Wall Street em alta à boleia dos resultados. Tesla dispara

A Tesla é a estrela da sessão nos EUA, com os investidores a aplaudirem os lucros da empresa e o anúncio da chegada à estrada do novo Model Y já durante o próximo ano.

As ações norte-americanas arrancaram em alta pela segunda sessão, com os investidores a receberem com agrado os resultados da Microsoft e da Tesla. As ações da empresa de Elon Musk sobressaem com um disparo de 19%.

O S&P 500 avança 0,37%, para os 3.015,52 pontos enquanto o Dow Jones e o Nasdaq aceleram 0,27% e 0,73%, respetivamente, para os 26.907,5 e 8.178,96 pontos.

Nesta sessão, os investidores voltam a estar focados nos resultados trimestrais em busca de pistas de eventuais efeitos negativos resultantes da guerra comercial entre os EUA e a China.

Esta quinta-feira há cotadas que se destacam nesse âmbito, e pela positiva. É o que se passa com a Microsoft que vê o seus títulos apreciarem-se 1,25%, depois de após o fecho da última sessão a empresa ter revelado resultados acima das previsões dos analistas. Mas no campo dos ganhos, a Tesla é a grande estrela. As suas ações disparam 19%, após uma surpresa nas contas trimestrais.

Entre julho e setembro, a Tesla registou lucros de 140 milhões de dólares (cerca de 125 milhões de euros), quanto muitos analistas previam resultados negativos. Mais importante ainda foi a antecipação de que o Model Y, o SUV de dimensão média baseado na mesma plataforma do Model 3, deverá começar a ser comercializado já no verão do ano que vem.

O disparo da Tesla contrasta, contudo, com o tombo do Twitter. As ações da rede social derrapam 20%, após a divulgação de resultados trimestrais pior do que o esperado.

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Draghi: “Melhorias na economia mais que compensaram efeitos secundários dos juros negativos”

Na despedida, o presidente do BCE defendeu que as medidas implementadas foram bem-sucedidas, que fez tudo o que estava ao seu alcance para salvar o euro e que não violou o mandato do banco central.

Não diz qual é o maior orgulho ou arrependimento nem deixa conselhos à sucessora, mas garante que as decisões que tomou foram bem-sucedidas. “Parte do meu legado é este: nunca desistir”, afirmou Mario Draghi, após a última reunião de política monetária que presidiu no Banco Central Europeu (BCE), antes de abandonar o cargo no final deste mês.

Ao longo do mandato de oito anos, Mario Draghi implementou políticas nunca vistas na Zona Euro, tendo lançado um mega programa de compra de dívida e atirado as taxas de juro para mínimos históricos. A atuação do italiano foi plena de críticas, especialmente no início do mandato, mas também novamente no fim.

“As melhorias na economia mais que compensaram os efeitos secundários das taxas negativas, disse, quando questionado sobre o impacto dos juros negativos na rentabilidade da banca, o que gerou críticas do setor incluindo em Portugal. Sem nunca ter conseguido subir juros, Draghi deixa a taxa de referência em 0%, a taxa de depósitos em -0,5% e a taxa de juro aplicável à cedência de liquidez em 0,25%.

“A avaliação geral é positiva. Para nós, é muito positiva”, garantiu Draghi, sublinhando que o BCE monitoriza esse impacto e, exatamente por isso, implementou em setembro um sistema de escalões que permite aos bancos pagarem taxas apenas pelo excesso de liquidez cinco vezes acima das reservas mínimas obrigatórias. Acrescentou que as medidas do BCE melhoraram a qualidade do crédito, o que beneficia as contas da banca.

“Tentei cumprir o mandato da melhor forma possível”

Antes de sair, Draghi deixou o caminho delineado à sucessora Christine Lagarde. Em setembro, o BCE tinha cortado os juros dos depósitos e relançado a compra líquida de ativos (a partir de novembro, com um valor mensal de 20 mil milhões de euros por mês). No entanto, uma série de Governadores falaram publicamente contra a decisão imediatamente após a decisão — algo inédito –, entre eles os governadores do Banco Central da Alemanha, da Holanda e da Áustria.

Anonimamente, houve mesmo quem acusasse Mario Draghi de ter ignorado quem discordou das medidas, apesar de ter anunciado a decisão como unânime, chegando mesmo a dizer que o Comité de Política Monetária emitiu um parecer contra, algo que este grupo composto por dois membros de cada banco central não tem por hábito fazer.

