Presidente do Banco Mundial: “As criptomoedas são esquemas Ponzi”

Jim Yong Kim, presidente do Banco Mundial, diz ainda que a instituição que lidera está a olhar com muita atenção para a tecnologia blockchain. Destaca o papel que pode ter no combate à corrupção.

São crescentes as vozes a alertarem para os riscos do investimento em criptomoedas. O presidente do Banco Mundial é mais um exemplo. Jim Yong Kim comparou o fenómeno das criptomoedas a um esquema Ponzi.

“No que respeita à utilização de algumas das criptomoedas, também estamos a olhar para isso, mas considero que a grande maioria das criptomoedas são basicamente esquemas Ponzi”, afirmou Jim Yong Kim, na quarta-feira, num evento em Washington, citado pela Bloomberg.

O responsável máximo do Banco Mundial disse, contudo, que a instituição que lidera está a “olhar com muito cuidado” para a tecnologia blockchain, alertando para os méritos que esta pode ter. Nomeadamente a sua utilização nos países em desenvolvimento, ao permitir “seguir o dinheiro de forma mais efetiva” e reduzir a corrupção, defende Jim Yong Kim.

A comparação das moedas virtuais a esquemas Ponzi já tinha sido feito por outros responsáveis. Na passada terça-feira também Agustin Carstens, presidente do Banco Internacional de Pagamentos (BIS), veio defender que os bancos centrais devem estar preparados para agir contra as criptomoedas, de forma a evitar que estas se transformem em “parasitas” do sistema financeiro. Para Agustin Carstens, as criptomoedas são “uma combinação de bolha, esquema de Ponzi e desastre ambiental”, já que a minagem (servidores que geram moeda) consome níveis elevados de energia.

Os alertas para o risco associado têm-se concentrado nos últimos dias, período que tem sido marcado pela elevada volatilidade da bitcoin. A moeda virtual perdeu em poucos dias perto de dois terços de valor face ao máximo histórico de meados de dezembro, tendo chegado a negociar abaixo dos 6.000 dólares.

Nesta sessão, a criptomoeda segue a recuperar 1,31%, para os 8.162 dólares.

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Descongelamento de carreiras vale salto de dois escalões remuneratórios em algumas autarquias

  • ECO
  • 8 Fevereiro 2018

Os trabalhadores de algumas câmaras municipais, com o descongelamento de carreiras e o aumento do salário mínimo, vão subir dois escalões remuneratórios.

O descongelamento de carreiras valeu aos trabalhadores de várias autarquias um salto de até duas posições remuneratórias. A notícia foi avançada, na quarta-feira, pela Federação dos Sindicatos da Administração Pública, segundo cita o Diário de Notícias. Entre os municípios que tomaram essa decisão está o de Lisboa e vários outros da região centro do país.

Em causa estão os funcionários públicos integrados na carreira de assistente operacional (motoristas, telefonistas, auxiliares de educação e de ação médica), que ganhavam o salário mínimo nacional. Regra geral, o descongelamento das carreiras teria significado para estes trabalhadores um acréscimo de 3,58 euros no final do mês, mas há autarquias que optaram por os colocar no escalão remuneratório seguinte, entregando-lhes mensalmente 635,07 euros.

Os sindicatos consideram estes casos injustos e exigem respostas do Executivo. As câmaras, por sua vez, justificam a escolha com a regra que prevê que os funcionários — quando colocados em posições virtuais e no caso do aumento salarial ser inferior a 28 euros — avancem para a posição seguinte da Tabela Remuneratória Única.

Neste cenário de confusão, as boas notícias são que o Orçamento do Estado para este ano estabelece como meta a aprovação de legislação “própria que promova a correção de distorções na tabela remuneratória da carreira geral de assistente operacional, designadamente, das que resultem das sucessivas atualizações da retribuição mínima mensal garantida”.

O processo de descongelamento das carreiras foi iniciado este ano pelo Governo, mas a aplicação desta medida tem registado alguns atrasos.

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Novas regras do IES só entram em vigor no segundo semestre

  • ECO
  • 8 Fevereiro 2018

Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais informou, através de um despacho, que as novas regras da Informação Empresarial Simplificada só entrarão em vigor no segundo semestre deste ano.

Afinal, as novas regras de facilitação no preenchimento da Informação Empresarial Simplificada (IES) serão implementadas de forma faseada e só a partir do segundo semestre deste ano. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais através de um despacho, avançou, esta quinta-feira, o Jornal de Negócios (acesso pago).

O despacho do secretário de Estados dos Assuntos Fiscais vem esclarecer que “não serão propostas alterações aos formulários em vigor para a IES relativas ao exercício de 2017″ e deixa a nota de que a Autoridade Tributária e Aduaneira deverá “desenvolver as alterações necessárias à implementação, no segundo semestre de 2018, das medidas de simplificação”.

