Boris Johnson vai pedir ao Parlamento eleições antecipadas a 12 de dezembro

Boris Johnson quer que os deputados britânicos aprovem eleições antecipadas a 12 de dezembro.

Numa altura em que o Brexit atingiu um impasse, Boris Johnson vai pedir ao Parlamento britânico para avançar para eleições antecipadas a 12 de dezembro, adianta a BBC (acesso livre, conteúdo em inglês). A saída do Reino Unido da União Europeia deverá ser adiada, o que dará tempo para se realizarem eleições.

Os líderes europeus concordam com a necessidade de conceder uma extensão do Brexit, mas ainda não está decidido por quanto tempo. Se for até 31 de janeiro de 2020, a data pedida pelo Governo britânico, Boris Johnson irá pedir ao Parlamento, na próxima semana, para fazer eleições antecipadas antes do Natal. O plano será submeter a proposta na segunda-feira, para ser votada terça.

Se se fizerem eleições na data proposta pelo primeiro-ministro britânico, o Parlamento terá de ser “dissolvido”, para permitir aos candidatos fazer campanha, a 6 de novembro. Se a oposição, o partido trabalhista, concordar com a eleição, o Governo diz que vai tentar aprovar o acordo antes desta data.

“Se eles realmente querem mais tempo para estudar este excelente negócio, eles podem obtê-lo – mas precisam de concordar com uma eleição geral a 12 de dezembro“, disse Boris Johnson à BBC. O Parlamento chumbou a calendarização da lei do Brexit proposta pelo Governo britânico, com os deputados a defender que não tinham tempo suficiente para analisar o texto.

No Reino Unido, para convocar uma nova ida às urnas, é necessária uma maioria de dois terços no Parlamento. Questionado sobre o que faria se os trabalhistas se recusassem a votar para avançar para eleições, o primeiro-ministro britânico reiterou que fariam campanha todos os dias para “libertar” a população de estar “sujeita a um Parlamento que perdesse a sua utilidade”.

(Notícia atualizada às 17h35)

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Lisboa fecha em alta impulsionada pela energia e CTT

A bolsa de Lisboa acompanhou a tendência positiva sentida na Europa. As energéticas e os CTT destacam-se nos ganhos.

A bolsa de Lisboa fechou em alta, impulsionada pelas energéticas e pelos CTT, cujos títulos estão a recuperar desde o início de outubro, bem como pelo BCP. A praça lisboeta acompanhou assim a tendência positiva sentida pela Europa.

O PSI-20 avançou 0,48% para os 5.082,04 pontos. Das 18 cotadas, dez terminaram a sessão em alta, elevando o índice de referência português acima da linha de água. No extremo oposto, foram sete as que fecharam em queda, e uma, a F. Ramada, permaneceu inalterada.

O destaque vai para os CTT, que avançaram 4,03% para os 2,63 euros, o que é o valor mais alto em quase seis meses. Após um período de forte turbulência que atirou os títulos para mínimos históricos, a cotação da ação está em recuperação desde o início do mês.

Entre os ganhos, nota ainda para o setor da energia, que contribuiu para o desempenho do PSI-20. A Galp Energia avançou 1,88% para os 14,14 euros, e a EDP subiu 1,05% para os 3,64 euros. Outro dos pesos pesados da bolsa, o BCP, surgiu também nesta sessão, ao valorizar 0,84% para os 0,2036 euros.

Já em “terreno” vermelho, encontra-se a Semapa, que caiu 1,09% para os 12,7 euros, e a Sonae, que recuou 0,76% para os 0,91 euros. A REN foi outra das cotadas que registou perdas nesta sessão, de 0,38% para os 2,62 euros.

No Velho Continente, a generalidade das praças fechou o dia em alta. O índice de referência pan-europeu, o Stoxx 600 subiu, 0,40%, o espanhol IBEX 35 avançou 0.81% e o alemão DAX valorizou 0,62%. Já o britânico FTSE 100 subiu 0,91%, numa altura em que o Reino Unido ainda aguarda a decisão oficial da União Europeia sobre uma extensão do Brexit.

