75% dos europeus são a favor de dar uma segunda vida à roupa

Segundo um estudo da Ginetex, os europeus estão cada vez mais comprometidos em reduzir a pegada ambiental e dar uma segunda vida às peças que já não usam através da doação.

Os europeus preocupam-se com a sustentabilidade do planeta e permanecem comprometidos com a ideia de dar uma segunda vida à roupa. A preocupação em reduzir a pegada ambiental está a fazer-se sentir em todos os setores e no têxtil não é exceção.

75% dos europeus são a favor de dar uma segunda vida às peças de roupa que já não usam e apenas 7% dos inquiridos coloca a roupa no lixo. Hoje as pessoas optam por doar as peças a instituições de caridade, associações ou parentes, ou colocar em pontos de recolha apropriados para o efeito. A conclusão é da Associação Internacional para Etiquetagem de Conservação de Têxteis (Ginetex), que realizou uma sondagem em sete países europeus: França, Reino Unido, Alemanha, Itália, Suécia, República Checa e Espanha e reuniu um total de sete mil amostras (mil pessoas por país) com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos.

O estudo indica que 32% acaba por doar a roupa a associações, 30% coloca nos pontos de recolha e 13% doa a familiares. No Reino Unido, 57% dos inquiridos opta por doar a roupa que já não usa a instituições de caridade, enquanto na Alemanha o método mais comum é deixar as roupas no ponto de recolha (52%). Por sua vez, em Itália e na República Checa, o mais frequente é doarem a familiares (18% e 19%, respetivamente).

Nos sete países observados quase todos os inquiridos (97%) tinham comprado pelo menos uma peça de roupa nos últimos seis meses. Os europeus continuam a comprar roupa, mas com uma mentalidade diferente. As conclusões do estudo apontam para que dois em cada três europeus afirmam cuidar do vestuário de forma a usarem-no durante mais tempo.

As roupas acabam por ter uma segunda ou até mesmo terceira vida e, neste contexto da sustentabilidade, é importante manter as etiquetas no vestuário. E aí detetou-se uma falha: 68% dos europeus cortam as etiquetas sistematicamente ou ocasionalmente. O estudo refere que, em França, cerca de 74% dos inquiridos cortam a etiqueta, tal como os suecos (60%), contrariamente aos britânicos (45%).

Para além de se preocuparem em reduzir a pegada ambiental, os europeus preocupam-se também com a durabilidade do seu vestuário –70% dos inquiridos assume respeitar as indicações das etiquetas.

Europeus são fieis à etiqueta de conservação dos têxteis

Segundo o estudo da Associação Internacional para Etiquetagem de Conservação de Têxteis, 75% dos inquiridos nunca (ou raramente) compram uma peça sem instruções de conservação, o que significa que três quartos dos europeus nunca, ou raramente, compram uma peça de vestuário sem etiqueta. A sondagem mostra também que, geralmente, é na primeira lavagem (47%) ou quando adquirem a peça (26%) que os europeus olham para as instruções na etiqueta.

E quando não compreendemos os símbolos nas etiquetas? O símbolo de lavagem e passar a roupa a ferro são os símbolos mais reconhecidos entre os europeus. O mesmo não acontece com símbolo de branqueamento, secagem e limpeza profissional. E quando assim acontece a solução é muito simples, recorre-se ao Google. O estudo da Ginitex mostra que quase metade dos europeus (49%) recorrem à Internet quando não compreendem os símbolos de conservação na etiqueta. São os checos (56%) e os italianos (55%) que mais recorrem à internet, seguido dos franceses e dos suecos (34%).

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ECO cresce, aumenta capital e tem acionistas comprometidos

  • ECO
  • 9 Novembro 2019

A administração da Swipe News desmente de forma categórica a notícia do Dinheiro Vivo sobre supostas "dificuldades" do ECO.

O suplemento de economia da Global Media, o Dinheiro Vivo, publicou este sábado uma notícia com um titulo absolutamente falso sobre alegadas “dificuldades” do ECO por causa de um aumento de capital da empresa, que está em curso. O ECO é uma marca de informação com relevância e em afirmação, com receitas a crescerem desde a sua fundação, com as audiências a aumentarem, e está a realizar um aumento de capital destinado a acionistas e a não acionistas, precisamente para reforçar esse crescimento no triénio em curso (2019/2021).

