Regulador europeu multa Fitch em cinco milhões. Agência diz que “não houve impacto nos ratings”

A Autoridade Europeia de Mercados de Valores Mobiliários acusou três subsidiárias (britânica, francesa e espanhola) da agência norte-americana infringiu critérios de conflitos de interesse.

A agência de notação financeira Fitch foi multada em mais de cinco milhões de euros por falhas nos requisitos de conflitos de interesses na Europa. A Autoridade Europeia de Mercados de Valores Mobiliários (ESMA, na sigla em inglês), que é o supervisor deste tipo de entidades, chegou à conclusão que três subsidiárias da agência norte-americana foram, em parte, indiretamente detidas pelo mesmo acionista com sede em França.

“A ESMA multou três agências de notação financeira do grupo Fitch no total de 5.132.500 euros. As multas estão relacionadas com uma série de infrações em que as agências falharam, de forma negligente, o cumprimento de requisitos da Regulação das Agências de Rating em relação a conflitos de interesse, que entraram em vigor a 20 de junho de 2013″, anunciou a ESMA, em comunicado.

As subsidiárias em questão são a Fitch Reino Unido, a Fitch França e a Fitch Espanha. Entre junho de 2013 e abril do ano passado, 20% do capital das três foram indiretamente detidas pelo mesmo acionista, a Fitch Shareholder. Simultaneamente, este acionista tinha lugar nos boards das três entidades. A situação, associada à falta tanto de procedimentos adequados como de controlo interno, levou a ESMA a concluir que o grupo infringiu os critérios de conflito de interesses em várias atividades desenvolvidas.

Nenhuma destas infrações teve impacto nos resultados dos nossos ratings“, afirmou fonte oficial da Fitch, em declarações ao ECO. Disse estar “feliz por fechar deixar esta questão, que se relacionada com acontecimentos entre 2013 e 2016, para trás” e sublinhou que “já não existe um único acionista único” que possa ter lugar em vários boards. “Continuamos empenhos em cumprir com elevados standards de operação e no cumprimento de todos os regulamentos”.

A Fitch Reino Unido foi multada em 3,195 milhões de euros por ter, entre 2013 e 2015, emitido quatro novas avaliações de rating a instrumentos emitidos por entidades relacionadas com o acionista, enquanto a subsidiária espanhola irá pagar 1,125 milhões de euros por ter emitido oito ratings em situações semelhantes. Já a coima que recai sobre a subsidiária francesa, no valor de 812,5 mil euros, diz respeito a não ter revelado o conflito de interesses existente.

“A ESMA teve em conta as medidas voluntariamente adotadas pelas três subsidiárias da Fitch para assegurar que infrações semelhantes não seriam cometidas no futuro”, sublinha o supervisor europeu, acrescentando que qualquer uma das três agências do grupo poderá ainda contestar a decisão junto das Autoridades Europeias de Supervisão.

(Notícia atualizada às 15h30 com comentário da Fitch)

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Bird partilha mais 250 trotinetas elétricas em Lisboa

A startup californiana Bird vai entrar no mercado lisboeta a partir de abril. Começa com mais 250 trotinetas elétricas nas ruas da capital, com o mesmo preço das sete outras concorrentes.

A Bird vai começar a operar em Lisboa a partir do dia 1 de abril.Hugo Amaral/ECO

A Bird vai partilhar em Lisboa mais 250 trotinetas elétricas, numa altura em que já existem cerca de 5.000 destes veículos nas ruas da capital. A entrada da startup norte-americana no mercado português já era esperada, na medida em que a Bird é a principal rival da Lime nos EUA, que explora a maioria das trotinetas de Lisboa. O custo é de um euro pelo desbloqueio e 15 cêntimos por minuto de utilização, o mesmo tarifário praticado pelas concorrentes.

“A Bird, empresa de partilha de trotinetas elétricas, será lançada em Lisboa no próximo dia 1 de abril de 2019 para ajudar a cidade a atingir a sua meta de reduzir o congestionamento de tráfego e as emissões de carbono”, indica a empresa num comunicado. As trotinetas estarão disponíveis entre as 7h00 e as 21h00, para cidadãos com mais de 18 anos de idade.

A startup — fundada na Califórnia em 2017 — vai apostar num modelo de trotineta próprio (a Bird Zero) e promete crescer “de forma cuidada”, juntando “mais trotinetas à frota” apenas quando registar um aumento da procura.