Deste modo, só quem entregar a IES a partir de julho beneficiará das novas regras. Até lá, quem estiver obrigada ao prazo habitual (isto é, até 15 de julho) deverá ainda usar os formulários em vigor para 2016 e recorrer aos anexos A e I de 2017.

A IES é uma medida criada em 2007 que permite às empresas cumprirem múltiplas obrigações declarativas que respeitam às suas contas anuais num único ato. O formulário é preenchido e enviado de forma eletrónica para a conservatória do registo comercial, a administração tributária, o INE e o Banco de Portugal.

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Lisboa em queda ligeira. EDP Renováveis e Galp condicionam

A praça lisboeta segue em queda, condicionada pelo deslize em torno de 1% das ações da EDP Renováveis e da Galp Energia. Lisboa segue pares europeias.

A bolsa nacional arrancou em terreno negativo, a corrigir da subida de mais de 2% da sessão anterior. A praça lisboeta está a ser condicionada pelo deslize em torno de 1% das ações da EDP Renováveis e da Galp Energia.

O PSI-20 iniciou a sessão a desvalorizar uns ligeiros 0,05%, para os 5.440,96 pontos, perdas que entretanto estendeu para perto de 0,5%, acompanhando o rumo dos pares europeus que também seguiam no vermelho.

A Galp Energia é um dos títulos que mais condiciona o rumo da praça lisboeta, com as suas ações a recuarem 1,03%, para os 14,855 euros. A empresa liderada por Carlos Gomes da Silva acompanha as cotações do petróleo que também seguem em queda nos mercados internacionais. No mesmo sentido segue a EDP Renováveis, com as suas ações a deslizarem 0,86%, para os 6,935 euros.

No setor energético, a EDP é o único destaque positivo. As ações da EDP Seguem a valorizar uns ligeiros 0,07%, para os 2,731 euros, depois de a elétrica ter anunciado que realizou um investimento na Aperio Systems, uma empresa de ciber segurança israelita. A operação foi feita em conjunto com dois fundos de capital de risco: a Data Point Capital e a Scopus Ventures. O investimento foi de 4,5 milhões de dólares.

A tendência de quedas das energéticas é acompanhada pelo BCP que tem os seus títulos a deslizarem 0,69%, para os 30,29 cêntimos, condicionando assim também o PSI-20

Em queda, referência também para a Navigator. As suas ações recuam 0,52%, para os 4,212 euros, depois de a papeleira ter anunciado uma quebra dos seus resultados no ano passado. A Navigator viu os seus lucros caírem 4,5% em 2017, para 207,8 milhões de euros, resultado que foi condicionado por resultados não recorrentes positivos registados no ano anterior.

Em terreno positivo, para além da EDP, destaque apenas para mais dois títulos: a Ibersol e os CTT. Os títulos dos CTT encabeçam nas subidas, com as suas ações a valorizarem 0,48%, para os 3,366 euros.

(Notícia atualizada às 8h25 com mais informação e novas cotações)

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Navigator sobe nas vendas mas não compensa nos lucros em 2017

A papeleira terminou 2017 com lucros de 207,8 milhões de euros, 4,5% abaixo do registado no período homólogo. Quebra de lucros reflete efeitos de impostos que beneficiaram empresa em 2016.

O negócio da pasta, energia e tissue cresceu, mas os lucros caíram. Este é o balanço da atividade da Navigator que no ano passado viu os seus lucros reduzirem-se em 4,5%, para perto de 208 milhões de euros, sofrendo o impacto de resultados recorrentes positivos registados em 2016. O último trimestre do ano o resultado líquido da empresa caiu 26%, para 62 milhões de euros, penalizado pelo impacto dos incêndios.

A papeleira terminou 2017 com lucros de 207,8 milhões de euros, 4,5% abaixo dos 217,5 milhões que se verificaram no ano anterior, revelou a empresa em comunicado enviado à CMVM. Na prestação de contas, a Navigator salienta a “evolução positiva do volume de negócios (+4%) com forte crescimento dos negócios de pasta, energia e tissue“. O volume de negócios da Navigator fixou-se em 1.636,8 milhões de euros no ano passado, o que compara com 1.577,4 milhões de euros registados em 2016.

O valor das vendas de pasta cresceram 19%, beneficiando do aumento do volume e do preço, enquanto as vendas de energia elétrica aumentaram 13%, em valor. Já o valor das vendas de tissue crescerem 10%.

Neste contexto, o EBITDA da empresa subiu 1,6%, dos 397,4 milhões para 403,8 milhões de euros.