Draghi desvalorizou a questão, dizendo que “todos têm discussões” e que “os desacordos foram algumas vezes tornados públicos e outras não”. Foi ainda mais longe e acrescentou que após terem aprovado de forma unânime a proposta do economista-chefe de manter as medidas de política monetária inalteradas, “um dos dissidentes até pediu unidade e a plena implementação da política monetária”.

De forma mais alargada sobre as críticas de que foi alvo — focadas em ter ido além do mandato do BCE –, referiu: “sinto-me como alguém que tentou cumprir o mandato da melhor forma possível“.

Será agora sucedido por Lagarde, que já participou na reunião desta quinta-feira, apesar de ainda não ter intervindo. A francesa terá de lidar com a desaceleração da economia e com os riscos externos. “Infelizmente, tudo o que aconteceu desde setembro mostrou abundantemente que a determinação do Conselho de Governadores em agir foi justificada“, sublinhou, referindo-se aos dados económicos mais fracos na Zona Euro e, em especial, na Alemanha.

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5G: Presidente da Anacom “refuta totalmente” críticas das operadoras

  • Lusa
  • 24 Outubro 2019

O presidente da Anacom rejeitou as críticas das operadoras quanto ao alegado atraso na implementação do 5G, referindo que o calendário "foi precedido de uma consulta a todos os operadores".

O presidente da Anacom, João Cadete de Matos, disse esta quinta-feira que “refuta totalmente” as críticas das operadoras quanto a um alegado atraso na implementação do 5G (quinta geração móvel) e recordou que a Dense Air tem uma “licença válida”.

O responsável, que esteve no Porto para assinar um protocolo com várias autarquias para a migração da Televisão Digital Terrestre (TDT) lembrou que o calendário “foi precedido de uma consulta a todos os operadores no ano passado, em que defenderam que não havia modelo de negócio para o 5G antes de 2022”.

O presidente da Anacom indicou ainda que o regulador não esteve “de acordo com a proposta e vai migrar até junho do ano que vem”. A TDT ocupa atualmente a faixa dos 700 Mhz (megahertz) que vai ser usada para o 5G.

O presidente da entidade defendeu ainda a decisão de manter a licença da Dense Aira até 2025, quando acaba o contrato da empresa, que tem a faixa dos 3,4-3,8 GHz (gigaherz) que será também usada no 5G.

A licença é válida e houve umas empresas que anunciaram e desenvolveram ações em tribunal para que a Anacom revogasse essa licença”, mas o regulador considerou que isso não seria “a solução adequada”, até porque não há historial na União Europeia.

Além disso, recordou João Cadete de Matos, irão existir 400 mhz disponíveis nessa faixa, tendo em conta as alterações que o regulador anunciou esta quarta-feira.

Essas alterações constam de um projeto de decisão aprovado sobre a alteração do DUF (direito de uso de frequências) da Dense Air, que “conduz a uma reconfiguração e relocalização do espectro detido pela empresa”, segundo o comunicado.

“Esta alteração, como foi reconhecido pela própria empresa, não inviabiliza a sua operação comercial, esperando-se que tal alteração contribua para a eficiência espectral global do mercado nacional 5G e seja igualmente benéfica para os consumidores portugueses, cuja experiência se espera seja melhorada”, destacou a Anacom.

Além disso, “a desfragmentação da faixa, através da reconfiguração do tamanho dos blocos”, salienta a Anacom, bem como “a relocalização do DUF da Dense Air para o extremo inferior da faixa” irá permitir “uma utilização mais eficiente do espectro, em benefício de todas as entidades que, entretanto, possam vir a aceder a esta faixa”.

O regulador explica que a possibilidade de as empresas “deterem blocos contíguos de espectro” permitirá diminuir custos, nomeadamente os “associados ao equipamento necessário para o desenvolvimento das suas redes”.

Anacom lança campanha de informação sobre migração da TDT

Ainda esta quinta-feira, o presidente da Anacom anunciou que a entidade vai lançar uma campanha de informação sobre a migração da TDT que inclui a criação de um ‘call center’ para apoiar os consumidores.

João Cadete de Matos adiantou que o ‘call center’ contará com funcionários especializados da Anacom e outros, que serão contratados externamente, para apoiar no processo de migração.

