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Deputados querem ouvir Assembleia e Presidência sobre eventual exclusão de megabase de dados do Estado

Comissão de Orçamento adia votação do artigo que prevê eventual exclusão da Assembleia da República e da Presidência da megabase de dados dos trabalhadores do Estado. Deputados querem saber razões.

Os deputados da Comissão e Orçamento e Finanças vão chamar o conselho de administração da Assembleia da República e representantes da Presidência da República para conhecer as razões em que baseiam o pedido de não serem incluídos na megabase de dados que vai reunir informação individualizada sobre os funcionários públicos.

“Diria que vale a pena pedir ao Conselho de Administração [da AR] e à Presidência para esclarecerem quais as informações e dados que resultariam numa perturbação da sua independência”, apontou António Leitão Amaro, deputado do PSD, na reunião desta quarta-feira da COFMA. “Em que termos é que consideram que a aplicação do Sistema de Informação da Organização do Estado (SIOE) pode prejudicar a sua independência?”, questionou.

Fernando Rocha Andrade, do PS, salientou, por seu turno, que os socialistas não estão “disponíveis para viabilizar uma proposta” que contemple a exclusão destas entidades do âmbito do SIOE, sublinhando que o PS “não percebe como é que a compilação de dados estatísticos sobre recursos humanos possam pôr em causa a independência” daquelas entidades.

Leitão Amaro propôs então endereçar convites à Presidência e à AR para que vão à comissão prestar esclarecimentos já que o PSD, explicou, admite vir a apoiar a exclusão das duas entidades, mas para isso precisa de perceber as razões que o justifica. “É uma ideia que podemos considerar, mas depois de ouvir uma explicação sobre o ‘porquê’. Admitimos que existam razões, mas queremos saber quais e uma reunião com as entidades será uma boa oportunidade para ouvir explicações”, explicou.

O deputado social-democrata admitiu que possa ser encontrada uma solução intermédia para acomodar as preocupações da Presidência e da Assembleia da República, por exemplo “dando o controlo sobre os dados dessas instituições às próprias”, sugeriu. Mas primeiro é necessário perceber se se justifica isentá-las.

Paulo Trigo Pereira, deputado não inscrito, apontou ao longo da discussão “não perceber” o porquê de excluir o Parlamento e a Presidência das obrigações de informação que serão aplicadas aos restantes organismos públicos. “É uma estatística sobre recursos humanos, como é que isso vai interferir na independência ou gestão? Se o Banco de Portugal for incluído, também vai ter a independência afetada? Não! Estes órgãos têm de justificar muito bem porque querem ser excluídos”, referiu. E lembrou: “Os cidadãos não têm direito a saber se a AR contratou mais funcionários?, deu como exemplo.

Assim, e de forma unânime, os deputados acabaram por adiar a votação do artigo 2.º da proposta, aquele que poderá excluir os dois órgãos do âmbito de aplicação da mesma, para depois de ouvidas as entidades. Uma audição que deve ocorrer na próxima terça-feira.

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Lei de Bases da Habitação sobe a plenário para votação final global na sexta-feira

  • Lusa
  • 3 Julho 2019

Mais de um ano depois, a Lei de Bases da Habitação vai finalmente subir a plenário para a votação final. A ratificação das votações indiciárias foi, assim, aprovada por unanimidade.

A Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação aprovou esta quarta-feira, por unanimidade, a ratificação das votações indiciárias da Lei de Bases da Habitação, com um diploma que substitui os projetos de PS, PCP e BE.

Confirmado o processo de votações indiciárias, que decorreu no grupo de trabalho de Habitação, Reabilitação Urbana e Políticas de Cidades, na Assembleia da República, em Lisboa, o diploma da Lei de Bases da Habitação vai subir a plenário na próxima sexta-feira, para votação final global, podendo, depois, ser encaminhado para promulgação pelo Presidente da República.