A notícia do Dinheiro Vivo é, aliás, contraditória nos termos. Se, por um lado, descreve no título supostas dificuldades, por outro, no texto da notícia, cita uma apresentação a investidores que é clara nos objetivos: Suportar os projetos de crescimento em curso, o lançamento de novas marcas de informação, como sucedeu, já em 2019, com a Pessoas, uma marca de informação sobre gestão de recursos humanos com uma revista bimestral. Ou o ECO News, o único site de informação noticiosa em inglês sobre a economia portuguesa para a comunidade internacional.

Os principais acionistas do ECO, com representação no conselho de administração da sociedade, estão absolutamente comprometidos com o projeto e, por isso, mesmo, reforçam o seu capital nesta operação, como de resto a notícia refere, desmentindo o seu próprio titulo numa notícia não assinada e que não justificou um único contacto prévio com a administração do ECO antes da sua publicação.

Este aumento de capital não se destina, como sucede no próprio grupo Global Media, dono do Dinheiro Vivo, para suportar qualquer reestruturação empresarial nem o despedimento de dezenas e dezenas de trabalhadores. Nem o ECO beneficiou de perdões de dívida bancária.

A Swipe News assinalou agora três anos de existência do ECO, não tem dívida bancária e tem, pelo contrário, um ambicioso plano de investimento. O aumento de capital em curso é uma peça integrante do plano de negócios e de investimento do ECO para continuar a afirmar a sua credibilidade, rigor e independência editorial, valores centrais desde o primeiro dia.

O Conselho de administração da Swipe News

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Matos Fernandes espera estudo sobre nova barragem até ao verão

  • ECO
  • 9 Novembro 2019

Estudo de impacto ambiental, projeto e modelo de financiamento já foram pedidos. O rio Ocreza (que nasce na Serra da Gardunha) "parece ser mais [o local] indicado", disse o ministro do Ambiente.

Até ao próximo verão, o ministro do Ambiente e da Transição Energética espera ter concluído um estudo prévio para a construção de uma nova barragem em Portugal. Em entrevista ao Dinheiro Vivo e à TSF (acesso livre), João Matos Fernandes explicou que o objetivo do empreendimento é controlar o caudal do rio Tejo. A melhor localização que vê é em Castelo Branco.

Há uma decisão concreta para estudar esta barragem e essa indicação já foi dada à Agência Portuguesa do Ambiente e chegaremos ao verão com um estudo prévio para essa barragem que tenha várias alternativas, que nos diga quanto custa mediante as alternativas, que nos diga como é que ela pode ser paga”, explicou Matos Fernandes.

O ministro clarificou que, pelo menos, parte da barragem deve ser rentável para rega e para produção de eletricidade através da colocação de painéis fotovoltaicos na superfície da barragem. O estudo da APA irá ainda indicar quais são os principais impactos ambientais.

Quanto à melhor localização para a barragem, referiu que deverá situar-se numa “sub-bacia hidrográfica com alguma capacidade de água” e apontou para o rio Ocreza (que nasce na Serra da Gardunha, no distrito de Castelo Branco) como o local que “parece ser mais indicado” por estar próximo da fronteira com Espanha, mas numa bacia hidrográfica do território português. “É isso que estamos a avaliar. Uma barragem deste tipo tem de ter um estudo de impacto ambiental, um projeto e um modelo de financiamento“, sublinhou o ministro.

A construção de uma nova barragem tem como objetivo compensar as flutuações de caudal, sendo que o rio Tejo tem atualmente menos 25% do caudal que tinha quando foi assinada a Convenção de Albufeira entre Portugal e Espanha, há mais de 20 anos. “Por muito bem que essa relação [entre os dois países] corra, é fundamental termos do nosso lado alguma capacidade de armazenamento de água para poder regularizar o Tejo português”, acrescentou Matos Fernandes.

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Municípios obrigados a devolver 60 milhões de euros cobrados a fundos de investimento

  • ECO
  • 9 Novembro 2019

Tribunal foi favorável aos fundos porque a isenção de IMT (que tinha supostamente sido cortada para metade em 2014 e eliminada em 2016) continuou em vigor pois o decreto-lei nunca foi alterado.

As autarquias estão obrigadas a devolver um total de 60 milhões de euros a fundos de investimento imobiliário. Em causa está um montante cobrado de impostos municipais sobre transmissões (IMT) entre 2014 e 2018, mas que afinal não era preciso pagar. Metade do valor diz respeito a casos perdidos em Tribunal e o restante a processos em que a Autoridade Tributária (AT) desistiu, segundo noticia o Expresso (acesso pago).

