PSD quer isentar lisboetas do pagamento de taxa turística

  • Lusa
  • 17 Dezembro 2018

PSD aponta que quando os residentes em Lisboa pernoitam em empreendimentos turísticos ou estabelecimentos de alojamento local na capital não representam qualquer acréscimo de carga turística.

Os deputados do PSD na Assembleia Municipal de Lisboa (AML) vão propor uma alteração ao Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do município com vista a isentar os lisboetas do pagamento da taxa turística.

A AML vai apreciar, na reunião plenária que decorre terça-feira, um projeto de alteração a este regulamento e a “fundamentação económica da Taxa Municipal Turística de Dormida”, que deverá aumentar de um para dois euros no próximo ano.

O documento apresentado pela Câmara de Lisboa tem como objetivo proceder a “algumas melhorias a inserir no regulamento, essencialmente de ajustamento e de clarificação de conceitos”, como o de hóspede ou o “pagamento da taxa independentemente do motivo da estadia, das situações em que o pagamento da taxa é devido e do momento em que é possível proceder ao pagamento dos encargos de cobrança”.

De acordo com a proposta do PSD, à qual a agência Lusa teve acesso, os eleitos querem que seja feita uma adenda ao artigo que refere as isenções, para que passem a constar também “os hóspedes que tenham residência fiscal no município de Lisboa”. Os sociais-democratas pretendem que seja também apresentada, para “efeitos da fundamentação das isenções previstas”, a “certidão do domicílio fiscal emitida pela Autoridade Tributária Aduaneira”.

Na argumentação da proposta, o grupo municipal do PSD aponta que, “quando os residentes em Lisboa, por razões diversas, pernoitam em empreendimentos turísticos ou estabelecimentos de alojamento local na cidade de Lisboa, não representam qualquer acréscimo de carga turística pelo simples facto de já residirem na cidade”.

O documento refere também que outras capitais europeias, como Paris ou Roma, já conferem esta isenção aos seus residentes.

O PSD na AML alega ainda que “os residentes em Lisboa, pelos impostos e taxas a que estão sujeitos, já dão o seu contributo financeiro para as diversas políticas públicas levadas a cabo pela CML [Câmara Municipal de Lisboa], entre as quais, as que são referidas na fundamentação para a implementação da taxa turística”.

Aprovada pelo município em 2014, a Taxa Municipal Turística começou a ser aplicada em janeiro de 2016 sobre as dormidas de turistas nacionais (incluindo lisboetas) e estrangeiros nas unidades hoteleiras ou de alojamento local, sendo cobrado um euro por noite até um máximo de sete euros.

Segundo dados de outubro, em termos globais, a câmara já encaixou cerca de 31 milhões de euros desde o início da cobrança. Em 2017, a autarquia recebeu 18,5 milhões de euros de taxa turística, mais 6,1 milhões do que em 2016. Isentos deste pagamento estão as crianças até 13 anos, assim como quem pernoita na cidade para obter tratamento médico e os seus acompanhantes.

As receitas provenientes da taxa turística já foram aplicadas em eventos como o Festival Eurovisão da Canção e vão também ajudar a financiar a continuação da cimeira da tecnologia e inovação Web Summit em Portugal. Além disso, este dinheiro também já foi utilizado para reforçar a higiene urbana na capital.

Em meados de outubro, a Câmara de Lisboa adiantou à agência Lusa que iria aumentar esta taxa em 2019, de um para dois euros por noite, para reforçar a limpeza urbana e os transportes nas zonas com maior pressão do turismo. A alteração deverá entrar em vigor a 1 de janeiro.

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DECO diz que descida do preço da luz é “sinal positivo” mas “não basta”

  • Lusa
  • 17 Dezembro 2018

Na opinião da Deco, a proposta da ERSE é "um sinal positivo", mas não basta, porque "não irá retirar Portugal do topo da tabela europeia da eletricidade mais cara".

