Juros implícitos no crédito da casa caem pelo terceiro mês

Taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação fixou-se em 1,038%, em outubro. Caiu pelo terceiro mês depois dos máximos em agosto.

A taxa de juro implícita no crédito à habitação fixou-se em 1,038% em setembro, uma redução de 2,7 pontos base face ao mês anterior, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE). Trata-se da terceira queda consecutiva desta taxa, isto depois de os juros terem atingido máximos de três anos em agosto.

“Para o destino de financiamento Aquisição de Habitação, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos desceu para 1,061%”, um mínimo de mais de um ano, nota o INE. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, “a taxa de juro para este destino de financiamento diminuiu para 1,12%”.

Perante a redução da taxa implícita, o valor médio da prestação vencida também encolheu. Na totalidade dos contratos reduziu-se em um euro por mês, enquanto no caso do da Aquisição de Habitação manteve-se em 273 euros, segundo os dados disponibilizados pelo gabinete de estatísticas, sendo que a maior fatia do valor pago corresponde a amortização de capital, com as famílias a beneficiarem da política de taxa de juro 0% do Banco Central Europeu.

O contexto de juros baixos, que mantém as Euribor em terreno negativo, mas também a redução dos spreads cobrados pela banca no crédito à habitação coloca pressão na taxa implícita dos créditos para a compra de casa, isto ao mesmo tempo que acaba por incentivar à aquisição de imóveis com recurso a financiamento.

Assim, de acordo com o INE, em outubro, “o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 18 euros face ao mês anterior, fixando-se nos 53 231 euros. Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio do capital em dívida fixou-se em 103.208 euros, menos 1.870 euros do que em setembro”.

(Notícia atualizada às 11h09 com mais informação)

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Patris quer afastar Nelson Tanure da administração da Pharol. AG marcada para 18 de dezembro

Os acionistas da Pharol vão ser chamados a votar duas propostas da Real Vida Seguros para reduzir o número de lugares na administração e afastar o empresário brasileiro Nelson Tanure.

Os acionistas da Pharol PHR 3,01% vão votar, a 18 de dezembro, duas propostas da Real Vida Seguros para reduzir o número mínimo e máximo de membros do Conselho de Administração e afastar o empresário brasileiro Nelson Tanure deste órgão da sociedade. A Real Vida Seguros, detida pela Patris, do empresário Gonçalo Pereira Coutinho, comprou 4,34% dos direitos de voto da Pharol em outubro.

Num comunicado enviado à CMVM, a Real Vida Seguros explica que “os números mínimo e máximo de membros do Conselho de Administração” da Pharol, respetivamente nove e onze, foram fixados “num momento em que se antevia um vasto escopo para a atividade da sociedade”. No entanto, a empresa aponta que, atualmente, a Pharol limita-se “à gestão da participação social” que tem na operadora Oi — e, por esse motivo, o número mínimo de administradores deverá ser alterado para três e o máximo para sete.

Mas a intenção vai mais além. Se os acionistas aprovarem esta alteração nos estatutos, a Real Vida Seguros propõe que seja votada a destituição de três dos atuais administradores: Nelson Tanure, Jorge das Neves e Aristóteles Drummond.

O nome de Tanure destaca-se por ter sido o empresário brasileiro que tentou controlar a Pharol e a Oi, e cuja participação na cotada nacional nunca foi clara, o que chegou a desencadear uma averiguação por parte da CMVM e posterior decisão de retirar os direitos de voto na Pharol a três sociedades ligadas ao empresário. Nos últimos meses, essas empresas têm vindo a reduzir a sua posição na empresa portuguesa.

O ECO contactou Nelson Tanure, mas o empresário brasileiro não reagiu

O Conselho de Administração da Pharol é presidido por Luís Palha da Silva. Para além dos três nomes que a Real Vida Seguros quer destituir, têm assento neste órgão Jorge Cardoso, Maria do Rosário Correia, Pedro Leitão, Avelino Rodrigues e Maria Leonor Modesto.

(Notícia atualizada às 14h14 com contacto a Nelson Tanure)

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Endividamento da economia volta a subir. Passou os 725 mil milhões de euros em setembro

O endividamento da economia portuguesa voltou a crescer em setembro, superando os 725 mil milhões de euros. Trata-se da segunda subida mensal. No terceiro trimestre, o endividamento está em 348,3%.

O endividamento da economia portuguesa voltou a crescer em setembro, superando os 725 mil milhões de euros, revelam dados do Banco de Portugal publicados esta quinta-feira. No entanto, no terceiro trimestre, o endividamento medido em percentagem do PIB recuou para 348,3%.