A AT perdeu 34 processos no tribunal arbitral. As decisões foram favoráveis aos fundos porque a isenção de IMT (que tinha supostamente sido cortada para metade em 2014 e eliminada em 2016) continuou em vigor pois o decreto-lei nunca foi alterado.

No âmbito destes processos perdidos, têm de ser devolvidos 30 milhões de euros. Além destes, há ainda outros 42 processos (que totalizam outros 30 milhões de euros) em que a AT decidiu desistir à partida para evitar litigância desnecessária, de acordo com os dados consultados pelo Expresso.

Tendo em conta que o IMT funciona como receita municipal em que a AT atua como intermediário, o montante já tinha sido entregue pelas Finanças às 60 autarquias abrangidas pelos processos (com Lisboa e Porto a lideram a lista de municípios onde há mais atividade dos fundos), que têm agora de o devolver. O semanário escreve ainda que a situação está a agitar os autarcas e irá levar o Governo a apresentar duas propostas de alteração legislativa.

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E quando as empresas decidem vender as próprias sedes? Recorde oito negócios

Numa altura em que o mercado imobiliário está em alta, são cada vez mais as empresas que optam por vender as próprias sedes, embora muitas continuem nos edifícios como arrendatárias.

Há cada vez mais empresas a venderem as suas próprias sedes, mesmo que continuem nos edifícios como arrendatárias. E há também quem opte por vender a própria sede e mudar-se para outra zona da cidade ou até quem seja apenas um inquilino e veja a própria sede vendida. A verdade é que se vendem e compram cada vez mais edifícios, numa altura em que o mercado imobiliário está ao rubro. O ECO recuperou algumas das mais recentes vendas que envolvem edifícios sedes de empresas em todo o país.

No caso em que uma empresa decide vender o edifício onde está instalada, mas continuar como arrendatária — sale & leaseback –, isso acontece, normalmente, por duas razões: maior flexibilidade e maior concentração no core business. “É uma forma de se financiarem, ou seja, em vez de terem imobiliário, vendem-no e aplicam esse dinheiro no seu core business”, explica ao ECO Pedro Lancastre, diretor-geral da JLL.

Francisco Horta e Costa, diretor-geral da CBRE, complementa esta ideia e refere que “muitas vezes as empresas comparam as taxas de um financiamento da banca com as taxas de imobiliário”. “Vender a própria sede é muito mais simples do que ir financiar-se junto da banca. Não tem comparação”, diz ao ECO.

Mas há ainda uma segunda razão. “Essas empresas deviam apostar um bocado na flexibilidade. O que é o negócio hoje em dia, pode não ser amanhã, pode aumentar ou diminuir. Se forem arrendatárias, podem terminar o contrato e ir para outro edifício maior ou mais pequeno. Vão adaptando as instalações à medida que o negócio vai mudando“, diz o responsável da CBRE.

No caso de uma empresa que está num edifício arrendado, quando o proprietário decide vender o imóvel — como está a acontecer com a sede da Jerónimo Martins –, as empresas não correm riscos, “nem há muitas diferenças”, garantem os especialistas. Francisco Horta e Costa afirma que “os contratos se transmitem com a venda do imóvel” e Pedro Lancastre acrescenta que “as garantias que existem mantêm-se e nada se altera”.

Edifício sede da Jerónimo Martins à procura de novo dono

Embora não seja a proprietária do edifício, a Jerónimo Martins tem neste momento a sua “casa” disponível no mercado. Tal como o ECO noticiou, os donos do prédio no Campo Grande, os britânicos da Keyhaven Capital Partners, puseram à venda um portefólio com seis edifícios — entre os quais a sede da Jerónimo Martins –, e esperam concluir o negócio no início do ano.

A retalhista nacional vai continuar no edifício, que deverá valer entre 20 a 25 milhões de euros, tendo em conta a zona e as características do imóvel, de acordo com especialistas consultados pelo ECO.

Edifício sede da Jerónimo Martins, no Campo Grande

Nestlé vende sede aos espanhóis da Merlin

Em setembro foi a vez da Nestlé vender a própria sede, em Linda-a-Velha, uma operação de sale & leaseback, ou seja, vai continuar no edifício como arrendatária, com um contrato de 12 anos. O imóvel foi vendido por 12,5 milhões de euros à SOCIMI espanhola Merlin Properties, que “assumirá uma parte muito significativa do investimento nas obras necessárias para a remodelação do Nestlé Campus”.

Esta operação aconteceu como uma forma de a Nestlé se financiar junto da Merlin, tal como explicou ao ECO o responsável da JLL. Ou seja, com esta venda, a SOCIMI vai ajudar a transformar completamente aquele que será o novo Nestlé Campus, que acomodará uma população de 1.000 pessoas. As obras deverão estar concluídas no início de 2021.