“Se a autarquia [de Lisboa] nos disser que num determinado dia há uma maratona, vamos reduzir a oferta, para não perturbar”, prometeu Yenia Zaba, diretora de comunicação da Bird no mercado europeu, num evento de apresentação esta quinta-feira, na Lx Factory. A empresa, que já tem licença da autarquia para operar, garante ainda que vai operar em coordenação estreita com a Câmara Municipal de Lisboa.

A empresa vai ainda contar com equipas que são pagas para carregar as baterias das trotinetas, e uma comunidade de Bird Watchers, que poderão denunciar a existência de trotinetas mal estacionadas. É a forma encontrada pela empresa para tentar evitar potenciais multas das autoridades, que já anunciaram que vão reforçar a fiscalização ao estacionamento das trotinetas, tal como fazem com os automóveis.

A título de curiosidade, segundo cálculos de um jornalista da Quartz, com base noutros mercados, uma trotineta da Bird tem um tempo médio de vida útil de 23 dias. Neste período, é usada 70 vezes e percorre pouco mais de 137 quilómetros. Em conversa com o ECO, uma responsável da Bird não comentou estes dados, mas reconheceu que o vandalismo das trotinetas é um dos riscos associados ao negócio.

A partir de abril, a Bird torna-se, assim, a oitava empresa de trotinetas elétricas a operar em Lisboa, sendo que o fenómeno já se espalhou por outras cidades, tal como Faro e Coimbra. No mercado estão ainda presentes a Lime (líder de mercado), Hive, Voi, Tier, Wind, Bungo e Flash.

Segundo dados recentes avançados pelo vereador da Mobilidade, Miguel Gaspar, existem cerca de 5.000 trotinetas elétricas nas ruas da capital, sendo registadas, em média, 10.000 viagens por dia. Ou seja, em média, cada uma das 5.000 trotinetas em Lisboa é usada duas vezes por dia.

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Pedro Amaral Jorge é o novo presidente da APREN

  • ECO
  • 28 Março 2019

Cerca de quatro meses depois de ser eleito vice-presidente da APREN, Pedro Amaral Jorge vai assumir a cadeira da presidência.

A cadeira da presidência da Associação Portuguesa de Energias Renováveis — APREN vai ser ocupada por Pedro Amaral Jorge que, até aqui, desempenhava as funções de vice-presidente. O anúncio foi feito esta quarta-feira durante a Assembleia Geral da empresa.

Vice-presidente da APREN desde dezembro de 2018, Amaral Jorge vai agora subir de posto, assumindo funções de presidente e porta-voz. Formado em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior Técnico, possui ainda um EMBA com vertente em Finanças e Operações pelo IESE/AESE, refere a APREN, em comunicado.

Pedro Amaral Jorge, Presidente da APREND.R.

Na experiência profissional anterior desempenhou funções de especialista em estruturação e financiamento de projetos na vertente de investimento do setor privado para o African Development Bank nas áreas das infraestruturas, energia, água e saneamento, com foco na região subsariana.

Desenvolveu também vários projetos de concessões de serviços de utilidade pública e de BOT (Build Operate and Transfer), bem como de financiamento, planeamento, construção e gestão, acumulando mais de 15 anos de experiência internacional.

Desempenhou ainda funções de diretor de unidade de negócio, membro da Comissão Executiva, administrador executivo e CEO de empresas como a Mitsubishi, Mota-Engil, Somague e IDOM.

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João Vieira Pereira é o novo diretor do Expresso. David Dinis e Paula Santos entram para a direção

João Vieira Pereira será esta tarde anunciado como diretor do semanário Expresso, após a saída de Pedro Santos Guerreiro, no passado dia 21 de março.

João Vieira Pereira será o novo diretor do Expresso, apurou o ECO. O jornalista já fazia parte da direção antes liderada por Pedro Santos Guerreiro, ocupando o cargo de diretor adjunto, numa direção que tinha ainda Martim Silva como diretor-executivo. Contactado, Vieira Pereira não quis fazer qualquer comentário.

A direção será ainda composta por David Dinis, ex-diretor do Público, e Paula Santos, até agora editora-executiva do jornal. Martim Silva, Miguel Cadete e Marco Grieco, diretor de arte, serão os restantes elementos.

A Impresa já confirmou esta informação. Em comunicado, a empresa informa que “ouvido o Conselho de Redação, foi nomeada a seguinte estrutura diretiva para o EXPRESSO: João Vieira Pereira (diretor), David Dinis, Martim Silva, Miguel Cadete e Paula Santos (diretores-adjuntos). O cargo de diretor de arte continuará a ser exercido por Marco Grieco”.