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Estivadores acusam empresa portuária de violar contrato coletivo e ameaçam com greve em Setúbal

  • Lusa
  • 24 Outubro 2019

O Sindicato dos Estivadores exige que a Sadoport reveja a contratação de um trabalhador externo até segunda-feira, dia plenário de trabalhadores do SEAL. Caso contrário admitem avançar com uma greve.

O Sindicato dos Estivadores fez esta quinta-feira um ultimato à empresa Sadoport para rever, até segunda-feira, a recente contratação de um trabalhador externo que considera violar o Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) dos estivadores do Porto de Setúbal.

A empresa Sadoport admite que procedeu à contratação de um trabalhador que não integrava o grupo de estivadores a que as empresas de trabalho temporário Operestiva e Setulsete estão obrigadas a dar preferência, mas defende que o CCT – ao contrário do que diz o sindicato – não impede a empresa portuária Sadoport de fazer qualquer contratação a termo fora daquele universo de trabalhadores, mas apenas contratações sem termo certo.

A postura que a Sadoport está a adotar com a anunciada contratação de um trabalhador externo ao grupo de trabalhadores abrangidos pelo CCT, e fora das regras relativas a esta matéria, constitui uma violação flagrante do CCT que coloca em causa o clima de paz social no Porto de Setúbal“, afirma António Mariano, presidente do SIAL – Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística.

O dirigente sindical falava à agência Lusa pouco depois de o SEAL ter enviado uma carta a convidar a empresa Sadoport a rever a sua posição, sob pena de os trabalhadores poderem avançar para formas de luta que poderão passar por uma “paragem no Porto de Setúbal apenas nas empresas do grupo Yilport”.

Nesse sentido, o SEAL já convocou para segunda-feira, às 8h00, um plenário de trabalhadores, na delegação do sindicato, para decidir sobre eventuais formas de luta, caso a Sadoport persista na contratação de trabalhadores externos ao grupo de estivadores que ainda não foi integrado nos quadros de pessoal das empresas portuárias de Setúbal.

Confrontado com as acusações do sindicato e com o ultimato do SEAL, o representante das empresas Sadoport e Operestiva (do grupo Yilport), Diogo Marecos, negou qualquer violação do CCT e disse que a matéria em causa foi “amplamente discutida” durante a negociação do CCT e que “está clara nas cláusulas 8 e 10 do referido CCT”.

“A Sadoport está a adstrita ao cumprimento do CCT apesar de já não integrar a associação que o celebrou. Mas, por força da lei, está obrigada ao seu cumprimento (do CCT) e está a cumprir. As empresas são livres de contratarem quem quiserem, desde que seja celebrado um contrato a termo. E foi isso que foi feito. Não há nenhuma violação do CCT”, defendeu Diogo Marecos.

A cláusula 8 do CCT publicado no Boletim do Trabalho e Emprego 34/2018 refere que “a admissão de trabalhadores pelas empresas de estiva e pelas empresas de trabalho portuário far-se-á nos termos da lei, sem prejuízo do disposto” no referido CCT e a cláusula 10 estabelece as regras de admissão para o quadro privativo das empresas de estiva, que as empresas do grupo Yilport consideram que só são aplicáveis nas contratações sem termo certo.

“A admissão de trabalhadores para os quadros privativos das empresas de estiva, mediante contrato de trabalho sem termo, terá lugar, preferencialmente, e por esta ordem de preferência, de entre os trabalhadores com contrato sem termo ou a termo pertencentes às ETP (Empresas de Trabalho Portuário), podendo as empresas escolher livremente o trabalhador que, pelas suas valências profissionais, seja o mais adequado à categoria/função, que irá ser desempenhada“, refere o ponto 1 da cláusula 10 do Contrato Coletivo de Trabalho dos Estivadores do Porto de Setúbal.

