A visita de Marcelo a Angola: “Não estava à espera”

  • ECO
  • 9 Março 2019

Após o fim da visita oficial a Angola, Marcelo faz um balanço positivo destes dias e diz não ter estado à espera de ser tão bem recebido. Está confiante que as empresas nacionais vão investir mais lá.

Ao fim de seis dias em território angolano, numa visita oficial que ainda incluiu um convite para o aniversário de João Lourenço, Marcelo Rebelo de Sousa chega a Portugal satisfeito. “Não estava à espera”, disse, em entrevista ao Expresso. Foi com abraços, beijos e acenos que o Presidente respondeu às centenas de angolanos que saíram às ruas para o receber.

“Não estava à espera. É evidente que há sempre um esforço de bom acolhimento, mas ultrapassou muito isso”, começou por dizer Marcelo, para explicar o que pensou das centenas de pessoas que gritavam por ele em Angola, mesmo com a hora e meia de atraso que já levava.

Ao jornal, descreveu aquele dia como uma das experiências mais fortes da sua vida: “Apareceu uma chusma de gente, um movimento espontâneo e as pessoas saíram dos sítios onde estavam, aderiram e entusiasmaram-se”, disse. “Se havia uma casa em construção, saíam os operários todos, uma escola as pessoas saíam, no mercado saíam. Não houve sequer intervalos, foi contínuo”.

Para Marcelo, essas demonstrações foram mais do que “o contacto com uma pessoa”. Foram manifestações de apoio à “presença de Portugal, que ultrapassa o Presidente do momento”. Nos vários discursos que fez ao longo destes dias, o Presidente falou na “fraternidade” e no “amor” de dois países “condenados a serem irmãos”.

Sobre o convite para o aniversário de João Lourenço, que decorreu na segunda-feira e juntou um grupo restrito de 20 pessoas, Marcelo levou um álbum de fotografias e uma garrafa de vinho do Porto. “É daquelas relações que existem ou não existem”, explica. “Aconteceu existir, podia não ter existido. Há alguns chefes de Estado com quem há relação institucional mas não pessoal. E é uma prova de relacionamento pessoal, o convite para uma festa tão íntima como um aniversário. Normalmente, só se convida para o aniversário pessoas muito próximas”.

Vendeu aos empresários o “amor concreto” entre Portugal e Angola e acredita que as empresas nacionais “vão investir mais”, apesar dos problemas na distribuição de eletricidade e noutras infraestruturas. “Com o acordo de dupla tributação desaparece um dos obstáculos que havia, com a regularização das dívidas desaparece outro obstáculo enorme. Tem um efeito de confiança, de motivação e de arrastamento”, confidenciou.

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Carro novo? Um em cada quatro é comprado a crédito

Em cada quatro carros novos que saíram dos stands de vendas no ano passado, um foi adquirido com recurso a crédito. No total, o crédito financiou a aquisição de cerca de 64 mil carros.

Em Portugal vendem-se cada vez mais carros e o crédito para os adquirir também continua a crescer. Por cada quatro carros novos que saíram dos stands de vendas no ano passado, um foi adquirido com o recurso a crédito, mostram dados do Banco de Portugal. No total, o crédito financiou a aquisição de quase 64 mil carros novos, em 2018.

Dados divulgados pela entidade liderada por Carlos Costa, nesta sexta-feira, mostram que os bancos e as financeiras concederam um total de 1.098 milhões de euros em empréstimos para a compra de carros novos em 2018. Esse montante serviu para financiar a aquisição de 63.769 veículos, tendo em conta o número de contratos de crédito automóvel celebrados.

Tanto o número de contratos celebrados como o montante do crédito concedido com esse propósito cresceram em torno de 6% face ao verificado em 2017.

O balanço de 2018, aponta para que pelo menos um em cada quatro carros vendidos no ano passado em Portugal tenha sido adquirido com recurso ao financiamento da banca ou das financeiras.

Evolução do número de créditos de carros novos

Fonte: Banco de Portugal

Os dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP) apontam para que, em 2018, tenham sido vendidos em Portugal pouco mais de 228 mil carros. Os cerca de 64 mil contratos de crédito automóvel celebrados no ano passado, representam 27,9% das vendas de ligeiros a nível nacional.

