Uber despede 435 trabalhadores da equipa de engenharia e produtos

  • Lusa
  • 11 Setembro 2019

A Uber vai despedir 170 funcionários da equipa de engenheiros e 265 trabalhadores da equipa de produtos. A empresa apresentou no primeiro semestre deste ano um prejuízo de 6,2 mil milhões de dólares.

A Uber vai suprimir 435 postos de trabalho dos departamentos de engenharia e produtos, no âmbito da reestruturação levada a cabo pela empresa norte-americana após a sua entrada na bolsa de Nova Iorque.

De acordo com a agência France-Presse (AFP), a plataforma vai cortar 170 funcionários da equipa de engenheiros e 265 trabalhadores da equipa de produtos. No total, as 435 supressões correspondem a 8% dos efetivos destes departamentos.

Já em julho, a Uber, que tinha entrado em bolsa há cerca de dois meses, anunciou a saída de 400 pessoas do departamento de marketing, como parte do seu processo de reestruturação.

A nível mundial, a empresa conta com mais de 27 mil trabalhadores.

A empresa de veículos de aluguer com condutor registou, no primeiro semestre, um prejuízo de 6,2 mil milhões de dólares (cerca de 5,6 mil milhões de euros).

No período em causa, a faturação da Uber situou-se em 6,3 mil milhões de dólares (sensivelmente 5,7 mil milhões de euros), acima dos 5,4 mil milhões de dólares (cerca de 4,9 mil milhões de euros) registados no período homólogo.

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Maior construtora do mundo procura parceiros em Portugal

  • ECO
  • 11 Setembro 2019

O China Construction Third Engineering Bureau Group tem estado em contacto com empresas nacionais para criar potenciais parcerias. Na mira estão o porto de Sines e o aeroporto do Montijo.

O bom momento do mercado imobiliário nacional continua a atrair cada vez mais investidores, principalmente chineses. Uma delegação da China Construction Third Engineering Bureau Group, que integra o maior grupo construtor do mundo, está interessada em investir em Portugal, tendo mesmo estado no país uns dias para fazer contactos com potenciais parceiros de negócio, avança o Jornal de Negócios (acesso pago).

Os contactos já estavam a acontecer há, pelo menos, seis meses, mas estão agora a ser definidos “protocolos preliminares”, adiantou um responsável da empresa ao Negócios. O objetivo da construtora é investir em infraestruturas e no imobiliário, tanto em Portugal como nos países africanos de língua oficial portuguesa, Brasil e Marrocos.

De acordo com Y Ping Chow, consultor da empresa chinesa em Portugal, a China Construction Third Engineering Bureau Group tanto pode entrar diretamente no capital de empresas portuguesas como fazer parte de consórcios com empresas nacionais para se candidatar a concursos públicos. Em termos de investimentos na mira, destacam-se o porto de Sines e o aeroporto do Montijo.

A China Construction Third Engineering Bureau Group — que faz parte do China State Construction Engineering Corporation, classificado como a maior contratadora do mundo –, é um dos braços do grupo chinês que detém a sociedade que, em julho, acordou com a Teixeira Duarte a compra de 50% da TDE – Empreendimentos Imobiliários por mais de 30 milhões de euros.

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5 coisas que vão marcar o dia

Com as eleições à porta continuam os debates. Costa e André Silva têm encontro marcado, isto no mesmo dia que o líder do PSD visita a Invicta. Portugal vai aos mercados colocar dívida a 10 e 15 anos.

Portugal está de volta aos mercados. Depois das férias, mas também na véspera de uma reunião muito aguardada do Banco Central Europeu (BCE), de onde podem surgir novos estímulos para a Zona Euro, o IGCP prepara-se para obter financiamento ao custo mais baixo de sempre. Esta emissão acontece quando o país se prepara para ir a eleições, prosseguindo os debates. António Costa (PS) e André Silva (PAN) têm “encontro” marcado na (SIC) às 21h00, no mesmo dia que o líder do PSD, Rui Rio, visita a Invicta para um almoço-debate na Associação Empresarial de Portugal.

Portugal emite até 1.250 milhões em dívida a 10 e 15 anos

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) vai realizar pelas 10h30 dois leilões das linhas de Obrigações do Tesouro (OT) com maturidade em junho de 2029 (OT 1,95% 15 junho 2029) e em abril de 2034 (OT 2,25% 18 abril 2034), isto numa altura em que as taxas têm atingido mínimos históricos no mercado secundário. A entidade liderada por Cristina Casalinho pretende captar entre 1.000 e 1.250 milhões de euros com esta operação.

Depois de Rio, Costa e André Silva em debate

Com as legislativas à porta há novo debate televisivo. Depois de Rui Rio (PSD), é a vez de António Costa (PS) enfrentar André Silva (PAN) às 21h00, na SIC. Um frente-a-frente onde os dois líderes partidários têm a oportunidade de demonstrar quais as ideologias que os unem e quais antagonismos que os separam, sendo que o PAN tem dito que está disponível para ser solução à estabilidade governativa.