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Empresas de media francesas assumem guerra contra o Google

  • Lusa
  • 24 Outubro 2019

As empresas de media francesas consideram que “o futuro da imprensa francesa e europeia está em jogo", já que a Google se recusa a compensá-los por mostrar os conteúdos e avançaram com uma queixa.

As empresas de media francesas vão apresentar queixa do Google ao regulador da concorrência, pelo motor de busca se recusar a compensá-los por mostrar os seus conteúdos, desafiando uma lei sobre direitos de autor da União Europeia.

A APIG, uma aliança que agrupa dezenas de títulos da imprensa nacional e regional, disse numa conferência de imprensa esta quinta-feira em Paris, que pressionaria o governo francês a agir contra o gigante da Internet nos Estados Unidos.

“Estamos indignados”, disse Jean-Michel Baylet, presidente da APIG e presidente-executivo do jornal Depeche du Midi, do sul de França, lembrando que “ninguém pode desrespeitar a lei”.

“É isso que o Google está a fazer”, lamentou, acrescentando que é “o futuro da imprensa francesa e europeia que está em jogo”.

Os media franceses estão a ser forçados pelo Google a deixar que o motor de busca use extratos gratuitos dos seus conteúdos, ou, caso contrário, as suas informações tornar-se-ão menos visíveis ao nível dos resultados das pesquisas e consequentemente o seu tráfego irá diminuir.

A AFP, que não faz parte daquela aliança, está também a preparar-se para notificar a Autoridade da Concorrência francesa, disse esta quinta-feira a agência de notícias do país.

O Google está a atuar de forma unilateral, apesar da entrada em vigor, esta quinta-feira, do “direito vizinho”, um novo mecanismo que deveria permitir uma melhor partilha das receitas digitais em benefício dos produtores de informação.

A iniciativa do Google, anunciada há um mês, levantou contestação da imprensa e do Governo franceses, que veem nas condições impostas pelo grupo norte-americano uma “afronta inaceitável” e uma “violação da legislação” nacional e europeia.

Em 25 de setembro, o Google afirmou que não iria remunerar as empresas de comunicação social francesas, apesar da entrada em vigor de uma lei que transpõe para o direito francês a reforma europeia do direito de autor, e instaura, como esta prevê, um “direito vizinho” em proveito dos editores da comunicação social e das agências noticiosas.

Mesmo que esta reforma pretenda ajudar a comunicação social a ser paga pelos conglomerados digitais, como a Google e a Facebook, que recebem a maior parte das receitas publicitárias na internet, a Google disse, de imediato, que não ia pagar aos editores.

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Têxtil e calçado vão precisar de 400 mil novos trabalhadores até 2030

  • Lusa
  • 24 Outubro 2019

Iniciativa da Comissão Europeia que tem como objetivo atrair jovens para setor têxtil, vestuário, calçado e curtumes. Até 2030 são necessários cerca de 400 mil novos trabalhadores nestes setores.

A Comissão Europeia lançou esta quinta-feira no Porto, uma campanha de atração de jovens para os setores têxtil, vestuário, calçado e curtumes destinada a colmatar a previsível necessidade de 400 mil novos trabalhadores nestes setores até 2030.

Intitulada “Open your mind” e executada pela Executive Agency for Small and Medium-sized Enterprises (EASM)e pela Directorate General for Internal Market, Industry, Entrepreneurship and SMEs (DG Grow) com a participação de várias confederações setoriais europeias, a campanha decorre ao longo dos próximos nove meses em Portugal, Itália, Espanha, Roménia, Polónia e Alemanha e pretende divulgar nas escolas e centros de formação oportunidades de emprego na indústria da moda.

