em 2015, contou com cerca de 200.000 espectadores.

O lançamento da Festa do Cinema 2017 acontecerá no dia 15 de maio, no Cineteatro Capitólio, em Lisboa, com a antestreia do filme português “Perdidos”, de Sérgio Graciano, e com o debate “Como criar mais hábito de consumo na sétima arte”.

No debate estarão presentes, entre outros, a presidente do Instituto do Cinema e Audiovisual, Filomena Serras Pereira, a coordenadora do Plano Nacional de Cinema, Elsa Mendes, o produtor e realizador Leonel Vieira, a administradora da NOS Lusomundo Audiovisuais, Susana Barbato, e o diretor da exibidora UCI Cinemas, Nuno Sousa.

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Fisco britânico lança megaoperação antifraude no futebol

  • Lusa
  • 26 Abril 2017

Houve "várias detenções" no âmbito da operação, que envolverá alegadas fraudes que ascenderão aos cinco milhões de libras.

A administração fiscal britânica lançou hoje uma megaoperação antifraude que levou à realização de “várias detenções” no futebol profissional no Reino Unido e em França. De acordo com a agência France Presse, em causa estão alegadas fraudes no valor de cinco milhões de libras (5,9 milhões de euros).

A operação, que envolveu 180 agentes em França e no Reino Unido e a apreensão de documentos, computadores e telemóveis, envolveu clubes como o West Ham e o Newcastle, adiantou a imprensa. A pedido das congéneres britânicas, as autoridades francesas fizeram mais uma dezena de inquirições, tendo colocado quatro suspeitos em prisão preventiva.

Em causa está a suspeita de crimes de fraude fiscal agravada e branqueamento, cometidos por ocasião da transferência de vários jogadores de futebol entre clubes franceses e da ‘Premier League’ inglesa.

As autoridades britânicas suspeitam, em concreto, de “pagamentos ocultos” a certos jogadores, agentes e terceiros, destinados a escapar ao pagamento de impostos. Questionados pela imprensa, responsáveis do West Ham afirmaram apenas que o clube irá “cooperar com a administração fiscal no seu inquérito”.

O Chelsea, líder do campeonato inglês, confirmou também que foi também contactado no âmbito da investigação, mas que foi solicitada apenas “informação” ao clube londrino.

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