Glovo fecha ronda de financiamento de 115 milhões de euros. Ganha novo acionista

A plataforma fechou uma das maiores operações de financiamento dos últimos anos em startups espanholas.

A Glovo fechou uma ronda de financiamento de 115 milhões de euros, considerada uma das maiores dos últimos anos no universo das startups em Espanha. Com esta operação, a plataforma de entregas ao domicílio recebe agora um novo acionista, AmRest, o dono de uma cadeia de restauração polaca, de acordo com o Expansión (conteúdo em espanhol).

A empresa com sede em Barcelona fechou a maior ronda de financiamento desde o seu nascimento, há três anos, a qual permitirá a entrada de um novo acionista no capital, a cadeia polaca de restaurantes AmRest Holdings, proprietária dos restaurantes italianos La Tagliatella.

As empresas Rakuten, Seaya e Cathay também participaram nesta operação, assim como os fundos europeus Idinvest Partners e GR Capital.

Para além do leque de parcerias de que a aplicação dispõe, qualquer produto ou refeição pode ser encomendado, desde que o estabelecimento em causa ofereça serviço de take away e se encontre dentro da área geográfica coberta.

A startup encontra-se atualmente em plena expansão internacional, operando em 30 cidades em oito países, entre eles Portugal, onde está em Lisboa e no Porto. O seu objetivo é “converter-se no mercado móvel de referência pelo serviço de entrega imediata”.

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Silêncio de Pinho sobre o GES suscita vozes críticas dentro do PS

  • ECO
  • 18 Julho 2018

Ana Gomes, João Cravinho e Carlos César criticaram a postura de Manuel Pinho que se recusou a falar perante os deputados sobre as suas alegadas ligações com o GES enquanto estava no Governo.

O silêncio de Manuel Pinho perante as perguntas dos deputados da Comissão de Economia e Obras Públicas sobre a sua relação com o Grupo espírito Santo (GES) está a ser alvo de críticas mesmo dentro do Partido Socialista. Ana Gomes, João Cravinho e Carlos César, questionados pelo Público (acesso condicionado) não veem com bons olhos a postura do antigo ministro da Economia do Governo socialista liderado por José Sócrates na audição que decorreu nesta terça-feira.

“Acho [o silêncio] despudoradamente anormal! Tem de ser investigado pelo poder judicial e pelo poder político, do PS em particular porque foi pela mão do PS que foi a ministro”. Foi desta forma que a eurodeputada socialista Ana Gomes reagiu quando confrontada pelo diário. João Cravinho reagiu de uma forma similar. “Não me passa pela cabeça que um ex-ministro não dê explicações sobre o que fez no exercício das suas funções como ministro”, afirmou o ex-ministro do PS, sublinhando que as suspeitas que existem não têm a ver com a sua vida pessoal mas com o exercício de funções políticas.

Por sua vez o presidente do PS e líder da bancada, Carlos César, limitou-se a comentar que Pinho “terá necessariamente que o dizer [dar explicações] na investigação judicial”. Já nesta terça-feira à noite na SIC Notícias, Carlos César dizia ainda que a forma como Pinho se dirigiu aos deputados “foi infeliz e arrogante”.

O Público relembra que estes três socialistas fazem parte do coro de vozes dentro do PS que já em abril se revelaram publicamente contra Manuel Pinho. Postura que assumiram na altura no seguimento da notícia avançada pela Sábado de que o antigo ministro terá recebido por mês 16 mil euros do GES enquanto estava no Governo e que agora Manual Pinho se recusou a falar perante os deputados alegando não fazer parte dos temas sobre os quais tinha acordado em falar nessa audição.

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Continente no mundo, a Nos e o retalho na bolsa. A década de Paulo Azevedo à frente da Sonae

Paulo Azevedo liderou a Sonae desde meados de 2007 e conduziu os destinos da companhia durante o período da crise mundial. Vai deixar o cargo no fim deste ano. Como era e como é a dona do Continente?

Cláudia Azevedo vai assumir a presidência executiva da Sonae, anunciou a empresa esta terça-feira. Mas o que foi o grupo ao longo de mais de uma década sob a batuta de Paulo Azevedo? O gestor teve a missão de comandar o império criado pelo pai, Belmiro de Azevedo, que pegou numa pequena empresa de laminados para a tornar numa companhia com um portefólio que vai do retalho ao turismo e das telecomunicações à tecnologia.