A papeleira justifica a quebra de resultados em 2017 com efeitos não recorrentes que tinham afetado positivamente os lucros de 2016. “Importa referir que os resultados líquidos de 2016 beneficiaram de reversão de provisões para impostos, bem como do efeito do regime extraordinário de reavaliação fiscal que resultaram num valor de impostos positivo de sete milhões de euros, e que compara com um valor negativo de cerca de 40 milhões de euros em 2017″, especifica a Navigator.

Entre os impactos não recorrentes mais significativos relativos ao ano passado, a Navigator salienta os incêndios florestais, estimando que tenham representado um impacto negativo de sete milhões de euros no ano, contabilizado em ativos biológicos. Efeito que foi, contudo, quase compensado pelos recebimentos de indemnizações relativas ao incêndio de Vila Velha de Ródão e ao turbogerador de Setúbal, que no seu conjunto resultaram num valor positivo de 6,5 milhões de euros revela a empresa.

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Hoje nas notícias: Partidos querem fatura detalhada nos combustíveis

  • ECO
  • 8 Fevereiro 2018

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O consenso dos partidos relativamente à necessidade da fatura dos combustíveis ser mais detalhada e o pedido do Tribunal ao SEF e às Finanças de mais informação sobre Carlos Silva marcam o dia de hoje. Destaque também para o adiamento da entrada em vigor das novas regras do IES.

Partidos querem fatura detalhada nos combustíveis

A proposta para tornar a fatura dos combustíveis mais detalhada é comum a vários partidos políticos. PSD, CDS e PAN têm projetos de lei nesse sentido e o PSD já fez uma recomendação para que esses documentos passem a ter mais informação de modo a aumentar a transparência do preço final.

Leia a notícia completa no Negócios (acesso condicionado).

Novas regras do IES adiadas pelas Finanças

Afinal as novas regras de simplificação no preenchimento da Informação Empresarial Simplificada serão implementadas de forma faseada e só a partir do segundo semestre deste ano. O anúncio foi feito pelo secretário de Estados dos Assuntos Fiscais através de um despacho.

Leia a notícia completa no Negócios (acesso condicionado).

Tribunal pede informação sobre Carlos Silva ao SEF e às Finanças

O Banco Privado Atlântico será alvo de uma participação ao Banco de Portugal e à CMVM por desrespeito à justiça. Nesse mesmo caso, o tribunal vai ainda pedir ao SEF e às Finanças informação sobre Carlos Silva, presidente do BPA.

Leia a notícia completa no Jornal i (acesso condicionado).

Um ano depois do roubo das Glock, ainda não há arguidos

Um ano depois de ter sido aberto um inquérito ao roubo de quase seis dezenas de pistolas Glock da sede da PSP, ainda não foram constituídos arguidos. O inquérito interno conclui que o desaparecimento se ficou a dever a “falhas de supervisão e controlo”, não se tendo registado, nesse quadro, consequências disciplinares.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre).

Operação Lex e outros casos abalaram Luís Filipe Vieira

O presidente do Benfica tem estado envolvido em múltiplos casos judiciais, da ‘Operação Lex’ à alegada burla ao BPN. A Polícia Judiciária está agora a investigar Luís Filipe Vieira por suspeitas de corrupção ligada ao clube que dirige e, por isso, encetou uma busca secreta ao Estádio da Luz.

Leia a notícia completa na Sábado (acesso condicionado).

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Câmara de Lisboa quer gerir bairros do IHRU

  • Lusa
  • 8 Fevereiro 2018

Câmara de Lisboa está "a concluir a negociação com o Estado e com o Exército, para ficar "com a ala norte da Manutenção Militar", anunciou FernandoMedina.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, defendeu na quarta-feira que o município deveria assumir a gestão dos bairros que atualmente se encontram sob a alçada do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU).

“A solução de termos bairros geridos pelo IHRU é uma má solução. O IHRU não tem hoje vocação para fazer a gestão de bairros municipais e os bairros deviam ser geridos pela Câmara”, disse Medina.

A solução de termos bairros geridos pelo IHRU é uma má solução. O IHRU não tem hoje vocação para fazer a gestão de bairros municipais e os bairros deviam ser geridos pela Câmara.

Fernando Medina

Presidente da Câmara de Lisboa

Falando na reunião descentralizada que decorreu na noite de quarta-feira, dedicada a ouvir os munícipes das freguesias de Marvila e do Beato, o líder do executivo de maioria socialista afirmou que “há um sentimento de abandono por parte de muitas pessoas que residem aqui, aliás por nem sequer saber onde se dirigem ou a quem se dirigem para pôr os problemas”.