Neste âmbito, os projetos de lei de PS, PCP e BE para a Lei de Bases da Habitação forma retirados, em favor da apresentação do diploma desenvolvido no grupo de trabalho parlamentar da Habitação, que conta com propostas de todos os grupos parlamentares, incluindo PSD e CDS. O diploma para esta lei determina que “o Estado é o garante do direito à habitação” e estabelece a função social da habitação e a proteção no despejo, assim como a integração do direito à habitação nas políticas de erradicação de pessoas em condição de sem-abrigo.

O Estado deve acelerar os processos judiciais de heranças indivisas que incluam bens imóveis com aptidão habitacional, a possibilidade da entrega da casa às instituições bancárias para extinguir a dívida no crédito à habitação e a regulação e fiscalização da atividade dos condomínios são outras das medidas que incluem a proposta para a Lei de Bases da Habitação.

Na ratificação das votações indiciárias, a deputada independente eleita pelo PS Helena Roseta congratulou-se com o desempenho do grupo de trabalho, coordenado pelo deputado do PS Hugo Pires, manifestando “pena que não tenha sido possível incluir a definição de renda acessível” no diploma da Lei de Bases da Habitação.

Helena Roseta propôs, a título individual, que a Lei de Bases da Habitação inclua a definição de vários conceitos de renda, nomeadamente de renda acessível, defendendo que “é a renda aplicável no arrendamento de habitações públicas ou privadas enquadradas em programas que tenham como objetivo proporcionar o acesso ao arrendamento por valores compatíveis com os rendimentos familiares médios das pessoas e famílias”, mas a proposta foi rejeitada, com o voto contra de PS, a abstenção de PCP, PSD e CDS e o voto a favor de BE.

Neste sentido, a deputada independente do PS criticou o Programa de Arrendamento Acessível (PAA), que entrou em funcionamento na segunda-feira, considerando que inclui “rendas bastante superiores aos valores dos rendimentos médios das famílias”. Ressalvando que não é contra a abrangência de pessoas com rendimentos superiores no PAA, Helena Roseta expressou “receio” que os limites definidos no programa condicionem as famílias com rendimentos mais baixos.

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Candidaturas às casas de renda acessível da Câmara de Lisboa arrancam em novembro. “Queremos casas que as pessoas possam pagar”, diz Fernando Medina

Os primeiros 20 apartamentos de renda acessível disponibilizados pela Câmara de Lisboa deverão estar concluídos em novembro, altura em que arrancam as candidaturas.

É já no final do ano que abrem as candidaturas ao Programa de Renda Acessível (PRA) da Câmara de Lisboa (CML), que promete pôr no mercado “casas que as pessoas possam pagar”, isto é, que correspondam a 30% do salário líquido do agregado. Haverá T0 com rendas máximas de 400 euros e T2 a custar, no máximo, 600 euros. Os interessados podem inscrever-se em outubro e, em novembro, candidatarem-se às primeiras 120 habitações. É nesta altura que ficarão concluídos os primeiros 20 apartamentos, na Ajuda.

Na semana em que arrancou o Programa de Arrendamento Acessível do Governo, a CML aproveitou para lançar o seu próprio programa. “Queremos casas que as pessoas possam pagar, que os jovens e as famílias de classe média possam pagar”, começou por dizer o presidente da CML, Fernando Medina, em declarações aos jornalistas na apresentação dos primeiros fogos de renda acessível, na Ajuda.

Primeiros dois edifícios de renda acessível que serão disponibilizados pela Câmara de LisboaRita Neto/ECO

O PRA é dirigido aos jovens e às famílias das classes médias e, para aqueles que estão interessados em candidatar-se, devem ter em conta que o valor do rendimento bruto do agregado habitacional deve situar-se entre o salário mínimo nacional (8.400 euros por ano por pessoa) e um máximo de 35 mil euros por ano por pessoa. Já no caso de duas pessoas, o máximo são 45 mil euros anuais e, no caso de mais de duas pessoas, o teto máximo é de 45 mil euros anuais mais 5.000 euros por ano por cada dependente.