Segundo os dados do banco central, o endividamento da economia portuguesa atingiu em setembro os 725,8 mil milhões de euros, depois de no mês anterior ter ficado em 724 mil milhões de euros. Foi a segunda subida mensal consecutiva.

Apesar do aumento, o valor no trimestre, medido face à riqueza produzida, apresentou uma correção. No segundo trimestre, o endividamento tinha ficado em 349,7% do PIB, uma marca que recuou para 348,3% do PIB no período entre julho e setembro.

Evolução do endividamento

Fonte: Banco de Portugal. Valores em mil milhões de euros

Quando comparado com o trimestre homólogo, este indicador mostra também uma tendência de correção, já que há um ano correspondia a 358,7% do PIB.

Mais endividamento privado

Este aumento de 1,9 mil milhões de euros “deveu-se, essencialmente, ao acréscimo de 1,7 mil milhões de euros no endividamento do setor privado e de 200 milhões de euros no endividamento do setor público”, avança o banco central.

No caso das empresas o acréscimo de endividamento foi transversal a todo o tipo de empresas, independentemente da sua dimensão. Já no caso dos particulares, a subida mensal no endividamento resulta de outros tipos de crédito que não o que se destina à habitação.

O endividamento do setor não financeiro dá uma medida do endividamento da economia, mas deixa de fora a dívida das instituições financeiras. Estes valores não estão consolidados entre setores, pelo que apresentam registos tão elevados, já que não descontam as dívidas entre setores.

O Banco de Portugal acrescenta que “em setembro, a taxa de variação anual do endividamento total das empresas privadas foi de 1,5%, menos 0,1 pontos percentuais (p.p.) do que o registado no mês anterior. A taxa de variação anual do endividamento total dos particulares aumentou 0,2 p.p., para 0,5%”.

(Notícia atualizada às 11h28 com mais informação)

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A transformação no sector segurador – áreas de oportunidade e de preocupação

  • ECOseguros + EY
  • 21 Novembro 2019

Luis Pinto, Associate Partner, EY, Financial Services, fala sobre a transformação digital no sector segurador.

A transformação digital no sector segurador é, tal como em muitos outros sectores de atividade, uma prioridade, que tem inclusivamente levado a algumas dissertações sobre se tal implicará a extinção total do negócio tradicional dos seguros como o conhecíamos até aqui ou antes uma nova forma de pensar e agilizar a comercialização de seguros, nas suas diversas componentes.

O caminho que se pretende trilhar traduz-se, resumidamente, na procura crescente de novos mecanismos de comunicação inseridos em plataformas online e oferta de produtos e serviços tradicionais de uma forma mais rápida e eficiente, devidamente ajustada à nova realidade económico-social. Procura-se, portanto, potenciar a facilidade de acesso a qualquer produto/serviço segurador, procurando reduzir os aspetos burocráticos que tradicionalmente “emperram” a concretização das operações.

Mas será que a transformação digital é, efetivamente, reflexo de uma reorganização estrutural do sector ou apenas a “máscara” visível de uma estrutura por vezes ainda demasiado burocrática e assente em processos e procedimentos tradicionais em que tal transformação ainda não teve oportunidade (ou possibilidade) para ocupar o seu lugar?

Será que as funções de suporte de uma Seguradora (como aliás de qualquer Instituição Financeira), essenciais no bom desempenho de uma Companhia, caminham lado a lado com as áreas que levam o negócio aos clientes ou continuam separadas e a operar a duas velocidades?

Embora por vezes esquecidas neste processo, a verdade é que tais áreas de suporte enfrentam desafios relevantes de transformação (digital) para acompanhar a face mais visível para o mercado/público em geral, de modo a endereçar as necessidades e oportunidades com que o sector segurador se depara atualmente.

Neste contexto, e em concreto no que respeita à área fiscal enquanto área de suporte, importa dotá-la de ferramentas e recursos tecnologicamente evoluídos para fazer face às (cada vez mais) exigentes demandas dos diferentes “utilizadores” da informação de natureza fiscal que processam, incluindo a Autoridade Tributária.

É certo que as Companhias já processam esta informação e dispõem de mecanismos para o seu tratamento, mas não é menos verdade que muitos desses processos foram implementados numa fase anterior e foram sendo adaptados à medida das necessidades, de forma reativa (e não proactiva) a cada alteração legislativa.

E com o ritmo crescente a que se processam as diversas obrigações que impendem sobre as Instituições Financeiras, decorrentes de uma multiplicidade de reportes de informação exigíveis, facilmente se percebe a importância que deve ser conferida a este tema.