Mas o rácio até pode ser mais elevado, já que o número total das vendas de ligeiros incluem tanto as alienações a particulares como a empresas. Considerando as vendas sem rent-a-car, foram comercializados um total de 173 mil veículos no ano passado. Neste caso, o peso dos veículos comprados a crédito sobe para quase 37%, ou seja, mais de um em cada três.

Ser proprietário é cada vez mais valorizado

De forma desagregada, os contratos de crédito com reserva de propriedade continuam a ser a solução preferida pelos portugueses para adquirirem carro. Historicamente, as famílias revelam preferência por contratos em que ficam como proprietários.

Evolução do financiamento de carros novos

Fonte: Banco de Portugal

De acordo com o Banco de Portugal, do total de 63.769 carros novos vendidos com recurso a crédito no ano passado, 51.079 foram através dessa modalidade. Trata-se de um aumento de 10% quando comparado com os 46.436 carros vendidos em 2017.

Tendência contrária observou-se em relação aos contratos de locação financeira e ALD. Foram celebrados 12.690 financiamentos automóvel com essas características, em 2018, 7% aquém dos que tinham sido feitos em 2017.

Mas os contratos de locação financeira e ALD foram aqueles em que os portugueses foram buscar mais financiamento aos bancos e às financeiras. Em média, cada crédito automóvel deste âmbito foi de 29.157 euros. Já cada contrato de crédito automóvel feito com reserva de propriedade tinha um valor médio de financiamento de 14.259 euros.

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São profissões invulgares, escassas e improváveis. Pagam até 3 mil euros

Têm tanto de improvável como de bem pagas. O ECO foi à procura das profissões mais invulgares e descobriu que os salários de algumas podem atingir os três mil euros por mês.

Ainda que não estejamos a falar de mediadores entre máquinas e humanos ou de advogados especializados nos direitos dos robôs, há profissões que já existem há vários anos e que não deixam, contudo, de poder ser consideradas uma espécie de profissões do futuro. Isto porque a procura é muito superior à oferta e, por isso mesmo, os salários vão escalando, às vezes para mais do triplo da remuneração média mensal em Portugal.

Estas profissões têm, no entanto, tanto de escassas ou de bem pagas, como de improváveis. Não requerem qualquer tipo de formação superior, muitas delas apenas de um curso técnico e, em alguns casos, é a própria empresa a facultar essa formação ao colaborador.

Com o apoio das consultoras de recrutamento Michael Page e Manpower, o ECO fez um levantamento de dez profissões que preenchem estes requisitos: um tanto de invulgares, outro de escassas e de bem remuneradas. Para identificar este conjunto de profissões, foi tomada como referência a remuneração média mensal base nacional, que é, atualmente, de 943 euros em valores brutos.

Dos estivadores aos modeladores de cerâmica sanitária, passando pelos cortadores de carne ou pelos técnicos de manutenção de pesados, conheça a lista completa:

Talvez algumas destas profissões não lhe sejam totalmente conhecidas, o que é suportado, em parte, pela escassez de profissionais. No caso dos modeladores de cerâmica sanitária é evidente: “estamos a falar de uma profissão com grande procura e pouca oferta”, afirma Mara Martinho, consultora da Michael Page Retail. Para ter uma ideia, em Portugal, há pouco mais de duas dezenas de modeladores de cerâmica sanitária.

A falta de oferta no mercado de trabalho destes profissionais faz com que, quanto atingem um perfil mais sénior, os modeladores cheguem mesmo a receber três mil euros mensais. Mas na área dos moldes há mais funções que são difíceis de recrutar, como os retificadores e os operadores de bancada, por exemplo.

Já os cortadores de carne, por sua vez, podem chegar a receber 1.100 euros. O que acontece, normalmente, é que estes profissionais — que não têm qualquer tipo de formação superior e, na maior parte das vezes, são formados internamente, dada a sua escassez — começam por receber entre 700 e 800 euros de remuneração bruta mensal.

De acordo com a Michael Page, mais tarde, “com o acréscimo de funções ao nível da gestão de equipa, análise de indicadores de performance, controlo de HACCP [análise de perigos e controlo de pontos críticos] e realização de inventários”, estes profissionais — já como responsáveis por este tipo de secção — podem chegar a auferir entre os 1.000 e 1.100 euros.