A DECO considerou, esta segunda-feira, e que a proposta do regulador de descida de 3,5% nas tarifas de eletricidade, para 2019, para consumidores domésticos “é um sinal positivo”, mas “não irá retirar Portugal do topo da tabela europeia da eletricidade mais cara”.

A DECO – Associação para a Defesa do Consumidor refere em comunicado que a descida de 3,5% das tarifas de eletricidade a partir de 01 de janeiro “não basta”.

A associação argumenta que a luz e o gás, enquanto serviços públicos essenciais, “deveriam ter a mesma taxa aplicada aos bens de primeira necessidade”, ou seja, IVA de 6%, como é o caso dos produtos alimentares básicos, nos quais se incluem o arroz, as massas e a água, por exemplo.

“Com a redução do IVA de 23% para 6%, o custo da eletricidade e do gás (natural e engarrafado) sofreria um decréscimo de cerca de 13%, e os portugueses poupariam 70 euros, por ano, na eletricidade, e 40 euros, no gás”, refere a DECO.

Contudo, continua a associação, o Governo decidiu reduzir o IVA apenas na componente da potência contratada nos escalões mais baixos, o equivalente a cerca de metade dos consumidores, na eletricidade, “e no termo fixo, no caso do gás natural”.

A DECO acrescenta que esta componente representa menos de 20% do total da fatura, com um impacto mensal de “uma redução de 80 cêntimos máximo”.

“Com esta decisão voltaram a ser discriminados 2/3 da população que utilizam gás engarrafado e para quem nada se altera numa componente essencial da sua vida”, frisa a DECO.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) anunciou, esta segunda-feira, que as tarifas de eletricidade no mercado regulado vão descer 3,5% para os consumidores domésticos a partir de 01 de janeiro.

Os preços da eletricidade para as famílias que ainda estão em mercado regulado descem assim pelo segundo ano consecutivo, depois de a ERSE ter revisto a proposta feita em outubro, que previa uma subida das tarifas de 0,1%.

Esta redução de 3,5% representa uma diminuição de 1,58 euros para uma fatura mensal de 45,1 euros, de acordo com as contas divulgadas pelo regulador.

Nas regiões autónomas dos Açores e Madeira a redução é de 0,6%, segundo a mesma entidade.

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EDP e Governo chegam a acordo sobre a CESE. Mexia paga contribuições de 2017 e 2018

A EDP vai voltar a pagar a contribuição extraordinária sobre a energia (CESE) e vai avançar com o pagamento dos anos em atraso, 2017 e 2018. Empresa de Mexia considera que estão reunidas as condições.

A EDP chegou a acordo com o Governo e vai voltar a pagar a contribuição extraordinária sobre a energia (CESE). A notícia foi avançada pelo Jornal de Negócios e já confirmada pelo ECO. Segundo fontes próximas ao processo, a elétrica liderada por António Mexia vai voltar a pagar a CESE, tendo já decidido encetar os pagamentos relativos a 2017 e 2018.

“O montante a pagar pela EDP regulariza os pagamentos pendentes relativos à CESE”, disse, à Lusa, fonte oficial do Ministério do Ambiente e da Transição Energética.

Na base desta alteração de comportamento da elétrica nacional está o facto de a EDP considerar que, neste momento, estão reunidas as condições para avançar com o pagamento. A EDP alegava que a CESE deveria ser temporária e que os montantes pagos deveriam ser canalizados para reduzir o défice tarifário. Esta parte, de resto, foi concretizada este ano, com a transferência de 155 milhões de euros da CESE para abatimento do défice tarifário e com a decisão do Executivo, em novembro, de reforçar o contributo do Fundo para a Sustentabilidade Sistémica do Setor Energético (FSSSE) para a redução do défice tarifário da energia. Deste modo, passam a ser transferidos para abater a dívida tarifária dois terços da verba disponível, e não apenas um terço.

A par do reforço da transferência desta contribuição para a redução do défice, o alargamento desta taxa aos produtores de energias renováveis é um dos vértices do triângulo orçamental proposto pelo Executivo de António Costa para baixar a fatura da eletricidade no próximo ano.