Foi a 3 de maio de 2007 que Paulo Azevedo assumiu a presidência da Sonae, após um minucioso processo de seleção comandado pelo próprio Belmiro de Azevedo. Aliás, o ECO já o explicou aqui: também Ângelo Paupério, Álvaro Portela e Nuno Jordão eram candidatos ao alto cadeirão da dona do Continente e a passagem do testemunho foi gerida com máxima cautela. O homem forte da companhia queria uma transição suave, mas também baseada no mérito. E receava perder algum destes talentos. A escolha do filho do empresário acabou por ser consensual entre todos.

É impossível descolar o rótulo “retalho” da Sonae de Paulo Azevedo. Foram anos e anos de know-how acumulado, que a empresa veio a aplicar noutras áreas de negócio, como o desporto na Sport Zone, ou a eletrónica de consumo na Worten. Mas a Sonae de hoje é diferente da Sonae de ontem. E isso torna-se evidente após uma visita ao arquivo de relatórios de contas da companhia dos últimos 11 anos.

Em 2007, ano em que Paulo Azevedo assumiu os comandos, a Sonae lançava-se numa “estratégia de crescimento” no negócio de retalho, “reforçando a liderança” em Portugal. Também continuava a “expandir a sua presença internacional no negócio dos centros comerciais”, fechando o ano com 47 centros comerciais em sete países. Tudo isto tinha um objetivo que era claro: crescer em “setores atrativos”, com potencial para se tornarem cada vez mais globais.

Já nesta altura, o ADN da Sonae estava bem definido perante os investidores. No documento, a companhia assumia “sete princípios de comportamento fundamentais”: o empreendedorismo “para explorar novas oportunidades”, a boa gestão, a liderança, a disponibilidade para a mudança, o controlo, a transparência e a “independência do poder político”. Um traço que a Sonae herdou da era de Belmiro. Mas além da teoria, importa olhar para a prática. Reconhecendo um ano de “forte desempenho operacional” em toda a linha, a Sonae fechou o exercício de 2007 com receitas de 5,2 mil milhões de euros e um lucro de 284 milhões de euros, de acordo com a Reuters. O volume de negócios subiu 9,1% face a 2006.

Os próximos anos não terão sido fáceis, até porque vale a pena recordar que Paulo Azevedo recebeu a Sonae numa altura em que a crise mundial começava a dar de si. Neste ano, já se antecipava uma “desaceleração” do crescimento económico mundial, mas o PIB de Portugal ainda crescia 1,9%. No ano seguinte, 2008, com a crise já bem instalada no país, a empresa acabaria por conseguir, mesmo assim, aumentar as receitas para quase 5,7 mil milhões de euros. Já os lucros, esses, não escaparam: afundaram quase 72% para os 80 milhões de euros.

“Durante o ano de 2008, o ambiente macroeconómico e financeiro continuou a deteriorar-se em todo o mundo, muito acima das previsões iniciais”, lia-se no relatório de contas sobre o ano de 2008. Foi o primeiro ano completo de mandato para Paulo Azevedo, que assumia agora uma estratégia puramente voltada para o mundo global.

Numa mensagem enviada aos investidores, o gestor escrevia: “A internacionalização, focada no nosso negócio principal e incluindo as áreas adjacentes, será o nosso fator principal de crescimento durante muitos anos que hão de vir.” Paulo Azevedo estava a pensar em grande: “Temos a oportunidade de aumentar a nossa pegada internacional e de transformar a Sonae numa grande multinacional.”

A estratégia passava por apostar em oportunidades nos mercados emergentes e noutros já maduros, em que a Sonae já tivesse presença. Nos primeiros, Paulo Azevedo procurava crescimento económico para desenvolver mercados de retalho. No segundo, procurava oportunidades para “ganhar vantagem” sobre a concorrência.

Com os anos, a pressão sobre os resultados da Sonae aumentou. As receitas atingiram um pico de 6,3 mil milhões de euros em 2010, mas recuaram até 2014, período marcado pela passagem da troika pelo país. Já a pressão sobre os resultados líquidos manteve-se durante alguns anos, com a Sonae a só conseguir regressar acima da fasquia dos 200 milhões em 2016, ano em que apresentou um lucro de 215,1 milhões de euros. Pelo meio, apresentou-se com uma nova imagem. Foi em 2009, por ocasião dos 50 anos da companhia.