Quase 30% das empresas reforçam o pacote salarial

“Existem algumas profissões cujas vagas, pelo contexto atual da escassez de talento, se tornam desafiantes para o mercado. Isso acontece porque são profissões que carecem de constantes atualizações técnicas. São alvo de atualizações, não só nos conhecimentos, mas também nos próprios materiais e ferramentas utilizadas”, explica Vítor Antunes, managing director da Manpower.

Vítor Antunes salienta, ainda, que este tipo de profissionais deve ter algumas características particulares, nomeadamente “um elevado quociente de aprendizagem e uma curiosidade natural que os mova, no sentido de quererem renovar os seus conhecimentos”.

Mas, perante a dificuldade em conseguir formar, atrair e reter estes profissionais, as organizações vêm-se obrigadas a adaptar-se à (pouca) oferta no mercado. Cerca de 54% das empresas investem no reforço das competências dos colaboradores, 30% opta por formas de contratação direta e 29% reforça os pacotes salariais disponíveis no mercado de trabalho. “É uma excelente notícia do ponto de vista da nossa economia, bem como da atratividade destas funções”, afirma Vítor Antunes.

E, como se a dificuldade não fosse já bastante, estes profissionais são também cobiçados pelos empregadores lá de fora. “Muitas vezes, a concorrência por estes perfis não é apenas nacional. Existem empresas sediadas no estrangeiro que estão a recrutar estes perfis ativamente no mercado nacional, porque de facto somos um povo altamente talentoso e dotado das competências comportamentais mais valorizadas pelas organizações”, refere o managing director da Manpower.

Existem empresas sediadas no estrangeiro que estão a recrutar estes perfis ativamente no mercado nacional, porque de facto somos um povo altamente talentoso e dotado das competências comportamentais mais valorizadas pelas organizações.

Vítor Antunes

Managing director da Manpower

De acordo com os estudos “Talent Shortage Survey” e “ManpowerGroup Employment Outlook Survey”, elaborados pela Manpower Group Portugal, 33% das organizações a nível mundial optam por explorar novas fontes de recrutamento, nas quais se insere Portugal.

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Wall Street fecha semana no vermelho pela primeira vez este ano

Os três principais índices acionistas terminaram a sessão em terreno negativo. Os dados do emprego nos EUA somaram-se ao reavivar das preocupações com a economia global.

Wall Street terminou a sessão desta quinta-feira em terreno negativo e, pela primeira vez este ano, os três principais índices acionistas registaram quedas no acumulado da semana. Dados mais fracos que o esperado sobre o mercado de trabalho norte-americano, somaram-se às preocupações com a desaceleração do crescimento económico global.

Foram criados apenas 20 mil empregos nos EUA em fevereiro, face à expectativa de 180 mil dos economistas consultados pela Reuters. “As pessoas estão preocupadas com o relatório de empregos e com o crescimento global em geral, o que está a penalizar os mercados”, afirmou Brent Schutte, estrategista-chefe de investimentos da Northwestern Mutual Wealth Management Company, em declarações à Reuters.

Schutte considera, no entanto, que “o número de cargos não é um sinal de destruição iminente” porque “é fortemente afetado pela paralisação do governo e por outras distorções sazonais”. A reação foi, ainda assim, em baixa, até porque foram também conhecidos dados da relação comercial entre EUA e China.

As exportações para a China caíram 20,7% em fevereiro face ao mês homólogo, registando a maior queda em três anos. Já as importações também diminuíram, pelo terceiro mês consecutivo. Além destes dois fatores, as bolsas já estavam desde a última sessão a ser penalizadas pelo pessimismo do BCE, que cortou, na quinta-feira, as projeções para o produto interno bruto (PIB) da Zona Euro.

Neste cenário, o índice industrial Dow Jones perdeu 0,09% para 25.450,11 pontos, tendo fechado a semana com uma desvalorização de 2,2%. Desde 1972 que o Dow Jones não registava uma série tão longa de sessões consecutivas no vermelho: já são 11 seguidas, de acordo com dados da Reuters.

O financeiro S&P 500 — o único dos três que já tinha registado uma desvalorização semana este ano, em janeiro — recuou 0,21% esta sexta-feira, para 2.743,04 pontos, e 2,2% na semana. Já o tecnológico Nasdaq cedeu 0,18% para 7.408,14 pontos e 2,5% na semana, pondo fim a uma série de 10 semanas de ganhos.