Os funcionários terão ainda a capacidade de levar a cabo uma “gestão de agendamento” para apoio aos consumidores que tenham dificuldade em sintonizar as suas televisões na nova frequência e que terão direito a um apoio domiciliário. Haverá um número de telefone gratuito para onde os consumidores poderão ligar.

João Cadete de Matos adiantou ainda que a campanha será realizada com o apoio dos CTT, juntas de freguesia e Câmaras e que envolve o envio de cartas e folhetos, bem como de campanhas nas televisões e rádios sobre este processo.

O presidente da Anacom realçou que o principal objetivo é impedir que quem vê televisão através da TDT seja “enganado” e conduzido à compra de equipamentos ou à subscrição da televisão paga.

“A televisão gratuita é um direito e não há nenhuma impossibilidade técnica” de lhe aceder, ou seja, alertou o presidente da Anacom, os consumidores terão apenas que voltar a sintonizar os seus aparelhos, sem necessidade de comprar equipamentos ou subscrever serviços.

O facto de o ‘call center’ ser da responsabilidade da Anacom, e não da Altice, que vai no terreno prestar o serviço de migração da frequência, está relacionado com o “preço” apresentado pelo operador, que o regulador considerou elevado, bem como para evitar “conflitos de interesses”, dado que a empresa também tem televisão paga.

O processo de migração da TDT tem início em 27 de novembro, em Odivelas e alarga-se ao resto do país, em princípio, no final de janeiro, num processo que começa no sul e vai avançando para norte e termina nas regiões autónomas. A Altice pediu flexibilidade para contratar meios, por isso a alteração de frequências pode atrasar para fevereiro, mas o presidente da Anacom diz que terá que estar concluída em junho deste ano.

A Anacom estima que perto de 45% das pessoas que usam TDT (e que têm também televisão paga, ou seja, cerca de 25% do total de utilizadores) tenham que voltar a sintonizar os seus aparelhos.

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AIDA reuniu em Lisboa sobre a tempestade tecnológica

  • ECO Seguros
  • 24 Outubro 2019

A 8ª conferência da AIDA (Associação Internacional de Direito dos Seguros) reuniu em Lisboa 230 profissionais dos seguros e do direito, académicos e reguladores de 30 países.

Como a tecnologia está a mudar a interação com os clientes foi o mote da 8ª conferência da AIDA (Associação Internacional de Direito dos Seguros) que reuniu em Lisboa 230 profissionais dos seguros e do direito, académicos e reguladores de 30 países. ECOseguros foi media partner do evento.

Os organizadores: Christian Felderer e Margarida Lima Rego

A conferência, que decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, no início de outubro, abordou o impacto da tecnologia em todos os aspetos do negócio dos seguros e resseguros. Jorge Magalhães Correia, chairman e CEO da Fidelidade, e um dos keynote speakers, considerou que apesar de o sucesso das empresas poder ser alcançado através da tecnologia, o sucesso duradouro sempre dependerá, em última análise, de clientes e funcionários felizes.

Outra keynote speaker Julia Unkel, líder da área de seguros da PwC na Alemanha, apresentou uma visão detalhada de como a inovação e a tecnologia estão a mudar drasticamente a interação do cliente com todos os serviços de seguros.

Nos dois dias de trabalhos foram abordados temas como o impacto e risco dos ciberataques, a aplicação da Diretiva de Distribuição dos Seguros, os desafios colocados pela inteligência artificial e pelos veículos autónomos e o impacto do Brexit.

Christian Felderer, presidente da AIDA Europa, considerou que “a resposta muito positiva à nossa conferência demonstra a relevância das novas tendências impulsionadas pela tecnologia para os advogados de seguros”. A presidente da AIDA Portugal, Margarida Lima Rego, manifestou a sua satisfação pela secção portuguesa ter contribuído para o sucesso geral da conferência.

A 9ª edição da conferência da AIDA terá lugar em Zurique nos dias 17 e 18 de setembro de 2020.

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O que vai fazer depois do BCE? “Perguntem à minha mulher”, diz Mario Draghi

Mario Draghi só termina mandato no final do mês, mas teve esta quinta-feira a última reunião de política monetária à frente do BCE. Evitou fazer balanços. E também não disse o que fará a seguir.

Mario Draghi está prestes a terminar o seu “reinado” aos comandos do euro. Sai do Banco Central Europeu (BCE) no final do mês, mas não sabe ainda o que vai fazer a seguir. Na última conferência de imprensa após uma reunião de política monetária, questionado sobre o seu futuro, o italiano respondeu, em tom de brincadeira, que a sua esposa saberá responder.