Falar da Sonae de Paulo Azevedo também é falar da fusão da Zon de Isabel dos Santos com a Optimus da antiga Sonaecom. A operação foi anunciada no final de 2012, em meados de dezembro. Poucos dias depois de ter sido conhecida a intenção, o conselho de administração da Optimus aprovava a operação “sem reservas”. Nessa altura, Ângelo Paupério, hoje parceiro de Paulo Azevedo na liderança do grupo, era administrador executivo da Sonae e presidente executivo da Optimus. E tudo estava alinhado para a operação: numa carta citada pelo Jornal de Negócios, Paupério dizia estar “integralmente disponível para negociar com a Zon a elaboração de um projeto de fusão” com a operadora.

Foi criada a Zopt, detida em conjunto pela Zon de Isabel dos Santos e pela Sonaecom. A primeira transferiu 28,8% da Zon para a nova empresa, enquanto a Sonaecom transferiu 81,8% da Optimus. A compra foi aprovada a 26 de agosto de 2013 e lançou as bases para o que é atualmente a Nos, liderada por Miguel Almeida. A participação de Ângelo Paupério em todo o processo de fusão terá sido decisiva.

Na carta aos investidores assinada por Paulo Azevedo na apresentação dos resultados de 2013, o gestor destaca o sucesso da operação. “Esta fusão criou um player com maiores vantagens competitivas e ambição que, apesar de ainda nas primeiras fases de integração, está já a lançar produtos convergentes de forma bem-sucedida”, dizia o líder da Sonae.

Hoje, a Sonae tem negócios em 91 países espalhados por todos os continentes como resultado da estratégia de internacionalização de Paulo Azevedo:

  • É dona da Sonae MC para o setor do retalho.
  • Tem a Sonae S&F, dona da Sport Zone e de marcas como a Berg Outdoor e Deeply.
  • Detém a Worten e a Worten Mobile para toda a componente de eletrónica.
  • Com a Sonae RP, o grupo aposta na gestão do seu património imobiliário de retalho.
  • Conta com a Sonae FS como coordenadora de serviços financeiros, e que inclui, por exemplo, o Cartão Universo e a corretora de seguros MDS.
  • Tem a já conhecida Sonae Sierra, que aposta nos centros comerciais.
  • É acionista da Nos, através da Sona IM, bem como dona do jornal Público.

E por falar em Sonae IM, a subsidiária da Sonae também tem feito apostas na área da tecnologia. Dela, nos últimos tempos, têm partido notícias de várias operações de compra de empresas internacionais ligadas à segurança informática e a tecnologias emergentes, como a inteligência artificial. Já este ano, fundiu duas empresas espanholas num “primeiro passo” para criar uma empresa líder em cibersegurança a nível europeu. Com o mundo a mudar, a Sonae não quer ficar para trás.

Na mais recente apresentação de resultados, relativos a 2017, Paulo Azevedo reconhece que a Sonae enfrentou crises mundiais e instabilidade política ao longo da última década. A estratégia, agora, inverteu-se. No retalho, o grupo aposta em estabelecimentos mais voltados para o nível local, um dos pilares de crescimento para a próxima temporada. Diz mesmo que a decisão da “expansão para pequenos centros nas cidades e lojas comunitárias ainda menores” resultou num reforço da quota de mercado e pôs a Sonae em áreas onde a empresa ainda não estava. É o caso do conceito por detrás do Continente Bom Dia.

Antes de deixar a liderança, Paulo Azevedo e Ângelo Paupério terão uma última missão: pôr o negócio do retalho na bolsa de Lisboa. O grupo já deu conta dessa intenção e deverá listar um portefólio que contará com ativos dos segmentos do retalho alimentar e da propriedade imobiliária. Segundo o Jornal de Negócios (acesso condicionado), a Sonae deverá optar por uma venda direta a investidores institucionais, o que significa que apenas quando a nova empresa estiver cotada é que os pequenos investidores vão poder comprar ações. A operação permitirá reduzir a dívida da Sonae.

Posto isto, em linhas gerais, este é o cenário: Cláudia Azevedo vai receber uma empresa a gerar 5,71 mil milhões de euros em receitas e lucros de 165,8 milhões de euros, a afirmar-se no setor tecnológico e a mudar conceitos no setor do retalho, de uma lógica de massa para uma mais local e focada. Levará a cabo projetos já em curso, como o projeto do Troia Resort, que ainda recentemente alienou mais uma parcela a uma empresa francesa. O carimbo de Paulo, esse, ninguém o apaga do historial da companhia com Azevedo no nome de família.

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Inflação atinge os 2% na Zona Euro em junho

  • Lusa
  • 18 Julho 2018

As áreas que contribuíram mais para a inflação anual na Zona Euro foram a energia, serviços, comida, álcool e tabaco, e bens industriais não energéticos.