Na hora de efetuar a candidatura, esta deve ser feita de acordo com as necessidades de cada agregado. Uma pessoa pode concorrer a um T0 ou T1, enquanto duas pessoas têm direito a um T0, um T1 ou um T2. No caso de três ou quatro pessoas, o máximo é um T3 e, para famílias numerosas (cinco ou mais pessoas), o mínimo é um T3 e o máximo um T5.

Limites de 400 euros para um T0 e 600 euros para um T2

No caso de um T0, a renda mínima que poderá ser cobrada é de 150 euros, enquanto a máxima será de 400 euros. Já no caso de T1, a renda variará entre um mínimo de 150 euros e um máximo de 500 euros. Um T2 poderá custar, no máximo 600 euros e, a partir de T3, a renda máxima nunca poderá ultrapassar os 800 euros.

O valor mensal da renda acessível da CML corresponde a 30% (taxa de esforço) multiplicado pelo rendimento mensal líquido do agregado, em duodécimos. Caso o agregado inclua dependentes (conforme a declaração do IRS), a taxa de esforço é reduzida em 2% por cada pessoa dependente.

Como calcular o valor das rendas? No caso de uma pessoa que ganhe o salário mínimo mensal (534 euros líquidos), aplicando-lhe uma taxa de esforço de 30%, isso corresponderá a uma renda de 187 euros mensais para um T0 ou um T1. Já um casal com um filho, que receba 800 euros mensais líquidos cada um, pagará uma renda de 523 euros mensais por um T2 ou um T3. Já no caso de um casal com dois filhos, em que o salário conjunto dos pais é de 2.200 euros líquidos mensais, esta família pagará 600 euros por um T2 ou 667 euros por um T3.

Primeiros 20 apartamentos concluídos em novembro

Os primeiros 20 apartamentos de renda acessível construídos no âmbito deste programa deverão estar concluídos em novembro. São dois edifícios, localizados nos números 35 e 37 da Rua Eduardo Bairrada, na Ajuda, e contemplam apartamentos de tipologia T2 e T3. “Estamos a apostar em construir uma resposta para que largos estratos da população tenham verdadeiramente acesso à casa que podem pagar dentro da cidade de Lisboa”, disse Fernando Medina.

A curto prazo, o objetivo da autarquia é colocar no mercado 6.000 casas com rendas acessíveis mas, a médio prazo, a meta é bem superior. “O nosso objetivo de médio prazo é ir bastante além das 6.000 casas. Estamos a iniciar um processo na cidade de Lisboa que durante muitas décadas não construiu nem reabilitou casas em número significativo para as classes médias”, afirmou o presidente da CML.

Ainda este ano, vão arrancar as obras em mais zonas da cidade: 22 habitações na Visconde Valmor, 111 na Avenida da República, 26 no Campo Grande, 44 na Avenida dos Estados Unidos da América. No primeiro trimestre do próximo ano, ficam concluídas as obras no Bairro Cruz Vermelha (cerca de 45 fogos). Muitos destes prédios foram cedidos pela Santa Casa da Misericórdia para este programa de rendas acessíveis.

Até dezembro vai ainda abrir o concurso para a primeira fase de um loteamento com mais de 100 apartamentos nas Forças Armadas. As candidaturas aos primeiros 120 apartamentos abrem em novembro, embora as inscrições possam ser feitas em outubro. É nessa altura que ficará operacional o site Habitar Lisboa, onde as pessoas se poderão inscrever, inserindo os seus dados.

Feito isto, serão redirecionadas para o programa adequado. “Se forem de estratos sociais menos favorecidos, com mais dificuldades, porventura entrarão nos programas de renda apoiada que a CML tem, se forem famílias de classe média ou jovens em início de vida irão para este programa de renda acessível”, explicou Medina. “A partir daí as pessoas estarão pré-inscritas e quando houver casas disponíveis será feito um sorteio, dentro das pessoas que cumprem as regras”.