Líder do PSD em almoço-debate no Porto

O presidente do PSD, Rui Rio, participa num almoço-debate na Associação Empresarial do Portugal (AEP), numa altura que falta menos de um mês para as eleições legislativas marcadas para o próximo dia 6 de outubro. A sessão tem início marcado para as 12h30, no Porto. No dia de 19 de setembro o almoço-debate fica ao encargo de António Costa na capital.

Inflação vai confirmar subida das rendas em 2020

O INE vai divulgar a taxa de inflação final referente ao mês de agosto, que serve para calcular o coeficiente de atualização anual das rendas no ano seguinte. Com base na estimativa, divulgada no final do mês passado, a subida dos preços apontou para um aumento de 0,51% no próximo ano, evolução essa que deverá ser confirmada hoje.

Eurostat anuncia dados sobre número de alunos por professor

O Eurostat publica esta manhã dados sobre o rácio de aluno por professor, ou seja, o número médio de alunos por docente. Em vésperas de eleições legislativas e num mandato em que a educação esteve várias vezes em cima da mesa pelos piores motivos vamos perceber como se posiciona Portugal em comparação aos membros da UE.

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Dos 599 aos 1.449 dólares. Esta é a evolução do preço do iPhone

Em 13 anos, o preço máximo do iPhone em dólares disparou 141%. No rescaldo da apresentação dos novos iPhones 11 e 11 Pro, recorde como evoluiu o preço do aparelho desde 2007 até hoje.

A história do iPhone é também uma história de subidas de preços: quando a Apple lançou o primeiro smartphone em 2007, a versão de 8 GB custava 599 dólares; 13 anos depois, o preço do telemóvel mais popular do mundo já chega aos 1.449 dólares.

Um dia depois de os novos iPhones terem visto a luz do dia, com o modelo mais caro, o iPhone 11 Pro Max de 512 GB a custar 1,449 dólares nos EUA (1.679 euros em Portugal), o ECO mergulhou na História para recordar a evolução do preço deste produto. De ano para ano e de modelo para modelo, veja a fotogaleria e descubra quanto subiu o preço original dos iPhones.

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Há um “novo banco” digital. Saiba como funciona o moey!

As contas abertas no moey! são movimentadas através de uma app. Depósitos a prazo e crédito ainda não estão disponíveis, mas apenas para já.

Há um novo banco na praça. Chama-se “moey!” e vem enriquecer a oferta de serviços bancários em Portugal exclusivamente digital. Este banco digital que emerge do Grupo Crédito Agrícola, com o qual partilha a licença bancária, funciona a partir de uma app que permitirá a realização das mais básicas operações bancárias no smartphone. A possibilidade de os clientes acederem a crédito ou a depósitos remunerados fica de fora, mas apenas para já.

“Numa época em que os clientes procuram soluções descomplicadas e seguras, o moey! é a alternativa para quem pretende pagamentos rápidos com o smartphone, ferramentas para poupar, levantamentos e pagamentos em TPA no estrangeiro sem comissões adicionais, ou apenas contas certas depois de uma jantarada com os amigos”, explica a instituição que começa a operar esta quarta-feira, e que se identifica como sendo “uma solução direcionada para os consumidores que pretendem uma relação diferente com o banco“.

Em termos de público-alvo, a moey! “aponta baterias” aos mais jovens, perfil distinto face ao grosso dos clientes do Crédito Agrícola, mas não discrimina clientes.

A Revolut e o N26 são apontados pelo moey!, como sendo a sua concorrência direta. Em Portugal, identifica o Ativobank e o Banco CTT como tendo as ofertas mais próximas. A aplicação a partir da qual este banco digital funciona conta já com integrações com MB Way, Apple Pay, sendo que muito em breve contará também com a sua própria wallet em Android.

Abaixo fique a conhecer em mais detalhe, através da resposta a sete questões, como vai funcionar este novo banco digital.

O que é o moey!?

O moey! é uma marca do Crédito Agrícola que se instala no mercado como um banco digital, não havendo lugar à necessidade de qualquer interação dos clientes com balcões físicos. A conta moey! é uma conta à ordem que dá acesso a um cartão de débito e que permite aos seus titulares a realização de um conjunto de operações financeiras, bem como a gestão dos respetivos orçamentos e de poupanças. A conta permite o acesso a todas essas funcionalidades através de uma app — a moey! — que está disponível tanto para IOS como Android.

Quais os serviços que disponibiliza?

Ao abrir uma conta moey!, o cliente tem acesso a um cartão de débito digital que permite fazer pagamentos sem usar o cartão físico, e que pode ser usado para realizar compras, pagamentos de serviços, transferências e levantamentos à semelhança das operações disponibilizadas pela generalidade dos cartões de débito. No conjunto de funcionalidades permitidas inclui-se ainda a possibilidade de bloqueio e desbloqueio de transferências e compras na internet para determinados países.

Quem pretender pode, por exemplo, usar essa conta para domiciliar o ordenado e fazer a gestão do seu orçamento a partir dela, bastando para tal adicional indicar o respetivo IBAN à entidade pagadora. Também é possível enviar e pedir dinheiro à lista de contactos, bem como gerir contas com outros utilizadores através da criação de grupos, por exemplo. Há ainda uma componente de gestão de orçamento, onde é possível definir objetivos e poupanças, bem controlar as finanças através de um feed que se ajusta ao perfil do titular.

Quem pode aderir?