A taxa de inflação anual na Zona Euro em junho subiu para 2%, tanto em relação a maio, em que se registou 1,9%, como comparando com junho do ano passado, de 1,3%. Os dados foram divulgados pelo gabinete de estatísticas da União Europeia, Eurostat.

Na União Europeia a taxa foi também de 2%, mantendo-se inalterada relativamente ao mês anterior, mas com um aumento na comparação homóloga, em que se observava uma inflação de 1,5%.

As taxas mais baixas foram registadas na Irlanda, com 0,7%, na Grécia, com 1,0%, e na Dinamarca, 1,1%. É nos países do leste que se encontram as mais altas, todas superiores a 3%. Na Roménia a inflação em junho foi 4,7%, na Estónia 3,9% e na Hungria 3,2%. Em Portugal, a taxa de inflação subiu para os 2,0% em junho, quer face a maio, que viu 1,4%, quer ao mesmo mês de 2017, no qual registou 1,0%.

Relativamente ao ano passado, a maioria dos estados membros viu a inflação subir. Apenas dois registaram taxas estáveis, e em três desceram.
As áreas que contribuíram mais para a inflação anual na Zona Euro foram a energia, serviços, comida, álcool e tabaco, e finalmente bens industriais não energéticos.

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Portugal obtém 1.750 milhões com dívida de curto prazo. Taxas foram menos negativas que no último leilão

O Tesouro português foi ao mercado levantar 1.750 milhões de euros em títulos a seis e 12 meses a taxas menos negativas face a leilões recentes.

Portugal conseguiu obter um financiamento de 1.750 milhões de euros no mercado através de um duplo leilão de bilhetes do Tesouro a seis e 12 meses realizado esta manhã. A operação registou taxas de juro negativas — como vem sendo hábito há algum tempo –, mas já não são tão negativas como em leilões anteriores. A procura dos investidores continuou robusta.

O Tesouro português colocou 1.350 milhões de euros em dívida com maturidade em julho de 2019, registando uma taxa de juro de -0,28% — uma taxa menos negativa do que aquela que registou no último leilão no mês passado (-0,29%). Em maio, o leilão de bilhetes a 12 meses observou um juro de -0,272%.

Já para obter 400 milhões de euros em títulos com maturidade em seis meses, a taxa de juro exigida pelos investidores a Portugal situou-se nos -0,339% — que compara com a taxa de -0,351% do anterior leilão.

Embora o IGCP, que é quem leva a cabo as operações de financiamento da República, tenha cumprido com o objetivo de financiar-se no montante máximo esperado (o intervalo indicativo apontava para montantes entre 1.500 e 1.750 milhões), o resultado deste leilão vem reforçar a tendência de inversão dos juros que se vem verificando nos últimos meses.

Até março passado, Portugal vinha registando juros cada vez mais negativos de cada vez que ia ao mercado financiar-se a curto prazo, algo que não aconteceu nas últimas duas operações: os juros mantiveram-se em terreno negativo, mas começaram a subir ligeiramente.

Filipe Silva, diretor da Gestão de Ativos do Banco Carregosa, sublinha a “boa notícia para o financiamento do país que recebe juros quando pede emprestado” em leilões que registam juros negativos. “O Estado faz bem em aproveitar este período de juros negativos para ir substituindo (fazendo o rollover) dívida antiga”, comentou Filipe Silva.

(Notícia atualizada às 11h11)

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Raize estreia-se na bolsa com subida de 10%

A Raize já começou a negociar na bolsa de Lisboa. Os títulos deram um pulo de 10% para 2,20 euros por ação, com mais de 49 mil ações a trocarem de mãos.

A Raize estreou-se na bolsa de Lisboa com uma subida de 10% para 2,20 euros. Este é o primeiro dia de negociações na praça portuguesa, depois da oferta pública de venda inicial que terminou na semana passada. A startup vendeu 750 mil títulos a cerca de 1.400 investidores, com a procura a superar em quase quatro vezes a oferta.

Os títulos da Raize não negoceiam de forma contínua, pelo que a primeira chamada resultou em cerca de 49.500 ações a trocarem de mãos — isto é, aproximadamente 6,6% do free float da empresa portuguesa. A próxima chamada deverá ocorrer por volta das 15h30.