Este novo paradigma é, assim, e também, uma oportunidade para a transformação digital estrutural das funções de suporte das Companhias, com o objetivo de minimização dos custos e maximização da eficiência das tarefas de tratamento de informação de natureza fiscal, permitindo, em simultâneo, dotar estas áreas de ferramentas analíticas para um maior controlo sobre a crescente quantidade (e qualidade) de informação fiscal a ser produzida.

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OCDE vê PIB a abrandar em 2020 e avisa para margem “limitada” no Orçamento

A OCDE reviu em alta a previsão de crescimento económico para este ano mas piorou a projeção que tinha para Portugal para 2020. Conclusão: agora vê a economia a perder gás.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) cortou a previsão de crescimento para Portugal para 2020, em uma décima, para 1,8%. A instituição vê agora a economia nacional a abrandar face a 2019, ano para o qual espera uma subida do PIB de 1,9%, 0,1 pontos percentuais acima do que esperava em maio. Além disso, apesar de melhorar as suas previsões para o saldo orçamental, a OCDE avisa que Portugal tem uma margem “limitada” para medidas no Orçamento.

As novas previsões fazem parte do Economic Outlook que a OCDE publicou esta quinta-feira. A projeção para 2020 surge numa altura em que o Governo prepara o Orçamento do Estado para 2020 e volta a isolar o Executivo que tem uma previsão de subida do PIB de 2% para 2020, acima de todas as projeções conhecidas até ao momento.

Também importante é a tendência desenhada para a economia portuguesa para os anos que se seguem. A instituição liderada por Ángel Gurría antecipa uma desaceleração para 2020 e igualmente para 2021 quando a economia deverá crescer 1,7%. Se as previsões da OCDE se materializarem, em 2021 Portugal terá acumulado quatro anos de abrandamento económico, depois de, em 2017, ter crescido 3,5% — o pico de crescimento no pós crise –, e estará a crescer a um ritmo que equivale a menos de metade do registado naquele ano.

Segundo a OCDE, “o crescimento do consumo será mais suave devido a um crescimento mais fraco nos salários. O crescimento das exportações será sustentado em ganhos de competitividade apesar de condições externas mais desafiadoras. A absorção dos fundos estruturais vai sustentar o investimento“.

A instituição acredita que, apesar de Portugal apresentar níveis baixos de inflação e de beneficiar de condições financeiras acomodatícias, a moderação no crescimento do emprego e estabilização no crescimento dos salários ditarão um crescimento mais brando no consumo privado.

Por outro lado, apesar de um enquadramento externo mais adverso, as exportações vão aguentar-se, ao mesmo tempo que as importações sobem pressionadas pela chegada de fundos comunitários que vão suportar o investimento, até porque se aproxima o final do atual quadro comunitário com a consequente aceleração da execução.

Dívida elevada limita medidas no Orçamento

No novo cenário macroeconómico para Portugal, a OCDE melhora as previsões para o saldo orçamental para este ano e para o próximo. Para 2019, acredita que Portugal terá um défice de 0,1% do PIB, o mesmo que Mário Centeno inscreveu no draft do Orçamento do Estado para 2020 que enviou a 15 de outubro para Bruxelas, e um saldo nulo em 2020, colando-se também aqui às previsões do Governo que será atualizadas a 16 de dezembro, a “data indicativa” para a entrega do primeiro Orçamento da legislatura.

Mas apesar de estar mais otimista, a OCDE deixa um importante aviso em matéria orçamental que se aplica a Portugal (mas não só). “Nos países da OCDE onde não existe projeção de redução de níveis elevados da dívida pública nos próximos dois anos (como na Bélgica, Japão, Itália, Reino Unido e EUA), ou é esperada uma redução, mas a dívida pública é ainda muito elevada (como na Grécia, Portugal e Espanha), o espaço para medidas discricionárias de flexibilização é limitado. Uma flexibilidade adicional pode minar a sustentabilidade da dívida ou reduzir a margem para combater futuras recessões“, diz a organização.

A OCDE vê a dívida pública em 119,3% do PIB este ano, 117,1% no próximo e 114,3% do PIB em 2021. Para o próximo ano, a OCDE está mais pessimista que o Governo que coloca o rácio da dívida pública em 116,2%.

Riscos externos e na banca

No documento hoje publicado a OCDE sistematiza também os riscos que antecipa para Portugal e que podem afetar as previsões de crescimento económico para os próximos dois anos.