Ricardo Costa ocupa atualmente o cargo de diretor interino do semanário, depois da saída de Pedro Santos Guerreiro, no passado dia 21 de março, em decisão “tomada por ambas as partes”, conforme comunicado da Impresa. Já o jornalista, que dirigia o Expresso desde 2016, justificou a saída com o facto de ter deixado de sentir “o apoio da redação”, conforme noticiou o Público.

A saída de Pedro Santos Guerreiro foi espoletada pela demissão de Vítor Matos, jornalista responsável pela secção de política do semanário, na sequência da publicação de uma newsletter diária com um texto assinado por Vítor Matos que, todavia, não o produziu.

João Vieira Pereira passou pelo Semanário Económico, onde também foi diretor, e entrou para o Expresso em 2006.

[Notícia retificada às 14:05 com cargo de Martim Silva, diretor-executivo na anterior direção]

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Bancos têm a responsabilidade de comunicar suspeitas de branqueamento, diz BCE

  • Lusa
  • 28 Março 2019

Os bancos têm a responsabilidade de "verificar a identidade dos seus clientes e comunicar qualquer suspeita de branqueamento de capitais às respetivas" autoridades, disse Mario Draghi.

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, sublinhou que os bancos têm a responsabilidade de “verificar a identidade dos seus clientes e comunicar qualquer suspeita de branqueamento de capitais às respetivas” autoridades.

Numa carta a Paloma López Bermejo, membro do Parlamento Europeu, publicada esta quinta-feira, Draghi afirma que “a eficácia do marco jurídico em matéria de luta contra o branqueamento de capitais da União Europeia” baseia-se nessa responsabilidade das entidades, que são as entidades de crédito e financeiras, as empresas não financeiras designadas e os profissionais expostos ao risco de branqueamento de capitais.

Draghi recorda na carta que o conselho de governadores do BCE decidiu por fim à emissão de notas de 500 euros e exclui-las da nova série de notas Europa devido à preocupação destas poderem facilitar atividades ilícitas.

Em 27 de janeiro de 2019, 17 dos 19 bancos centrais nacionais da zona euro deixaram de emitir notas de 500 euros. Para assegurar uma transição fluida e por motivos logísticos, o Deutsche Bundesbank (Alemanha) e o Oesterreichische Nationalbank (Áustria) solicitaram o direito de continuar a emitir as notas de 500 euros até 26 de abril de 2019.

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Corte para Portugal na Política de Coesão chega aos 1,6 mil milhões em 2021-2027

  • Lusa
  • 28 Março 2019

Fundo de Coesão prevê, para Portugal, uma dotação de 4,4 mil milhões, destinada a reduzir as disparidades económicas e sociais através do financiamento de investimentos nos Estados-membros.

Portugal vai receber menos 1,6 mil milhões de euros de fundos da Política de Coesão no período 2021-2027, face ao atual e a preços de 2018, segundo um relatório publicado esta quinta-feira pelo Tribunal de Contas Europeu (TCE).

Num relatório de exame rápido, Portugal tem um rendimento nacional bruto inferior a 82% da média da União Europeia (UE) – a par de outros 11 Estados-membros, grupo que viu o coeficiente aplicável ser reduzido dos atuais 3,15% para 2,8%, o que implica um corte de cerca de 7% nos fundos da Política de Coesão no próximo quadro financeiro plurianual (QFP).

Dos 27 Estados-membros (o Reino Unido já não é considerado), sete veem subir as dotações face ao QFP vigente, outros seis mantêm o mesmo nível e os restantes sofrerão cortes orçamentais.

No total, a dotação para Portugal no próximo orçamento plurianual é de 23,8 mil milhões de euros, sendo a maior fatia (11,5 mil ME) proveniente do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), que visa reforçar a coesão económica e social na UE.

No Fundo Social Europeu Mais (FSE+) está prevista uma verba de 7,57 mil milhões de euros, que se destinam a criar oportunidades de formação e emprego e melhorar a situação das pessoas em risco de pobreza.

O Fundo de Coesão prevê, para Portugal, uma dotação de 4,4 mil milhões, destinada a reduzir as disparidades económicas e sociais através do financiamento de investimentos nos Estados-membros em que o rendimento nacional bruto ‘per capita’ é inferior a 90% da média da UE.