Qualquer pessoa a partir dos 18 anos de idade pode abrir uma conta moey!, sendo que o principal foco deste banco digital é o público mais jovem. Cada cliente só pode ter uma conta, sendo que esta também apenas pode ter um único titular.

Como abrir conta?

A abertura de conta é feita à distância através de videoconferência, num processo que tem uma duração máxima de dez minutos à semelhança daquilo que já é possível fazer na generalidade dos bancos nacionais. A utilização da conta apenas pode ser feita através de um e único smartphone em que esteja ativa, apesar de poder ser instalada em diferentes dispositivos.

Quais os encargos associados?

A abertura de conta não tem qualquer custo associado, nem é cobrada qualquer comissão de manutenção ou anuidade pelo cartão de débito. No preçário apenas está prevista a cobrança de uma comissão de cinco euros nas situações em que seja necessário substituir o cartão. Já as transferências imediatas e MB Way até ao limite máximo de 40 por mês também não têm qualquer encargo associado. A partir de 41 transferências mensais passa a ser cobrado um valor unitário de 50 cêntimos por operação. No que respeita a taxas de levantamento é apenas aplicada a operações fora da Zona Euro, cujo encargo corresponde a 1,7% do seu valor.

Qual a proteção do cliente?

O dinheiro depositado na conta moey! está assegurado atualmente pelo Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo. Contudo, em janeiro de 2020, as quantias deste fundo são transferidas para o Fundo de Garantia de Depósitos, entidade atualmente responsável por assegurar os depósitos dos portugueses nos restantes bancos tradicionais, e que passará a fazer o mesmo para os depósitos dos clientes do Grupo Crédito Agrícola.

No que respeita à utilização da conta moey! em concreto, esta está assegurada pela autenticação em dois passos: SMS enviado para o smartphone e por um PIN. É possível ainda adicionar uma componente extra de segurança através da autenticação na app através de impressão digital ou reconhecimento facial.

Como comunicar com o banco?

Tratando-se de um banco exclusivamente digital, sempre que o cliente precisar de o contactar terá de usar a mesma via. Para tal existe um call center que pode ser contactado sete dias, por semana, das 9h00 às 24h00.

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Dez novos pactos com dez clusters vão acelerar as exportações. E querem aumentar a competitividade

Do têxtil à aeronáutica, da ferrovia mar, são dez clusters que firmam pactos para promover crescimento das empresas e exportar mais. Setores asseguram mais de 576 mil empregos em Portugal.

Melhorar o nível de cooperação entre as empresas, sobretudo PME, reduzir custos, promover o seu crescimento e as exportações são alguns dos objetivos da formação de Pactos Setoriais para a Competitividade e Internacionalização. Esta quarta-feira o Executivo assina mais dez, replicando o modelo seguido em março. Em causa estão setores que asseguram mais de 576,5 mil empregos e são responsáveis por cerca de 55% das exportações nacionais.

AED Cluster, Plataforma Ferroviária Portuguesa; Cluster de Competitividade da Petroquímica, Química Industrial e Refinação; Cluster do Calçado e da Moda; Cluster do Mar Português; Cluster Portugal Mineral Resources; Cluster Habitat Sustentável; Smart Cities Portugal Cluster; Cluster Têxtil: Tecnologia e Moda e TICE.PT são os dez setores cujos pactos serão assinados esta quarta-feira na Universidade de Aveiro. Estes clusters — à semelhança dos seis escolhidos no início do ano — fazem parte de um conjunto mais vasto de 20 reconhecidos pelo IAPMEI, em 2017, no âmbito do Programa Interface, que disponibiliza apoios comunitários através dos vários programas operacionais.

“O objetivo dos acordos entre o Ministério da Economia e as empresas é incentivar o desenvolvimento de uma economia circular e uma eficaz transição energética e ecológica e, ainda, a melhoria da envolvente regulamentar e legal das empresas“, explica o Ministério da Economia, em comunicado. Mas, estes pactos também “materializam um conjunto de novas iniciativas nos domínios da digitalização das indústrias (i4.0), da capacitação de recursos humanos, na consolidação dos fatores de atratividade externa do país, na internacionalização e na promoção da I&D”.

Num momento em que o défice da balança comercial de bens tem vindo a agravar-se e que têm vindo a multiplicar-se as tensões comerciais e os sinais de um arrefecimento da economia mundial, o Executivo deita mão a receitas desenhadas a nível europeu para dar às “entidades responsáveis dados imprescindíveis à elaboração e implementação de políticas efetivas que beneficiem o crescimento das empresas”.

Nos primeiros sete meses, as importações cresceram três vezes mais do que as exportações. Entre janeiro e junho, Portugal comprou bens num valor superior em 8,6% face ao mesmo período do ano anterior, enquanto as vendas subiram 2,7%. A política de clusters pode ajudar as empresas a substituir compras ao exterior por fornecedores nacionais.

Estes dez clusters agregam um conjunto de 1.028 associados, dos quais 830 são empresas, sendo que destas 531 são PME, avançou ao ECO o Ministério da Economia. E, no seu conjunto, exportam mais de 31,7 mil milhões de euros, ou seja, cerca de 55% das exportações nacionais.