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Altice investe dez milhões em fibra ótica na região do Oeste

  • Lusa
  • 8 Março 2019

A Altice está a investir na fibra ótica na região do Oeste. É um plano de dez milhões de euros para expandir a cobertura naquela região.

A Altice Portugal está a investir cerca de dez milhões de euros para expandir em 85% a cobertura de fibra ótica na região Oeste e estabeleceu, nas Caldas da Rainha, uma parceria com a Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCim). “Dentro de nove meses a um ano vamos ter toda esta região coberta em cerca de 85% da população com serviço de fibra ótica”, afirmou o presidente executivo da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, à agência Lusa.

Com este investimento em curso em infraestruturas de fibra ótica, a região Oeste vai passar a ter a mesma cobertura do que as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto.

Para o presidente executivo da Altice Portugal, a expansão da fibra ótica “é um caminho essencial para desenvolver o país, reduzir as assimetrias regionais, garantir igualdade de oportunidade a todos e garantir a democratização do acesso às tecnologias”.

“Para os cidadãos, vai ser extremamente importante, porque muitos dos eventos passam pela utilização da Internet e é importante que as pessoas não se sintam isoladas e se sintam incluídas”, disse o presidente da OesteCim, Pedro Folgado.

A Altice Portugal e a OesteCim estabeleceram uma outra parceria para o desenvolvimento de um projeto-piloto de digitalização do processo educativo através da desmaterialização dos manuais escolares, dirigido às escolas da região. Às autarquias, foram oferecidos ‘tablets’ dotados de tecnologias que permitem aos alunos terem acesso a uma aula digital.

Na região, a operadora estabeleceu também uma parceria com a Federação das Associações Empresariais da Região Oeste. O objetivo é ter o nosso centro de investigação e desenvolvimento tecnológico Altice Labs a colaborar com as empresas para dotá-las de meios para desenvolver tecnologia, meios de apoio ao desenvolvimento das empresas”, explicou Alexandre Fonseca.

A Altice Portugal desafiou ainda os estudantes da Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha, a par de outros ‘designers’ nacionais, a desenvolverem ‘design’ para uma das edições limitadas de um ‘router’ em cortiça, desenvolvido em conjunto com a Corticeira Amorim, com o intuito de estimular a inovação.

A OesteCim integra os municípios de Alcobaça, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Óbidos, Nazaré, Peniche, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras.

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EDP prepara-se para vender ativos em Portugal. Vai investir sete mil milhões nas renováveis

  • ECO
  • 8 Março 2019

Segundo a Reuters, António Mexia deverá avançar com a venda de ativos de geração de energia na Península Ibérica. Irá investir sete mil milhões nas energias renováveis.

A EDP está a preparar a venda de ativos de geração de eletricidade em Portugal, segundo confirmaram três fontes próximas da empresa à Reuters. O objetivo da alienação é libertar financiamento para a expansão das energias renováveis e poderá ser tornado público na próxima terça-feira, quando o CEO António Mexia apresentar o plano estratégico e as contas de 2018, em Londres.

Na Península Ibérica, a elétrica detém ativos de geração de eletricidade em Portugal e Espanha, avaliados em 1,7 mil milhões de euros e responsável por 90% da geração e distribuição de eletricidade no país. Poderá agora vender parte para reforçar nas renováveis. Como o ECO Insider (acesso reservado a assinantes) noticiou na newsletter desta sexta-feira, o investimento neste segmento para os próximos anos deverá ascender a sete mil milhões de euros.

A alienação de parte destes ativos era um dos pedidos feitos pelo fundo ativista Elliott, que se manifestou recentemente sobre a estratégia da empresa e a quem Mexia remeteu para a apresentação do plano estratégico.

O Fundo Elliott, que tem menos de 3% da EDP, tomou pela primeira vez uma posição sobre a oferta pública de aquisição (OPA) apresentada pela China Three Gorges (CTG), em fevereiro. Defendeu que esta não favorece os melhores interesses dos stakeholders e que o preço é baixo. Em contrapartida, apresentou uma série de sugestões para a gestão da EDP, que considera poderá levar o preço das ações para 4,33 euros, contra a oferta de 3,26 euros por ação.