Já sinalizámos ao Governo que temos total empenho, total prioridade em assumir a gestão dos bairros do IHRU, todos. Não é um processo fácil, mas espero que o possamos concluir o mais breve possível, para que eles passem para a Gebalis” – a empresa que gere os bairros municipais -, acrescentou. A questão foi levantada por duas munícipes que apontaram problemas nas suas habitações.

Na resposta, Medina dirigiu-se diretamente às duas mulheres: “assim, vocês queixam-se Câmara, e a verdade é que a Câmara pode dar as respostas que querem ouvir ou até que não querem ouvir, mas pelo menos ouvem uma resposta e sabem com quem estão a falar”. Na opinião do autarca, “é assim que deve funcionar”, para que o município possa “realizar as intervenções necessárias”. “Não vos posso prometer quando, mas posso-vos garantir que estamos a tratar desse processo”, rematou.

Na reunião, Medina anunciou ainda que o município está “a concluir a negociação com o Estado e com o Exército”, para ficar “com a ala norte da Manutenção Militar”. “Queremos que no fim deste mandato aquilo que é uma fábrica deserta, aquilo que é um complexo de edifícios abandonado, se transforme de novo num grande ponto de emprego, num ponto de riqueza, de oportunidades para os jovens, para os comerciantes, para os lojistas, para toda a economia”, precisou o presidente da Câmara.

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Tesla com perdas de 2,2 mil milhões de dólares em 2017

  • ECO e Lusa
  • 8 Fevereiro 2018

A Tesla aumentou as perdas líquidas para os 2,2 mil milhões de dólares em 2017, mais 189,7% do que em 2016. Espera "em algum momento em 2018” começar a gerar receitas operacionais de forma sustentada.

Elon Musk deu mais um passo para se aproximar de Marte ao lançar terça-feira com sucesso o foguetão gigante Falcon Heavy, com um carro Tesla a bordo. Mais um sonho realizado do excêntrico empresário. Mas os resultados da Tesla, em 2017 estão longe de serem de sonho. A empresa aumentou as suas perdas líquidas para os 2,2 mil milhões de dólares em 2017, 189,7% a mais do que em 2016, depois de perder 770 milhões de dólares no último trimestre do ano, informou esta quarta-feira o fabricante de automóveis elétricos.

Ao aumento das perdas ocorreu apesar de as receitas da Tesla aumentarem em 67,9%, para os 11,8 mil milhões de dólares. A Tesla referiu, em comunicado, que “em algum momento em 2018” espera começar a “gerar receitas operacionais trimestrais de forma sustentada”. A empresa explicou que prevê que, com o aumento na produção do Modelo 3 e dos produtos de armazenamento de energia, o crescimento das receitas em 2018 “excederá significativamente” as de 2017.

Tesla também prevê ainda que até o final do primeiro trimestre de 2018 atingirá os níveis de produção do Modelo 3 de 2.500 unidades por semana e que, no final do segundo trimestre, a taxa de produção será de 5.000 unidades por semana. Mas a empresa reconhece que, no passado, teve problemas para cumprir as suas expectativas de produção.

No último trimestre do ano, a Tesla entregou 28.425 unidades do modelo S e modelo X e 1.542 do Modelo 3. Em todo o ano de 2017, a Tesla entregou 103.181 veículos: 101.417 unidades do Modelo S e Modelo X e 1.764 do Modelo 3.

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5 coisas que vão marcar o dia

Moody's está em Lisboa para discutir rating de Portugal. Isto no mesmo dia em que começa a temporada de resultados no PSI-20. São muitos os temas para acompanhar no ECO durante esta quinta-feira.

Começa esta quinta-feira a temporada de resultados no PSI-20. O pontapé de saída é dado pela papeleira Navigator. Entretanto, os analistas da Moody’s, a única das três grandes agências que ainda não tirou Portugal de “lixo”, estão em Lisboa para debater, entre outras coisas, o rating de Portugal. No Parlamento, discute-se a qualidade do emprego criado no país.

Navigator dá o pontapé de saída nos resultados do PSI-20

A papeleira Navigator dá o pontapé de saída na temporada de resultados na bolsa de Lisboa esta quinta-feira. Os analistas sondados pela agência Reuters estimam que a empresa liderada por Diogo da Silveira tenha obtido um lucro de 200,8 milhões de euros no ano passado, uma redução de cerca de 7,7% face a 2016.

Moody’s em Lisboa para antecipar subida do rating?

É a única das três grandes agências de rating do mundo que ainda não colocou Portugal num patamar de investimento de qualidade. A Moody’s está hoje em Lisboa para um encontro com jornalistas e os seus analistas vão debater, entre outros temas, o estado da banca portuguesa e da economia do país. Vão anunciar uma subida do rating?

PS quer debater a emprego. Como vai?