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Medina ataca Programa de Arrendamento Acessível: “Modelo do Governo não encaixa na situação de Lisboa”

Para Fernando Medina, o programa de rendas acessíveis da câmara de Lisboa dá uma resposta mais eficaz do que o programa do Governo, que "vai deixar muita gente de fora".

Na semana em que arrancou o Programa de Arrendamento Acessível (PAA) do Governo, a Câmara de Lisboa (CML) anunciou o seu próprio programa, o Programa de Renda Acessível (PRA). Mas, nas palavras de Fernando Medina, o modelo do Governo não é tão eficaz como o da autarquia, nem responde da melhor forma à situação vivida em Lisboa, onde os preços das casas estão bastante inflacionados. “Vai deixar muita gente de fora”, diz o autarca.

Nos últimos anos, quer o valor das casas para vender, quer o valor das casas para arrendar, têm “aumentado muitíssimo” e “há muito menos casas disponíveis do que havia antes para arrendar”, começou por contextualizar Fernando Medina, em declarações aos jornalistas no dia de apresentação dos primeiros apartamentos de renda acessível que a CML vai disponibilizar. Para comprar, “os preços aumentaram na totalidade das freguesias de Lisboa e na generalidade aumentaram cerca de 50% em cerca de dois anos“, continuou.

"Os preços estão de tal forma inflacionados que considerar uma renda acessível 20% inferior ao preço de mercado [tal como consta no regulamento do programa do Governo] vai deixar muita gente de fora.”

Fernando Medina

Presidente da Câmara Municipal de Lisboa

Para o autarca, isto significa que Lisboa vive uma “situação particular”, em que os “preços estão de tal forma inflacionados que considerar uma renda acessível 20% inferior ao preço de mercado, vai deixar muita gente de fora”, disse, referindo-se ao que está previsto no PAA do Governo.

“Considero que o modelo que está proposto pelo Governo é, naturalmente, um modelo que se dirige a todo o país, mas que não encaixa bem com a situação de Lisboa“, afirmou, acrescentando que o modelo proposto pela câmara é “muito diferente” e que “a renda deve ser aquilo que a pessoa pode pagar”. Nesse sentido, Medina defendeu que o agregado deve pagar, no máximo, 30% do seu rendimento mensal líquido, “não mais do que isso”.

“Cada pessoa vai ter uma renda que está balizada por 30% do seu rendimento líquido, mas que pode ser menos ainda, caso tenha filhos. Porque uma família com filhos, para o mesmo rendimento, tem mais custos do que uma família que não tem filhos”, explicou o autarca, acrescentando que a autarquia pretende apoiar as famílias e os jovens em início de carreira através de rendas “um pouco” mais baixas.

"O programa da câmara é diferente do programa do Governo, está organizado de forma diferente, creio que o nosso programa responde melhor à realidade que hoje conhecemos na cidade de Lisboa.”

Fernando Medina

Presidente da Câmara Municipal de Lisboa

“O programa da Câmara de Lisboa é diferente do programa do Governo, está organizado de forma diferente, creio que o nosso programa responde melhor à realidade que hoje conhecemos na cidade de Lisboa“, rematou Medina, afirmando que a autarquia está a fazer um “esforço pioneiro” para construir e reabilitar casas em Lisboa para a classe média.

A autarquia apresentou esta quarta-feira o Programa de Renda Acessível, que prevê a colocação de mais de 6.000 casas com rendas acessíveis no mercado. Os primeiros 20 apartamentos ficam concluídos já em novembro, altura em que arrancam as candidaturas. Os interessados devem receber, no mínimo, o salário mínimo nacional e, no máximo, 35 mil euros anuais por pessoa.

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Um curso, duas licenciaturas. Católica abre inscrições para dupla licenciatura em direito e gestão

A primeira fase de candidaturas para o programa de dupla licenciatura já está aberta e termina no dia 19 de julho. O curso dois em um quer que os estudantes consigam articular o direito e a gestão.