O Cluster da Petroquímica, Química Industrial e Refinação é o mais importante dos dez em termos de exportações. Em causa estão oito mil milhões de euros de vendas para 181 países, que representam 14% do total das exportações nacionais. Além disso, a indústria química, petroquímica e refinação é responsável por 52 mil empregos diretos e indiretos, regista um volume de negócios anual de 12 mil milhões de euros e um Valor Acrescentado Bruto (VAB) de 1,8 mil milhões de euros.

Mas em termos de emprego, a liderança vai para o Cluster do Têxtil que dá emprego a 138 mil pessoas em Portugal, ou seja, 20% do total da indústria transformadora. A indústria têxtil e do vestuário gera um volume de negócios de 7,6 mil milhões de euros, dos quais 5,3 mil milhões são destinados à exportação, o que corresponde a 10% do total de exportações nacionais. E, apresenta ainda, um VAB superior a 2,3 mil milhões de euros que corresponde a 11% do VAB total da indústria transformadora.

Já em termos de volume de negócios, o destaque principal vai para o Cluster das TICE.PT, ou seja, o Pólo das Tecnologias de Informação, Comunicação e Eletrónica com 16,6 mil milhões de euros. O setor é responsável por mais de 108 mil postos de trabalho e exporta 4,8 mil milhões de euros.

Ministro diz que empresas precisam de estabilidade nas políticas públicas

O ministro-adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, disse no evento que as empresas precisam de estabilidade das políticas públicas para continuar a melhorar estruturalmente a economia.

“Os agentes económicos precisam de previsibilidade naquilo que são as políticas públicas. Quando se estão a fazer estratégias de cooperação entre as empresas, instituições de ensino superior e instituições públicas para melhorar a formação profissional e a investigação e desenvolvimento, é importante que o Estado seja previsível, porque sem isso não é possível continuar a melhorar estruturalmente a nossa economia”, afirmou citado pela Lusa.

Segundo o ministro, a “economia está hoje mais robusta e mais competitiva internacionalmente e os clusters são um bom exemplo disso”, mas a conjuntura internacional “é algo que tem altos e baixos”. “O importante é assegurar que as empresas portuguesas estão mais bem preparadas para poder aproveitar os momentos altos do ciclo económico e resistirem melhor aos momentos menos bons do ciclo económico”, declarou.

O importante é assegurar que as empresas portuguesas estão mais bem preparadas para poder aproveitar os momentos altos do ciclo económico e resistirem melhor aos momentos menos bons do ciclo económico.

Pedro Siza Vieira

Ministro da Economia

“O que viemos aqui fazer foi também assumir compromissos de mais médio prazo entre o Estado e estes setores, para os ajudar a concretizar os objetivos estratégicos que definiram, em termos de emprego, valor acrescentado, e exportações”, explicou.

Mas veja o peso que cada cluster ter na economia nacional:

AED Cluster Portugal, Aeronáutica, Espaço e Defesa

O setor da aeronáutica, espaço e defesa representado pelo AED Cluster é responsável por 18.500 empregos diretos nestes setores, 1,7 mil milhões de euros de volume de negócio, correspondendo a cerca de 1,4% do PIB nacional, em que aproximadamente 87% dizem respeito a exportações.

Emprego: 18.500 postos de trabalho

Volume de negócios: 1,7 mil milhões de euros

Exportações: 1,48 mil milhões de euros

Cluster do Calçado e Moda

O setor do calçado e moda, em particular o seu núcleo industrial fundamental – fabricação de calçado, componentes para calçado e artigos de pele — é responsável por cerca de 51 mil postos de trabalho, 2,7 mil milhões de euros de volume de negócios, dos quais 2,1 mil milhões destinados à exportação e 831 milhões de euros de VAB, que corresponde a 3,8% do total da indústria transformadora.

Emprego: 51.000 postos de trabalho

Volume de Negócios: 2,7 mil milhões de euros

Exportações: 2,1 mil milhões

Cluster Habitat Sustentável

As empresas relacionadas com as atividades conexas com a cadeia de valor do Habitat (materiais de construção, construção e imobiliário) têm mantido cerca de dez mil empregados, um volume de negócios a rondar os dois mil milhões de euros e um volume de exportações de 1.500 milhões de euros para mais de 98 países, sendo de destacar, sobretudo, a taxa de cobertura positiva das importações pelas exportações de cerca de 180%.

Emprego: 10.000 postos de trabalho

Volume de Negócios: 2 000 milhões de euros

Exportações: 1.500 milhões de euros

Cluster do Mar Português

A economia do mar assume uma importância central na economia nacional, sendo que as atividades maduras – fileira do pescado, portos e transportes marítimos, indústrias navais e turismo são responsáveis por 113 mil postos de trabalho e 8,64 mil milhões de euros de volume de negócios, dos quais 2,19 mil milhões de euros destinados à exportação.

Emprego: 113.000 postos de trabalho

Volume de Negócios: 8,64 mil milhões de euros

Exportações: 2,19 mil milhões de euros

Cluster da Petroquímica, Química Industrial e Refinação

A indústria química, petroquímica e refinação é responsável por 52 mil empregos diretos e indiretos, 12 mil milhões de euros de volume de negócios anual, 1,8 mil milhões de euros de Valor Acrescentado Bruto (VAB) e 14% do total das exportações nacionais, no montante de cerca de oito mil milhões de euros.