A pedido do PS, os deputados vão debater na Assembleia da Geral a atualidade do país. O repto lançado pelos socialistas é o seguinte: “Mais emprego, melhor emprego“. O debate surge um dia depois de o Instituto Nacional de Estatística ter revelado que a taxa de desemprego caiu para 8,9% em 2017, o nível mais baixo dos últimos nove anos.

Cândida Almeida testemunha no julgamento da Operação Fizz

A procuradora Cândida Almeida, que esteve vários anos à frente do departamento do Ministério Público, testemunha esta quinta-feira em tribunal no julgamento da Operação Fizz, em que Manuel Vicente, o ex-vice-presidente de Angola, é o principal suspeito.

INE tira foto às empresas portuguesas

Quanto produzem? Quantos trabalhadores empregam e quais as suas qualificações? E quanto tiram de lucro? O INE publica esta quinta-feira um retrato das empresas portuguesas em 2016.

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TAP, CTT, PT, Novo Banco ou TDT… Geringonça já quis nacionalizar duas dezenas de empresas

  • ECO
  • 8 Fevereiro 2018

A última proposta foi a do Bloco para se nacionalizar a TDT e o SIRESP. Mas o PS, PCP e BE já propuseram (e por vezes concretizaram) a nacionalização de muito mais empresas. Fomos contá-las.

Se as propostas eleitorais do PS para reduzir temporariamente a taxa social única e para cortar as pensões futuras podiam ter inviabilizado o acordo que hoje dá maioria parlamentar ao Governo, o tema “nacionalizações” não lhes ficava atrás. A 14 de setembro de 2015, a menos de um mês das últimas eleições legislativas, o candidato António Costa enfrentava a adversária Catarina Martins num debate televisivo. Nos minutos finais, dizia à líder do Bloco de Esquerda, sobre a possibilidade de um acordo à esquerda:

"À partida, não excluo ninguém. Tenho é pouca esperança, porque a experiência não tem sido favorável. Pego no programa do Bloco de Esquerda e vejo assim: propõe-se iniciar a nacionalização da banca. Propõe nacionalizar a Galp, a EDP e a REN. E eu pergunto: quanto é que custa começar a nacionalizar a banca, nacionalizar a EDP, a REN e a Galp? (…) O problema com a retórica é este. Temos de ter programas focados nos problemas das pessoas.”

António Costa, primeiro-ministro

Em debate com Catarina Martins, líder do Bloco de Esquerda

A falta de esperança desvaneceu-se e o Governo liderado por António Costa até já foi responsável pela reversão de cinco privatizações feitas no tempo de Pedro Passos Coelho. Teria revertido muitas mais, se atendesse à vontade dos parceiros à esquerda, e mesmo da do PS. Desde que a atual solução governativa está no poder, PS, PCP e Bloco de Esquerda já propuseram a nacionalização de mais duas dezenas de entidades, a última ainda na semana passada. O BE apresentou uma proposta de lei para nacionalizar a gestão da rede básica de telecomunicações, onde se inclui a televisão digital terrestre (TDT) e o Sistema Integrado para a Rede de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP).

A Altice ficou de tal forma indignada com a proposta que pediu uma audição a Eduardo Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República. A dona da PT tem andado desatenta: não só não é a primeira vez que a esquerda propõe alterações à gestão da TDT ou do SIRESP, como há mesmo projetos para trazer toda a estrutura da PT, e não apenas os serviços por ela prestados, de volta para o domínio público. Há outros casos não menos emblemáticos: TAP, CTT, Novo Banco e transportes públicos de Lisboa e do Porto, por exemplo. Desde setores inteiros, como o energético, até às Pousadas de Juventude, o dossier de reivindicações de nacionalizações por parte dos partidos da esquerda é extenso.

PT, SIRESP, TDT, CTT… e o setor todo

Antes da proposta apresentada esta semana, já o PCP tinha, em 2016, apresentado um projeto de lei para garantir o acesso universal à TDT, serviço assegurado pela PT Comunicações, e o alargamento da oferta televisiva a todos os canais do serviço público. O próprio BE propôs, nesse mesmo ano, o controlo do preço da prestação do serviço de transporte e difusão do sinal de TDT. Ambos os projetos foram aprovados, num texto conjunto.

No ano passado, quando a transmissão de trabalhadores da PT para outras empresas do grupo Altice começou a marcar a agenda política, o PCP avançou com um projeto de resolução onde recomendou ao Governo “que inicie o processo de regresso da PT ao controlo público“. O SIRESP também foi alvo de propostas de nacionalização: poucos dias após os incêndios de junho, cuja dimensão resultou, em parte, de falhas no SIRESP, o Bloco propôs o resgate deste sistema de comunicações de emergência, cuja infraestrutura é fornecida pela PT, para o Estado.

