Não sabe o que aconteceu nos mercados? Veja o vídeo

  • ECO + DIF
  • 4 Outubro 2019

Dos índices europeus aos americanos, das matérias-primas ao cambial, saiba o que está a acontecer nos mercados. Veja o vídeo dos destaques do dia, por Bernardo Barcelos, analista da DIF Broker.

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Banco Montepio já tem novo presidente da comissão de auditoria após demissão de Luís Guimarães

Luís Guimarães apresentou a demissão há um mês e Banco Montepio informa agora que Manuel Teixeira, administrador não executivo do banco, vai substitui-lo na comissão de auditoria.

Um mês depois de Luís Guimarães ter apresentado a demissão do cargo de presidente da comissão de auditoria do Banco Montepio, já foi encontrado substituto internamente: é Manuel Ferreira, administrador não executivo do banco e até agora vogal naquela comissão.

“Tendo presente a cessação de funções de Luís Eduardo Henriques Guimarães, com efeito a 30 de setembro de 2019 e considerando a não designação pela assembleia geral de novo presidente da comissão de auditoria, esta comissão deliberou designar Manuel Ferreira Teixeira para exercer as funções de presidente da comissão de auditoria”, informa o banco em comunicado enviado ao mercado.

A renúncia de Luís Guimarães foi divulgada publicamente no dia 6 de setembro, embora o próprio tenha comunicado a decisão na reunião do conselho de administração que ocorreu no dia anterior. Segundo o Público, Luís Guimarães demitiu-se alegando, entre outros aspetos, a falta de condições para exercer a função de presidente da comissão de auditoria de forma independente, o que fez aumentar o clima de tensão dentro do banco.

Ainda de acordo com o Público, a demissão de Luís Guimarães também teve a ver com o facto de não se rever no modelo de gestão do atual chairman, Carlos Tavares, especialmente no que toca à comissão executiva. Isto porque desde fevereiro que Dulce Mota se mantém como CEO interina do Banco Montepio e ainda não se chegou a uma solução definitiva. O Banco de Portugal tem pressionado a instituição para clarificar a liderança do banco. O Jornal de Negócios avançou que este processo só estará concluído no final do mês, depois de concluída a avaliação dos administradores.

O Banco Montepio fechou a primeira metade do ano com lucros de 3,6 milhões de euros, menos 77% do que há um ano, um resultado que foi penalizado sobretudo pelo mau desempenho do Finibanco Angola, por maiores encargos com impostos e pela deterioração do negócio em Portugal.

(Notícia atualizada às 18h05)

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Operação Marquês. Debate instrutório entre 27 e 31 de janeiro

O debate instrutório da Operação Marquês está agendado para entre 27 e 31 de janeiro. Maria de Lurdes Rodrigues e Mário Lino foram chamados a testemunhar.

O debate instrutório da Operação Marquês irá decorrer entre 27 e 31 de janeiro de 2020, no Campus de Justiça. Este processo envolve 28 arguidos, entre os quais 19 pessoas singulares e nove empresas. No leque de arguidos da Operação Marquês encontra-se nomes como José Sócrates, Carlos Santos Silva, Armando Vara e Ricardo Salgado.

Segundo avançou a SIC Notícias (acesso gratuito), Maria de Lurdes Rodrigues e Mário Lino vão testemunhar no âmbito do processo, por José Sócrates, ao juiz Ivo Rosa a 25 de novembro, dois meses antes do debate instrutório.

José Sócrates foi constituído arguido no caso Operação Marquês, em 2014, e incorre em 31 crimes económico-financeiros. Entre eles, corrupção passiva de titular de cargo político, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal qualificada. Sócrates chegou a estar preso preventivamente, em novembro de 2014, e posteriormente domiciliariamente. A pena dos crimes em que está acusado pode chegar aos oito anos de prisão.

O ex-primeiro ministro vai ser interrogado pelo juiz Ivo Rosa, no âmbito do caso Operação Marquês. A audição irá decorre entre 28 e 31 de outubro.

Às 19 pessoas constituídas arguidos estão imputados 159 crimes, nomeadamente corrupção passiva e ativa, branqueamento de capitais, falsificação de documento e fraude fiscal qualificada, falsificação de documento, abuso de confiança e peculato e posse de arma proibida. Já as nove empresas estão acusadas de corrupção ativa, branqueamento de capitais, fraude fiscal qualificada.