Liderada por José Maria Rego, a Raize concluiu com sucesso o IPO na semana passada. A oferta foi subscrita em 369% numa operação avaliada em 1,5 milhões de euros, para uma capitalização inicial de dez milhões. No total, participaram 1.419 investidores, a maioria investidores de retalho, mas também alguns investidores institucionais.

A Raize é uma bolsa de empréstimos para pequenas e médias empresas (PME), que conta já com 31 mil investidores na plataforma. Já financiou empresas num montante total superior a 15,5 milhões de euros, em 774 operações, segundo dados da Euronext Lisbon.

Na semana passada, a empresa já tinha antecipado um “forte dinamismo” dos títulos “nos primeiros dias de negociação”. José Maria Rego, cofundador, também deixou uma nota sobre isso na apresentação da operação: “Dia 18 é o primeiro dia de negociação, é importante que estejamos todos preparados para respondermos às necessidades dos investidores”.

(Notícia atualizada às 10h50 com mais informações)

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Greves aterram aviões, mas easyJet fatura mais

  • Lusa e ECO
  • 18 Julho 2018

Apesar dos mais de 2.000 voos cancelados no terceiro trimestre, a companhia low-cost conseguiu aumentar as receitas em 14%.

Foram mais de mil os voos cancelados pela easyJet só no mês de junho mas, pelo que a empresa indica, não foi assim tão afetada. De acordo com os dados revelados pela companhia britânica, as receitas aumentaram neste terceiro trimestre, batendo os 1,8 mil milhões de euros. Neste sentido, as estimativas apontam para lucros anuais entre os 618 e os 663 milhões de euros.

A companhia low-cost faturou 1,6 mil milhões de libras (1,8 mil milhões de euros) entre abril e junho, mais 14% do que no trimestre anterior. Relativamente à receita complementar — conseguida através da reserva de lugares ou do transporte de mais bagagem, por exemplo –, essa teve um acréscimo de 21,1% para 328 milhões de libras (371 milhões de euros).

No mesmo período, os passageiros transportados pela easyJet aumentaram 9,3% para 24,4 milhões, relacionando-se com o aumento da capacidade da companhia de 8,9% para 26,2 milhões de assentos, indicam os mesmos dados. Por sua vez, a taxa de ocupação subiu 0,3 pontos percentuais para 93,4%.

Conforme afirmou à Lusa o presidente executivo, Johan Lundgren, a low-costapresentou um forte desempenho durante o terceiro trimestre, impulsionado pela crescente procura“. “A companhia continua a ganhar força”, continuou.

Para este exercício fiscal de 2018, a easyJet estima que o lucro antes de impostos aumente para entre 550 e 590 milhões de libras (622 a 667 milhões de euros), sendo que, para o período fiscal do ano anterior, os valores fixaram-se entre 380 e 420 milhões de libras (429 e 474 milhões de euros).

Contudo, apesar destas melhorias, a companhia defende que as recentes greves, “que têm vindo a ocorrer por toda a Europa”, contribuem de forma negativa para estes resultados, nomeadamente dos controladores de tráfego aéreo, que se refletem “na receita, no custo e no desempenho operacional”. No total, foram 2.606 os voos cancelados no terceiro trimestre, que comparam com os 314 do mesmo período do ano passado.

A justificação para esses cancelamentos foi dada pela paralisação dos controladores de tráfego aéreo franceses, as restrições causadas pela falta deste pessoal, mas também pelas “condições meteorológicas adversas”.

Os resultados referentes ao terceiro trimestre são apresentados à imprensa esta quarta-feira, durante o evento internacional de aeronáutica de Farnborough, no Reino Unido. Ainda no mesmo dia, a companhia britânica vai apresentar o novo easyJet Airbus A321neo, com capacidade para 235 pessoas, estando previstas para entrega 30 unidades. Estas aeronaves vêm substituir as A320, permitindo aumentar em cerca de 30% os lugares nos voos.

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Euribor negativas chegam aos créditos à habitação a partir de amanhã

O Parlamento aprovou, Marcelo promulgou e, agora, a lei chega às famílias. Os bancos são obrigados, a partir desta quinta-feira, a refletir a totalidade da Euribor negativa nos créditos da casa.

O Parlamento aprovou, Marcelo Rebelo de Sousa promulgou. E, agora, a lei que obriga os bancos a refletirem a totalidade das taxas negativas da Euribor nos contratos de crédito à habitação vai finalmente entrar em vigor. Foi publicada em Diário da República, produzindo efeitos a partir desta quinta-feira, 19 de julho.