“É necessário não só criar condições para que na próxima década o setor possa contratar 400 mil novos profissionais, como simultaneamente, à medida que a indústria está a mudar de forma significativa, são necessários profissionais não só para a produção, mas também para outras áreas consideradas mais nobres, como o ‘design’, ‘marketing’, informática, engenharia do produto e logística, explicou à agência Lusa Paulo Gonçalves, diretor de comunicação da Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS), entidade que integra o comité de direção deste projeto.

Referindo que cerca de 20% dos 2,2 milhões de trabalhadores das indústrias têxtil, vestuário, calçado e curtumes na Europa “já têm mais de 55 anos”, este responsável destaca que a crescente contratação de “novos talentos” é essencial se “a Europa quer continuar a estar na liderança destes setores, nomeadamente nos domínios do ‘design’ e da inovação”.

Segundo Paulo Gonçalves, em cima da mesa está também uma questão de sustentabilidade: “Falando-se hoje tanto em sustentabilidade, para nós o que não é sustentável é que um único continente – o asiático – tenha quotas de mercado em algumas destas indústrias superiores a 85%. Não é sustentável para a economia mundial e para o planeta que exista um desfasamento tão grande entre os diferentes players”, sustenta’.

Para que a mensagem “possa chegar de forma eficaz ao seu público-alvo”, no âmbito do programa vão ser organizadas visitas, encontros e ‘open days’ envolvendo escolas, centros de formação, empresas e associações do setor, em que “peritos vão falar sobre as possibilidades de carreira, respondendo também a todas as dúvidas dos potenciais interessados”, explicam os promotores do programa.

É que, dizem, o têxtil, vestuário, curtumes e calçado “são setores com grande tradição e com um grande peso na Europa, nomeadamente na economia portuguesa, mas continuam a ser pouco apelativos para a faixa etária entre os 14 e os 30 anos, o que causa junto das empresas constrangimentos em termos de recursos humanos”.

“Alterar a perceção que os jovens têm sobre estas indústrias é importante para a captação de talentos e para a renovação das empresas e das próprias áreas de negócio, que necessitam de ‘sangue novo’ para manterem um elevado nível de inovação e competitividade”, enfatizam, defendendo que, “para os mais jovens, uma carreira nesta área é atrativa não só pela criatividade envolvida, mas também pela possibilidade de, através da criação de soluções inovadoras, contribuírem para um planeta mais limpo”.

“As tecnologias digitais e o próprio desenvolvimento tecnológico em termos de I&D [Investigação & Desenvolvimento], produção, divulgação e comercialização dos artigos de vestuário e calçado criaram novos perfis de profissionais, muitos com elevado grau de especialização, tornando-as apelativas, por exemplo, para licenciados”, referem, salientando que “a globalização criou oportunidades de estudar fora do país de origem, nomeadamente através do programa Erasmus, ou de desenvolver uma carreira em vários pontos do globo”.

Para Paulo Gonçalves, “a indústria europeia precisa definitivamente de ser a grande referência internacional ao nível da indústria 4.0”: “Se já o foi no passado, o que a Comissão Europeia entende é que se devem criar as condições para que não perca esse património no futuro”, sustenta.

As áreas da indústria têxtil, vestuário, calçado e pele representam na Europa um volume de negócios anual de 200 mil milhões de euros e empregam 2,2 milhões de pessoas (66% das quais mulheres) em 225 mil empresas. Em países como Portugal, Itália, Espanha, Roménia e Polónia estes setores apresentam um peso significativo nas exportações.

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Miguel Morgado quer ser candidato à liderança do PSD, mas admite não ter meios

  • ECO
  • 24 Outubro 2019

O deputado social-democrata manifestou o desejo de ser candidato às eleições diretas do PSD, mas admite não reunir os meios necessários para colocar em marcha a campanha.

Miguel Morgado manifestou esta quinta-feira o desejo de disputar as eleições diretas do Partido Social Democrata (PSD), mas admite poder não reunir os meios necessários para o efeito. “É a vida”, disse o deputado social democrata, não esquecendo de fazer críticas a Rui Rio, de quem é crítico assumido.