Contactada pelo ECO, a EDP não quer para já prestar quaisquer declarações sobre o tema.

Este acordo estava “por dias”, segundo as palavras de António Mexia no início de dezembro. “Sobre a CESE sempre tivemos uma posição muito clara. Percebíamos que houvesse um esforço temporário no sentido da redução do défice [tarifário] e que ela deveria acabar, que é o que está previsto. Se essas regras forem cumpridas, estaremos cá para cumprir o nosso papel”, afirmou Mexia à margem de uma conferência, reiterando a ideia já defendida em outubro, aquando da assinatura do financiamento do Banco Europeu de Investimento ao projeto do parque eólico flutuante Windfloat.

Na altura, Mexia garantiu que o acordo não deverá ter impacto nos preços até porque a maior parte do que é pago pelos consumidores diz respeito a pagamento de redes e impostos. “Aparentemente, a proposta do conselho tarifário é que haja uma redução das tarifas no próximo ano”, referiu, na altura. Declarações que foram confirmadas esta segunda-feira com a proposta da ERSE de redução de 3,5% dos preços da eletricidade no mercado regulado em 2019.

A elétrica nacional chegou a pagar a CESE, entre 2014 e 2016, tendo nessa altura recorrido para o tribunal contestando inclusive os pagamentos já realizados, de cerca de 60 milhões de euros. A EDP não é, de resto, a única empresa do setor a contestar a contribuição extraordinária sobre a energia, uma vez que quer a Galp, quer a REN também se opõe ao pagamento da mesma, se bem que ambas tenham comportamentos diferentes sobre o tema. A Galp nunca efetuou qualquer pagamento da CESE, enquanto a REN, apesar de contestar a taxa, tem sempre realizado todos os pagamentos.

(Notícia atualizada com a confirmação de fonte oficial do Ministério do Ambiente e da Transição Energética)

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Cliente exige ao Montepio 28,6 mil euros que voaram em quatro dias com burla informática

  • Lusa
  • 17 Dezembro 2018

Uma mulher de Barcelos moveu uma ação em tribunal contra o banco Montepio, exigindo ser ressarcida dos 28.600 euros que em quatro dias desapareceram da sua conta, na sequência de burla informática.

Uma mulher de Barcelos moveu uma ação em tribunal contra o banco Montepio, exigindo ser ressarcida dos 28.600 euros que em quatro dias desapareceram da sua conta, na sequência de burla informática.

Nas alegações finais do julgamento, que hoje decorreram no Tribunal de Barcelos, o advogado da autora da ação, Álvaro Matos Martins, disse que o banco foi “completamente negligente, por não ter agido perante a movimentação “de todo inusitada” da conta.

Lembrou que em causa estão “15 a 20” movimentos diários, a maior parte dos quais a partir das 23:00 e quase todos do mesmo valor, feitos para pagamentos de bens e serviços à entidade 11249.

Álvaro Martins sublinhou que se trata de uma “entidade fraudulenta”, que à data dos factos já teria sido bloqueada por outros bancos.

“Não se percebe por que é que o Montepio não a bloqueou também”, referiu.

Os 59 movimentos na conta de Diana Brito, de 30 anos, ocorreram entre 04 e 07 de janeiro de 2017. Daqueles movimentos, 36 são do mesmo valor (483,80) e 18 foram feitos de forma consecutiva.

Desapareceram da conta 28.600 euros, cerca de 14 mil dos quais referentes a prendas de casamento, registado poucos meses antes.

Após o banco se ter recusado a assumir responsabilidades, Diana moveu uma ação cível em tribunal, pela qual exige ser ressarcida daquele valor e respetivos juros, além de uma indemnização de 2.500 euros por danos não patrimoniais.

Álvaro Martins alegou que em causa está “todo um quadro que saiu da normalidade de um cliente” que até ali nunca teria utilizado o homebanking para efetuar pagamentos, mas apenas para consultar o saldo.

Por isso, considera que o banco deveria ter “barrado as operações”.