No Parlamento, o diploma foi aprovado a 11 de maio com os votos favoráveis de todos os partidos exceto do PSD, que se absteve. A proposta conjunta do PS e do Bloco de Esquerda faz com que o crédito à habitação passe a refletir valores negativos quando o spread e a taxa de juro (a Euribor) assim ditarem, ao contrário do que acontecia antes.

“A presente lei institui a obrigatoriedade de as instituições bancárias refletirem totalmente a descida da taxa Euribor nos contratos de crédito à habitação”, lê-se na publicação do jornal oficial da República Portuguesa. Assim, “quando do apuramento da taxa de juro resultar um valor negativo, deve este valor ser refletido nos contratos de crédito“, acrescenta a lei, salientando que “o valor negativo apurado deve ser deduzido ao capital em dívida na prestação vincenda”.

O mutuante, ou seja, o banco que concedeu o crédito “pode optar pela constituição, a favor do cliente, de um crédito de montante idêntico aos valores negativos apurados (…) a deduzir aos juros vincendos, a partir do momento em que estes assumam valores positivos, sendo os juros vincendos abatidos ao crédito, até à extinção deste”, refere a lei. “Se no fim do prazo convencionado para o contrato de crédito ainda existir um crédito a favor do cliente, devem as instituições de crédito proceder ao seu integral ressarcimento”.

Com a publicação em Diário da República, a lei chega às famílias, que vão beneficiar na totalidade do contexto de juros negativos proporcionado pela política monetária de Mario Draghi. Se esta medida representa um alívio adicional para muitos portugueses, é uma “dor de cabeça” para a banca, que concede os créditos.

A medida foi criticada, em maio, por vários banqueiros que consideraram que a lei, como foi aprovada, não era proporcional. A Caixa Geral de Depósitos, porém, na voz de Paulo Macedo, considerou que para a CGD o impacto não seria particularmente significativo, já que só abrangeria “os melhores clientes”.

(Notícia atualizada às 10h09 com mais informação)

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Horta Osório vai dividir o Lloyds em três após o Brexit

O Lloyds Bank está a preparar-se para instalar três subsidiárias na União Europeia após o Brexit. A descentralização é a forma de encarar o risco e vai envolver custos acrescidos.

O britânico Lloyds BankingGroup, presidido pelo gestor português António Horta Osório, tem um plano para criar três subsidiárias na União Europeia após o Brexit. O banco deverá instalar operações em Berlim, em Frankfurt, e contará ainda com uma terceira subsidiária que ainda não se sabe onde vai estar localizada. A notícia foi avançada pela Reuters.

A fragmentação das operações faz parte das medidas do Lloyds para o cenário após a saída do Reino Unido da União Europeia. O setor da banca tem sido um dos mais impactados pelo Brexit, com as empresas a terem de encontrar formas de manter operações no bloco europeu, mesmo que o governo não consiga chegar a um acordo com a Comissão Europeia.

O Lloyds é o banco que mais crédito concede no Reino Unido e sempre concentrou as operações no país. No entanto, a fragmentação terá sido o caminho escolhido por António Horta Osório para o pós-Brexit, sendo que esta divisão será maior do que o que se pensava até aqui.

A ideia geral era a de que o Lloyds iria instalar uma subsidiária em Berlim para as operações europeias, mas a Reuters cita fontes próximas da empresa e garante que não vai ser só uma — vão ser três. A descentralização é ainda uma forma de mitigar potenciais riscos e é vista como uma tendência no setor financeiro.

O plano deverá, em contrapartida, aumentar as despesas do grupo, bem como a complexidade da sua estrutura. Como explica a Reuters, cada uma das três subsidiárias vai ter de ser capitalizada e obter licença própria por parte dos reguladores.

Esta não vai ser a única consequência do Brexit no banco liderado por Horta Osório. Em meados de abril, a empresa revelou um plano para fechar 49 balcões no país e eliminar 1.230 postos de trabalho, ao mesmo tempo que deverá criar 925 empregos noutras áreas de negócio.

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Comissão Europeia multa hoje a Google. Coima deverá chegar aos 4,3 mil milhões de euros

Bruxelas considera que a empresa de Larry Page abusou da sua posição dominante nos sistemas operacionais para smartphones, nomeadamente o Android. Multa será a maior de sempre.

A Google deverá ser multada pela Comissão Europeia até 4,3 mil milhões de euros esta quarta-feira, um valor recorde, adianta a Bloomberg (conteúdo em inglês). Esta multa está relacionada com métodos alegadamente usados pela gigante norte-americana para forçar fabricantes de telemóveis a instalarem de origem os serviços da empresa nos equipamentos que desenvolvem.