Manifesto o meu desejo de me candidatar para participar no debate ao mais alto nível, na primeira linha. Mas, como disse desde o início, tenho de fazer um julgamento sobre os meios de que preciso para fazer uma candidatura condigna, e pode ser que não consiga reunir esses meios. É a vida“, disse Miguel Morgado, deputado do PSD, em entrevista ao programa Sob Escuta na rádio Observador (acesso pago).

Apesar da vontade demonstrada e de considerar que representa “um conjunto de valores, de princípios, de um certo tipo de consciência política no PSD” e da direita em geral, Miguel Morgado diz não ter os “meios de campanha e apoios de vários tipos” que são necessários para colocar em marcha uma campanha para a liderança do PSD.

Sobre os candidatos os três candidatos à corrida da liderança do PSD — Rui Rio, Miguel Pinto Luz e Luís Montenegro –, o fundador do Movimento 5.7 considera que “do ponto vista pragmático” Luís Montenegro é o que se posiciona de “forma mais clara” contra o projeto político de Rui Rio, do qual é muito crítico. Além disso, segundo a visão de Miguel Morgado, o PSD tem um “grande adversário político que é a esquerda liderada pelo PS” e, por isso, o partido vai precisar de “criatividade” e de união dentro do partido.

As eleições diretas do PSD devem ser realizadas em janeiro e foram marcadas depois dos maus resultados dos sociais-democratas nas eleições legislativas de 6 de outubro. Nas legislativas, o PSD obteve 27,7% dos votos, o equivalente a 79 deputados, contra 36,3% do PS, o que corresponde a 108 deputados.

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Banco de Portugal volta a condenar Salgado. Ex-presidente do BES multado em 75 mil euros

O ex-presidente do BES foi alvo de uma coima de 75 mil euros por desobediência a determinações do supervisor e por prestação de falsas informações. Há mais dois condenados.

Ricardo Salgado voltou a ser condenado pelo Banco de Portugal. Desta vez, o ex-presidente do BES foi alvo de uma coima de 75 mil euros por desobediência a determinações do supervisor e por prestação de falsas informações. Espirito Santo Financial Group (ESFG), sociedade que controlava o BES, e José Castella, ex-administrador, também foram condenados.

Em causa estão infrações especialmente graves cometidas entre 23 de outubro de 2012 e 31 de março de 2014, segundo detalha o Banco de Portugal na decisão de condenação relativo ao processo de contraordenação 214/16/CO divulgada esta quinta-feira.

O ex-banqueiro e José Castella (que foi alvo de uma coima de 50 mil euros) já apresentaram impugnação judicial da decisão junto do Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão, em Santarém. Já ESFG não recorreu da decisão do Banco de Portugal, que lhe tinha aplicado uma coima de 110 mil euros que se encontra suspensa na sua totalidade pelo período de cinco anos.

O Banco de Portugal concluiu que houve violação de duas regras previstas no número 1 do artigo 211 do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras:

  • m) A desobediência ilegítima a determinações do Banco de Portugal ditadas especificamente, nos termos da lei, para o caso individual considerado, bem como a prática de atos sujeitos por lei a apreciação prévia do Banco de Portugal, quando este tenha manifestado a sua oposição;
  • p) A prestação ao Banco de Portugal de informações falsas, ou de informações incompletas suscetíveis de induzir a conclusões erróneas de efeito idêntico ou semelhante ao que teriam informações falsas sobre o mesmo objeto.

Além de presidente do BES, Ricardo Salgado também liderou o conselho de administração da ESFG, principal acionista do banco que veio a ser resolvido em agosto de 2014. Foi nessa condição que foi agora condenado. José Castella também pertenceu à administração dessa sociedade. A ESFG pediu de gestão controlada aos tribunais do Luxemburgo a 24 de julho por “não estar em condições” de pagar as suas dívidas.