Sede da Nestlé, em Linda-a-Velha, foi vendida à Merlin Properties por 12,5 milhões de euros.Nestlé

Fidelidade prestes a fechar venda da sede no Calhariz

Também em setembro, a Fidelidade colocou no mercado um portefólio com cinco imóveis em Lisboa e no Porto, no qual estava incluída a sede do Calhariz, no Chiado, tal como o ECO tinha avançado. A intenção da seguradora é vender este portefólio até ao final do ano por cerca de 130 milhões de euros, mas a operação apenas se concretizará se as propostas recebidas foram aliciantes.

Esta intenção de vender a sede deve-se à compra dos terrenos da antiga Feira Popular, em Entrecampos, onde a Fidelidade pretende juntar todos os serviços num único edifício. Mas, por enquanto, vai manter-se no Calhariz, mesmo após este edifício ser vendido.

Fidelidade está a vender a sede no Calhariz, no Chiado.

Sede histórica do FC Porto vai ser um hotel

Embora já não esteja a ocupar este edifício, que foi outrora a sede do clube, o FC Porto decidiu tirá-lo do “abandono” e dar-lhe uma nova vida. Este imóvel na Praça General Humberto Delgado, no Porto, vai ser transformado num hotel de luxo, num investimento de 2,8 milhões de euros.

A unidade hoteleira, localizada mesmo ao lado do edifício da Câmara Municipal do Porto, vai ter 54 quartos, um restaurante e um bar. Deverá abrir no primeiro trimestre de 2020 e será concessionada a 20 anos.

Olx vende sede em Lisboa por três milhões

Em abril do ano passado, o Olx mudou os escritórios para uma nova sede. O grupo dividia operações entre espaços distintos, com os engenheiros e demais trabalhadores a frequentarem dois edifícios separados em lados diferentes da mesma rua.

Assim, a antiga sede na Duque de Ávila, em Lisboa, foi vendida a um investidor nacional por três milhões de euros, tal como apurou o ECO na altura. O grupo mudou-se, entretanto, para a Duque de Saldanha.

Interior da nova sede do Olx, no Saldanha.Olx

Banco CTT muda sede para edifício do grupo

Em abril do ano passado, o Banco CTT abandonou o edifício Adamastor, no Parque das Nações, em Lisboa, e transferiu a sua sede para o edifício onde o próprio Grupo CTT está sediado, poucos metros ao lado, tal como avançou o ECO na altura.

Esta medida permitiu uma poupança anual de 800 mil euros com rendas. Em dezembro do ano passado, os CTT tinham vendido a antiga sede por 25 milhões de euros, na Rua de São José, em Lisboa, num negócio que representou uma mais-valia de 16 milhões de euros.

Novo Banco vende sede histórica do BES e muda-se para as Amoreiras

Em julho do ano passado, também o Novo Banco decidiu vender a sede histórica do BES, na Avenida da Liberdade. O banco liderado por António Ramalho colocou à venda um conjunto de 11 imóveis, entre os quais se incluía o edifício histórico do Grupo Espírito Santo, onde há mais de 60 anos se instalou a sede do antigo BES.

Com isto, o Novo Banco vai mudar-se para a zona das Amoreiras, onde já detém um terreno de 130 mil metros quadrados (que era da promotora imobiliária Temple, de Vasco Pereira Coutinho, que entrou em insolvência). Além da sede, que vai concentrar todos os serviços e departamentos, está ainda prevista a construção de uma zona residencial e de comércio — que vai ocupar grande parte daquele terreno.

Impresa vende edifício em Paço de Arcos… mas continua lá

Outro exemplo de empresas que venderam as próprias sede é a Impresa, que vendeu em junho do ano passado o edifício do Expresso ao Novo Banco, por 24,2 milhões de euros Esta venda aconteceu com um contrato automático de arrendamento, o que faz com que nos próximos dez anos a dona da SIC e do Expresso fique a pagar uma renda mensal ao novo proprietário.

Ao ECO, na altura, a Impresa explicou que parte do dinheiro obtido com esta operação iria servir para “financiar a obra de expansão do edifício Impresa [o mesmo que foi vendido]”.

Edifício Impresa

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Bolsonaro pede aos brasileiros para não darem “munição ao canalha” Lula da Silva

  • Lusa
  • 9 Novembro 2019

O Presidente do Brasil pediu este sábado aos brasileiros para não darem "munição ao canalha”, que disse estar "livre, mas carregado de culpa", um dia depois da libertação de Lula da Silva.