Emprego: 52.000 postos de trabalho

Volume de Negócios: 12 mil milhões de euros

Exportações: cerca de 8 mil milhões, para 181 países

Cluster da Plataforma Ferroviária Portuguesa

O setor da ferrovia portuguesa é responsável por cerca de 64 mil postos de trabalho e 8,7 mil milhões de euros de volume de negócios, representando a atividade internacional das empresas do setor, em particular no que toca à produção de veículos e material para vias férreas, e respetivos componentes, bem como de aparelhos mecânicos (incluindo os eletromecânicos) de sinalização, um volume de exportações superior a 5,4 mil milhões de euros, na sua maioria com destino a países extracomunitários (cerca de 4,2 mil milhões de euros).

Emprego: 64.000 postos de trabalho

Volume de Negócios: 8,7 mil milhões de euros

Exportações: 5,4 mil milhões de euros

Cluster dos Recursos Minerais de Portugal

O setor dos recursos minerais é responsável por cerca de 20 mil postos de trabalho nas fileiras dos recursos não metálicos e metálicos, e 1,15 mil milhões de euros de volume de negócios na fileira dos recursos não metálicos, sendo de salientar perto de 900 milhões de euros, destinados à exportação, maioritariamente correspondentes a minérios de cobre e zinco e a rochas ornamentais, de acordo com dados de 2017.

Emprego: 20.000 postos de trabalho nas fileiras dos recursos não metálicos e metálicos

Volume de Negócios: 1,15 mil milhões de euros de volume de negócios na fileira dos recursos não metálicos

Exportações: 900 milhões de euros destinados à exportação

Cluster Smart Cities Portugal

As entidades associadas setor das smart cities são responsáveis por mais de dois mil postos de trabalho, 113,9 milhões de euros de volume de negócios, dos quais 22,9 milhões destinaram-se a exportações, o que corresponde a 20% do total das vendas das empresas associadas do cluster.

Emprego: mais de 2 000 postos de trabalho

Volume de Negócios: 113,9 milhões de euros

Exportações: 22,9 milhões de euros

Cluster Têxtil, Tecnologia e Moda

A industria têxtil e do vestuário é responsável por cerca de 138 mil postos de trabalho (20% do total da industria transformadora), 7,6 mil milhões de euros de volume de negócios, dos quais 5,3 mil milhões destinados à exportação, que corresponde a 10% do total de exportações nacionais e, apresenta ainda, um VAB superior a 2,3 mil milhões de euros que corresponde a 11% do VAB total da indústria transformadora.

Emprego: 138.000 postos de trabalho

Volume de Negócios: 7,6 mil milhões de euros

Exportações: 5,3 mil milhões de euros

Cluster TICE.PT

O Pólo das Tecnologias de Informação, Comunicação e Eletrónica – TICE.PT foi constituído em 2008, com sede em Aveiro e é responsável por mais de 108 mil postos de trabalho, 16,6 mil milhões de euros de volume de negócios e 4,8 mil milhões de euros em exportações.

Emprego: 108.000 postos de trabalho

Volume de Negócios: 16,6 mil milhões de euros

Exportações: 4,8 mil milhões de euros

(Artigo atualizado às 14h45 com as declarações do ministro da Economia e uma fotogaleria com os clusters)

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Governo atira estratégia nacional do 5G para a próxima legislatura. Passa a bola à Anacom

O Governo cancelou o evento previsto para esta sexta-feira no qual iria apresentar a estratégia nacional para o 5G e atirou a bola para a Anacom. Novidades, só na próxima legislatura.

O Governo cancelou o evento relativo ao 5G que estava agendado para esta sexta-feira em Coimbra, no qual se esperava que apresentasse a estratégia nacional para a próxima geração de rede móvel. Afinal, a estratégia, que é vista como um dos passos necessários para a implementação da tecnologia no país, já só vai ser apresentada na próxima legislatura.

Questionado sobre o cancelamento do evento que estava marcado para 13 de setembro, o secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Alberto Souto de Miranda, confirmou que o dossiê vai passar para o próximo Governo. “A apresentação da estratégia nacional só terá lugar na próxima legislatura”, confirmou o governante, através do gabinete de comunicação do ministério da tutela.

Sobre o motivo do cancelamento, o secretário de Estado passou a bola ao regulador setorial. “A Anacom ainda não promoveu a consulta pública sobre a atribuição do espetro para o 5G”, recordou Alberto Souto de Miranda. Em causa, a definição de um modelo de atribuição das frequências às operadoras de telecomunicações interessadas, numa altura em que a generalidade dos países da União Europeia (UE) tem recorrido ao leilão eletrónico.

Este adiamento da apresentação da estratégia nacional para o 5G para a próxima legislatura surge poucos dias depois de a Anacom ter dado mais detalhes sobre um outro passo fulcral na implementação desta tecnologia: a libertação da faixa dos 700 MHz, que atualmente se encontra ocupada pelo serviço de Televisão Digital Terrestre (TDT). O processo vai ter início em janeiro e deverá durar seis meses, estimou a Anacom.