“Perguntem à minha mulher, ela saberá”, disse Draghi, evitando assim explicar aos jornalistas o que irá fazer depois de abandonar a cadeira de presidente do BCE a 31 de outubro, cedendo-a a Christine Lagarde.

Mario Draghi tentou fugir à questão, mas invariavelmente o seu futuro suscitou mais questões. Incluindo uma em que a jornalista lembra que há um ano questionou Lagarde sobre o que iria fazer depois do FMI e ela respondeu que ia estar a cuidar dos netos, o que não aconteceu. Manteve-se no FMI até ser escolhida para substituir o italiano.

Colocando a questão de forma mais específica, a mesma jornalista atirou a possibilidade de Draghi vir, no futuro, a pensar ser presidente de Itália, Draghi voltou a evitar a resposta. “Não sei” o que vou fazer, disse. “Mais uma vez, perguntem à minha mulher”, atirou.

Antes, Draghi evitou também responder a questões sobre o que se arrepende destes anos à frente do BCE, anos esses marcados por uma grave crise que obrigou o BCE a uma política monetária completamente fora do habitual, com juros de 0% e compras de ativos no valor de milhares de milhões d euros. “Não respondo”, disse.

Questionado sobre do que se orgulho, Draghi deixou escapar um breve comentário. Disse que se orgulha “da forma como eu e o conselho de governadores seguiram, constantemente, o mandato” do BCE. “Faz parte do nosso legado: nunca desistir”, rematou Draghi.

(Notícia atualizada às 14h31 com mais informação)

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PCP e “Os Verdes” apostam nas creches, salários, ambiente e ferrovia na próxima legislatura

  • Lusa
  • 24 Outubro 2019

Jerónimo de Sousa define como prioridades para a XIV Legislatura uma rede pública de creches e o aumento do salário mínimo para 850 euros. Por outro lado, o PEV quer maior investimento na ferrovia.

O secretário-geral comunista reafirmou esta quinta-feira a convergência com o parceiro da Coligação Democrática Unitária (CDU), o Partido Ecologista “Os Verdes”, e definiu como prioridades para a XIV Legislatura, que começa sexta-feira, uma rede pública de creches gratuitas.

Jerónimo de Sousa, entre outras iniciativas, elegeu também o aumento do salário mínimo nacional para 850 euros como uma das iniciativas da bancada do PCP na Assembleia da República.

Confirma-se o empenhamento no sentido da convergência e da iniciativa, particularmente no plano parlamentar. Convergência também em relação ao futuro da batalha eleitoral das eleições autárquicas (2021)”, afirmou, após reunião com os responsáveis ecologistas, na sede do PEV, em Lisboa.

Como objetivos para as próximas semanas, no novo parlamento, o líder comunista elegeu um, “que tem de ser trabalhado e concretizado – a ideia de que todas as crianças até aos três anos deveriam ter uma creche gratuita”, além da “valorização do trabalho e dos trabalhadores, particularmente o aumento geral dos salários e do salário mínimo nacional”.

Jerónimo de Sousa voltou a negar a existência quaisquer contactos ou reuniões formais com o PS ou com o novo Governo depois daquela realizada em 9 de outubro, na sede comunista, e remeteu eventuais contactos sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2020 para depois da apresentação do programa do executivo minoritário socialista.

“Cada qual escolhe os interlocutores que entender por bem”, disse, questionado sobre os noticiados encontros informais recentes entre de representantes do PS com o PAN e o Livre.

Por seu turno, a ainda líder parlamentar e dirigente ecologista, Heloísa Apolónia, elencou como “bandeiras” o investimento nos transportes e na mobilidade, com especial atenção à ferrovia, bem como o combate às assimetrias regionais e a redução da utilização do plástico não essencial, entre outras.

“Não, para já, não temos nenhumas reuniões agendadas com o PS”, esclareceu também.

Segundo a deputada ecologista, que vai abandonar o hemiciclo ao cabo de 24 anos, uma vez que não foi eleita como cabeça-de-lista da CDU por Leiria, o PEV vai estar “de forma muito proativa na Assembleia da República, através da apresentação de um conjunto muito significativo e importante de propostas que têm impacto direto na vida das pessoas e na sustentabilidade do desenvolvimento do país”.