Esta não foi a primeira condenação do Banco de Portugal em relação ao ex-banqueiro. O supervisor já condenou Ricardo Salgado por duas vezes e cujas decisões resultaram em coimas de 3,7 milhões de euros (devido a atos de gestão ruinosa no BES) e 1,8 milhões de euros (por causa do BES Angola).

(Notícia atualizada às 17h05)

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AdC notificada sobre o controlo da CNP assurances

  • Lusa e ECO Seguros
  • 24 Outubro 2019

A Autoridade da Concorrência portuguesa foi notificada sobre casamento, promovido pelo Estado francês através da CDC, entre La Banque Postale e a CNP Assurances.

O braço financeiro do Estado francês, a Caisse des Dépôts et Consignations (CDC), notificou a Autoridade da Concorrência (AdC) em Portugal, sobre deter o controlo exclusivo sobre a operadora de correio estatal La Poste e, posterior e indiretamente, sobre a seguradora CNP.

A complexa operação já tinha sido anunciada pelo Governo francês, em agosto passado, que delineou o ‘casamento’ entre La Banque Postale e CNP Assurances, através da compra da La Poste pela Caisse des Depots et Consignations (CDC), reforçando assim a força do banco.

A operação de concentração, que foi notificada na sexta-feira à AdC, e já tinha sido alvo da mesma notificação às autoridades francesas da concorrência, consiste – numa primeira fase – na aquisição pela Caisse des Dépôts et Consignations (“CDC”) do controlo exclusivo direto da La Poste.

Numa segunda fase, posteriormente, adquire o controlo exclusivo indireto da companhia de seguros CNP Assurances, assumindo, assim, a empresa de correios francesa La Poste – cujo ramo internacional detém as empresas de entregas Choronopost e Seur – o controle da seguradora.

Segundo o aviso da AdC, publicado na página de internet da entidade liderada por Margarida Matos Rosa, o operador de serviços postais La Poste está em Portugal ativo na entrega de encomendas expresso, na distribuição de correio e na prestação de serviços de logística e de transitário, através das empresas Chronopost International Portugal, Seur Portugal, DPD Deutschland GmbH, Asendia Spain, Mediapost Distribuição Postal, Innovagency Consultoria, U.S. Direct eCommerce, Tigers HK e Tigers Global logistics.

A Caisse des Dépôts et Consignations é uma instituição pública francesa que detém investimentos em vários setores em todo o mundo, estando em Portugal ativa através das empresas Egis Road Operation Portugal, Transdev Participações, Labelium Portugal Unipessoal, Bpifrance Investissement e Qualium Investissement.

Quanto à seguradora CNP Assurances, segundo o aviso da AdC, opera em vários países da América Latina e da Europa, nomeadamente em Portugal através da oferta em instituições de crédito, as CNP Partners, de produtos de seguros não vida e de proteção de pagamentos. A CNP Partners é uma LPS ( instalada ao abrigo da Livre Prestação de Serviços) registada em Portugal desde 2012. No sul da Europa, a seguradora está presente em Espanha e Itália. Nestes países, para além da CNP Partners detém ainda as CNP Caution e CNP Assurances.

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Conferência dos reseguradores com protesto de ambientalistas

  • ECO Seguros
  • 24 Outubro 2019

A Greenpeace aproveitou a Baden Baden Reinsurance Meeting para montar um protesto de pressão sobre a cobertura de riscos de centrais de carvão. Já 7 das maiores resseguradoras rejeitam essas apólices.

A conferência de resseguros de Baden Baden, na Alemanha, que decorre naquela cidade alemã, foi alvo de um protesto pacífico de ambientalistas que pretendiam apelar às resseguradoras para não investirem na cobertura de riscos associados às centrais que funcionam a carvão.

Segundo dados citados no site do Greenpeace, cerca de metade do mercado global de resseguros continua a providenciar cobertura a seguradoras ligadas a novos projetos na área do carvão.