A Comissão Europeia propôs que, no próximo período de programação de 2021-2027, a UE dedicasse 373 mil milhões de euros à Política de Coesão, concebida para reduzir a distância entre regiões ricas e pobres na UE. O financiamento desta política é canalizado através de três fundos: FEDER, com um total de 216 mil milhões de euros, o FSE+ (100 mil ME) e o Fundo de Coesão (46,6 mil ME).

O TCE esclarece que os exames rápidos de casos não recorrem a novos trabalhos de auditoria nem formulam novas constatações e recomendações de auditoria, limitando-se a apresentar factos sobre temas específicos.

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A manhã num minuto

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

A instituição liderada por Carlos Costa reduziu em uma décima a previsão de crescimento para Portugal este ano. Pressão sobre Governo sobe a menos de um mês do Programa de Estabilidade.

Nas previsões que divulga esta quinta-feira, o banco central está a contar com atualizações dos salários na Função Pública ao nível da inflação, apesar de o Governo não ter assumido essa decisão.

Lesados recorreram ao tribunal no Estado onde está sediado o Lone Star para tentarem obter documentação relacionada com a retransmissão da dívida do BES e a venda do Novo Banco.

Elliott quer incluir novo ponto na ordem de trabalhos da próxima Assembleia Geral Anual para manter a atual limitação de 25% nos direitos de voto dos acionistas da EDP.

A empresa está a vender uma carteira que inclui o edifício do Porto Palácio Congress Hotel & SPA e outros dois edifícios de escritórios. Os ativos fazem parte de um fundo avaliado em 70 milhões.

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Companhia aérea islandesa de baixo custo Wow Air encerra operações

  • Lusa
  • 28 Março 2019

"A Wow Air cessou toda a atividade. Todos os voos foram cancelados", anunciou a empresa, aconselhando ainda os passageiros que possuem bilhetes a arranjar voos disponíveis noutras companhias aéreas.

A companhia aérea de baixo custo Wow Air, com sede em Reiquiavique, na Islândia, anunciou esta quinta-feira ter encerrado atividade na sequência de problemas económicos, afetando milhares de passageiros de dois continentes. “A Wow Air cessou toda a atividade. Todos os voos foram cancelados”, anunciou a empresa num breve comunicado, no qual aconselha os passageiros que possuem bilhetes a tentarem arranjar voos disponíveis noutras companhias aéreas.

A companhia aérea islandesa já tinha informado horas antes da suspensão dos voos que estava iminente um aumento de capital, mas no final optou pela cessação de toda a atividade após o fracasso do acordo. Recorde-se que a Wow Air negociou sem sucesso nos últimos quatro meses com a sua rival Icelandair e com um fundo de capital dos Estados Unidos da América (EUA).

A companhia aérea chegou mesmo a anunciar em novembro passado um acordo de fusão com a Icelandair, mas esta última retirou-se após semanas de conversações e depois de entender que não estavam a ser dadas as condições necessárias para a realização da operação.

Fundada em 2011, a Wow Air operou voos entre a Islândia, a Europa e a América do Norte e, no ano passado, transportou 3,5 milhões de passageiros.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 28 Março 2019

Uma volta ao mundo e a Espanha pode vir a ser multada pela UE por atrasos na aprovação da reforma das hipotecas, enquanto o advogado de defesa diz que a prisão de Temer "foi só para humilhar".

Na Justiça, o dia arranca com a notícia de que Espanha pode vir a ser multada pela UE pela demora na aprovação da reforma hipotecária, um atraso que já vai quase em três anos. Do outro lado do oceano, o advogado de Michele Temer diz que a prisão do ex-Presidente, que entretanto foi libertado, aconteceu para o humilhar. Ainda no continente americano, Donald Trump pediu a Putin para retirar da Venezuela as tropas russas. Nas empresas, o fundador da Air Asia admitiu instalar uma base em Macau e o CEO do Grupo Volkswagen classificou a Seat como uma “porta de entrada de clientes jovens”.