Já a advogada do Montepio, Teresa Taveira, alegou que o banco deu “integral cumprimento” aos seus deveres em matéria de homebanking e atribuiu a culpa a Diana Brito.

Disse que, na altura dos factos, o banco não sofreu qualquer ataque informático e considerou que a queixosa terá fornecido todos os dados do cartão matriz em resposta a uma mensagem fraudulenta.

“Essa foi a única causa da fraude. A atitude dos utilizadores é o único elemento que os bancos não conseguem controlar”, acrescentou, sublinhando que são “constantes” os avisos aos clientes para não inserirem todos os dados do cartão.

Disse ainda que não há nenhuma prova de que a entidade 11249 estivesse bloqueada na banca em geral.

A juíza titular do processo remeteu a sentença para 2019, sem data designada.

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Sonae volta às operações de sale and leaseback e encaixa mais 27,8 milhões

A Sonae MC, empresa do grupo Sonae, concluiu uma nova operação de venda e posterior arrendamento do ativo imobiliário onde opera o Continente, no Centro Comercial Rio Sul Shopping.

A Sonae MC concluiu mais uma operação de venda e posterior arrendamento (sale and lease back) e encaixa mais 27,8 milhões de euros. Esta é a segunda operação de sale and leaseback que a empresa liderada por Paulo Azevedo realiza este ano, depois de em novembro ter anunciado uma operação semelhante de cinco ativos imobiliários, tendo na altura encaixado 55 milhões de euros. No total a Sonae já encaixou 82,8 milhões de euros com estas operações.

A operação, desta vez recai no ativo imobiliário onde opera o hipermercado Continente, no Centro Comercial Rio Sul Shopping, no Seixal, anunciou a empresa em comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). “Esta operação totalizou 27,8 milhões de euros e gerou uma mais-valia estimada de 12,2 milhões de euros”, pode ler-se no comunicado.

A Sonae adianta que com a “concretização desta operação, o nível de detenção de ativos de retalho (freehold) da Sonae MC passou a situar-se em 45%”.

A operação está em linha com a estratégia anunciada pela Sonae SGPS, de monetização dos seus ativos imobiliários, mantendo, ao mesmo tempo, um adequado nível de flexibilidade operacional. A Sonae teve, em 2017, um lucro de 166 milhões de euros, em parte explicado pela mais-valia de 53 milhões de euros registada o ano passado fruto de operações de sale and lease back.

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Vem aí mais uma greve. Trabalhadores do SEF páram nos dias 26, 27 e 28 de dezembro

  • ECO
  • 17 Dezembro 2018

Os trabalhadores do SEF deverão fazer greve durante três dias, numa paralisação que será a nível nacional. Fonte do SEF garante, contudo, que ainda não foi entregue nenhuma convocação.

Os trabalhadores do Serviços de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) deverão fazer greve nos dias 26, 27 e 28 de dezembro, avança a RTP, notando que deverão aderir ao protesto 400 profissionais. Contactado pelo ECO, fonte do SEF explica, contudo, que ainda não foi entregue nenhuma convotória oficial.

De acordo com o Público, o Sindicato dos Inspetores de Investigação, Fiscalização e Fronteiras tinha entregado um pré-aviso de greve, no início do mês, um aviso que o SEF diz ter sido o único a dar entrada até ao momento.

O Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do SEF (SCIF), que representa cerca de 80% dos trabalhadores do SEF, explicou ao ECO, que está em causa uma estrutura sindical de menor dimensão (criada em 2017). O sindicato assegurou ainda que, neste momento, estão a decorrer negociações, pelo que não deverá aderir ao protesto referido.

(Notícia atualizada às 19h59)

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BCP avança com escritura para fusão de duas imobiliárias até ao fim da semana

  • Lusa
  • 17 Dezembro 2018

Reunião de detentores de obrigações decorreu “dentro da normalidade” e que agora a instituição irá avançar com o processo, começando pela escritura.

O BCP irá avançar, ainda esta semana, com a escritura para a fusão por incorporação das imobiliárias Sadamora e Enerparcela, depois de ter realizado uma assembleia-geral de obrigacionistas para deliberar sobre este assunto.