Estes são os casos específicos em que os dois partidos defendem a nacionalização ou a gestão pública de serviços. Na verdade, a nacionalização de todo o setor das telecomunicações foi uma das propostas do PCP durante a campanha para as eleições legislativas de 2015. No capítulo que dedicou aos transportes e comunicações, no seu programa eleitoral, o PCP defendeu a “reconstrução de um forte setor público, universal e de qualidade de comunicações como condição para o desenvolvimento e a soberania do País, com a recuperação do controlo público do setor (telecomunicações, comunicações, serviço postal e respetivas infraestruturas) cuja privatização da PT e dos CTT comprometeu”.

O tema CTT voltou em força para o centro da mesa nos últimos meses, numa altura em que a empresa de serviços postais está a meio de um processo de reestruturação. Comunistas e bloquistas já pediram a reversão da privatização dos CTT e recuperação do controlo público da empresa. Mesmo o PS já recomendou ao Governo que “promova uma avaliação das responsabilidades contratuais subjacentes à concessão em vigor entre o Estado e os CTT”. E admite ponderar “os possíveis modelos e respetivas consequências resultantes da conclusão do contrato de concessão, bem como as alternativas de outra natureza que se colocam”.

O subtotal: PT + SIRESP + CTT + TDT = 4 nacionalizações

A recuperação do controlo público da banca

O Novo Banco marcou uma das grandes divergências entre PCP, BE e Governo. A instituição que nasceu da resolução do Banco Espírito Santo (BES) foi oficialmente vendida em outubro do ano passado, com a entrega de 75% do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star. Mas o processo esteve longe de ser pacífico. Bloquistas e comunistas rejeitam que um banco onde se injetaram milhares de milhões de capitais públicos seja privado, opuseram-se à venda e pediram a nacionalização do banco.

Mas a estratégia de nacionalização do PCP e do BE para a banca vai para lá do Novo Banco. Durante a campanha das legislativas de 2015, o Bloco propôs “um sistema bancário detido pelo Estado e submetido a critérios e objetivos determinados pelo mandato político e não pelo estrito interesse de acionistas privados”. Uma das medidas para alterar o controlo do sistema bancário seria a “conversão em propriedade estatal dos benefícios ou créditos fiscais contabilizáveis como fundos próprios dos bancos, um primeiro passo para a nacionalização dos meses”.

A “recuperação do controlo público da banca” também ocupou espaço no programa eleitoral do PCP, que, para além dos bancos, defendeu ainda a reversão das privatizações da Caixa Seguros e da Fidelidade. “O Estado, além da CGD, deve assumir participação na propriedade e responsabilidades de administração direta em bancos e outras instituições financeiras recapitalizados ou auxiliados com fundos públicos e adquirir progressivamente o controlo público da banca, por via de nacionalizações, aquisições, negociação adequada ou intervenção de emergência”. Esta intenção de nacionalizar os bancos que já foram recapitalizados pelo Estado abrangeria o BCP e o BPI (que já reembolsaram os empréstimos, mas que receberam ajudas públicas), bem como os já falidos (ou integrados noutros bancos) BPN, BPP e Banif.

O subtotal da banca: Novo Banco + BCP + BPI + Caixa Seguros + Fidelidade = 5 nacionalizações

Nacionalizar a energia para acabar com a desregulação

Tal como na banca, o projeto da esquerda para a energia passa por nacionalizar todo o setor, uma proposta recorrente nos programas eleitorais tanto do BE como do PCP. “O Bloco compromete-se com uma política de nacionalização do setor da energia, para impedir a desregulação e a ineficiência, garantindo o controlo público sobre as empresas do setor. Assim, o capital público deve voltar a ser maioritário na Galp, na EDP e na REN”, pode ler-se no programa eleitoral de 2015 do BE.

Também o PCP defendeu, no último programa eleitoral, a anulação da “privatização da totalidade ou das participações que restavam do Estado no capital de empresas estratégicas, como a Cimpor, EDP, REN, Galp, PT, ANA, CTT, EGF, Caixa Seguros, Fidelidade, e outras mais em curso ou indiciadas”. O partido defende a “reversão deste processo, com vista a assegurar o controlo público, com um forte condicionamento regulamentar e de regulação, e proceder por negociação adequada com os seus titulares, por nacionalização ou outros instrumentos, à sua inclusão no setor dos meios de produção públicos / setor empresarial do Estado conforme o ordenamento constitucional”.

À falta de respostas aos pedidos de nacionalização de setores inteiros, os partidos avançam com propostas mais concretas. No ano passado, o PCP apresentou um projeto para nacionalizar a Central de Despacho da REN, a infraestrutura que assegura o funcionamento do sistema elétrico nacional. Um ano antes, tinha apresentado um projeto para vedar “a empresas privadas e a outras entidades da mesma natureza o acesso às atividades económicas de abastecimento público de água, de saneamento de águas residuais urbanas e de gestão de resíduos urbanos”.