Cinco Días

Advogado da UE quer multar Espanha por atraso na reforma do crédito à habitação

Espanha está perto de ser multada pelos três anos de atraso que já acumula na aprovação da reforma do crédito à habitação que transpõe para a legislação nacional a diretiva europeia de defesa do consumidor nos contratos de crédito. O advogado do Tribunal de Justiça da União Europeia (UE) propôs ao Tribunal de Luxemburgo que condenasse Espanha ao pagamento de uma multa de 105.991,6 euros por cada dia de incumprimento da diretiva europeia, que deveria ter sido transposta até 21 de março de 2016. Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Expansión

Seat “é uma porta de entrada de clientes jovens para a Volkswagen”

O CEO do Grupo Volkswagen olha para a Seat como uma “porta de entrada de clientes jovens” para o grupo, uma vez que primeiro compram um Seat e rapidamente passam para um Volkswagen, Audi ou até um Porsche. Herbert Diess afirmou ainda que a Seat “está de tal forma encaixada no grupo que não faria sentido torná-la independente”. Falou ainda nos veículos elétricos, reconhecendo que confiou à marca “um desafio difícil”, porque “é muito complicado fabricar um veículo urbano elétrico rentável”. Leia a notícia completa no Expansión (acesso livre, conteúdo em inglês)

Reuters

Trump diz à Rússia para retirar as tropas da Venezuela

O Presidente dos Estados Unidos pediu à Rússia para que retirasse as suas tropas da Venezuela. A chegada a Caracas, no sábado, de dois aviões da força aérea russa, que supostamente traziam cerca de 100 forças especiais russas e técnicos de segurança cibernética, aumentou a crise política naquele país. “A Rússia tem de sair”, disse Trump aos jornalistas, após um encontro com a mulher de Juan Guaidó, acrescentando que “todas as opções estão em aberto” quando questionado sobre a forma como faria essa saída acontecer. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Macau Business

Fundador da Air Asia admite instalação de base em Macau

O fundador da transportadora aérea Air Asia considerou a possibilidade de criar uma base em Macau da maior companhia de baixo custo na região para servir clientes chineses. Tony Fernandes afirmou que “entrar na China pode ser através de Macau”, o que torna a Air Asia a primeira companhia aérea a preparar-se para apostar no território já que os 25 anos de monopólio da Air Macau chegam ao fim em novembro de 2020. “Não temos de estar na China continental, mas estar em Macau é como estar na China”, afirmou o diretor executivo da Air Asia. Leia a notícia completa no Macau Business (acesso livre, conteúdo em inglês)

Folha de São Paulo

“Foi um escracho [ofensa], foi para humilhar”, diz advogado sobre prisão de Temer

Nas palavras do advogado de Michel Temer, que foi detido a semana passada, “o que foi feito foi um escracho [ofensa], foi para humilhar”. Eduardo Carnelós criticou ainda a Operação Lava Jato e afirmou que os investigadores ofenderam a aritmética ao acusar o ex-Presidente de 40 anos de práticas de corrupção. “Não precisarei de lei mais do que a sentença para saber que o que foi feito não tinha fundamento”, disse, em jeito de comentário sobre o juiz do processo, Marcelo Bretas. Temer já foi, entretanto, libertado. Leia a notícia completa na Folha de São Paulo (acesso livre, conteúdo em português)

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Bastonário da OA não acredita que custas judiciais baixem nesta legislatura

Em entrevista ao Público e à Renascença, Guilherme Figueiredo admite que o pacto para a justiça não avança por falta de interesse do poder político e que as custas judiciais não baixem tão cedo.

O bastonário da Ordem dos Advogados (OA) admite que o pacto para a justiça não acontece porque “o poder político não ligou” ao pacto e que esse desinteresse lhe “custa muito”. Em entrevista conjunta dada ao Público e à Rádio Renascença, Guilherme Figueiredo diz que “se magistrados judiciais, Ministério Público, advogados, solicitadores, agentes de execução e funcionários judiciais estão em consenso sobre certas matérias está criada a grande base social de apoio a alterações. Que o poder político não ligue a isto é que temos dificuldade em perceber”.

Que não se visse o ministro Centeno interessado até entendo, porque isto lhe vai aos cofres. Agora todos os outros estarem também desinteressados é que me custa muito”, pode ler-se na entrevista.

O bastonário dos advogados diz ainda não acreditar que a redução das custas judiciais — ponto “essencial” a que se chegou a acordo — aconteça ainda nesta legislatura. “Não acredito de todo, mas continuaremos a lutar por isso”, frisou.

Quanto à tabela de honorários dos advogados oficiosos, o bastonário admite que esta não é atualizada desde 2004 e que a sua negociação ainda está em curso. “Segundo dados do próprio Governo está em causa uma atualização de 21%. Como é possível? E nenhum partido veio mostrar a sua indignação“, disse. Este ponto foi autonomizado “num novo grupo de trabalho. O que quer dizer que não se resolve nesta legislatura”.