Fonte oficial do banco revelou à Lusa que a reunião de detentores de obrigações decorreu “dentro da normalidade” e que agora a instituição irá avançar com o processo, começando pela escritura.

A assembleia-geral foi convocada para os obrigacionistas se pronunciarem “relativamente aos possíveis prejuízos” de uma fusão por incorporação de duas imobiliárias no banco.

Na convocatória enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) o BCP detalhou que a operação em causa consiste na “fusão por incorporação, mediante transferência global do património, da Sadamora – Investimentos Imobiliários, S.A. e Enerparcela – Empreendimentos Imobiliários, S.A., no Banco Comercial Português, S.A”.

O banco deu ainda a conhecer aos detentores de obrigações que “o BCP detém integralmente o capital das sociedades a incorporar, informando que a fusão será concretizada sem prévia deliberação das assembleias-gerais das sociedades envolvidas, salvo se detentores de 5% da emissão o requererem”.

Em outro documento, em outubro, a instituição explicou que o contrato de compra e venda, segundo o qual o BCP “adquiriu a totalidade das ações representativas do capital social da Sadamora e da Enerparcela”, foi outorgado em 08 de outubro deste ano.

As sociedades deixaram, assim, de ser controladas indiretamente pelo banco e passaram a sê-lo diretamente e a 100%.

O BCP passou a controlar a Enerparcela em 2013, depois da compra do fundo Multiusos Oriente.

No mesmo ano, o banco adquiriu “em reembolso de crédito próprio” a totalidade das “unidades de participação” do fundo Grand Urban, que detém a Sadamora.

Com a fusão por incorporação, o BCP espera obter “ganhos de eficiência, através da racionalização de processos de governo societário, e das estruturas operativas, de backoffice e outras funções de suporte”, segundo um comunicado do banco.

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Jeremy Corbyn vai apresentar moção de censura contra Theresa May

Depois de a primeira-ministra britânica ter decidido marcar a votação do acordo para a terceira semana de janeiro, o líder dos trabalhistas quer antecipar esse voto.

Depois de Theresa May ter decidido adiar o voto ao acordo final do Brexit, o líder trabalhista, Jeremy Corbyn, vai apresentar uma moção de censura contra a primeira-ministra britânica, avança a Bloomberg (conteúdo em inglês).

Esta segunda-feira, May decidiu que a votação pelo Parlamento britânico do acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia vai realizar-se na terceira semana de janeiro, mas Corbyn quer antecipar essa votação. “Esta Câmara não tem confiança na primeira-ministra devido à sua incapacidade de permitir que a Câmara dos Comuns tenha um voto significativo imediatamente”, disse o deputado no final do debate.

“A primeira-ministra tem recusado teimosamente permitir que a votação ocorra na data que ela tinha aceitado, tem-se recusado a permitir que ocorra esta semana e agora pensa que irá ocorrer a 14 de janeiro, quase daqui a um mês. Isto é inaceitável”, continuou Corbyn, dizendo que a única forma desta votação ocorrer esta semana é através desta moção. “Não há mais desculpas para atrasos”, reiterou.

Contrariamente ao normal, esta moção de censura não foi apresentada contra o Governo, mas sim contra Theresa May, o que, de acordo com as regras do Parlamento, não é suficiente para fazer cair o Governo. Esta atitude já tinha sido falada por vários analistas e acabou por acontecer no final de debate.

Esta segunda-feira, a primeira-ministra britânica sinalizou a intenção de voltar ao debate do Voto Significativo na semana que começa a 7 de janeiro, e fazer a votação na semana seguinte. “Posso confirmar hoje que pretendemos voltar ao debate do Voto Significativo na semana que começa a 7 de janeiro e realizar o voto na semana seguinte”, disse. O Parlamento vai votar o acordo para o Brexit na semana que começa a 14 de janeiro.