O ECO pediu à Anacom uma reação às declarações do secretário de Estado Adjunto e das Comunicações. Na resposta remetida, a entidade liderada por João Cadete de Matos garantiu que “o processo necessário ao desenvolvimento do 5G está a decorrer conforme o programado e de acordo com as determinações europeias”. “A Anacom, de acordo com a programação feita, tem estado a trabalhar no cumprimento da meta, oportunamente aprovada e anunciada no Roteiro Nacional para a faixa dos 700 MHz, de assegurar o processo de atribuição deste espetro até 30 de junho de 2020”, ressalvou o regulador.

O 5G, que já chegou ao terreno em países como EUA e Coreia do Sul, tem sido apresentado pela indústria como uma revolução na atual tecnologia usada nas telecomunicações. Deverá permitir velocidades muito maiores, que possibilitarão o controlo remoto de máquinas industriais ou a transmissão de jogos de futebol em direto e alta qualidade, em 360 graus, para óculos de realidade virtual, por exemplo.

Uma vez que esta nova geração de rede móvel vai forçar as empresas de telecomunicações a realizarem novos e avultados investimentos em infraestrutura e equipamentos, as operadoras têm assumido posições díspares: por um lado, temem ser usadas como cash cow pelos governos, enquanto, por outro, vão enaltecendo junto do público o potencial da tecnologia em torno do 5G.

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Centeno arrecada 135 milhões com multas no cartel da banca

O regulador aplicou coimas no valor de 225 milhões de euros a 14 bancos devido a práticas anti-concorrenciais no crédito. O Estado vai arrecadar 60% do produto das multas: 135 milhões.

A Autoridade da Concorrência aplicou coimas no valor de 225 milhões de euros a 14 bancos devido a práticas ilegais no mercado de crédito e uma parte significativa deste montante vai para os cofres do Estado: 135 milhões de euros. É o que determina a lei. Mas Mário Centeno não pode contar já com este “bónus” e nem é certo que seja deste montante, porque as instituições condenadas já prometeram contestar a decisão do regulador em tribunal.

De acordo com os seus estatutos, a Autoridade da Concorrência é financiada por nove reguladores setoriais, entre eles a Autoridade dos Seguros e Fundos de Pensões (ASF), Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Autoridade Nacional de Comunicações e a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, através do pagamento de prestações a liquidar no decurso do ano. Mas as receitas do regulador liderado por Margarida Matos Rosa não ficam por aqui.

Constituem ainda receitas da Autoridade da Concorrência:

  1. Outros proventos, rendimentos e valores que resultem da sua atividade, designadamente a venda de publicações ou de outros documentos (…) bem como quaisquer doações, legados e outras formas de apoio financeiro;
  2. 40% do produto das coimas aplicadas pelos ilícitos que lhe compete investigar ou sancionar, revertendo os 60% remanescentes para o Estado;
  3. Extraordinariamente (…) dotações do Orçamento do Estado;
  4. Outras receitas definidas nos termos da lei;

É o ponto 2 que define que o Estado terá direito a receber a “fatia de leão” das coimas aplicadas pela Autoridade da Concorrência: 60% para os cofres públicos e 40% para os cofres do regulador.

No caso do cartel da banca, que investigou e concluiu que vários bancos trocaram informações sensíveis entre si sobre os spreads a aplicar nos produtos de crédito, lesando famílias e empresas, as multas ascenderam a 225 milhões de euros. Ou seja, feitas as contas, tocará ao Estado 135 milhões de euros, enquanto a autoridade ficará com 90 milhões.

Não é, contudo, certo que o montante final das coimas seja efetivamente este. E o Governo também não vai contar já com estas receitas que ajudariam a compor o Orçamento do Estado deste ano e a reforçar o brilharete no défice — as previsões apontam para meta de défice de 0,2% em 2019.

Isto porque os bancos não concordam com a decisão da Autoridade da Concorrência (tutela do Ministério da Economia) e já avisaram vão levar o caso para tribunal, deixando imprevisível o desfecho de um processo que dura há sete anos devido à sua complexidade, mas também ao elevado grau de litigância.

"Cada banco sabia, com particular detalhe, rigor e atualidade, as características da oferta dos outros bancos, o que desencorajava os bancos visados de oferecerem melhores condições aos clientes, eliminando a pressão concorrencial, benéfica para os consumidores.”

Autoridade da Concorrência

Comunicado

Oficialmente, o BCP, multado em 60 milhões de euros, foi o único entre os grandes bancos a anunciar publicamente que vai avançar com uma “impugnação judicial junto dos tribunais competentes” de uma coima que considera “injustificada e desequilibrada”. A Caixa Geral de Depósitos (CGD) também vai recorrer para não ter de pagar a maior coima de todas, no valor de 82 milhões — no caso do banco público, a coima impactará as contas e os dividendos que deixarão de ser pagos ao Estado. O Santander Totta, que foi alvo da terceira maior multa, também vai para os tribunais.

A multa histórica da Autoridade da Concorrência foi aplicada a 14 bancos: BBVA, o BIC (por factos praticados pelo então BPN), o BPI, o BCP, o BES, o Banif, o Barclays, a CGD, a Caixa de Crédito Agrícola, o Montepio, o Santander (por factos por si praticados e por factos praticados pelo Banco Popular), o Deutsche Bank e a UCI.