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Artur Pereira volta à Web Summit. É o country manager para Portugal

Dois anos depois, o português volta a desempenhar funções de country manager da empresa para o mercado nacional.

Artur Pereira está de volta ao Web Summit. Dois anos depois, o português volta a ser country manager da empresa que organiza o maior evento de empreendedorismo e tecnologia, em Portugal, após um período afastado da organização.

A novidade foi partilhada pelo CEO do Web Summit, Paddy Cosgrave, a partir da sua conta de Twitter.

Artur Pereira já tinha estado na organização como country manager para Portugal e, em 2017, saiu da Web Summit para integrar a Cisco. Há duas semanas voltou à empresa, em vésperas daquela que será a quarta edição do evento no nosso país.

Em 2016, o Web Summit, fundado na Irlanda anos antes, mudou-se para Lisboa com um acordo de três anos com outros dois de opção. Há um ano, a organização e o Governo anunciaram que o evento deverá realizar-se em Lisboa nos próximos dez anos, ou seja, até 2028. Este ano, o Web Summit decorre entre 4 e 7 de novembro, na FIL e no Altice Arena. A organização espera a participação de mais de 70 mil pessoas vindas de mais de uma centena e meia de países de todo o mundo.

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Vídeo: António Costa exalta-se com cidadão em arruada. Aponta o dedo a “campanhas negras” da direita

  • ECO
  • 4 Outubro 2019

António Costa exaltou-se com um cidadão na arruada em Lisboa, acusando-o de mentir. Mais tarde, disse que o cidadão foi "plantado" e apontou o dedo à direita.

António Costa exaltou-se com um popular na tradicional arruada do último dia de campanha eleitoral para as legislativas, acusando o popular de ser um mentiroso por este lhe ter dito que não estava em funções durante os dias dos incêndios em Pedrógão. Depois de se exaltar, o secretário-geral do PS, e primeiro-ministro, falou às televisões e disse que alguém terá “plantado” o popular para o provocar e fez alusão a “campanhas negras” da direita, terminando que essa “mentira” diz “do caráter dessa gente”.

Foi uma cena de tensão no final da arruada em Lisboa, antes de entrar no comboio para uma viagem até ao Porto, onde termina a campanha com um último comício, juntamente com alguns dos cabeças-de-lista do PS às eleições.

Nas imagens transmitidas pela CMTV, um homem aborda o primeiro-ministro e numa conversa que começa calma, o cidadão questiona o primeiro-ministro dizendo que António Costa estava “de férias” quando se deram os incêndios em Pedrógão.

António Costa respondeu de imediato de forma exaltada, dizendo “não estava, não” e que no dia 18 estava em Pedrógão, avançando para o cidadão de forma exaltada e acusando-o de mentir: “o senhor é um mentiroso, um provocador”, disse António Costa ao cidadão, tendo o primeiro-ministro de ser separado do cidadão por pessoas presentes.

“Isso é mentira, é mentira o que o senhor está a dizer”, repetiu António Costa.

Pouco depois, em declarações às televisões já na Estação de Santa Apolónia, o primeiro-ministro voltou a dizer que o que o cidadão tinha dito era mentira, que estava em funções em Lisboa no dia 17 de junho de 2017 e que no dia 18 foi para Pedrogão Grande, onde se reuniu com os presidentes de Câmara das zonas afetadas pelos incêndios.

Mas o secretário-geral do PS foi mais longe. Segundo António Costa, o cidadão que o questionou “foi plantado” e, apesar de não dizer diretamente por quem, acusou a direita e fez alusão a “campanhas negras” levadas a cabo pelo PSD e CDS-PP.

“Não é um incidente, é seguramente um senhor que estava ali para provocar, repetindo uma mentira que tem sido muitas vezes repetida, sobre uma situação trágica. (…) Eu estava cá e estive no meu lugar e nas minhas funções e é vergonhoso como a direita recorre a golpes tão baixos como aquela que assistimos agora”, disse.