(Notícia atualizada às 18h40 com mais informação)

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ERSE confirma. Preços da eletricidade vão cair 3,5% em 2019

Regulador anunciou esta segunda-feira descida para o mercado regulado. Famílias vão poupar 1,58 euros por mês, numa fatura média mensal de 45,1 euros.

Os consumidores domésticos que ainda estão no mercado regulado vão ter uma diminuição no preço da eletricidade de 3,5%, em 2019, segundo dados divulgados esta segunda-feira pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). A descida vai abranger 1,1 milhões de consumidores.

A decisão corresponde ao que era a vontade do Governo e contrária ao previamente anunciado pelo regulador. Todos os anos, a ERSE tem até 15 de dezembro para divulgar as tarifas para o ano seguinte, sendo que, desta vez, a proposta da ERSE — conhecida a 15 de outubro — previa que as tarifas de eletricidade no mercado regulado subissem 0,1% para os consumidores domésticos a partir de 1 de janeiro de 2019.

No entanto, o Governo enviou à ERSE um despacho que aprovava a transferência de mais 189 milhões de euros para o sistema elétrico, a 30 de novembro.

Esta revisão da evolução das tarifas resulta do Governo ter reforçado para dois terços a receita da Contribuição Extraordinária do Setor Energética (CESE) que será afeta à redução do défice tarifário, ou seja, o dobro do que antes estava definido. Assim, seria já possível baixar o preço da eletricidade, tal como o que aconteceu no ano passado, em que as tarifas recuaram 0,2%, pela primeira vez desde 2000.

Família média vai poupar 1,58 euros por mês

“A expressão nos orçamentos familiares da redução subjacente às tarifas transitórias de venda a clientes finais para 2019 é de 1,58 euros, numa fatura média mensal de 45,1 euros“, refere o comunicado da ERSE. Em causa está uma decida do preço da eletricidade para 1,1 milhões de consumidores, num total de seis milhões.

Já “para os consumidores com tarifas sociais de venda a clientes finais, prevê-se uma redução na fatura média mensal de eletricidade de 13,67 euros, para uma fatura média mensal de 26,8 euros, valor que já integra a aplicação de um desconto social mensal de 13,67 euros”, acrescenta. Os consumidores com tarifa social beneficiarão de um desconto de 33,8% sobre as tarifas de venda a clientes finais, de acordo com o estabelecido pelo mesmo despacho do Governo.

As tarifas de acesso às redes — fixadas pelo regulador, pagas por todos os consumidores pela utilização das infraestruturas de redes e incluídas nas Tarifas de Venda a Clientes Finais — vão cair 16,7% para a Baixa Tensão Normal (BTN) e -10,6% para os restantes níveis de tensão.

A aprovação dos valores das tarifas e dos preços regulados de energia elétrica que vigorarão a partir do dia 1 de janeiro de 2019 em todo o território português foi decidida pela ERSE, após análise do parecer do Conselho Tarifário e das entidades regulamentarmente previstas.

(Notícia atualizada às 18h40)

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A tarde num minuto

Não sabe o que se passou durante a tarde? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

Os socialistas propõem quatro escalões de tributação dos rendimentos prediais, com uma taxa tanto mais baixa quanto maior for o prazo do contrato. Mas recuaram e já não impõem qualquer limite às rendas.

Foram lançados concursos para apoiar contratação de profissionais altamente qualificados nas micro, pequenas e médias empresas do Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve. Apoio é de 25,5 milhões.

O Governo apresentou, esta segunda-feira, o Balcão Único do Emprego, projeto que inclui o lançamento de um novo portal do IEFP e a criação da figura do Gestor+.

Desde o início do ano, já foram fabricadas mais de 273 mil unidades, representado um crescimento homólogo de 70,4%. Em novembro, a produção automóvel também aumentou, sobretudo nos veículos pesados.

O espaço vai contar com a “presença dos vários serviços” do município, “que não eram frequentes nas lojas do cidadão”, como por exemplo a EMEL, explica Fernando Medina.