Entre essas sugestões, além de ativos de geração de energia em Portugal, está a venda de uma participação de 49% na distribuição de eletricidade Ibérica. “As Redes Ibéricas são um ativo regulado com fluxos de caixa de longa duração sendo uma das poucas oportunidades que restam a investidores financeiros que pretendem investir nesta área. Tendo em conta a recente subida da notação de rating de Portugal, os negócios da EDP nas Redes Ibéricas serão atrativos para um grande número de compradores”, disse na altura.

Além da Península Ibérica, o fundo também apontou para a atividade no Brasil. O fundo Elliott sugeriu ainda a venda da participação da EDP na subsidiária EDP Brasil devido ao “potencial de crescimento do mercado brasileiro” e possibilidade de um “prémio significativo em relação ao valor atual de negociação, em linha com as recentes transações de utilities no Brasil, tendo em conta que existe procura considerável por este tipo de plataformas”.

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Juros dos depósitos atingem novo mínimo histórico. Pagam 0,14%

Os bancos continuam a cortar nos juros aplicados às poupanças. A taxa média das novas aplicações a prazo atingiu, em janeiro, um novo mínimo histórico de 0,14%, a terceira mais baixa da Zona Euro.

O ano mudou, mas a tendência continua a ser a mesma. Até se agravou para quem procura rentabilizar poupanças através dos depósitos a prazo. A remuneração das novas aplicações nestes produtos atingiu um novo mínimo histórico, em janeiro, com a taxa média oferecida pelos bancos a fixar-se em 0,14%. Trata-se da terceira remuneração mais baixa do espaço do euro.

Estatísticas do Banco Central Europeu (BCE) mostram que no primeiro mês de 2019, os bancos remuneraram as novas aplicações em depósitos a prazo a uma taxa de juro média de 0,14%, abaixo dos 0,15% que pagaram no último mês do ano passado.

Os juros daquela que tradicionalmente sempre foi a aplicação preferida pelos portugueses para colocarem as suas poupanças atingiram assim em janeiro um novo mínimo de pelo menos 19 anos, tendo em conta que o início do histórico do BCE começa em janeiro de 2000.

A fraca atratividade da remuneração oferecida pelos depósitos a prazo não se esgota numa análise nacional. É também uma das menos apelativas da Zona Euro. Compara com uma taxa de juro média de 0,38% em vigor no espaço do euro, em janeiro, sendo que apenas existiam dois países da região a pagar menos do que Portugal. Mais em específico, a Irlanda e Espanha, onde a taxa de juro média das novas aplicações era de 0,04% e 0,05%, respetivamente, de acordo com os dados da entidade liderada por Carlos Costa. Já a Holanda sobressai com a remuneração mais atrativa da Zona Euro: 1,22%, em média.

Juros dos depósitos a prazo em queda

Fonte: BCE

A remuneração dos depósitos a prazo continua a ser condicionada pelo rumo das Euribor, taxas que se encontram em níveis historicamente baixos, mesmo negativos, apesar de alguns sinais a apontarem para uma inversão de rumo. Inversão que poderá contudo ter encontrado agora um travão depois de na última reunião de política monetária o BCE ter estendido, de após o verão para pelo menos até ao final deste ano, a manutenção das taxas de juro de referência da Zona Euro no mínimo histórico de 0%.

À quebra de remunerações não será também alheio o desinteresse demonstrado pelos próprios bancos em captar recursos dos clientes. A sua prioridade estratégica passa agora por maximizar proveitos pela via das comissões, ao mesmo tempo que apostam em força na disponibilização de crédito.

Dinheiro à ordem pesa cada vez mais

A quebra dos juros atingiu as aplicações com prazos mais longos. Nas aplicações em depósitos com prazo acima de dois anos, a taxa de juro média passou de 0,19% em dezembro, para 0,12% em janeiro, sinalizando também um mínimo histórico nessas maturidades. Já nos depósitos até dois anos, a taxa de juro nas novas operações manteve-se numa média de 0,14%, pelo terceiro mês consecutivo, valor que também é o mais baixo do histórico nesta maturidade.

Com juros tão baixos nos depósitos, os aforradores portugueses acabam por optar entre duas vias: aplicá-los noutros produtos financeiros fora da esfera da banca como é o caso dos certificados de aforro e do Tesouro, ou simplesmente manter o dinheiro à disposição na conta à ordem.

De acordo com os dados do BCE, os portugueses tinham um total de 148 mil milhões de euros na conta à ordem e em depósitos a prazo, em janeiro, um máximo de sempre. Desse montante, 55,9 mil milhões estavam na conta à ordem, enquanto 92,4 mil milhões estavam em depósitos a prazo.