Questionado pelos jornalistas se este incidente marca a campanha, António Costa foi ainda mais longe: “marca seguramente negativamente quem plantou aquele senhor para fazer aquela provocação e repetir este insulto que, como sabe, tem circulado várias vezes nas ‘fake news’ das campanhas negras de que o PSD e o CDS se têm tornado especialistas. Mas isso diz do caráter desta gente. Infelizmente, há limites para tudo e mesmo uma pessoa calma e serena tem de reagir”.

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Google convida Barkyn a participar em programa de crescimento. É a única portuguesa

É a única empresa portuguesa a ser convidada pela Google a participar no programa de apoio a empreendedores. É a segunda vez que a startup de comida canina é convida pela gigante tecnológica.

A Barkyn, startup portuguesa de subscrição de comida canina, foi convidada diretamente pela Google para participar na primeira edição do programa “Startups Growth Lab”, uma iniciativa que reúne googlares de todo o mundo. Já é a segunda vez que a gigante tecnóloga convida a Barkyn para participar num programa de aceleração para startups.

A Google selecionou dez startups e a Barkyn é a única portuguesa. O programa já está a decorrer em Madrid através de formação remota e presencial e termina a 23 de outubro. Dia 9 de outubro a Barkyn ruma em direção a Madrid para dar início à segunda parte do programa, a parte presencial.

“Este programa é diferente do primeiro, é muito mais focado em crescimento e expansão, pretendemos aumentar o número de clientes. Está a ser uma injeção de know how para nós e está a ser muito bom porque vem acrescentar uma grande sofisticação aos nossos métodos. Aprendemos com uma grande empresa e podemos adaptar o conhecimento à nossa realidade. Com este programa pretendemos aumentar o número de clientes na Europa”, explica o CEO da empresa, André Jordão.

“Este ano fomos a única empresa convidada. É bastante motivante para nós despertar o interesse da Google”, refere com orgulho o CEO da Barkyn. Acrescenta que não há nenhum custo associado em ingressar no programa Startups Growth Lab e explica ao ECO que “a Google tem interesse estratégico em estabelecer contacto direto com estas startups”.

Fundada em 2017 por André Jordão e Ricardo Macedo, a start up portuguesa, sediada no Porto, oferece serviço de subscrição para donos de cães, que garante alimentação mensal, surpresas e até uma veterinária online dedicada aos animais de estimação. Para além de Portugal, a Barkyn já está presente em Espanha e Itália. O CEO revela ao ECO que ainda este ano vão expandir o negócio para um quarto mercado europeu.

Mesmo com a expansão para outros mercados, André Jordão destaca que tencionam centralizar “talento nacional e internacional” na cidade do Porto.

Atualmente, a marca portuguesa vende cerca de 40 toneladas de comida canina por mês. Através da subscrição na plataforma da Barkyn os donos garantem aos seus companheiros de quatro patas alimentação mensal personalizada e veterinária online. Desde low cost a super premium há subscrições para todos os gostos e para todas as carteiras. Os preços variam entre os 25 e os 70 euros.

Atualmente a Barkyn tem 30 colaboradores e conta com um ritmo de crescimento anual de 300%. O volume é a alma do negócio e são números que a empresa nortenha prefere não divulgar. Quanto ao futuro pretendem ser “líderes europeus neste tipo de serviços para animais de estimação”.

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Centeno “pode saber fazer” contas mas tem “falta de capacidade política”, diz Rio

  • Lusa
  • 4 Outubro 2019

"Em toda esta campanha o dr. Mário Centeno teve uma intervenção absolutamente desastrosa", disse o líder social-democrata.

O presidente do PSD, Rui Rio, respondeu esta sexta-feira ao ministro das Finanças, Mário Centeno, considerando que o também candidato a deputado pelo PS “pode saber fazer umas contas” mas “demonstra falta de capacidade para a política”.

“Acho que ontem baixou demasiadamente o nível, demonstra alguma falta de capacidade para a política. Pode saber fazer umas contas, mas para a política demonstra falta de capacidade, não há necessidade de partir para o insulto, principalmente do lado dele”, disse Rui Rio aos jornalistas à margem de um almoço com personalidades da cultura, em Lisboa.