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Refrigerantes, garrafas de água e lenços de papel. Saiba porque é que a Amazon quer deixar de vender estes produtos

São produtos para banir, uma vez que têm uma margem de lucro muito baixa. São vendidos, normalmente, por menos de 15 dólares e, além disso, têm associados elevados custos de envio.

A Amazon está de olhos postos nos produtos com menos margem de lucro, aos quais chama de CRaP (can’t realize a profit). À lista não escapam os refrigerantes, as garrafas de água e os lenços de papel, de acordo com o The Wall Street Journal (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Este tipo de artigos é vendido, normalmente, por menos de 15 dólares e, além disso, têm associados custos de envio mais elevados, tendo em conta que são objetos pesados e/ou volumosos. Por isso mesmo, a gigante do comércio eletrónico quer inverter a estratégia, dando primazia aos artigos cuja margem de lucro é bastante melhor.

A empresa liderada e fundada por Jeff Bezos estará já a eliminar alguns artigos CRaP e, em alguns casos, a trabalhar com os fabricantes para encontrar outro tipo de soluções, que não a total eliminação da página web. É o caso dos produtos da Coca-Cola, que a Amazon quer continuar a comercializar, mas agora noutros termos.

A ideia é que, no caso específico da Coca-Cola, por exemplo, os produtos sejam enviados diretamente das instalações da marca para os consumidores, sem a necessidade de passar pelo centro da Amazon.

De acordo com os analistas consultados pela publicação norte-americana, a Amazon cresceu de tal modo que representa agora quase metade do comércio eletrónico, o que faz com que muitas marcas já não vejam a plataforma simplesmente como uma opção de venda online, mas sim como uma necessidade. Segundo a Emarketer, quase metade das pesquisas através da internet começam, aliás, nesta gigante do comércio online.

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Instagram foi mais eficaz do que o Facebook a manipular eleições

Foram cerca de 77 milhões de interações com propaganda no Facebook, 73 milhões no Twitter e... 187 milhões no Instagram. Rede social das fotos pode ser mais problemática do que o que se acreditava.

O Instagram é uma ferramenta mais poderosa do que se pensava na manipulação de eleições — mais até do que o próprio Facebook. Dados obtidos pela Bloomberg revelam que a rede social das fotografias foi ainda mais eficaz do que a casa-mãe na propagação de informação falsa pelo eleitorado.

As autoridades norte-americanas estão convictas de que grupos ligados à Rússia têm usado redes sociais como o Facebook e o Twitter para espalhar informação falsa. Ora, entre 2015 e 2018, um desses grupos, a Internet Research Agency, gerou cerca de 77 milhões de interações no Facebook com propaganda e 73 milhões no Twitter. Por sua vez, no Instagram, o número de interações alcançou 187 milhões.

Até aqui, acreditava-se que, de todas as plataformas, o Facebook representava a maior preocupação no que toca à disseminação de informação falsa para manipular o resultado de processos eleitorais. Aliás, este foi um dos fatores que mais desgastou a imagem do Facebook este ano, com Mark Zuckerberg a ter de lidar com crises como a do uso indevido de dados pela Cambridge Analytica.

No entanto, segundo a Bloomberg, a rede social Instagram, que também é detida pelo Facebook, não só terá tido um papel mais determinante na manipulação das eleições Presidenciais norte-americanas de 2016 como, no futuro, poderá também ser usada para confundir o eleitorado nas Presidenciais de 2020. As eleições na Europa também não estão a salvo.

Os dados obtidos da Bloomberg fazem parte de um relatório elaborado por três grupos de investigação a pedido do Senado norte-americano. Entre as campanhas de desinformação analisadas estão imagens publicadas por contas no Instagram com citações falsas e polémicas sobre figuras como Hillary Clinton, que perdeu a corrida à Casa Branca em 2016 para o controverso republicano Donald Trump.

Algumas dessas contas no Instagram têm quase meio milhão de seguidores. Contudo, segundo a Bloomberg, o Facebook raramente considerou o Instagram como uma das ferramentas a ter em conta no debate público sobre a manipulação de eleições através das plataformas eletrónicas.

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