Bruxelas decidiu que a empresa fundada por Larry Page abusou da sua posição dominante nos sistemas operacionais para smartphones, nomeadamente o Android, sendo esta a decisão mais importante na luta de combate à fraude, que dura há oito anos, entre as duas entidades. De acordo com fontes próximas do processo, a multa deverá ultrapassar os 2,4 mil milhões de euros, podendo chegar aos 4,3 mil milhões.

Margrethe Vestager, comissária europeia para a Concorrência, concluiu que a empresa usou métodos ilegais para forçar os fabricantes de smartphones a instalarem serviços e aplicações da Google, como o motor de busca Google Chrome, como condição para estes poderem ter acesso ao Google Play, a loja de aplicações da empresa.

Para além disso, vários operadoras móveis e fabricantes de smartphones receberam incentivos financeiros anticoncorrenciais para instalarem esses mesmos serviços logo de origem, descartando quaisquer serviços de empresas concorrentes. Uma terceira parte do processo está relacionada com restrições contratuais que impedem esses mesmos fabricantes de vender telemóveis usando sistemas operativos desenvolvidos pela concorrência.

Assim, nas conclusões da Comissão Europeia, a empresa limitou, através dessas práticas ilegais, a capacidade de outros navegadores rivais competirem com o Google Chrome, impedindo o surgimento de outros sistemas operativos, disseram as mesmas fontes, citadas pelo Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Para a empresa, tudo isto tratou-se de um mal-entendido, tendo a Comissão Europeia interpretado de forma errada os comportamentos dos consumidores. “O processo é baseado na ideia de que o Android não compete com o iOS da Apple. Não vemos as coisas dessa maneira”, disse Kent Walker, CEO da Google. “Pensamos que a Apple também não pense assim. Ou os fabricantes. Ou os utilizadores”.

A tecnológica defende ainda que as aplicações concorrentes estão apenas a um download de distância, tornando impossível acabar com a concorrência, mesmo quando as aplicações da Google são instaladas logo de origem. Relativamente aos termos dos contratos, estes são classificados como “requisitos mínimos” para garantir que o Android funciona corretamente em todos os dispositivos.

O caso “Android” dura há oito anos, sendo uma das três investigações levadas a cabo contra a Google. O processo ficou concluído com a aplicação desta multa, mas a empresa está a tentar convencer a comissária da UE de que as mudanças que fez em termos de negócios acabaram com os problemas da concorrência, não sendo necessário recorrer a esquemas ilegais.

(Notícia atualizada às 10h57 com mais informação)

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Revista de imprensa internacional

Bruxelas deverá multar a Google em mais de dois mil milhões de euros, num dia que também é marcado pela reviravolta no discurso de Donald Trump. Conheça estas notícias que são manchete lá fora.

É esta quarta-feira que a Comissão Europeia irá anunciar uma multa recorde à Google por alegado abuso de posição dominante com o sistema operativo Android. Nos Estados Unidos, Donald Trump já admite a interferência russa nas eleições de 2016. Num cenário pós-Brexit, o Lloyds de Horta Osório prepara-se para se dividir em três.

Financial Times

Bruxelas dá um estalo à Google: vem aí multa de 2,4 mil milhões

A Google deverá ser multada pela Comissão Europeia em 2,4 mil milhões de euros esta quarta-feira, naquela que será a maior sanção regulatória de sempre à tecnológica norte-americana. Bruxelas concluiu que a empresa abusou da sua posição dominante no seu sistema operativo para dispositivos móveis, o Android. O processo está relacionado com métodos alegadamente usados pela Google para forçar as fabricantes de telemóveis a instalarem de origem os serviços da empresa nos equipamentos que desenvolvem. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago/conteúdo em inglês).

Reuters

Lloyds de Horta Osório vai ter três subsidiárias na UE pós-Brexit

O Lloyds Banking Group está a preparar-se para o Brexit e vai ter três subsidiárias na União Europeia após a saída do Reino Unido. Uma das subsidiárias terá sede em Berlim e outra deverá ser instalada em Frankfurt. Ainda não se sabe onde se irá localizar a terceira subsidiária. Este plano do banco liderado pelo português António Horta Osório vai ao encontro do que outros bancos planeiam fazer no pós-Brexit: fragmentar operações por várias cidades. Leia a notícia completa na Reuters (acesso gratuito/conteúdo em inglês).