Há um curso, na Universidade Católica Portuguesa, no Porto, que confere dois graus de licenciatura num só curso. São cinco anos e, no final, dois canudos: um que determina o grau de licenciado em direito e o outro de licenciado em gestão. As inscrições já estão abertas.

O programa de dupla licenciatura em direito e em gestão é uma “formação única em Portugal e resulta da parceria entre a Católica Porto Business School e a Escola do Porto da Faculdade de Direito”, explica a Católica em comunicado. O objetivo é preparar os estudantes para a “natureza interdisciplinar dos desafios que se colocam, cada vez mais, às pessoas e às organizações”.

A primeira fase de candidaturas para este programa já abriu e termina no dia 19 de julho. Do programa curricular fazem parte disciplinas como direito da União Europeia, contabilidade financeira, relações privadas internacionais, gestão de marketing, english for law and business ou regulação e concorrência. Algumas delas são lecionadas em inglês.

A dupla licenciatura torna os “profissionais mais aptos para entender os problemas e as necessidades do cliente”, afirma António Lobo Xavier, advogado e gestor, citado em comunicado.

Já Benedita Sousa Otto, que frequente atualmente o curso”, admite que o programa excedeu as suas expectativas e que lhe tem “permitido a aquisição de duas perspetivas e formas de pensar diferentes, formando uma visão global mais complexa”. Esta aluna fará parte dos primeiros duplamente licenciados, que terminarão o curso no final do próximo ano letivo.

Já com os dois canudos, os licenciados vão poder articular as duas áreas (gestão e direito) e as suas saídas profissionais vão passar pela consultoria fiscal e financeira, advocacia de negócios, planeamento e estruturação de operações, regulação e relações institucionais.

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Segurança Social está a ser inspecionada por execução “indevida” de dívidas

A subida do número de queixas sobre a "execução indevida" de dívidas levou a provedora de Justiça a ordenar uma inspeção aos centros de execução da Segurança Social.

Face a um “aumento avassalador” das queixas sobre a “execução indevida” de dívidas à Segurança Social, a provedora de Justiça decidiu ordenar uma inspeção a estas notificações e procedimentos para, até ao final do ano, se possa ter resultados. Isso mesmo garantiu, esta quarta-feira, Maria Lúcia Cabral, numa audição na Comissão de Trabalho e Segurança Social, que indicou que esta atividade inspetiva arrancou no outono do último ano e tem prosseguido este ano.

“Está a decorrer uma inspeção aos centros de execução [da Segurança Social] quanto a notificações, procedimentos de notificação, penhora e outras, para que no final de 2019 possamos ter resultados”, adiantou a provedora de Justiça, esta manhã. “É o processo executivo da Segurança Social que está em causa”, sublinhou.

Maria Lúcia Cabral justificou a sua decisão com o “aumento avassalador” das queixas “quanto à execução irregular de dívidas e sem garantias devidas aos cidadãos”. “Não podemos admitir ao Estado português comportamentos deste tipo”, frisou Maria Lúcia Amaral, referindo também que foi registado um volume “impressionante” de queixas sobre os atrasos nas pensões da Segurança Social.

O ECO já tinha nota de que alguns beneficiários da Segurança Social estavam a ser “surpreendidos” por dívidas à Segurança Social, muitas delas com mais de dez anos. Em entrevista ao ECO, a secretária de Estado da Segurança Social explicou que, por norma, estas dívidas não prescrevem, mas são passíveis de ser prescrita passados cinco anos do reconhecimento dessa dívida. “Temos situações em que esse período já foi ultrapassado e que, portanto, é passível de ser, por parte dos beneficiários, requerida a prescrição de dívida”, disse Cláudia Joaquim.

Questionada sobre o aumento do número de notificações que surpreenderam os portugueses, a governante descartou qualquer ligação com os novos prémios de desempenho atribuído aos funcionários da Segurança Social e explicou que este reforço da capacidade de recuperação de dívida está associada à reposição dos recursos humanos do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, o que também aconteceu à boleia do programa de regularização extraordinária dos vínculos precários na Administração Pública.