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, pediu este sábado aos brasileiros para não darem “munição ao canalha”, que disse estar “livre, mas carregado de culpa”, um dia depois da libertação do antigo chefe de Estado Lula da Silva.

“Não dê munição ao canalha, que momentaneamente está livre, mas carregado de culpa”, escreveu este sábado Jair Bolsonaro na sua conta no Twitter, no dia seguinte à libertação de Lula da Silva.

Não podemos cometer erros. Sem um norte e um comando, mesmo a melhor tropa se torna num bando que atira para todos os lados, inclusive nos amigos”, acrescentou o Presidente brasileiro, numa mensagem publicada pelas 08h30 no Brasil (mais três horas em Lisboa).

Numa outra mensagem publicada poucos minutos depois, Bolsonaro afirma que o país iniciou “há poucos meses a nova fase de recuperação” e que este “não é um processo rápido”. “Mas avançamos com factos. Não dê munição ao canalha, que momentaneamente está livre, mas carregado de culpa”, repetiu Bolsonaro.

O antigo Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva saiu sexta-feira em liberdade após o Supremo Tribunal Federal brasileiro (STF) ter decidido anular prisões em segunda instância, como era o caso do antigo chefe de Estado, preso desde abril de 2018 por corrupção.

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Montepio alerta para “buraco” de 282 milhões no fundo de pensões

  • ECO
  • 9 Novembro 2019

Banco garante que todas as responsabilidades estão financiadas na totalidade e em níveis superiores aos limites mínimos definidos pelo Banco de Portugal.

O Banco Montepio tem um para um desvio atua­rial do fundo de pensões de 282 milhões de euros. O alerta foi feito pela instituição financeira no prospeto de emissão de dívida a 31 de outubro, segundo noticia este sábado o Expresso (acesso pago). O desvio implica que o banco poderá ser obrigado a injetar capital no fundo em caso de défice das obrigações.

“No caso de haver um défice das suas obrigações com pensões, o Banco Montepio pode ser obrigado a avançar com pagamentos adicionais para o Fundo de Pensões, o que dependendo do valor a injetar, poderá ter um impacto material adverso, sobre os negócios, reputação e resultados operacionais do banco”, alerta o banco, citado pelo Expresso.

Este é um dos riscos listados pelo Montepio no prospeto do programa de emissão de dívida do banco. Os 223 milhões de euros, referentes a 31 de dezembro de 2018 comparam com 188 milhões no final de 2017. O semanário acrescenta que, no primeiro semestre deste ano, o desvio agravou-se em mais 59 milhões de euros.

Questionado pelo Expresso, fonte oficial do Banco Montepio rejeitou que seja um “buraco” e garantiu que “as responsabilidades totais do Banco Montepio encontravam-se totalmente financiadas e em níveis superiores aos limites mínimos definidos pelo Banco de Portugal“.

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Em liberdade, Lula já fala em voltar à política. Pode recandidatar-se à presidência do Brasil?

  • ECO e Lusa
  • 9 Novembro 2019

Ex-presidente brasileiro foi libertado esta sexta-feira e anunciou que irá viajar pelo país para reunir a oposição a Jair Bolsonaro. Uma lei que o próprio aprovou pode impedi-lo de ser candidato.

O antigo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, está em liberdade, após um ano e sete meses detido, e já fala no regresso à política. O brasileiro anunciou que irá viajar pelo país para reunir a oposição ao atual presidente Jair Bolsonaro, levantando dúvidas sobre se pretende candidatar-se às próximas eleições. Uma lei aprovada pelo próprio Lula poderá impedir.

O juiz Danilo Pereira, da 12.ª Vara Criminal Federal de Curitiba, mandou esta sexta-feira libertar o ex-Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, menos de 24 horas após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter decidido anular prisões em segunda instância. A decisão que foi executada pouco depois das 20h30 em Lisboa.

Lula da Silva anunciou que após sair da cadeia pretende participar em grandes viagens pelo país, as famosas “caravanas”, para aumentar a sua popularidade e incorporar a oposição ao Presidente do país, Jair Bolsonaro. Nas primeiras palavras já em liberdade fez duras críticas ao atual Executivo acusou de tentar “criminalizar a esquerda e o PT”.