Em proporção, 37,5% do dinheiro estava à ordem e 62,5% a prazo. No final de 2011 e durante 2012, a distribuição chegou a ser de quase 80% e 20%, respetivamente, ocasião em que os bancos eram bastante “generosos” na hora de remunerar as poupanças dos portugueses. Nessa altura, a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo superou os 3%.

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A tarde num minuto

Não sabe o que se passou durante a tarde? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

Comissão de inquérito tem mais de duas dezenas de pastas com documentos relativos à CGD para analisar. Por isso, adiou as audições à EY, Carlos Costa e Vítor Constâncio agendadas para a semana.

Quando as empresas se candidatam, parte da informação financeira pode ser obtida diretamente pela autoridade de gestão através da Informação Empresarial Simplificada, caso as empresas autorizem.

Com a divisão do Ministério do Planeamento e Infraestruturas havia a dúvida em qual das pastas ficava a mudança da hora. O dossier que esteva na mesa de Pedro Marques passou para Pedro Nuno Santos.

Com a aquisição da holandesa Intertoys, a dona da Toys R Us em Portugal e Espanha torna-se a maior retalhista de brinquedos na Europa continental.

O Governo deu “luz verde” aos cheques para a compra de veículos amigos do ambiente. As candidaturas ao cheque para os elétricos estão abertas, mas é preciso ser rápido. Apoio chega aos 3.000 euros.

 

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Trump diz que não assinará acordo comercial com a China sem um “bom negócio”

  • Lusa
  • 8 Março 2019

O presidente norte-americano, Donald Trump, põe a hipótese de não assinar um acordo comercial com Pequim, caso não seja alcançada uma solução favorável.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou esta sexta-feira não assinar qualquer acordo comercial com a China, se os dois países não se entenderem à volta de uma boa solução.

“Estou confiante, mas (…) se não conseguirmos um bom negócio, não assinarei um acordo”, afirmou esta sexta-feira o Presidente dos EUA, antes de partir para o Estado do Alabama, onde vai visitar vítimas de tornados.

Nas últimas semanas, Donald Trump tinha dito que as negociações com a China decorriam “em muito bom clima” e que a guerra comercial entre os dois países deveria ficar resolvida “em breve”.

Em fevereiro, o Presidente norte-americano adiou mesmo o ‘deadline’ de 2 de março, a partir da qual os EUA aumentariam a taxa de importação de 10% para 25% em cerca de 200 mil milhões de produtos oriundos da China, como sinal de boa fé nas negociações.

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Banca e petrolíferas afundam bolsas europeias. Lisboa cai mais de 1%

O pessimismo do BCE em torno da economia e o desinvestimento do Norges Bank nas petrolíferas penalizaram os setores da banca e da energia, que arrastaram consigo as principais praças europeias.

As principais praças europeias encerraram a última sessão da semana no vermelho, prolongando as perdas já registadas na última sessão, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter revisto em baixa as previsões para a evolução da economia da Zona Euro. Esta sexta-feira, também o setor petrolífero pressionou as bolsas, depois de o maior fundo soberano do mundo ter decidido desinvestir das petrolíferas. Por cá, Lisboa acompanhou esta tendência e fechou a cair mais de 1%, a ser penalizada pelas quedas superiores a 2% do BCP e da Galp.

O PSI-20 fechou a desvalorizar 1,11%, para os 5.181,78 pontos, com apenas duas cotadas em alta e as restantes em queda.

Este movimento acontece ainda na sequência da reunião de política monetária do BCE, que decidiu manter as taxas de juro de referência da Zona Euro inalteradas, “pelo menos”, até ao final deste ano, num cenário de abrandamento da economia. Ao mesmo tempo, o banco central anunciou uma nova ronda de financiamento aos bancos, isto quando antecipa que o PIB da Zona Euro cresça apenas 1,1% este ano.

Perante este cenário, as cotadas europeias do setor financeiro apresentaram quedas expressivas, com o índice que reúne os principais bancos europeus a desvalorizar cerca de 2%.

Também o setor petrolífero teve um dia negativo, depois de o governo norueguês ter aprovado o plano do Norges Bank para a alienação de empresas do setor da energia que se dediquem em exclusivo à exploração e produção de petróleo e gás. O índice que reúne as cotadas europeias do setor energético perdeu mais de 1%.