De acordo com a organização ambientalista, o uso desta matéria-prima continua a gerar cerca de 41% de toda a eletricidade produzida a nível mundial, sendo responsável por 44% das emissões de CO2 do sector energético.

A conferência de Baden Baden é onde se debate a renovação de contratos de resseguro, incluindo os que estão relacionados com o carvão e por isso foi o local escolhido para o protesto.

De acordo com a organização Unfriend Coal, em meados de 2018 sete resseguradoras, que controlam 45% das apólices mundiais de resseguros, já tinham desinvestido em alguns ou mesmo todos os ativos relacionados com o carvão.

Dois responsáveis pelo resseguro na Fidelidade estão inscritos no congresso: Nuno Santos Ferreira e José Couto Sousa.

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Web Summit traz mulher mais poderosa de Hollywood a Lisboa

Kathleen Kennedy é a produtora de filmes como E.T., Star Wars e Indiana Jones e foi nomeada "a mulher mais poderosa de Hollywood" pela revista Vanity Fair.

Kathleen Kennedy vem a Lisboa. O nome pode não lhe dizer nada mas se adiantarmos que se trata da “mulher mais poderosa de Hollywood” segundo a VanityFair e que se trata da produtora de filmes como E.T., Star Wars e Indiana Jones, o seu interesse pode aumentar. Pois é: a norte-americana vai estar em Lisboa para participar, como oradora, no Web Summit, que decorre na capital portuguesa entre 4 e 7 de novembro.

O maior evento de tecnologia e empreendedorismo do mundo anunciou esta quinta-feira a novidade. Kennedy junta-se assim a uma pool já bem recheada de notáveis internacionais, que inclui nomes como o do wistleblower Edward Snowden ou o da comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager.

Kathleen Kennedy vai estar na edição de 2019 do Web Summit, que decorre entre 4 e 7 de novembro, em Lisboa.D.R.

“Quando a Vanity Fair te descreve como a mulher mais poderosa de Hollywood fazem-no por uma muito boa razão. No caso de Kennedy, a carreira dela fala por si”, explica Paddy Cosgrave, sobre o convite à produtora para estar no evento.

No currículo de Kennedy estão oito nomeações para prémios da Academia e a produtora foi a primeira mulher a receber o prémio Academy’s Thalberg e o President of Lucasfilm. No palco do Web Summit, Kathleen Kennedy estará à conversa com Rob Bredow, diretor executivo da Industrial Light & Magic, uma empresa de visual efects criada em maio de 1975 por George Lucas.

A organização do evento espera a assistência de mais de 70 mil pessoas na edição deste ano, a quarta desde que o evento irlandês se mudou para Lisboa.

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EDP espera por dezembro para decidir descida no preço da luz

A EDP Comercial vai aguardar pela publicação da tarifa regulada final em dezembro antes de fechar os preços da luz para o próximo ano no mercado livre.

A EDP Comercial vai aguardar pela divulgação da tarifa definitiva para o mercado regulado de energia antes de anunciar eventuais mexidas na tarifa praticada no mercado livre.

À margem da Portugal Mobi Summit 2019, a presidente executiva da EDP Comercial evitou comprometer-se já com mudanças. “Aquilo que saiu ainda é algo preliminar e transitório. Vamos aguardar por o que serão as tarifas que saem no final do ano”, apontou.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) propôs a 15 de outubro uma descida da tarifa regulada de eletricidade a vigorar em 2020 na ordem de 0,4%, um valor que só vai ser confirmado — ou revisto — a 15 de dezembro. Segundo cálculos da entidade liderada por Cristina Portugal, trata-se de uma descida de 18 cêntimos numa fatura média mensal de 43,9 euros, um valor que serve de referência para o mercado liberalizado.