As declarações levaram vários jornais brasileiros a questionarem se poderá ser candidato às eleições presidenciais de 2022. Se nada mudar, Lula será impedido de se candidatar às eleições devido a uma lei que o próprio ex-presidente aprovou, em 2010. O jornal O Globo (acesso pago) explica que o brasileiro está ainda dentro dos critérios de inelegibilidade da Lei da Ficha Limpa. Isto porque Lula tem uma condenação ratificada em segunda e terceira instância no caso do tríplex do Guarujá.

A lei determina que quem for condenado “em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado” em dez tipos de crimes (incluindo corrupção passiva e lavagem de dinheiro) torna-se inelegível para qualquer cargo governativo durante oito anos. Foi o que aconteceu em 2018, levando o PT a levar Fernando Haddad às eleições contra Bolsonaro.

Mas a situação ainda se pode alterar. A defesa do ex-presidente pediu a suspeição do ex-juiz e atual ministro da Justiça Sergio Moro, alegando que este foi parcial nos julgamentos de Lula. Se a decisão for anulada, Lula poderá voltar a ser candidato. Isto se não for alvo de mais nenhuma condenação já que o político fica em liberdade, mas já em novembro vai responder por um novo processo, sendo que no total tem oito ainda por responder.

Luiz Inácio Lula da Silva deixa a prisão em Curitiba após um ano e sete meses de detenção por corrupção, depois de o Supremo Tribunal ter decidido que os arguidos só podem ser detidos depois de o processo ter transitado em julgado, ou seja, depois de esgotadas todas as possibilidades de recurso.Hedeson Alves/EPA 8 Novembro, 2019

O histórico líder do Partido dos Trabalhadores (PT) foi preso após ter sido condenado em segunda instância pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), num processo sobre a posse de um apartamento, que os procuradores alegam ter-lhe sido dado como suborno em troca de vantagens em contratos com a estatal petrolífera Petrobras pela construtora OAS.

“Determino, em face das situações já verificadas no curso do processo, que as autoridades públicas e os advogados do réu ajustem os protocolos de segurança para o adequado cumprimento da ordem, evitando-se situações de tumulto e risco à segurança pública”, disse o magistrado, no seu despacho.

Apoiantes de Lula da Silva, que se encontrava a cumprir pena por crimes de corrupção, estavam concentrados em maior número perto do local onde está detido, na cidade de Curitiba, na expectativa da saída da cadeia.

Luiz Inácio Lula da Silva deixou a prisão em Curitiba após um ano e sete meses de detenção por corrupção, depois de o Supremo Tribunal ter decidido que os arguidos só podem ser detidos depois de o processo ter transitado em julgado, ou seja, depois de esgotadas todas as possibilidades de recurso.

Lula disse que, apesar de considerar seu processo injusto, não guarda mágoas. “Eu saio daqui sem ódio. Aos 74 anos meu coração só tem amor”. E até brinca sublinhando que conseguiu “a proeza de, preso, arranjar uma namorada e ainda aceitar casar” com ele. Incentivado pelo público, o ex-Presidente, que na juventude era torneiro mecânico, beijou a namorada, a socióloga Rosangela da Silva, também conhecida por Janja.

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Centeno diz que Portugal está numa posição “absolutamente invejável”

  • ECO
  • 9 Novembro 2019

"Portugal não pode outra vez parar projetos, sonhos e ideias. Por isso tem de ser bem financiado e é preciso que encontremos os recursos financeiros para o pagar", afirmou o ministro das Finanças.

O ministro das Finanças, Mário Centeno, diz que o caminho começado pelo anterior Governo é para continuar, até porque deixou o país numa “posição absolutamente invejável” a nível europeu. Esta sexta-feira, Centeno esteve na Moita para apresentar as linhas gerais do programa do Governo para os próximos quatro anos.

“Portugal não pode outra vez parar projetos, parar sonhos e parar ideias. Por isso tem de ser bem financiado e bem planeado e é preciso que encontremos os recursos financeiros para o pagar”, afirmou Mário Centeno sobre o programa de Governo, em declarações transmitidas pela SIC Notícias (acesso livre).

O ministro das Finanças defendeu que, ao contrário de outros partidos, o PS tem como objetivo cumprir aquilo a que se propôs, acusando outros partidos de terem feito “leilões de promessas” que não pretendiam cumprir. “Falámos muito durante as últimas semanas em desejos de eleições, em particular leilões de promessas de quem não estava a pensar cumpri-las porque não era esse o objetivo com que as faziam“, disse.