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Mendonça Mendes escolhe ex-chefe de gabinete para “defender” contribuintes

  • ECO
  • 3 Julho 2019

O Governo já escolheu a pessoa que será uma espécie de defensor do contribuinte. Será Nuno Félix que até há cerca de um ano era chefe de gabinete do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.

O Governo já escolheu quem vai ser o defensor do contribuinte. Será Nuno Félix que até há cerca de um ano foi chefe de gabinete de António Mendonça na secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais.

O nome do novo subdiretor-geral para a relação com o contribuinte foi avançado pelo Expresso e confirmado pelo ECO.

O novo cargo nasceu da recomendação do grupo de trabalho liderado por João Taborda da Gama que sugeriu ao Executivo que criasse um Serviço de Apoio e Defesa do Contribuinte.

Nuno Félix estava atualmente da REPER — a representação portuguesa na União Europeia. Antes tinha passado pelo Ministério das Finanças onde foi chefe de gabinete do atual secretário de Estado do Assuntos Fiscais e antes adjunto de Fernando Rocha Andrade que deixou as funções de secretário de Estado com a pasta dos Assuntos Fiscais na sequência do caso Galpgate no qual é acusado pelo Ministério Público.

Nuno Félix é jurista de formação e diplomata. Na REPER estava como conselheiro técnico.

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Quer ser mais organizado no trabalho? Siga estas cinco dicas

  • Ricardo Vieira
  • 3 Julho 2019

Ter uma agenda e cumpri-la ou evitar o multitasking e as distrações fazem parte das soluções para dias mais produtivos.

“Aprender a ser organizado é uma habilidade”, diz a Adecco, empresa de Recursos Humanos e Outsourcing, que assume ser necessário alguma prática para dominar o ofício de conseguir planificar e definir prioridades. Para conseguir gerir o seu tempo no trabalho, ajudar no foco e aumentar a produtividade, a consultora lista cinco dicas para uma gestão diária eficiente:

  1. Identifique no que investe o seu tempo diariamente
    É importante que “analise o que faz diariamente no seu trabalho”, registando (se necessário) as tarefas e o tempo dedicado a cada uma. Há mesmo aplicações para usar em smartphones e computadores que “podem ser uma boa ajuda”.
  2. Concentre-se e não se distraia
    Acabar com o multitasking e fazer “apenas uma coisa de cada vez” até terminar. A razão desta dica, explica a consultora, relaciona-se com o facto de o cérebro humano ser mais produtivo quando se concentra numa coisa de cada vez. “Por exemplo, se precisa de escrever um texto, tente não atender o telefone ou distrair-se com os emails”. Retomar uma tarefa, como escrever um texto, pode custar tempo valioso. A ideia é que organize o tempo para cada tarefa, “evitando distrações indesejáveis”.
  3. A agenda é sua amiga
    “O importante é obter o melhor desempenho possível do seu tempo” pelo que cumprir criteriosamente o início e fim de uma reunião, por exemplo, é essencial para que mantenha o seu dia dentro do planeado. Além disso, “ter e manter uma agenda com as tarefas a curto, médio e longo prazo, reuniões e prazos de entrega, permite que tenha o pipeline de tarefas atualizado e cumprido e cruzá-lo com objetivos e com a sua própria agenda pessoal”.
  4. Identifique o que é urgente e o que é importante
    “Na maioria das vezes, o urgente não é importante. O nosso dia-a-dia pode estar cheio de ‘emergências’ que não nos ajudam em nada. Deve tentar identificar o que é realmente importante para poder dar prioridade ao que merece”.
  5. Reveja os seus planos
    Por mais que planeie e preencha a agenda é importante que “dê uma vista de olhos semanal para fazer o balanço do que foi feito e do que poderá futuramente ser evitado para ser mais eficiente”.

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EatTasty já distribui comida caseira em Madrid

  • Ricardo Vieira
  • 3 Julho 2019

Startup portuuesa já garantiu parcerias com nove restaurantes em Espanha.