De acordo com o presidente, o PSD apenas solicitou que se “fizesse um debate e que se explicasse, e que desse oportunidade ao professor Joaquim Sarmento ou ao professor Álvaro Almeida, que se justificasse”. O líder social-democrata apontou, então, que “em toda esta campanha o dr. Mário Centeno teve uma intervenção absolutamente desastrosa”.

“Primeiro, porque veio criticar os nossos números sabendo de antemão, porque ele tem conhecimentos técnicos para isso, que aquilo que estava a dizer não era verdade. Quando foi desafiado para um debate, fugiu a esse debate e depois veio dizer que afinal o faria se fosse com um candidato a deputado. Pois bem, indicámos um candidato a deputado e ele veio dizer que não sou eu que indico quem é que debate com ele pelo lado do PSD”, justificou.

Apontando que ficou “de perguntar ao líder do PS” que indicasse “alguém do PSD para debater com o dr. Mário Centeno”, Rio salientou que “logo aí foi um desastre”. O socialista Mário Centeno comparou na quinta-feira à noite o cenário macroeconómico do PSD à “aldrabice” de um comerciante que aumenta preços antes da época dos saldos, advertindo que Rui Rio vende o velho carro com uma pintura “novinha”.

No comício de Setúbal do PS, o ministro das Finanças, candidato a deputado pelo PS no círculo de Lisboa, fez um ataque cerrado ao programa económico do PSD, colocando a questão das eleições de domingo entre o atual “rumo de segurança” do Governo e as “promessas vãs” dos sociais-democratas”.

Mário Centeno dirigiu-se de forma original ao presidente do PSD, virando-se para as câmaras de televisão dizendo: “Onde é que é a câmara? Alô doutor Rui Rio, boa noite, está a ouvir-me?”.

“Sei que está sempre atento ao que digo, estou agora também a falar para si. Doutor Rui Rio, a sua magia não é nada de especial, funciona muito como a daqueles comerciantes, felizmente poucos, com poucos escrúpulos, que aumentam o preço antes da época dos saldos. A isso os portugueses chamam aldrabice”, considerou, recebendo uma salva de palmas da plateia.

Em resposta direta, o presidente do PSD salientou que o partido fez “um quadro macroeconómico com base naquilo que são as projeções do Conselho de Finanças Públicas, que é absolutamente isento, e em parte até também com o próprio Programa de Estabilidade do Governo que não diverge das nossas projeções nos primeiros anos”.

“E que fizemos uma coisa prudente que até o dr. Mário Centeno, pouco tempo depois de apresentarmos o quadro, disse que as nossas projeções eram prudentes. E elas são prudentes, como eu disse, prudentes com ambição, é isto que eu respondo ao dr. Mário Centeno porque abaixo disto não tem resposta para dar”, vincou Rui Rio.

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Fundos comunitários não justificam quebra histórica do investimento

2016 teve o nível de investimento público mais baixo de sempre. Em 1995, 2002 e 2009, anos correspondentes em termos de lançamento dos quadros comunitários, os valores foram sempre superiores.

O início de um quadro comunitário não é sinónimo de quebra de investimento. António Costa, no frente a frente com Rui Rio transmitido pela televisões, justificou os valores historicamente baixos deste indicador na sua legislatura com o facto de Pedro Passos Coelho ter beneficiado do final do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN). Mas os dados não validam os argumentos do primeiro-ministro.

O ano de 2016 foi marcado por um investimento público de 2,87 mil milhões de euros, o valor mais baixo da série do INE, que se inicia em 1995, um valor ainda mais baixo do que era apontado (2,88 mil milhões), depois da revisão da série do PIB, que teve fortes reflexos nos níveis de investimento financiados com fundos comunitários.

O primeiro-ministro, no debate das televisões com Rui Rio, justificou o mau desempenho com o facto de “no fim de um quadro comunitário se gastar sempre mais“. “Se acrescentarmos a componente fundos comunitários, é verdade que na legislatura anterior o investimento foi superior, porque estivemos no fim de um quadro comunitário, onde sempre se gasta mais. E nesta legislatura estivemos no início de um quadro comunitário onde se gasta menos. Mas, na parte que diz respeito ao nosso Orçamento, o investimento aumentou 45% em execução ao longo da legislatura”, sublinhou António Costa.