Expansión

Bankinter negoceia compra do Evo Banco à Apollo

O Bankinter, que tem operações em Portugal, entrou em negociações exclusivas com os norte-americanos da Apollo para a compra do Evo Banco, um banco online. A instituição presidida por Pedro Guerrero ainda está a analisar qual o preço “razoável” pelo banco da Apollo. Sabe-se que, no passado, o fundo já pediu 300 milhões de euros por este ativo. Leia a notícia completa no Expansión (acesso gratuito/conteúdo em espanhol).

The Wall Street Journal

Plano de May para o Brexit passou no Parlamento… à justa

O plano que foi desenvolvido pelo Governo britânico passou no Parlamento, mas sobreviveu por pouco a uma série de votações em Westminster. Foi uma vitória agridoce para a primeira-ministra britânica, Theresa May, que deverá ver reforçadas as dúvidas sobre se conta com o apoio suficiente para fazer passar um potencial acordo com a União Europeia que resulte das negociações bilaterais. Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso pago/conteúdo em inglês).

USA Today

Trump recua: já admite interferência russa nas eleições de 2016

O Presidente dos Estados Unidos disse que se enganou a falar e já admite que a Rússia tenha interferido nas eleições presidenciais norte-americanas, numa autêntica volta de 180 graus no discurso. Por ocasião do encontro com Vladimir Putin, questionado sobre se admitia esse cenário, Donald Trump disse: “Não vejo motivos para que tenha sido a Rússia.” Agora, recuou e veio esclarecer que a frase correta deveria ter sido: “Não vejo motivos para que não tenha sido a Rússia.” Acredita-se que o país liderado por Putin envidou esforços para manipular as eleições em 2016. Leia a notícia completa no USA Today (acesso gratuito/conteúdo em inglês).

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Saída de Paulo, entrada de Cláudia Azevedo. Sonae perde mais de 1% na bolsa de Lisboa

O setor energético está a pesar na bolsa nacional, que contraria a tendência da generalidade das praças europeias. Ações da Sonae recuam depois de anunciada a mudança na liderança.

A bolsa de Lisboa está a contrariar a tendência positiva na Europa e abriu a cotar no vermelho. O índice nacional está a ser pressionado por quedas no setor da energia, banca e construção, mas também no retalho. Um dia depois de se saber que Paulo Azevedo vai deixar a presidência executiva da Sonae, sendo sucedido por Cláudia Azevedo, as ações da empresa respondem em queda.

Enquanto o Stoxx 600 soma 0,38% para 386,42 pontos, o PSI-20 cai 0,12% para 5.631,34 pontos. O setor energético é o que mais contribui para as perdas, depois de conhecidos os dados sobre a produção de energia para as duas principais empresas cotadas na Euronext Lisbon.

A EDP está entre os piores desempenhos, com uma queda de 0,58% para 3,45 euros, mesmo depois de anunciar que aumentou a produção em 7% no primeiro semestre deste ano. Cenário semelhante na EDP Renováveis, que perde 0,11% para 8,99 euros, mesmo depois de ter anunciado um aumento de 6% na produção de energia no mesmo período, comparativamente com o período homólogo.

O pesado pesado BCP também está a contribuir para a desvalorização da bolsa portuguesa. A instituição liderada por Nuno Amado perde 0,14% para 2,954 euros.

Mas o destaque principal vai para as ações da Sonae. A empresa anunciou esta quarta-feira, após o fecho dos mercados, que vêm aí mudanças na presidência executiva: sai Paulo Azevedo e entra a irmã, Cláudia Azevedo. Em reação à notícia, os títulos da dona dos hipermercados Continente estão a perder valor. Arrancaram a sessão a cair 0,21%, mas recuam já 1,16% para 1,02 euros.

Em contraciclo, a Galp Energia está a travar as perdas na bolsa. A petrolífera avança 0,36% para 16,92 euros por ação, num dia em que o petróleo continua a perder valor nos mercados internacionais. Em Londres, o barril negoceia a 71,69 dólares, uma queda de 0,65%.

Por volta das 11h00, a bolsa de Lisboa irá ganhar mais uma cotada. Trata-se de startup financeira Raize, que passará a negociar no PSI Geral com o ticker “MLRZE”, depois de ter concluído com sucesso a oferta pública de venda inicial na semana passada, com uma procura que superou em quase quatro vezes o valor da oferta. O preço do IPO é de dois euros por ação.

(Notícia atualizada às 8h57 com o acentuar da queda da Sonae)

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