Em sentido descendente estão uma deterioração adicional das perspetivas de crescimento na União Europeia, a incerteza em torno do Brexit que pode afetar o turismo e o comércio, a vulnerabilidade do setor bancário a choques financeiros, que a OCDE vê existirem perante níveis elevados do crédito malparado.

Do lado ascendente, ou seja, que podem ajudar a economia a crescer acima do previsto, está a melhoria no desempenho do mercado de trabalho e a competitividade das exportações nacionais como resultado das reformas estruturais em curso.

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Estas são as quatro recomendações da OCDE para Portugal

  • ECO
  • 21 Novembro 2019

Para estimular o investimento produtivo, Portugal tem de seguir uma receita. A OCDE lembra quais são as quatro recomendações que o país deve seguir para melhora a sua competitividade.

Uma justiça eficiente, mão-de-obra mais qualificada e redução das barreiras regulatórias. É por aqui que passa a receita que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) prescreve a Portugal se o país quiser estimular níveis de investimento mais produtivos.

No Economic Outlook, publicado esta quinta-feira, a OCDE prevê que o investimento total da economia cresça 6,9% este ano, abrandando para 1,2% em 2020 e voltando a recuperar para uma taxa de crescimento de 4,3% em 2021. Na componente pública, o investimento vai beneficiar da absorção de fundos estruturais. No entanto, a OCDE defende que existem quatro áreas onde Portugal tem de fazer mais para conseguir incentivar um investimento que dê frutos. Aqui ficam as quatro recomendações:

  1. Melhorar a eficiência judicial. O relatório volta a insistir na tónica da falta de eficiência do sistema judicial. Significa, na prática, que os processos são demorados, desde o tempo de entrada da ação à conclusão, com a respetiva decisão judicial, face à média europeia. Exemplo disso é que o tempo médio necessário para resolver processos civis e comerciais, na primeira instância, chega quase a um ano. Só na área penal é que o panorama é mais positivo, com a duração a não ultrapassar os seis meses, se estivermos a falar apenas em primeira instância e não nos tribunais de recurso. Porém, estes valores são bem mais positivos do que há uma década em que, só no caso das ações executivas, chegava a passar os três anos, desde a entrada da ação em tribunal até à conclusão do processo. E no caso penal demoravam cerca de oito a nove anos. Outra das fragilidades da Justiça neste campo cível assenta no tempo necessário para pagar dívidas aos credores. Tribunais muito congestionados ou falta de magistrados do Ministério Público, juízes e funcionários judiciais são duas das causas que fazem com que a palavra ‘ineficiência’ venha sempre colada à da ‘Justiça’.
  2. Reduzir as pendências na Justiça. Este é também um argumento recorrente na avaliação que a OCDE faz dos tribunais portugueses. Os processos pendentes continuam a revelar um valor demasiado elevado, para a média europeia. Porém, segundo as estatísticas da Direção Geral da Política da Justiça (DGPJ), divulgadas pelo Ministério da Justiça no final de outubro deste ano, o número de processos pendentes tem vindo a diminuir progressivamente desde 2012: com 1.523.407 processos pendentes em 2013; 1.454.685 em 2014; 1.315.152 em 2015 e 1.133.328 em 2016. Já em 2017 essa fasquia baixou o marco de um milhão, ano em que foram contabilizados 977.689 processos, tendo em 2018 esse número descido para 851.879. Mesmo no caso das falências e insolvências — que foi durante alguns anos o calcanhar de Aquiles da Justiça portuguesa, a par com as ações de cobranças de dívidas –, as estatísticas revelam ainda que a tendência de crescimento do número de processos de falência, insolvência e recuperação de empresas (entrados e pendentes) registada entre 2007 e 2013 “parece ter terminado”, tendo-se verificado, entre 2013 e 2019, uma diminuição deste valores. “No segundo trimestre de 2019, o número de insolvências decretadas foi o mais reduzido dos períodos homólogos desde 2013”, conclui o Ministério da Justiça.
  3. Reduzir as barreiras regulatórias nas indústrias em rede e nas profissões reguladas. Profissões como advogados, notários, nutricionistas, arquitetos ou engenheiros (autorreguladas em Portugal pelas respetivas Ordens) deverão ter, na ótica da OCDE, as regras alteradas, nomeadamente ao nível da supervisão, que deverá estar a cargo de um órgão independente da ordem profissional, muitas vezes com membros de outras profissões. Certas profissões como as referidas deveriam ser também exercidas por licenciados de outros cursos, de forma a “abrir horizontes” no exercício da própria profissão. Quanto às barreiras nas indústrias em rede, esta é uma queixa antiga que vem, pelo menos desde os tempos da troika, e aplica-se sobretudo a indústrias como a eletricidade e as telecomunicações. Um exemplo são os famosos CMEC, que garantem receitas ao setor da eletricidade independentemente das condições da procura. Isto impede as mesmas condições para as restantes empresas no mercado e, logo, retira parte do incentivo para que a o preço se ajuste à procura.
  4. Aumentar a qualidade da educação e as escolas profissionais. O objetivo é aqui é ajudar a “alinhar” as competências com as necessidades do mercado de trabalho de forma a alcançar também um crescimento económico inclusivo e que não deixe de fora trabalhadores cujas competências já não são necessárias às empresas. Neste ponto, a OCDE recorda que apesar dos progressos, Portugal tem ainda um nível elevado de trabalhadores com baixas qualificações. Esta preocupação da OCDE com as baixas qualificações da força laboral em Portugal não é nova. Já em 2018, no Education at Glance, um relatório só centrado nas questões da educação, a OCDE referia que mais de metade da população não tinha concluído o ensino secundário e este facto tinha impacto nos seus rendimentos e na desigualdade.