No início do ano, foi referida como uma das startups a ter debaixo de olho em 2019 e a EatTasty chegou agora à internacionalização. A empresa que comercializa e entrega em casa ou no trabalho comida feita por chefs, que tem entre os investidores a Bright Pixel, a Caixa Capital e a Olisipo Way, chega agora a Madrid.

“A EatTasty expande-se para Madrid três anos depois de ter conquistado o coração de Lisboa graças à autenticidade das suas refeições, confecionadas com ingredientes frescos e servidas ainda quentes nas principais zonas empresariais da cidade. É esta essência distintiva que queremos trazer para o mercado espanhol, revolucionando o modo como se almoça no local de trabalho”, revela Nuno Pinheiro Torres, country manager da EatTasty em Espanha.

Na capital espanhola contam com uma equipa uma equipa responsável por assegurar a parte de vendas, mas também a logística da operação. Além disso, é preciso garantir e parcerias com os restaurantes locais – já têm nove a funcionar como pontos de produção, onde são produzidas receitas pelo chef Rúben Couto em conjunto com chefs dos diferentes estabelecimentos

Inicialmente, a área de atuação da startup está cingida às zonas da Plaza de Castilla e Paseo de la Castellana, mas como o raio de atuação deve aumentar nos próximos meses.

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TVI vai transmitir jogos da Champions por mais dois anos

A estação da Media Capital renovou por mais dois anos o acordo que tinha com a Eleven Sports para a transmissão, em sinal aberto, de alguns jogos da Liga dos Campeões.

Da esquerda para a direita: Pedro Pinto (Eleven Sports), Bruno Santos (TVI), Jorge Pavão de Sousa (Eleven Sports) e Sérgio Figueiredo (TVI).Hugo Amaral/ECO

A Eleven Sports e a TVI renovaram por mais dois anos o acordo que possibilita a transmissão de alguns jogos da Liga dos Campeões em sinal aberto. O acordo foi alcançado após “conversas honestas, transparentes e prolongadas” entre os responsáveis da empresa britânica e as estruturas da Media Capital.

Com o acordo, a TVI vai voltar a ser o canal generalista de televisão onde passará a final da competição europeia. O canal de Queluz de Baixo transmitirá ainda uma partida por semana, à semelhança do que aconteceu na época anterior. “O acordo com a TVI contempla um pacote de dez jogos garantidos, incluindo a final da competição e apenas um jogo das equipas portuguesas por jornada”, detalhou a Eleven Sports, num comunicado divulgado após a notícia do ECO.

A parceria prevê também a “produção de conteúdos editoriais” conjuntos pela TVI e pela Eleven Sports, a empresa que, no ano passado, comprou os direitos de transmissão da Liga dos Campeões, que antes eram detidos pela concorrente Sport TV. A renovação foi anunciada esta quarta-feira, num evento em Lisboa.

“A TVI continuará a ser o canal de sinal aberto a transmitir um jogo por jornada de uma equipa portuguesa na UEFA Champions League ao longo das duas próximas temporadas, enquanto a Eleven Sports assegurará a transmissão integral dos jogos da Champions League, desde o playoff até à final, que na próxima temporada terá lugar em Istambul”.

Eleven Sports negoceia novo bundle de canais

Apesar de descartar eventuais mudanças nos preços da plataforma de streaming da Eleven Sports — que se manterá nos 9,99 euros –, Jorge Pavão de Sousa, líder da Eleven Sports Portugal, afirmou que a empresa está a negociar “uma estratégia de bundling que vá ao encontro das expectativas dos subscritores”, mas não deu mais detalhes. O objetivo é “atacar a questão da pirataria em Portugal”

Não ficou clara a intenção da Eleven Sports a este nível, nem em que fase estarão as eventuais negociações. Um bundle de canais trata-se de um pacote em que vários canais premium podem ser subscritos em conjunto, mediante o pagamento de uma mensalidade.