Em geral, os quadros comunitários têm mais dois anos para acabar de executar o montante global dos fundos, por isso, no início do quadro seguinte ainda se estão a executar verbas do anterior. Assim, por exemplo, o Portugal 2020 teve início em 2014, mas, na verdade, nesse ano ainda estavam a decorrer as negociações para fechar o Acordo de Parceria e concluir a regulamentação dos diversos programas operacionais. O processo foi tão longo e complexo que o primeiro concurso só foi lançado no final de 2015, ano em que se realizaram as eleições legislativas. Perante os atrasos, António Costa, que formou Governo com o apoio parlamentar do Bloco de Esquerda e do PCP, acabou por definir como meta fazer chegar à economia 100 milhões de euros nos primeiros 100 dias de Governo.

Mas isto não significou que a economia não beneficiasse dos apoios comunitários. No ano de 2014 e 2015, Portugal usou 2,05 mil milhões de verbas comunitárias para apoiar o investimento público que totalizou 7,49 mil milhões de euros, nesses anos.

O ano de 2016 registou o nível de investimento público mais baixo de sempre

Fonte: INE

Mas, apesar de António Costa justificar a diferença dos níveis de investimento público da sua legislatura face à de Pedro Passos Coelho — que foi pautada pelo programa de assistência financeira e os requisitos impostos pela troika — com o nível de fundos utilizado, numa comparação com os dois quadros anteriores (o QREN e o QCA III), é possível perceber que houve uma quebra em torno dos 40% face ao investimento público feito nesses anos (2007/2008 no QREN e 2000/2001 no QCA III). E a causa não está nos apoios europeus, porque nessa componente do investimento a variação é de menos 12,9% e menos 23,4%, respetivamente.

A análise à série estatística permite ainda perceber que, em 2016, ano em que o efeito QREN se dissipou totalmente, o investimento público caiu para os já referidos 2,87 mil milhões de euros que contaram com uma ajuda comunitária de 617,7 milhões euros — um valor que foi revisto em alta na sequência da nova série do PIB apresentada pelo INE no âmbito do segundo Procedimento dos Défices Excessivos. Este valor compara com os 987,3 milhões de euros de 2009, que alavancaram um investimento público total de 7,2 mil milhões de euros. De sublinhar que este valor foi radicalmente revisto em baixa, dado que inicialmente estavam em causa 1,28 mil milhões de euros de Bruxelas, mas o valor final do investimento público não mexeu. Já no decurso do QCA III, em 2002, os 6,56 mil milhões de euros de investimento públicos tiveram um incentivo comunitário de 1,87 mil milhões de euros. E recuando mais ainda (tanto quanto a série do INE o permite), no QCA II, em 1996 os apoios de 1,04 mil milhões resultaram num investimento público de 4,59 mil milhões.

Este quadro comunitário é um caso paradigmático já que arrancou em 1994 e, no ano seguinte, houve eleições legislativas que deram a vitória a António Guterres. Neste caso foi nesse ano que os incentivos comunitários foram mais baixos (907,1 milhões) e não dois anos depois do arranque do quadro comunitário. De sublinhar que historicamente todos os quadros comunitários começam com atrasos bastantes significativos dada a complexidade das negociações políticas e técnicas com Bruxelas.

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Endesa prevê duplicar em 2020 parques fotovoltaicos para empresas em Portugal

  • Lusa
  • 4 Outubro 2019

Desde 2015 foram já instaladas pela Endesa 38 unidades de produção para empresas em Portugal, a maioria das quais Unidades de Produção de Autoconsumo.

A Endesa prevê duplicar em 2020 os painéis fotovoltaicos instalados para empresas portuguesas, destacando tratar-se de unidades solares que se amortizam em cinco anos e implicam um investimento cada vez menor pela eficiência tecnológica e ambiental que apresentam.

Em declarações à agência EFE, o responsável de Serviços de Valor Acrescentado da Endesa Portugal, Vasco Gomes, disse que desde 2015 foram já instaladas para empresas em Portugal 38 unidades de produção. Em 2018 foram instaladas 16 unidades, num total de 3.500 kw (kilowatts), somando os nove parques já instalados este ano os 3.100 kw e estando previstas para 2020 mais 7.000 kw.