Cada banco sabia, com particular detalhe, rigor e atualidade, as características da oferta dos outros bancos, o que desencorajava os bancos visados de oferecerem melhores condições aos clientes, eliminando a pressão concorrencial, benéfica para os consumidores“, explicou o regulador.

As coimas variam entre 1.000 euros (Banif) e 82 milhões de euros (CGD), com a multa de oito milhões do Barclays a ser perdoada na totalidade porque o banco denunciou o esquema. O Montepio, que também aderiu ao regime de clemência, teve um corte de 50% da sua coima, sendo condenado a pagar 13 milhões. Já o EuroBic disse ao ECO que terá de ser o Estado a assumir a responsabilidade — tocou-lhe uma multa de 500 mil euros, que também deverá ser contestada.

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Despesa em saúde pública caiu em Portugal entre 2000 e 2017

  • Lusa
  • 11 Setembro 2019

Apenas quatro países da região europeia registaram uma redução na despesa em termos percentuais do seu produto interno bruto: Portugal, Irlanda, Hungria e Israel.

Portugal surge como um dos únicos quatro países da região europeia em que a percentagem da despesa em saúde pública se reduziu entre 2000 e 2017, segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS).

No documento sobre o acesso equitativo à saúde, a OMS analisa 33 países e concluiu que em 15 a despesa em saúde pública aumentou entre 2000 e 2017 e noutros 14 se manteve dentro dos mesmos níveis.

Apenas quatro países da região europeia registaram uma redução na despesa em termos percentuais do seu produto interno bruto: Portugal, Irlanda, Hungria e Israel.

A OMS recorda que alocar maiores recursos à saúde pública pode ajudar a reduzir a falta de equidade no acesso.

“Muitas intervenções na promoção da saúde e prevenção da doença são bastante custo-efetivas e poupam dinheiro e recursos no curto, médio e longo prazo”, refere o documento da OMS.

Do conjunto dos 33 países analisados, a despesa em saúde pública representou entre 0,03% a 0,52% do Produto Interno Bruto (PIB). Portugal surge com menos de 0,2% do PIB investido em saúde pública em 2017.

O Conselho Nacional de Saúde em Portugal tinha divulgado em 2017 um estudo em que classificava como insignificante a verba pública aplicada em promoção da saúde e prevenção da doença no país.

A análise sobre os fluxos financeiros do Serviço Nacional de Saúde (SNS) indicava que os gastos em cuidados preventivos representam pouco mais de um por cento da despesa corrente do SNS.

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Wall Street fecha na linha de água. Apple sobe mais de 1% depois de anunciar novos iPhones

A sessão em Nova Iorque foi pautada por quedas no setor tecnológico, apesar de a Apple ter avançado mais de 1% no dia em que anunciou as novidades da marca.

Wall Street encerrou a sessão desta terça-feira com os principais índices de referência na linha de água. Enquanto o setor da energia puxou pelas bolsas em bolsa de Nova Iorque, as tecnológicas pesaram. A exceção foi a Apple, que valorizou no dia em que apresentou novidades, inclusive os novos iPhones.

Depois de serem conhecidos dados desanimadores da economia chinesa, o que fez aumentar os receios de uma recessão global, os indices arrancaram a sessão em queda. Contudo, com os investidores a anteciparem novos estímulos por parte dos bancos centrais, as perdas atenuaram, havendo até margem para ganhos ligeiros. O S&P 500 fechou a subir 0,01% para os 2.978,80 pontos, enquanto o industrial Dow Jones avançou 0,24% para os 26.901,16 pontos.

Já o tecnológico Nasdaq fechou na linha de água, com uma queda de 0,05% para os 8.083,78 pontos. A Netflix caiu 2,16% para os 287,99 dólares, depois de a Apple anunciar a data de lançamento da sua plataforma de streaming, bem como o preço, uma mensalidade de 4,99 dólares por família. A Disney, que tem também nos planos o seu próprio serviço de streaming, recuou 2,20% para os 135,79 dólares.

Para além de novidades sobre a plataforma que chega em novembro, a AppleTV+, a marca da maçã avançou também com o anúncio de três novos iPhones e um novo Apple Watch. Os títulos da tecnológica liderada por Tim Cook subiram 1,18% nesta sessão, para os 216,70 dólares.

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Estas são as novidades da Apple. Do iPhone ao Watch, até à Apple TV+

Dos novos iPhones ao novo Watch, passando pelo novo serviço de streaming da Apple. Conheça as novidades que foram apresentadas no evento desta terça-feira.

Três novos iPhones, um iPad, um relógio e novidades sobre os serviços Apple Arcade e Apple TV+. Assim se resume o evento especial que a Apple promoveu esta terça-feira, no Steve Jobs Theater, na Califórnia. O mais importante do universo da marca.