“Relativamente às propostas de outros partidos e, designadamente, as apresentadas pelo Governo, votaremos a favor de todas aquelas que forem benéficas para a melhoria da vida das pessoas e a sustentabilidade do desenvolvimento e valorização do património natural. Contarão, contudo, com o voto contra de ?Os Verdes’ em tudo aquilo que for em sentido contrário”, concluiu.

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Depois do chumbo, França nomeia Thierry Breton para a Comissão Europeia

  • Lusa
  • 24 Outubro 2019

Depois de a Comissão Europeia ter chumbado a comissária indigitada por França, Macron propôs esta quinta-feira Thierry Breton para comissário europeia, após discussão prévia com Ursula von de Leyen.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, propôs hoje o ex-ministro da Economia e CEO da tecnológica ATOS Thierry Breton para comissário europeu, depois do ‘chumbo’ do Parlamento Europeu (PE) ao primeiro nome que indicou, Sylvie Goulard.

Duas semanas depois do voto negativo do PE a Goulard, a presidência francesa anunciou que propôs o nome de Breton à presidente eleita da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Macron e Von der Leyen “chegaram a acordo em relação a este perfil depois de uma discussão prévia”, disse fonte da presidência à France-Presse, sublinhando que, se este nome é proposto, “é porque é adequado”.

Breton foi ministro da Economia de França (2005-2007), durante a presidência de Jacques Chirac, e dirige desde 2009 a companhia de tecnologias de informação francesa ATOS.

Objeto de um inquérito judicial em França, Sylvie Goulard recebeu parecer negativo do PE por razões éticas, depois de recusar apresentar a demissão do cargo de comissária europeia se vier a ser acusada no processo dos empregos fictícios de assistentes do seu partido na assembleia europeia.

O ‘chumbo’ de Goulard foi o primeiro de um candidato designado pela França desde que as audições dos candidatos ao executivo comunitário tiveram início, em 1995.

Breton é indicado para a mesma ampla pasta que Goulard – que abrange política industrial, mercado interno, digital, defesa e espaço -, algo que Macron considerou “o mais importante”.

Thierry Breton tem competências sólidas nos domínios abrangidos por esta pasta, em particular a indústria e o digital, uma vez que foi ministro da Economia com a tutela da Indústria, e CEO [diretor executivo] de grandes grupos industriais [Thomson, France Télécom, ATOS], beneficiando de uma reputação sólida de homem de ação”, destacou a fonte presidencial.

“É também um europeu convicto, que dirigiu vários projetos franco-alemães”, disse ainda.

O candidato a comissário já trabalhou com Ursula von der Leyen, na criação de um fundo europeu de defesa e segurança.

Além da França, também Roménia e Hungria viram os seus candidatos a comissários rejeitados, o que levou ao adiamento da entrada em funções da nova Comissão para 01 de dezembro.

A escolha de um empresário de grandes grupos comporta alguns riscos de conflitos de interesse, tanto mais que o grupo ATOS é fornecedor de serviços informáticos para a União Europeia, o que já foi apontado por vários políticos em França.

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Lucro da EDP Brasil acelera à boleia da revisão das tarifas

  • ECO
  • 24 Outubro 2019

Revisão das tarifas das distribuidoras da elétrica portuguesa no Brasil gerou, só no último trimestre, um efeito contabilístico de 228 milhões de reais (50,7 milhões de euros).

A EDP viu o lucro da sua subsidiária brasileira subir 12% para 838 milhões de reais (186,7 milhões de euros) até setembro. O último trimestre foi relevante para a elétrica: o resultado subiu 15,3% para 354 milhões de reais (78,8 milhões de euros), período durante o qual se concluiu a revisão das tarifas das distribuidoras da elétrica no Brasil.

O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) da EDP Brasil atingiu os 778,8 milhões de reais (173 milhões de euros) no terceiro trimestre, o que corresponde a uma subida de 14,6% face ao mesmo período do ano passado.

“O desempenho da EDP no terceiro trimestre é marcado pela conclusão dos dois processos de revisão tarifária em São Paulo e no Espírito Santo”, referiu Miguel Setas, presidente da EDP Brasil, em comunicado. “O investimento realizado no ciclo tarifário anterior permitiu o reconhecimento económico significativo na base de ativos regulatórios”, acrescentou o responsável.