Segundo Vasco Gomes, o preço dos painéis solares tem vindo a descer, pelo que estas unidades solares têm vindo a ter grande adesão em todos os setores industriais. O último parque solar fotovoltaico construído pela Endesa em Portugal foi para a empresa Gallo Vidro, na Marinha Grande, num investimento de 180.000 euros que se traduzirá para a empresa num retorno de 550.000 euros a 15 anos.

Conforme explicou o responsável da Endesa, trata-se de uma Unidade de Pequena Produção (UPP), onde a empresa vende toda a energia que produz, mas a maioria dos 38 parques instalados pela Endesa nos últimos quatro anos são Unidades de Produção de Autoconsumo (UPA), ou seja, instalações nas quais se podem abastecer para diminuir os custos energéticos.

Tendo em conta que o tempo médio de vida dos painéis é de pelo menos 25 anos, a Endesa aponta para uma poupança anual em custos energéticos em torno dos 80.000 euros associada a uma instalação de autoconsumo com estas características.

Adicionalmente, refere, estes parques contribuem para a preservação ambiental, já que com uma instalação de 400 Kw se evita anualmente a libertação de 320 toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera.

Na atual transição para a descarbonização, os responsáveis da Endesa em Portugal entendem que a produção de energia “suja” será minoritária dentro de alguns anos. Como exemplo apontam o passado mês de setembro, quando houve dias em que a energia proveniente de fontes renováveis foi suficiente para abastecer todo o país.

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Energia dá força à bolsa. PSI-20 fecha semana em terreno positivo

REN, EDP e EDP Renováveis terminaram a semana com ganhos perto dos 2% e permitiram que o PSI-20 fechasse as negociações em alta. Bolsa britânica teve a pior semana do último ano.

Lisboa fechou esta sexta-feira em alta, com o principal índice a valorizar 0,86% graças às empresas do setor da energia, quase todas com ganhos perto dos 2%, numa semana muito negativa para as principais praças europeias.

O PSI-20 encerrou a valorizar 0,83%, impulsionado pelos ganhos da REN, que valorizou 1,9%, e da EDP Renováveis e da EDP, que valorizaram 1,87% e 1,83%, respetivamente. A Galp também terminou a semana em terreno positivo, mas com ganhos menos expressivos, valorizando 0,87%.

Quem continua a sofrer perdas é o BCP, que perdeu mais 0,31% na ressaca da apreciação do Tribunal de Justiça da União Europeia, que decidiu que a justiça polaca pode julgar os casos de milhares de devedores polacos que contraíram créditos à habitação em francos suíços, e que pode obrigar os bancos polacos a converterem estas dívidas para a moeda local, com um impacto nos seus balanços muito elevado.

Na Europa, esta sexta-feira foi um dia positivo entre uma semana muito negativa. Os principais índices das maiores bolsas europeias fecharam com ganhos: o principal índice da bolsa de Londres valorizou 1%, o de Paris subiu 0,7%, enquanto Madrid subiu 0,5% e Frankfurt outros 0,6%.

No entanto, mesmo com esta valorização, o principal índice da bolsa de Londres perdeu 3,7% esta semana, fazendo desta a pior semana no último ano, numa altura em que se aproxima a data da saída do Reino Unido da União Europeia e as partes continuam longe de alcançar um acordo. O índice europeu Stoxx 600 também desvalorizou 3,5% esta semana, a pior semana dos últimos dois meses.

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Imobiliária de Buffett chega a Portugal. “É um mercado com muito potencial”

A Berkshire Hathaway HomeServices entrou no mercado imobiliário português, em parceria com a Portugal Property. O foco é o segmento de luxo.

O multimilionário Warren Buffett vai entrar em Portugal. Como? Através do mercado imobiliário. A Berkshire Hathaway HomeServices (BHHS), onde o norte-americano é o principal acionista, deu esta sexta-feira o pontapé de entrada em terras lusas através de uma parceria com a Portugal Property. O objetivo é o mercado de luxo, principalmente no Porto, Lisboa e Algarve.