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OCDE corta previsões para a economia mundial e pede aos governos para fazerem mais

Os governos têm de fazer mais e tomar medidas ousadas para estimular as suas economias, diz a OCDE, que reviu as suas previsões e antecipa a manutenção do crescimento mais baixo desde a crise.

A economia mundial vai voltar a crescer menos do que o esperado em 2020, mantendo o pior ritmo de crescimento desde a crise financeira de 2009, antecipa a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Incerteza, guerra comercial, Brexit e outros fatores estruturais estão a pesar no crescimento, e a conjuntura pode piorar. Organização diz aos governos que é urgente tomarem medidas para estimular a economia.

A OCDE voltou a rever as suas previsões, que havia atualizado há apenas dois meses, e cortou a previsão de crescimento para 2020 de 3% para 2,9%. A dimensão da revisão não é significativa, mas coloca o crescimento esperado no mesmo nível de 2019, de si já um abrandamento significativo e o pior nível de crescimento da economia mundial desde a crise de 2009.

No Economic Outlook publicado esta quinta-feira, a organização liderada por José Ángel Gurría explica que o crescimento económico mundial e as perspetivas para o futuro têm vindo a “deteriorar-se constantemente” nos últimos dois anos, resultado da incerteza que se instalou e que levou a uma queda no comércio entre os países e nos fluxos de investimento.

Há um ano, a OCDE apontava para um crescimento na ordem dos 3,5% em 2020 e 2021. Desde então, a situação deteriorou-se de forma significativa e ainda pode ser pior.

“O crescimento [económico] pode ser mais baixo se os riscos negativos se materializarem ou interagirem, incluindo um aumento nas restrições ao comércio e ao investimento transfronteiriço, a continuação da incerteza relacionada com o Brexit, a incapacidade dos estímulos de evitarem um abrandamento mais pronunciado na China e o surgimento de vulnerabilidades financeiras das tensões entre o abrandamento do crescimento, a elevada dívida das empresas e a deterioração da qualidade do crédito”, explica a OCDE.

A organização alerta também para as consequências que um aumento persistente dos preços do petróleo e das tensões geopolíticas teriam no crescimento económico.

É urgente fazer mais para estimular a economia

A economia tem vindo a abrandar e o problema é generalizado. No próximo ano há algumas economias a recuperar, mas são sobretudo economias de mercados emergentes e mais por razões específicas de cada um dos países do que de um novo enquadramento positivo da economia mundial.

Por essa razão, a OCDE envia um recado muito claro aos decisores políticos das economias desenvolvidas: os bancos centrais fizeram o seu trabalho, está na altura de os governos agirem.

“Há margem e uma necessidade urgente de políticas muito mais ousadas para reanimar o crescimento. Reduzir a incerteza política, repensar a política fiscal, e agir de forma decisiva para responder aos desafios levantados pela digitalização e as alterações climáticas, todas [estas questões] têm o potencial para reverter a tendência de abrandamento atual e melhorar o crescimento futuro e as condições de vida”, escreve a organização.

Numa mensagem muito semelhante à que tem vindo a ser defendida pelo Fundo Monetário Internacional nos anos mais recentes, a OCDE pede aos países com margem orçamental para aproveitarem que têm as contas equilibradas e que as taxas de juro são baixas para investirem nas suas economias.