A elétrica investiu 562,2 milhões de reais (125 milhões de euros) no último trimestre, mais 41% face ao ano anterior. Desde o início do ano o investimento ascende a 1,6 mil milhões de reais (350 milhões de euros), dos quais 443 milhões (100 milhões de euros) foram investidos na área da distribuição.

Segundo a Reuters, a revisão tarifária da distribuidora da EDP no Espírito Santo resultou num aumento de 28% na Base de Remuneração Líquida e redução de 4,84% na tarifa média para o consumidor. Na distribuidora EDP São Paulo, a queda na tarifa foi de 5,33%, com aumento da Base de Remuneração Líquida de 45,3%. Estas revisões geraram um efeito contabilístico de 228 milhões de reais (50,7 milhões de euros) com geração de valor à concessão das distribuidoras.

“Esses 228 milhões da distribuição trouxeram de facto um grande impacto para o nosso EBITDA e impacto ao nosso lucro líquido. É resultado de investimentos em distribuição, de uma gestão de ativos muito rigorosa e dessa agregação de valor que nós conseguimos fazer na base de ativos”, explicou Setas.

O grupo EDP apresenta contas na próxima semana, no dia 30 de outubro.

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Na despedida de Draghi, BCE mantém juros em mínimos históricos

A decisão era esperada tendo em conta que a taxa de depósitos foi reduzida no mês passado. Draghi poderá ainda dar pormenores sobre o pacote de estímulos na conferência de imprensa que se segue.

Na última reunião com Mario Draghi como presidente, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro inalteradas. A decisão de não fazer qualquer mudança era esperada tendo em conta que a taxa de depósitos foi reduzida no mês passado. O banco central manteve ainda o compromisso de relançar o programa de compra de ativos no valor de 20 mil milhões de euros por mês a partir de novembro.

A taxa de referência continua em 0%, enquanto a taxa de depósitos, aplicada ao excesso de liquidez do sistema financeiro do euro, manteve-se em -0,5% e a taxa de juro aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez em 0%.

O Conselho do BCE espera que as taxas de juro diretoras do BCE se mantenham nos níveis atuais ou em níveis inferiores até observar que as perspetivas de inflação estão a convergir de forma robusta no sentido de um nível suficientemente próximo, mas abaixo, de 2% no seu horizonte de projeção e que essa convergência se tenha refletido consistentemente na dinâmica da inflação subjacente”, anunciou o banco central, em comunicado.

Draghi poderá ainda dar pormenores sobre o pacote de estímulos que terá início em novembro, na conferência de imprensa que se segue. Em setembro, o BCE tinha anunciado alterações aos Targeted Longer-Term Refinancing Operations (TLTRO), operações de financiamento à banca, que serão mais favoráveis, para ajudar a que o dinheiro chegue à economia real.

Em simultâneo, anunciou o reinício do programa de compra de ativos. O BCE vai comprar 20 mil milhões de euros em ativos, no mercado, por mês, a partir de 1 de novembro. A intenção foi agora reafirmada, com o Conselho do BCE a esperar que o programa decorra “enquanto for necessário para reforçar o impacto acomodatício das taxas diretoras e que cessem pouco antes de começar a aumentar as taxas de juro diretoras do BCE”.

Este programa, denominado de Asset Purchase Programme (APP), diferencia-se daquele que esteve em vigor nos últimos anos, o PSPP, em que o alvo eram, nomeadamente, títulos de dívida soberana, o que permitiu uma queda acentuada no custo de financiamento dos países, no sentido de promover o investimento público para relançar a economia do euro.

Esta foi a última reunião do Conselho de Governadores liderada pelo italiano Mario Draghi. O mandato de oito anos à frente do BCE chega ao fim no final deste ano, sendo que a partir de novembro será a francesa e ex-diretora geral do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, a presidir o banco central da Zona Euro.

(Notícia atualizada às 12h50)

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Governo aprova Programa de Governo e envia-o para o Parlamento no sábado

António Costa anunciou esta quinta-feira que o Governo irá aprovar o Programa de Governo no sábado, imediatamente após tomar posse, e que o enviará ainda no sábado para a Assembleia da República.

O primeiro-ministro afirmou esta quinta-feira que vai reunir o Conselho de Ministros no sábado, dia em que o Governo tomará posse, para aprovar o Programa de Governo para o enviar no próprio dia para o Parlamento e que está preparado para o discutir no Parlamento assim que os deputados o entenderem. António Costa confirmou ainda a candidatura de Ana Catarina Mendes para a bancada parlamentar do PS, e de Eduardo Ferro Rodrigues e Edite Estrela, para presidente e vice-presidente da Assembleia da República.