A agência vai passar a atuar no mercado como Berkshire Hathaway HomeServices Portugal Property e, dentro de cinco anos, espera duplicar de tamanho. A porta de entrada, a Portugal Property, conta atualmente com sete escritórios no país, mas o objetivo passa por abrir outros dois e contratar mais consultores imobiliários. “Não queremos ser a maior, mas a melhor empresa do planeta”, disse Claudio Prattico, managing director da BHHS esta sexta-feira, durante um encontro com jornalistas.

Para o responsável, Portugal é “o segredo melhor guardado” do imobiliário e “não há como não gostar”. As cerca de seis horas que ligam o país a Nova Iorque aumentam ainda mais o interesse, assim como a segurança e a “simpatia das pessoas”. “É um mercado com muito potencial e a tendência é de continuar a atrair investidores”, sublinhou.

As zonas de interesse passam por Lisboa, Porto e Algarve, mas também pela Comporta e pelo Douro. “Qualquer sítio que seja atrativo para viver”, disse Michael Vincent, CEO da Portugal Property.

O foco serão os mercados de escritórios e residencial, sendo que o setor hoteleiro também é uma hipótese. E para isso, explicou Claudio Prattico, a empresa norte-americana quer trazer para cá “práticas de trabalho” e “especialistas”. “Ajudamos as empresas a crescer em qualquer país do mundo”.

Ressalvando que os principais clientes são internacionais (80%), o objetivo é aumentar a quota de clientes nacionais. “Queremos mudar isso, ter clientes mais locais”, rematou.

No ano passado, a Portugal Property conta com 43 agentes imobiliários e registou um volume de negócios de quase 90,5 milhões de euros. Já a rede Berkshire Hathaway HomeServices gerou cerca de 113,5 mil milhões de euros em volume de vendas no ano passado.

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O que vai mudar na justiça? Advocatus já está nas bancas

Vinte e uma forças políticas vão a votos este mês e milhões de eleitores vão decidir que partido irá representar melhor os seus interesses. Descubra o que querem mudar os partidos na Justiça.

A Justiça em Portugal acarreta graves problemas. Com programas extensos, os partidos prometem devolver a justiça aos cidadãos. Mas, afinal, o que defendem os candidatos nos seus programas eleitorais? A Advocatus analisou as propostas e questionou as oito principais forças políticas sobre os atuais problemas da justiça e a respeito das suas prioridades para a área económica em particular. Uma coisa é certa: todos prometem devolver a justiça aos cidadãos.

Nuno Garoupa esteve à conversa com a Advocatus e garante que os “partidos já desistiram há muito tempo de mudar seja o que for na Justiça”. O doutorado em economia, pela universidade de Iorque, mostrou a sua visão sobre os atuais problemas da justiça portuguesa e assegurou que não existe nenhuma fórmula para solucionar os problemas.

Existem perguntas para as quais dificilmente conseguimos ter resposta fácil. Quanto recebe um advogado? Quanto recebe, em média, um sócio? Ou até, quanto faturou a sociedade X ou Y? Estas são algumas questões que se impõem perante um mercado português cada vez mais fechado no que concerne à partilha da informação sobre a faturação. A Advocatus analisou um estudo elaborado pela revista espanhola Iberian Lawyer que revelou a faturação das sociedades de advogados portuguesas, dos sócios e dos advogados. A Morais Leitão lidera a tabela com uns estimados 58,3 milhões de euros de faturação em 2018.

Os acordos de princípio firmados entre a Brisa e os credores da AEDL e Brisal foram o negócio do mês da edição de setembro. As negociações entre as partes foram difíceis e morosas. Tal deveu-se em boa parte às complexas questões que se encontram a ser dirimidas judicialmente, as quais esta edição tomou conhecimento através de consultas que fez a vários processos pendentes.

O mundo que conhecemos nos dias de hoje não é o mesmo que o de há 20 ou 30 anos. Todos os setores de atividade necessitam de evoluir e de se adaptar à nova era digital. A Advocatus esteve à conversa com o CEO e fundador da Empresa de Arquivo de Documentação, Paulo Veiga, que explicou como a desmaterialização é uma realidade transversal a todos os segmentos do mercado e explicou o protocolo celebrado com a OA. Com mais três mil documentos jurídicos digitalizados, a longo prazo vê a inteligência artificial como um dos pilares fundamentais na era do big data.

Paulo Veiga

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