O ministro retomou, assim, uma expressão que marcou toda a campanha eleitoral, na qual apelou várias vezes aos partidos que não entrassem em leilões eleitorais. Durante a campanha, assumiu protagonismo ao desafiar o líder do PSD para um debate sobre contas públicas e chegou a integrar uma sondagem sobre intenções de voto que o colocava lado a lado com os outros líderes partidários.

“Mas nós temos a obrigação de cumprir aquilo que já começámos e começámos de uma forma que nos coloca numa posição absolutamente invejável em termos europeus e naquilo que é a experiência recente — infelizmente muitas vezes não positiva — da economia portuguesa”, acrescentou Centeno.

Há duas semanas, o novo Governo liderado por António Costa tomou posse, tendo-se seguido o primeiro Conselho de Ministros da legislatura. Em cerca de quatro horas aprovou o programa de Governo, que contém uma parte dedicada às contas públicas onde mantém na agenda do Executivo a redução da dívida pública, a criação de saldos primários e a contenção da despesa pública.

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Turismo de Portugal tem em curso 38 projetos de enoturismo com 60 milhões já aprovados

  • Lusa
  • 9 Novembro 2019

O Programa de Ação para o Enoturismo 2019-2021 foi apresentado, em março, na Bolsa de Turismo de Lisboa e foi o ponto de partida "para uma construção partilhada em torno de um tema prioritário".

O Turismo de Portugal tem em curso 38 projetos de desenvolvimento da oferta de enoturismo, com mais de 60 milhões de euros de investimento já aprovados, disse a entidade à agência Lusa. Segundo o Turismo de Portugal, que a Lusa contactou por ocasião do Dia Europeu do Enoturismo que se comemora no domingo, estes projetos centram-se em diferentes vertentes como hotéis temáticos, rotas, enotecas, museus, eventos, adegas, quintas e solares.

O Programa de Ação para o Enoturismo 2019-2021 foi apresentado, em março, na Bolsa de Turismo de Lisboa e foi o ponto de partida “para uma construção partilhada em torno de um tema prioritário” para o desenvolvimento turístico nacional, recordam.

Desde essa altura, as empresas “têm mostrado muita proatividade e dinamismo. Foram vários os contactos recebidos por parte de produtores, empresários e empreendedores, no sentido de apresentarem, presencialmente, os seus produtos, serviços e ideias de negócio”, refere ainda o Turismo de Portugal, em respostas escritas à Lusa.

Segundo o organismo, muitos dos projetos apresentados “têm uma forte base digital, permitindo acelerar o processo de digitalização da oferta enoturística, uma das lacunas do enoturismo português”. Projetos que, “simultaneamente contribuem para incrementar e promover a inovação em turismo, um dos objetivos centrais da Estratégia Turismo 2027 (ET27)”, acrescenta.

Em março, a então secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho (hoje ministra do Trabalho), afirmou que Portugal tem cerca de 2,2 milhões de visitantes por ano que já têm como motivação principal ou complementar o enoturismo e gastronomia, que estão muitas vezes associados, e que os principais mercados emissores destes turistas para Portugal são o Reino Unido, Brasil, Estados Unidos da América e a China.

Em março, dizia, existiam em todo o país cerca de 260 unidades de enoturismo.

Do programa de ação anunciado constavam várias linhas de atuação a desenvolver em articulação com os diferentes atores do setor que se encontram agora a ser operacionalizadas, ao mesmo tempo que estão também a ser desenvolvidos Planos de Promoção regionais, em articulação com as Agências de Promoção Regional, envolvendo as empresas e a oferta de enoturismo de cada região.

No que se refere “à notoriedade dos vinhos e do enoturismo português, foram já desenvolvidas ações de divulgação em mercados externos”, com estes produtos a estarem presentes em várias ações de promoção internacionais em mercados com potencialidade para o enoturismo português.

Já no primeiro semestre de 2020 vai ser disponibilizada a plataforma digital PortugueseWineTourism que, segundo o TP, agrega a oferta do enoturismo nacional, “conferindo-lhe maior escala e notoriedade nos mercados interno e externo”.

O objetivo, acrescentam, é que funcione depois como âncora na vertente de promoção internacional. A formação é outro dos focos no desenvolvimento do plano de ação apresentado, sendo que nesta vertente o programa Enotur vai arrancar em 2020, abrangendo: um Curso Geral de Formação em Enoturismo, Formação Territorial Temática, Formação e Certificação em Escanção e o ‘Cross-Sector Partnerships’.