O recado – que na Zona Euro tem sido dirigido especialmente à Alemanha e à Holanda – surge com algumas recomendações. Para a OCDE, estas economias deveriam usar esta margem para apoiar investimentos com um retorno a mais longo prazo, e sugere mesmo a possibilidade de serem criados fundos de investimento nacionais, com o objetivo de analisar os investimentos que maiores benefícios trazem no futuro, em vez de os governos simplesmente gastarem dinheiro agora para terem alguns benefícios económicos no curto prazo.

“Os governos devem concentrar-se não apenas nos benefícios dos estímulos orçamentais no curto prazo, mas especialmente nos ganhos no longo prazo e para este fim deviam rever o enquadramento das suas políticas de investimento. A criação de fundos de investimento nacionais, concentrados em investir no futuro, poderia ajudar os governos a desenhar planos de investimento”, diz a OCDE.

Para já, ainda não é isso que os governos estão a fazer: “até ao momento, com exceção de alguns poucos países, a política orçamental tem estimulado [a economia] apenas marginalmente, e não especialmente o investimento”, diz a OCDE.

Países sem margem orçamental podem mudar estrutura de despesa

Para os países cuja dívida pública é ainda demasiado elevada – como é o caso de Portugal –, não há margem para um Orçamento expansionista, até porque há regras orçamentais para cumprir na Europa.

No entanto, a OCDE deixa algumas sugestões para que estes países possam promover políticas mais amigas do crescimento. Entre estas estão alterações à estrutura dos impostos, assim como a realocação de despesas em rubricas que possam promover uma aceleração da economia.

Nestes países, as autoridades ainda podem estimular a atividade económica mudando a estrutura da despesa e dos impostos para áreas que são mais favoráveis ao crescimento económico. Por exemplo, uma política orçamental equilibrada pode aumentar a despesa em componentes que aumentem o crescimento — como a educação e o investimento público em infraestruturas, saúde, e investigação e desenvolvimento — reduzindo ao mesmo tempo despesa que prejudique o investimento – como os subsídios a setores que limitam a concorrência”, dizem os técnicos.

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Aumento do salário mínimo publicado em Diário da República. 635 euros chegam a 1 de janeiro

O salário mínimo nacional vai subir, a partir de 1 de janeiro do próximo ano, para 635 euros mensais. O Executivo de António Costa quer que atinja os 750 euros em 2023.

O Ministério de Ana Mendes Godinho publicou, esta quinta-feira, em Diário da República o diploma que oficializa a subida do salário mínimo nacional para 635 euros mensais em 2020. O objetivo do Governo de António Costa é que a retribuição mínima garantida atinja os 750 euros em 2023.

Depois de ouvidos os parceiros sociais, da aprovação em Conselho de Ministros e do “sim” do Presidente da República, o Executivo de António Costa decidiu avançar com a publicação do decreto-lei que aumenta o salário mínimo dos atuais 600 euros para 635 euros, com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2020.

No discurso de tomada de posse, António Costa anunciou que o Governo quer ver o salário mínimo nacional atingir os 750 euros até ao final da legislatura, ou seja, até 2023. Nessa ocasião, o primeiro-ministro deixou, contudo, por esclarecer quais seriam os valores que serviriam de degraus nessa trajetória.

Com essa questão em aberto, a ministra do Trabalho rumou à Concertação Social, no âmbito da qual ouviu as várias propostas dos parceiros sociais para a atualização do SMN já no próximo ano.

Ainda que não tenha sido possível chegar a um acordo nesse contexto, Ana Mendes Godinho decidiu avançar com a proposta do Governo: 635 euros a partir de janeiro de 2020. Esse já era, de resto, o valor que já estava fixado, em 2019, como “salário mínimo” na Administração Pública, desfazendo-se, assim, no próximo ano a diferença que serviu de motivo a tantas críticas.

E uma vez que as tabelas de retenção de IRS já estavam adaptadas ao “salário mínimo” da Função Pública, mesmo que o Executivo não as atualize este ano, os trabalhadores que receberem a nova remuneração mínima garantida ficarão livres de retenção na fonte. Além disso, continuam a não pagar IRS, porque a nova remuneração, apesar da subida de 5,8%, continua abaixo do mínimo de existência.

Na última sexta-feira, o Presidente da República deu “luz verde” a essa atualização da remuneração mínima garantida, considerando que está em causa uma “solução razoável” no contexto económico e social atual.

À semelhança do que aconteceu no curso da última legislatura, o Governo de António Costa quer aumentar o salário mínimo todos os anos até 2023, altura em que deverá atingir os 750 euros. “O Programa do XXII Governo Constitucional prevê a criação de condições para aprofundar a trajetória plurianual de atualização real do salário mínimo nacional, de forma faseada, previsível e sustentada, evoluindo em cada ano em função da dinâmica do emprego e do crescimento económico, com o objetivo de atingir os 750 euros em 2023“, confirma o Ministério do Trabalho, no diploma publicado esta manhã.