Arrastadas por estes dois setores de peso, as principais praças europeias fecharam todas no vermelho, com o Stoxx 600 a recuar à volta de 0,6%. Destaque pela negativa para as bolsas de Milão e de Madrid, que caíram ambas mais de 1%.

A acompanhar esta tendência, o BCP foi uma das empresas que mais penalizou a bolsa portuguesa. O banco liderado por Miguel Maya caiu 2,27%, para os 22,8 cêntimos cêntimos por ação, prolongando a queda superior a 5% que já tinha registado na quinta-feira.

Também a Galp contribuiu para o desempenho negativo do PSI-20, ao perder 2,5%, para os 14,42 euros por ação. Apesar de a lista de empresas em que o Norges Bank vai desinvestir não incluir a Galp, a petrolífera nacional acompanhou o movimento da matéria-prima, que registou perdas superiores a 3% nos mercados internacionais, com o barril de Brent, que serve de referência para Portugal, a cair abaixo dos 65 dólares.

Destaque ainda para a Mota-Engil, que deslizou 2,77%, para os 2,10 euros, e para a Jerónimo Martins, que depreciou 1,66%, para os 13,01 euros por ação.

A evitar maiores quedas esteve a Nos, que valorizou 1,04%, para os 5,36 euros por ação, depois de ter apresentado um aumento de 15,8% dos lucros de 2018 e de ter proposto uma revisão em alta do dividendo, para 35 cêntimos por título.

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Gestores dos fundos europeus vão aceder à base de dados do Fisco para acelerar candidaturas de empresas

Quando as empresas se candidatam, parte da informação financeira pode ser obtida diretamente pela autoridade de gestão através da Informação Empresarial Simplificada, caso as empresas autorizem.

As empresas têm multiplicado as queixas de atrasos nos fundos comunitários. Seja na análise das candidaturas, sobretudo quando há grandes picos de afluência nos concursos lançados, seja depois nos pagamentos dos incentivos. Para tentar atacar uma das vertentes do problema, o Executivo vai lançar, ainda este ano, uma medida se simplificação. Quando as empresas se candidatam, parte da informação financeira pode ser obtida diretamente pela autoridade de gestão através da Informação Empresarial Simplificada.

“Temos uma medida do Simplex em curso, que pode simplificar o fornecimento de informação. Tem a ver com a possibilidade de acedermos diretamente, mediante autorização, à Informação Empresarial Simplificada (IES), para obter balanços e contas das empresas”, explicou o novo ministro do Planeamento.

Temos uma medida do Simplex em curso, que pode simplificar o fornecimento de informação. Tem a ver com a possibilidade de acedermos diretamente, mediante autorização, à Informação Empresarial Simplificada.

Nelson Souza

Ministro do Planeamento

A ideia é poupar a empresa de entregar um vasto conjunto de informação, no momento da candidatura, informação que até já está na posse do Estado, nomeadamente da Autoridade Tributária. Nelson Souza deixa contudo a ressalva que é necessário “respeitar a questão do sigilo fiscal”.

“Os limites da simplificação são sempre os limites da segurança e da boa aplicação dos dinheiros públicos”, acrescentou ainda, sublinhando ainda a necessidade de que este tipo de medidas tenham reflexos junto dos beneficiários dos fundos e “não apenas em benefícios para a Administração Pública e para a Comissão Europeia”.

Nelson Souza disse estar “consciente que há muita coisa a fazer” em matéria de fundos comunitários, ainda que, na sua opinião, não haja “um problema sistémico de atraso das candidaturas”. “Portugal está no pelotão da frente da execução dos fundos comunitários na Europa”, sublinhou, sem querer “alimentar a querela sobre as taxas de execução”.

A secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Maria do Céu Albuquerque, corrobora que “o problema não são as aprovações, mas sim as execuções”. “Este início de quadro comunitário foi particularmente difícil e a própria Comissão Europeia vem atestar isso, [ao introduzir] um N+3 em vez de um N+2”, disse. Ou seja permitir que os Estados membros tenham mais três anos para executar as verbas dos fundos. E dá um exemplo. O Sistema de Incentivos ao Empreendedorismo e ao Emprego (SI2E), lançado no início de 2018, com uma dotação de dez milhões de euros, já tem decididas 70% das candidaturas apresentadas. “Estão 11.500 candidaturas em audiência prévia”, sublinhou a ex-presidente da Câmara de Abrantes.