Só perto do final da última época da Liga dos Campeões é que a Eleven Sports chegou a um acordo com as três principais operadoras para a distribuição dos canais da Eleven Sports, que estão a ser emitidos a partir de estúdios subalugados em Telheiras. Instado pelo ECO a fazer um balanço da relação com a Meo, a Nos e a Vodafone, Pavão de Sousa assumiu fazer “um balanço muito positivo”.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h37 com mais informações)

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Banco de Inglaterra: “Vulnerabilidades do endividamento não mudaram significativamente desde 2014”

Vice-governador do Banco de Inglaterra esteve em Lisboa para apresentar balanço de medidas de travão ao crédito (semelhadas às aplicadas pelo Banco de Portugal) em vigor no Reino Unido.

O mercado imobiliário e elevado endividamento de famílias e empresas continuam a ser um risco para a estabilidade do sistema financeiro britânico, segundo o Banco de Inglaterra. Apesar das vulnerabilidades, o banco central considera que teve sucesso com a aplicação medidas preventivas semelhantes às impostas pelo Banco de Portugal.

“O elevado endividamento diminuiu desde 2015. Simultaneamente, o nível médio de dívida face ao rendimento aumentou e a literatura mostra que os dois fatores anulam-se”, disse Jon Cunliffe, vice-governador do Banco de Inglaterra, esta quarta-feira em Lisboa. “Podemos portanto concluir que as vulnerabilidades do endividamento não mudaram marcadamente desde 2014“, referiu.

Mas as vulnerabilidades não se concretizaram“, acrescentou Cunliffe, apontando para um conjunto de medidas macroprudenciais adotadas em 2014 pelo banco central para limitar os riscos do aquecimento do mercado imobiliário para o sistema financeiro.

Após cinco anos de atividade no mercado imobiliário e inflação limitados, os preços e os empréstimos para comprar casa dispararam no Reino Unido. Apenas no primeiro trimestre de 2014, os preços das casas subiu 9% (duas vezes mais depressa que os rendimentos) e o peso dos empréstimos face aos rendimentos estava a crescer.

Neste cenário, o Banco de Inglaterra aplicou duas medidas de travão ao crédito à habitação: limites ao rácio do empréstimo face ao rendimento e um teste de avaliação em que os bancos medem a capacidade de resposta dos detentores de crédito caso os juros subam 3 pontos percentuais, como explicou Cunliffe, numa conferência organizada pelo Banco de Portugal (BdP).

Em julho do ano passado, a aceleração do mercado imobiliário em Portugal levou o BdP a tomar uma decisão semelhante. A instituição liderada por Carlos Costa implementou uma medida macroprudencial com base em três critérios: limite de 90% ao rácio entre o montante do empréstimo e o valor do imóvel dado como garantia, taxa de esforço inferior a 50% e maturidades de crédito num máximo de 30 anos.

Recentemente, o BdP fez a primeira avaliação à medida e concluiu que as instituições financeiras estão a acatar e a aplicar o conjunto de três limites que devem ser tidas em conta na concessão de crédito. Para já, o plano do BdP é manter a medida como recomendação e não passá-la a obrigação, tendo em conta o cumprimento que tem tido por parte das instituições financeiras.

Será feita uma nova avaliação no primeiro trimestre de 2020, mas em Portugal ainda só é possível perceber as implicações de curto prazo, enquanto no Reino Unido, o vice-governador britânico faz um balanço positivo já que, apesar das vulnerabilidades se manterem, considera que medidas macroprudenciais limitam problemas no sistema financeiro num momento de desaceleração da economia em que as famílias percam capacidade de fazer face às obrigações.

“Há, atualmente, um debate sobre os poderes e responsabilidades dos bancos centrais em diferentes áreas, incluindo política macroprudencial”, lembrou Cunliffe. “É assunto para outro discurso, provavelmente mais longo, mas vou apenas destacar que independentemente de como se organizam as responsabilidades, é necessário que haja algum mecanismo que avalie e responda aos riscos macroprudenciais que podem fluir das folhas de balanço de credores“.

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