Em paralelo a esta evolução do salário mínimo, o Governo espera chegar a acordo com os parceiros sociais num âmbito mais alargado, isto é, quer chegar a acordo sobre a política de rendimentos geral e de competitividade. As reuniões sobre esta matéria arrancam na próxima semana.

(Notícia atualizada às 09h30)

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Revista de imprensa internacional

Sánchez cria dois novos ministérios e deixa-os nas mãos do Podemos. Trump culpa China por atrasos nas negociações comerciais. E GM processa Fiat por subornos.

As conversações comerciais entre Pequim e Washington estão a demorar? Donald Trump diz que a China não está a fazer esforço suficiente para levar as negociações a bom porto. Ainda desse lado do oceano, a GM acusa a Fiat de ter subornado o sindicato do setor automóvel. No Velho Continente, a British Airways registou atrasos significativos nos voos por causa de uma falha técnica e Sánchez cria dois novos ministérios.

Time

General Motors acusa Fiat de subornar sindicato

A General Motors está a processar a Fiat Chrysler por esta ter alegadamente subornado os dirigentes do sindicato que representa os trabalhadores do setor automóvel. De acordo com o processo, a Fiat terá interferido na negociação coletiva em 2009, 2011 e 2015, de modo a ganhar vantagem em relação à General Motors. Em reação, a Fiat acusou a GM de estar a usar este caso para tentar perturbar o processo de fusão com a francesa Peugeot.

Leia a notícia completa na Time (acesso livre, conteúdo em inglês).

El Economista

Sánchez vai criar dois novos ministérios e entregá-los ao Podemos

Caso Pedro Sánchez seja investido presidente do Governo espanhol, o líder do PSOE criará dois novos ministérios na próxima legislatura. Por um lado, irá ser retomado o Ministério da Habitação, que não existe desde os tempos de José Luis Zapatero, que está sob a tutela da Economia, e, por outro, recuperará o Ministério da Igualdade. Segundo indicam fontes próximas do processo, estes dois ministérios deverão ser entregues ao Podemos, o parceiro de coligação do PSOE.

Leia a notícia completa no El Economista (acesso livre, conteúdo em espanhol).

The Wall Street Journal

Trump culpa Pequim por atrasos nas negociações comerciais

O presidente norte-americano atribui à China a responsabilidade pelos atrasos nas negociações comerciais entre Pequim e Washington. Donald Trump diz que a equipa de Xi Jinping não está a demonstrar esforços suficientes no âmbito das negociações. De notar que os EUA têm insistido que a China tem de aumentar a importação de produtos agrícolas norte-americanos para que seja possível dar um passo em frente nestas negociações. Pequim, por sua vez, exige que Trump elimine todas as tarifas aduaneiras aplicadas nesta guerra comercial.

Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso pago, conteúdo em inglês).

Reuters

Louis Vuitton em negociações com a Tiffany

O grupo francês de produtos de luxo Louis Vuitton Moët Hennesy (LVMH) estará em negociações para comprar a Tiffany por 16 mil milhões de dólares (cerca de 14,45 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual), segundo fontes próximas da operação. No início deste mês a fabricante de anéis de noivado tinha rejeitado uma proposta de 120 dólares por ação, argumentando que o valor oferecido desvaloriza a empresa. A Tiffany pretende chegar a um acordo melhor, sendo que não há certezas de que este seja alcançado, revelam as fontes.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

The Guardian

Falha técnica provoca atrasos nos voos da British Airways

Os voos internacionais da British Airways com origem em Nova Iorque, Los Angeles, Orlando, Boston e Pequim, e com Londres como destino registaram atrasos significativos por causa de uma falha técnica. A transportadora aérea garante que já está a reagendar as viagens dos passageiros que foram afetados e a tratar das acomodações dos passageiros que tiveram de permanecer durante a noite nas cidades de origem.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês).

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Primeiro Congresso das Marcas assinala 25 anos da Centromarca

  • Conteúdo Patrocinado
  • 21 Novembro 2019

Associação que defende os produtos de marca reúne marcas, consumidores e distribuição num mesmo palco para debater digitalização, inovação e o futuro do setor.

25 anos, 50 associados e mais de 800 marcas escrevem a história da Centromarca em Portugal. A Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca, fundada em 1994, comemora agora duas décadas e meia de existência e assinala este momento com o I Congresso das Marcas.