Para ajudar a acelerar a execução, para já o Executivo vai reforçar os meios do IAPMEI: seja através da subcontratação — uma prática corrente feito por projeto — seja da contratação de efetivos. Um reforço admitido em janeiro pelo secretário de Estado da Economia, João Neves, em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago), e reforçado, a semana passada, pelo ministro da Economia Pedro Siza, na tomada de posse do novo presidente do IAPMEI, Nuno Mangas.

O objetivo do Executivo é “regularizar a situação até ao verão, até ao final do semestre, explicou Nelson Souza, acrescentando que este reforço de meios se vai estar concentrado no encerramento de processos, que “requer trabalhos de maior profundidade”.

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Audições à EY, Carlos Costa e Constâncio adiadas uma semana. Deputados têm mais de 20 pastas da CGD para estudar

Comissão de inquérito tem mais de duas dezenas de pastas com documentos relativos à CGD para analisar. Por isso, adiou as audições à EY, Carlos Costa e Vítor Constâncio agendadas para a semana.

Afinal, as audições da comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD) não vão arrancar na próxima semana, tal como estava previsto. Esta sexta-feira chegaram os últimos documentos que foram pedidos inicialmente pelo Parlamento e só agora os deputados puderam aperceber-se da dimensão do “trabalho de casa” que vão ter de preparar de antemão para questionar os responsáveis. São mais de duas dezenas de pastas com documentação variada sobre a vida da CGD nos últimos anos, desde o relatório original da auditoria da EY (sem rasuras) e às atas das reuniões da administração do banco e do conselho de crédito.

Por isso, os grupos parlamentares decidiram adiar por uma semana o início das audições, que estavam previstas para começar já na próxima terça-feira com a auditora EY, responsável pela auditoria pedida pelo Governo aos atos de gestão da CGD entre 2000 e 2015 e que veio a revelar um conjunto de grandes operações de crédito ruinosas para o banco público.

Também as audições a Carlos Costa e Vítor Constâncio, atual e anterior governador do Banco de Portugal, vão ser reagendadas.

Segundo adiantou ao ECO Luís Leite Ramos, presidente da II comissão parlamentar de inquérito à recapitalização da CGD e à gestão do banco, ainda não se chegou a um acordo em relação às novas datas para estas audições, havendo um princípio de entendimento para que pelo menos uma delas ocorra já na semana seguinte, no dia 19 de março.

Ao todo, os deputados querem ouvir mais de 50 personalidades até ao final do mês de maio, incluindo o ex-primeiro-ministro José Sócrates, antigos ministros das Finanças, atual e ex-presidentes e outros gestores do banco público. Mas esta lista terá de ser reduzida para cerca de três dezenas dado que a comissão parlamentar de inquérito não terá tempo para realizar todas as audições pedidas durante as cerca de 11 semanas disponíveis.

Além da EY, Carlos Costa e Vítor Constâncio, os deputados já chegaram a acordo para inquirir um segundo bloco de nomes: Manuel Oliveira Rego, da Oliveira Rego & Associados (revisor oficial de contas da CGD), Eduardo Paz Ferreira (presidente da comissão de auditoria da CGD entre 2011 e 2016 e presidente do conselho fiscal entre 2007 e 2010), João Dias Garcia (antigo secretário da mesa da assembleia-geral da CGD) e João Costa Pinto, antigo presidente da comissão de auditoria do Banco de Portugal e responsável pelo relatório “secreto” sobre a atuação de Carlos Costa e do supervisor no caso do BES e que é pedido pelo PS e Bloco de Esquerda.

A hipótese de adiar as audições foi levantada esta quinta-feira pelos deputados, quando ainda esperavam por documentos que vão servir como “base de trabalho” das primeiras audições, pelo menos. Além da auditoria da EY, a comissão de inquérito solicitou numa primeira fase todas as atas do conselho de administração e da comissão executiva entre 2000 e 2015 e ainda as atas de outros conselhos e comités da CGD, como o Conselho Alargado de Crédito ou da Direção Geral de Risco, que vão ajudar a perceber o contexto de algumas das operações de crédito realizadas pelo banco.

(Notícia atualizada às 16h09)

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