O Programa de Ação para o Enoturismo em Portugal assume o produto ‘Gastronomia & Vinhos’ como uma prioridade para o desenvolvimento turístico nacional. “Identificado como um dos ativos presentes na Estratégia Turismo 2027 (ET27), este Programa pretende valorizá-lo estrategicamente, acrescentando-lhe valor numa lógica entre setores, contribuindo para a coesão da atividade turística em todo o país e ao longo de todo o ano”, explica o TP.

Com mais de 190 mil hectares de vinha, 31 Denominações de Origem Protegida, 14 Denominações de Indicação Geográfica e mais de 500 ‘players’ privados neste segmento, “Portugal, o melhor destino turístico do mundo e também produtor dos melhores vinhos do mundo, pretende posicionar-se como um destino de referência mundial no segmento enoturismo”, garantem.

Com um investimento previsto, a três anos, de cinco milhões de euros para ações de promoção e formação, “este referencial estratégico visa potenciar a venda cruzada entre ‘vinho’ e ‘turismo’, induzir boas práticas nos agentes do setor, contribuir para a estruturação e valorização de destinos e rotas de enoturismo e valorizar os territórios vinhateiros”, conclui o TP.

A realização da 5.ª Conferência Mundial de Enoturismo vai decorrer em Reguengos de Monsaraz (distrito de Évora), em 2020, e é promovida pela Organização Mundial de Turismo (OMT).

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Ex-secretária de Estado da Segurança Social passa à administração da Santa Casa

  • ECO
  • 9 Novembro 2019

Cláudia Joaquim, secretária de Estado da Segurança Social no anterior Governo, entrou para a administração da Santa Casa, segundo avança o Expresso.

A ex-secretária de Estado da Segurança Social vai para a administração da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Cláudia Joaquim desempenhou funções de secretária de Estado da Segurança Social (integrada no Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social) na anterior legislatura e passa agora a exercer o cargo de administradora no órgão que é tutelado pelo Ministério que integrava até há um mês, segundo noticia este sábado o jornal Expresso (acesso pago).

Contactado pelo semanário, o gabinete da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, respondeu apenas que “não comenta” a situação. Já o porta-voz da Santa Casa afirmou que esta é “uma matéria da responsabilidade do Governo”.

Cláudia Joaquim é licenciada em Economia e Mestre em Políticas Públicas. Antes de assumir o cargo de secretária de Estado da Segurança Social, foi adjunta do gabinete do Secretário de Estado da Segurança Social e assessora, na Assembleia da República, dos deputados do grupo parlamentar do PS que integram a Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública. Também já exerceu funções no Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) como subdiretora-geral e é ainda técnica superior do Instituto de Segurança Social desde 2001.

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Patrões querem usar fundos de 370 milhões para compensar aumento de salários

  • ECO
  • 9 Novembro 2019

Empresas descontam 1% dos ordenados para dois fundos de compensação salarial. Como contrapartida da subida dos salários mínimo e médio, patrões vão propor ao Governo descida das contribuições.

As associações patronais querem usar os fundos de Compensação de Trabalho para compensar a subida dos salários mínimo e médio. As empresas contribuem, desde 2013, para dois fundos de compensação salarial, que garantem pagamento de indemnizações em caso de necessidade, e terão já acumulado mais de 363 milhões de euros. Os patrões irão agora propor ao Governo que este montante seja usado para compensar aumentos salariais, segundo noticia este sábado o Público (acesso pago).

O Governo definiu como prioridade para a legislatura aumentar não só o salário mínimo nacional como o salário médio. A CIP – Confederação Empresarial de Portugal começou esta semana a discutir com outras associações patronais propostas para negociar este objetivo com o Executivo de António Costa.

Ainda não está fechado, mas uma das ideias passa por reduzir ou suspender as contribuições para estes fundos, segundo avança o Público. “Suspenda-se a contribuição durante um tempo. Não queremos acabar com a contribuição, mas, por exemplo, suspender e depois passar a contribuição de 1% para 0,3%“, disse António Saraiva, presidente da CIP, ao diário.

Atualmente, as empresas descontam 1% da remuneração de cada trabalhador para estes fundos, que indemnizam funcionários despedidos se os empregadores não o conseguirem fazer. Do total, 0,8% vai para o Fundo de Compensação do Trabalho (FCT) de capitalização e 0,2% para o mutualista Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho (FGCT).

O representante dos patrões quer mexer nestas taxas, mas “teme” a “voracidade do Ministério das Finanças” em relação a aos fundos. Após seis anos de contribuições, o FCT tinha, no final de setembro, 336,9 milhões de euros e o FGCT cerca de 27 milhões. As estimativas da CIP é que, até agora, tenham sido usados apenas 50 milhões.

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