Guilherme Figueiredo não deixou de abordar também o tema da violência doméstica, admitindo não ser contra a ideia de criar tribunais próprios para estes casos, o que justificará alterar a Constituição neste sentido. “Até podiam ser os tribunais de família que temos hoje a poderem trabalhar no âmbito do Direito Penal”, disse.

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Cedência de carteiras de créditos da banca simplificada a partir de julho

  • Lusa
  • 28 Março 2019

O regime de cessão de créditos em massa será simplificado a partir do dia 1 de julho, passando a ser possível aos bancos ceder carteiras de créditos por documento particular.

O regime de cessão de créditos em massa será simplificado a partir do dia 1 de julho, passando a ser possível aos bancos ceder carteiras de créditos por documento particular, independentemente do consentimento do devedor, segundo diploma esta quinta-feira publicado.

“A agilização do mercado no que toca à transação de carteiras de crédito contribui significativamente para a melhoria das condições de financiamento das empresas e para a redução dos níveis de créditos não produtivos”, argumenta o Governo no decreto-lei esta quinta-feira publicado em Diário da República.

É com o objetivo de apoiar a capitalização das empresas que o diploma cria, a partir de julho, um regime simplificado para a cessão de carteiras de créditos, dispensando a habilitação processual dos adquirentes em cada um dos processos em que o crédito adquirido esteja a ser exigido e simplificando as operações registais associadas.

A partir de julho, a cessão de créditos — uma figura que já existia na lei portuguesa mas que exigia a formalização por contrato — passa a beneficiar de um regime simplificado quando se trate de créditos em massa, definidos como um conjunto superior a 50 créditos em carteira com o valor mínimo de 50 mil euros.

Além de dispensar a cessão de créditos em massa de formalidades até agora exigidas, o diploma facilita ainda o registo das respetivas garantias, designadamente as hipotecas.

No dia em que o diploma foi aprovado em Conselho de Ministros, em 28 fevereiro, o Governo afirmou em comunicado que a agilização do mercado no que respeita à transação de carteiras de crédito “contribui significativamente para a melhoria das condições de financiamento das empresas e para a redução dos níveis de créditos não produtivos”.

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Grupo de investidores lesados do BES põe processo nos EUA

Lesados recorreram ao tribunal no Estado onde está sediado o Lone Star para tentarem obter documentação relacionada com a retransmissão da dívida do BES e a venda do Novo Banco.

Há mais um grupo de investidores do Banco Espírito Santo (BES) a recorrer aos tribunais. Desta vez, o processo não foi colocado em Portugal, mas nos EUA. A ação, que está a correr no Texas, Estado onde está sediado o Lone Star, visa a obtenção de documentação relacionada com a retransmissão da dívida do Novo Banco para o “banco mau”, mas também sobre a venda da instituição liderada por António Ramalho.

Atuando em nome dos lesados do banco, o escritório de advogados de Quinn Emanuel pretende que o fundo norte-americano seja obrigado a revelar documentação que poderá servir de prova para novas investidas por parte deste grupo de investidores que, diz, foi lesado em três mil milhões de euros.

É convicção dos queixosos de que o Lone Star e seus subsidiários têm esses documentos já que realizaram due diligences ao Novo Banco no âmbito do processo de aquisição do banco de transição, mas também porque sendo acionista maioritário tem acesso a todos os documentos.

A obtenção destes documentos poderá permitir-lhes perceber como foi feita a retransmissão de obrigações do Novo Banco para o BES, que gerou perdas avultadas aos credores do banco, tendo já levado outros grupos de investidores, com a BlackRock e a Pimco à cabeça, a avançarem com processos contra o Banco de Portugal.

Os investidores que colocaram esta nova ação suspeitam que a retransmissão de obrigações foi feita de forma discriminatória, visando apenas investidores estrangeiros. Querem perceber, por isso, as motivações do Banco de Portugal para a escolha dos títulos que passaram para o “banco mau”.

No final de 2015 o Banco de Portugal decidiu passar a responsabilidade de pagamento de cinco linhas de obrigações detidas maioritariamente por investidores institucionais do Novo Banco para o BES. Essa decisão permitiu melhorar os capitais do banco em quase dois mil milhões de euros, mas implicou perdas avultadas para aos investidores.

A eventual obtenção desta documentação através da ação nos EUA poderá vir a dar força aos lesados do BES no processo que está a decorrer junto dos tribunais em Portugal.

(Notícia atualizada às 11h33 com mais informação)

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