‘Marcas. Uma parte do meu mundo. Uma parte de mim.’ é a assinatura do congresso que debate nesta quinta-feira, 21 de novembro, no Auditório Professor Simões dos Santos, na Cidade Universitária, em Lisboa, o universo em que se encontram marcas, consumidores e distribuição.

‘As marcas na era da informação e da personalização’ dão o mote ao primeiro debate em que se fala do objetivo de customização das marcas, do relacionamento que estas criam com o consumidor, da importância da preparação de conteúdos personalizados, da necessidade de presença em diferentes pontos de contacto, da interação omnichannel e do envolvimento com os consumidores.

Ao mesmo tempo, fala-se do desafio das plataformas digitais, um dos principais motores para ações e estratégias que atendam às necessidades dos públicos e propiciem experiências mais atrativas.

O Congresso da Centromarca é ainda uma oportunidade para se olhar para exemplos inovadores e que diversificam a oferta do mercado, ao mesmo tempo que acompanham as tendências de consumo.

A Dott, uma plataforma digital portuguesa, que se assume como o maior shopping online em Portugal, dá o seu testemunho. Gaspar d’Orey, CEO, traça o percurso das marcas, dos produtos, da tecnologia e do consumidor, e aponta o caminho a conquistar pelas marcas, com os desafios da globalização e do digital.

O Congresso das Marcas é ainda palco da entrega do primeiro prémio ‘Jornalismo que Marca’, destinado a distinguir os trabalhos jornalísticos sobre a envolvente social e económica dos consumidores, produtos de marca e mercado. O prémio, no valor de 2.500 euros, será atribuído hoje e reflete o reconhecimento público e contínuo da Centromarca pelo papel dos jornalistas no esclarecimento, divulgação e sensibilização dos consumidores.

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CGD já está a cobrar comissões nos depósitos de instituições financeiras

  • ECO
  • 21 Novembro 2019

A CGD já está a cobrar comissões nos depósitos dos clientes institucionais. A intenção já tinha sido anunciada por Paulo Macedo no início do mês, passando agora à prática.

O banco público já está a cobrar comissões nos depósitos das instituições financeiras, de modo a tentar contornar a política monetária do Banco Central Europeu. “A Caixa cobra comissões [nos depósitos] a instituições financeiras para saldos acima de determinado valor”, confirmou fonte oficial ao Jornal de Negócios (acesso pago), não referindo que patamar está em causa.

A intenção de cobrar comissões nos depósitos de outros bancos já tinha sido anunciada por Paulo Macedo na conferência de imprensa de resultados. Nessa ocasião, o presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) sublinhou que não iria cobrar às empresas públicas, frisando que a “única vontade é cobrar a bancos e instituições financeiras”.

A concretização dessa vontade decorre do facto da lei não permitir a aplicação de juros negativos nos depósitos em Portugal, tendo o BPI e outros bancos já tomado um caminho semelhante.

No caso do BPI, as comissões começaram a ser aplicadas no final de julho, estando em causa uma comissão de 0,3% sobre os depósitos de clientes institucionais, à qual acresce o Imposto do Selo (IS) de 4%.

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Governo instala secretarias de Estado em “casa” dos governantes

  • ECO
  • 21 Novembro 2019

O Executivo decidiu instalar três secretarias de Estado em Bragança, Castelo Branco e Guarda, regiões onde já residiam os governantes.

O Executivo de António Costa decidiu instalar três das 50 secretarias de Estado fora de Lisboa, tendo mudado esses gabinetes para três regiões portuguesas onde já residiam os governantes responsáveis pelas pastas em causa, avança o Jornal I (link indisponível).

A Secretaria de Estado da Valorização do Interior, ocupada por Isabel Ferreira, desloca-se de Castelo Branco para Bragança, onde é natural e reside a governante. No gabinete instalado no Brigantia EcoPark vão trabalhar em permanência três funcionários e a secretária de Estado.

A pasta da Conservação das Florestas e do Ordenamento do Território, tutelada por João Catarino, fica em Castelo Branco, onde o secretário de Estado já tinha gabinete. Por fim, a secretaria de Estado da Ação Social vai para a Guarda, onde nasceu Rita da Cunha Mendes. O gabinete governamental terá sede no Centro Distrital da Guarda do Instituto da Segurança Social, a partir de 9 de dezembro.

A descentralização dos gabinetes governamentais não é um tema novo, tendo sido confirmado esta semana que estas três secretarias irão sair de Lisboa. Ainda assim, todas as estruturas vão manter gabinetes na capital, nos respetivos ministérios.

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