O subtotal da energia: EDP + REN+ Galp = 3 nacionalizações

E os extra do PCP: Cimpor + ANA + EGF = 3 nacionalizações

Transportes públicos têm de ser… públicos

Era uma das grandes bandeiras dos programas eleitorais do PS, PCP e BE: manter a TAP na esfera pública, revertendo o processo de privatização iniciado pelo Governo PSD/CDS-PP. A promessa acabou mesmo por se concretizar e a companhia aérea é agora detida em 50% pelo Estado, 45% pelo consórcio privado Atlantic Gateway e 5% pelos trabalhadores da empresa.

A lista de reversões de negócios feitos pelo anterior Governo na área dos transportes é extensa. Foi também na legislatura de Pedro Passos Coelho que ficou decidida a subconcessão da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) e da Metro do Porto à Alsa e à Transdev, empresas privadas que foram escolhidas num ajuste direto onde foram detetadas várias alegadas irregularidades. A subconcessão da Carris e da Metropolitano de Lisboa foi entregue à espanhola Avanza, detida pelo grupo mexicano ADO, num negócio que, segundo os cálculos do anterior Governo, iria representar uma poupança de 25 milhões de euros para o Estado.

Estas concessões acabaram por ser todas anuladas em 2016, com um projeto conjunto do PS e do PEV, aprovado na Assembleia da República. No ano passado, a gestão da STCP foi transferida para as autarquias do Porto e a subconcessão da Metro do Porto foi atribuída à Barraqueiro. Já em Lisboa, o Metro deixou de ser concessionado a terceiros e a gestão da Carris não só foi transferida para a Câmara de Lisboa, como se garantiu que a empresa irá manter-se na esfera pública.

O diploma da transferência da Carris para a autarquia chegou a ser vetado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que discordou do “regime que proíbe qualquer concessão da Carris, mesmo que tal possa vir a corresponder um dia à vontade da autarquia local”. PS, PCP, BE e PEV acabaram por encontrar uma solução para contornar o veto, passando a permitir a possibilidade de haver alienação de capital ou de concessão da Carris. Com uma condição: limitar essa alienação ou concessão “a entidades públicas ou de capitais públicos”.

O subtotal dos transportes: TAP + STCP + Metro do Porto + Metro de Lisboa + Carris = 5 nacionalizações

Gestão pública dos hospitais públicos

Na saúde, a luta é contra a gestão privada de hospitais públicos. Em 2013, o Governo PSD/CDS-PP “reorganizou” a rede hospitalar através da entrega às respetivas Santas Casas da Misericórdia de vários hospitais. Em 2015, BE, PCP e Verdes propuseram o regresso à gestão pública de sete hospitais: Anadia, Santo Tirso, São João da Madeira, Fafe, Serpa, Cantanhede e Fundão.

Dois bónus

Há ainda os casos isolados de empresas ou entidades que não são consideradas estratégicas, mas que também motivaram propostas de nacionalização. É o caso das Pousadas de Juventude, algumas concessionadas em 2015. O BE propôs anular todas as concessões já concretizadas das Pousadas de Juventude a entidades privadas e impedir o lançamento de mais concursos de concessão, conseguindo fazer aprovar este segundo ponto. É também o caso da gestão das cantinas escolares, que tanto bloquistas como comunistas pedem que seja pública.

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Frezite investe dez milhões de euros e cria 40 postos de trabalho na Trofa

Empresa liderada por José Manuel Fernandes canalizou 10 milhões de euros numa nova fábrica de reforço de serras circulares de alta precisão. Nova unidade já está a trabalhar desde setembro.

A Frezite, empresa de engenharia de soluções para ferramentas de corte com aplicações nas indústrias de transformação da madeira, plásticos, materiais compósitos e metais, investiu 10 milhões de euros numa nova unidade de produção na Trofa, na área de serras circulares de alta precisão.

O investimento, caracterizado por José Manuel Fernandes, presidente do conselho de administração da empresa, como um “upgrade tecnológico“, vai reforçar a capacidade de exportação da empresa e permitiu já a criação de mais 40 postos de trabalho. A Frezite emprega no total 400 pessoas, 300 das quais em Portugal.