Abaixo, por tópicos, conheça as principais novidades com mais detalhe:

  • Há três novos iPhones: 11, 11 Pro e 11 Pro Max. O iPhone 11 tem duas câmaras traseiras, enquanto as duas versões “Pro” têm três câmaras traseiras. Para quê? Duas lentes são especiais: uma tira fotos com maior amplitude e outra permite fotografar mais perto dos objetos, para um maior nível de detalhe.
  • As pré-encomendas dos novos iPhones arrancam na sexta-feira e os aparelhos chegam às lojas a 20 de setembro. Em Portugal, o iPhone 11 começa nos 829 euros, enquanto o 11 Pro começa nos 1.170 euros e o 11 Pro Max nos 1.279 euros.
Esta é a gama atual do iPhone, com os respetivos preços de entrada nos EUA. A Apple surpreendeu, ao apostar em preços de entrada inferiores ao que era esperado, com maior variedade nos modelos consoante o espaço disponível.Apple
  • A qualidade das câmaras foi um dos principais focos do evento, com a Apple a garantir que os aparelhos filmam com qualidade 4K a 60 frames por segundo. As câmaras traseiras têm 12 MP cada e a qualidade das fotos é muito satisfatória.
  • Os novos iPhones são mais resistentes ao pó e à água, para que os possa usar no dia-a-dia sem grandes preocupações. A autonomia também melhora nos três modelos, comparativamente com os modelos lançados no ano passado, graças às baterias com maior capacidade.
No que toca ao iPhone 11, existe novas cores para todos os gostos.Apple
  • Há um novo Apple Watch, chamado Series 5. Tem um preço inicial de 399 dólares, o que significa que o Apple Watch anterior passa a custar 199 dólares nos EUA.
  • A grande novidade do Series 5 é que tem a face sempre ligada. Ou seja, o ecrã do novo Apple Watch não se desliga, como acontecia no modelo anterior. Outra novidade: tem uma bússola. As pré-encomendas já começaram.
O Apple Watch Series 5 é o novo modelo do relógio inteligente da marca. É totalmente personalizável.Apple
  • O iPad mais popular da Apple, com 10,2 polegadas de ecrã Retina, ganha também uma nova versão. Passa a suportar a caneta e tem um processador melhorado, assim como autonomia para um dia inteiro de trabalho.
  • O novo iPad foi pensado para substituir os computadores e suporta um adaptador, que se liga à ficha do carregador, permitindo ler pen drives ou outros dispositivos USB. Chega às lojas a 20 de setembro, com um preço inicial em Portugal a começar nos 399 euros.
O novo iPad, ainda mais portátil, foi desenhado para ser uma alternativa ainda melhor ao computador.Apple
  • A plataforma de streaming de conteúdos originais da Apple já tem data de lançamento: chega a 1 de novembro a 100 países. Não se sabe ainda se Portugal está na lista, mas é provável que sim.
  • O preço surpreendeu o mercado: a mensalidade custará 4,99 dólares… por família. Um preço inferior ao praticado por plataformas concorrentes.
Estes são alguns dos títulos que vão estar no catálogo inicial da Apple TV+.Apple
  • O Apple Arcade, um serviço de jogos por subscrição, custará 4,99 dólares por família. Mas o primeiro mês é grátis para todos.
  • O catálogo de jogos do serviço inclui centenas de títulos originais, desenvolvidos por estúdios conceituados, como é o caso da japonesa Konami.
Imagens de alguns dos jogos que vão estar disponíveis a 19 de setembro, data do arranque do Apple Arcade.Apple

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CGD confirma recurso da multa de 82 milhões da AdC por cartel. Diz que não lesou clientes

Tal como o BCP e o Santander, a Caixa Geral de Depósitos vai recorrer da multa, no seu caso de 82 milhões de euros, anunciada pela Autoridade da Concorrência. Banco diz que não lesou clientes.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai recorrer da multa de 82 milhões de euros aplicada pela Autoridade da Concorrência (AdC), por alegadas práticas restritivas da concorrência respeitantes a transmissão de informação comercial sensível entre 14 instituições de crédito a operar em Portugal. Diz que não lesou os clientes, por isso está confiante que os tribunais lhe darão razão.

“A CGD decidiu impugnar judicialmente essa decisão junto do Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão. Assim decidiu convicta de que os tribunais competentes confirmarão a total improcedência e absoluta falta de fundamentação da imputação de irregularidades que lhe é feita“, pode ler-se no comunicado publicado na Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários, o que confirma a informação avançada pelo ECO.

O banco liderado por Paulo Macedo salienta que “o seu comportamento, que reputa legal e adequado, se pautou sempre pelo objetivo de proporcionar aos seus clientes uma oferta competitiva, não resultando aliás da decisão da AdC que as alegadas práticas anticoncorrenciais que lhe são imputadas tenham tido qualquer efeito negativo para os consumidores”.

Para além da CGD, também o BCP e o Santander vão recorrer desta multa por cartel. No total, as coimas ascendem a 225 milhões de euros, sendo que a multa aplicada ao banco público é a mais avultada, no valor de 82 milhões de euros, informação também confirmada no comunicado.

A coima que foi aplicada à instituição liderada por Paulo Macedo “foi calculada em função do seu volume de negócios nos segmentos de crédito em causa, historicamente expressivo”, adianta o banco no comunicado. Para a CGD, as práticas que lhe são imputadas pela AdC “carecerem de fundamento”, sendo que considera, por isso, “ser injustificada a coima aplicada”.

(Notícia atualizada às 21h10)

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