“Naturalmente nas componentes reguladas iremos sempre cumprir com aquilo que são as indicações do regulador. Mas deem-nos mais dois meses para podermos finalizar a estratégia de pricing [para o mercado liberalizado] para o próximo ano”, apontou Vera Pinto Pereira.

A EDP Comercial não é a única a esperar pelo fim do ano para conhecer as tarifas finais do mercado regulado, que são benchmark para o mercado livre. Contactadas pelo ECO, as concorrentes Endesa e Iberdrola também não quiseram avançar já com novidades acerca dos preços para o próximo ano.

A Galp Energia GALP 0,09% também está “a avaliar as condições de mercado para decidir a atualização das suas ofertas para o próximo ano”. Na componente regulada, naturalmente “vão refletir a variação que vier a ser aprovada”.

A Goldenergy diz que conta refletir no mercado livre a eventual descida dos preços. “A Goldenergy pratica os preços mais concorrenciais no mercado, pelo que obviamente nas tarifas a praticar em 2020 no mercado liberalizado onde estamos presentes, teremos em conta a proposta tarifária da ERSE para o mercado regulado para continuarmos a ser a empresa com o preço mais concorrencial”, disse fonte oficial da companhia.

EDP Comercial “gostava de ter concorrentes fortes”

A 10 de outubro, a ERSE atualizou as quotas de mercado das comercializadoras de energia. A EDP Comercial manteve-se como o principal operador, mas voltou a perder share para a concorrência. Em agosto deste ano, a quota de clientes diminuiu 0,2 pontos percentuais, uma tendência que se arrasta há um ano.

Confrontada com esta tendência, Vera Pinto Pereira foi perentória: “Não estou nada preocupada”, afirmou ao ECO, garantindo que vê “sempre” a concorrência como “um sinal positivo para o setor”.

“Aquilo que tenho dito sempre é que vejo a concorrência com enorme entusiasmo. Acredito que a concorrência no mercado é saudável. Quero, e gostava de ter, de facto, concorrentes fortes. E que juntos possamos, nesse sentido, contribuir para um mercado de energia elétrica todo ele mais robusto, mais inovador, onde nos possamos desafiar uns aos outros a dar esses passos na inovação, no lançamento de novos serviços”, sublinhou.

Questionada sobre se a empresa do grupo EDP EDP 1,62% tem algum plano para inverter a tendência de perda de mercado, Vera Pinto Pereira disse apenas que o plano é “servir os clientes com os produtos mais avançados do mercado”. “Esse é o meu plano e o meu foco”, reiterou.

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“Este Governo é para quatro anos. Comigo não há pântanos”, disse António Costa

  • Lusa
  • 24 Outubro 2019

"Este Governo é para quatro anos, comigo não há pântanos", disse António Costa, na reunião do Grupo Parlamentar do PS.

O secretário-geral do PS disse esta quinta-feira que está preparado para cumprir como primeiro-ministro os quatro anos de legislatura e afastou o cenário do “pântano” do segundo executivo de Guterres, que caiu após um mau resultado nas autárquicas de 2001.

António Costa transmitiu esta sua posição numa reunião do Grupo Parlamentar do PS, que durou cerca de uma hora, durante a qual procurou deixar uma mensagem aos deputados socialistas de que o seu segundo Governo “não é para durar dois anos”.

“Este Governo é para quatro anos, comigo não há pântanos”, declarou António Costa, citado por vários deputados socialistas.

Deputados socialistas referiram à agência Lusa que António Costa pretendeu traçar uma clara linha de demarcação entre o seu novo Executivo e o segundo Governo liderado por António Guterres, que se demitiu do cargo de primeiro-ministro a meio da legislatura (1999/2003), depois de o PS ter óbito um mau resultado nas eleições autárquicas de dezembro de 2001.

Neste ponto, o secretário-geral do PS frisou que o seu mandato como primeiro-ministro “não está dependente do ciclo eleitoral da próxima legislatura”, designadamente das eleições autárquicas de 2021.

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