José Manuel Fernandes adianta ao ECO que “este investimento foi realizado na área tecnológica, com uma forte componente exportadora, e está a desenvolver e a reforçar a nossa capacidade de liderança”.

este investimento foi realizado na área tecnológica, com uma forte componente exportadora, e está a desenvolver e a reforçar a nossa capacidade de liderança

José Manuel Fernandes

Presidente da Frezite

A nova unidade industrial está já a trabalhar desde setembro de 2017 e reforça a capacidade de produção da Frezite em mais 30%. “A nossa capacidade produtiva aumenta em cerca de 30%, sobretudo para os países mais industrializados”, adianta o presidente do conselho de administração da empresa.

José Manuel Fernandes dá conta de que este investimento deverá estar amortizado dentro de quatro a cinco anos.

A Frezite fechou o exercício de 2016, com uma volume de faturação consolidado da 40 milhões de euros. Sobre os números de 2017, o presidente da Frezite adianta que “as contas não estão ainda fechadas”.

A Frezite foi fundada em 1978, e conta com uma vasta experiência na conceção, desenvolvimento e produção de ferramentas de corte por arranque de apara.

Com forte vocação exportadora, a empresa está presente em mais de 50 países distribuídos por todos os continentes.

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Oi não reconhece legalidade e efeito de assembleia que aprova ações em tribunal

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2018

Acionistas vão colocar presidente e diretor financeiro da Oi em tribunal. Mas operadora brasileira não reconhece legalidade da assembleia geral extraordinária que teve hoje lugar no Rio de Janeiro.

A operadora brasileira Oi informou esta quarta-feira não reconhecer “a legalidade e consequentes efeitos” da assembleia-geral extraordinária, esta quarta-feira realizada no Rio de Janeiro, na qual um “grupo de acionistas” decidiu processar o presidente e o diretor da empresa de telecomunicações.

Numa informação escrita enviada à agência Lusa, a Oi informa que “não reconhece a legalidade e, consequentemente, os efeitos de reunião realizada hoje por um grupo de acionistas no Rio de Janeiro, no Brasil, uma vez que tal encontro com o intuito de realizar assembleia constitui flagrante desrespeito aos mais básicos princípios da legislação brasileira”.

“A pretensa assembleia é ilegal e desobedece sucessivas decisões judiciais que deliberaram sobre o tema, além de desrespeitar o plano de recuperação judicial aprovado por ampla maioria pelos credores da companhia e homologado pela Justiça [em dezembro e janeiro passado, respetivamente]”, acrescenta a operadora.

A assembleia-geral extraordinária em causa foi pedida pela portuguesa Pharol – para analisar o novo estatuto social da Oi e para equacionar ações judiciais – e chegou a ser cancelada pela companhia, mas acabou por decorrer, determinando processar o presidente e o diretor da empresa de telecomunicações.

Em comunicado enviado entretanto à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Pharol aponta que, do encontro, resultou a decisão de avançar com uma “ação de responsabilidade civil” contra o presidente da operadora, Eurico Teles, e o diretor financeiro, Carlos Brandão.

"A pretensa assembleia é ilegal e desobedece sucessivas decisões judiciais que deliberaram sobre o tema, além de desrespeitar o plano de recuperação judicial aprovado por ampla maioria pelos credores da companhia e homologado pela Justiça.”

Oi

“Na sequência da aprovação da ação de responsabilidade, os referidos diretores estão impedidos para o exercício das funções na administração da companhia, razão pela qual (…) os acionistas aprovaram ainda a eleição dos seguintes novos administradores em substituição”, acrescenta a Pharol na nota à CMVM, indicando que os nomes escolhidos para substituir o presidente executivo e o diretor financeiro foram, respetivamente, o do português Pedro Morais Leitão e do brasileiro Thomas Reichenheim.

O presidente da Oi, Eurico Teles, acumula o cargo de diretor jurídico e, para essa função, foi nomeado Leo Simpson.

Fonte oficial da Oi aponta que “as diversas iniciativas desse grupo, tomadas de forma ilegal, têm prejudicado os negócios da companhia, gerado instabilidade na gestão e afetado as suas ações no mercado, com danos irreparáveis”.

Por essa razão, “a companhia tomará a devidas providências em esferas administrativas e judicias”, salienta a operadora, argumentando que “existem factos a apurar de possíveis práticas de acionistas e ex-administradores sobre desobediência de decisão judicial, quebra de dever fiduciário, não cumprimento de obrigação de confidencialidade e manipulação de mercado, entre outros”.

A operadora brasileira reforça que “não vai adotar nenhuma medida que tenha sido deliberada pela pretensa assembleia, por conta da natureza ilegal de tal ato e sua consequente nulidade”.

“A Oi informa que seguiu todos os ritos previstos no processo de recuperação judicial e que todos os atos praticados pela companhia no processo estão em conformidade com os mais altos padrões de governança”, adianta.

O plano de recuperação judicial foi por diversas vezes contestado pela Pharol, acionista de referência da Oi com 27% das ações.

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