“Nós tomamos posse no sábado de manhã, reuniremos de imediato o Conselho de Ministros e no próprio sábado entregaremos o Programa de Governo na Assembleia”, afirmou António Costa no final da reunião com os deputados socialistas na Assembleia da República, que serviu para preparar a tomada de posse do Parlamento esta sexta-feira.

O primeiro-ministro confirmou ainda Ana Catarina Mendes será o nome proposto para líder parlamentar dos socialistas, que diz ter “todas as condições para desempenhar bem as funções de líder parlamentar”, servir de ligação com o Governo e “também para dialogar com todas as bancadas parlamentares”, em especial as que fizeram parte da geringonça na legislatura passada.

Ana Catarina Mendes substitui Carlos César, atual presidente do PS, na liderança da bancada. O açoriano saiu do Parlamento por decisão própria, mas continuará na presidência do partido.

O PS vai propor o nome também Eduardo Ferro Rodrigues para a presidência do Parlamento, um nome que já era conhecido, e ainda Edite Estrela para a vice-presidência da mesa da Assembleia da República.

A socialista entrou no Parlamento pela primeira vez em 1987, tendo sido eurodeputada durante dois mandatos consecutivos, entre 2004 e 2014, anos em que Durão Barroso esteve na liderança da Comissão Europeia. Foi também presidente da Câmara Municipal de Sintra entre 1993 e 2001.

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Inês Sousa Real eleita líder do grupo parlamentar do PAN

  • Lusa
  • 24 Outubro 2019

Inês Sousa Real foi provedora dos Animais de Lisboa e candidata à presidência da Câmara Municipal de Lisboa nas últimas autárquicas. Foi eleita por unanimidade para ser a líder parlamentar do PAN.

A deputada Inês Sousa Real foi eleita, “por unanimidade”, líder do grupo parlamentar do PAN, partido que passou de um para quatro mandatos nas últimas legislativas, avançou esta quinta-feira à Lusa fonte oficial do partido.

“A líder do grupo parlamentar do PAN será Inês Sousa Real“, antiga provedora dos Animais de Lisboa e candidata à presidência da Câmara Municipal da capital nas últimas autárquicas, adiantou a fonte.

O grupo parlamentar do PAN, constituído pelos deputados André Silva, Inês Sousa Real, Bebiana Cunha e Cristina Rodrigues, “fez uma eleição” para a liderança da bancada, e a candidatura da jurista “foi aceite por unanimidade”.

Em 2015, o PAN elegeu um deputado único – André Silva, mas nas eleições legislativas de 06 de outubro, conseguiu garantir um grupo parlamentar constituído por quatro deputados.

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Web Summit lança app de tradução live para estudantes do programa Inspire

Programa Inspire, dedicado a estudantes, vai incluir acesso a uma aplicação que traduz, em tempo real, o que se passa no palco principal. Este ano, programa integra 6.000 estudantes.

O programa Inspire, criado pelo Web Summit para permitir a estudantes irem ao maior evento de tecnologia e empreendedorismo do mundo, vai passar a ter uma aplicação de tradução que permite aos jovens verem, em tempo real, o que se passa no palco principal (e, em português). A aplicação vai traduzir o que os oradores dizem no palco principal para português, espanhol e japonês.

A ideia é que as traduções do palco central seja feitas em tempo real e, para todos os assistentes da conferência. A novidade é resultado de uma primeira experiência que aconteceu, no início do ano, no Rise, evento irmão do Web Summit na Ásia. Nessa altura, a app traduzia, em direto, o que os oradores diziam em palco, em inglês, para mandarim.

“O Inspire sempre teve uma enorme recetividade por parte dos estudantes e estamos muito entusiasmados por poder anunciar a edição de 2019 do programa. Consideramos que adicionando traduções em tempo real do palco principal, os speakers podem dar melhores talks e a audiência pode aprender mais com elas”, explica Paddy Cosgrave, CEO do Web Summit, citado em comunicado.

Lançado no evento em 2016, o programa Inspire recebeu mais de 160 mil candidaturas ao longo das últimas três edições. Este ano, 6.000 estudantes vão poder usufruir de um dia de acesso ao palco principal do Web Summit pelo preço reduzido de 8,50 euros.

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